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Fronteiras Da Esperança 2020
Fronteiras Da Esperança 2020
da esperança
minha terra,
meu futuro
Organização: Cofinanciado por:
Edição:
Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela
Centro de Estudos Ibéricos
Título:
Fronteiras da Esperança: Minha Terra, Meu Futuro
Coordenação:
Rui Jacinto
Júri do Concurso:
António Pedro Pita – Universidade de Coimbra (UC)
Carlos Martins – Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE)
Eduarda Roque da Cunha – Instituto Politécnico da Guarda (IPG)
Lúcio Cunha – Universidade de Coimbra (UC)
Maria Lucília Neves Pina Monteiro - Câmara Municipal da Guarda (CMG)
Marisa Teixeira – Instituto Politécnico da Guarda (IPG)
Rui Formoso – Instituto Politécnico da Guarda (IPG)
Rui Jacinto - Centro de Estudos Ibéricos (CEI)
Produção:
Alexandra Isidro; Ana Sofia Martins
Revisão:
Ana Sofia Martins, Ana Proença
Montagem da exposição:
António Freixo; Renato Coelho
ISBN: 978-989-8676-24-5
Fronteiras
da esperança
minha terra,
meu futuro
Território, Juventude e Futuro
Um concurso, um desafio
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Fronteiras de Esperança:
Minha Terra, Meu Futuro
O Centro de Estudos Ibéricos (CEI), sem deixar vidas. Sem ceder a tentações localistas nem deixar
de assumir o Conhecimento, a Cultura e a Coope- de aspirar a um salutar cosmopolitismo, o espera-
ração como pilares estruturantes da sua missão, do reencontro com os lugares de origem não deixa
permanece fiel a um dos princípios fundadores de representar mais uma tentativa para reabilitar a
quando mantem o seu compromisso forte com os depauperada autoestima dos que aqui teimam em
territórios mais frágeis e longínquos, como são os permanecer. É, pois, mais um passo para pensar
adjacentes à fronteira, onde a dita baixa densidade um futuro com menos constrangimentos e voltar a
é mais palpável por manifestar uma faceta, mais acreditar que é possível crescer, viver e envelhecer
dura e amarga, vivida com sentida emoção e sob melhor nestes lugares.
o peso de grande incerteza.
A afirmação do CEI como verdadeira platafor-
Fronteiras da Esperança: Minha Terra, Meu Fu-
ma de difusão de conhecimento decorre de duas
turo não pretende ser um projeto neutro, mera-
coordenadas que continuam a pautar a sua ação:
mente contemplativo ou confinado a uma (r)estrita
apoiar à investigação e promover diferentes redes
preocupação pedagógica. Não é despiciendo, nem
de cooperação. O apoio à investigação sobre as
deixa de ser simbólico, ter como eleitos e seus
dinâmicas locais e regionais é fundamental para
destinatários os estudantes dos estabelecimen-
socializar, antes de mais, o conhecimento que deve
suportar qualquer estratégica, prospetiva e con- tos de ensino básico e secundário, de escolas do
sequente, que aposte em reverter o ciclo vicioso ensino público, privado ou cooperativo, dos muni-
que parece teimar em condenar tais territórios a cípios que integram a Comunidade Intermunicipal
um irremediável fatalismo. A promoção de parce- (CIM) das Beiras e Serra da Estrela. O sinal que está
rias e a consequente densificação das redes de implícito a tal opção parte da convicção que esta
cooperação, que envolvam atores e instituições, participação, como o desejável envolvimento dou-
d’aquém e d’além-fronteiras, sobretudo as mais tros segmentos da população, corresponde a um
empenhadas na qualificação das pessoas e dos exercício pleno de cidadania ativa.
territórios, é condição indispensável para mobilizar O envolvimento comprometido da comunidade
dinâmicas positivas de desenvolvimento regional. educativa na procura de novos caminhos para so-
O projeto Fronteiras da Esperança: Minha Terra, lucionar um problema há muito identificado passa,
Meu Futuro, sem perder de vista tais propósitos, no caso presente, como já referido, por explorar
foi construído a partir de duas premissas desde a relação dos jovens com o território a partir da
logo enunciadas no respetivo título. Fronteiras de vertente geográfica, literária e artística. A leitura
Esperança não é mais uma metáfora já gasta ou ré- e a interpretação do mundo que os rodeia a partir
plica duma qualquer utopia, mas a sugestão dum de tais coordenadas visa despertar a curiosidade,
caminho a percorrer para superar fatalismos, vencer identificar recursos e estimular a reflexão sobre
determinismos e rasgar horizontes de futuro. Minha potencialidades locais, fundamentos dos novos
Terra, Meu Futuro pressupõe mergulhar nas raízes caminhos a percorrer conducentes à tão propalada
locais, assentar os pés no chão para inventariar re- coesão do território.
cursos e valorizar potencialidades, materiais e intan- Esta auscultação dos jovens procura aprofun-
gíveis, na mira de encontrar novas respostas para dar conhecimentos e fazer emergir propostas e
um futuro coletivo que se espera mais promissor. sugestões que sustentem um desenvolvimento
Emana deste projeto um concurso homónimo mais integrado a nível local e regional. O envolvi-
que é, antes de mais, um convite para reinterpretar mento da comunidade escolar num debate central
criativamente o território a partir da valorização da para o futuro da região também passa pela dinami-
geografia, da literatura e das artes, sem descurar zação de projetos interdisciplinares que apostem
disciplinas conexas, imprescindíveis a um desejá- em trabalhos práticos e recorram a metodologias
vel conhecimento mais holístico. O renascimento inovadoras e ao uso de novas tecnologias, desig-
da esperança para os espaços mais olvidados, nadamente de comunicação e informação. O esti-
como são os interiores e raianos, também passa mulo ao fomento de parcerias e à participação em
por despertar nos jovens a curiosidade em conhe- redes de cooperação, deve acompanhar a desejá-
cer, com outros olhos e a partir das respetivas ex- vel promoção da mobilidade de estudantes, a nível
periências e quotidianos, as próprias geografias vi- regional e, numa fase posterior, transfronteiriço.
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Fronteiras de Esperança: Minha Terra, Meu Futuro
Os princípios orientadores e as subsequen- não é alheio o meio familiar do aluno nem a mo-
tes preocupações pedagógicas plasmadas no tivação e os renovados interesses científicos dos
regulamento do concurso, enunciavam algumas professores.
sugestões sobre os trabalhos a elaborar, fossem
individuais ou a desenvolver em pequenos grupos
(máximo de 3 alunos). Apelava-se para que os res- Tema I. Leitura e (re)interpretações do ter-
petivos conteúdos fossem elaborados com rigor, ritório: diagnósticos prospetivos. A panóplia de
clareza, sequencialidade e objetividade, pertinen- matérias sugeridas abordar a coberto deste tema
tes e focados no(s) resultado(s), sem descurar era bastante ampla: aldeias, vilas e cidades entre
preocupações quanto à contextualização, origi- o passado, o presente e as perspetivas de futuro;
nalidade e equilíbrio entre texto e imagem. O con- natureza, ambiente, recursos e patrimónios, natu-
curso, como o catálogo que compila os trabalhos rais e construído; agricultura e desenvolvimento
elaborados foi organizado a partir de três dimen- rural, desde o que vai da terra à mesa e define os
sões estruturantes, consoante os escalões, defi- sistemas alimentares até à gastronomia. Os assun-
nidos segundo o ano que os alunos frequentam, tos abordados pelos 27 trabalhos apresentados
as diferentes modalidades e os temas principais neste âmbito, muito variados, onde predomina o
que foram privilegiados. cartaz com 20 trabalhos, apontam para algumas
O regulamento estratificava a população es- temáticas fundamentais:
colar em quatro escalões, relativos ao 1º, 2º, 3º (i) Lugares e atividades, memória e identidade.
Ciclo e Secundário, que serviram de base para a Muitos trabalhos incidiram sobre o lugar, fa-
apreciação dos trabalhos. Levando em conside- zendo oscilar o olhar entre o peso do passado,
ração os 62 trabalhos apresentados, em todos os a importância da tradição e as aspirações que
temas, conclui-se que 17 trabalhos foram subme- colocam num futuro diferente. É o que encon-
tidos por alunos do 1º ciclo, 6 pelos do 2º, 14 pelos tramos em abordagens centradas no lugar de
do 3º e 25 elaborados por estudantes do Ensino origem (Paul, hoje e amanhã; Alxisto; Tortosen-
Secundário. do, Paul vila turística) , nas que buscaram na
As modalidades adiantadas para a apresenta- memória e em antigas atividades as marcas
ção de trabalhos (Cartaz/Poster, Artigo, Fotografia, marcas mais profundas que moldaram a identi-
Arte Visual e Digital) foram meramente indicativas dade e o espírito o espírito desses lugares. A ex-
uma vez que nunca esteve em causa, através deste ploração mineira (Litiografias; Galerias de Luz)
expediente limitar a expressão, coartar a capaci- ou a indústria têxtil (A Indústria em Portugal)
dade criativa ou limitar a imaginação dos alunos. são dois casos exemplares. É ainda de referir o
O cartaz, com 33 trabalhos, foi a modalidade mais significado que assumem, nestes contextos,
alguns aspetos sociais que se encontram pre-
popular, seguida pelo artigo (12 trabalhos), a arte
sentes em reflexões como a Escola Aberta, a
digital (8), a arte visual (5) e, finalmente, a fotogra-
Abordagem geográfica à população da Covilhã
fia, com 4 portefólios candidatos.
ou a Poluição do Ambiente.
O Concurso foi organizado a partir de três te-
(ii) Património natural, biodiversidade e impor-
mas principais que a seguir se comentam: Leitu-
tância da natureza na dinâmica das vertentes.
ra e (re)interpretações do território: diagnósticos
Numa altura em que as alterações climáticas,
prospetivos; Escrita, literatura e território: trabalhos
a mitigação dos riscos e dos efeitos das ma-
de expressão literária; Arte e território: trabalhos de
nifestações extremas de fenómenos naturais
expressão artística.
ocupam cada vez mais a agenda da investiga-
Os 62 trabalhos foram submetidos por alunos ção, a discussão destes temas pertinentes não
oriundos de 12 escolas localizadas em 4 concelhos deixar de ser incluída em alguns trabalhos. É o
(Covilhã, Fundão, Guarda e Pinhel) dos 15 que in- que acontece com A nossa flora - etnobotâ-
tegram a Comunidade Intermunicipal das Beiras e nica da Serra da Gardunha, Variação da den-
Serra da Estrela. Estes trabalhos oferecem-nos um sidade de vegetação, Contribuição das raízes
panorama onde se sente um novo pulsar e a cons- na fixação do solo, A influência das raízes nos
trução de novos olhares sobre a região que emana deslizamentos de terra ou, ainda, A Influência
da evolução da sua própria geografia, impulso que do tipo de solo nas derrocadas. A proximida-
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Fronteiras de Esperança: Minha Terra, Meu Futuro
de de serras importantes, como a Gardunha, (i) originais de prosa ou de poesia como Evasão e
pelo significado que tem no imaginário local, Viajei para lá das fronteiras;
induziu trabalhos que analisam a degradação
(ii) relato sobre A minha terra, ensaio em forma
das condições naturais, o efeito na evolução
de Um Livro e umas Aldeias Abandonadas ou
das vertentes e, consequentemente, nas pai-
crónica, Uma conversa sustentável, onde fica
sagens, motivadas tantas vezes por razões
espalhada a partida e a ausência que percorre
antrópicas, como acontece com o flagelo dos tais lugares;
fogos florestais, cuja marca é bem expressiva:
Impacto potencial da densidade da vegetação (iii) ensaios sobre a vida e a obra de vultos das
na proteção das zonas de vertente; Influência letras, oriundos da região, nomes onde se in-
da precipitação em potenciais movimentos de cluem Eugénio de Andrade, Albano Martins,
vertente; Influência do tipo de solo em movi- Virgílio Ferreira e Eduardo Lourenço. Se Carto-
mentos de vertente; Influencia da precipitação grafia das Palavras, Eugénio de Andrade e Alba-
na Gardunha. no Martins: dois poetas das faldas da Gardunha
se aproximam de roteiros que mostram a rela-
(iii) Recursos e potencialidades locais. Muitos ção umbilical destes autores territórios vividos,
trabalhos exploram a importância que teve o o ensaio Somos da Forma como Habitamos a
aproveitamento de certos recursos no passa- Realidade explora o “envolvimento de Eduardo
do, no presente e o potencial que encerram Lourenço no repensar do próprio país”.
para terem novos usos no futuro. Os exemplos
apresentados mostram que tal importância,
por vezes, não se resume apenas à importância Tema III. Arte e território: trabalhos de ex-
que possam ter atualmente, mas ao significa- pressão artística. A abordagem duma temática
do mais intangível e simbólico quando são já tão vasta e multifacetada foi enriquecida pelo re-
memória, cuja especificidade pode contribuir curso a diferentes modos de expressão artística.
para afirmarem a diferença dum dado lugar. Se Entre os 27 trabalhos apresentados neste âmbito,
o caso do barro, explorado no Telhado (Caran- além do cartaz (13 trabalhos), houve os que tiveram
tonha e Cantarinhas!), é um bom exemplo, a como suporte a arte digital (7), sobretudo o vídeo, a
pujante produção de queijo que se perpetua arte visual (2), a arte escultórica (1) e a fotografia (4).
na região é explicada pelos saberes herdados A observação do conjunto das obras, independen-
duma pastorícia que remonta a tempos ances- temente dos escalões a que concorreram, mostra
trais (Borreguinhos da Beira Baixa; De doce vi- uma linha de continuidade quanto aos conteúdos
lão... a bom papão; Soro e Fruta, que bela mis- temáticos que nos aproxima dos comentários fei-
tura!). Sem falar no uso que pode ser dado, no tos ao primeiro tema, sendo de destacar:
futuro, a determinados produtos tradicionais (i) importância dos lugares e das escolas a que
(Eco Kit Tira Nódoas; Coma! É leve e nutritivo; os alunos estão mais ligados, imaginário bem
Tecnologia EM, invisível, mas eficiente!). patente em muitas obras (p. ex.: Minha Terra,
Meu Futuro – Coutada, Nossa terra, nosso fu-
turo, Terra Mãe);
Tema II. Escrita, literatura e território: tra- (ii) o primado da imagem nas sociedades contem-
balhos de expressão literária. A proposta de ex- porâneas observado sob múltiplas perspetivas,
plorar a relação entre literatura e território previa onde se incluí: (a) recurso ao desenho, moda-
a preparação de originais de prosa ou de poesia lidade privilegiada pelos alunos dos escalões
(conto, crónica, ensaio, etc), a definição de even- mais baixos, para exprimirem a sua criatividade
tuais rotas de escritores que tivessem relação (Por(que)sim, Um passado futuro, Ciga-(Nos):
com a região, incluindo Eduardo Lourenço, men- Uma Imagem Inclusiva, Nuve_Mável, Musicali-
tor do CEI, cuja vida e obra está indelevelmente dades, Zezerão, Menina Terra, Vila, Coração!,
ligada ao território raiano. Embora não tenham Leito de Estrelas, Mão... Coração!); (b) uso de
sido apresentados muitos trabalhos (apenas 8), técnicas mistas entre o desenho, a pintura e a
sobretudo artigos, ensaios e crónica, que totali- fotografia (Covilhã - Cidade Sustentável e Atra-
zaram 7 apresentações, é possível distinguir três tiva, Iberografias, Futuro, Saudade); (c) recur-
vetores principais: so crescente dos alunos às novas tecnologias,
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Fronteiras de Esperança: Minha Terra, Meu Futuro
sobretudo os dos escalões mais elevados, si- primeira edição com um evento que previa mobi-
nal quer dum interesse e alinhamento natural lizar alunos e professores. Apesar dos constrangi-
com a apregoada transição digital, que se pode mentos vigentes, além da entrega de Prémios aos
testemunhar através do uso da fotografia e do alunos vencedores, será lançamento do Catálogo
vídeo. que compila os trabalhos concorrentes, mencio-
nando os alunos, as escolas e os professores par-
A fotografia é usada umas vezes como docu-
ticipantes, que funcionará como guia da exposi-
mento (A nossa aldeia–Castanheira), noutras como
ção “Fronteiras de Esperança: Minha Terra, Meu
denuncia dum certo abandono (Pós Laboral) e,
Futuro”. Esta mostra dos trabalhos submetidos
ainda em outras, a partir dum ângulo mais con-
nos diferentes escalões e modalidades, foi con-
ceptual (Clepsidra e Desejovenização). O vídeo não
cebida para itinerância, sobretudo pelas escolas
é utilizado apenas para produzir documentários
da CIMBSE.
(Cidadelhe, Estado Novo na Guarda), mas como
projetos onde se ensaiam vias profissionalizantes, Importa agradecer o apoio da Comunidade In-
usadas quer no marketing como na promoção termunicipal da Beira e Serra da Estrela (CIMBSE),
duma marca (Rota do Douro Vinhateiro, Horta d' dos Conselhos Diretivos das Escolas que aderiram
El Rei). e dinamizaram o Concurso e dos Professores que
estimularam os alunos a submeterem trabalhos;
As modalidades de expressão artística foram
cuja dedicação foi fundamental para alcançarem
usadas em algumas obras concorrentes com ar-
resultados tão prometedores. É devido também
rojo suficiente que o júri acabaria por se encarregar
um agradecimento especial aos Membros do Júri
de as distinguir (Um imaginário glocal, no video,
pela colaboração qualificada e desinteressada
Fronteira, na escultura).
num processo de avaliação que acabaria por ser
longo. Merece ainda uma palavra de reconheci-
mento a Equipa do CEI, restrita mas eficiente, pelo
O Concurso “Fronteiras da Esperança: Minha
empenho colocado na coordenação das diferentes
Terra, Meu Futuro” decorreu num ano particular,
fases da iniciativa, desde a organização do material
atípico, vivido sob a influência duma pandemia que
apresentado à concretização da exposição.
deixou marcas profundas, acabando por inviabilizar
que fossem exploradas todas as potencialidades Finalmente, na expetativa que nos voltemos
dum projeto que visa dinamizar a cooperação entre a reencontrar em próximas edições, devem ser
as comunidades educativas dos diferentes muni- saudados os Alunos que apresentaram trabalhos a
cípios da Região. Contudo, os resultados deste concurso, cujo exemplo é um sinal da importância
projeto inovador, são bastante interessantes quer deste Projeto como a certeza de maior participa-
do ponto de vista quantitativo como em termos ção em futuras edições do Concurso.
qualitativos, apesar do Concurso ter decorrido em
Bem hajam!
condições excecionais.
Não foi possível, por aqueles motivos, realizar
os encontros e os seminários nem culminar esta Rui Jacinto
10
índice
Tema 1 > 21
Leituras e (re)interpretações do Território:
Diagnósticos Prospetivos
premiados > 23
Trabalhos a concurso > 39
Tema 2 > 55
Escrita, Literatura e Território:
Trabalhos de Expressão Literária
premiados > 57
Trabalhos a concurso > 69
Tema 3 > 73
Arte e Território:
Trabalhos de Expressão Artística
premiados > 75
Trabalhos a concurso > 95
11
Um imaginário glocal
Leonor Conceição Madeira
Alexandre Ferreira Duarte
Adriana Mendes Inácio
Vencedor
Geral
14
Um imaginário glocal escalão 3
Vídeo
Leonor Conceição Madeira, Alexandre Ferreira Duarte, Adriana Mendes Inácio
Professoras: Maria da Graça Pires Esteves Morão e Maria Alice Mendes Pereira
Escola Básica 2/3 de Tortosendo — Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto
15
Um imaginário glocal
Vídeo
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Um imaginário glocal
Vídeo
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Um imaginário glocal
Vídeo
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Um imaginário glocal
Vídeo
19
Um imaginário glocal
Vídeo
20
Leituras e
(re)interpretações
do território:
diagnósticos
prospetivos
tema 1
escalão 1 — 1 ciclo
escalão 2 — 2 ciclo
escalão 3 — 3 ciclo
escalão 4 — Secundário
Artigo
Cartaz
Arte Digital
Artes Visuais
22
Eco Kit Tira Nódoas escalão 1
Cartaz
Gustavo Ascensão Nunes, Irís Lourenço Silveira,
Tomás Soares Gadanho prémio
Professora: Teresa Félix | Escola EB Pêro Viseu — Agrupamento de Escolas do Fundão
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23
Litiografias escalão 2
Vídeo
24
Litiografias
Vídeo
25
Litiografias
Vídeo
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Tecnologia EM - invisível, mas eficiente. escalão 3
Cartaz
Miguel Correia, Tiago Rodrigues, Guilherme Marques
prémio
Professora: Maria João Baptista | Escola Secundária do Fundão — Agrupamento de Escolas do Fundão
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27
Galerias de Luz escalão 4
artigo
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PLO H GH]DQRYH 'LD GH VRO PRUQR UHVSLUDVH D 3DQDVTXHLUD UHVHUYD GH LPDJLQiULRV VLWXDGR QD
FODULGDGHGHXPDOX]UDGLDQWHTXHLQFHQGHLDHIL[DRV YHUWHQWH 6XO GD FRUGLOKHLUD PRQWDQKRVD GD 6HUUD
FRQWUDVWHV8PDEULVDVRSUDYDOHYHPHQWHHPERUDIULD GD(VWUHODDXPDDOWLWXGHGHPHWURV
D FRQGL]HU FRP D DOWXUD GR DQR 1XP UHSHQWH VHLV
7UDWDVH GH XPD UHJLmR GH GLItFHLV DFHVVRV
TXLOyPHWURV GHSRLV GR 2XURQGR QD 0 KDYtDPRV
UHODWLYDPHQWH LVRODGD GLVWDQGR SRU HVWUDGD FHUFD
HQWUDGR QXP RXWUR PXQGR QXP RXWUR SODQHWD RQGH
GHTXLOyPHWURVTXHUGH/LVERDTXHUGR3RUWR
UHLQDD FDUWRJUDILD GR VLOrQFLR QR QRVVR SODQHWD TXH
GHSHQGHQGRGDGLVSRQLELOLGDGHGHFDGDXPQmRUDUDV (VWD UHJLmR GR SDtV IRL GHVGH WHPSRV
YH]HV QRV ID] PHUJXOKDU QXP FRQIOLWR WHQVLRQDO H UHPRWRVXPDLPSRUWDQWHSURGXWRUDGHHVWDQKRVH
DPEtJXR SRU VHU GLIHUHQWH GR TXH QRV ID] VHQWLU EHP TXH D H[SORUDomR VXEWHUUkQHD VLVWHPiWLFD
LQ GHVHMDGDPHQWHGLIHUHQWHV TXHU GH HVWDQKR TXHU H VREUHWXGR GH YROIUkPLR
GDWHGHILQDLVGRVpFXOR;,;-RVp/XtV&DPSRV
'L]HPQRV TXH YLYHPRV QR ILP GR PXQGR
R =p /XtV D TXH DOXGH FRPR TXH IDPLOLDUPHQWH
VREUH WHUUD GH FRUHV D QDWXUDLV GHVYHQWUDGD GH
XWHLVHHVWpUHLV
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ϭ
28
Galerias de Luz
artigo
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DQWHFLSDQGR D VDXGDGH R $GPLQLVWUDGRU ([HFXWLYR ¬ PHGLGD TXH HQWUDPRV GHVFHQGR H VXELQGR $PRQWDQWHSRGHROKDUVHDSRQWHGR&DEHoRGR FRQFHQWUDPRVVHUYLoRVGHGLUHomRHDGPLQLVWUDomRH &RUUHGRU GD $OGHLD TXHUVH GL]HU GD GHUURFDGDV GDV HVFRPEUHLUDV H GH IHVWHMDU DV IHVWDV
GD HPSUHVD FRQFHVVLRQiULD GR &RXWR 0LQHLUR GD SHORFRXWRPLQHLURIRUDHQYROYHQRVXPPDJQHWLVPR 3LmRSURMHWRGR(QJ(GJDU&DUGRVRFRQVWUXtGDHP WRGDV DV LQVWDODo}HV PLQHLUDV SRU RQGH VH ID] R FRPXQLGDGH PLQHLUD LPEXtGD GH XPD PHVPD HPKRQUDGH6mR)UDQFLVFRGH$VVLVRGHVSRMDGR
3DQDVTXHLUD %HUDOW 7LQ (QJ &RUUHLD GH 6i ± GH SDLVDJHQV GH FRUHV GH VLOrQFLRV GH YLGDV GH VHJXQGR =p /XtV ³« D SULPHLUD SRQWHDVHU DFHVVRjH[SORUDomRVXEWHUUkQHDDWXDODH[WUDomRGR SDLVDJHPHFRQyPLFDVRFLDOHFXOWXUDO
'LVWRPHVPRGHUDPFRQWDPRUDGRUHVGDDOGHLD
ID[LQDPLQHLUR QD PLQD GHVGH D DXVrQFLDVGHSDVVDJHQVGHPHPyULDVGHFKHLURVGH FRQVWUXtGD HP WRGR R WHUULWyULR QDFLRQDO DSHQDV PLQpULRHRSURFHVVDPHQWRGRPHVPR
'H UHVWR RV DFHVVRV ID]LDPVH SRU YHUHGDV VHQWDGRVjEHLUDGDHVWUDGDTXHDWUDYHVVDDDOGHLDDR
DWXDOPHQWH HQFDUUHJDGR GH VHJXUDQoD QR WUDEDOKR OLEHUGDGHV GH SURPHVVDV DQWHULRUHV GH VRQKRV GH FRPXPDUFRFRPRD3RQWHGD$UUiELGDVREUHR5LR
$ SRQWH GR &DEHoR GR 3LmR OLJD SRUWDQWR R DQFHVWUDLVHFDPLQKRVGHWHUUDEDWLGDPDODPDQKDGRV UHOHPEUDU TXH ³HP WHPSRV YLQKD Dt D 6,& SDUD
UHVSRQViYHOSRUWRGDDSDUWHPXVHROyJLFDHSHODVDOD IXWXURV SDVVDGRV GH SDVVDGRV GH IXWXUR TXH QRV 'RXUR R TXH p FDVR SDUD GL]HU TXH D SRQWH GD
FRQMXQWR GDV H[SORUDo}HV PLQHLUDV FRP R QRPH HHQWUHODoDGRV ILOPDU H PXLWD JHQWH SDUD YHU GH]HQDV GH PRWRV D
GH GHVHQKR RQGH VHJXQGR R PHVPR WHP UHWpP QDWXUDO HVWUDQKD H DPELYDOHQWHPHQWH VHP $UUiELGD IRL LQVSLUDGD QD 3RQWH GR &DEHoR GR
JHQpULFR 0LQDV GD 3DQDVTXHLUD HQWUH R &DEHoR GR VXELU RV DWHUURV H DWp KRPHQV GR VNL GD 6HUUD GD
GLJLWDOL]DGR PLOKDUHV GH FDUWDV WRSRJUiILFDV H UHVLVWrQFLDQDVDXGDGHDQWHFLSDGDQRTXHGHL[iPRV 3LmR«´ 6XELQGR SHOD 0 HP GLUHomR j 3DQDVTXHLUD
3LmR H D DOGHLD GD 3DQDVTXHLUD SHUPLWLQGR R VHX (VWUHODDGHVFHUHPDVHVFRPEUHLUDVKDYLDDtPXLWR
GRFXPHQWDomR DILUPD RUJXOKRVDPHQWH H VHP GHWHUVDXGDGHHRXQDVDXGDGHGHWHUVDXGDGH FKHJDGRVDRYDJmRGHPLQpULRTXHDQXQFLDDHQWUDGD
$SRQWHGR&DEHoRGR3LmRID]SDUWHGDHVWUDGD IXQFLRQDPHQWR GH IRUPD WHFQLFDPHQWH LQWHJUDGD H PRYLPHQWR $Wp TXH QmR VH VDEH VH IRL SRU FDXVD
SHVWDQHMDU³« HVWD PLQD HVWi D WUDEDOKDU Ki
QD $OGHLD GH 6mR )UDQFLVFR GH $VVLV DV
'D 0 GDPRV GH IURQWH FRP D LPSRQHQWH 0HOLJDRVFRQFHOKRVGD&RYLOKmHGR)XQGmR FRQWtQXDSUDWLFDPHQWHGHVGHDVXDGHVFREHUWD GLVVR RX QmR TXHP PDQGD QHVWDV FRLVDV HP
DQRVRSULPHLURUHJLVWRGDWDGH«´ HVFRPEUHLUDV TXH VH DYLVWDP SDUHFHQGR DVVRODU D
HVFRPEUHLUDGR&DEHoRGR3LmR&iHPEDL[RMXQWR 3RUWXJDO SURLELX LVVR SDUHFH TXH XQV WLSRV GR
&RP HIHLWR p SHOD SRQWH GR &DEHoR GR 3LmR 'DQWHV D SRQWH GR &DEHoR GR 3LmR HUD DOLiV DOGHLDFDSWXUDPWRGRVRVVHQWLGRV
e LQHYLWiYHO DR SHQHWUDU VREUH D 0 jEDLQKDGDVDLDGDPRQWDQKDGHUHMHLWDGRVSDVVDR 3RUWR GD XQLYHUVLGDGH RX Oi R TXH p TXH p
TXHVHID]RDFHVVRGDORFDOLGDGHGH&DEHoRGR3LmR WDPEpP R ~QLFR DFHVVR HP DOFDWUmR GD PLQD DRV
VHUSHQWHDQWH VHU LQYDGLGR SRU XP VHQWLPHQWR GH 5LR=r]HUH $ LPSRQrQFLD GD PRQWDQKD GH JUDYLOKD FRP FRPXQLFDUDP SDUD Oi D GL]HU TXH FRP HVVDV FRLVDV
FRQFHOKRGR)XQGmRRQGHVHORFDOL]DYDDODYDULDGR FRQFHOKRV GR )XQGmR H GD &RYLOKm 7RGR R &RXWR
VDXGDGHGHQmRWHUVDXGDGHVHULQYDGLGRSHODIRUoD TXDVH PHWURV GH H[WHQVmR H D PHWURV DV HVFRPEUHLUDV SRGLDP YLU SRU Dt D EDL[R SDUD
1D EDVH GD HVFRPEUHLUD HQFRQWUDVH XP WULOKR 5LRjVSRYRDo}HVGRFRQFHOKRGD&RYLOKm&HEROD 0LQHLURHUD VHUYLGR SRU XPD~QLFD HVWUDGDHVWUHLWD
GH DOL ILFDU DTXHOD IRUoD TXH ID] DOL ILFDU XPD GH DOWXUD p WDO TXH Vy SDVVDGR DOJXP WHPSR GDPRV FLPDGDDOGHLD&HUWRpTXHDSDUWLUGDtQXQFDPDLV
TXH ID] SDUWH GD *UDQGH 5RWD GR =r]HUH 'HFHUWR DJRUD GHVLJQDGD SRU 6mR -RUJH GD %HLUD TXH LD GD 1 DWp 6mR -RUJH GD %HLUD SDVVDQGR
FDUUHLUD DXWRFDUUR DOJXUHV j EHLUD GD HVWUDGD VHP FRQWDGRSRQWR PDLV DOWR GDDOGHLDRFLPR GDWRUUH KRXYH VXELGDV GH PRWRV H GHVFLGDV GH VNL QDV
XP ROKDU UHDELOLWDQWH GR ORFDO FHQWUDGR QD 3DQDVTXHLUD VtWLR GD SULPHLUD H[SORUDomR PLQHLUD H SHOR5LR$OGHLDGH6mR)UDQFLVFRGH$VVLV%DUURFD
FDUUHJRDQmRVHURGHODPHVPDHQIHUPDRXDJR]DU GD LJUHMD 1mR p SRU DFDVR TXH RV VLQRV VH ID]HP HVFRPEUHLUDV SURQWRV QXQFD PDLV KRXYH HVVH
FRQVROLGDomR H QD LPSHUPHDELOL]DomR QmR Vy GD SULPHLUD ODYDULD TXH GHX R QRPH GH 0LQDV GD *UDQGH H 3DQDVTXHLUD XPD HVSpFLH GH FRUUHGRU GD
VR]LQKD R GHVFDQVR GR VLOrQFLR PHUHFLGR GR RXYLUHPFODULQKRSRUWRGDDDOGHLDRTXHQmRpPDX PRYLPHQWR H DV HVFRPEUHLUDV QXQFD YLHUDP SRU Dt
JDUDQWLUiDVHJXUDQoDHSUHVHUYDUiDEHOH]DGRORFDO 3DQDVTXHLUD DR FRPSOH[R PLQHLUR DWXDO H %DUURFD DOGHLD³&RXWR0LQHLURGD3DQDVTXHLUD´
JXHUUHLUR FDVR KDMD QHFHVVLGDGH GH DQXQFLDU LPLQHQWHV DEDL[RSDUDFLPDGDDOGHLD´
FRPR IDUi GD EDUUDJHP GH &DVWHOR GH %RGH XP *UDQGH±$OGHLDGH6mR)UDQFLVFRGH$VVLV VHGHGH
(VSHOKR'iJXD IUHJXHVLD SUHVHQWHPHQWH D ]RQD RQGH VH Ϯ
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8PD YH] FKHJDGRV j %DUURFD *UDQGH RQGH PLQD p ERP SDUD DV SHVVRDV TXH JRVWDP GH YHU FRQWLQXDU D MRJDU QD HTXLSD GH IXWVDO PDV R /XDQD)HUQDQGHVWHPDQRVYLYHQD%DUURFD LQHUWHV QmR VHUHP JUDQGH FRLVD´ DFUHGLWD TXH VDXGDGH GD IDPtOLD H PDLV KRUDV GH WUDEDOKR´ e R
DWXDOPHQWH VH FHQWUD WRGD D DWLYLGDGH GD PLQD PLQDV PDV DV SHVVRDV TXH QmR JRVWDP QmR p ERP WUHLQDGRUWHYHXPSUREOHPDHMiQmRJRVWDGHWUHLQDU *UDQGH 1R IXWXUR LPDJLQDVH D DMXGDU QD PLQD D SRVVDPVHUPHOKRUDSURYHLWDGRV1RIXWXURHQWHQGH 6HU SRUWXJXrV %UXQR 0RXUD OHPEUD TXH FRPR HOH
GHVFHPRVDRDJORPHUDGRGHFDVDVMXQWRDRMDUGLPH SDUD HODV GHSHQGH GDV SHVVRDV´ 'L] WHU ILFDGR 9rDVWRUUHVHyOLFDVMXQWRj%DUURFDFRPRXPDFRLVD OLPSDU EDOQHiULRV RV FDERV ( SDUD DOpP GD PLQD TXHRWXULVPRSRGHVHUXPDERDLGHLD'L]QmRHVWDU ³KRXYH YiULRVFROHJDVGDPLQDTXHSDUWLUDP´ SDUD
WDQTXH GD ODYDULD SDUD IDODU FRP PRUDGRUHV GR PXLWRWULVWHSHORWUHLQDGRUGHIXWVDOVHWHULGRHPERUD ERD SRUTXH VHUYHP SDUD GDU HQHUJLD OLPSD 3HQVD GL] JRVWDU TXH D %DUURFD WLYHVVH XPD SLVFLQD RX ³D YHU QD %DUURFD RXWUD FRLVD D QmR VHU PHVPR R R ODELULQWR GD VDXGDGH ³FRP D LOXVmR GH
DQWLJR EDLUUR RSHUiULR FULDQoDV MRYHQV KRPHQV SDUDRXWUDHTXLSDSRUTXHHUDP SRXFRVPHQLQRV$R TXH GHYH KDYHU PDLV FXLGDGR FRP R TXH WHP GHVSRUWR SDUD ID]HU 2 FOXEH DLQGD IXQFLRQD FRP WXULVPR WDQWR PDLV TXH FRQVWDVH QD WHUUD D HQFRQWUDUHP R WHVRXUR SURPHWLGR QRXWURV SDtVHV
PLQHLURV HPXOKHUHV FOXEHGL]QmRLUOiIRLOiVyXPDYH]PDVDFKDTXH IHUUXJHP ³p SUHFLVR OLPSDU H GHSRLV YHU VH HVWi Oi IXWVDO Vy SDUD WUHLQDU SDVVD FLQHPD PDV FRQIHVVD H[LVWrQFLD Mi GHQRYRV SURMHWRV SDUDRWXULVPR8P HXURSHXV PDLV IRUWHV´ R YHOKR FRPSOH[R GH
Ki Oi SLQJ SRQJ PDWUDTXLOKRV PDV QmR WHP D GHQWUR DOJXP SURGXWR SHULJRVR SDUD R DPELHQWH H JRVWDUPHVPRPXLWR³TXHDUUDQMDVVHPXPVtWLRSDUD GHOHV p XPD SRXVDGD QRV DQWLJRV HVFULWyULRV GD LQIHULRULGDGH ³H TXH VH GHVLOXGLUDP H QmR
0DUWLP%DUDWDWHPDQRVGHLGDGHQDVFHXQD
FHUWH]D H DFKD TXH WDPEpP WHP VQRRNHU *RVWD SDUDDVSHVVRDV´$FKDDHVFRODGD%DUURFD*UDQGH ID]HU PDLV GHVSRUWR SDUD DV SHVVRDV WUHLQDUHP %HUDOW SDUD TXHP WLYHU LQWHUHVVH HP YLVLWDU WRGR R UHVLVWLUDP j VDXGDGH H KRMH HVWmR D WUDEDOKDU GH
%DUURFD*UDQGHGL]TXHYLYHUQD%DUURFD*UDQGHp
PXLWR GH DQGDU QD HVFROD GD %DUURFD PDV WHP PXLWR TXHQWLQKD H WHP SHQD GH DOJXQV DPLJRV YiULDVFRLVDVHFRUUHUHP´$FKDTXH³WDQWRDPLQD &RXWR 0LQHLUR TXH WHP PXLWR SDUD YHU´ (QWHQGH QRYRQDPLQD´
IL[H ,PDJLQDVH QR IXWXUR D YLYHU QD %DUURFD D
DPLJRV GR EDLUUR TXH DQGDP HP 6LOYDUHV H HP YL]LQKRVVHXVQmRHVWXGDUHPOiHLUHPHVWXGDUSDUD FRPR DV WRUUHV HyOLFDV SURGX]HP HQHUJLD Vy TXH D TXH³XPDGDVLGHLDVPDLVIRUWHSHORTXHVHFRQVWD
WUDEDOKDU QD ODYDULD GD PLQD 'L] ID]HU IDOWD XP 0DULD ,VLGRUR DQRV GH LGDGH WDUHIHLUD QD
'RUQHODVSRUTXHMiOiIL]HUDPDFUHFKHTXHD%DUURFD ORQJHSDUD'RUQHODV PLQDpSDUDWUDEDOKDUHDVWRUUHVHyOLFDVpSDUDGDU Mi p GHVFHU j PLQD VHQGR YLiYHO H FRP VHJXUDQoD
FDPSR GH IXWHERO FRP ERODV H DFKD TXH DV SHVVRDV (% GD %DUURFD *UDQGH H SURIHVVRUD GH <RJD
QmR WHP $FKD TXH RV UHVtGXRV TXH VDHP GD PLQD OX]OLPSD´ SRLV WHP RV VHXV SHULJRV PDLV SDUD TXHP YHP GH
GHYLDPYLUYHUDPLQDGD%DUURFDSRUTXHD%DUURFD -RDQD %DUDWD WHP DQRV YLYH QD %DUURFD 3HUVSHWLYD D QtYHO SURILVVLRQDO XP IXWXUR
QmR GmR SDUD ID]HU QDGD H TXH DV WRUUHV HyOLFDV TXH IRUD´
WHPXPDVYLVWDVTXHVmRPXLWROLQGDV$FKDWDPEpP *UDQGH'L]JRVWDUPXLWRPXLWRGHHVWDUQD%DUURFD )HUQDQGR3HUHLUDDQRVGHLGDGHpHOHWULFLVWD FRPSOLFDGR Ki SRXFDV FULDQoDV D IUHTXHQWDU D
VHYrPjYROWDVmRERDVGHVGHTXHKDMDYHQWR
TXH ³D %DUURFD GHYLD WHU XP KRWHO RX XPD FRLVD GH ID]HU DWOHWLVPR $FKD TXH QR IXWXUR p SUHFLVR QD PLQD 'L] QmR LPDJLQDU DTXL %DUURFD *UDQGH %UXQR0RXUDWHPDQRVpPLQHLURQDPLQD HVFROD (QWHQGH TXH ³HQTXDQWR QmR VH UHFXSHUDU D
SDUHFLGDRQGHDVSHVVRDVGRUPLUHP´ ;DYLHU ,VLGRUR WHP DQRV YLYH H HVWXGD QD DUUDQMDU D FDQWLQD R FDPSR GH IXWHERO H FRQVWUXLU JUDQGHIXWXURSRUTXH³TXDQGRDPLQDIHFKDUYDLVHU 2VHXSULPHLURHPSUHJRIRLQDPLQDGDSDQDVTXHLUD FUHFKH TXH H[LVWLD QD WHUUD DV FULDQoDV TXH DLQGD
%DUURFD *UDQGH 4XDQGR IRU JUDQGH TXHU VHU XPD SLVFLQD $ILUPD TXH Ki SRXFR WUDEDOKR QD XP GHVHUWR YDPRV ILFDU DTXL Vy FRP UHVtGXRV YDL 'L] WHU HVWDGR DOJXP WHPSR IRUD QR HVWUDQJHLUR YmR QDVFHQGR FRPHoDP HP 'RUQHODV QRXWUR
5DIDHO 3HUHLUD WHP DQRV YLYH H HVWXGD QD
HOHWULFLVWD QD PLQD PDV DQWHV WLQKD GLWR TXH TXHULD %DUURFD H SRU LVVR p PHVPR SUHFLVR XPD FDQWLQD ILFDU WXGR DR DEDQGRQR QmR YDL ILFDU PXLWR IDPRV TXDQGR D HPSUHVD HVWHYH PDO H D GLIHUHQoD TXH FRQFHOKR H SRU Oi YmR ID]HQGR DPLJRV H ILFDQGR D
%DUURFD*UDQGH25DIDHOLPDJLQDVHQRIXWXURDVHU
VHUHQJHQKHLURQDPLQD $FKD TXH RWXULVPR pXPD QRYD H XP PXVHX SDUD R WXULVPR (QWHQGH TXH QR LVWRDTXL´&RQWXGRDFKDTXH³VHRVHVWXGRVGHTXH QRWRXIRLTXH³OiIRUDJDQKDVHPXLWRPDLVWDPEpP IUHTXHQWDU D SUpHVFROD H R FLFOR´ &RQVLGHUD
HOHWULFLVWD GD PLQD FRPR R SDL $FKD TXH R &RXWR
ERD DWLYLGDGH SDUD D %DUURFDPDV GL] VHU SUHFLVR D YHUmRpPHVPRSUHFLVRXPDSLVFLQDHQRIXWXURYrVH VHKRXYHIDODUHVWLYHUHPFHUWRVDSHVDUGRVUHVtGXRV p PDLV GXUR PDLV KRUDV GH WUDEDOKR Vy TXH D TXH ³R IXWXUR GD WHUUD GHSHQGH PXLWR GR TXH
0LQHLUR p ERQLWR GH VH YHU Vy TXH QmR HVWi D YHU
%DUURFDWHUXPKRVSLWDO 9HUEDOL]RX TXHJRVWDYDGH DWUDEDOKDUQRVHVFULWyULRVGD%HUDOW7LQ TXH HVWmR QRV DWHUURV VHUHP PXLWRV iFLGRV H RV VDXGDGH WDPEpP DSHUWD D IDPtOLD H RV DPLJRV
ϯ
DTXL JUDQGH HVSDoR SDUD ID]HU WXULVPR ³'HVFHU j >ŽƌĞŶĕŽ͕ĚƵĂƌĚŽ;ϮϬϭϮͿ͘KůĂďŝƌŝŶƚŽĚĂƐĂƵĚĂĚĞ͕>ŝƐďŽĂ͗ĚŝĕƁĞƐ'ƌĂĚŝǀĂ͘
WDPEpP DSHUWD PXLWR $ GLIHUHQoD p PHVPR D ϰ
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ϱ ϲ ϳ
YLHU D ID]HUVH QD WHUUD GHSRLV GR HQFHUUDPHQWR GD H ORJR TXH UHJUHVVRX FRQWLQXRX D WHU RVHX ORFDO GH DWOHWDV HPERUD FRQWLQXDQGR FRP R IXWVDO GXUDQWH DTXL GHL[DP GH ODGUDU e XPD WHUUD OLQGD YLYHVH
PLQD´QmRID]HQGRLGHLDGRTXHID]HUVHSDUDTXHD WUDEDOKR QD HPSUHVD PLQHLUD DJRUD QRV VHUYLoRV VHLV DQRV PDV PHVPR HVWDV PRGDOLGDGHV DFDEDUDP EHPDTXLDSHVDUGDVHVFRPEUHLUDVTXHKiDtHRDU
WHUUD FRQWLQXH FRP DWLYLGDGH H DWUDWLYD 'L] QmR HOHWURPHFkQLFRVRQGHHVWHYHGXUDQWHDQRVDWpVH SRUIDOWDGHPDWpULDSULPD DWOHWDV ³+RMH´GL]-RVp PDV WHPRV ERP YLYHU Fi )DODVH HP HVWXGRV SDUD
VDEHU UHVSRQGHU VH RV UHMHLWDGRV GD PLQD SRGHP RX UHIRUPDU FRP DQRV H PHVHV 5HIHULQGRVH DR 7DYDUHV ³QmR WHPRV TXDOTXHU HTXLSD D GLVSXWDU UHDSURYHLWDUDFKDUULVFDPDVDFKRTXHQmRSDVVDP
QmRVHUUHFLFODGRV &OXEH'HVSRUWLYR GDV0LQDV GD3DQDVTXHLUD FULDGR TXDOTXHU FDPSHRQDWR´ /DPHQWD GL]HU TXH QmR GRSDSHOVmRHVWXGRV$WpDFUHFKHGHL[DUDPDFDEDU
HP GH DEULO GH ± DWp Dt DQWLJR &OXEH DXJXUDJUDQGHIXWXURSDUDD%DUURFDSHVHHPERUDRV « HQTXDQWR QmR KRXYHU XPD YLYrQFLD HQWUH DV
)HUQDQGD 6LOYD WHP DQRV PRUD QD %DUURFD
5HFUHDWLYR GDV 0LQDV GD 3DQDVTXHLUD FRP VHFo}HV HVIRUoRV GD HPSUHVD SDUD HQFRQWUDU QRYRV ILO}HV YiULDV HQWLGDGHV TXH WUDEDOKDP QHVWD WHUUD D
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29
Galerias de Luz
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30
Alxisto escalão 1
Cartaz
Simão Sobreiro Geraldes Silva, José Rúben da Silva Tomás menção honrosa
Professora: Maria Manuela C. Serralheiro Casteleira | Escola EB1 de Paul — Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto
31
Borreguinhos da Beira Baixa escalão 2
cartaz
Professora: Maria João dos Santos Baptista | Escola Secundária do Fundão — Agrupamento de Escolas do Fundão
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32
De doce vilão... A bom papão! escalão 2
Cartaz
Beatriz Belo, Diogo Brito, Rodrigo Nobre menção honrosa
Professora: Maria João dos Santos Baptista | Escola Secundária do Fundão — Agrupamento de Escolas do Fundão
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33
Coma! É leve e nutritivo escalão 3
cartaz
Professora: Maria João dos Santos Baptista | Escola Secundária do Fundão — Agrupamento de Escolas do Fundão
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34
Tortosendo escalão 3
artigo
Tomás Gouveia Falcão menção honrosa
35
Tortosendo
artigo
36
A nossa Flora - Etnobotânica escalão 4
Cartaz
da Serra da Gardunha menção honrosa
Dinis Pereira, Simão Pereira, Vânia Bento
37
Influência da precipitação em escalão 4
cartaz
38
Carantonha e cantarinhas! escalão 1
Cartaz
Daniel Henriques Silveira, Mariana Isabel Oliveirinha Pereira,
Matilde Martins Lopes
Carantonha e cantarinhas!
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Introdução
Metolodologia
- Observar o nosso meio envolvente e perceber que uma argila é uma mistura natural
poliminerálica, de cores variadas, com textura própria, dependendo dos processos de formação e
que na sua composição podem entrar o quartzo, feldspatos, micas, óxidos e hidróxidos de ferro,
pirite e carbonatos.
- Observar que a importância e diversidade de uso das argilas são consequência das suas
características específicas.
- Analisar as argilas enquanto materiais geológicos finamente divididos.
- Concluir que apenas com partículas de dimensões inferiores a 2 mícron se obtém a argila, facto
que dificultou a sua clivagem e quantidades obtidas (por ex: na areia as partículas situam-se entre
os 20 mícron e os 2mm).
1 2 3
- A exploração da argila foi fortíssima, ao nível industrial, no fabrico de telhas, tijolos e olaria, com a produção de
cântaros para a água, potes e vasos. Daí o nosso interesse em recuperar a tradição e criar um jogo de cariz
lúdico/científico numa Box.
Carantonha (= cara muito feia = caraça ou careta.) Cântaro = vaso grande, bojudo e com asa, para transportar líquidos.
39
Paul, hoje e amanhã escalão 1
cartaz
40
Paul vila turística escalão 1
artigo
Maria Pedro Lopes Mingote
PAUL
Vila turística
Paul, vila localizada no concelho da Covilhã, é uma vila com elevado potencial a nível turístico, vários
são os projetos a decorrer.
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Nas “covas” vai nascer o melhor “parque urbano”, onde se poderá desfrutar da nossa ribeira e de
toda a sua envolvência.
Agora:
Maria Pedro Lopes Mingote
4º Ano
No futuro, vamos disfrutar de uma zona de lazer onde podem vir passar uma tarde com a família, terão
ao dispor, um parque de merendas com assadores e várias mesas, podem sempre levar a comida de
casa para ali fazer um piquenique. Mas, caso não se leve comida, não há problema – vai existir um
café / restaurante e ainda vários bebedouros (onde podem “matar” a fome e a sede), junto à nossa
ribeira Caia.
No restaurante vão poder degustar os nossos excelentes pratos típicos, tendo como paisagem de
fundo a nossa belíssima ribeira.
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Na ribeira, podem ainda praticar diversos desportos aquáticos, entre os quais paddle. Na fonte do concelho:
A zona relvada permite ir a banhos e descansar depois numa sombrinha natural ou ao sol.
No futuro campo multiusos, podem praticar desportos com bola, como por exemplo ténis, volley.
O espaço vai ser criado a pensar nas pessoas com mobilidade reduzida ou com problemas motores,
Vai nascer o “Centro Interpretativo da Ribeira”, onde apesar de pequeno, vai ser um museu interativo
com rampas de acesso, para que todos se consigam deslocar sem problemas no “recinto”.
pelo que o visitante poderá visualizar um conjunto de fotografias e vídeos com recurso a ecrãs, sobre
Além disso, a praia fluvial vai ter estacionamento e um parque para caravanas. a ribeira e o ciclo do milho.
O edifício tem um moinho e um forno, criando aqui uma área pedagógica com a demonstração do
fabrico do pão e broa.
Em colaboração com as escolas, os alunos vão poder semear o milho que depois será moído no moinho
e por fim o pão será cozido no forno. Será um ponto de atração turística.
No terreno chamado os “Poços”, ainda existem vestígios da origem do Paul, sítio com poços e
abundância de vegetação, onde em outros tempos eram denominados por Paúis ou pântanos, dando
origem ao nome desta freguesia de Paul.
Neste local será construído um parque de lazer com equipamento de manutenção.
Entre a paisagem, existem partes rochosas que podem servir para os mais aventureiros darem uns bons
mergulhos e até alguns saltos com acrobacias (nunca descurando a segurança). Mas, atenção, para
evitar acidentes existe mesmo uma prancha para saltos.
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41
Escola Aberta escalão 2
Artes visuais
Professor: João Manuel da Conceição | Escola Básica N.º 2 de Paul — Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto
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42
Soro e Fruta, que bela mistura! escalão 2
Cartaz
Carolina Marta, Francisca Marta
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43
A Indústria em Portugal escalão 3
artigo
44
Poluição do Ambiente escalão 3
artigo
Daniela Catarina Carrola Peralta, Filipe Manuel Campos Carrilho
Professor: Orlindo Fernandes | Escola Secundária Frei Heitor Pinto — Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto
45
A contribuição das raízes na fixação do solo escalão 4
cartaz
46
Abordagem geográfica escalão 4
artigo
à população da Covilhã
Joana Zhan, Margarida Pinto, Maria Santos
Professor: António Barbosa Lages | Escola Secundária Frei Heitor Pinto — Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto
47
Abordagem geográfica escalão 4
artigo
à população da Covilhã
Miguel Gouveia, Pedro Ferrão
Professor: António Barbosa Lages | Escola Secundária Frei Heitor Pinto — Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto
48
Contribuição das raízes na fixação do solo escalão 4
Cartaz
Joana Roque, Sara Amaral, Diana Raposo
Legenda 1- Água a ser vertida em cima do modelo Legenda 2- Translocação de água mais terra para o gobelé.
a uma determinada altura constante.
3. Resultados e discussão:
Os resultados obtidos parecem indicar que a espécie carvalho (Quercus pyrenaica) fixou melhor a água do que os pinheiros
(Pinus pinaster) e as mimosas (Acacia dealbata). Porém as diferenças relativamente à quantidade de solo não parecem tão
significativas. Notamos algumas restrições no modelo pois é bastante difícil criar modelos em laboratório que envolvam espécies
naturais como as que utilizamos. Nomeadamente, as conclusões têm de ser vistas com algumas reservas pois não é garantido
que o sistema radicular estivesse suficientemente desenvolvido, ao fim de uma semana. Por outro lado, por questões de escala,
foram usadas plantas jovens. No entanto o comportamento das mesmas pode não ser equivalente ao de plantas adultas. Por
exemplo, as mimosas no meio natural formam grupos muito compactos o que pode fazer com que haja uma maior fixação ao
solo. Porém. O seu sistema radicular pode ser menos profundo do que o de pinheiros ou carvalhos, o que se traduziria em
menor eficácia.
4. Referências:
Instituto Geográfico do Exército (1999) Carta Militar de Portugal, Folha 246 (Fundão). Escala 1:25 000. Lisboa.
49
Impacto potencial da densidade escalão 4
cartaz
Introdução:
Na Serra da Gardunha existem zonas de vertente susceptíveis de colocar em risco alguns locais com ocupação urbana, nomeadamente junto à cidade do Fundão. As zonas de
vertente, particularmente em situações de precipitação continuada, ou em situações de precipitação intensa num curto espaço de tempo, podem desencadear movimentos em
massa (Guerner Dias et al., 2008). Algumas ações de origem antrópica podem facilitar algumas ocorrências ou agravar os seus efeitos.
O nosso objetivo foi estudar os fatores que contribuem para os movimentos em massa e para as suas consequências. Para tal testou-se a influência da presença ou falta de vegetação
nos processos erosivos e consequente ravinamento das encostas.
Metodologia:
Foram idealizadas duas maquetas, a partir de materiais reciclados, recriando
duas situações de teste com apenas uma variável (independente) – a
densidade da cobertura de vegetação. Foram utilizadas duas placas de
alumínio, especialmente preparadas para aumentar o atrito entre o solo e as
placas. As mesmas foram dispostas com a inclinação de 25%, previamente
calculada para um dos locais estudados na Serra da Gardunha com base na
carta militar (Instituto Geográfico do Exército, 1999).
Numa das maquetes foi colocada apenas solo e cascalho (simulando solo
desprovido de vegetação) e em outra utilizou-se solo com vegetação
herbácea. Outras variáveis foram controladas, nomeadamente, o volume e o
Figura 2 – Medição do declive
tempo de precipitação simuladas, a massa de solo utilizado.
Os ensaios de precipitação foram feitos utilizando um regador com um crivo, Figura 1 – Esqueleto da maquete
para simular o efeito da chuva. Em cada ensaio, foram usados 7,5L de água,
durante 60 segundos. O operador foi o mesmo e o modo como a água foi
despejada obedeceu a um padrão semelhante.
Para cada ensaio foi estimada qualitativamente a quantidade de solo que
sofreu deslocamento, abaixo do perfil de referência.
Resultados:
Os resultados observados foram objeto de uma leitura relativa aos
parâmetros: quantidade aparente de solo deslocada e quantidade de água
escorrida.
Por não ter sido possível fazer leituras rigorosas, as mesmas foram Figura 3 – Maquete inicial com vegetação
convertidas numa escala qualitativa relativamente aquele parâmetro (nada,
pouco, significativo, abundante, muito abundante) a qual foi,
posteriormente transformada numa escala numérica de 0 (nada) a 4
(muito abundante).
A partir dessa transformações foi possível os resultantes do Gráfico 1.
3
Figura 4 – Maquete sem vegetação após a Figura 5 – Maquete com vegetação após a
experimentação experimentação
2
0
Com vegetação Quantidade de solo deslocado Sem vegetação
Discussão:
Os resultados obtidos apontam para o facto esperado de que a densidade de vegetação diminuir significativamente a quantidade de massa de solo que sofre deslocamento. Em
condições de terrenos muito inclinados facilmente ocorrem deslizamentos uma vez que a força tangencial facilmente supera a força de atrito. Em áreas declivosas como a Serra da
Gardunha é importante a proteção da vegetação em zonas mais declivosas uma vez que as plantas diminuem a velocidade de escorrência da água, dissipando parte da sua energia
cinética. Ao mesmo tempo, as raízes ancoram o solo e dificultam o seu arrastamento. Infelizmente, os incêndios e mobilizações extensivas do solo com vista a plantação de novos
pomares têm diminuído a quantidade de vegetação natural existente. Uma consequência potencial serão fenómenos de movimento em massa e consequente colocação em perigo de
zonas urbanas. São por isso necessárias medidas urgentes de proteção da vegetação natural e uma proteção mais eficaz contra incêndios.
Referências:
• Guerner Dias, A.; P. Guimarães & P. Rocha (2008) Biologia e Geologia 11.º ano. Areal Editores. Porto.
• Instituto Geográfico do Exército (1999) Carta Militar de Portugal, Folha 246 (Fundão). Escala 1:25 000. Lisboa.
50
Influência da precipitação nas derrocadas escalão 4
Cartaz
na Serra da Gardunha
Diogo Freire, Margarida Rodrigues, Guilherme Lourenço
51
Influência do tipo de solo nas derrocadas escalão 4
cartaz
Introdução:
Na nossa região, nomeadamente na Serra da Gardunha, verificam-se situações propiciadoras de movimentos em massa, decorrentes das encostas de grande declive e de outras
caraterísticas locais. Considerando o elevado número de fatores que podem estar na origem de uma derrocada, como a abundância da vegetação, a inclinação, a pluviosidade e o
tipo de solo, entre outros, o nosso objetivo foi estudar um destes factores. Neste caso, pretendemos estudar a importância que o tipo de solo tem neste problema. O nosso estudo
deve contribuir para alertar a população para possíveis danos decorrentes dos movimentos em massa e o modo como os podemos prevenir.
Métodos:
Foram idealizadas e construídas duas maquetas (Fig. 1), que pretendiam representar
situações de vertente sujeitas á mesma inclinação, no entanto constituídas por diferentes
solos (Fig. 2), um por solo derivado de rochas xistentas e outro por solo derivado de rochas
graníticas, sendo esta a nossa variável independente. Para além de ter sido controlada a
inclinação, foi controlada também a quantidade de precipitação, a forma como foi simulada
e o tempo em que esta ocorreu, tal como a quantidade de solo e a ausência da vegetação. A
variável dependente foi a quantidade de terra deslocada. Como não foi possível obter dados
quantitativos diretos, foi usada uma escala qualitativa para quantificar os efeitos observados
na quantidade de solo arrastado ( 0 – nada arrastado / 1- muito pouco / 2- pouco /3 - muito
arrastado). Para melhor caraterizar os dois tipos de solo, utilizaram-se peneiros que
permitiram separar a fração mineral do solo para determinar a respetiva textura, em função
da percentagem em massa de areia silte e argila.
fração mineral embora, no seu conjunto, a fração fina do solo xistoso seja um pouco mais
abundante.
2,5
Xisto
Granito
1,5
0,5
Gráficos 1 e 2 Composição da fração mineral, em percentagem de massa de areia, silte e argila, para Gráfico 3 - Quantidade de solo deslocado, em três ensaios sucessivos. Os valores em ordenadas traduzem uma apreciação
o solo derivado de rochas xistentas e para o solo derivado de rochas graníticas, respetivamente. qualitativa, de acordo com a escala ( 0 – nada arrastado / 1- muito pouco / 2- pouco /3 - muito arrastado).
Os resultados obtidos, patentes no gráfico 3, mostram que em todos os ensaios, houve maior arrastamento de partículas no solo de origem granítica do que no solo de origem
em xisto. A maior percepção de arrastamento em cada ensaio, relativamente ao ensaio anterior deve-se ao facto dos mesmos terem sido cumulativos, por não ter havido
necessidade de recorrer à reconstrução das maquetas. Pelo facto da análise textural não ter fornecido diferenças significativas entre os dois tipos de solos, não se pode
associar, de forma inequívoca, esta caraterística às diferenças observadas em termos de arrastamento de solo. Por outro lado, observaram-se dois aspetos que se afiguraram
significativos: o solo de origem em xisto apresentou maior capacidade de absorção da água utilizada na simulação da chuva ao mesmo tempo que a fração orgânica presente
no solo era significativamente maior. Os dois factos parecem estar relacionados e parecem ser a maior explicação para as diferenças observadas na capacidade de retenção de
água/infiltração e na maior ou menos facilidade com que o modelo perdia solo por erosão.
Com estes resultados conseguimos perceber que a quantidade de matéria orgânica no solo pode ser um factor influenciador da maior ou menor possibilidade de derrocada
em zonas de declive acentuado. O número de recolhas de solo não nos permite afirmar categoricamente que os solos xistosos têm sempre mais matéria orgânica do que os
solos graníticos. Porém, sabemos que os solos graníticos são tendencialmente mais ácidos (maio teor em sílica) e têm menos minerais, pelo que a fertilidade dos solos xistosos
pode ser maior e, dessa forma, favorecer a acumulação de matéria orgânica . Por outro lado, sabemos que os incêndios florestais contribuem para eliminação da fração
orgânica dos solos, o que se pode relacionar com este estudo – após os incêndios, para além da ausência de vegetação, um dos factores que pode contribuir para os
movimentos em massa e para as derrocadas é a diminuição do teor de matéria orgânica nos solos, factor que pode colocar em causa a segurança da população.
Referências:
Amarilis de Varennes (2003) Produtividade dos solos e ambiente. Escolar editora. Lisboa. 490p.
52
Risco de derrocada em função escalão 4
Cartaz
de diferentes tipos de solo
Ana Ribeiro, Fátima Boavista, Natacha Trindade
Em zonas como serras, em que o declive dos terrenos é mais considerável, o perigo de derrocadas é geralmente mais
elevado. Desta forma, algumas regiões da Beira Interior, compartimentada entre as encostas de duas serras – a Serra
da Gardunha e a Serra da Estrela, são propensas a derrocadas. Estas dependem de diferentes fatores como: declive do
terreno, tipo de solo, quantidade de precipitação por unidade de tempo, tipo/densidade de vegetação existente, etc.
Com o objetivo de conhecer melhor os fatores subjacentes às derrocadas e aos movimentos em massa, foi decidido
estudar a influência do tipo de solo (classificado com base na rocha-mãe que o originou) no risco de
derrocadas/movimentos em massa.
METODOLOGIA
A fim de simular as condições que se pretendiam testar, idealizaram-se e construíram-se dois modelos (Fig,1)
utilizando como suporte aquários reciclados. No seu interior, tentou-se simular a inclinação da serra da Gardunha
(após cálculos baseados na carta topográfica militar da escala 1:25000 (IGE, 1999)) fazendo a modelação de base com
placas de esferovite. Entre os dois modelos, o único fator que variou foi o tipo de solo utilizado. Desta forma, num dos
aquários colocou-se solo derivado de xisto enquanto que no outro, se colocou solo de origem granítica. Ambos os
solos foram recolhidos na encosta norte da Serra da Gardunha, acima da cidade do Fundão. Quanto às restantes
variáveis são mantidas (vegetação ausente, inclinação de 15º, quantidade de chuva por unidade de tempo, a mesma
massa de solo,…). Para efetuar os ensaios, simulou-se chuva utilizando garrafas de água com tampas perfuradas.
Observaram-se os efeitos. Além disso, determinou-se a percentagem em massa dos componentes minerais de
diferentes classes granulométricas que constituem o solo (argila, silte e areia). Isto foi feito fazendo passar amostras
dos dois tipos de solo por peneiros com diferentes malhas, o que permitiu a separação entre areia (partículas de 0,02 a
2 mm), silte (partículas de 0,002 a 0,02 mm) e argila (partículas <0,002 mm). Os resultados foram avaliados utilizando
Fig.1 – modelos utilizados. uma escala relativa à quantidade de solo ou água que saíram dos modelos, atribuindo-se valores de 0 a 5, para
qualificar a perda de material, correspondendo 0 à ausência de derrame e a 5 um valor de grande perda.
RESULTADOS
0 - nada
xistoso
1 - muito pouco
5 - Bastante
62%
17% 58% 20%
1
Quantidade de solo deslocado
DISCUSSÃO
Os resultados patentes no gráfico 1 mostram diferenças apreciáveis entre o comportamento do modelo construído com solo
de origem granítica e solo de origem em xisto. As diferenças observadas observam-se quer ao nível da quantidade de água
perdida, quer ao nível da quantidade de solo deslocado. Para justificar estas diferenças poderão existir mais do que um
factor pelo que foi importante alguma análise complementar sobre os solos utilizados.
A análise da fração mineral dos solos (Gráficos 2 e 3) aponta para a mesma classe textural (Figura 2). Ambos os solos têm
uma textura franca, o que não permite retirar conclusões relativamente a este parâmetro para explicar as diferenças de
resultados obtidos. Porém, na recolha dos dois solos verificou-se que o solo xistoso tinha maior teor em matéria orgânica.
Aparentemente, esta matéria orgânica favorece a retenção de água e a infiltração. Assim, mesmo estando ambos os solos
desprotegidos o solo granítico é, neste caso, mais propício aos movimentos em massa, dado que para a mesma quantidade
de chuva por unidade de tempo ser aquele que maior perda de quantidade de solo e de água. Estes dados permitem Figura 2 – Diagrama de texturas onde são
concluir também que a conservação dos solos e a manutenção de elevado teor de matéria orgânica nos mesmos são classificados os solos granítico (azul) e
importantes quer ao nível da conservação da estabilidade das vertentes, quer ao nível da conservação dos recursos xistoso (vermelho).
hidrológicos.
Referências
Amarilis de Varennes (2003) Produtividade dos solos e ambiente. Escolar editora. Lisboa. 490p.
Instituto Geográfico do Exército (1999) Carta Militar de Portugal, Folha 246 (Fundão). Escala 1:25 000. Lisboa.
53
Variação da densidade de vegetação escalão 4
cartaz
Variação da densidade de
vegetação
Alunos: Joana Nicolau; Maria Jorge; Tiago Batista
Introdução: Metodologia:
Os movimentos em massa são eventos naturais comuns e sucedem Foram produzidas duas maquetas /modelos para testar a nossa hipótese. Para
frequentemente associados a áreas mais declivosas e na sequência de eventos de isso forraram-se duas vitrines com plástico e preparou-se o seu interior de
precipitação prolongados ou quando o fenómeno de precipitação intensa ocorre modo a conseguir simular um declive caraterístico de zonas montanhosas,
num curto espaço de tempo. Na nossa região, Fundão, existem zonas propícias à usando esferovite e estantes. A superfície obtida foi recoberta por terra. No final
ocorrência de derrocadas algumas em zonas habitacionais e que, um dos modelos foi preparado com vegetação herbácea (modelo 1), enquanto
consequentemente, podem afetar a segurança da população. Neste estudo o outro ficou apenas com terra nua (modelo 2). Na fase de testes, ambos os
pretendeu-se avaliar a importância da presença de vegetação na prevenção das modelos foram sujeitos a uma simulação de precipitação, utilizando um regador
derrocadas. com crivo fino, tendo havido o cuidado de proceder da mesma forma, com a
mesma duração, a mesma quantidade de água e pela mesma pessoa.
Figura 1 - Estrutura da base dos dois modelos. Figura 2 - Modelo preenchido com terra.
Figura 3 - Medição da inclinação da estrutura.
Resultados:
Discussão:
Após os testes, foi fácil observar que no modelo 1 não houve arrastamento de solo e a água utilizada infiltrou-se toda. Já no modelo 2 ocorreu arrastamento de solo e forte
escorrência de água, a qual se acumulou no fundo da maqueta (Figura 5).
Após esta experiência, verificou-se que quanto maior a densidade de vegetação menor será a massa de solo erodido. Transferindo para um exemplo real, a Serra da Gardunha,
pode-se constatar que há zonas da encosta desta serra, que devido a diversos fatores, nomeadamente, os incêndios, perderam densidade de vegetação. Devido a condições
ambientais tais como a precipitação, a possibilidade de haver derrocadas e perda de solo por erosão aumentam.
54
Escrita,
literatura
e território:
trabalhos
de expressão
literária
tema 2
escalão 1 — 1 ciclo
escalão 3 — 3 ciclo
escalão 4 — Secundário
Artigo
fotografia
Artes Visuais
56
A minha terra escalão 1
artigo
Francisco Dias, Leandro Bernardino, Hugo Gonçalves
prémio
Professora: Patrícia I. Areias Coelho | Escola EB1 S. Jorge da Beira — Agrupamento de Escolas de Escolas Frei Heitor Pinto
57
A minha terra
artigo
58
A minha terra
artigo
59
Um Livro e umas Aldeias Abandonadas escalão 3
Artes visuais
60
Um Livro e umas Aldeias Abandonadas
Artes visuais
61
Um Livro e umas Aldeias Abandonadas
arte digital
62
Somos da Forma como Habitamos escalão 4
artigo
a Irrealidade
1 ”Eu fiquei em S. Pedro. Os primeiros dez anos da minha vida fo- obra deles, o viático de um racionalismo aceitável e, sobretudo,
ram passados nessa aldeia, muito representativa do nosso atraso. uma maneira de não pensar o que nele era, mesmo se contestá-
Não havia água nem eletricidade […] Sem mitificar a infância, o vel como todos, autêntico e fundado pensamento.170Assim, este
que, aliás, seria justo e natural, foi um tempo despreocupado, homem cuja missão confessada era a de fazer pensar Portugal,
todo entregue à brincadeira, irresponsável. E depois veio a en- por uma certa qualidade do seu próprio pensamento, mas mais
trada na escola, onde fui um menino aplicado” In “Retrato de ainda pelas condições particulares do nosso meio cultural, aca-
um pensador errante”, texto de Luís Miguel Queirós in Publica, bou por se converter no álibi daqueles que o não pensam. Sérgio
13/05/2007, p.42. pensava por nós, logo dispensava-nos de pensar.”
2 LOURENÇO, E. (2000). O labirinto da Saudade. Gradiva. p.167 “Em 3 de CASTRO, F. (2010). A lã e a Neve. Guimarães Editores “No co-
si mesma, a filosofia de Sérgio nem é uma filosofia fácil, nem meço do Verão, antes de demandar os altos da serra, ovelhas e
da facilidade. Mas o comum dos seus leitores deixou de lado a carneiros deixavam, em poder dos donos, a sua capa de Inver-
funda inspiração platónica que a sustenta, a sua assimilação do no. Lavada por braços possantes, fiada depois, a lã subia, um
Inteligível e do Bem, para reter apenas a apologia da inteligibili- dia, ao tear. E começava a tecelagem. O homem movia, com os
dade matematizante, a complacência pelos poderes racionais, a pés, a tosca construção de madeira, enquanto as suas mãos iam
evidente facilidade com que o ilustre autor separava a treva da luz, operando o milagre de transformar a grosseira matéria em forte
tal como separava o Portugal (ou o mundo) como reino da estupi- tecido. Constituía o acto uma indústria doméstica, que cada qual
dez do Portugal esclarecido, raro no passado e no presente, mas exercia em seu proveito, pois a serra não dava, nessas recuadas
já futuro na perspectiva do seu místico racionalismo. A maioria eras, mais do que lã e centeio.”
desses leitores deixou cair o misticismo e Sérgio tornou-se, por
63
Somos da Forma como Habitamos a Irrealidade
artigo
4 LOURENÇO, E. (2000). O labirinto da Saudade. Gradiva. p.44 “É consequências não escaparam a gente menos «visionária» e
curioso saber que muitos dos representantes da «filosofia portu- menos delirantemente «patriótica». A exaltação culturalista da
guesa» viam na ideologia oficial da época (o salazarismo) também imagem de Portugal só pôde ter esse perfil precisamente em fun-
uma forma de positivismo, na acepção pejorativa do termo, o ção da realidade e da vocação imperiais que durante quinhentos
que não impediu na prática, bom número deles, de hiperbolizar o anos fizeram parte da nossa actividade histórica, e cuja lembran-
que no regime ia no sentido do culto patológico da lusitanidade, ça, mais ou menos intermitente, mas nunca de todo apagada,
ajudando até com veemência particular a radicalizar nos termos constituiu durante esse período o núcleo da imagem de Portugal
mais cegos e dementes uma política «imperial» cujas funestas que interiormente nos definiu.”
64
Somos da Forma como Habitamos a Irrealidade
artigo
salazarista do sucesso da tentativa de adaptar o Lourenço, que definem e retratam a maneira de
pais à sua natural e evidente modéstia. ser portuguesa aos longos dos tempos e que, na
Notemos também naquilo que o autor chama opinião do autor, seria uma mina para Freud, caso
de Disneylândia a uma forma de viver lusitana, cria- ele nos tivesse conhecido.
da pelo Estado Novo, que concretiza a irrealidade Começamos pelo fenómeno da emigração e
de um regime do qual ele nem se orgulha de ser os seus mitos associados, também é temática de
contra, e, mesmo a viver no Brasil, foi sempre uma reflexão no Labirinto, não se podendo esquecer
das vozes na defesa da instauração da democracia o facto de que Eduardo Lourenço também foi e é
em Portugal. Lamentando a oportunidade perdida, emigrante, começando no capítulo “A emigração
aquando da revolução de Abril, na queda definitiva como mito e os mitos da emigração”, uma refle-
do império, para repensar o país, o autor regista o xão sobre as cerimónias comemorativas do dia de
seu desânimo na secundarização da necessidade Camões na cidade da Guarda. Passamos do por-
de mudança na direção da democracia, em favor tuguês-colonizador, à celebração acorrentada ao
de um revisitar de um passado repressivo, não português-emigrante, tendo como elo de ligação,
ocorrendo a tão desejada rutura acompanhada segundo o autor pouco inocente e até abusivo, o
de uma consequente reflexão. poeta5. Lembra Eduardo Lourenço que: Camões
e a sua obra, em particular os Lusíadas, não são
A democracia é a mais difícil das utopias que
uma realidade intemporal de significação unívoca,
se inventou, depreendemos em muitas das suas
assinalando uma apropriação ilegítima, anacrónica
reflexões, nas quais incluímos declarações públi-
e absurda do poeta.
cas nos mais diversos eventos, essa mesma de-
mocracia tem que habitar a pós-hiperidentidade, A desmesura e boémia de uma certa classe
deixando de se compensar com as vitórias de social de mentalidade bur guesa, o pobre com
Cristiano Ronaldo, que equipara aos momentos de mentalidade de rico, habituado a uma espécie de
glória dos das cruzadas e que, na opinião do autor picarismo de alto coturno. O povo que viveu al-
correspondem a sentimentos de compensação, guns anos acima das suas possibilidades, o povo
pelo facto de sermos um país pequeno. Embora que se puder andar de táxi não usa os transportes
tendo alguma dificuldade em apontar, com plena públicos.
certeza, a forma como desenhar um futuro para A passividade e amorfismo de um povo nas
o nosso pais, pela imprevisibilidade da mudança, questões da cidadania e especificamente da cul-
Eduardo Lourenço acredita que, as conquistas de tura, mas que não se escusa de atos de sarcasmo,
Abril, ainda poderão ser o motor de uma mobili- fanfarronice e maledicência.
zação para novos formatos, que terá sempre que A demagogia política e o reflexo estrutural que
contar com a educação e o ensino. Recentemente, nos carateriza combina-se para produzir o fenó-
o nosso autor, demonstrou alguma preocupação meno pasmoso de alimentarmos a máquina eco-
com a disseminação do iletrismo pela europa mais nómica com o dinheiro.
próxima de nós, um fenómeno inibidor dessa mo- Buscar uma visão integradora na literatura de
bilização necessária. Eduardo Lourenço é encontrar um instinto uni-
Invocamos neste ensaio, de forma sintética versalista na forma como a cultura se expressa na
algumas das imagens, recorrentes em Eduardo mesma, sem com isso ter se depreender que se
5 LOURENÇO, E. (2000). O labirinto da Saudade. Gradiva. p.124 e suas ingénuas ou atrozes realidades se podia compilar uma ver-
“ Pobres, saímos agora de casa para servir povos mais ricos e são recreadora do título de História Trágico-Terrestre. Mas faltou
organizados do que nós. Nenhum Camões - nem de entre os na impressionante litania do Dr.Gomes algo, acaso mais trágico
herdeiros do neo-realismo - se lembrou de tematizar, como con- que a crónica desses sofrimentos reais e cuja falta desfigura a
viria, esta gesta de um tipo novo. Talvez seja excessivo convocar imagem autêntica da emigração: é o rol dos benefícios, a conta
a memória da epopeia positiva - embora, como Jorge de Sena larguíssima das melhorias de toda a ordem que, mau grado esse
o repetiu com força, não haja nela outros motivos de vergonha sofrimento, o emigrante acabou por alcançar. A imagem do mal
que aqueles que já envergonhavam ou indignavam o seu cantor - que o emigrante passa lá fora consola de algum modo a nos-
para converter em qualquer coisa de exaltante o que é da ordem sa vaidade pátria e por isso se evoca com tanta complacência
da pura necessidade e ao mesmo tempo um resumo aflitivo de silenciando-se aquela que realmente humilha, por intolerável.
todos os males de que há muito sofremos enquanto nação in- É um pouco paradoxal enegrecer para fins de exaltação íntima
suficientemente desenvolvida .O resultado feliz (relativamente) o quadro das dificuldades do emigrante no Estrangeiro que o
da moderna emigração não pode fazer-nos esquecer o fenó- acolhe, melhor ou pior. Quanto mais negro for o quadro, mais
meno-miséria de que é inseparável à partida. Desta miséria, ou contundente é o processo que instauramos a Portugal. Se lá fora
antes, do sofrimento físico ou moral com que o emigrante paga a é esse inferno que muitos desejariam supor para se tranquilizar,
riqueza «regeneradora» da pátria ausente, alguma coisa se disse julgando assim exaltar por contraste as doçuras do pátrio ninho,
na Guarda, pela boca do velho democrata egitaniense Dr. João que espécie de inferno seria o caseiro para ter tido coragem e
Gomes, mas numa perspectiva algo equívoca. Desse sofrimento vontade de abandoná-lo?”
65
Somos da Forma como Habitamos a Irrealidade
artigo
tenham perdido as tonalidades das identidades lembra das dificuldades resultantes da ação dos
nacionais. Neste ensaio não confundimos univer- nossos políticos, nem sempre a mais correta, das
salismo com aquilo que Eduardo Lourenço apelida nossas forças económicas, até da crise económi-
de dissolução num magma universal de imagens e ca europeia, e até de um discurso prioritariamente
de vozes, gerada na globalização, das identidades económico e financeiro em detrimento da cultura
históricas, que nos tem conduzido a uma festa do e até dos agentes que neste domínio têm voz.
unanimismo planetário. Mesmo tendo Portugal “regressado” à Europa
Eduardo Lourenço foi dos primeiros filósofos porque já não tínhamos mais para onde ir, o autor
na atualidade, a pensar a Europa, o lugar de Portu- revela o seu otimismo pragmático neste “regresso”,
gal na mesma como um espaço para o nós, o que mesmo manifestando alguma apreensão face às
mostra a sua atenção e o seu envolvimento quer ameaças extremistas, ao envelhecimento da po-
ao nível literário, quer ao nível cidadão. A reflexão pulação, ao que chama uma legião de desempre-
sobre a mesma não acontece de forma esporádi- gados face à revolução tecnológica. Uma Europa
ca, há quem lhe chame o grande intérprete de Por- unida continua a fazer-lhe sentido, o continente da
tugal, lembrando sempre que a nossa identidade Liberdade, o continente que perde terreno político,
não é o fechamento sobre si mesmo, à mercê de mas mantem a sua identidade cultural, constrói-se
um destino providencialista, nem o fechamento e legitima-se na intercomunicação entre as suas
do nosso continente. O autor do ensaio Labirinto identidades e dos seus cidadãos.
da Saudade lembra que o lugar de Portugal é no As nações, com a responsabilidade histórica
mundo novo e a Europa a nossa casa comum, as- da gente portuguesa, não podem imobilizar-se es-
sinalando um regresso a casa de onde geografica- taticamente, nem devem iludir-se infantilmente;
mente nunca saímos, sublinhando que essa saída têm de desentranhar sucessivamente da massa
apenas se forjou no nosso sentimento periférico. das suas tradições e aspirações um ideal coerente
com a conjuntura histórica, que exprima e defina
Estamos perante um regresso à Europa, a
o seu estar em concordância com o seu ser per-
esse Labirinto ou Casa Comum, como lhe cha-
manente.
mou Eduardo Lourenço e donde geograficamente
nunca saímos, mas de onde o nosso sentimento Eduardo Lourenço, o filósofo que queria ser
periférico muitas vezes nos afastou. poeta, que escreveu dezenas de livros sobre Por-
tugal, para afinal falar sempre de si mesmo “atra-
Eduardo Lourenço, de forma assumidamente
vés da voz dos outros.”
realista, também percebeu, apesar do nosso gui-
nar para a Europa, ter trazido grandes melhorias na OS PORTUGUESES TÊM DE DEIXAR DE TER APE-
qualidade de vida dos portugueses, também nos NAS PASSADO
Bibliografia
LOURENÇO, E. (2001). A Europa Desencantada Para uma mitologia europeia. Gradiva
LOURENÇO, E. (1994). Nós e a Europa Ou as Duas RazõesINCM – Imprensa Nacional Casa da Moeda,
LOURENÇO, E. (2000). O labirinto da Saudade. Gradiva
66
Uma conversa sustentável escalão 3
artigo
Luna Santos Gamanho, Maria Beatriz Gavinhos menção honrosa
Professora: Maria Teresa Nobre Correia | Escola Secundária do Fundão — Agrupamento de Escolas do Fundão
Era uma bela tarde de verão, quando o senhor desfazer-se deles e comprar uns novos. Hoje em
Augusto decidiu ir tomar o seu habitual café das dia, todas estas coisas que são feitas em fábricas
quatro, depois de um dia cheio de trabalho na bar- não têm qualidade nenhuma, é tudo feito de plás-
bearia. Como sempre, foi ao café Cine, o café mais tico. Mas são baratos…
antigo do Fundão. O senhor Augusto gostava da-
De repente, faz-se um pequeno silêncio, e am-
quele café, porque era um café muito bonito, com
bos começam a pensar sobre este assunto polé-
uma decoração rudimentar, boa comida e empre-
mico.
gados simpáticos. Lá, por coincidência, encontrou
o seu velho amigo, sapateiro em Castelo Novo, o — Sabe… Não sei o que vai ser deste planeta
Manuel. daqui a uns anos. – afirmou, pensativo, o senhor
Naquele dia, o senhor Manuel estava muito Augusto.
bem preparado, vestia uma camisa de xadrez azul — Nem eu… Agora fala-se muito em alterações
com uma camisola de lã verde por cima, umas climáticas e em todas as suas consequências para
calças de ganga azuis, e uma bela boina cinzenta. a Terra, para os animais e para a humanidade. Mas
Aquelas cores combinavam perfeitamente com o ninguém está a mudar nada, parece que ninguém
seu cabelo, e com a cor dos seus maravilhosos está preocupado com esta situação! Estão a ser
olhos verde-mar. Estava mesmo bonito! construídas cada vez mais fábricas, e há cada vez
— Boa tarde, senhor Manel, tudo bem? – per- mais plástico no planeta, já que hoje tudo é feito
guntou, animado, o senhor Augusto. de plástico. – disse, com raiva e tristeza, o senhor
— Sim, tudo bem, e consigo? - respondeu o Manuel.
senhor Manuel, surpreendido por encontrar ali o — Tenho pena das próximas gerações. Imagine
seu velho amigo. o que vai ser crescer sem ouvir os pássaros a can-
— Também estou bem, dentro dos possíveis… tar, sem poder respirar ar puro, sem ver as grandes
Ando um pouco cansado, já é difícil para um ho- florestas, recheadas de plantas e animais, sem po-
mem da minha idade conseguir sozinho gerir uma der ver o azul do céu, por causa do cinzento dos
barbearia com tanta clientela… - acrescentou o se- fumos e dos gases tóxicos… - desabafou o senhor
nhor Augusto, enquanto se sentava à mesa com o Augusto enquanto se lembrava da sua infância, e
seu amigo e levantava a mão para pedir o seu café. pensava como seria diferente da infância das pró-
— Olhe! Não se queixe disso - respondeu-lhe o ximas vidas que viessem à Terra…
senhor Manuel - pelo menos aqui no Fundão ainda Mais uma vez fez-se um pequeno silêncio… Am-
há clientes para este tipo de ofícios. Eu estou cada
bos estavam com raiva da humanidade, por estar
vez a perder mais clientes! Estas profissões estão
a estragar o planeta, e a tirar qualidade de vida a
a desaparecer. As novas tecnologias estão a fazer
todos os seres vivos. Mas de repente, o senhor
estes trabalhos entrar em desuso…
Manuel lembrou-se que este era um dos poucos
— Isso também é verdade - concordou o senhor dias da semana que lhe estavam a correr bem, e
Augusto - mas cá no Fundão acontece algo muito decidiu que não queria que isto o estragasse...
estranho, existe muita gente a necessitar de bar-
beiros, mas o problema é que há muito poucos, eu - Vamos mudar de assunto, não me apetece
sou o único, por isso é que eu tenho tanta clientela. estar a falar das desgraças do mundo. Vamos ser
mais positivos e falar de coisas felizes! – exclamou
— Pois, senhor Augusto, pelos vistos com os
barbeiros ainda não aconteceu isso, mas vai ver o senhor Manuel.
que um dia destes inventam uma máquina que - Tem razão, não vamos ser negativos. – Con-
faça o seu trabalho, e o senhor vai perder os seus cordou o senhor Augusto - Afinal de contas, uma
clientes, tal como eu. – Afirmou o senhor Manuel, conversa com amigos serve para animar, não para
irritado, pensando em todas as profissões que entristecer, não é verdade?!
estão a desaparecer por causa das novas tecno- — É sim! – respondeu o senhor Manuel.
logias.
— Então e o que o traz por cá? – perguntou o
— Então, mas o que aconteceu senhor Manel?
senhor Augusto acabando de beber o último golo
Já inventaram uma máquina que arranje sapatos?!-
do seu café.
perguntou, indignado, o senhor Augusto.
— Vim entregar uns sapatos à dona Irene, a
— Bem… A verdade é que comigo não foi bem
isso que aconteceu, o caso dos sapateiros é um cabeleireira. Uma das poucas clientes que ainda
pouco diferente. O que está a acontecer connos- tenho. Ela já deve estar a chegar.
co é que as pessoas, em vez de irem ao sapateiro Nem um minuto se passou, e a dona Irene apa-
para consertar os sapatos, preferem simplesmente receu, surpreendendo-os…
67
Evasão escalão 4
artigo
68
Cartografia das Palavras escalão 4
artigo
João Aleixo, Leonardo Leitão, Ricardo Santos
69
Cartografia das Palavras
artigo
70
Eugénio de Andrade e Albano Martins: escalão 4
artigo
dois poetas das faldas da Gardunha
João Ribeiro, Maria Rito
71
Viajei para lá das fronteiras escalão 4
artigo
72
Arte
e território:
trabalhos
de expressão
artística
tema 3
escalão 1 — 1 ciclo
escalão 2 — 2 ciclo
escalão 3 — 3 ciclo
escalão 4 — Secundário
vídeo
Artigo
cartaz
fotografia
Artes Visuais
74
“Por(que)sim” escalão 1
Artes visuais
Simão Sobreiro Geraldes Silva, José Rúben da Silva Tomás
prémio
Escola EB1 de Paul — Agrupamento Escolas Frei Heitor Pinto
75
“Por(que)sim”
Artes visuais
76
Minha Terra, Meu Futuro — Coutada escalão 2
Vídeo
Martim Cipriano Antunes, Matilde Cipriano Antunes,
Matilde Figueira Gonçalves prémio
Professora: Matilde Figueira Gonçalves | Escola Básica N.º 2 de Paul — Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto
77
Minha Terra, Meu Futuro - Coutada
Vídeo
78
Minha Terra, Meu Futuro - Coutada
Vídeo
79
Nossa terra, nosso futuro escalão 3
Vídeo
80
Nossa terra, nosso futuro
Vídeo
81
Nossa terra, nosso futuro
Vídeo
82
Rota do Douro Vinhateiro escalão 4
Vídeo
Daniela Dias Marcela
prémio
Ensiguarda — Escola Profissional da Guarda, Lda
83
Rota do Douro Vinhateiro
Vídeo
Este projeto começou por ser apenas um docu- Primeiramente foi necessário criar uma marca
mentário, documentário este gravado em Tabuaço para este projeto e então criou-se o logo, o mesmo
uma vila portuguesa, pertencente ao distrito de Vi- foi acompanhado pelo manual de normas e poste-
seu, enquadrada no Alto Douro Vinhateiro, clas- riormente criou-se uma rota do Douro Vinhateiro
sificado como Património da Humanidade, pela pois a mesma era inexistente até ao momento,
UNESCO. para complementar a criação dessa rota criou-se
Este documentário retrata as vindimas de uma um folheto com todas as rotas e os produtores vi-
família à maneira tradicional, desde a colheita das nícolas existentes nessa região, para além criou-se
uvas à fermentação das mesmas. também um site onde temos uma pequena descri-
ção de Tabuaço, algumas fotografias capturadas,
o mapa das rotas, o documentário e os contatos.
16 1
Daniela Marcela
GRÁFICAS
MANUAL DE NORMAS
GRÁFICAS
MANUAL DE NORMAS
4 5
Os dois elementos apresentados se o suporte o justificar. Aqui é apresentada a construção das duas O desrespeito destas normas resulta
Componentes da Identidade
são identifictivos da marca Rota Estas adaptações carecem sempre de versões da identidade. numa má construção e adulteração da
Douro Vinhateiro embora tenham análise e devem ser aprovadas pela marca.
Construção e proporções
Símbolo Sigla
Versão Vertical Versão Horizontal
MANUAL DE NORMAS
MANUAL DE NORMAS
2 3
A identidade é composta por dois Existem duas versões da identidade No entanto, quando o suporte ou
elementos, o símbolo do copo e da Rota Douro Vinhateiro , sendo que a formato justificar poderá ser usada
sigla Rota Douro Vinhateiro. versão principal é a vertical. a versão horizontal
Os dois elementos devem viver
em conjunto segundo as regras
Versões da Identidade
MANUAL DE NORMAS
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Rota do Douro Vinhateiro
Vídeo
10 11
A identidade deve comunicar nas cores Estas devem ser fielmente reproduzidas.
institucionais definidas.
Versão Altocontraste Negativo
Black
RGB:
R:0 G:0 B:0
Quadricomia;
C:0% M:0% Y:0% K:0%
Cores Institucionais
Web Ex
#000000
PANTONE 688 C
RGB:
R:172 G:99 B:137
Quadricomia;
MANUAL DE NORMAS
MANUAL DE NORMAS
C:34% M:72% Y:25% K:1%
Web Ex
#AC6389
12 A tipografia é um dos elementos que mais O tipo de letra Oswald serve como base Preferencialmente a identidade deve ser Nestes exemplos seguintes, a identidade 13
carateriza a identidade. de desenho identidade assim como para aplicada sobre fundos brancos ou sobre as assume o comportamento a duas cores
comunicação. cores institucionais, mas no caso de não sobre fundos claros e passa a negativo
ser possível, deve assumir a legibilidade sobre fundos médios ou escuros.
com prioridade.
Fundos cromáticos
1234567890!”#$%&/()=+ 1234567890!”#$%&/()=+
Tipos de Letra
MANUAL DE NORMAS
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz abcdefghijklmnopqrstuvwxyz
1234567890!”#$%&/()=+ 1234567890!”#$%&/()=+
85
Ciga-(Nos): Uma Imagem Inclusiva escalão 1
Cartaz
86
“Um passado futuro” escalão 1
Artes visuais
Rúben Santos Maceiras menção honrosa
87
Iberografias escalão 3
cartaz
Professor: António Maria Baptista Chinita | Escola Secundária Frei Heitor Pinto — Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto
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Desejovenização escalão 4
Fotografia
Diana Maria Matias Amadeu menção honrosa
São mulheres. São mulheres guerreiras, resilientes, parece o sofrimento; um sorriso que reflete a su-
intensas, protetoras e destemidas. Acima de tudo peração.
transpiram sensualidade, uma beleza impar. São
únicas, todas elas são únicas. Estas são as mulheres da nossa terra.
Um rosto. Um rosto enrugado marcado pela ine- Três gerações retratadas: o passado, o presente e
xorável passagem do tempo. Um olhar que trans- o futuro.
89
Desejovenização
Fotografia
90
Fronteira escalão 4
Artes visuais
Matilde Florêncio, Ana Ascensão menção honrosa
Professor: José Luís Oliveira | Escola Secundária do Fundão — Agrupamento de Escolas do Fundão
91
Artes visuais
Fronteira
92
Horta D’EL REI escalão 4
Vídeo
Liliana Lopes Tiago menção honrosa
93
Horta D’EL REI
Vídeo
Documentário Horta D’EL REI, consiste na di- o património paisagístico. É importante destacar
vulgação e de algumas tradições da aldeia Horta também o Manual De Normas, visto que foi criado
Do Douro, destacando alguns pontos de interesse um logótipo para o documentário. Este projeto tem
e o conhecimento dos habitantes. Para além do ví- como referência o livro “Horta Do Povo” de Maria
deo, foi criado um site no wordpress com a história Elisa Lemos Pinto Loureiro.
da aldeia, o património arquitetónico e religioso,
Tal como na forma vertical, o diâmetro de uma cruz da coroa determina a área de proteção a toda
a volta do logo. Não é permitida a interferência de nenhuma imagem, texto ou outro elemento
gráfico desta área para dentro.
A tipografia é um dos elementos que mais Preferencialmente a identidade deve ser aplicada sobre fundos brancos ou sobre as cores
caracteriza a identidade Horta D’EL REI. O tipo institucionais, mas no caso de não ser possível, deve assumir a legibilidade com prioridade.
de letra Arial utilizei para o slogan e Stencil para Nestes exemplos seguintes, a identidade Horta D’EL REI assume o seu comportamento a
o nome do logo. duas cores sobre fundos claros e passa a negativo sobre fundos médios ou escuros.
Arial STENCIL
Regular Italic
REGULAR
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz abcdefghijklmnopqrstuvwxyz abcdefghijklmnopqrstu-
1234567890!”#$%&/()=?*+ 1234567890!”#$%&/()=?*+ vwxyz
1234567890!”#$%&/()=?+*
Narrow Bold
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz abcdefghijklmnopqrstuvwxyz
1234567890!”#$%&/()=?*+ 1234567890!”#$%&/()=?*+
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz abcdefghijklmnopqrstuvwxyz
1234567890!”#$%&/()=?*+ 1234567890!”#$%&/()=?*+
A A A
A A A A A
94
Leito de Estrelas escalão 1
Cartaz
Mariana Fernandes, Margarida Franco
Professora: Ângela Maria Gomes Amaral | Escola EB1 Montes Hermínios — Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto
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Mão... Coração! escalão 1
cartaz
Professora: Ângela Maria Gomes Amaral | Escola EB1 Montes Hermínios — Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto
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Menina Terra escalão 1
Cartaz
Rita Pombo, Iara Pais
Professora: Ângela Maria Gomes Amaral | Escola EB1 Montes Hermínios — Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto
97
MUSICALIDADES escalão 1
cartaz
Professora: Ângela Maria Gomes Amaral | EscolanEB1 Montes Hermínios — Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto
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“NUVE_MÁVEL” escalão 1
Cartaz
Frederico Oliveira, José Francisco Ramos
Professora: Ângela Maria Gomes Amaral | EB1 Montes Hermínios — Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto
99
Terra Mãe escalão 1
cartaz
Professora: Ângela Maria Gomes Amaral | Escola EB1 Montes Hermínios — Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto
100
Vila, Coração! escalão 1
Cartaz
Maria Bernardo Matos, Yara Isabel Gomes
Professora: Ângela Maria Gomes Amaral | Escola EB1 Montes Hermínios — Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto
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Zezerão escalão 1
cartaz
Professora: Ângela Maria Gomes Amaral | Escola EB1 Montes Hermínios — Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto
102
A nossa aldeia — Castanheira escalão 3
Fotografia
Tiago Emanuel Marques de Almeida, Joana Leonor Marques Almeida
Professor: Orlindo João Morgado Fernandes | Escola Secundária Frei Heitor Pinto — Agrupamento Escolas Frei Heitor Pinto
103
Covilhã — Cidade Sustentável e Atrativa escalão 3
cartaz
Professora: Isabel Nogueira | Escola Secundária Frei Heitor Pinto — Agrupamento Escolas Frei Heitor Pinto
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Futuro escalão 3
Cartaz
João Henrique Palma Santos
Escola Secundária Frei Heitor Pinto — Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto
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Saudade escalão 3
Artes visuais
Escola Secundária Frei Heitor Pinto — Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto
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Cidadelhe escalão 4
Vídeo
Diana Sofia Paixão Reigado
Este documentário tem como objetivo a di- Cidadelhe é uma aldeia na freguesia de Vale do
vulgação da aldeia de Cidadelhe de forma a que Côa, situada no concelho de Pinhel, localizada num
seja mais conhecida pelas suas qualidades e ter monte a mais de 500 metros de altitude, entre o rio
também o devido reconhecimento, principalmente Massueime e o rio Côa, Cidadelhe pertence à área
por não ser comparada a outras aldeias pelos seus do Parque Arqueológico do Vale do Côa.
pontos únicos.
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Clepsidra escalão 4
Fotografia
Voltar ao tempo em que não éramos deixados Foi por nós que vos criámos; foi por nós que
a um canto, numa caixa coberta de pó, enferruja- vos transformámos. Não deixemos que o espelho
dos, de contorno baço, tão sós, calados, como um enrugado da vossa imagem se dissipe como me-
reflexo inútil do presente. mórias vãs de um passado que não regressará.
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Estado Novo na Guarda escalão 4
Vídeo
Flávia Silva
109
Estado Novo na Guarda
Vídeo
Existem duas versões do logotipo, sendo que a versão principal Aqui é apresentada a construção das duas versões da
é a vertical. No entanto, se for necessário poderá ser utilizada a Identidade.
versão horizontal, consoante o seu formato. O desrespeito destas normas resulta numa má construção
e adulteração da identidade.
RGB RGB
R: 255 R: 0 RGB
G: 206 G: 0 R: 125
B: 0 B: 0 G: 134
Versão negativo Versão monocromático negativo Versão Alto contraste negativo
B: 140
Web hex Web hex
000000
FFCE00 Web hex
7D868C
A aplicação da identidade sobre fundos fotográficos São apresentados em baixo alguns exemplos
deverá respeitar os princípios de legibilidade da de como não aplicar a identidade.
mesma. Deve-se procurar um enquadramento em que Estes exemplos são válidos para as duas
exista contraste suficiente entre o fundo e a versões da Identidade Estado NovoWW.
identidade e de preferência sobre manchas planas.
ESTADO
ESTADO
GUARDA
NOVO
GUARDA
ESTADO
NOVO
GUARDA
ESTADO
Usar uma tipografia
diferente. NOVO
GUARDA
Distorcer a identidade.
Utilizar contornos,
transparências, marcas de água
ou qualquer reforço gráfico. Aplicar efeitos gráficos á identidade.
110
Pós Laboral escalão 4
Fotografia
Soraia Mendes Rogeiro Carriço
Escola Secundária Frei Heitor Pinto — Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto
Sobreposição” de fábricas, umas seguidas às outras Janelas com uma vista desoladora
As máquinas pararam, as pessoas entre pros- e interiores definham como definha uma industria
trados olhares sem futuro viram sucumbir uma sujeita aos caprichos dos tempos, das tecnologias
fábrica que outrora pulsava ao ritmo da queda de e das vontades.
água que a secunda. Os choros, mais ou menos Ali parados conseguimos escutar os ventos, que
contidos, soltaram prantos de angustia, dor e raiva. descem a serra e abraçam o corpo de pele cimento
O tempo, esse, não parou, a vida seguiu e a morte carcomida pelas agruras do tempo, a sussurram-
ficou ali para trás, à nossa frente! A imaginação, a nos que há vida na morte e que aquele corpo, mori-
imaginação de quem nasceu depois da morte, es- bundo, apenas espera outros ventos, de mudança,
barra com estrondo na colossal dimensão de uma que o façam erguer para uma segunda vida.
das muitas fábricas cadáver que fizeram da Covi-
lhã uma cidade que já não é. As paredes, janelas Estrada da Fábrica Velha, Covilhã, 2020
111
Escolas
Professores
Trabalhos
Escolas Vencedoras
1.
2. 3.
114
Escolas Participantes
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Escolas Participantes
Escola EB Fatela
(Agrupamento de Escolas do Fundão)
116
Professores que motivaram e acompanharam
a participação dos alunos
N.B.: A lista de professores não é exaustiva porque o respetivo campo da ficha de inscrição não foi
preenchido.
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Trabalhos submetidos a concurso
Coma! É leve e nutritivo (pág. 34) Tecnologia EM, invisível, mas eficiente! (pág. 27)
Eva Dionísio; Leonor Gomes; Maria Figueira Miguel Correia; Tiago Rodrigues; Guilherme Marques
Contribuição das raízes na fixação do solo (pág. 49) Tortosendo (pág. 35)
Joana Roque; Sara Amaral; Diana Raposo Tomás Gouveia Falcão
De doce vilão...A bom papão (pág. 33) Variação da densidade de vegetação (pág. 54)
Beatriz Belo; Diogo Brito; Rodrigo Nobre Maria Jorge Oliveira Ramos; Joana Branco dos Santos
Nicolau; Tiago Miguel Marcelo Batista
Eco Kit Tira Nódoas (pág. 23)
Gustavo Ascensão Nunes; Irís Lourenço Silveira; Tomás
Soares Gadanho
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Trabalhos submetidos a concurso
Ciga-(Nos): Uma Imagem Inclusiva (pág. 86) Rota do Douro Vinhateiro (pág. 83)
Miguel Silva Cardoso Daniela Dias Marcela
Covilhã - Cidade Sustentável e Atrativa (pág. 104) Terra Mãe (pág. 100)
Francisca Sá; Francisco Martins; Manuel Monteiro Mariana Filipa Dias; Maria Garcia
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