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AULA 3
Ecodesign
CONTEXTUALIZANDO
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é garantia de que o material vai ser, de fato, reciclado. Para que isso aconteça,
é necessária uma estrutura que envolve coleta, separação, limpeza e
transformação dos materiais. O processo de reciclagem demanda materiais e
energia e gera emissões. Por essa razão, embora a reciclagem seja importante
para reduzir o volume de lixo e o desperdício de materiais, essa estratégia tem
limitações.
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barato, aumentando a parcela de mercado. Por essa razão, é uma ação bastante
buscada pelas empresas.
O design de embalagens compactas reduz os materiais da embalagem e
contribui para a redução do consumo de combustíveis nos transportes, já que
mais unidades de um produto podem ser transportadas em um mesmo caminhão
(ou outro meio de transporte), por consequência, reduzindo custos de transporte
e as emissões para o meio ambiente por cada produto transportado.
Para Ramos (2001), a simplificação da estrutura e da forma do produto
conduz, frequentemente, à redução do uso de materiais. A simplificação pode
ser obtida pela redução do número de componentes necessários para o produto
funcionar bem e pela redução ou eliminação de características com funções
meramente decorativas.
Segundo Manzini (2002):
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meio ambiente. “Se o acesso à energia é uma das condições do
desenvolvimento econômico e social, o consumo energético hoje é sinônimo de
poluição e aquecimento climático” (Kazazian, 2005, p. 98).
Em grande medida, meios de transporte ainda necessitam da energia
gerada pela queima de combustíveis fósseis, produzidos a partir da extração de
recursos naturais não renováveis, notadamente o petróleo. O resultado desse
processo são emissões que contaminam o ar, o solo e a água, contribuindo
também para o efeito estufa. Por sua vez, eletrodomésticos, computadores
sistemas de iluminação, aquecimento e refrigeração, entre outros equipamentos
eletroeletrônicos, são grandes consumidores de energia elétrica.
No Brasil, a energia elétrica é gerada predominantemente por usinas
hidroelétricas que, apesar de estarem entre as fontes de energia consideradas
limpas, também têm diversos impactos ambientais associados. Por exemplo, a
construção de uma barragem que gera o alagamento de uma grande área
provoca mudanças no traçado dos rios, perda de biodiversidade, deslocamento
de populações ribeirinhas e a liberação de metano quando as árvores não são
retiradas e apodrecem sob a água.
A busca de soluções para a redução no consumo de energia pode contar
com a contribuição de projetos de diferentes áreas, como arquitetura,
engenharias e design, e há vários exemplos de melhorias nesse sentido.
Atualmente, geladeiras e outros eletrodomésticos usam menos energia do que
usavam no passado; automóveis consomem menos combustível e poluem
menos; lâmpadas LED são mais eficientes do que as antigas incandescentes;
sistemas de aquecimento de água por placas solares e uso de células
fotovoltaicas para gerar eletricidade ajudam a reduzir a demanda sobre outras
fontes de energia.
O design de formas aerodinâmicas é outra solução que pode ajudar a
reduzir o consumo de energia e os impactos associados ao uso dos automóveis
e o design gráfico de interfaces pode ajudar na criação de um painel com
informações em tempo real sobre o consumo. Com o uso da gamificação, é
possível criar um sistema de pontuação que avalia o usuário a cada arrancada
e, no final do trajeto, atribui-lhe uma pontuação, estimulando-o a quebrar seus
próprios recordes de economia de combustível. Isso pode ter consequências
positivas para a redução do consumo de combustíveis e das emissões para o
meio ambiente.
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1.3 Redução de emissões
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Mudanças nos softwares também inviabilizam a utilização de computadores,
celulares e outros dispositivos, pois algumas atualizações deixam de existir.
Projetar para durabilidade é uma ação que contraria os princípios da
obsolescência planejada e vai na contramão dos modelos de produção e
consumo atuais: “durabilidade é uma das estratégias de economia leve, porque
permite alongar a duração de vida dos produtos, diminuir sua renovação e
portanto preservar recursos naturais, limitando assim os impactos dos produtos
sobre o meio ambiente” (Kazazian, 2005, p. 44).
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A tecnologia tem tido êxito no aumento da qualidade e da durabilidade em
diversas situações. Por exemplo, hoje em dia, uma lâmpada LED consome
apenas 20% da energia de uma lâmpada incandescente. Além de reduzir o
consumo de energia, elas duram até 25 vezes mais.
Em função da própria evolução da tecnologia, contudo, alguns
componentes podem ficar defasados, principalmente em produtos mais
complexos. Uma solução para aumentar a durabilidade e prolongar a vida útil
nesse caso poderia ser a utilização de sistemas modulares. Quando um módulo
ficasse defasado, apenas ele seria substituído, evitando o descarte do produto
inteiro.
Outros aspectos importantes para durabilidade são a qualidade e a
confiabilidade. Produtos de boa qualidade demandam menos substituições e,
com isso, contribuem para a redução de impactos ambientais.
TEMA 3 – REÚSO
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limpeza e reuso. Esse sistema ficou inviável em função das exigências de
higiene e praticidade da vida contemporânea, mas a tecnologia pode abrir novas
possibilidades de resgatar as vantagens ambientais de soluções do passado. Na
França, por exemplo, existem máquinas para reencher vasilhames de leite
retornáveis. O cliente paga e retira uma embalagem com leite fresco, ao retornar,
a máquina recolhe a embalagem vazia e ele pode comprar outra cheia, sem
pagar de novo pela embalagem. A vantagem: menos embalagens para serem
descartadas.
Promover o reúso em produtos use e jogue fora pode ser uma boa
estratégia para reduzir o lixo. Produtos descartáveis facilitam a vida em muitos
aspectos: sacolas descartáveis são convenientes em termos de praticidade, mas
são um desastre do ponto de vista ambiental. Sacolas reusáveis ajudam a
diminuir o descarte, mas não são tão práticas, já que é preciso levá-las quando
se sai às compras. O design pode desenvolver soluções para que essas sacolas
fiquem mais atrativas tanto do ponto de vista da estética quanto da praticidade
de uso.
Evidentemente, também existem coisas que só podem ser usadas uma
única vez. É o caso de alguns insumos médicos, como máscaras, seringas, luvas
e outros produtos sujeitos à contaminação. Nesse caso, pode ser necessário
inclusive o tratamento adequado desses materiais para evitar contaminações
durante o descarte.
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TEMA 4 – REMANUFATURA E UPCYCLING
4.1 Remanufatura
4.2 Upcycling
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novos produtos pode resultar em diminuição do consumo de energia, poluição
do ar e da água e diminuição das emissões de gases de efeito estufa.
TEMA 5 – RECICLAGEM
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Aplicações para os materiais reciclados são importantes para viabilizar a
reciclagem. Assim, uma forma de estimular a reciclagem é prever no design de
objetos ou serviços o uso de materiais reciclados no lugar de materiais virgens.
Aumentar o consumo de materiais reciclados ajuda a incentivar a reciclagem.
O uso de materiais reciclados, entretanto, esbarra em algumas
resistências. Materiais reciclados têm, em geral, aparência heterogênea e, na
percepção do público, apresentam baixa qualidade. Para superar essa limitação,
o design pode desenvolver estratégias para valorizar visualmente esses
materiais, aproveitando suas características.
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aproveitamento se dá para finalidades menos nobres. Essa limitação poderia ser
superada com o desenvolvimento de materiais que pudessem passar várias
vezes pelo processo de reciclagem.
Uma tentativa de superar essas limitações está no aproveitamento dos
polímeros de produtos de uso rápido, como é o caso das embalagens, para
transformá-los em produtos de utilização permanente. Designers têm
especificado esses polímeros reciclados no projeto de bancos de jardim e de
outros objetos de longa duração. Isso evita que esses materiais venham a ocupar
espaços nos aterros sanitários, criando problemas para as futuras gerações.
O desenvolvimento de embalagens fáceis de compactar reduz os custos
de coleta e transporte de materiais recicláveis, reduzindo também o consumo de
combustíveis e as emissões para o meio ambiente. Entretanto, para que elas
sejam compactadas, é necessária a participação do usuário, que pode ser
incentivada pela comunicação visual, informando de forma clara como fazer isso
e a importância disso para o meio ambiente.
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TROCANDO IDEIAS
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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