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sua história ou colocar fatos ocorridos da sua própria história dentro de sua literatura,
podendo ser explicito ao ver do leitor ou não.
Foi Serge Doubrovsky que cunhou o termo em 1977, com referência e seu romance
“Fills”, auto ficção combina dois estilos, paradoxalmente contraditórias: a de autobiografia e
ficção, um autor pode decidir contar sua vida na terceira pessoa, para modificar os detalhes
significativos ou "personagens", utilizando a ficção a serviço de uma busca por auto. Ele tem
relações paralelas com a não ficção, um gênero inventado por Truman Capote para
descrever seu romance “A Sangue Frio”.
Em um dos artigos de Anna Faedrich (Professora Adjunta de Literatura Brasileira na
UFF.) ela diz: “O conceito de autoficção tem sido marcado por indefinições,
confusões e contradições que acabaram por cristalizar um argumento que sustenta
a impossibilidade de defini-lo de forma mais nítida. Um dos efeitos dessa confusão
conceitual tem sido um misto de vulgarização e uso inadequado do termo, que
passou a caracterizar toda sorte de obras pertencentes ao campo das escritas do
“eu”. Auto ficção é, principalmente, um gênero associado a autores franceses
contemporâneos, entre eles: Christine Angot,marguerite Duras, Guillaume Dustan,
Alice Ferney, Annie Ernaux Outros exemplos são o autor indiano Charu Nivedita e a
japonesa Hitomi Kanehara. No Brasil, a prática do auto ficção é recorrente na
literatura contemporânea. Ribamar, de José Castello, Divórcio, de Ricardo Lísias
etc.