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Modernidade Líquida

Segundo Bauman, todos nós vivemos em uma modernidade líquida, ou seja, vivemos em um
fluxo de relações sociais tão instáveis e voláteis, quanto a água.

E ele se pergunta “e se nós apenas não estamos sabendo lidar com essa mudança?”.

“Os tempos são líquidos porque, assim como a água, tudo muda muito rapidamente. Na
sociedade contemporânea, nada é feito para durar.”

Antes nosso mundo era sólido – tudo durava por muito mais tempo, talvez até a sua morte –
pois as coisas quase não mudavam. Hoje, o nosso mundo é liquido, pois trocamos relações,
empregos e etc de maneira muito fácil.

“A única coisa que podemos ter certeza é a incerteza.”

A tecnologia traz um novo mundo de felicidade e conforto, pois muitas pessoas sentem medo
da solidão. Porém, muito deles, nem mesmo sabe o que ocorre em sua vida. Sempre
comparamos nossas vidas com outras vidas virtuais e esquecemos de valorizar aquilo que nos
é sólido.

Trabalho Líquido

No mundo sólido o trabalho era o que iria construir o futuro. As bases do futuro seriam
produto de um intenso trabalho feito no presente, a quem é confiado o presente. O presente
que cria o futuro. Eles criavam laços e solidariedade

Quando se fala de progresso, há duas noções escondidas:

1. A crença de que estamos alinhados ao tempo – onde pensamos que somos a cabeça
do tempo, estamos sempre na frente dele.
2. E a que de somente nós mesmos podemos fazer algo acontecer – a história está
sempre em nossas mãos.

A ligação do progresso com a autoconfiança é direta. A fé no progresso exige uma


autoconfiança coletiva impossível de que se conquistar hoje em dia, por conta dos desejos
egoístas do indivíduo padrão do capitalismo.

A noção de que um corpo coletivo poderia conseguir a felicidade geral a partir da dedicação
mutua, não é mais possível com os cidadãos de hoje.

O aperfeiçoamento não é mais uma questão coletiva ou um projeto que visa aumentar a
qualidade pra vida. Agora ele parte de homens e mulheres individuais, que deverão, às suas
custas, usar o seu juízo, seus recursos, tempo e dinheiro para se satisfazer eternamente.

O futuro deixa de ser algo distante, e se torna uma fatia menor e mais próxima do cotidiano
presente. Onde projetos de vida, viram uma piada. Agora, viver o presente é reproduzir o
presente, e não criar o futuro.
O trabalho na dita pós-modernidade é feito de uma oportunidade, não de um projeto. É feito a
partir do que se tem, e não do ponto em que se quer chegar.

O trabalho tem valor estético maior que ético. Deve ser aproveitado naquilo que é, não em
seus resultados futuros. Deve ser pensado na satisfação do consumidor, não na produção de
um mundo melhor.

Em resumo, hoje em dia nós contamos com mais fluidez.

As redes sociais são um exemplo de como as pessoas precisam se vender e investir em si


mesmas. Hoje, existe uma insegurança maior de nosso futuro.

OBS: Essa visão do Bauman, não é explicativa, mas sim descritiva. Acredito que a explicação
possa ser o avanço da tecnologia.

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