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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 2
Características do mundo contemporâneo .................................................................................................... 3
 Tecnologia......................................................................................................................................... 3
Mediante a esta problemática, o que um assistente social deve fazer. ...................................................... 4
 Velocidade ........................................................................................................................................ 4
 Excesso ............................................................................................................................................. 5
 Desregulamentado............................................................................................................................. 6
Mudança e transição no mundo moderno ..................................................................................................... 6
Para os Clássicos da Sociologia ................................................................................................................ 6
Características ........................................................................................................................................... 7
Globalizações e transformações socioambientais ......................................................................................... 8
A sociedade contemporânea ....................................................................................................................... 10
CONCLUSÃO ............................................................................................................................................ 11
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................... 12
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INTRODUÇÃO
O mundo contemporâneo atravessa enormes modificações econômicas, sociais, políticas e
culturais. Vivemos um momento histórico intensamente marcado pela internacionalização da
globalização e da tecnologia. Ocorre um processo de universalização da cultura, dos produtos, das
trocas, dos custos e do capital.
Entretanto, quais são as principais características do mundo contemporâneo? Quais têm
sido as mudanças no mundo moderno? E ainda mais, como a sociedade do mundo contemporâneo
está a ser influenciado mediante o fenómeno da globalização? Neste presente trabalho
analisaremos cada ponto mencionado.
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Características do mundo contemporâneo


A chamada Idade Contemporânea teve início em 1789 (começo da Revolução Francesa) e
se estende até os dias de hoje. A seguir iremos falar sobre as quatros principais características do
mundo contemporâneo que são: tecnologia, velocidade, desregulamentação e excesso.
 Tecnologia
Vivemos em um momento em que a tecnologia nos permite manipular a natureza de forma
a obtermos aquilo que necessitamos para viver melhor. Basta olhar à sua volta rapidamente para
identificar que há recursos diversos no tocante à moradia, saúde, informação, comunicação, entre
outros.
Tecnologia e Família, duelo de gigantes na sociedade contemporânea. Na sociedade dita
como moderna, os relacionamentos estão sendo através de um click, raras são as conversas olho
no olho, abraços, carinhos. Palavras são frases, palavras são abreviações, pontuação quase não
existe, decadência na educação. As pessoas acham que esse click ajuda naquilo que hoje juram
não ter: tempo, praticidade, agilidade e conformismo fazem parte dessa corrida. As crianças estão
crescendo num mundo acelerado, onde tempo é ouro, e vivendo somente o agora.
O diálogo entre pais e filhos está ficando para trás. A cena mais comum em um lar é: na
sala a TV ligada, os pais no sofá cada um mexendo em seu celular e os filhos cada um em seu
quarto também mexendo em seus aparelhos eletrônicos. E por muitas vezes esse diálogo que
deveria ser presencial está sendo digital dentro do mesmo espaço.
Quem diria que um aparelho tão pequeno, um objeto de valor mensurável, pudesse ser tão
idolatrado. As mãos vivem ocupadas. Na hora da refeição uma mão está para o talher, assim como
a outra mão está para o celular, como uma equação matemática, onde a ordem dos fatores alteram
a soma, diferentemente da adição.
A tecnologia aproxima quem está longe e distancia quem está perto.
Sabe-se que ela é uma excelente e importante ferramenta nos dias atuais, porém, não sendo
bem utilizada, pode trazer danos irreparáveis no que diz respeito ao relacionamento familiar como
um todo e também na educação escolar, sem tratar dos diversos campos que ela pode alcançar.
Notadamente a principal área atingida no relacionamento pais e filhos na era digital tem
sido o diálogo. Hoje a maioria dos pais passa a maior parte do dia fora de casa; o trabalho os
consome , chegam em casa estressados depois de um dia cheio de cobranças profissionais,
e quando tem tempo durante o dia comunicam-se com seus filhos através de ligação pelo celular,
ou o mais usado Whatsapp.
Logo cedo as crianças são presenteadas com um aparelho tecnológico com a justificativa
que através desse objeto os pais terão mais controle sob a criança por não poder estar perto dela.
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“O diálogo está morrendo, muitos só sabem falar de si mesmo quando estão diante de um
psiquiatra ou psicólogo. Pais e filhos não cruzam suas histórias, raramente trocam experiências
de vida A família moderna está se transformando em um grupo de estranhos, todos em seu próprio
mundo.”
Augusto Cury – Necessidades do momento.
Mediante a esta problemática, o que um assistente social deve fazer.

Porém, como futuros assistentes sociais, deve-se ter em mente de que, a culpa não é da
tecnologia, e sim de quem a utiliza e como o faz. É necessário estabelecer limites, determinar a
frequência de utilização, e ainda observar o que a criança está fazendo na internet. Ser adulto é
“chato”, ser pai ou mãe e educar dá trabalho, mas é dever deles dizer “Não”, colocar limites,
orientar, proibir, e fazer com que as crianças entendam que bons pais não são aqueles que permitem
tudo.

Frustrar também faz parte da educação; a frustração permite o entendimento de que a vida
não é “um mar de rosas”, nem sempre tudo dará certo, nem sempre as coisas saem como desejamos,
o exagero do sim omite a realidade que nos cerca. A mídia pode ser um mundo de fantasias, e
depois que entrarmos nele pode ser difícil sair.
Os humanos estão se tornando cada dia mais individualistas e egocêntricos, querem se
satisfazer com menos esforço, têm menos capacidade de se colocar no lugar do outro, não
conseguem perceber e ler as emoções do outro, e ainda temos a inversão de valores, onde o ter é
mais importante do que o ser.
Jovens tecnologicamente dependentes estão preocupados com a aprovação da sociedade,
do grupo em que vivem, pois nesse mundo em que eles vivem, acham que não estão sós. Por ser
um acontecimento recente ainda não sabemos como serão os futuros adultos, quais serão os efeitos
da tecnologia sobre eles. Portanto não podemos esperar sentados, é preciso agir antes que essa
futura sociedade seja invadida ainda mais por doenças emocionais.

 Velocidade
O mundo contemporâneo é extremamente veloz, os processos se tornaram muito rápidos,
levando a transformações radicais em pequenos espaços de tempo. As tecnologias dão saltos em
um piscar de olhos, o que é moderno hoje pode estar ultrapassado amanhã.
Georg Simmel (1858-1918) foi um importante sociólogo e filósofo alemão, e suas obras
contribuíram expressivamente para o engrandecimento do pensamento sociológico
contemporâneo. Dentre os muitos assuntos que abordou e seus escritos, Simmel se dedicou
principalmente a temas relacionados à dinâmica da vida na contemporaneidade e do indivíduo
moderno inserido nesse contexto.
Simmel observou as mudanças que ocorreram a partir do processo de modernização
ocidental, mudanças essas que estimularam melhorias nas condições de vida, promoveram
revoluções tecnológicas, a aceleração do ritmo de produção (de coisas e ideias) e o aumento dos
estímulos psíquicos – como imagens, sons, propagandas, novos produtos e tendências – com que
os indivíduos passaram a se deparar. Esse pensador nos ajuda a compreender os desafios presentes
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na vida social da metrópole, fazendo uma associação entre ela e a vida psíquica, criando um
conceito chamado por ele de intensificação nervosa. (BOMENY at all, 2013, p. 105)
Os jovens da contemporaneidade são bombardeados por angústias, inquietações e
incertezas, são tantas informações para serem capturadas, o que têm repercussões graves no
ambiente escolar, repercutindo – geralmente de modo negativo – à experiência de aprendizagem
dos estudantes.
Essa velocidade e expectativa excessiva marcada pelo mundo moderno fez com que subisse
no mundo o número de casos de depressão e transtornos de ansiedade, fenômeno que também
marca cada vez mais o ambiente escolar . Esses casos de ansiedade impactam no aprendizado dos
jovens, pois eles limitam a capacidade de compreensão e concentração, diminuindo a
probabilidade de fixação dos conteúdos e informações que lhes são passados em sala de aula.
A luz do pensamento de Simmel, como futuros asssistentes sociais devemos nos lembrar
de que, no ambiente escolar, essas mudanças também são efetivadas no modo comportamental dos
alunos, já que a escola reflete a dinâmica cultural vigente. Dentre as várias mutações, os alunos
foram submetidos a um cenário que dificulta suas experiências do saber, muitas vezes porque essa
experiência está associada a uma dinâmica extremamente veloz e utilitarista que faz os alunos
serem meros passantes de uma série acelerada de vivências que seguem lógica frenética da
novidade, no mundo da produção e do consumo.
As ideologias também entraram nesse ritmo assustadoramente veloz de mudança. O ser
humano assumiu um ritmo de vida que não condiz com sua capacidade. Existe uma pressa na vida
do homem contemporâneo que o faz correr muito mais rápido do que dá conta. O ser humano vem
tentando acompanhar o ritmo da vida contemporânea, no entanto, a verdade é que essa esteira está
muito mais veloz do que ele consegue correr.

 Excesso
A Revolução Industrial produziu uma mudança significativa no estilo de vida do ser
humano. Com o advento das máquinas industriais se tornou muito fácil produzir um grande volume
de objetos. Essa configuração tornou o mundo contemporâneo excessivo, há um grande excesso
de coisas. Há mais coisas do que o ser humano consegue utilizar.
Contudo, a característica excessiva do mundo contemporâneo não se restringe apenas aos
objetos. Também se estende às possibilidades, o homem contemporâneo pode ser e fazer inúmeras
coisas diferentes.
Basta pensarmos na configuração de família, por exemplo, antes as opções eram: ter ou
não ter família. As pessoas podiam ser casadas ou solteiras. De certa forma, essa é uma questão
positiva, pois amplia o leque de possibilidades que as pessoas têm para tentar ser felizes e
realizadas em suas vidas.
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 Desregulamentado

Significado de desregulamentar

 Deixar de possuir um regulamento ou retirar uma regulamentação, norma ou


procedimento.
 [Jurídico] Proceder a anulação de regras ou normas que, estabelecidas pelo Estado,
prescrevem o cumprimento de uma lei, decreto etc.Anular quaisquer tipos de
regras, geralmente falando de normas governamentais numa empresa, instituição,
sociedade etc.
No mundo contemporâneo vivemos a queda daquilo que organizava ou norteava a vida do
ser humano anteriormente. Havia o entendimento de que, por exemplo, as autoridades do pai, do
chefe, entre outros, se sobrepunha aos ímpetos pessoais. Logo, havia algum tipo de regulamentação
e organização de como as coisas deveriam transcorrer.
O ser humano está constantemente em busca de algo que o oriente, pois se sente
desnorteado. A inexistência de algo que lhe diga o que fazer e como fazer impacta na capacidade
de realização. Essa desregulamentação abre margem para questões como o não saber como guiar
o próprio destino e a tendência a ações mais egoístas.

Mudança e transição no mundo moderno


A mudança social é a transformação da sociedade e do seu modo de organização. Decorre
de hábitos e costumes que deixam de fazer ou que começam a fazer parte do cotidiano das pessoas.
Abolição da escravatura, êxodo rural e evolução dos meios de transporte são apenas alguns
exemplos de acontecimentos que transformaram a sociedade. Por isso, são ocorrências de
mudanças sociais.
Para os Clássicos da Sociologia
A mudança social é um dos principais temas de que se ocupa a Sociologia. Os sociólogos
apresentaram diferentes pontos de vista no que respeita a essa dinâmica, sem a qual a sociedade
não existiria.
Para o sociólogo canadense Guy Rocher (1924) a mudança social deve ser observada sob
a corrente histórica. A mudança social não é provisória, é constante e afeta o desenvolvimento da
sociedade.
Segundo Auguste Comte
Conservador, Comte - o fundador da Sociologia - admitia a importância da mudança desde
que a ordem não fosse afetada, de modo que é contra a revolução.
Segundo Max Weber
Para Weber a principal causa da mudança da sociedade está na origem do capitalismo,
especialmente como resultado do progresso e da urbanização.
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Segundo Karl Marx
Transformador, Marx acredita que as condições econômicas e a luta entre as classes são a
principal causa da mudança social.
Segundo Émile Durkheim
Para Durkheim a mudança social é resultado das relações de trabalho e descarta a
necessidade de revoluções.
Características
Um dos fatores mais importantes para a mudança social é o ritmo, que varia conforme,
entre outros, de acordo com o meio onde se insere. Assim, a mudança social acontece mais
rapidamente nos meios urbanos.
Pelo fato de abranger vários grupos, afetando significativamente várias
pessoas, coletividade é outra característica que a marca.
As mudanças não são passageiras. Ao passo que acontecem, deixam marcas que têm um
carácter de durabilidade. Assim, tem destaque a sua permanência.
Atualmente a tecnologia é apontada como o principal causa da mudança. Traduz-se na
forma como as pessoas conseguem se comunicar rapidamente com o outro lado do mundo, bem
como nos benefícios que trouxe em avanços médicos e outros tantos mais.
Mas há muitos outros elementos que competem para que essa dinâmica ocorra, fatores que
se desenvolvem de forma involuntária e que tornam complexa a sua identificação. Vale, todavia,
ressaltar que a mudança social compete com obstáculos e resistências.
Fatores geográficos, culturais (incluindo-se religiosos) e econômicos estão na lista de
elementos que dão origem à mudança social.
Nos últimos anos a sociedade mundial se encontra assustada com as grandes mudanças em
todos os setores sociais, na ordem econômica e na lógica política institucional, que geram impactos
diretos sobre o futuro imediato causando medos e fobias, preocupações e desesperanças crescentes,
levando muitos a acreditarem que tais transformações são muito mais complexas do que
imaginamos, estão ligadas a questões maiores, o mundo estaria passando por mudanças espirituais,
dirigidas por espíritos superiores que comandam os rumos da humanidade.
O mundo contemporâneo nos mostra grandes desafios nas mais diferentes áreas, o clima
se transforma rapidamente, gerando medos e inquietações, locais caracterizados por clima
propícios para a agricultura se encontram em transformação, levando muitos trabalhadores a
migrarem com seus familiares em busca de uma região mais adequada para sua sobrevivência,
gerando pressão sobre os governos locais e exigindo novos investimentos em políticas públicas.
Terremotos, furações, vulcões, maremotos, tsunamis e chuvas torrenciais levam medo e
ansiedade para muitas populações, são novos comportamentos do planeta que assustam e geram
inquietações.
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Encontramos guerras devastando homens e mulheres em todas as partes do mundo, países
e regiões inteiras se matam como se vivêssemos nas grandes arenas romanas, como na época dos
gladiadores, neste local onde os mais fortes usam seu poderio econômico, que se manifesta pela
força destruidora de suas armas de destruição em massa, que quando acionadas destroem histórias,
famílias e comprometem encarnações e esperanças de vários espíritos e grupos sociais, gerando
mortes, destruições, lágrimas e ressentimentos que, muitas vezes, perduram por muitos séculos,
ultrapassando a morte do corpo físico e se concentrando em vinganças terríveis no mundo dos
espíritos, que prejudicam a todos e mostra claramente como o ser humano ainda não consegue dar
um passo maior rumo ao esclarecimento e ao Amor a humanidade e a seus semelhantes.
As guerras são travadas intimamente pelos indivíduos, em lares marcados pela violência
entre os integrantes, onde pais e mães não se acertam, onde o respeito entre cônjuges não mais
existem, locais marcados pela violência afetiva e espiritual, propício para o encontro de entidades
de baixo padrão moral, que se compraz na dor e na humilhação dos indivíduos.
Nos locais de trabalho encontramos uma situação muito similar, a concorrência estimulada
pelos mercados se caracteriza por uma verdadeira busca pela maximização do lucro, que deixa o
indivíduo entregue a uma competição sem amarras éticas e morais, ou melhor, uma ética bastante
elástica, que leva as pessoas a se destruírem mutuamente num verdadeiro darwinismo social (Lei
do Uso e Desuso), onde os mais fortes sobrevivem e os menos são destruídos e relegados ao
esquecimento eterno, o resultado desta balbúrdia toda são seres humanos ansiosos, depressivos,
obesos e angustiados.
Todas estas situações que parecem, para muitos, um exemplo de que o mundo está
completamente descontrolado, onde as forças do mal dominam todas as áreas e setores,
controlando e manipulando as decisões e influenciando mentes, pensamentos e comportamentos
nos parecem superficial e equivocado, uma afronta a inteligência da espiritualidade maior, que
controla todos os movimentos da coletividade.

Globalizações e transformações socioambientais


A globalização vem sendo estudada e definida por diversos autores que discorrem sobre o
tema; segundo Giddens (1990, p.64) ela pode ser entendida como “a intensificação de relações
sociais mundiais que unem localidades distantes de tal modo que os acontecimentos locais são
condicionados por eventos que acontecem a muitas milhas de distância e vice versa”.
Para o Grupo de Lisboa, segundo Boaventura (2002), a globalização é uma fase posterior
à internacionalização e à mundialização. Esse fenômeno da globalização abrange dimensões
econômicas, sociais, políticas, culturais, religiosas e jurídicas, interligadas de maneira bastante
complexa. Dessa complexidade originam as inúmeras formas de se compreender o fenômeno da
globalização. A globalização hegemônica ou as características dominantes da globalização devem
ser entendidas na dinâmica econômica, política e cultural e não apenas econômica, como fazem
inúmeros autores pretendendo que exista de fato um consenso no interior do processo.

Ao invés disso, podemos observar interesses hegemônicos, sendo defendidos pelo


consenso neoliberal ou Consenso de Washington, e por outro lado interesses que defendem a
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globalização contra – hegemônica. É claro que essas diferenças geram um campo de conflitos entre
grupos divergentes.

A globalização econômica é de fato, sustentada pelo consenso neoliberal e segue alguns


princípios, como: redução da regulação estatal, novos direitos de propriedade internacional e a
subordinação dos Estados nacionais aos organismos multilaterais entre eles o Banco Mundial,
Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização Mundial do Comércio. (ROBINSON,
1995). Os países periféricos, nesse contexto estão mais sujeitos às imposições neoliberais, na
medida em que dependem dos organismos para negociar suas dívidas externas e conseguirem mais
empréstimos.

Quando nos voltamos a discutir a globalização social, nos deparamos com grandes
problemas de desigualdade. Essa desigualdade crescente na economia neoliberal fundamenta-se
justamente no poder de uma nova classe institucional, a das multinacionais e nas novas
regulamentações impostas pelos organismos multilaterais e pelo pensamento neoliberal.

Enfim, o fenômeno que conhecemos hoje por globalização, é uma decorrência de conjuntos
diferenciados de relações sociais que consequentemente produzem diferentes fenômenos de
globalização, ou também, globalizações. Por ser múltiplo e não um fenômeno hermético pode
concomitantemente, destruir os equilíbrios e identidades existentes anteriormente a ele, como
produzir uma inédita solidariedade global.

Quando esse sistema mundial se põe em movimento e se moderniza é transformado numa


aldeia global, com o desenvolvimento da comunicação, a generalização dos meios impressos e
eletrônicos de comunicação envolvendo todo o mundo.

Os meios de comunicação de massa abrangem mais do que o local, mas também o global,
sendo um importante agente de informação, compreensão, explicação e imaginação do que
acontece pelo mundo. Essa imprensa internacional vai representar importante papel de poder das
classes dominantes, nas esferas internacionais.

Uma nova configuração espacial é produzida por esse mundo moderno e nela estão: as
migrações e as viagens de negócios e turismo. Há a multiplicação das relações internacionais e no
interior desses elementos globais não econômicos estão: a expansão da democracia e a deterioração
do planeta.

Globalizados também estão os problemas ligados ao meio ambiente. O processo de


urbanização e industrialização deu ao homem um maior controle sobre os recursos naturais,
possibilitando o desenvolvimento de biotecnologias e o aumento da produção agrícola e industrial,
e em contrapartida produziram um impacto negativo sobre o ambiente. A atmosfera, os oceanos,
os rios, os lagos, os lençóis de água, as florestas, a fauna e a flora estão cada vez mais ameaçados.

A atuação do assistente social realiza-se em organizações públicas e privadas e em


diferentes áreas e temáticas, como: proteção social, educação, programas socioeducativos e de
comunidade, habitação, gestão de pessoas, segurança pública, justiça e direitos humanos,
gerenciamento participativo, direitos sociais
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A sociedade contemporânea
É marcada por um acelerado processo de transformação e mudança, não somente no
aspecto da materialidade (coisas, objetos, redes técnicas, fluxos, capital etc.), mas, também, no
aspecto da imaterialidade (comportamento, hábitos, ideias, conduta, pensamento, etc.). Esse
acelerado movimento de mudança, vem alterando drasticamente o modelo pelo qual nos
posicionamos no mundo, assim como o percebemos, o concebemos e o vivemos (para fazer
referência ao tripé nietzschiano).
Quando nos referimos a mudança e transformação, queremos dizer que nem tudo muda de
forma absoluta e tão pouco por completo ou de modo unívoco. Estamos querendo dizer que, de
maneira muito diversa e complexa, a sociedade contemporânea tem apresentado um processo de
intensa simbiose de elementos de tempos passados (referências espaciais, temporais, questões de
classe, etc.) e elementos recentes (alto nível tecnológico, virtualização da vida cotidiana, etc.).
Esse princípio de mudança-transformação, marca registrada de nosso tempo, é objeto de
debate entre aqueles que defendem a permanência absoluta de valores da modernidade (razão,
técnica, centralidades/referências, mundo fixo, estático, etc.) e aqueles que defendem um mundo
pós-moderno (sem referências, fluído, dissolvido, híbrido, dissipado, etc.). É bem verdade que
também existem aqueles que preferem ficar com um “meio-termo” (entre a modernidade e a pós-
modernidade), reforçando sempre que o mundo e o tempo vivido são resultados de processos e
elementos oriundos das duas percepções.
Para Michel Foucault (1991), a sociedade moderna é uma sociedade disciplinar por
oposição às sociedades propriamente penais, anteriormente dominantes, consolidando assim “a
idade do controle social”. A mencionada sociedade disciplinar, cujo processo de instauração se
efetivou no transcurso do século XIX para o século XX, segundo Foucault, individualizava a
vigilância, o “confinamento” e a própria punição.
A introspecção do controle e do estado de vigia foi resultado das reformas liberais que
marcaram as rupturas com o Antigo Regime e consolidou um Estado-Nação, assentado no
princípio da igualdade civil e dos direitos individuais (são exemplos desse processo as revoluções
inglesa e francesa, respectivamente).
A grande questão é que, com o avanço da tecnologia, o advento da rede mundial de
computadores (internet) e a consolidação do ciberespaço no contexto da dita pós-modernidade
(conceito caro a alguns), o controle social passou a ser exercido não mais pelo princípio panóptico
(de ver sem ser visto), e sim pelo princípio sinóptico (de muitos vigiando poucos).
No lugar da torre de vigilância em que os detentos não conseguem ver o vigia, mas têm a
sensação de estarem sendo vigiados, temos agora a profusão do controle vinculada à parafernália
tecnológica, quer seja pelo antigo princípio de poucos vigiando muitos (substituindo-se até mesmo
a figura do vigia ou do “guarda” pelos computadores), por meio de câmeras onipresentes que nunca
sabemos exatamente onde estão.
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CONCLUSÃO
Sendo assim, podemos concluir que nas últimas décadas, presenciamos uma acelerada
transformação no mundo contemporâneo, dentre elas podemos citar o desenvolvimento da
tecnologia e da informação, os transportes, os meios de comunicação, a globalização dos sistemas
de produção e transações financeiras.
Como podemos notar durante a defesa do presente trabalho, os principais desafios do
mundo contemporâneo têm sido as guerras, terrorismo, fechamento de fronteiras, polarização de
posicionamentos e projetos de sociedade têm em suas bases, além de interesses econômicos,
divergências culturais e políticas. Enquanto o mundo moderno especifica o movimento
modernista, que ocorreu na primeira metade do século XX, o contemporâneo retrata o momento
atual.
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REFERÊNCIAS

BAUMAN. Zigmunt. Globalização: as consequências humanas. São Paulo: Jorge


Zahar, 1999.

SIMMEL, Georg. As grandes cidades e a vida do espírito. Mana, n. 11, p. 577-591, 2005.
Disponível em: . Acesso em set. 2019. ZAHAR. Georg Simmel.

HAESBAERT, Rogério. O mito da desterritorialização: do “fim dos territórios” à


multiterritorialidade. 2ª ed. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2006.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: o nascimento da prisão. Tradução de Raquel
Ramalhete, 42. Ed, Petrópoles, RJ: Vozes, 2014.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.

BAUMAN, Zigmunt. Identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005 BAUMAN,
Zigmunt. Globalização. As conseqüências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,
1999 CAPRA, Fritjof. As conexões ocultas – ciência par uma vida sustentável. São Paulo:
Editora cultrix, 2002. GIDDENS, A. Sociology.Oxford:Polity Press, 1990..

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