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FACULDADE DE LETRAS
DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
ÁREA DE ESPANHOL
Goiânia - 2022
JÉSSICA GONÇALVES REZENDE
Goiânia
2022
JÉSSICA GONÇALVES REZENDE
____________________________________________________
Profa. Dra. Sara Guiliana Gonzales Belaonia. – FL/UFG
Orientadora
____________________________________________________
Prof. Dr. Juan Chacón –FL/UFG
Leitor Crítico
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao professor Juan Chacón que, embora não tenha sido o meu professor
durante o meu curso de graduação em Letras-Espanhol e hoje integre o quadro de professores
dessa licenciatura, aceito ser Leitor Crítico do meu estudo.
Agradeço também aos meus amigos em especial Iasy, Jackson, Thalita e Camila pelas
doses diárias de força, ânimo, troca de alegrias, tristeza e lutas. Agradeço à minha família pelo
suporte e por suportar tudo junto comigo.
E embora, mesmo que às vezes não tenham sido tão prazerosas, também agradeço pelas
experiências da minha vida, me fizeram ser quem eu sou, pensar como eu penso e me fizeram
fazer escolhas que me trouxeram até aqui.
“Não gostaria de voltar onde já estive
Sigo sem pressa de chegar em algum lugar
Dou um passo de cada vez
Paro, observo e conheço o momento
Aprendi a esperar
Assim vou apreciando a delícia de estar”.
Jéssica Gonçalves
RESUMO
Neste estudo apresentamos uma sequência didática antibullying, destinada a alunos do 1° ano
do ensino médio. Com o objetivo de contextualizar melhor o estudo, inicialmente fizemos uma
pesquisa bibliográfica dos principais conceitos e legislações que giram em torno ao bullying
escolar, dos temas transversais, da importância das atividades lúdicas no ensino e
aprendizagem de línguas no combate ao bullying e, logo, apresentamos a sequência didática
antibullying. Este trabalho constituirá em sua metodologia, um levantamento bibliográfico e
também, terá como base as experiências observadas nos estágios supervisionados. A partir
disso, será apresentada uma proposta de uma sequência didática direcionada aos alunos do 1°
ano do ensino médio, voltado para o ensino da língua espanhola, onde a música terá um
importante papel, abordando o tema bullying, como objetivo de ‘conscientizar os alunos e
provocar uma reflexão nos alunos para levantar possíveis maneiras de minimizar a violência do
bullying dentro do ambiente escolar.
En este estudio presentaremos una secuencia didáctica antibullying direccionada a alumnos del
1° año de la enseñanza secundaria. El objetivo es contextualizar mejor el estudio, donde
primero haremos una pesquisa bibliográfica de los principales conceptos y legislaciones que
están acerca del bullying escolar, de los temas transversales, de la importancia de las
actividades lúdicas en la enseñanza y aprendizaje de lenguas contra el bullying y enseguida,
presentaremos la secuencia didáctica antibullying. Este trabajo basará su metodología en un
amparo bibliográfico y también se basará en las experiencias obtenidas en las observaciones de
las prácticas docentes supervisadas. Partir de esto, será presentada una secuencia didáctica
direccionada a los alumnos del 1° año de la enseñanza secundaria, orientada a la enseñanza de
la lengua española, donde la música hará un papel importante, partiendo del tema bullying con
el objetivo de concienciar a los alumnos y promover la reflexión para que los alumnos puedan
presentar posibles formas de minimizar la violencia del bullying en los ambientes escolares.
LISTA DE IMAGENS
1. INTRODUÇÃO...............................................................................
2. REFERENCIAL TEÓRICO...........................................................
2.1 O ensino de línguas estrangeiras: perspectivas transversal e interdisciplinar........
2.4 O bullying...............................................................................................................
3. METODOLOGIA............................................................................
3.1. A pesquisa bibliográfica.......................................................................................
5. CONSIDERAÇÕES.........................................................................
6. REFERÊNCIAS................................................................................
7. ANEXOS...........................................................................................
ANEXO A: Bomba Estéreo - Soy yo ..........................................................................
ANEXO B: Bomba Estéreo estrena video de “Soy yo” con un mensaje contra el
bullying……………………………………………………………………………….
ANEXO C: Las diversas formas de bullying en la escuela………………………….
1. INTRODUÇÃO
Sabemos que a escola é um dos principais ambientes de interação dos jovens, pois dentro
dela ocorrem trocas de experiências sociais entre diferentes culturas e, por tanto um dos seus
princípios é cultivar a ideia da preservação do convívio pacifico para uma educação produtiva.
Embora muito se fale da importância do respeito ao próximo e da tolerância, dentro do
ambiente escolar o fenômeno bullying tem sido alvo de preocupação entre os responsáveis pela
educação, de acordo com Fante (2005) “a violência escolar nas últimas décadas adquiriu
crescente dimensão, o que a torna questão preocupante devido à grande incidência de sua
manifestação em todos os níveis de escolaridade.” (FANTE, 2005 p.20).
No Brasil, o bullying vem sido debatido desde os anos 2000, e tem sido desde então
amparado por legislações que caracterizam o fenômeno como crime passível de penalidades,
porém, ainda há muito a ser trabalhado para que as escolas tenham programas para enfrentar
este problema, pois, “a maioria das escolas ainda não está preparada para o seu enfrentamento.
Algumas por desconhecimento, outras por omissão, muitas por comodismo e negação do
fenômeno” (FANTE; PEDRA, 2008).
Sendo assim, podemos dizer que o trabalho para enfrentar o bullying deve ser uma ação
pensada em conjunto entre escola, família e sociedade, para que reconheçam o problema que se
inicia dentro de um meio e acaba sendo reproduzido em outro, neste caso, dentro do ambiente
escolar, assim, conscientizando os jovens da importância do respeito ao próximo pensando na
formação do caráter desses jovens para que sejam adultos dignos e tolerantes.
Partindo do objetivo da conscientização, neste trabalho apresentamos uma sequência
didática que visa promover a conscientização dentro da escola sobre o fenômeno bullying como
uma forma de exercitar nos alunos a reflexão sobre o tema, fazendo com que os próprios alunos
pensem em maneiras de minimizar o fenômeno dentro do ambiente escolar.
Quanto à estruturação, este estudo está composto por quatro partes, introdução,
metodologia, referencial teórico e a proposta. Além disso, conta com as considerações,
referência e anexos.
Tendo explicitado os traços gerais deste estudo, no próximo apartado será abordado o
referencial teórico.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Neste capítulo iremos apresentar os fundamentos que o trabalho terá como suporte para
aprofundar nas perspectivas do ensino de línguas estrangeiras abordando os temas transversais e
interdisciplinares, e também trataremos sobre o ensino de línguas e a música.
São dois universos que desdobram e que precisam ser estudados em dois
planos diferentes: um que está dentro de nós, estranhando em nossa mente -
envolvendo, como já vimos os domínios, cognitivo, afetivo e psicomotor -, e
um outro, externo a nós, envolvendo áreas de conhecimento como a
Linguística Aplicada, Psicología, Pedagogía, Antropología etc. (LEFFA,
2016. p. 9).
Assim, torna-se importante para que o estudante se prepare para ser um cidadão
proativo nessa sociedade e contribuir para sua formação de indivíduo. Porém, atrair a atenção
do aluno para um determinado conteúdo é um desafio para o educador. Às vezes, o material
didático fornecido pela escola não é o suficiente para fazer com que o aluno se motive e tenha
um desenvolvimento esperado pelo professor da matéria que está sendo ensinada. Com isso, o
papel do professor, é também buscar novos recursos para tornar o ensino mais atrativo e
produtivo.
Outro dos aspectos de extrema relevância do ensino de línguas na formação dos alunos
do ensino básico regular brasileiro é que “talvez seja uma das experiências mais visivelmente
mobilizadoras de questões identitárias no sujeito” (SERRANI-INFANTE, 1998, in BRASIL,
2006, p. 148), pois, embora
a utilidade do conhecimento para fins escolares ou profissionais seja real, não
se pode esquecer que dominar uma língua estrangeira supõe conhecer,
também e principalmente, os valores e crenças presentes em diferentes grupos
sociais, que certamente entrarão em contato – um contato que tanto pode se
dar harmonicamente como em forma de atrito – com os próprios valores e
crenças já em circulação no grupo social em que está inserido o aprendiz, já
que a língua, nesse caso a primeira língua. (BRASIL, 2006, p. 147 – 148)
Uma vez que refletir sobre as crenças e valores da cultura do outro, mobiliza e traz
reflexões sobre autopercepção social de cada indivíduo, levando em conta não só a língua
estrangeira, mas, também os temas transversais do local onde se dá o seu ensino (BRASIL,
2006, p. 149), aproximando o ensino da língua estrangeira de um dos objetivos sugeridos nas
OCN para o ensino da língua espanhola, inserido no item “educação: sistema educativo,
estrutura educacional, inclusão/exclusão (social e étnica), função política e social da educação
etc” (BRASIL, 2006, p. 150).
Em relação aos Temas Transversais, cabe citar que desde 1997 se consolidam como
uma proposta da educação voltada para a cidadania, com o objetivo de inserir no currículo
escolar questões sociais para aprendizagem e reflexão e, embora
questões urgentes que interrogam sobre a vida humana, sobre a realidade que
está sendo construída e que demandam transformações macrossociais e
também de atitudes pessoais, exigindo, portanto, ensino e aprendizagem de
conteúdos relativos a essas duas dimensões. (BRASIL, 1997, p. 29).
De tal forma construir-se-ão transformações sociais que vão do micro (a escola) ao
macro (a sociedade). O micro se referindo às relações e situações vivenciadas intramuros
escolares, isto é, dentro e fora da sala de aula, envolvendo a comunidade escolar. E o macro, se
referindo à sociedade em geral. Todavia, importa reafirmar que, tais problemas inicialmente
atravessam a sociedade em geral.
Em síntese,
Em função da peculiaridade dos eixos temáticos propostos por ambas as versões dos
Temas Transversais e a sua vinculação a todas as ciências teoricamente sistematizadas no
currículo escolar, o Conselho Nacional de Educação (CNE), ao se manifestar em seu Parecer
Nº 7, de 7 de abril de 2010, entende que partido da
Visto de tal forma, segundo Lenoir (2005), a interdisciplinaridade escolar pode ser
estudada em três planos: interdisciplinaridade curricular, interdisciplinaridade didática e
interdisciplinaridade pedagógica.
Quadro 2: Os planos da Interdisciplinaridade escolar em Lenoir –
2005
Interdisciplinaridade Interdisciplinaridade Interdisciplinaridade
Curricular Didática Pedagógica
Se caracteriza pela
Caracteriza a atualização
colaboração de diferentes
em sala de aula da
disciplinas escolares em
Se caracteriza por suas Interdisciplinaridade
termos de igualdade,
dimensões conceituais e didática. Ela assegura, na
assegurando a cada
antecipativas e trata da prática, a colocação de um
disciplina escolar um lugar
organização e da avaliação modelo ou de modelos
e uma função específica no
da intervenção educativa. didáticos interdisciplinares
currículo. E, exclui toda
inseridos em situações
tendência à hierarquização
concretas da didática.
dominante.
Fonte: Tabela elaborada pela autora do texto a partir de Lenoir 2005.
Diversos são os desafios apresentados na atualidade, entre eles muitos presentes nos
eixos temáticos propostos como Temas Contemporâneos Transversais – DCNs. Dentre eles,
um dos que mais tem se destacado e tem afetado a sociedade psicologicamente, destruindo o
bom convívio social e afetando profundamente o desempenho escolar é o bullying. Assim
sendo, como já mencionado, neste estudo apresentamos uma proposta didática antibullying.
Portanto, o próximo apartado, se destina a alguns apontamentos teóricos sobre o bullying.
A música pode ser usada como um material didático, que possibilita um processo lúdico
de aprendizagem, conforme Lauar; Mattos (2014, p. 9): “O lúdico não só favorece a
aprendizagem como possibilita que sejam desenvolvidas a criatividade e a autonomia do
discente na abordagem do conteúdo”. Assim, a música é um gênero discursivo que, além de ser
uma fuga do tradicional de uma sala de aula (livros, quadro e pincel), justifica o seu uso em
sala de aula porque leva à sala de aula aspectos sociolinguísticos, linguísticos e poéticos. É
também uma motivação para despertar no aluno o interesse pela língua, neste caso, pela língua
espanhola. Interesse esse que leva o aluno a conhecer, aprender e investigar para compreender
a letra de canções e cantá-las, sendo assim, um estímulo para a aprendizagem. Sobre isso,
Cassany; Luna; Sanz (1994, p. 409) comentam que
Canções, letras musicais, poemas musicados são recursos pedagógicos que podem ser
usados como aliados do professor em uma aula de língua estrangeira, segundo Gobbi (2001)
felizmente, já é bem notório o reconhecimento por parte dos professores da utilização da
música em suas aulas, principalmente no ensino de línguas estrangeiras para criar um ambiente
prazeroso e descontraído, capaz de estimular o aprendizado.
Entre tanto, a utilização de músicas no ensino não é algo da atualidade, Gobbi (2001)
destaca, que o uso de canções como estratégias de aprendizagem de línguas estrangeiras não é
novidade visto que essa temática remonta a Idade Média, quando os gregos as utilizavam como
ferramenta de educação social. Essa retomada tem despontado desde o início do século XX.
Com os recursos tecnológicos disponíveis, o acesso à música se torna algo cada vez
mais simples, facilitando para o professor inseri-la em uma aula.
Para Bréscia (2003, p. 38) “Os poderes da música estão calcados, sem dúvida, na sua
abrangência. Ela é acessível a todos, independentemente de idade, religião, raça, sexo ou nível
econômico. Está disponível a qualquer momento, sendo, inclusive, gratis." Além do uso de
recursos tecnológicos para trabalhar a música em uma sala de aula, o professor pode utilizar
instrumentos musicais, voz, tornando o ensino da língua espanhola mais interativo e
possibilitando momentos para que o aluno se expresse.
Bastian, em seu livro “Música na Escola” (p. 42), diz que “a prática da música e a
educação musical podem estimular em um mesmo processo de aprendizagem, as capacidades
cognitivas, criativas, estéticas, sociais, emocionais e psicomotoras.” Sendo assim, a música
pode contribuir em muitos aspectos, portanto é uma aliada eficaz na sala de aula.
Face aos motivos citados, a música pode ser uma estratégia complementar a ser
trabalhada dentro da sala de aula, pois ela promove a interação dentro do ambiente escolar e
aproximação de aluno-aluno e aluno-professor. Além de ser uma ótima maneira de trabalhar
com os alunos temas que refletem a valores sociais e culturais, por ser uma despertadora de
emoções, reflexões e expressões.
Ao ser trabalhada dentro da sala de aula, a música cumpre um papel fundamental, pois
“é a linguagem que traduz formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações,
sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento expressivo entre o
som e o silêncio. (...) A integração entre os aspectos sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos,
assim como a promoção de interação e comunicação social, conferem caráter significativo à
linguagem musical.” (BRASIL, 1998).
Portanto, percebemos que a linguagem musical pode ser utilizada como estratégia com
o propósito de promover o interesse e a motivação do aluno no ensino de várias disciplinas.
2.3 O Bullying
Como bem sabemos, o ambiente escolar é uma extensão da sociedade, assim sendo,
enquanto professores e/ou futuros professores, cabe a nós compreender a escola, não como uma
comunidade padronizada, mas sim como um espaço onde a diversidade dos seres humanos se
vivencia de forma plena. Nesse sentido, para superar os preconceitos e a marginalização, se faz
necessária uma reflexão orientada a, inicialmente, tentar compreender as características e a
possível origem de situações de preconceito e bullying. Face a isso, esta parte do estudo será
dividida em quatro partes. A primeira parte se destina a falar brevemente sobre o histórico do
bullying; a segunda parte trataremos sobre o bullying dentro da escola; na terceira parte,
falaremos sobre políticas públicas destinadas para tratar o bullying como violência; e na quarta
e última parte, abordaremos pontos que visam o combate contra o bullying.
2.3.1 Bullying: uma prática nova ou antiga?
Essa violência ao longo do tempo adquiriu diversas formas e características, sendo que
na atualidade uma das mais preocupantes é a denominada bullying, denominação que,
conforme Silva (2010), procede da língua inglesa e não possui tradução na língua portuguesa.
O termo bullying, segundo Silva (2010) se refere aos atos de agressividade reproduzidos de
maneira intencional e recorrente contra um ou mais indivíduos que, por sua vez, se encontram
em papel vulnerável e se sentem impossibilitados de reagir às agressões. No mesmo caminho,
Lopes Neto (2005) ressalta que a amplitude do vocábulo bullying em inglês e suas variadas
definições, não traduzíveis a outras línguas, dificultou a sua compreensão. Nesse sentido, o
referido autor comenta:
Chalita (2008) comenta que, em nível internacional, apesar de sua existência ser antiga,
o bullying virou pauta de discussões somente nos anos setenta, quando é investigado por, no
passado, ter comprometido a vida de estudantes. Porém, antes dessa década não há registros
concretos sobre o bullying. E, é somente com “pesquisas realizadas em 1972 e 1973, na
Escandinávia, que as famílias perceberam a seriedade dos problemas decorrentes da violência
escolar” (CHALITA, 2008, p. 100).
Já no Brasil, o bullying foi visto como uma problemática só nos anos 90, sendo assim,
definido para se tornar alvo de pesquisa sobre a violência. Sobre esse fato, o relatório de
pesquisa “Bullying escolar no Brasil” (2010, p. 4) informa que é, “na década de 1990 que um
novo conceito passa a ser considerado no campo de estudos sobre a violência entre pares: o
bullying”.
Os atos do bullying não possuem motivações justificáveis, é perpetrado por pessoas que
acreditam ser mais "fortes" e utilizam pessoas mais frágeis como um alvo para proporcionar a
si mesmos uma sensação injustificável de prazer, diversão e poder, com o intuito de maltratar,
intimidar, humilhar e amedrontar as suas vítimas (SILVA 2010).
Quanto aos bullies, isto é, os agressores, Silva (2010) indica que possivelmente se trate
pessoas que não receberam de seus cuidadores estabilidade emocional, nem habilidades para
resolver conflitos por meio do diálogo e da negociação. Assim sendo, pode se tratar de pessoas
que não receberam no seio da formação familiar afeto, referenciais positivos de convivência
pautadas no diálogo e não tiveram a oportunidade de vivenciar modelos de respeito à
alteridade.
Sobre o século XXI, Silva (2006, sp) ressalta que a educação de jovens e adultos
Sabemos que as escolas são um espelho de diversidade humana, tais como das étnicas,
religiosas, raciais, culturais, da orientação sexual, etc, contexto esse importante para qualquer
ser que tenha consciência do exercício da inclusão de todos, porém para os bullies, são esses
pontos para a identificação de suas vítimas e para a prática do bullying. Neste sentido, para
Lins, (2010) os atos praticados pelos bullies, estão relacionados à não aceitação das diferenças,
seja por religião, condição econômica, deficiência física, diferenças de ordem psicológica ou
sexual, raça ou aspectos físicos, força, coragem, habilidades esportivas ou intelectuais.
De tal forma, o bullying escolar é entendido como violência que acontece no ambiente
escolar, isto é, no pátio, nos corredores ou nos arredores da escola (FRACARI 2014).
Portanto, o contexto escolar, visualizado como espaço de interações sociais, se torna alvo de
preocupação dos professores e responsáveis pela rede de ensino, pois a escola é um dos
principais provedores das relações interpessoais de crianças e adolescentes, já que dentro do
ambiente escolar, são reproduzidos pensamentos, sentimentos e manifestações que partem das
vivências cotidianas da comunidade escolar.
Sobre a violência escolar, Tocarnia (2021) fez um estudo sobre o bullying nas redes
sociais, no qual entrevistou 188 mil estudantes, de entre 13 e 17 anos, envolvendo 4.361
escolas de 1.288 municípios de todo o país. Nesse estudo a referida autora comenta que, na
atualidade, um de cada dez adolescentes já se sentiu ameaçado e humilhado, sendo que, ao
considerar “apenas as meninas, esse percentual é ainda maior, 16,2%. Entre os meninos é
10,2%”. O cenário apontado, abre uma alerta preocupante no contexto educativo sobre como
minimizar esses dados e tornar a escola um ambiente de melhor convivência social.
Ainda sobre a violência escolar ou bullying escolar, Silva (2006) destaca que a escola
apresenta dificuldades para trabalhar a afetividade com os alunos devido a diversos fatores.
Entre eles, o desgaste emocional que alguns professores apresentam em consequência da
sobrecarga profissional.
Outro fator que, de acordo com Pereira et al. , (2011), se contrapõe à minimização do
bullying escolar é que muitos dos alunos trazem à escola comportamentos agressivos, que na
maioria das vezes são a reprodução de comportamentos advindos da educação doméstica,
reflexo de maus-tratos, de exclusão ou da falta de limites que pode ser observada a partir de
suas relações interpessoais externos à escola.
Por esse motivo, acreditamos que, enquanto comunidade escolar, temos a obrigação de
identificar os pontos frágeis e motivações que pairam o fenômeno bullying, garantindo que o
ambiente escolar, não seja apenas um provedor de ensino, mas também seja um lugar seguro e
de bons exemplos para que os alunos possam com integridade, garantir seu direito à educação.
Para reforçar o combate do bullying dentro das escolas de todo Brasil, o Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) lançou uma campanha que visa ajudar os pais dos alunos e
professores a identificarem, prevenir e enfrentar o bullying quando estiver acontecendo dentro
do âmbito escolar e também na comunidade. A cartilha é composta por materiais que tem como
objetivo ensinar a lidar com o fenômeno bullying que vem causando prejuízo no
desenvolvimento das crianças e adolescentes que sofrem a violência. A campanha, composta
por spots e cartilha, foi escrita pela médica psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, que também
é autora do livro “Bullying: Mentes Perigosas nas Escolas” sobre o mesmo tema. O objetivo da
campanha contra o bullying é promover uma aproximação do Poder Judiciário e as instituições
de ensino do país para que juntos possam lutar no combate e na prevenção dos problemas que
vem afetando crianças e adolescentes, sendo o CNJ responsável pela frente da Justiça na Escola
e tem como parceria as Coordenadorias de Infância e Juventude dos Tribunais de Justiça de
todo o país, associações de magistrados e órgãos ligados à educação.
Em sua proposta, o programa visa
No estado de Goiás, um programa que tem como uns de seus intuitos a “redução do
comportamento agressivo nas escolas”; Alertar sobre o “Bullying em ambiente escolar”; E
conscientizar sobre a “influência da sociedade atual neste tipo de comportamento” é oferecido
como um curso na modalidade EAD, uma iniciativa da Escola de Governo do Município de
Valparaíso de Goiás. O curso Enfrentamento do Bullying nas Escolas, tem uma carga horária
de 60 horas, é aberto tanto para os profissionais da educação como para toda a população e
busca promover um alerta em relação ao tema. Destacamos aqui os seus conteúdos
programáticos:
Esses indivíduos, vítimas das práticas do bullying, são parte do grupo de evasão escolar,
pois estes não conseguem enfrentar a pressão sofrida e também por não encontrarem um apoio
no espaço escolar, seja por medo de denunciar a violência ou por essas violências passarem
despercebidas pelos professores e responsáveis pelo ambiente educacional. De acordo com Lins
(2010, p. 7), há três tipos de vítimas nessas situações:
Vítima típica: são aquelas que servem de "bode expiatório" para um grupo.
Geralmente são os alunos que apresentam pouca ou nenhuma habilidade de
socialização, são tímidas ou reservadas não conseguindo reagir às
provocações e agressões dirigidas a elas.
Vítima provocadora: são aquelas capazes de despertar em seus colegas
reações agressivas contra si mesmas e com as quais não consegue lidar com
eficiência. Brigam ou discutem quando são insultadas ou atacadas, mas, de
maneira ineficaz exacerbando ainda mais as agressões dos outros.
Vítima agressora: a vítima agressora é aquela que diante dos maus tratos
sofridos reage igualmente com agressividade ou reproduzindo-os como forma
de compensação, procurando outro alvo ainda mais frágil para canalizar toda
a sua insatisfação contida e reprimida pelas agressões anteriores. (Lins, 2010,
p. 7).
Já no artigo 4º desse mesmo estatuto, ao falar sobre os responsáveis pela garantia dos
direitos das crianças e adolescente, o referido Estatuto comenta que é
De acordo com a Lei n° 13.185, que está em vigor desde 2015, fica instituido que a
intimidação sistemática é quando ocorre violência física ou psicológica em atos de humilhação
e/ou discriminação. Isso também inclui insultos, ameaças, comentários e apelidos pejorativos,
entre outros tipos de violência. E inclui também o cyberbullying ou bullying virtual, que é a
intimidação sistemática no mundo digital, por este meio, fazem depreciação por comentários,
discurso de ódio, incitam a violência, compartilham fotos e dados alterados com o intuito de
criar constrangimento psicossocial na vítima. A Lei nº 13.185, destaca-se em seu Art. 1° a
determinação da validação do Programa de Combate à intimidação sistemática (antibullying)
em todo território nacional (BRASIL, 2015).
Para reforçar a ação de forma ampla contra o bullying a lei n° 13.663 em vigor desde 14
de maio de 2015 estabelece a "promoção de medidas de conscientização, de prevenção e de
combate a todos os tipos de violência e a promoção da cultura da paz entre as incumbências dos
estabelecimentos de ensino". Neste sentido, as escolas passaram a ter um papel importante para
que essa prática do bullying venha a ser desconstituída dentro das escolas e fora do ambiente
escolar.
Neste sentido, podemos perceber que as leis que visam o antibullying estão sempre
implementando ações para que haja um maior direcionamento por parte do poder público no
sentido de promover a conscientização das escolas e da sociedade em geral a se atentarem
sobre o assunto e, assim evitar a propagação do fenômeno entre crianças e adolescentes,
buscando a proteção dos mesmo a fim de evitar outras grandes tragédias.
Ao identificar o bullying, é preciso combatê-lo. E, para que esse combate seja feito de
forma segura e eficaz, faz se necessário uma rede de apoio que conta com o profissional da
Saúde, responsáveis pelas crianças ou adolescentes e professores, visto que, é um trabalho que
requer ações conjuntas e suporte, não somente dentro da escola, mas também fora dela.
Para mediar os conteúdos a serem trabalhados dentro da sala de aula, o professor deve
ter um planejamento de como será inserido o conteúdo preparado, como será desenvolvido, o
que espera, etc. Diante desses questionamentos e para que o ensino ocorra de maneira
ordenada, torna-se indispensável a elaboração de um planejamento, a seleção de uma
abordagem metodológica, definir o material didático a ser usado, definir datas e objetivos. Isto
é, organizar o que vai ser feito, definindo o como e o porque.
Para esta proposta foi selecionada uma sequência didática. A sequência didática se define
como “um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de
certos objetivos educacionais, que têm um princípio e um fim conhecido tanto pelos
professores como pelos alunos” (ZABALA, 1998, p.18).
Indo de acordo com o que dizem Zabala, Dolz, Noverraz e Shenewlzy (2004, p. 97), a
sequência didática se descreve como "um conjunto de atividades escolares organizadas, de
maneira sistemática, em torno de um gênero textual, oral ou escrito”.
Observe-se, no esquema anterior, que a sequência didática permite que o aluno percorra
um caminho, que envolve conhecimento, entendimento, preparação e produção final.
Uma sequência didática pode conter diversos tipos de atividades, entre elas atividades
semi-controladas. Na proposta apresentada se optou por atividades semi-controladas, pois
costumam ser muito produtivas no ensino de línguas e exigem do aluno certa autonomia na
construção do resultado final dos projetos de ensino ou, como no caso deste estudo, das
sequências didáticas. No entanto, pese a autonomia, é necessária a orientação do professor, ou
seja, os alunos podem determinar como fazer, mas seguindo as orientações delimitadas do
professor, pois na "prática semi-controlada (exercício comunicativo) a atividade dos alunos
ocorre por meio da reprodução com um nível de independência, mas ainda com a supervisão do
professor”. (EURED, s.d. - tradução da autora do texto).
Acredito que a música é um elemento atrativo para várias idades. No âmbito educativo,
para os jovens, ela pode ser uma grande aliada no processo de ensino aprendizagem já que tem
como parâmetro a linguagem. Sendo assim, ao inserir a música em uma sala de aula, além de
motivar o aluno, proporcionará uma ampliação da aprendizagem da língua espanhola.
2. METODOLOGIA
Lei Natureza
Acredito que a intervenção citada teve resultado positivo, no entanto, também acredito
que é necessário idealizar outras ações que venham a contribuir com a minimização do
bullying. Por isso, penso que a reflexão dos alunos seria o caminho mais adequado. Assim
sendo, a seguir apresento uma sequencia didática, que pode ser o início de muitas outras, que
venham a minimizar o bullying.
5.1. A proposta da sequência didática
Nessa parte do estudo será apresentada a proposta da sequência didática elaborada para
trabalhar com os alunos do 1º ano do ensino médio. A sequência seguirá o exemplo do quadro
citado anteriormente de Dolz, Noverraz e Schneuwly e se constituirá em quatro momentos.
Objetivo Geral:
Reflexionar sobre o bullying e as suas consequências.
Objetivos específicos:
Direcionamento:
Alunos do 1° ano do ensino médio (Quantos alunos?)
Tempo: Esta parte não está clara para mim, verifica se é isso mesmo.
Primeiro momento:
Tempo: 2 aulas de 50 minutos cada
Materiais:
Videoclipe da música "Soy yo"
Fotocopia com a letra da música "Soy yo"
Quadro
Pincel
Aula 1:
Reflexão sobre o tema bullying e a mensagem retratada na música
O foco será nas habilidades de compreensão e expressão oral
Ações didáticas:
Será apresentado ao grupo de alunos um videoclipe da música em espanhol "Soy yo"
do grupo Bomba estéreo.
Será solicitado aos alunos que ouçam a música e identifiquem o significado
contextualizado do léxico desconhecido.
Aula 2:
Se entregará uma folha com a letra da música "Soy yo" (Anexo A), solicitando a leitura
silenciosa do texto.
Após isso se promoverá um debate sobre o conteúdo da letra da música.
Segundo momento:
Tempo: 1 aula de 50 minutos
Materiais:
Fotocopia do texto Bomba Estéreo estrena video de “Soy yo” con un mensaje contra el
bullying (Anexo B)
Fotocopia do texto Bullying: acoso escolar en adolescentes (Anexo C)
Quadro
Pincel
Objetivos específicos:
Aprofundar o entendimento dos alunos em relação ao tema e provocar reflexão que
venha contribuir para o terceiro momento
Pensar em maneiras de prevenção e enfrentamento ao bullying
Prática oral e correção fonética
Ações didáticas:
Inicialmente será apresentado aos alunos o texto “Bomba Estéreo estrena video de
‘Soy yo’ con un mensaje contra el bullying” e se fará uma leitura conjunta
Logo se apresentará aos alunos o texto “Las diversas formas de bullying en la
escuela”, os alunos serão convidados a se voluntariar para a leitura em voz alta
Terceiro momento:
Objetivos específicos:
Debate sobre o bullying que oriente ao exercício da reflexão crítica
Expressão oral em língua espanhola
Prática do léxico referente ao tema bullying
Revisão das estruturas e verbos de opinião
Ações didáticas:
Será solicitado aos alunos que se dividam 5 em grupos de 6 alunos
Cada grupo receberá um envelope com uma pergunta que será respondida por um
dos membros do outro grupo
Os grupos poderão indicar qual dos seus integrantes responderá a pergunta
Você conhece alguém que sofre ou já sofreu bullying? Por qual motivo?
¿Conoce a alguien que pasa por la situación del bullying lo que ya ha pasado? ¿Cuál es
la motivación de la violencia?
Em sua opinião, você acha que a escola toma medidas para minimizar o bullying?
En su opinión, ¿Crees que la escuela busca acciones para la minimización del bullying?
Quarto momento:
Tempo: 2 aulas de 50 minutos cada
Materiais:
Fotocopia com instruções sobre a atividade que deverão desenvolver
Quadro
Pincel
Objetivos específicos:
Construção de uma música em espanhol, abordando o tema bullying
Prática da expressão escrita em língua espanhola
Aula 1:
Ações didáticas:
Dividir os alunos em grupos de 6, podem ser mantidos os grupos do debate
Cada grupo deverá construir de forma conjunta uma música de no mínimo 3 estrofes,
onde abordarão o tema bullying. Para tanto, se inspirarão na mensagem que a música
“Soy yo” lhes transmitiu e nas respostas do debate da aula anterior
A letra da músico poderá levantar questões como: Conscientização ao respeito ao
próximo em relação às diferenças; Contra a violência nas escolas
O ritmo é livre e, se possível, poderão utilizar instrumentos musicais
Aula 2:
Tarefa final: A execução do trabalho acontecerá em uma apresentação, cujo objetivo é
conscientizar os alunos sobre o perigo do bullying nas escolas
A partir dos estudos realizados, podemos concluir que o fenômeno bullying deve ser
um assunto que deve estar sempre em pauta, não só dentro das escolas entre os jovens, mas
sim, no meio da sociedade, pois sabemos que os jovens são reflexo de exemplos e ações que
vêm de seus responsáveis. Devemos cobrar das autoridades programas de combate e
conscientização mais aprofundados contra a violência do bullying e que sejam sempre
lembrados para que o assunto não caia no esquecimento voltando à tona somente quando
ocorre uma tragédia, como por exemplo, a de Realengo que foi citada no decorrer do trabalho.
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contra-el-bullying/
https://www.euroresidentes.com/estilo-de-vida/adolescentes/adolescentes-bullying
ANEXO A: Bomba Estéreo - Soy yo
Y no te preocupes si no te aprueban
Cuando te critiquen, tú solo di
Soy yo Soy yo Soy yo (soy, soy, soy, soy, soy, soy, soy)
Soy yo (yo, yo, yo, yo, yo, yo, yo)
Y no te preocupes si no te aprueban
Cuando te critiquen, tú solo di
Soy yo Soy yo Soy yo (soy, soy, soy, soy, soy, soy, soy)
Soy yo (yo, yo, yo, yo, yo, yo, yo)
Y no te preocupes si no te aprueban
Cuando te critiquen, tú solo di
Soy yo Soy yo Soy yo (soy, soy, soy, soy, soy, soy, soy)
Soy yo (yo, yo, yo, yo, yo, yo, yo)
En la cama (Relajá)
Con mi encanto
Con pijama, soy yo
Así soy yo…
ANEXO B: Bomba Estéreo estrena video de “Soy yo” con un mensaje contra
el bullying
Bomba Estéreo estrenó este miércoles el video de su popular tema “Soy yo”, que
contiene un mensaje a favor de aceptarnos como somos y aceptar a los demás como
son.
“Es una letra muy sencilla, [es algo] que no todo el mundo se atreve a decir. Creo
que muchas personas se sienten identificadas. A la mayoría de los seres humanos
nos ha pasado que nos hemos sentido encajados por la sociedad, por la gente, por
nuestros gustos”, compartió en entrevista con People en Español Liliana Li Saumet,
vocalista del grupo colombiano, que nos reveló detalles sobre la temática que toca
la canción.
“No te preocupes si no te aprueban, cuando te critiquen tú solo di: ‘Soy yo'”, repica
el coro del tema. “El mensaje que queremos llevar es el de no dejarse afectar por X
o Y razón. Tiene que ver sobre todo con la aceptación de uno mismo, de lo que uno
es”, apuntó la cantante.
“El video se enfoca en los niños, haciendo referencia al bullying que sucede en el
colegio”, resaltó sobre su clip musical, que es protagonizado por una niña muy
auténtica que no se deja intimidar de nadie.
ANEXO C: Las diversas formas de bullying en la escuela
Estos actos producen en los niños y niñas víctimas de acoso escolar, sentimientos de
inferioridad y un constante maltrato de tipo físico, verbal o psicológico.
Causas:
Se estima que cuanto mayor es el centro escolar, mayor riesgo de acoso escolar puede
existir. Esto se debe a que las instituciones educativas, ya sean públicas o privadas, muchas
veces ven limitada su capacidad de control físico y de vigilancia en los centros educativos.
Entre las causas o factores más comunes que provocan el acoso escolar o bullying en la
escuela encontramos las de tipo personal, familiar o escolar:
Personal: Baja autoestima del acosador y una manera de suplir la poca confianza en
sí mismo. También es una causa personal el apoyo al acosador de otros compañeros
del aula.
Familiar: Su origen puede encontrarse en situaciones de violencia doméstica
experimentadas en la infancia y un modelo parental agresivo y violento. También,
puede influir la tensión económica de la unidad familiar, la relación deteriorada
entre los progenitores, los valores y la ausencia de normas en la convivencia etc.
Escolar: Falta de control físico y vigilancia en el centro educativo y ausencia de un
modelo generador de comportamientos sociales adecuados.
Consecuencias:
Los efectos psicológicos del bullying en la escuela en los más pequeños son realmente
preocupantes y alarmantes. Y es que según algunos estudios científicos, sus efectos en la
salud pueden perdurar en el tiempo durante toda la vida de la persona afectada. Algunos
de estos efectos son: el estrés, la ansiedad y la depresión, las somatizaciones, el suicidio así
como, los problemas de sociabilización y de adaptación al entorno laboral.
Bullying físico:
Se entiende por agresión física, aquellas acciones que los agresores realizan de forma
manual, que puede afectar a la vida de la víctima existiendo un contacto físico con ésta o
no. Podemos clasificarla en: