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LICENCIATURA EM LETRAS/ESPANHOL
MACAPÁ
2022
GEOVANE SOUSA DA CONCEIÇÃO
MACAPÁ
2022
Dados Internacionais de Catalogação na publicação (CIP)
Processamento Técnico da Biblioteca da Universidade do Estado do Amapá
BANCA AVALIADORA
MACAPÁ
2022
RESUM
Este artigo remonta o tema do ensino do Espanhol para alunos do Ensino Médio e aborda o contexto histórico
do Espanhol, o uso da gramática dentro de sala de aula e sua importância para o ensino e aprendizagem dos
alunos. O objetivo deste trabalho é apresentar uma proposta de ensino e aprendizagem para ser diversificado
dentro de sala de aula para os alunos do Ensino Médio. Além disso, são apresentados vários exemplos de
métodos que podem ajudar os professores a tornar as aulas mais envolventes e, por fim, é apresentada uma
visão geral da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a instabilidade por conta das alterações nas leis em
seus artigos. Este trabalho é de cunho bibliográfico, com base em artigos, livros, periódicos, sites científicos
que abordam o tema em questão e sua análise feita na premissa da abordagem qualitativa. Para tal, é de se
esperar que a exclusão da Lei nº 11.161/2005 fosse gerar um grande impacto na estrutura de ensino da rede
pública do Brasil, o que ocasionou desemprego por parte de profissionais que se formaram para lecionar nesta
área.
ABSTRACT
This article goes back to the topic of teaching Spanish to high school students and addresses the historical
context of Spanish, the use of grammar within the classroom and its importance for the teaching and learning of
students. In addition, several examples of methods that can help teachers make courses more engaging are
presented and, finally, an overview of the National Common Curricular Base (BNCC) and the instability due to
changes in laws is presented in its articles. This work is of a bibliographic nature, based on articles, books,
periodicals, scientific websites that address the topic in question and its analysis made on the premise of a
qualitative approach. To this end, it is to be expected that the exclusion of Law nº 11.161/2005 would generate a
great impact on the teaching structure of the public network in Brazil, which caused unemployment on the part
of professionals who were trained to teach in this area.
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................7
2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................................8
2.1 CONTEXTO HISTÓRICO SOBRE A LÍNGUA ESPANHOLA..............................................9
2.2 O USO DA GRAMÁTICA DA LÍNGUA ESPANHOLA PARA UM ENSINO
SIGNIFICATIVO PARA OS DISCENTES....................................................................................11
2.3 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DA LÍNGUA ESPANHOLA POR MEIO DE
RECURSOS TECNOLÓGICOS......................................................................................................17
2.4 MÉTODOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA......................21
2.5 A BNCC SOBRE O ENSINO DE ESPANHOL NO ENSINO MÉDIO..................................30
3 METODOLOGIA..................................................................................................................34
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................35
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................38
7
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como tema “O Ensino do Espanhol como língua estrangeira para
alunos do Ensino Médio das escolas públicas” e aborda o contexto histórico da língua
espanhola, perpassando pelo uso da gramática e de como ela é importante para o ensino e
aprendizagem do aluno. Além disso, são demonstrados diversos exemplos de metodologias que
podem ajudar o professor a realizar uma aula mais atraente e por fim, um apanhado geral sobre a
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o que ela precariza em seus artigos. Condizente a
isso, o autor abaixo preconiza que:
A importância do ensino de uma língua estrangeira [...] em nossas escolas é clara:
podemos auxiliar a construção de uma sociedade futura livre de preconceitos e
estereótipos” favorecendo aos alunos à liberdade de falsos nacionalismos que,
atualmente, estão cada vez mais marcados (VILLANI, 2013, p. 14).
Médio. Para tanto, traçou-se como objetivo geral mostrar de que forma o ensino da gramática
nas aulas de Espanhol para os alunos do Ensino Médio auxilia na aprendizagem significativa
para os estudantes. Já como objetivos específicos traçou- se três: entender como o ensino de
gramática da língua espanhola contribui para uma aprendizagem significativa dos alunos
ingressantes no Ensino Médio para que esses atuem de forma ativa; propor metodologias para
que o professor possa desenvolver uma aula mais atrativas aos discentes, os quais se sintam mais
interessados pela aprendizagem da língua espanhola e apontar indicativos da BNCC que
ofereçam alternativas didático-pedagógicas para o ensino de Espanhol no Ensino Médio das
escolas públicas a fim de contribuir com uma aprendizagem significativa dos alunos.
Com base nisso, formulou-se as seguintes hipóteses: os alunos possuem dificuldades em
aprender a gramática da língua espanhola por conta da metodologia utilizada em sala de aula e a
oferta da língua espanhola de maneira facultativa no Ensino Médio abre brechas para o não
interesse do aluno para com o aprendizado do idioma.
Esta pesquisa é de caráter bibliográfico baseando-se em sites específicos sobre o ensino
de língua espanhola, livros, revistas e outros suportes e será feita com o enfoque qualitativo,
pois inclui levantamento de dados por meio de análise de material bibliográfico como livros,
revistas, internet etc. para que esta tenha sustentação teórico-metodológica e suas
particularidades gerem insights profundos.
Para uma análise mais sustentada consultou-se teóricos como Batistella (2019), Martín
Sánchez (2010), Moran (2019) e Pedreiro (2013), que são autores que abordam diretamente o
assunto em questão, levando em consideração o ensino aprendizagem, o ensino da gramática e
as novas metodologias ativas para o ensino de espanhol em sala de aula.
Com o ensino de Espanhol tendo como foco os alunos da 1ª série do Ensino Médio, as
hipóteses foram postas em contrapontos umas com as outras com base no referencial teórico,
com a utilização do acesso aos trabalhos encontrados na literatura, algumas hipóteses foram
confirmadas e que serão demonstradas ao longo deste artigo.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
9
De acordo com Batistella (2019), o Espanhol é uma língua poderosa. Sabe- se que é
uma língua falada por mais de 420 milhões de pessoas, é a segunda língua mais seguida no
mundo ocidental e tornou-se uma língua oficial em mais de 21 países e/ou regiões. Para
entender a importância do Espanhol no currículo escolar, deve-se observar suas origens.
Segundo Lobo (2020), o Espanhol (español) é uma língua românica do grupo românico
ibérico, que evoluiu de vários dialetos latinos falados no centro-norte da Península Ibérica por
volta do século IX. Durante a Idade Média, espalhou-se gradualmente à medida que o Reino de
Castela (no norte da Espanha) se expandiu para o centro e o sul da Península Ibérica.
Werner (2009) assevera que a língua também é conhecida como Castelhano e se originou
no Reino Medieval do Castilho e se estendeu pela região dos cristãos sobre os muçulmanos na
península, encerrando-se em 1932 e se tornando língua oficial em 22 países, como Argentina,
Uruguai, Peru, Costa Rica, Cuba, Guiné Equatorial, cidades celtas e outras.
Silva (2013) comenta que em meados do século XIII, o domínio de Castela foi imposto
aos demais territórios da região que hoje formam a Espanha, e como resultado dessa liderança
houve também uma expansão da língua castelhana, língua fortemente influenciada pelo
latim. Mais tarde, o castelhano começou a ser usado como língua oficial do novo país em 1492,
os reinos que compõem a atual Espanha foram unificados.
Conforme Lobo (2020), a transição do espanhol medieval para o moderno foi
marcada pelas consoantes cambiantes e ensurdecedoras da língua antiga, que começa no
século XV. No início de sua história, o vocabulário espanhol foi enriquecido pelos
contatos com o basco e o árabe, e a língua continuou adotando palavras emprestadas de
várias outras línguas, bem como o desenvolvimento de novas palavras. Com a expansão
do Império Espanhol dos séculos XV ao XIX, o espanhol foi trazido principalmente para as
Américas, bem como para a África e Ásia-Pacífico, tornando-se a linguagem mais importante
para o governo e negócios. Nas Américas, descendentes de hispânicos, hispânicos-crioulos e
mestiços continuaram a usar o idioma e o estenderam a toda a população para fortalecer a
1
unidade nacional após as guerras revolucionárias do século XIX que libertaram essas
colônias.
Embora o espanhol seja falado em várias regiões relativamente distantes, as regras de
ortografia e gramática garantem a integridade do idioma. É responsabilidade das várias
academias espanholas ao redor do mundo manter essa unidade. A Real Academia Espanhola
foi criada em 1713, estabeleceu os critérios para a aprovação de novas palavras e a inclusão do
vocabulário no âmbito internacional, além disso, suas principais tarefas eram “velar por que
los cambios que experimente la Lengua Española en su constante adaptación a las
necesidades de sus hablantes no quiebren la esencial unidad que mantiene en todo el
ámbito hispânico” (REAL ACADEMIA ESPAÑOLA, 2013).
Dessa forma, Silva (2013) menciona que o Espanhol é usado como segunda língua em
países como Itália, Portugal, França e Brasil por motivos muito importantes e também porque
essas línguas são derivadas do latim, até por proximidade geográfica e até por motivos
econômicos e comerciais. No entanto, como muitos lugares são falantes nativos de espanhol,
há diferenças sutis no que é dito em um lugar em comparação com outro, especialmente quando
se trata do léxico.
A partir desse período de transição, na atualidade, aprender um segundo
idioma é essencial para quem deseja ingressar no mercado de trabalho, e dominar outro idioma
significa crescer e se desenvolver com as rápidas mudanças das novas tecnologias,
principalmente do século de melhores condições.
Então, Silva (2013) discursa que é sábio entender que o aprendizado de outra pessoa
sobre os idiomas oferece não apenas benefícios profissionais, como melhores vagas de
emprego ou entrada mais rápida no mercado de trabalho, mas também intelectuais e
econômicas.
O método do Espanhol no processo de ensino e aprendizagem é um dado importante da
expansão dos mercados e acordos políticos. As mudanças ampliadas no ensino desta língua são
o resultado de conceitos políticos e históricos atuais. Os princípios orientadores do Mercado
Comum do Sul (MERCOSUL) provaram o terreno comum e os pontos básicos, e considera a
educação como o processo e o ponto de necessidade e manutenção dos objetivos do tratado.
Lovisi de Abreu (2016) relata que um de seus objetivos é fazer coesão e harmonia entre
países relacionados. Este processo tende a ser o projeto com maior
1
Segundo Schulz (2012), no Ensino Médio, percebe-se que uma das dificuldades mais
comuns é a falta de interação, diálogo e interpretação na língua- alvo, bem como a aplicação de
conteúdos extracurriculares. Normalmente, os cursos são instrumentais, apoiados por métodos
de tradução gramatical, e os professores trabalham com um grupo muito grande, que não
consegue atender às necessidades de todos.
No que concerne a isso, compreende-se atualmente que muitos professores não se
adequaram a realidade do aluno e a dele próprio, em que têm a possibilidade de oferecer uma
aula mais participativa e dinâmica, com base em metodologias atuais e o uso da tecnologia,
por meio de aplicativos que ensinam língua espanhola.
De acordo com a autora, foi perceptível que os métodos tradicionais de ensino não
correspondiam mais à realidade do aluno. A compreensão leitora passa a ser um elemento de
risco se não houver um incentivo da leitura aliado aos pressupostos teóricos relacionados às
exterioridades cognitivas, sendo que deve ser levado em consideração o conhecimento prévio do
aluno para que ele possa ter sua própria ideia do meio que o cerca.
Gutierrez (2004) argumenta que as novas tendências neste segmento e a necessidade de
preparação de professores, adaptando cada vez mais o conteúdo e sua prática às ferramentas
disponíveis, levam a uma ampla e nova reflexão. Também se considera a necessidade de um
conhecimento adequado de forma a permitir que os professores compreendam essas diferentes
opções e suas implicações.
Dessa forma, as novas tendências no ensino da língua espanhola não são apenas sobre as
habilidades de aprendizagem dos alunos, mas também sobre aprender a se comunicar e ser
capaz de se comunicar efetivamente em todos os domínios. O ensino de línguas no Ensino
Médio é complexo porque os professores não podem fornecer apenas as informações
necessárias sobre a língua ou suas
1
Não há dúvida de que o ensino eficaz aumenta a compreensão dos alunos e os ajuda
a entender melhor como as coisas funcionam. Ensinar de forma eficaz significa garantir que o
professor ajude os alunos a pensar de forma crítica e criativa. Além disso, ele deve tentar
despertar o interesse e o entusiasmo deles.
Sendo assim, Eres Fernández (2010) corrobora que a aprendizagem por recepção tem por
objetivos levar os estudantes a ler textos literários da Língua Estrangeira, fazer traduções diretas
e inversas, memorizar regras e apropriar-se do vocabulário. Neste método, os erros não se
toleram e a avaliação, por meio de provas, trata de medir a quantidade de conteúdos aprendidos.
De acordo com Aebersold e Field (1997), a capacidade de compreensão de texto escrito
depende de vários fatores, dentre os quais, pode-se citar: reconhecimento de códigos escritos,
capacidade de decodificar rapidamente palavras, capacidade de memória de trabalho (MT),
conhecimento prévio, uso das características do próprio texto, a geração de inferências, a
análise de novas palavras, a identificação das funções gramaticais das palavras, a busca pelo
significado do texto, a conservação do objetivo e o ajuste da estratégia de abordagem do
texto, a identificação e distinção da ideia principal e a ideia secundária, e a compreensão das
partes que compõem o texto e o uso do contexto para construir significado e compreensão e
manter no texto mesmo que a compreensão não seja bem-sucedida.
O que os autores asseveram é que há diversos fatores para a compreensão de um
texto. A primeira é a capacidade de leitura. O que se lê depende do próprio conhecimento e
vocabulário. O segundo é o nível de educação. Pode-se entender o texto escrito mais facilmente
se souber seu significado e contexto. O terceiro é o tipo de material de leitura que se está lendo.
O texto escrito em um idioma, no caso o Espanhol, se a pessoa não conhece pode ser difícil de
entender.
Atualmente, segundo Martín Sánchez (2010), o professor de gramática espanhola precisa
dominar técnicas e ter habilidades didáticas. É de suma importância que o professor escolha
um método apropriado para o ensino de língua espanhola, sendo que a metodologia escolhida
terá importante influencia substancial no resultado do processo educativo.
Os professores de línguas devem sempre melhorar aprendendo uma nova língua, seja
línguas modernas, literatura, teatro, etc. Portanto, para os professores, essa habilidade é
necessária para compensar a falta de vocabulário e conhecimento
1
realidade e desenvolver todo o potencial dos alunos, diferentes tipos de inteligência, habilidades
e atitudes.
De acordo com Faustino e Candia (2010), o uso de diferentes tecnologias contribuiu
muito para o enriquecimento dos métodos, recursos e atividades de ensino de espanhol, que
fornecem subsídios que o ensino tradicional não pode fornecer, como a busca pelo
conhecimento pessoal para garantir a sustentabilidade e a diversidade de meios, pois novos
produtos de software surgem a cada dia, e novas formas de utilização de determinadas
tecnologias podem estimular e aumentar a criatividade, favorecendo o desenvolvimento
pessoal de cada aluno.
Nesse sentido, cabe entender que é uma dura realidade atual, em que a maioria dos
professores ainda não se deram conta de que, usar a tecnologia ao seu favor seria o caminho
para uma aula mais dinâmica, resultando assim, em um aprendizado do idioma Espanhol mais
eficiente e globalizado.
Em uma pesquisa realizada por Faustino e Candia (2010), com 10 professores, apenas
um respondeu que não usava com frequência a tecnologia em sala de aula, sobre o argumento de
que o que era fundamental no ensino aprendizagem era a figura do professor, que representa
muito mais do que a tecnologia. No entanto, admitiu que fazia uso “eventualmente” de qualquer
outro tipo de tecnologia.
Partindo deste ponto, observa-se que ainda há professores que relutam no uso da
tecnologia em sala de aula para o ensino de um idioma, colocando sua imagem como sendo
mais importante do que o processo de ensino aprendizagem do aluno.
De acordo com Faustino e Candia (2010), o uso da tecnologia, principalmente da
Internet, está ajudando cada vez mais a motivar os alunos. Usando a Internet, materiais atuais
em espanhol, como jornais e vídeos, estão disponíveis. Os alunos podem encontrar todos os
tipos de arquivos ou documentos do mundo em minutos, podem encontrar artigos de revistas,
noticiários, resenhas de livros e resenhas de filmes, e também podem usá-la para publicar seus
próprios textos e materiais para compartilhar com colegas e ao público esses materiais.
Isso era possível há alguns anos e se tornou uma realidade ainda maior nos dias atuais.
De fato, a Internet ajuda bastante os alunos em suas pesquisas e até mesmo tradutores são
usados para facilitar o entendimento do discente e fazer com que sua compreensão da língua
seja a mais natural possível.
2
Não só o uso da Internet em sala de aula pode propiciar um bom ensino da língua
espanhola, mas, também, em algumas escolas, principalmente nos particulares, já é possível
ver atividades com Realidade Aumentada (RA), que permite ao usuário uma interação mais
real do mundo, tornando a ferramenta mais inovadora, atraente e motivadora. Krewer et al.
(2020) corroboram que o real não é substituído pelo virtual, mas complementado pela
informação virtual. Nenhum dos suportes perde seu valor, pois o real é preservado enquanto o
virtual agrega informações. Nessa mesma perspectiva, Ortiz (2012) ajuda a entender que:
Mediante esta tecnología se pueden complementar escenas del mundo real con
información digital en forma de texto, imagen, audio, vídeo y modelos 3D. Estos
“aumentos” pueden ayudar a mejorar la percepción del individuo y permitirle un
mayor grado de conocimiento de la realidad. (ORTIZ, 2012, p.176)
O fato de o conteúdo ser apresentado por meio de ferramentas como imagens, vídeos,
animações, etc. de uma forma aumentada da realidade faz dele uma ferramenta diferenciadora
que pode mudar completamente a compreensão de determinada informação.
Sendo assim, é notório que é necessário que o professor use e abuse de ferramentas
tecnológicas e promova um ensino mais adequado para os alunos dessa geração, que já
nascem em meio a tecnologia. Também é preciso que o discente saiba usar estas ferramentas
para que ela não se torne uma vilã dentro da sala de aula nas horas da aprendizagem de
Espanhol.
Nesse contexto, conforme precariza Santos (2020), com a integração das tecnologias
digitais para o ensino do Espanhol nos espaços escolares, abre-se possibilidades de
conhecimento do mundo para além da sala de aula. O que proporciona aporte e imersão natural
na língua e cultura dos países "espanhóis", criando ensejos e desenvolvendo habilidades de
leitura, interpretação, escrita, escuta e escrita.
O capítulo a seguir mostra alguns métodos de ensino que podem favorecer no
ensino de gramática da língua espanhola para alunos ingressantes no Ensino
2
Os métodos de ensino de línguas estrangeiras, Almeida Filho (2001, p. 19) corrobora que
“os professores de línguas precisam, entre outras coisas, produzir o seu ensino e buscar
explicar por que procedem das maneiras como o fazem”. Acerca disso, apresenta-se aqui, alguns
modelos de metodologia que são utilizadas atualmente no ensino de língua espanhola para
favorecer uma aprendizagem significativa para os estudantes que estão ingressando no Ensino
Médio.
Leffa (1988) relata sobre o Método Tradicional de Gramática e Tradução, sendo um
dos métodos mais utilizados no ensino da língua espanhola e que tem mais críticas atualmente.
Há três passos a serem seguidos neste método; (a) memorizar palavras a partir de uma lista,
(b) conhecer regras básicas para a junção dessas palavras em frases, e (c) exercícios de tradução
e tema.
Mesmo este método sendo antigo e não eficiente, foi necessário colocá-lo para
informação acerca do tópico que abrange diversas metodologias de ensino e aprendizagem da
língua espanhola. Esse método ainda é bastante utilizado em algumas escolas públicas
brasileiras. Além disso, esta prática era bastante utilizada para ensinar a gramática do Espanhol
aos alunos.
Sendo assim, segundo Jalil e Procailo (2009), um outro propósito dessa abordagem era
transferir conhecimento sobre a linguagem, e a gramática que assumia um papel normativo e
era um dos focos centrais da sala de aula. Para que os alunos compreendessem as regras
gramaticais, amplamente, a memorização ocorria na forma de exercícios estruturalistas
alternativos e/ou repetitivos. Essas estruturas funcionavam de forma dedutiva, onde o
professor interpretava as regras e o aluno aplicava-as por meio de exercícios gramaticais
tradicionais.
O Método de Base Estrutural é defendido por Souza et al. (2009), que corroboram
que o objetivo desta metodologia é a competência gramatical e o desenvolvimento de entender
auditivamente as frases e expressão oral, em que o aluno fica apto a escutar e falar a língua e
depois, ler e escrever. Ou seja, este método foca na compreensão do texto a partir do contextual.
2
É necessário que os alunos devam ser capazes de se comunicar e ouvir, escrever e ler e
aprender gramática por meio de situações comunicativas. Aqui, o professor não é considerado o
protagonista da aula, ele é apenas o guia; o educando deve ser o protagonista.
Para Cabo (2010), a ênfase nos componentes comunicativo e funcional, da linguagem
demarca claramente a abordagem estrutural e caracteriza efetivamente o surgimento de uma
nova abordagem - a abordagem nocio-funcional; em outras palavras, a reflexão sobre a
linguagem torna-se o fator mais decisivo nas mudanças metodológicas, assim começando a
delinear os princípios da metodologia comunicativa.
Antes de chegar ao próximo método, é importante salientar que o método Nócio-
Funcional surge devido às críticas sobre o Método Situacional, que segundo Sanchez (2000),
partia das necessidades dos alunos. Essas necessidades, segundo o autor, são analisadas em
termos de indigências de comunicação aluno/educando. Como resultado, a prioridade nos
critérios de seleção de alvos mudou do domínio gramatical usual para o domínio funcional. “De
acordo com a perspectiva actual, os programas nócio-funcionais constituem uma espécie de
ponte entre a metodologia de base estrutural e a metodologia comunicativa.” (Cabo, 2010).
O Enfoque Comunicativo é bastante usado atualmente. Segundo Pedreiro (2013), este
método surgiu nos anos 70 na Europa. Mesmo não sendo um método atual, com a necessidade
de se estudar o discurso, os linguistas buscaram um modo de ensinar voltado para a
comunicação, ajudando de forma considerável no desenvolvimento do aprendiz.
Cabo (2010) dispõe que o ensino da comunicação recolhe alguns princípios do
audiovisual/situacional e do audiovisual (usando a linguagem na vida cotidiana, a fala tem
precedência sobre a escrita) e assenta em dois princípios básicos, a saber: Na sala de aula, está
mais relacionado ao uso da língua do que ao conhecimento dela, ou seja, o objetivo principal é
que o aprendiz desenvolva habilidades interpretativas (leitura e escuta) e expressivas (fala e
escrita) no alvo, e na linguagem de uso na prática para aprender de forma mais eficaz. Esses
princípios são complementados pelo fato do aluno estar no centro do aprendizado, das suas
necessidades, levando em consideração suas expectativas, diferenças e a experiência de
aprender outra língua é fundamental para o processo de aprendizagem.
2
mais integrada e dinâmica dos conteúdos semânticos (conceitos, funções) está sempre inscrita
no jogo das atividades discursivas. Isso não significa que a perspectiva "atômica" dos
conceitos de enumeração tenha desaparecido, mas abriu as portas para propostas inovadoras
que visam fazer as pessoas refletirem e analisarem sobre a classificação em vez de acumular.
Dessa forma, o professor se torna o facilitador/mediador das interações em sala de aula
e pode focar sua autonomia na prática do aluno, buscando sempre revisar seus atos dentro da
sala no que diz respeito às atividades inseridas. Além destas, outras metodologias foram
desenvolvidas para o uso do ensino de língua espanhola, o qual será apresentada a seguir.
A partir de então, surge a Metodologia Por Tarefas, que de acordo com Souza et al.
(2009), no ensino de Espanhol, os exercícios que os alunos realizam podem ser
conceituados como uma tarefa para que eles compreendam e se comuniquem na língua-alvo.
Esta tarefa é projetada para facilitar o aprendizado do Espanhol, desde exercícios simples até
atividades complexas. Aqui, a aprendizagem dos alunos é considerada contínua, levando em
consideração seus conhecimentos prévios somados aos novos conhecimentos que serão
apresentados a eles.
Conforme Cabo (2010) enfatiza, o trabalho de tarefa ou projeto inclui a realização de
ações concretas significativas para os alunos, que precisam abordar as seguintes situações de
comunicação que requer a aprendizagem de certos elementos sociolinguísticos. As principais
características deste método são as complexidades de se comunicar de forma global, focando no
processo, lidando com todos os seus elementos de forma interligada, assim como na vida real.
Ao programar, o professor organiza a tarefa final e com base nisso prepara as tarefas
intermediárias, objetivos, conteúdos, métodos e a própria avaliação.
Outro método bastante conhecido entre o ensino de língua espanhola é o Método
Audiolingual, facilita o desenvolvimento de habilidades da fala. Aqui, as estruturas e os
neologismos são apresentados através de um diálogo artificial, destinado a proporcionar aos
alunos uma visualização do possível contexto em que a estrutura é utilizada.
No que tange a isso, Larsen-Freeman (2000) acredita que os padrões estruturais de
aprendizagem de uma língua ocorrem por meio de condicionamentos ou formação de hábitos,
ou seja, quanto mais repetições, melhor o aprendizado. O desenvolvimento das habilidades de
fala é priorizado para seguir a "ordem natural"
2
ensino de linguagem estrangeira, e para poder usá-la em suas relações comerciais, políticas,
acadêmicas e investigativas, etc.
Como verbaliza Aguilar (2016), a Abordagem Sugestopédica baseia-se no desejo do
aluno de aprender, com base na estimulação rápida e fácil, organizada de tal forma que as
funções conscientes e inconscientes, os aspectos lógicos e emocionais da aprendizagem e a
ativação das reservas de personalidade do aluno existam sob a orientação do professor.
A ideia da terapia de sugestão é aconselhar alguém ou ensiná-lo o que se quer e ajudá-
lo. É como um processo hipnótico. É uma forma de aprender apresentando ideias às pessoas. A
terapia de sugestão é um novo método de aprendizagem que incentiva os alunos a terem ideias
em vez de ouvir o professor.
De acordo com Taffarel (2018), uma outra abordagem usada em sala de aula para o
ensino de língua espanhola é o Método de Curran, que consiste em usar procedimentos de
terapia de grupo no ensino de idiomas. Os alunos ficam em círculo, cara a cara, enquanto o
professor caminha do lado de fora. Quando alguém quer dizer alguma coisa, o professor se
aproxima e traduz a frase do aluno em voz baixa para a língua espanhola, neste caso. Os alunos
usam um gravador para repetir a frase traduzida pelo professor em voz alta. Com o tempo, os
alunos começam a fazer frases diretamente na segunda língua e podem desempenhar o papel
do docente fora do círculo.
Outra característica dessa abordagem é o uso de línguas nativas em sala de aula. Em
uma sala de aula típica, a informação vem primeiro na língua nativa e depois na língua
estrangeira. O aluno entende o significado da língua estrangeira a partir das frases que produz
em sua língua nativa. Ele começa a construir uma linguagem a partir dessas informações.
Taffarel (2018) apresenta também o Método de Asher, que consiste na inclusão do
ensino de uma segunda língua por meio de comandos emitidos pelo professor e executados pelo
aluno. No início, esses comandos são simples (por exemplo: "levantar", "senta"), mas à medida
que a aula avança, eles se tornam mais complexos (por exemplo: "Carlos, vá até o quadro-negro
e desenhe uma mão com cadeiras, de giz amarelo, uma mesa, de giz branco e armários, de giz
vermelho”). A premissa básica do método é que as pessoas aprendam melhor uma língua
depois de ouvi-la e compreendê-la. Portanto, a prática da fala do aluno começa apenas quando
ele está interessado em falar.
2
escrever não é apenas uma decodificação das palavras, é necessário diferenciar os tipos de textos
escritos de forma a possibilitar um entendimento do que o autor quis dizer”.
Ainda segundo os autores acima, durante anos a gramática de LE ensinou a memorizar e
a classificar gramaticalmente, no entanto, ao longo do século XX o ensino gramatical evoluiu,
principalmente no campo da Análise do Discurso e da Linguística Textual, passando assim, a
gramática a ser concebida nos campos sociais, culturais e histórico, com finalidades
comunicativas.
Desse modo, o ensino da gramática da Língua Espanhola por meio de textos
paradidáticos é importante para o aluno em sala de aula quanto no seu dia a dia. Assim sendo, o
uso da gramática contextualizada na 1ª série do Ensino Médio pode promover a habilidade e
aprimorar o conhecimento de língua espanhola, além de trabalhar a interpretação textual e
interagir com outros discentes, usando o pensamento criativo, de acordo com as instruções do
professor em sala de aula (SOUZA & CONCEIÇÃO, 2015).
Destarte, Taffarel (2018) sentencia que, surpreendentemente, o desenvolvimento de
novos métodos de ensino de línguas estrangeiras não significa o fim dos problemas e
obstáculos associados ao processo de ensino/aprendizagem. Inspirados por essa constatação e
pela consequente insatisfação com o próprio conceito de método, alguns autores e pesquisadores
passaram a defender a impossibilidade de um método perfeito.
Souza, Fortes e Oleques (2009) complementam: O Espanhol, assim como outras línguas,
foi ensinado de diversas formas ao longo dos anos, pois cada época tem suas peculiaridades e
necessidades. Portanto, os professores de espanhol têm acesso a uma variedade de métodos e
recursos, desde gramática até métodos comportamentais comunicativos, e de lousas a
computadores. Desta forma, os professores de espanhol devem ter sucesso no processo de
ensino de várias maneiras.
É necessário que o professor, caso queira adotar uma metodologia eclética, precisa estar
atento às necessidades e realidade que cerca os educandos, principalmente quanto aos seus
objetivos durante a realização das atividades, levando em consideração o contexto do ensino
e aprendizagem.
O capítulo que segue, faz uma abordagem a respeito da BNCC e como essa pode ser
usada para favorecer o ensino significativo da língua espanhola no ensino
3
médio, principalmente na 1ª série, haja vista que muitos estudantes apresentam muitas
dificuldades advindas do ensino fundamental, além de apontar o vazio deixado com a não
obrigação da língua espanhola nesse nível escolar.
No que tange ao ensino de Espanhol no Ensino Médio, em 2005 foi sancionada a Lei nº
11.116, que implementava a língua em todas as escolas brasileiras até 2010 de âmbito
obrigatório. No entanto, com mudanças significativas a nível nacional, a língua espanhola foi
precarizada e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) deixou de prever o ensino de
Espanhol como obrigatório (SILVEIRA, 2020).
De acordo com Silva e Tramallino (2020), o fato que está acontecendo atualmente no
Brasil, e a proposta e aprovação de uma lei restringindo o ensino da língua espanhola, quebra e
promove culturalmente a ligação histórica do conhecimento aos países que nos rodeiam.
Deixa um rastro de desemprego, falta de prestígio, desvalorização dos profissionais que há
anos se preparam para ingressar nas instituições de ensino superior, onde investiram seus
sonhos, tempo, dinheiro e trabalho, agora se encontram desvalorizados diante de um mercado
que sucumbe às políticas públicas verticalizadas, promovendo o que é conveniente para poucos.
Em 2005, quando a lei tinha sido sancionada, os motivos eram fronteiriços, com países
próximos que falavam a língua espanhola e que mantinham relações internacionais promovidas
pelo MERCOSUL. Isso levou o governo brasileiro a introduzir o idioma espanhol como oferta
obrigatória nas escolas por meio da Lei nº 11.161, de 5 agosto de 2005, a qual assegurava que:
No entanto, esta lei foi revogada em 2017. Comparando a referida lei com a lei
promulgada posteriormente na Argentina, Arnoux (2015) observou que existem graves
incompatibilidades. Segundo ela, diferentemente do Brasil, que já tornou obrigatório o ensino
do espanhol por meio da Lei nº 11.1612/05, a Argentina só ratificou uma lei semelhante quatro
anos depois, para ensinar português como língua
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Da forma como é tratada, a BNCC apenas cita a língua espanhola como um idioma
estrangeiro que pode ser ofertado de maneira optativa, no entanto, não concebe as habilidades e
competências básicas para a utilização de disciplina nos currículos, subconscientemente,
abandonaram o espanhol do currículo escolar brasileiro.
Além disto, destaca-se a alteração na Lei nº 9.394/1996 e a revogação da Lei nº
11.161/2005, que mencionava sobre a disponibilidade do ensino de língua espanhola sendo
obrigatória no Ensino Médio (BRASIL, 2018). Segundo Lopes e Gregolin (2021), no que diz
respeito à área de atuação profissional e acadêmica –
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Ensino de Línguas Estrangeiras (LEs) – a Lei nº 13.415/17, tem levado à ruptura da formação
do aluno com as visões multilíngues ainda tímidas, mas existentes. Assim, já foi possível
ensinar e aprender uma língua estrangeira moderna, escolher entre as comunidades escolares
impostas dentro de um limite: o inglês é considerado uma língua franca por causa de seu papel
social e político no mundo, de acordo com a BNCC.
Esse retrocesso exclui grandes profissionais de língua estrangeira, como a do Espanhol,
que leva a refletir sobre este contexto educacional, que conduz ao silenciamento e a
invisibilização no que concerne à formação discursiva destes profissionais.
Diante de tudo isso, Silva e Tramallino (2020) comentam que a questão sobre os
idiomas a serem reconhecidos neste documento não é exatamente um argumento em defesa de
um idioma ou outro, mas em que se encontra a base legal para o ensino do espanhol no
sistema educacional e nas escolas brasileiras. Historicamente, isso está tão intimamente
relacionado ao idioma que falam que geograficamente se estão cercados por países cuja língua
oficial é o Espanhol, com os quais compartilha-se laços históricos, culturais, educacionais e
comerciais.
Nessa perspectiva, questiona-se se poderia o currículo diversificado inserir o Espanhol
na rede de ensino em Estados que fazem fronteiras com países hispânicos, e se fosse possível,
se esses Estados, municípios ou sistemas de ensino podem incluir o Espanhol em suas matrizes
curriculares, porque os documentos mais recentes que orientam o desenvolvimento deste
documento têm pouca ou nenhuma referência a esse idioma, muito menos às habilidades e
competências que os alunos esperam aprender.
De fato, cada Estado tem sua realidade e suas peculiaridades e que devem analisar a
oferta do ensino de Espanhol para os alunos do Ensino Médio, sendo necessário ou não. No que
tange a esse questionamento, os principais acontecimentos nos arquivos jurídicos do sistema
de articulação das possibilidades de ensino e aprendizagem do espanhol ainda repercutem, e
outros estão em andamento.
Carvalho (2019) destaca a “Oferta de Língua Espanhola nas escolas estaduais será
mantida”, que ocorreu em Sergipe com o Movimento Fica Espanhol e a continuidade da oferta
do ensino do idioma nas escolas da rede estadual de ensino.
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Ainda de acordo com a autora, na Paraíba, em 2018, houve uma matéria publicada abordando
sobre a publicação da Lei n° 11.191 no Diário Oficial do Estado (DOE), que previa a oferta do
ensino de Espanhol nas escolas públicas do Estado. Em Rondônia foi sancionada a Lei N°
4.394, em 3 de outubro de 2018, que determinava no artigo 1º, que “A oferta da disciplina de
Língua Espanhola fica introduzida obrigatoriamente no currículo do ensino médio da rede
estadual de ensino do Estado de Rondônia, ao lado da Língua Inglesa”.
Em uma reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou recentemente, em
Brasília, a proposta de ofertarem obrigatoriamente na grade do Ensino Médio o ensino da língua
espanhola, todavia este texto ainda não está presente na Lei de Diretrizes e Base da Educação
Nacional – LDB. A proposta provoca divergências e deixa em caráter optativo a oferta do
idioma para o Ensino Fundamental. Para a BNCC, O ensino do espanhol será em caráter
optativo, a depender da realidade da escola. No que se refere à qualidade do ensino, a proposta
tem como objetivo garantir aos estudantes um preparo melhor para o ENEM (CÂMARA DOS
DEPUTADOS, 2021).
Tem a opção do inglês ou do espanhol e 63% deles fazem a opção pelo espanhol
achando que o ‘portunhol’ vai facilitar na prova, e não vai, porque tem uma
diferença profunda. O substitutivo incluirá obrigatoriamente tanto o estudo da língua
inglesa quanto da língua espanhola, e poderá haver a oferta de outras línguas, em
caráter optativo (Agência Câmara de Notícias, 2021)
Essa é uma grande vitória, tanto para a língua espanhola quanto para outras línguas.
Entretanto, a proposta ainda segue em análise pelo plenário para receberem um parecer
favorável, para que se possa estabelecer parâmetros curriculares da educação básica e suas
diretrizes com introdução do estudo da Constituição Federal. Porém, há um caminho muito
grande a ser percorrido tendo em vista que mesmo antes em que havia a Lei nº 11.161 de 2005
muitas escolas não a cumpriam e ofertavam outras línguas em vez do espanhol o que bloqueia o
aprendizado efetivo por parte do alunado, uma vez que para se aprender uma língua estrangeira,
como é o caso do espanhol, necessita-se de no mínimo dois anos.
Esses eventos redefinem o conflito do processo de textualização dos eventos discursivos
através do discurso da educação política da Lei nº 11.161/2005 e seu impacto negativo no
ensino de espanhol como língua estrangeira. Sendo assim, Carvalho (2019) critica a
historicidade, formulando intenções discursivas,
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3 METODOLOGIA
significado mais enfático e prazeroso ao aluno e que este possa se identificar com a língua e
assim, aprender uma L2, com o intuito de conhecer novas culturas.
Espera-se que este trabalho possa ajudar os profissionais do ensino de espanhol a
formularem novos conhecimentos e novas metodologias, mais atrativas para os alunos, com o
uso da tecnologia, envolvendo assim, o mundo digital, em meio às redes sociais, o que ajudará
bastante para o desenvolvimento e aprendizado do discente.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como foi possível observar nesta pesquisa, infere-se que muitos professores perderam
oportunidades de estar em sala de aula por conta da revogação da Lei do Espanhol, o que gerou
resultados negativos na educação brasileira e ocasionou a criação de movimentos em prol do
ensino de espanhol continuar a ser obrigatória na grade curricular dos discentes do Ensino
Médio. Também, foi possível perceber que muitos ainda possuem uma relutância quanto ao uso
de alguns aplicativos dentro de sala de aula, o que poderia ajudar bastante no ensino
aprendizagem do aluno, que assimilaria com mais rapidez a língua em questão.
O ensino de Espanhol no Brasil tem-se mostrado muito importante para os alunos do
Ensino Médio por causa das fronteiras com países hispanos e das relações do MERCOSUL. Isso
mostra o quão importante é para o aluno dessa modalidade de ensino aprender mais sobre uma
cultura que aos poucos foi sendo extinto da rede ensino público.
Se parar para analisar, atualmente no Brasil, o ensino do espanhol é realizado de três
formas diferentes. Primeiro, os alunos recebem treinamento geral e teórico. Eles estudam
gramática espanhola, literatura espanhola e história espanhola. Nesse tipo de ensino, não há
ênfase no uso da linguagem na vida cotidiana. Segundo, os alunos formulam uma hipótese; para
resolver esse problema, ele tenta simplificar a linguagem aplicando o que aprendeu em situações
semelhantes ou transferindo a informação que obteve da L1 ou usando o raciocínio. Terceiro,
os professores aplicam automaticamente hipóteses comprovadas a várias situações. Essa
automação facilita a criação contínua de novas hipóteses, que por sua vez passam pelos três
processos descritos acima.
A retirada do ensino de Espanhol da BNCC trouxe um grande impacto na estrutura de
ensino do Brasil, levando ao desemprego de um grande número de
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idioma é de fato verdadeiro, pois, sem a obrigatoriedade do ensino do Espanhol, os alunos não
terão conhecimento de uma cultura, de novos costumes e nem saberão por onde podem
aprender o idioma.
Diante dos argumentos acima, pode-se dizer que o ensino de espanhol engloba
claramente a importante função do crescimento intelectual dos alunos e, claro, o
reconhecimento e o respeito aos valores culturais, Muitas vezes desmentido e estigmatizado.
Em vista de uma solução para o problema da pesquisa, os professores devem escolher,
com um olhar crítico, o que será realizado em sala de aula, como as metodologias citadas neste
trabalho, para que a seleção de materiais didáticos e a criação de materiais autênticos
complementem os livros desenvolvidos pela escola, para que o conhecimento contenha o ponto
de vista do manual, e atenda às necessidades dos alunos.
O uso das redes sociais para tornar o aprendizado mais atrativo para os jovens passou
a fazer parte do cotidiano dos aprendizes: interfaces virtuais, softwares, aplicativos e blogs
permitem a coleta de diversos dados em um único pôster online e interativo, em formato
específico, em grupos fechados e em ambiente seguro, apenas o aluno e o professor responsável
possuem acesso por senha. Com isso, o ensino do espanhol como língua estrangeira se torna um
aprendizado mais efetivo e faz com que o aluno busque mais conhecimento e interaja mais
com o mundo real, adquirindo assim, uma nova cultura, um novo saber político e crítico acerca
do meio em que vive.
Espera-se que este trabalho sirva para novas reflexões acerca do ensino de língua
espanhola e que estudantes, professores e escolas possam lutar para que o Espanhol volte a ser
ofertado de forma obrigatória no Brasil, sendo que ela aproxima as culturas e povos que são
considerados “vizinhos” na América do Sul, mantendo assim uma relação econômica efetiva
para a população e dando oportunidades para profissionais que escolheram lecionar o Espanhol.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio. Brasília, MEC, 2018.
(Documento homologado pela Portaria nº 1.570, de 21/12/2017) BRASIL. Ministério da
Educação, Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018;
SCHMIDT, E.; COHEN, J. A nova era digital: como será o futuro das pessoas, das nações
e dos negócios. Rio de Janeiro: Editora Intrínseca, 2013;