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All content following this page was uploaded by Valesca Brasil Irala on 26 August 2020.
Considerações iniciais
1
Bagé é uma cidade com aproximadamente 117.0000 habitantes, localizada na região da campanha
meridional, no sudoeste do Rio-Grande do Sul, distante 60 Km da linha de fronteira com o Uruguai.
2
O campus também oferta, desde 2009, o curso de Letras/Português e literaturas de língua portuguesa, no
turno noturno.
Nesse curso de graduação, o portunhol integra a formação de futuros professores
de espanhol e inglês por meio de sua inserção curricular, pois está incluído no programa
de um dos componentes curriculares obrigatórios ministrados já no primeiro semestre,
denominado “Fronteira e Sociedade” (4 créditos/60 horas). Na sequência, faremos uma
breve contextualização da proposta curricular do referido curso e, em seguida,
abordaremos as diferentes concepções de portunhol que se materializam através de
inúmeros discursos na academia e fora dela, ressaltando qual dessas concepções
adotamos no curso e, por último, realizaremos uma descrição metodológica da
abordagem do portunhol que fazemos no componente curricular “Fronteira e
Sociedade”.
3
Segundo o autor, o “ethos multilíngue” desejável para o curso de Letras Línguas Adicionais/Inglês,
Espanhol e respectivas literaturas deverá abarcar: sinalização e documentação nas línguas, criação de
condições por projetos de aprendizagem, intercompreensão no uso das línguas adicionais, produção
pública ampla e variada, inovação constante e docentes do curso aprendendo a “outra” língua adicional
como aprendizes modelos e pilotos.
4
Entendidas como, embora não sendo oficiais, assim se constroem no imaginário coletivo. Por exemplo,
no Uruguai, não há nenhuma legislação em que conste o espanhol como “língua oficial”; porém, nós
assim o compreendemos para aquele contexto. O mesmo ocorre com o inglês nos Estados Unidos, apenas
para citar dois exemplos.
ou menos privilegiadas, mais ou menos estudadas, mais ou menos visíveis na sociedade
em que vivemos.
Por último, não nos aprofundaremos nesta seção na discussão a respeito da
opção política, como mencionou Garcez (2013), de designarmos o curso como em/de
“Línguas Adicionais”, em detrimento de outras formas mais tradicionais; porém, essa
não é uma questão menor da proposta empreendida. O termo “línguas adicionais” foi
utilizado no contexto do Rio Grande do Sul, pela primeira vez, de forma generalizada,
no documento “Lições do Rio Grande – Referencial curricular”, lançado em 2009 pelo
governo do estado da época, a fim de nortear a concepção curricular das escolas da
educação básica estaduais5 e é o termo usado, nos dias atuais, por exemplo, pela
Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre. No ano de 2011, no IX Congresso
Brasileiro de Linguística Aplicada, apareceu pela primeira vez no nome de diversos
simpósios temáticos do evento, em substituição ao termo “línguas estrangeiras” e, a
partir daí, vem sendo cada vez mais utilizado por diversas instituições brasileiras, em
diferentes regiões, tanto em eventos como em nomes de componentes curriculares.
Consideramos que, em pouco tempo, a designação “adicionais” será utilizada no
âmbito acadêmico em geral como um vocábulo menos marcado do que o termo
“estrangeiras”, como já ocorre em vários países. Por outro lado, sabemos que ainda são
poucos os textos teóricos produzidos no Brasil que buscam abordar, de forma mais
aprofundada, os princípios gerais que norteiam e embasam essa escolha e o que ela
implica.
5
Os autores desse documento, na época, no tocante às línguas adicionais, foram os professores da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Pedro Garcez e Margarete Schlatter. O primeiro ministrou,
em 3 de julho de 2013, a primeira aula inaugural da Licenciatura em Línguas Adicionais da UNIPAMPA.
palavras das autoras, “eterno desconocido siempre rechazado que no hemos terminado
de comprender”. Nesse sentido, reconhecemos que o portunhol constitui um dos
discursos silenciados e temidos como um “fantasma” no ensino de espanhol, até os dias
atuais. Abordaremos brevemente a respeito desses desdobramentos conceituais e
anunciaremos sobre qual portunhol estamos contemplando no curso.
6
Disponível em: http://www.portunhol.art.br/wiki/Página_principal. Acesso em: 24 agosto de 2013.
Também programas televisivos e agências de publicidade lançam mão do
portunhol como um recurso para produzir um diferencial em seus personagens ou nos
comerciais de certos produtos.7 Citamos como exemplo a campanha veiculada8 na
Argentina pela empresa de telefonia celular “Personal”, em que o portunhol confere um
tom anedótico à propaganda. No vídeo, mostra-se um argentino comunicando-se em
portunhol via celular com um atendente de um hotel de uma praia brasileira. A
propaganda explora justamente a questão da proximidade entre as línguas portuguesa e
espanhola que, muitas vezes, provoca no sujeito a ilusão de que pode espontaneamente
apropriar-se da língua do outro (cf. CELADA, 2002).
7
Para mais exemplos, ver Mota (2012a).
8
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=_bWoLqJiZUE. Acesso em 24 ago 2013.
9
A esse respeito, ver também Mota (2012a; 2012b).
reconhecido como uma das línguas do país pela Lei Geral da Educação (N° 18.437) do
Uruguai, desde 2008, funciona, simbolicamente, como uma forma de manutenção da
presença do estado nacional uruguaio no imaginário social, mesmo em se tratando da
língua portuguesa. Se o texto legal trouxesse apenas a palavra “Português”, haveria uma
remissão quase que inequívoca em relação ao Brasil, normalmente visto,
historicamente, no imaginário político e coletivo uruguaio, como “uma ameaça à
soberania nacional em muitas discussões públicas nas quais a linguagem na fronteira foi
tema de pauta” (IRALA, 2012b, p. 230). Nessa lógica, pelo menos na maneira como é
denominado na atualidade, pelo aparato jurídico legal, o português falado no Uruguai
não é, ou, pelo menos, não deve(ria) ser, confundido com outras variedades de
português brasileiro, embora haja um conjunto de traços morfológicos e fonológicos
bastante coincidentes com traços presentes também em algumas variedades brasileiras,
como a elevação das vogais médias em altas, a omissão do morfema –r no uso dos
verbos no infinitivo e a omissão do morfema –s no uso do plural, quando já foi feita
essa marcação no primeiro elemento do sintagma, apenas para citar alguns exemplos.
Além dos inúmeros trabalhos científicos realizados na região da fronteira Brasil-
Uruguai que buscam descrever e apontar características consideradas próprias do
português falado em território uruguaio, informalmente a população fronteiriça utiliza
várias denominações para se referir aos usos linguísticos da região: fronterizo, bayano,
brasilero, entreverado - entre os quais se inclui, também, a palavra portunhol (cf.
BROVETTO, 2010). Bottaro (2009, p.186) registra o termo portunhol nas declarações
coletadas em Rivera, quando os sujeitos entrevistados se referem a uma das línguas
faladas pelos moradores da cidade uruguaia – “...aqui em Rivera que falam o portunhol
ese”, “claro falo nomás o portunhol” - entre outros exemplos.
Desse modo, práticas linguísticas que podem ser identificadas como “portunhol”
por sujeitos que habitam essa área de fronteira têm sido referidas em sua totalidade em
pesquisas acadêmicas recentes como variedades que constituem o Português
“Uruguaio” ou “do Uruguai” (cf. BEHARES, 2010a).
De acordo com o que procuramos evidenciar com a retomada da distinção
proposta em Mota (2012a), ainda que o nome portunhol costume designar uma língua
constituída por elementos do português e do espanhol, essa designação remete à língua
praticada por diferentes sujeitos, em distintas situações e que não funcionam da mesma
maneira ao conformarem esses espaços. Assumimos que, em última instância, no curso
de Letras/Línguas Adicionais da UNIPAMPA é sobre esta última discussão acerca do
portunhol a qual acabamos de abordar neste texto que buscamos nos deter na formação
dos futuros docentes.
10
A saber: 1) Caracterize a situação linguística das áreas de fronteira uruguaio-brasileira e brasileiro-
uruguaias; 2) Explique o que é o “Português do Uruguai” e enumere outras denominações que tem
recebido em pesquisas científicas, bem como, informalmente; 3) Exponha o que os textos apontam sobre
o reconhecimento linguístico em leis educativas recentes do Uruguai; 4) Justifique a afirmação de que a
sociedade fronteiriça uruguaio-brasileira pode se caracterizada como “bilíngüe” e “diglósica”.
11
Vale ressaltar que a autor utiliza o termo “Português do Uruguai”. Para nosso propósito, preferimos
adotar a designação portunhol, geralmente utilizada em contextos informais e pelos próprios falantes de
“Português Uruguaio” para nomear a língua.
12
É importante mencionar que Severo considera o portunhol como sua língua materna.
Publicada em sua primeira edição13 no ano de 2010, na cidade uruguaia de
Artigas14, a obra reúne cinquenta e sete poemas escritos em portunhol. Segundo Behares
(2010b, p.10), no prólogo que faz da obra de Severo, o poeta apresenta uma interessante
tentativa de escrita do que, para esse pesquisador, até então, seria uma “variedad ágrafa
del portugués con mayor o menor influencia del español” utilizada no cotidiano de
sujeitos que residem na fronteira. Behares (2010a, 2010b) define essa variedade de
forma a situá-la como uma das línguas que caracteriza a situação linguística de
bilinguismo da região fronteiriça uruguaio-brasileira, conformada pelo espanhol e pelo
português uruguaio (chamado por Severo de portunhol). Para o trabalho com os textos
de Severo em “Fronteira e Sociedade”, adotaram-se os seguintes procedimentos, os
quais sintetizamos no quadro a seguir:
1º Leitura prévia dos prólogos escritos por Javier Etchmendi e Luis Ernesto
Behares – “Un lugar em donde el agua no toca la tierra” e
“Transliteraciones fronterizas”, respectivamente.
2º Apresentação e leitura do texto autobiográfico de Fabián Severo
publicado na sobrecapa do livro.
3º Exibição de um mapa do Uruguai, com a localização de Artigas, uma
foto da cidade e imagens das capas das publicações de Severo (2010,
2011, 2013) mais recentes.
4º Retomada dos textos dos prólogos e discussão de alguns trechos
selecionados, a partir da contribuição dos alunos.
5º Leitura coletiva dos poemas del UNO ao DISESETE.
13
A obra conta com uma segunda edição, bilíngue em portunhol e em espanhol, publicada em 2011 pela
Rumbo Editorial, de Montevidéu.
14
Artigas é uma cidade localizada no norte do Uruguai, que limita com a cidade brasileira de Quaraí
(RS). Capital do departamento homônimo, encontra-se a 600 kilómetros aproximadamente de
Montevidéu.
A retomada dos prólogos foi relevante na preparação dos alunos para o contato
com os textos em portunhol, pois além de apresentarem visões diferenciadas acerca dos
textos dos poemas - pois o primeiro prólogo os enfoca principalmente enquanto
produções literárias particulares e o segundo, enquanto textos que apresentam uma
alternativa de escrita para o portunhol (língua não gramatizada15 e sem padronização na
escrita, predominante no domínio da oralidade) - já recortava alguns trechos de poemas
do interior do livro. Nesse momento, os alunos, que estavam dispostos em um grande
círculo, puderam expor seu entendimento dos diversos aspectos destacados nos trechos
dos textos dos prólogos, retomando algumas questões discutidas em aula anteriores.
No poema, sobressai-se uma identificação com o Brasil, que passa por uma
questão de nacionalidade (“pois soy Brasileira”). Isto é, há uma disparidade na relação
estabelecida pela aluna com a cidade e a fronteira, pois o que lhe faz “sentir-se
importante” é seu reconhecimento como brasileira. O texto em portunhol traz à tona
uma questão debatida em sala de aula: a tensão identitária vivenciada por aqueles que
residem em regiões fronteiriças como a brasileiro-uruguaia, pois na fronteira, ao mesmo
tempo em que se possibilita a construção de identidades “híbridas”, há um apelo
simbólico mais constante ao sujeito para que reafirme sua identidade nacional.
(BENTANCOR, 2010; MACHADO, 2010). Para encerrar a sétima aula, após a
produção dos poemas em portunhol, os alunos compartilharam suas produções com os
demais colegas através da leitura em voz alta dos textos escritos por todos. Além disso,
tendo em vista a programação da aula posterior, pediu-se que elaborassem perguntas
acerca dos poemas em portunhol para dirigirem ao escritor na semana seguinte.
18
Vale mencionar que Fabián Severo já publicou poemas também em espanhol e que atualmente reside
em Montevidéu, onde atua como docente em escolas de ensino secundário, bem como em outros espaços
educacionais. O espanhol está majoritariamente presente nesse contexto e foi a língua mobilizada por
Fabián nas interações com os alunos e docentes com os quais dialogou na universidade. Ernesto Díaz
também reside em Montevidéu, e, durante as interações realizadas, buscou mobilizar tanto o português
como o espanhol.
sobre o impacto da obra e sua recepção pelo público leitor, sobretudo, no contexto
literário latino-americano.
Após a Roda de Conversa, realizou-se um recital (Figura 4) de poemas e canções
em portunhol aberto ao público em geral, com leituras de poemas de Fabián Severo e a
apresentação musical de Ernesto Díaz, que tocou e cantou algumas de suas músicas em
portunhol. O recital foi transmitido pelo sistema de web-conferência da universidade e
encontra-se disponível para visualização posterior19.
Esta tarde fue algo muy bueno, Fabian y Ernesto, grandes figuras, las canciones fueron una
sorpresa para mí ... No pensaba que era tan buenas sus poesias e canciones mui hermosas ! de
calidad !con letras innovadora, o portunhol, es sin duda muy interesante ..gran interpretacion!
Gracias a todos los que han proporcionado este evento fue um regalo (L.L.D, 15/08/2013, 21 h 13
min21).
19
Para acessá-lo, http://webconf.unipampa.edu.br/p44663885/
20
Para acessá-lo, https://www.facebook.com/groups/452803424805984/
21
O comentário da aluna aqui é reproduzido tal qual foi escrito por ela.
que imediatamente após concluí-las, como se pode depreender a partir do horário em
que foi postada) e, segundo, ao fazê-lo, utilizar, de forma deliberada, a língua
espanhola, uma das línguas que lhe é objeto de estudo no curso. Outros alunos também
realizaram comentários semelhantes em suas próprias páginas pessoais da rede social
ou, posteriormente, em um diário de formação semanal que lhes é solicitado no
componente curricular de “Política Linguística”. Com essa reflexão, podemos concluir
que, nesse contexto, o portunhol já não é um “fantasma”, como se supõe em muitos
cursos de formação, mas, pelo contrário, passou a ser uma grata e agradável surpresa.
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