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Resumo teórico – MÓDULO 12

Resumo teórico – MÓDULO 12

ANOTAÇÕES:
TIPOS DE CONCENTRAÇÃO DE
SOLUÇÕES
Convenções dos índices:

1 – refere-se ao soluto.
m1, por exemplo, é a massa de soluto.

2 – refere-se ao solvente.
n2, por exemplo, é a quantidade de matéria (“número
de mols”) do solvente.
Sem índice – refere-se à solução
V, por exemplo, é o volume da solução.

a. Concentração comum (C): Faz a relação entre a


quantidade de massa do soluto e o volume da solução.
Sua unidade mais comum é gramas por litro (g/L).
m1
C=
V
m1: massa de soluto em gramas
V = volume da solução em litros

Obs.: Cuidado... Densidade não é igual a concentração


comum.
A densidade trata da relação entre a massa de solução
e o volume ocupado por essa solução.

m
d=
V

m: massa de solução
V = volume da solução

b. Concentração em quantidade de matéria (M): Faz a


relação entre a quantidade de matéria do soluto
(“número de mols”) e o volume da solução. Sua
unidade é mol por litro (mol/L).

n1: quantidade de matéria de soluto (em mol)


V = volume da solução em litros

Como a quantidade de matéria (“número de mols)


pode ser calculada como
m
n=
M
onde
m: é a massa de substância
M: é a massa molar da substância,
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30% (m/V), significa que ela apresenta 30g em cada
É possível reescrever a fórmula como: 100 mL de solução (30 por cento).

A unidade de concentração é a mesma: mol/L.


Esse tipo de concentração pode ser tratado para cada
íons em solução.
Exemplo:
Uma solução 0,1 mol/L de Ca(NO3)2 teria a seguinte
concentração de íons:
[Ca2+] = 0,1 mol/L
[NO3–] = 0,2 mol/L
Isso acontece devido à dissociação do sal:
Ca(NO3)2  Ca2+ + 2 NO3–
0,1 mol/L 0,1 mol/L 2x0,1 mol/L

Sei que parece estranho, já que a soma da


concentração dos íons é maior que a concentração
inicial do sal. Mas pense nos íons livres como as partes
de um todo.
Vamos comparar com um carrinho de brinquedo. É um
único carrinho, mas pode ser quebrado em uma
carcaça e 4 pneus. Então, são 5 carrinhos ao final???
Não. São 5 partes de um só carrinho...

c. Título em massa (): Faz a relação entre a massa de


soluto e a massa da solução. Pode ser calculado pelas
expressões

ou

m1: é a massa do soluto


m2: é a massa do solvente
m: é a massa da solução (m1 + m2)
Obs1: O título é adimensional, ou seja, não apresenta
unidade e pode ser dado em porcentagem (%):

Exemplo:  = 0,2  % = 20%

Obs2: o título pode ser dado em volume

ou

Obs3: o título pode ser dado ainda em massa/volume


Exemplo: Se uma solução apresenta concentração de
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ANOTAÇÕES: RELAÇÃO ENTRE CONCENTRAÇÕES.
É possível relacionar as principais formas de
concentração para facilitar as conversões.

DILUIÇÃO
A diluição de uma solução é feita por meio da adição
de solvente à solução.
A dedução da equação é baseada no fato de toda
massa de soluto que está contida na solução inicial
(concentrada) também estará contida na solução final
(diluída).
Trabalhando essa ideia matematicamente (como
mostrado na aula – clique aqui), chegamos a duas
equações que podemos utilizar:
Ci . V i = C f . V f
quando utilizamos as concetrações em g/L
ou
Mi . Vi = Mf . Vf
quando utilizamos as concetrações em mol/L

MISTURA DE SOLUÇÕES
Pode ocorrer através da mistura de:
- Mesmo soluto
- Solutos diferentes (sem ou com reação entre eles)

Mistura de soluções de mesmo soluto

Pensando que m1A + m1B = m1C, podemos deduzir


CA . VA + CB . VB = CC . VC (em g/L)
ou
MA . VA + MB . VB = MC . VC (em mol/L)
Veja a dedução da eaqução na aula (CLIQUE AQUI)
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ANOTAÇÕES: Mistura de soluções de solutos diferentes
sem reação
Trataremos como diluições isoladas.

A única coisa das duas primeiras que será usada na


solução final (C) é a soma dos volumes. Aí, é fazer as
diluições.
Primeiramente, uma diluição da solução A para a final
(A’) e depois uma diluição da solução B para a final (B’).

Mistura de soluções de solutos diferentes


com reação entre eles
Com base no que conhecemos de soluções, vamos
determinar as quantidades de reagentes presentes.
Na sequência, vamos utilizar o cálculo estequiométrico
seguindo os 4 passos que já vimos no módulo anterior:
1. Equação balanceada da reação.
2. Leitura molar
3. Mol para grandezaz
4. Valores do problema e resolução

Acompanhe a aula e a resolução do seguinte exemplo:

(PUC - RS) Adicionou-se 100mL de solução de Hg(NO 3)2


de concentração 0,40 mol/L a 100mL de solução de
Na2S de concentração 0,20 mol/L. Sabendo-se que a
reação ocorre com formação de um sal totalmente
solúvel (NaNO3) e um sal praticamente insolúvel (HgS),
as concentrações em mol/L, de íons Na +, Hg2+
presentes na solução final são, respectivamente:
a) 0,1 mol/L e 0,2 mol/L
b) 0,2 mol/L e 0,1 mol/L
c) 0,4 mol/L e 0,2 mol/L
d) 0,4 mol/L e 0,1 mol/L
e) 0,2 mol/L e 0,4 mol/L
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ANOTAÇÕES:
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PRESSÃO DE VAPOR (Pv)

Pressão Máxima de Vapor - ou


simplesmente pressão de vapor - é a pressão
que um vapor exerce sobre seu líquido.

Sofre influência de dois fatores:

a. Temperatura

Quanto maior a temperatura de um sistema, maior energia


cinética possuem as moléculas, facilitando que as
moléculas da superfície evaporem, gerando maior número
de moléculas na fase de vapor. Assim, a pressão de vapor
será maior.

Resumidamente:

Graficamente:

Note que para qualquer uma das substâncias mostradas no


gráfico, quanto maior a temperatura, maior a pressão de
vapor daquela substância.

Observação:

A pressão de vapor e a temperatura de ebulição estão


diretamente relacionadas. Quando a pressão de vapor de
um líquido iguala-se à pressão externa (atmosférica no
caso de sistemas abertos) ocorre a ebulição do líquido.
Veja no gráfico a pressão de 1 atm (pressão ao nível do
mar). Quando cada substância tem sua pressão de vapor
igual a 1 atm, ela estará em ebulição. Quanto menor a
pressão de vapor de uma substância numa dada
temperatura, mais tempo temos que aquecê-la até que se
iguale com a externa e maior será sua temperatura de
ebulição.
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ANOTAÇÕES: b. Forças intermoleculares
Primeiro, vamos relembrar o que são as forças
intermoleculares.
As forças intermoleculares são forças que atuam entre
moléculas próximas.
São elas:
Dipolo Induzido: que ocorrem entre moléculas
apolares. São as mais fracas.
Dipolo Permanente: que ocorrem entre moléculas
polares. São mais fortes que o Dipolo Induzido.
Ligação de Hidrogênio: que ocorre em moléculas
que apresentem o Hidrogênio (H) ligado diretamente em
Flúor (F), Oxigênio (O) ou Nitrogênio (N). São as mais fortes
das forças intermoleculares.
E como a força intermolecular interfere na pressão de
vapor?
Quanto maior a força de atração intermolecular, mais
fortemente atraídas umas pelas outras estarão as
moléculas. Isso dificulta o processo de evaporação,
fazendo com que a quantidade de moléculas na fase de
vapor seja menor, levando a uma menor pressão de vapor.
Resumidamente:

Graficamente:

Dado: O CS2 é uma molécula apolar e tem atração


intermolecular por dipolo induzido. A água, por apresentar
o Hidrogênio ligado ao Oxigênio, possui atração por
Ligação de hidrogênio.

Note que numa mesma temperatura, o CS2 possui maior


pressão de vapor que a água, pois como suas moléculas se
atraem fracamente; a evaporação é fácil e haverá muitas
moléculas na fase de vapor, o que implica numa alta
pressão de vapor. Já a água, tem atração por ligação de
hidrogênio, que é mito forte. Assim, a evaporação é mais
difícil e haverá menos vapor. Logo, a pressão de vapor será
menor.
Diríamos que o CS2 é mais volátil que a água, ou seja,
evapora com mais facilidade e tem maior pressão de
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vapor. ANOTAÇÕES:
Resumo teórico – MÓDULO 13
PROPRIEDADES COLIGATIVAS físicas do sistema. Para a tonoscopia, o cálculo pode
ser feito com base na esquação:
São propriedades relacionadas ao número de
partículas dispersas num solvente quando
adicionamos à ele um soluto não volátil. Não
interessa a natureza do soluto (se é iônico ou
molecular, se é uma ácido ou uma base) e sim a
quantidade final de partículas que esse soluto vai
gerar em solução. É muito importante considerar a
dissociação/ionização das espécies em solução para
que se tenha a concentração final das partículas em
solução.

Quanto maior a concentração maior o efeito da


propriedade.
Logo, apesar de terem a mesma concentração inicial,
após a ionização do ácido e a dissociação do sal, a
solução II teria um efeito coligativo 5 vezes maior que
a I.

As propriedades ou efeitos coligativos são:

Tonoscopia: diminuição da pressão de vapor.


Ebulioscopia: aumento da temperatura de ebulição.
Crioscopia: diminuição da temperatura de
solidificação ou congelamento.
Osmometria: aumento da pressão osmótica.

TONOSCOPIA

Abaixamento da pressão de vapor do sistema devido


à adição de um soluto não volátil.
Quanto maior a concentração da solução, maior será
a queda na PV (pressão de vapor).

Nas propriedades coligativas a coisa mais importante


é que você entenda o conceito delas. Porém, existem
equações matemáticas que nos permitem calcular a
interferência dessas partículas nas propriedades
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ANOTAÇÕES:

Onde:
∆PV: variação na pressão de vapor
Ppuro: é a pressão de vapor do solvente puro
kt: é a constante tonoscópica
W: é a molalidade (que quase sempre é substituída
pela “molaridade”)
i: é o fator de correção de Van’t Hoff

Outra equação possível é

Onde X1 é a fração molar do soluto.

Fator de correção de van’t Hoff


i = 1 + .(q – 1)

i: fator de correção
: grau de dissociação/ionização
q: nº de íons gerados na dissociação/ionização

Note que, se o grau de ionização for igual a 100% ( =


1), temos que i = q.
Entenda que, considerando a ionização/dissociação
da espécie - como já foi mostrado anteriormente com
o HCl e o Fe2(SO4)3, já estamos levando em conta o
Fator de correção de Van’t Hoff.
Note a variação da pressão de vapor da água quando
comparada às duas soluções. Perceba que o efeito
coligativo foi o mesmo nas duas soluções, apesar da
concentração inicial do NaCl ser a metade da glicose.
Porém, o fator de correção do NaCl é 2 (pois ele sofre
dissociação gerando os íons Na+ e Cl–), o que faz com
que sua concentração final de partículas seja igual à
da glicose (que não sofre ionização/dissociação).

Graficamente:
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ANOTAÇÕES: EBULIOSCOPIA

Aumento da temperatura de ebulição do sistema


devido à adição de um soluto não volátil.
Quanto maior a concentração da solução, maior será
o aumento da T.E. (temperatura de ebulição).

Como já foi dito, a coisa mais importante é que você


entenda o conceito das propriedades coligativas.
Mas, existem as equações matemáticas.
Para a ebulioscopia, o cálculo pode ser feito com
base na esquação:

Onde:
∆TE: variação na temperatura de ebulição
Ke: é a constante ebuliscópica
W: é a molalidade (que quase sempre é substituída
pela “molaridade”)
i: é o fator de correção de Van’t Hoff

Graficamente:
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ANOTAÇÕES: CRIOSCOPIA

Abaixamento da temperatura de congelamento do


sistema devido à adição de um soluto não volátil.
Quanto maior a concentração da solução, maior será
o abaixamento da T.C. (temperatura de
congelamento).

Lembre-se que o mais importante é entender o


conceito das propriedades coligativas.
A equação matemática a criscopia é:

Onde:
∆TC: variação na temperatura de congelamento
Kc: é a constante crioscópica
W: é a molalidade (que quase sempre é substituída
pela “molaridade”)
i: é o fator de correção de Van’t Hoff

Graficamente:
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ANOTAÇÕES: OSMOSCOPIA

OSMOSE: Passagem do solvente, através de uma


membrana semipermeável (MSP), do meio menos
concentrado para o mais concentrado.

Pressão osmótica (π): É a pressão que deve ser


exercida sobre a solução para impedir a osmose.

A equação matemática para a osmoscopia é:

Onde:
π: é a pressão osmótica
M: é a concentração em quantidade de matéria ou
“molaridade”)
i: é o fator de correção de Van’t Hoff

Se aplicarmos uma pressão maior que a pressão


osmótica, temos a Osmose Reversa:
Pressão exercida > 

Essa técnica é aplicada na dessalinização da água do


mar.
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ANOTAÇÕES:
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RADIOATIVIDADE ANOTAÇÕES:

Radioatividade é um fenômeno relacionado


exclusivamente com o núcleo de átomos instáveis que, na
tentativa de tornarem-se estáveis, emitem radiação.

EMISSÕES RADIOATIVAS

Podem ocorrer de três formas:


a. Partículas alfa ():
São formadas por dois prótons e dois nêutrons sendo,
portanto positivas.
Representação:

Devido a sua massa, têm baixo poder de


penetração.
A emissão de uma partícula alfa por um átomo gera um
novo átomo, conforme a 1ª Lei da radioatividade (Lei da
emissão alfa) ou Lei de Soddy:
Quando um átomo emite uma partícula alfa, o novo átomo
formado tem número de massa 4 unidades menor e
número atômico 2 unidades menor.
92 U238  24 + 90Th234
b. Partículas beta ():
Resultam da desintegração de um nêutron instável:

O elétron formado é a partícula beta, que é expulsa do


núcleo.
Representação:
Devido à sua composição, a partícula
beta é negativa e tem médio poder de
penetração.
A emissão de uma partícula beta por um átomo gera um
novo átomo, conforme a 2ª Lei da radioatividade (Lei da
emissão beta) ou Lei de Soddy-Fajans-Russel:
Quando um átomo emite uma partícula beta, o novo
átomo formado tem igual número de massa e número
atômico 1 unidade maior.
83 Bi210 –10 + 84Po210
c. Ondas gama ():
São ondas eletromagnéticas de alta energia. São liberadas
quando um núcleo que emitiu alfa ou beta se reorganiza.
Representação:

Por não apresentarem massa nem carga,


têm um elevado poder de penetração.
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EQUAÇÕES DE DECAIMENTO: : é a constante de decaimento ou desintegração e é
característica de cada radioisótopo.
Demonstram a série de decaimento para que determinado
elemento se converta em outro, pela emissão de partículas
alfa e beta.

Exemplo:

92 U238  3 24 + 2 –10 + 88Ba226

Por meio destas equações é possível determinar o número


de partículas alfa e beta envolvidas numa série de
decaimento.

Exemplo:

Após algumas desintegrações sucessivas, o 90Th232, muito


encontrado na orla marítima de Guarapari (ES), se
transforma no 82Pb208. O número de partículas  e 
emitidas nessa transformação foi, respectivamente, de:
a) 6 e 4 b) 6 e 5 c) 5 e 6 d) 4 e 6 e) 3 e 3

Iniciamos pela conservação do número de massa antes e


depois do decaimento:

90 Th232  x 24 + y –10 + 82Pb208

232 = x . 4 + y . 0 + 208 24/4 = x


232 – 208 = x . 4 x = 6 partículas alfa
24 = x . 4

Em seguida, utilizamos a conservação de carga total antes


e depois do decaimento.
90 = x . 2 + y . (– 1) + 82 90 = – y + 94
90 = 6 . 2 – y + 82 y = 94 – 90
90 = 12 – y + 82 y = 4 partículas beta

Resposta: alternativa a.

TEMPO DE MEIA-VIDA (t1/2):

É o tempo necessário para que metade de uma amostra


radioativa sofra decaimento, convertendo-se em outro
elemento.

Equações:

m0 m = massa restante
m= x
m0 = massa inicial
2 x = nº de meias-vidas passadas
Obs.: a massa pode ser substituída por número de mols, número
de átomos, número de emissões.

O tempo de meia-vida pode ser determinado, também, através


da equação:

ln 2
t 1/ 2=

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ANOTAÇÕES: Para resolver problemas com tempo de meia-vida, não é
obrigatório utilizar a equação. Em muitos casos, pode-se
pensar que a quantidade de amostra radioativa vai caindo
pela metade a cada meia-vida que se passa. Pode-se
trabalhar em:
- Massa:

- Fração:

- Porcentagem:

GRAFICAMENTE:

De N0 até N0/2 passam uma meia-vida. Assim, para se


localizar no gráfico o valor da meia-vida, bastaria ver o
tempo decorrido de 0 (zero) no eixo do tempo até o valor
.

Exemplo:
O acidente do reator nuclear de Chernobyl, em 1986,
lançou para a atmosfera grande quantidade de 38Sr90
radioativo. Seu tempo de meia-vida, pode ser obtido
através do gráfico a seguir:
Resumo teórico – MÓDULO 14
ANOTAÇÕES: Supondo ser este isótopo a única contaminação radioativa
e sabendo que o local poderá ser considerado seguro
quando a quantidade de 38 Sr90 se reduzir, por
desintegração a 1/16 da quantidade inicialmente presente,
o local poderá ser habitado novamente a partir do ano de:
a. 2014 b. 2106 c. 2266 d. 2986 e. 3000

Resolução:

Como estamos trabalhando com uma fração da


radioatividade inicial (1/16), devemos iniciar do inteiro (1)
e decair até que se chegue na fração desejada:

Passaram-se 4 meias-vidas até 1/16 da radioatividade


inicial.

Através do gráfico, podemos determinar que a meia-vida


do Sr-90 é de 30 anos, pois de 10 g até 5 g, decorrem-se 30
anos.

Logo: 4 . 30 anos = 120 anos

1986 (ano do acicente) + 120 (tempo até 1/16) = 2106


Resposta: alternativa b.

REAÇÕES NUCLEARES:
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ANOTAÇÕES: FISSÃO NUCLEAR:

Representa a quebra de átomos grandes (através da


utilização de nêutrons) em átomos menores, com a
liberação de nêutrons e grande quantidade de energia.

Exemplo:

92 U235 + 0n1  56Ba141 + 36Kr92 + 3 0n1 + energia

Bomba atômica Usina Nuclear

Enriquecimento a 80% Enriquecimento a 4%

É utilizada na produção de energia nas usinas nucleares e


na fabricação de bombas atômicas.

FUSÃO NUCLEAR:

União de átomos pequenos (geralmente hidrogênio)


formando átomos maiores e liberando uma quantidade
imensa de energia.

Exemplo:

1 H2 + 1H3  2He4 + 0n1 + energia

É a reação que ocorre no sol.

Reação solar Bomba H

É utilizada apenas para a produção de bombas nucleares,


cujo poder de destruição é bem maior que as bombas de
fissão, como as usadas em Hiroshima e Nagasaki.
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ANOTAÇÕE:
Resumo teórico – MÓDULO 15
NÚMERO DE OXIDAÇÃO (NOX) ANOTAÇÕES:

Carga (real ou aparente) que surge sobre um


átomo devido à diferença de eletronegatividade entre os
átomos em uma ligação química.

RELEMBRANDO:

Fila de eletronegatividade (elementos mais comuns):

F O N Cl Br I S C P H

Ordem decrescente de eletronegatividade


Mais eletronegativo Menos eletronegativo

Alguns elementos apresentam NOX fixo e outros


variável, que terão seu NOX determinado através dos que
são fixos.

ELEMENTOS DE NOX FIXO:

Formando compostos:

- HIDROGÊNIO  NOX = + 1
Exceção:
Hidretos metálicos (Metal+Hidrogênio)
NOX = – 1  Ex.: NaH

- OXIGÊNIO  NOX = – 2
Exceções:
Peróxidos (– O – O –)
NOX = – 1  Ex.: H2O2
Fluoretos:
NOX = + 1  Ex.: O2F2
NOX = + 2  Ex.: OF2
- FAMÍLIAS:
1 (1A): NOX = + 1
2 (2A): NOX = + 2
16 (6A) (à direita no composto): NOX = – 2  Ex.: CaS
17 (7A) (à direita no composto): NOX = – 1  Ex.: KCl

- PRATA (Ag+): NOX = + 1


- ZINCO (Zn2+): NOX = + 2
- ALUMÍNIO (Al3+): NOX = + 3

Substância simples:

Toda substância simples têm NOX igual à zero.

Exemplo: Fe(s), N2(g), Ag(s), H2(g), Na(s), O2(g).

ELEMENTOS DE NOX VARIÁVEL:

Deverão ter seu NOX determinado através


daqueles que tem NOX fixo, por meio de cálculos.
Resumo teórico – MÓDULO 15
- Para moléculas neutras: a soma das cargas é igual à zero.

2+x–8=0
x–6=0
x = +6
+6 é o NOX do enxofre (S) no
H2SO4

- Para íons: a soma das cargas é igual à carga do íon.

x–8=–3
x=–3+8
x = +5
+5 é o NOX do fósforo (P) no PO43–

REAÇÃO REDOX

São aquelas nas quais ocorre variação no NOX


participantes da reação.

Exemplo:

*Oxidação:
Perda de elétron
Aumento do NOX.

No exemplo, elemento que sofreu oxidação: Zn0.

* Redução:
Ganho de elétron
Redução do NOX

No exemplo, elemento que sofreu redução: H+.

AGENTES DA OXIRREDUÇÃO

*Agente Oxidante:

Espécie que contém o elemento que sofreu


REDUÇÃO.
No exemplo: HCl

* Agente Redutor:

Espécie que contém o elemento que sofreu


OXIDAÇÃO.
No exemplo: Zn
Resumo teórico – MÓDULO 15
ANOTAÇÕES: REAÇÃO AUTO-REDOX
(ou de desproporcionamento)

É aquela na qual um mesmo elemento sofre


oxidação e redução.
Exemplo:

*Agente Oxidante: Cl2

* Agente Redutor: Cl2

BALANCEAMENTO DE REAÇÕES REDOX

Balancear uma equação é igualar o número de


átomos e a carga no reagente e no produto.
No caso de reações em que há oxidação e
redução, é possível seguir alguns passos que facilitam esse
procedimento:

Método da variação dos elétrons:

1. Determinar o NOX de todos os participantes;


2. Identificar o ramo da oxidação e o da redução;
3. Calcular o número de elétrons envolvido em cada
ramo, multiplicando pelo maior índice do
elemento que sofre a mudança de NOX () – se
possível, simplifique;
4. Inverter os valores de  entre as espécies dos
ramos de oxidação e redução
4a. do lado em que o índice do elemento for
maior
4b. se for igual, do lado em que o elemento
aparece mais vezes.
5. Prosseguir por tentativas.

Exemplo:

KMnO4  5
Cl2  2
Invertendo os valores, temos:
Resumo teórico – MÓDULO 15
ANOTAÇÕES: Acertando os demais por tentativas, teríamos:

Observação 1:

- Em reações com H2O2, analisar essa substância (oxidando


ou reduzindo) de acordo com outra espécie na reação que
esteja sofrendo mudança de NOX.

Exemplo:

KMnO4  5
H 2O 2  2

Obs.: Note que poderíamos ter tomado a mudança do


oxigênio do H2O2 (–1) para o H2O (–2), mas aí, teríamos
uma redução e a redução já ocorre no Mn do KMnO 4 para
MnSO4. Por isso, tomamos a mudança do O – 1 do H2O2
para o O 0 do O2, onde temos uma oxidação.

Invertendo os valores, temos:

Acertando os demais por tentativas, teríamos:

Observação 2:

- Nas reações iônicas, há casos em que fica impossível


prosseguir por tentativas. Será necessário o uso de artifício
matemático para determinar outro coeficiente base para
dar continuidade às tentativas.
Resumo teórico – MÓDULO 15
ANOTAÇÕES: Exemplo

Cr(OH)3  1
IO3–  2
Invertendo os valores, temos:

Acertando os demais por tentativas, teríamos:

Porém agora, não é possível determinar os coeficientes do


OH– e da H2O por tentativas.
Utilizamos então um artifício: chamamos de x o coeficiente
do OH– e fazemos a soma das cargas no reagente e no
produto:

Assim, o coeficiente da água pode ser determinado por


tentativas:
Resumo teórico – MÓDULO 15
ANOTAÇÕES: Método das semi-reações:

Este é um método alternativo ao que normalmente se


ensina no ensino médio (é o preferido do Prof. Marx).
Procedimento

Etapa 1: Fazer esboço da reação de oxidação e outro da


redução.

Etapa 2: Balancear cada semi-reação:


a) Todos os átomos, exceto H e O, começando por
aquele que sofre a mudança de Nox;
b) Balancear O com H2O do lado deficiente;
c) Balancear o H:
c1) Solução ácida:
Adiciona H+ do lado deficiente em H.
c2) Solução básica:
Adicionar H2O em quantidade igual ao
número de H necessários do lado deficiente e 1 OH– do
lado oposto para cada H2O adicionada.
d) Adicionar e– do lado deficiente de carga
negativa; à esquerda na redução e à direita na oxidação.

Etapa 3: Multiplicar uma semi-reações pelo número de


elétrons da outra.

Etapa 4: Somar as semi-reações “cortando” tudo que


aparecer repetidamente nos reagentes e produtos.

Clique no ícone e assista às videoaulas BÔNUS no módulo


15.

[AULA BÔNUS]
Balanceamento -
Método das semi-
reações (meio ácido)
Balanceamento -
Método das semi-
reações (meio básico)
Resumo teórico – MÓDULO 15
ANOTAÇÕE:
Resumo teórico – MÓDULO 16
POTENCIAL ELETROQUÍMICO ANOTAÇÕES:

Potencial de redução mede a tendência de uma


espécie química sofrer redução.
O eletrodo padrão de hidrogênio (EPH) - 2H+(aq.,
1M)/H2 (1 atm) – é utilizado como referencial das
medidas de potencial de redução e a ele foi atribuído
potencial padrão de redução igual a zero Volt (Eo =
0,00 V).

Semi-reação E0 (V)
Ag+ + e-  Ag +0.80
Cu + 2e  Cu
2+ -
+0.34
2H+ + 2e- H2 (g) 0.00
Fe + 2e  Fe
2+ -
– 0.44
Zn2+ + 2e- Zn – 0.76
Al + 3e  Al
3+ -
– 1.66
Mg2+ + 2e- Mg – 2.37

Assim, quanto maior o potencial de redução mais


facilmente a espécie sofre redução, oxidando outra
espécie. Dessa forma, quanto maior o potencial de
redução, melhor agente oxidante é a espécie.

ESPONTANEIDADE DE UMA REAÇÃO

Uma reação de oxirredução é espontânea quando


segue a tendência natural dos potenciais
eletroquímicos: a espécie de maior potencial de
redução sofre redução e a outra, oxidação.

“QUEM TIVER O MAIOR POTENCIAL DE REDUÇÃO VAI


SOFRER REDUÇÃO.”

Reações espontâneas apresentam E > 0.

Exemplo 1:

Qual a reação espontânea que ocorre entre magnésio


e zinco?

Observando os potencias de redução da tabela,


vemos que o maior valor é o do zinco (– 0,76V).
Assim, o Zinco deve sofrer redução e o magnésio,
oxidação.

Redução Zn+2 + 2e-  Zn


Oxidação Mg  Mg+2 + 2e-
Reação
Zn+2 + Mg  Zn + Mg+2
espontânea
Resumo teórico – MÓDULO 16
Exemplo 2:
E0metal < E0protegido
A reação representada por

Cu + Fe+2  Cu2+ + Fe

é espontânea?

Com base na tabela de potenciais, nota-se que o


cobre possui maior potencila de redução. Portanto,
deve sofrer a redução numa reação espontânea.
Como se pode observar na equação, o cobre tem seu
NOX elevado de 0 para 2+. Isso representa uma
oxidação, que vai contra o que acabamos de prever
pra ele. Assim, concluímos que a reação não é
espontânea.

Outra forma de se analisar é calcular a variação de


potencial da reação proposta. Note que, pela
proposta, o cobre sofre oxidação. Assim, invertemos
a reação oferecida na tabela e o sinal do seu
potencial:

Cu  Cu + 2e– – 0,80 V

Pela proposta da reação, o ferro sofre redução.


Invertemos, também, a equação do ferro dada na
tabela e o sinal do seu potencial:

Fe+2 + 2e– Fe + 0,44 V

Somando as duas reações:

E0
Cu  Cu + 2e– – 0,80 V
Fe+2 + 2e– Fe + 0,44 V
Cu + Fe+2  Cu+2 + Fe – 0,36 V

O sinal negativo do potencial resultante indica que a


reação não é espontânea.

ELETRODO DE SACRIFÍCIO

Em geral, é um metal utilizado para sofrer oxidação


protegendo outra espécie (ou estrutura). O metal de
sacrifício sofre a corrosão (oxidação) para garantir
que a outra espécie continue na sua forma reduzida.
Isso é muito comum em cascos de navios, torres de
metal, trilhos de trem, comportas de usinas
hidrelétricas.
Para que uma espécie possa servir como eletrodo de
sacrifíco, ela precisa ter um potencial de redução
menor que o da espécie a ser protegida.
Resumo teórico – MÓDULO 16
ANOTAÇÕES: Exemplo:

UFG GO A corrosão é um processo de óxido-redução


que ocorre em metais. Este problema é
frequentemente observado em canalizações de água
e lataria de automóveis. Em automóveis, por
exemplo, a lataria (constituída de ferro) é oxidada
facilmente quando exposta à maresia. A corrosão
pode ser evitada pelo uso de revestimentos de
proteção, como tintas, graxas ou alguns metais de
sacrifício, tornando a lataria mais resistente ao
processo oxidativo. A tabela a seguir apresenta as
semirreações e o potencial padrão (Eo) para cinco
metais.

Semi-reações E o (V)
Mg2+ + 2 e–  Mg – 2,36
Zn2+ + 2 e–  Zn – 0,76
Fe2+ + 2 e–  Fe – 0,44
Sn2+ + 2 e–  Sn – 0,14
Pb2+ + 2 e–  Pb – 0,13

De acordo com os dados apresentados, conclui-se


que os metais mais indicados para proteger o ferro e,
consequentemente, retardar sua corrosão são:

a) Mg e Pb c) Zn e Pb e) Sn e Pb
b) Mg e Zn d) Sn e Mg

Para proteger o ferro é necessário ter E 0RED menor


que o do ferro. Podem ser, então, o Zn e o Mg.
Resposta: B

PILHAS
Pilha, célula galvânica, pilha galvânica ou ainda pilha
voltaica é um dispositivo eletroquímico que converte
a energia química de reações de óxido-redução
espontâneas em energia elétrica.
Nesse dispositivo, têm-se dois eletrodos que são
constituídos de metais diferentes, que fornecem a
superfície na qual ocorrem as reações de oxidação e
redução, em dois compartimentos e imersos em um
meio contendo íons em concentrações conhecidas.
Os compartimentos são unidos por uma placa ou
membrana porosa, ou ainda por uma ponte salina.
Finalmente, os dois eletrodos são conectados por um
circuito elétrico, localizado fora da célula,
denominado circuito externo, garantindo o fluxo de
elétrons do ânodo para o cátodo.
Resumo teórico – MÓDULO 16
ANOTAÇÕES:
Resumo teórico – MÓDULO 16
PILHA DE DANIELL
Na pilha de Daniell:

E = 0,34 – (– 0,76)
E = + 1,10 V

Ponte salina:

Trata-se de um tubo de vidro na forma de um "U"


que contém uma solução de um sal, geralmente KCl,
que tem a função de permitir o intercâmbio de íons
entre as semi-células, mantendo a neutralidade de
Potenciais de redução: cargas nos dois compartimentos da pilha.

Zn+2 + 2e-  Zn Eo = – 0,76 V


Cu+2 + 2e-  Cu Eo = + 0,34 V

Eletrodos:

São definidos através da espontaneidade das reações


de oxido-redução:

Regra do CRAO (Cátodo = Redução; Ânodo =


Oxidação)

 Cátodo: compartimento no qual ocorre a


redução. É o pólo positivo da pilha. Sofre
deposição (aumento) de massa.
Cu+2 + 2e-  Cu
 Ânodo: compartimento no qual ocorre a
oxidação. É o pólo negativo da pilha. Sofre
desgaste (diminuição) de massa.
Zn  Zn+2 + 2e-

Reação global da pilha:

É a soma das semi-reações de oxidação e redução,


com igual número de elétrons cedidos e recebidos.

Redução Cu+2 + 2e-  Cu


Oxidação Zn  Zn+2 + 2e-
Reação global Cu+2 + Zn  Cu + Zn+2

Sentido dos elétrons:

Os elétrons movem-se do ânodo (-) para o cátodo (+).


Na pilha de Daniell, do zinco para o cobre.

Tensão elétrica ou d.d.p. (E):

Na pilha pode ser calculada por:

E = EMAIOR – Emenor
sendo que os dois potenciais devem ser de mesma
natureza (ambos de redução ou ambos de oxidação).
Resumo teórico – MÓDULO 16
ANOTAÇÕE:
Resumo teórico – MÓDULO 17
ELETRÓLISE ANOTAÇÕES:

A eletrólise é um processo eletroquímico que utiliza


corrente elétrica para a decomposição de
substâncias. O processo da eletrólise é uma reação
de oxirredução oposta àquela que ocorre numa
célula galvânica (pilha), sendo, portanto, um
fenômeno físico-químico não espontâneo.
A palavra eletrólise é originária dos radicais eletro
(eletricidade) e lisis (decomposição), ou seja,
decomposição por eletricidade.
Na eletrólise, o sinal do cátodo e do ânodo invertem-
se, em relação à pilha. Porém, as reações são as
mesmas: no cátodo ocorre redução e no ânodo,
oxidação (CRAO).

Há dois tipos de eletrólise: ígnea e aquosa.

ELETRÓLISE IGNEA: não tem água no processo. A


substância a ser eletrolisada deve ser fundida
(aquecida até a fusão).

Exemplo: Eletrólise ígnea do NaCl

NaCl(s)  Na+(l) + Cl–(l)

Cátodo(–): 2 Na+(l) + 2e–  2 Na(l)


Ânodo(+): 2 Cl (aq)  Cl2(g) + 2e–
Global: 2 Na+(l) + 2 Cl–(aq)  2 Na(l) + Cl2(g)

ELETRÓLISE AQUOSA: a substância a ser eletrolisada


está dissolvida em água. Neste caso, é necessário
observar uma ordem de descarga dos íons (quem
reage preferencialmente):

Cátions:
1A, 2A e Al+3 < H+ (H2O) < demais cátions

Ânions:
oxigenados, F– < OH– (H2O) < não oxigenados
Resumo teórico – MÓDULO 17
REAÇÕES DA ÁGUA: ANOTAÇÕES:

Oxidação: 2 H2O(l)  O2(g) + 4H+(aq) + 4e–


Redução: 2 H2O(l) + 2e–  H2(g) + 2OH–(aq)

Exemplo: Eletrólise aquosa do NaCl

NaCl(s)  Na+(aq) + Cl–(aq)


H2O(l)  H+(aq) + OH–(aq)

A preferência de descarga do cátion é do H + (na


realidade ocorrerá a redução da água): será a reação
do cátodo.

A preferência de descarga do ânion é do Cl –: será a


reação do ânodo.

Cátodo(–): 2H2O(l) + 2e–  H2(g) + 2OH–(aq)


Ânodo(+): 2Cl–(aq)  Cl2(g) + 2e–
Global: 2H2O(l) + 2Cl–(aq)  H2(g) + Cl2(g) + 2OH–(aq)

O Na+ é um íon expectador, uma vez que não se


envolve no processo de reação. Nessa caso,
juntamente com o OH– formado, ele irá originar um
subproduto: NaOH.

ASPECTOS QUANTITATIVOS DA ELETRÓLISE

LEI DE FARADAY
A quantidade de substância
produzida numa eletrólise é
proporcional à quantidade de
carga que passa pelo sistema
e à massa molar da
substância.

Para cada 1 mol de elétrons envolvido numa


oxidação ou redução, ocorre a transferência de 1
Faraday (ou 96500 Coulombs).
Portanto, a quantidade de carga que passa por um
sistema depende da quantidade de elétrons que
envolvidos. Tal quantidade de carga pode ser
determinada através da corrente e do tempo de
eletrólise.

Q=i.t

Q: quantidade de carga (em Coulombs – C)


i: intensidade da corrente elétrica (em Ampere – A)
t: tempo (em segundos)

1 mol e–  1 Faraday  96500 C


Resumo teórico – MÓDULO 17
EXEMPLO: ANOTAÇÕES:

UFRS Sabendo que um Faraday é igual a 96500 C, o


tempo, em segundos, necessário para eletrodepositar
6,35 g de Cu2+ utilizando uma corrente de 2 amperes
é de:
Dado: Cu = 63,5 u.
a) 6,3
b) 12,6
c) 4825
d) 9650
e) 19300

Como cda mol de elétrons equivale a 96500C, temos

Como MCu = 63,5 g/mol, podemos substituir:

O exercício fala em 6,35g de Cu produzidas. Então:


Resumo teórico – MÓDULO 17
Finalizando: ANOTAÇÕES:

Como Q = i . t

ELETRÓLISE EM SÉRIE

A quantidade de carga (Q) em


todas as cubas é a mesma.

Conhecendo a quantidade de carga que passa por


uma das cubas, sabe-se em todas: o valor é o mesmo.
Os problemas te darão consdições de determinar
essa quantidade de carga e aí, basta aplicar para as
demais cubas de acordo com o que a questão pede.
Resumo teórico – MÓDULO 17
REFINO ELETROLÍTICO

Técnica utilizada para aumentar o grau de pureza de


um metal numa amostra (a eficiência pode chegar a
99.9% de pureza). A única reação que ocorre é a
oxidação e a redução do metal que se está
purificando.

Objetivo:
- Purificação de metais

É muito utilizada para a purificação de cobre para a


produção de fios elétricos.

Montagem:

Cátodo (–): Cu2+(aq) + 2e–  Cu(s)


Ânodo (+): Cu(s)  Cu2+(aq) + 2e–
Global: Não existe

O cobre no eletrodo do metal impuro sobre oxidação


e, na sequência, sobre redução no eletrodo de cobre
puro.
A purificação é necessária para diminuir a resistência
do fio à passagem de corrente elétrica, o que leva a
perdas de energia!!!
Resumo teórico – MÓDULO 17
ANOTAÇÕES: GALVANOPLASTIA
Processo eletrolítico para recobrimento metálico de
objetos (douração, niquelagem, cromação, etc.)

Objetivos:

- Proteção contra corrosão


- Melhoria na condutividade elétrica
- Estética

DOURAÇÃO

CROMAÇÃO

Cuidados:

Cátodo: Deve ser a peça que se quer recobrir.


Ânodo: Feito do metal que irá recobrir a peça.
Solução: Deve conter o íon do metal que irá recobrir
a peça.

Exemplo:
Douração para a produção de semijoias e bijouterias:

Cátodo (–): Au3+(aq) + 3e–  Au(s)


Ânodo (+): Au(s)  Au3+(aq) + 3e–
Global: Não existe

Note que, assim como no refino eletrolítico, a única


reação que ocorre é a oxidação e redução do metal
em questão. Nesse caso, o ouro.
Resumo teórico – MÓDULO 17
ANOTAÇÕES:
Resumo teórico – MÓDULO 18

TERMOQUÍMICA
Parte da química que estuda o calor envolvido nos
processos físicos e químicos.

Nessa parte, o calor é chamado Entalpia (H). A


entalpia tem como unidades caloria (cal) ou Joule (J).
A relação entre tais unidades é a seguinte:
1 cal = 4,18 J
De acordo com a entalpia (calor), há dois tipos de
processos:
a. Endotérmico: absorve calor
b. Exotérmico: libera calor

ENTALPIA E ESTADO DE AGREGAÇÃO:

ENTALPIA NAS REAÇÕES QUÍMICAS:

a. Reação endotérmica:
 é aquela que absorve calor
 resfria a vizinhança
 HP > HR

Reagente  PRODUTO
GRAFICAMENTE

VARIAÇÃO DE ENTALPIA (H):

H = HP – HR

Como HP > HR, temos que o H é maior que zero


(positivo).
Resumo teórico – MÓDULO 18
ANOTAÇÕES: b. Reação exotérmica:

 é aquela que libera calor


 aquece a vizinhança
 HP < HR

REAGENTE  Produto
GRAFICAMENTE

VARIAÇÃO DE ENTALPIA (H):

H = HP – HR

Como HP < HR, temos que o H é menor que zero


(negativo).

ENTALPIA E ESTADO PADRÃO

Estado Padrão: é a forma mais estável de uma


substância a 25 ºC e 1 atm.

Exemplo: H2(g), H2O(l), Fe(s), CO2(g), O2(g), O3(g).

Para as substâncias simples no estado padrão,


atribui-se entalpia igual a zero (H = 0).
Nos exemplos: H2(g), Fe(s) e O2(g) teriam H = 0.
O O3(g) não é a forma alotrópica mais estável do
elemento oxigênio, por isso não tem entalpia igual a
zero.

CALORES DE REAÇÃO:

a. Calor de formação: é o calor envolvido na síntese


de 1 mol de substância, a partir de seus elementos no
estado padrão.
Exemplo:
2C(grafite) + 3 H2(g) + ½ O2(g)  C2H5OH(l) H = – 278
kJ/mol

Como todos os reagentes têm entalpia igual a zero, a


entalpia da reação é o calor necessário para formar 1
mol do produto. Logo, a entalpia padrão de formação
(Hof ) do etanol é – 278 kJ/mol.
Resumo teórico – MÓDULO 18
ANOTAÇÕES: b. Calor de combustão: é o calor liberado na queima
de 1 mol de substância, no estado padrão.
Exemplo:
CH4(g) + 2 O2(g)  CO2(g) + 2H2O(l) H = – 890 kJ/mol

CÁLCULO DO H
a. Através dos calores de formação:
H = HP – HR
Exemplo:
Determine a entalpia de combustão do etanol, em
kJ/mol, sendo dados:
C2H5OH(l) + 3O2(g)  2CO2(g) + 3H2O(l) H = ?
Entalpia de formação de C2H5OH(l) H = – 278 kJ/mol
Entalpia de formação de CO2(g) H = – 394 kJ/mol
Entalpia de formação de H2O(l) H = – 286 kJ/mol
H = HP – HR
H = [2.(HCO2) + 3.(HH2O)] – [HC2H5OH + 3.(HO2)]
H = [2.( – 394) + 3.( – 286)] – [– 278 + 3.0]
H = [( – 788) + ( – 858)] – [– 278]
H = [– 788 – 858] + 278
H = – 1646 + 278
H = – 1368 kJ/mol

b. Através da Lei de Hess:


Lei de Hess: O calor envolvido numa reação depende
apenas dos reagentes iniciais e dos produtos finais,
sendo independente de intermediários da reação.

Dessa forma, podemos calcular o H de uma reação


pela soma de reações adequadas.
Teremos uma equação problema (aquela cujo H se
deseja calcular) e reações auxiliares.
Utilizando a Lei de Hess:
 Trabalhar matematicamente (multiplicando,
dividindo, invertendo) as equações auxiliares, de
forma que a soma delas, forneça a equação
problema.

Exemplo:
Determine a variação de entalpia da reação
equacionada:
C2H4(g) + 6 F2(g)  2 CF4(g) + 4 HF(g) H = ?
Dados:
I - H2(g) + F2(g)  2 HF(g) H = – 546 kJ/mol
II - C(graf.) + 2F2(g)  CF4(g) H = – 680 kJ/mol
III - 2C(graf.) + 2H2(g)  C2H4(g) H = – 52 kJ/mol

Inverte a III:
C2H4(g) 2C(graf.) + 2H2(g) H = + 52 kJ/mol
Resumo teórico – MÓDULO 18
ANOTAÇÕES: Multiplica por 2 a II:
2 C(graf.) + 4F2(g)  2 CF4(g) H = – 1360 kJ/mol
Multiplica por 2 a I:
2 H2(g) + 2 F2(g)  4 HF(g) H = – 1092 kJ/mol

Somando as equações:
C2H4(g) 2C(graf.) + 2H2(g) H = + 52 kJ/mol
2 C(graf.) + 4F2(g)  2 CF4(g) H = – 1360 kJ/mol
2 H2(g) + 2 F2(g)  4 HF(g) H = – 1092 kJ/mol
C2H4(g) + 6 F2(g)  2 CF4(g) + 4 HF(g) H = – 2400 kJ/mol

b. Através das energias de ligação:

Energia de ligação: energia necessária para romper 1


mol de ligações entre dois átomos.

H – H(g)  2 H(g) H = 436 kJ/mol

Utilizando as energias de ligação:


Ligações rompidas  reagentes  sinal +
Ligações formadas  produtos  sinal –

H =  das energias de ligação

Exemplo:
Determine a variação de entalpia da reação
equacionada a seguir:
C2H4(g) + H2(g)  C2H6(g) H = ?
Dados:
Ligação Energia de ligação
(kJ/mol)
C=C 612
C–C 348
C–H 412
H–H 436

Procedimento:

H =  das energias de ligação

H = [4 . (+ 412)] + 612 + 436 + (– 348) + 6 . (– 412)


H = 1648 + 612 + 436 – 348 – 2472
H = 2696 – 2820
H = – 124 kJ/mol
Resumo teórico – MÓDULO 18
ANOTAÇÕES: Entropia e Energia livre de Gibbs
Esse assunto só aparece em alguns vestibulares
muito específicos como ITA, IME e algumas federais!

Entropia (S): Grandeza termodinâmica que mede o


estado de desordem de um sistema.

S(s) < S(l) < S(g)

Nos produtos há maior ordem (organização), pois


existe apenas uma molécula de gás (estado de maior
desordem) e duas líquidas, enquanto no reagente
havia 3 moléculas de gás.

VARIAÇÃO DE ENTROPIA (S)  S = Sf – Si

Energia Livre de Gibbs (G): Grandeza termodinâmica


que mede a espontaneidade de uma transformação.

G = H – T . S

G < 0: Transformação espontânea.


G > 0: Transformação não espontânea.
G = 0: Sistema em equilíbrio.

H S G Espontânea
<0 >0 <0 Sim
>0 <0 >0 Não
<0 <0 ? Depende de
T
>0 >0 ? Depende de
T
Resumo teórico – MÓDULO 18
ANOTAÇÕES:
Resumo teórico – MÓDULO 19
CINÉTICA QUÍMICA
Parte da química que estuda a velocidade das
reações químicas.

VELOCIDADE MÉDIA DE REAÇÃO (Vm):


Pode ser medida como sendo a variação na
quantidade de qualquer reagente ou produto em
função do tempo:

V m =¿ X∨ ¿ ¿
t Reagente: Concentração diminui com o tempo
Produto: Concentração aumenta com o tempo
X está em módulo para evitar variação negativa,
quando tratamos de reagentes que terão suas
quantidades diminuídas com o tempo.

Exemplo:

N2(g) + 3 H2(g)  2 NH3(g)

A velocidade média de cada reagente ou produto


pode ser calculada por:

V N =¿ ∆ N 2∨ ¿ ¿ ou V H =¿ ∆ H 2∨ ¿ ¿ ou
2
t t 2

¿
V NH =¿ ∆ NH 3∨ ¿
3
t

Tal relação é valida para o mesmo intervalo de


tempo, uma vez que a velocidade de uma reação não
é constante.
A velocidade da reação pode ser dada em função da
velocidade de qualquer reagente ou produto, dividida
pelo respectivo coeficiente estequiométrico:

VN VH V NH
V m= 2
= 2
= 3

1 3 2

Comportamento Gráfico:
Resumo teórico – MÓDULO 19
ANOTAÇÕES: LEI DA AÇÃO DAS MASSAS
(Equação de Guldberg-Waage)

“A velocidade de uma reação química é proporcional


ao produto das concentrações molares dos
reagentes, elevadas a expoentes.”

V = k . [Reagente A]x . [Reagente B]y

k: Constante de proporcionalidade (varia com a


temperatura)

x e y: chamados de ordem de reação, podem ser


determinados.

DETERMINANDO x E y

Para Reação Elementar: aquela que ocorre em uma


única etapa.
x e y serão os coeficientes estequiométricos
da equação balanceada da reação.
Exemplo genérico:

2A + B  C + 2D

Considerando esta reação elementar, a lei da


velocidade seria:
V = k . [A]2 . [B]1

Ordem em relação a A: 2ª ordem ou ordem 2;


Ordem em relação a B: 1ª ordem ou ordem 1;
Ordem da reação: 3ª ordem ou ordem 3  (2 + 1)

Para Reação Não-Elementar: aquela que ocorre em


mais de uma etapa.
x e y serão os coeficientes estequiométricos
da equação balanceada da etapa lenta.

Exemplo genérico:

3A + 2B  C (etapa rápida)
C + 2D  4E (etapa lenta)

Considerando apenas a etapa lenta, a lei da


velocidade seria:
V = k . [C]1 . [D]2

Ordem em relação a C: 1ª ordem ou ordem 1;


Ordem em relação a B: 2ª ordem ou ordem 2;
Ordem da reação: 3ª ordem ou ordem 3  (1 + 2)
Resumo teórico – MÓDULO 19
ANOTAÇÕES: Determinação experimental: através de dados
colhidos em laboratório é possível determinar a
expressão da lei da velocidade. Para tanto, são
fornecidos dados de concentrações e velocidades de
reação, como no quadro a seguir:

[A] Velocidade
[B]
Experimento (mol.L– (mol.L–1.min–
1 (mol.L–1) 1
) )
I 2,0 3,0 0,5
II 4,0 6,0 2,0
III 4,0 3,0 2,0

Considere a reação equacionada por:

2A + B  C + 2 D

Através dos dados, devemos determinar a expressão


da velocidade da reação.

V = k . [A]x . [B]y

x: devemos analisador dois experimentos nos quais a


concentração de A esteja variando e a de B não (de I
 III)

Note que quando a [A] foi dobrada, a velocidade


aumentou 4 vezes. Assim temos que:

2X = 4  2x = 22  x = 2

O expoente x de A é 2 (ordem 2).


y: devemos analisador dois experimentos nos quais a
concentração de B esteja variando e a de A não (de III
 II)

Note que quando a [B] foi dobrada, a velocidade não


sofreu alteração. Assim temos que:

2y = 1  2y = 20  y = 0

O expoente x de B é 0 (ordem 0). Isto significa que B


não influencia na velocidade da reação, logo não
aparece na expressão da velocidade:

V = k . [A]2 . [B]0  V = k . [A]2


Resumo teórico – MÓDULO 19
ANOTAÇÕES: TEORIA DAS COLISÕES
Explica a reação química como sendo o resultado do
choque entre as moléculas reagentes.
Somente choques efetivos dão origem ao produto.
Para que um choque seja efetivo é necessário que
haja:

 Orientação espacial favorável


 Energia suficiente para a formação do
complexo ativado.

Complexo ativado: é um intermediário de alta energia


entre os reagentes e os produtos. É altamente
instável e necessita de uma energia mínima para sua
formação.

Energia de ativação (Ea): é a energia mínima que deve


ser fornecida ao sistema para que os reagentes
formem o complexo ativado. Quanto maior a energia
de ativação, menor é a velocidade da reação.

Graficamente:

Conhecendo o mecanismo de uma reação, é possível


modificar a velocidade de uma reação, de acordo
com nossas necessidades, alterando alguns fatores.

FATORES QUE ALTERAM A VELOCIDADE


DE UMA REAÇÃO QUÍMICA
Temperatura: Quanto mais agitadas as moléculas,
mais choques irão ocorrer, aumentando
estatisticamente as chances de que os choques sejam
efetivos, aumentando a velocidade da reação.

Temperatura  nº de choques   velocidade


Resumo teórico – MÓDULO 19
ANOTAÇÕES: Concentração: Quanto maior o número de moléculas
num mesmo espaço, mais choques irão ocorrer,
aumentando estatisticamente as chances de que os
choques sejam efetivos, aumentando a velocidade da
reação.
Concentração  nº de choques   velocidade
Obs1.: O aumento de concentração de reagentes
gasosos pode dar-se por redução de volume.
Obs2: Não é possível aumentar a “concentração” de
um sólido.

Superfície de contato: Quanto mais expostos um ao


outro estiverem os reagentes; quanto mais contato
eles tiverem entre si, mais choques irão ocorrer,
aumentando estatisticamente as chances de que os
choques sejam efetivos, aumentando a velocidade da
reação.
Sup. de contato  nº de choques   velocidade

Catalisador: O catalisador é uma substância química


que age diminuindo a Energia de ativação da reação.
Na presença do catalisador a reação ocorre através
de um mecanismo que apresenta um complexo
ativado de menor energia, facilitando assim sua
formação e aumentando a velocidade da reação.
Catalisador:
 Diminui a energia de ativação
 Participa da reação
 Não é consumido
 É regenerado
Obs.: Enzimas são catalisadores biológicos.
Graficamente:
Resumo teórico – MÓDULO 19
ANOTAÇÕES:
Resumo teórico – MÓDULO 20
EQUILÍBRIO QUÍMICO O equilíbrio é atingido a partir do instante em que as
concentrações de reagentes e produtos forem
constantes.
Situação atingida somente por reações reversíveis
(aquelas que ocorrem em sentido direto e inverso)
quando a velocidade da reação direta iguala-se à
velocidade da reação inversa.

V1: velocidade da reação direta


V2: velocidade da reação inversa

CARACTERÍSTICAS DO EQUILÍBRIO:
Para uma reação em equilíbrio químico:
 V1 = V2
 As concentrações molares de reagentes e
produtos serão constantes.

OBS: o equilíbrio é dinâmico. Uma vez atingida tal


situação a reação continua ocorrendo, porém com V 1
= V2.

GRAFICAMENTE:
Velocidade em função do tempo:

O equilíbrio é atingido quando as curvas de


velocidade da reação direta (V1) e inversa (V2) se
tocam.

Concentração em função do tempo:


Resumo teórico – MÓDULO 20
ANOTAÇÕES: CONSTANTE DE EQUILÍBRIO:
Fornece informação sobre o comportamento da
reação, indicando se o equilíbrio é atingido com
grande ou pequena formação de produto.
Pode ser fornecida em função das concentrações
molares e das pressões parciais (para gases) dos
participantes da reação.

Em função das concentrações molares (Kc):

Considere a reação genérica:

Podemos escrever as expressões da velocidade para


as reações direta e inversa:

Reação direta: V1=K1 . [A]a . [B]b

Reação inversa: V2=K2.[C]c . [D]d

Como no equilíbrio V1 = V2,temos:

K1 . [A]a . [B]b = K2 . [C]c . [D]d

Reordenando:
K1
=¿ ¿
K2

K c =¿ ¿

A constante de equilíbrio (K c) é a relação entre as


concentrações dos produtos e a dos reagentes.

Obs1: quanto maior o valor de K c , mais deslocada no


sentido dos produtos estará o equilíbrio (a
concentração dos produtos será maior que a dos
reagentes).

Obs2: substância no estado sólido não aparece na


constante de equilíbrio.

Obs3: a constante de equilíbrio tem seu valor alterado


com a temperatura.
Resumo teórico – MÓDULO 20
ANOTAÇÕES: Em função das pressões parciais (Kp):

A constante de equilíbrio pode ser obtida também


em termos das pressões parciais, utilizando a
equação de estado dos gases ideais (P.V = n .R.T) e o
Kc.
A partir de P.V = n.R.T, podemos deduzir que
P n
=
R .T V
n
como =m, e utilizando [ ] como símbolo de
V
molaridade, temos:
P
=[ ]
R .T

 para uma substância qualquer:

pX
=[ X ]
R .T
Substituindo [ ] no Kc , temos:

( )( )
c d
pC pD
.
RT RT
K C=
( RTp ) .( RTp )
a b
A B

K p=¿ ¿

Obs: somente substância gasosa aparece na


expressão de Kp.

PRINCÍPIO DE LE CHATELIER
(DESLOCAMENTO DO EQUILÍBRIO)
Após atingida a situação de equilíbrio químico ela irá
se manter até que uma perturbação externa
modifique tal condição. É o que diz o Principio de Le
Chatelier:

“Quando uma perturbação externa é imposta


sobre um sistema em equilíbrio químico, este
responde de forma a minimizar a perturbação
imposta”.

FATORES QUE PODEM DESLOCAR O


EQUILÍBRIO
Concentração:
Ação Desloca para o
Adição (aumento) Sentido oposto à adição
Retirada Mesmo sentido da retirada
Resumo teórico – MÓDULO 20
(diminuição) ANOTAÇÕES:
Obs.: adição ou retirada de sólido não desloca o
equilíbrio.
Resumo teórico – MÓDULO 20
Temperatura: ANOTAÇÕES:
Ação Desloca para o
Aumento Sentido endotérmico
Diminuição Sentido exotérmico
Obs.: o H sempre se refere ao sentido direto da
reação.

Pressão:
Ação Desloca para o sentido com
Aumento Menor nº de moléculas
gasosas
Redução Maior nº de moléculas
gasosas
Obs.: considerar apenas as moléculas de gás.

ATENÇÃO: Catalisador não desloca o equilíbrio


químico.

 Deslocar para significa que a reação está


ocorrendo mais rapidamente naquele sentido.
Desta forma, haverá maior formação das espécies
que estão no sentido do deslocamento.
Exemplo:

Para a reação equacionada por:


N2(g) + 3 H2(g)  2 NH3(g) H = – 22 kcal,
descreva o efeito sobre o equilíbrio se houver:

Desloca para a
Retirada de N2(g)
Aumento da pressão
Aumento da
temperatura
Adição de H2(g)
Adição de catalisador

Respostas:
Resumo teórico – MÓDULO 20
EQUILÍBRIO IÔNICO ANOTAÇÕES:

Equilíbrio entre uma substância e seus íons em


solução

AB(aq)  A+(aq) + B–(aq)

É muito utilizado no estudo de ácido e bases fracas.

Para ácidos fracos:

Considere o ácido genérico HA:

HA(aq)  H+(aq) + A–(aq).

Como a força de um ácido refere-se a quanto de H +


ele forma em solução (do seu grau de ionização ),
quanto mais forte o ácido, mais deslocado para a
direita estará o equilíbrio.

CONSTANTE DE EQUILÍBRIO IÔNICO (Ki):


Para ácidos fracos (Ka):

K a =¿ ¿ ¿
Obs.: Quanto maior o Ka, mais forte o ácido, pois
maior será sua [H+] e menor será sua [HA], indicando
um equilíbrio deslocado para a direita.

GRAU DE IONIZAÇÃO ():


É outra forma de se determinar a força de um ácido:

nº moléculas ionizadas
¿
nº moléculas adicionadas

Quanto maior o valor de , maior o número de


moléculas ionizadas, indicando ácido mais forte.

 < 5%: ácido fraco


5%   < ácido
50%: moderado
  50%: ácido forte

LEI DA DILUIÇÃO DE OSTWALD:


Demostra o efeito da diluição de uma solução sobre o
grau de ionização (α ) de um ácido ou base fracos.
 Para ácidos fortes e moderados(  5%)
2
α .m
Ka=
1−α
Resumo teórico – MÓDULO 20
 Para ácidos fracos ( α <5 % ) ANOTAÇÕES:
2
K a =α . m
Como Ka é constante (a dada temperatura),
concluímos que a diluição (queda na concentração da
solução) leva a aumento do grau de ionização ().

OBS.: Todas estas deduções são válidas também para


bases fracas.

EQUILÍBRIO IÔNICO DA ÁGUA


A água apresenta um equilíbrio de auto-ionização:

H2O(l) + H2O(l)  H3O+(aq) + OH–(aq)

Simplificadamente:

H2O(l)  H+(aq) + OH–(aq)

Tal equilíbrio, endotérmico no sentido direto, está


muito deslocado para a esquerda. Logo, as
concentrações de H+ o OH– na solução é muito baixo.

CONSTANTE DE EQUILÍBRIO DA ÁGUA (Kw):


K c =¿ ¿ ¿
A [H2O] é muito elevada e, portanto, constante.
Assim, escrevemos:

Kc . [H2O] = [H+] . [OH–]

O termo Kc . [H2O] é constante e chamado de Kw:

Kw = [H+] . [OH–]

Kw pode ser obtido em laboratório e depende da


temperatura. A 25 ºC, Kw = 1,0 x 10–14 mol2/L2.
Assim, podemos deduzir o caráter de uma solução
(ácida, básica ou neutra) de acordo com sua [H+] ou
de [OH–].

 Solução neutra: [H+] = [OH–]


Kw = [H+] . [OH–]
Kw = [H+] . [H+]
1,0 x 10–14 = [H+]2
[H+] = √ 1 ,0 x 10−14
[H+] = 1,0 x 10-7 mol/L
[OH–] = 1,0 x 10-7 mol/L

 Solução ácida: [H+] > [OH–]


[H+] > 1,0 x 10-7 mol/L
[OH–] < 1,0 x 10-7 mol/L

 Solução básica: [OH–] > [H+]


[OH ] > 1,0 x 10-7 mol/L

[H+] < 1,0 x 10-7 mol/L


Resumo teórico – MÓDULO 20
FACILITANDO: CÁLCULO DO pH
Criada para facilitar a análise do caráter de uma
solução.

Lembrete:
+
 pH = – log [H ] log a . b = log a + log b
log a/b = log a – log b
 pOH = – log log ab = b . log a
[OH–]
log a = b  10b = a

ESCALA DE pH

Quanto mais baixo o pH, mais ácido o meio.


Quanto mais alto o pH, mais básico o meio.

INDICADORES
São substâncias químicas que apresentam coloração
diferente de acordo com o meio (ácido, básico ou
neutro)
Dentre os mais utilizados estão a fenolftaleína e o
tornassol.

Fenolftaleína Tornassol
Ácido Incolor ácido Vermelho
Básico Vermelho básico Azul

HIDRÓLISE SALINA
Reação de um sal (ou parte dele) com a água,
podendo modificar o caráter do meio (ácido, básico
ou neutro).
É necessário analisar a força do ácido e da base que
originaram o sal.

RELEMBRANDO:

Na hidrólise forma-se o fraco e o forte determina o


meio.
Resumo teórico – MÓDULO 20
ANOTAÇÕES: Caso 1: Sal de base fraca e ácido forte (hidrólise do
cátion)
NH4Cl(aq)  NH4+(aq) + Cl–(aq)
H2O  H+(aq) + OH–(aq)
Unindo o positivo de uma equação com o negativo da
outra, temos as possibilidades de formação:
NH4OH  base fraca
HCl  ácido forte
Assim, ocorre hidrólise daquele que formará o fraco:
NH4+.
NH4+(aq) + H2O(l)  NH4OH(aq) + H+(aq)
O H+ livre torna o meio ácido.

Caso 2: Sal de base forte e ácido fraco (hidrólise do


ânion)
KCN(aq)  K+(aq) + CN–(aq)
H2O  H+(aq) + OH–(aq)
Unindo o positivo de uma equação com o negativo da
outra, temos as possibilidades de formação:
KOH  base forte
HCN  ácido fraco
Assim, ocorre hidrólise daquele que formará o fraco:
CN–.
CN–(aq) + H2O(l)  HCN(aq) + OH–(aq)

O OH– livre torna o meio básico.

Caso 3: Sal de base e ácido fracos (hidrólise do cátion


e do ânion)
NH4CN(aq)  NH4+(aq) + CN–(aq)
H2O  H+(aq) + OH–(aq)
Unindo o positivo de uma equação com o negativo da
outra, temos as possibilidades de formação:
NH4OH  base fraca
HCN  ácido fraco
Assim, ocorre hidrólise dos dois íons:
NH4CN(aq) + H2O(l)  NH4OH(aq) + HCN(aq)
Para determinar o meio, será necessário compara os
valores Ka e Kb. O maior valor define o caráter do
meio.
No exemplo anterior:
NH4OH Kb = 1,8 x 10–5
HCN Ka = 4,9 x 10–10
Como Kb é maior que o Ka, o meio seria levemente
básico.
Resumo teórico – MÓDULO 20
ANOTAÇÕES: ATENÇÃO:
Se cátion e ânion vierem de ácido e base fortes, não
ocorre hidrólise e o meio será neutro.

NaCl(aq)  Na+(aq) + Cl–(aq)


H2O  H+(aq) + OH–(aq)
Unindo o positivo de uma equação com o negativo da
outra, temos as possibilidades de formação:

NaOH  base forte


HCl  ácido forte

Assim, não ocorre hidrólise o meio será neutro.

CONSTANTE DE HIDRÓLISE (Kh)


Como as demais constantes de equilíbrio, é
calculada pela relação entre as concentrações dos
produtos e a dos reagentes. Porém, como a
concentração de água é constante, ela não entra na
expressão de Kh.

Exemplo:

NH4+(aq) + H2O(l)  NH4OH(aq) + H+(aq)

A expressão da constante de hidrólise seria:

RELAÇÃO ENTRE A CONSTANTE DE


HIDRÓLISE (Kh) E A CONSTANTE DE
IONIZAÇÃO DA ÁGUA (KW)

PRODUTO DE SOLUBILIDADE
Equilíbrio entre uma substância pouco solúvel e seus
íons em solução.
Exemplo:
Ag2S(s)  2Ag+(aq) + S2–(aq)
Resumo teórico – MÓDULO 20
ANOTAÇÕES: CONSTANTE DO PRODUTO DE
SOLUBILIDADE (Kps)
K c =¿ ¿ ¿ ¿

Como a [Ag2S] é constante (sólido), temos:

Kc . [Ag2S] = [Ag+]2 . [S2–]

O termo Kc . [Ag2S] é constante e chamado Kps.

Kps = [Ag+]2 . [S2–]


Assim, concluímos que o Kps será igual ao produto das
concentrações dos íons em solução, elevados a seus
coeficientes estequiométricos.

 Quanto maior o Kps, mais solúvel é a substância.


(porém, só podemos comparar a solubilidade de
substâncias diretamente pelo Kps se as
substâncias tiverem a mesma razão entre seus
íons).
Exemplo: CaSO4 com PbCO3
CaF2 com PbCl2

 O Kps é especialmente utilizado para o estudo de


sais e bases pouco solúveis.

 Por meio do Kps é possível determinar a


solubilidade de uma substância.

Solubilidade (S) não é o Produto de Solubilidade


(KPS).

Solubilidade é a quantidade de soluto dissolvida em


dado volume de solução.
Produto de solubilidade (KPS) é uma constante de
equilíbrio relacionada com a solubilidade.

Podemos determinar a solubilidade de uma


substância conhecendo seu Kps. Ou o contrário.

Exemplo: O Kps do BaSO4 é 1,0.10–10 a 25 C. Calcule a


solubilidade de sulfato de bário em água, em mol/L.

BaSO4(s)  Ba2+(aq) + SO42–(aq)


S S S

Kps = [Ba2+] . [SO42–]


1,0.10–10 = S . S
S2 = 1,0.10–10
S = 1,0.10–5 mol/L
Resumo teórico – MÓDULO 20
ANOTAÇÕES: Precipitação e Produto de Solubilidade (KPS).

É possível fazer a previsão das concentrações dos


íons que causam a precipitação de uma substância.
Para isso, o produto das concentrações dos íons
precisa superar o valor de Kps.
Exemplo: Mediu-se a concentração de chumbo (II)
nas águas de um lago e encontrou-se o valor de
1,1x10–3 mol/L. Qual deverá ser a mínima
concentração de íons iodeto (I–) para que se inicie a
precipitação de chumbo II?
Dado: Kps do PbI2: 9,9x10–9.

PbI2(s)  Pb2+(aq) + 2 I–(aq)

Kps = [Pb2+] . [I–]2


9,9x10–9 = 1,1x10–3 . [I–]2
(9,9x10–9) / 1,1x10–3 = [I–]2
9,0x10–6 = [I–]2
[I–] = 3,0x10–3 mol/L

Conclusão: para que se inicie a precipitação, a


concentração mínima de íons iodeto (I–) deve ser de
3,0x10–3 mol/L.

Ordem de precipitação

Para espécies que apresentem a mesma proporção


de íons, podemos comparar diretamente pelo valor
de Kps: quanto menor o Kps, menos solúvel é a
substância e mais rapidamente ela precipita.

Para espécies com diferentes proporções entre os


íons, devemos primeiro calcular suas solubilidades e
então comparar. A substância de menor solubilidade
precipita primeiro.
Resumo teórico – MÓDULO 20
ANOTAÇÕES:

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