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Categorias de Rádio
Ao longo das últimas décadas o rádio sofreu várias mudanças quanto aos aspectos jurídicos,
culturais e sociais.
A classificação proposta não pretende ser definitiva nem consensual, mas apenas deseja
contribuir para uma visão geral das principais características que definem o sistema de
radiodifusão no Brasil.
Cabe ressaltar que o Governo Federal controla o uso das ondas eletromagnéticas,
responsabilizando-se por distribuir a concessão que garante a associações ou empresas a
autorização para operar uma emissora com os mais variados propósitos entre os quais educar,
informar, entreter e mobilizar a sociedade civil.
Educativa
As rádios educativo-culturais funcionam na faixa das rádios comerciais, porém com o intuito de
divulgar e veicular conteúdos educativos e culturais. Geralmente pertencem a universidades ou
ao governo (as estatais educativo-culturais) e funcionam como difusoras das informações
jornalísticas, das produções culturais e do conhecimento científico.
Pública
São rádios mantidas pelo poder público. Predominavam na Europa antes do surgimento das
rádios piratas e livres, que insistiram por um uso mais popular do veículo. A Radiobrás, que
produz o programa “A Voz do Brasil” é exemplo de rádio controlada pelo governo.
Internacionalmente, a emissora pública mais conhecida é a BBC de Londres que apesar de
pública também é mantida por “assinantes da rádio”, como na época dos radioamadores.
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Livres
Surgiram na Itália em 1975 como resultado do esforço de técnicos apaixonados pelo veículo,
que questionavam o monopólio de distribuição das concessões de rádio pelo Governo. Logo
depois, o movimento explodiu na Europa e se espalhou para o mundo todo. No Brasil, a rádio
livre foi implantada em Sorocaba (interior de São Paulo) quando grupos de jovens montaram
pequenas estações móveis de rádios. As emissoras livres ocupam faixas destinadas às rádios
comerciais, sem autorização do governo.
Piratas
Rádios Comunitárias
No Brasil, a lei que regula o funcionamento das rádios comunitárias foi elaborada em 1998 pelo
Congresso, restringindo seu alcance ao raio de no máximo 1000 metros, operando somente na
faixa de 87,9Mhz FM.
Pode-se dizer que as rádios comunitárias brasileiras, tal qual como concebidas hoje, surgiram a
partir do acúmulo das experiências do uso do rádio como instrumento participativo e
democrático.
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Restritas
As rádios restritas funcionam na faixa de 220Mhz a 270Mhz, não são captadas nos rádios
convencionais, pois só podem ser ouvidas em aparelhos ou caixas receptoras “especiais”.
Ultimamente têm sido utilizadas com sucesso em algumas escolas que conseguem montar sua
própria emissora de rádio transmitindo programas num raio de aproximadamente 100 metros, o
suficiente para serem sintonizados no pátio, nas salas de aula, no corredor, na quadra.
As rádios virtuais são as que podem ser ouvidas pela Internet. É uma modalidade de rádio que
tem crescido muito devido a seu baixo custo, comparado à estrutura tecnológica de transmissão
de uma emissora comercial. A variedade de recursos propicia formatos de web rádios que
podem mesclar fotos e textos com músicas e a disponibilização de arquivos sonoros. Muitas
vezes o internauta pode montar sua própria programação ou seleção musical. A principal
vantagem da web rádio é que pode ser ouvida em qualquer ponto do planeta.
Comercial
As rádios comerciais são administradas por empresas com fins lucrativos, que se tornam viáveis
economicamente por meio da inserção de publicidade em sua programação. A maioria das
emissoras no Brasil é comercial, atingindo consideráveis fatias da audiência, com predomínio do
entretenimento nas FMs e do jornalismo nas AMs. Muitas destas emissoras, além de atuar
regionalmente também formam redes.