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A WR questiona as principais
suposições sobre tecnologias em
locais de trabalho, unidades de
comunicação, lares e instituições
sociais. Não é coincidência que o
DP ofereça esses desafios em um
momento em que muitas empresas
estão descartando a sabedoria
conventual e lutando para se reerguer
diante do aumento da concorrência
internacional, e mudanças políticas
dramáticas estão ocorrendo em todo
o mundo.
• É inevitável que a tecnologia seja
aplicada de forma a restringir, limitar e
desvalorizar o trabalho humano?
• Devemos sempre analisar o impacto
da tecnologia sobre as pessoas ou há um
impacto igualmente forte das pessoas
sobre a tecnologia?
• Melhorar as condições de trabalho
das pessoas é menos importante do
que ter
tecnologia de ponta? Os sindicatos, atuando como
• Existem maneiras de projetar defensores dos trabalhadores, e uma
empregos (e tecnologias de apoio a história de abordagens sociotécnicas
empregos) para combinar que defendiam a importância da
produtividade elevada com dimensão social do trabalho com a
crescimento humano, desafios e alta tecnologia, forneceram um solo fértil
qualidade de vida profissional para as para aqueles que se preocupavam com
pessoas que ocupam esses empregos? o local de trabalho e com os efeitos
• A democracia é valiosa apenas fora sociais das novas tecnologias.
da "O valor do DP foi demonstrado em
o local de trabalho? projetos como DEMO S, FLORENCE
• Os profissionais de software e UTOPIA e em conferências
reconhecem e afirmam a validade de internacionais, como a série IRIS
perspectivas diferentes das suas e (Information Systems Rese arch
valorizam o conhecimento Seminar) e a série WG 9.1 (Working
especializado que vem da Group on Computers and Work) da
experiência, não apenas o IFIP, com títulos como Systems
conhecimento atestado por Design For, With, and By the Use:re
credenciais acadêmicas? [3] e System Design for Human Der
elopment and Produstiuity. Participation
A DP criou raízes na Europa, and. Beyond [4]. Bjerknes, Ehn e
especialmente no movimento
escandinavo de democracia no local
de trabalho e, de forma modificada,
na Inglaterra. Forte

Práticas de voxonomia da OEPB: Guia do Profissional da Série

5
os usuários participam do mundo dos usuários?
Michael F. Muller
Daniel M. Wildman
Ellen A. Z*hile
omo observado na introdução, a área de DP tem
sido muito rápida em termos de número de
práticas,
O desenvolvimento teórico, o número de profissionais e
a diversidade geográfica e institucional da prática. Isso levou
a dois problemas:
• Os profissionais podem precisar de alguma orientação para
encontrar técnicas apropriadas para suas circunstâncias
específicas.
• Os profissionais, a gerência de desenvolvimento de software
e outras partes interessadas podem acreditar incorretamente
que o DP não foi usado em produtos comerciais ou que não foi
bem-sucedido no exterior ou na Escandinávia.
Aqui, tentamos resolver esses dois problemas: primeiro,
tentamos fornecer um breve guia de práticas de DP para
profissionais atuais ou em potencial. Organizamos as
práticas em uma superfície taxonômica com duas dimensões
visuais (Figura 1) e uma terceira dimensão dada pelas
seguintes notações:
• Tempo durante o ciclo de vida do desenvolvimento:
algumas práticas parecem ser mais apropriadas em
determinados pontos do ciclo de vida do desenvolvimento
ou iteração. O eixo horizontai da figura fornece um guia
muito aproximado dos pontos do ciclo de vida em que cada
prática pode ser útil.
• quem garti'riga com quem no wnat7 O conceito de
participação está aberto a muitas interpretações. O eixo
vertical da fissura abrange uma maneira de organizar as
várias abordagens, perguntando: os profissionais de software
participam do mundo dos usuários "mais abaixo no eixo" ou
para cada categoria de prática: T "pequeno,
de 2 a 4 participantes", S "pequeno, de 6 a 8
participantes", M "moderado, até 40
participantes" e B "grande, até 200
participantes". As recomendações de tamanho
de grupo são, em alguns casos,
aproximadas, e recomendamos que o leitor
consulte as descrições das fontes de cada
prática antes de tomar decisões firmes com
relação ao tamanho do grupo
Nosso segundo objetivo é desfazer certos
mal-entendidos em relação ao DP. Diversos
profissionais, teóricos e críticos afirmaram que
o DP é inadequado ou inaceitável fora do
ambiente jurídico específico fornecido pelas
leis de codeterminação da Escandinávia. Há
também a crença de que a DP não foi
aplicada fora dos laboratórios de pesquisa
ou de projetos financiados por pesquisa.
no mundo dos profissionais de informática (mais alto no eixo?
acreditamos que há valor em ambos os extremos de
participação, bem como nas misturas entre essas duas
formas de participação que ocorrem no eixo vertical.
• Adapte o tamanho do grupo para a prática: Diferentes
práticas são projetadas para trabalhar com grupos de
diferentes tamanhos. Os tamanhos apropriados de grupos
são indicados por letras sobrescritas
Na Figura 1, destacamos em itálico as práticas que foram
desenvolvidas ou usadas fora da Escandinávia (19 a 22); essas
práticas também podem ter sido desenvolvidas ou usadas na
Escandinávia. Também destacamos em grande número as
práticas que foram usadas em projetos comerciais "sem
financiamento de pesquisa"; essas práticas também podem ter
sido desenvolvidas ou usadas em um ambiente de pesquisa.
Ambos foram divertidos e essenciais para os sucessos
posteriores em domínios mais diversificados. Concentramo-nos
em trabalhos não escandinavos e de não pesquisa para
mostrar a transferência bem-sucedida de práticas de DP de
suas raízes culturais e institucionais para domínios cada vez
mais diversificados.
Esperamos que esta breve taxonomia ajude os profissionais
novos ou estabelecidos a encontrar técnicas que possam ser
usadas "ou aprimoradas" de acordo com suas circunstâncias.
Gostaríamos de receber informações sobre técnicas que
deixamos de mencionar ou sobre aprimoramentos de
qualquer uma das técnicas listadas.
Essa taxonomia foi baseada, em parte, em documentos de posição em um workshop da
cHi'91, Harticipa- toryoeslari.- rractlczlStories and Stories of Practice. Como o tema era
a patologização, pareceu apropriado fazer um relatório desse workshop no CHI'92 na
forma de um "pôster participativo", que apresentava uma versão preliminar da
taxonomia e um conjunto de placas de tempo e notas Post-it, por meio das quais as
pessoas poderiam corrigir ou atualizar a taxonomia. A versão atual reflete as valiosas
contribuições feitas pelos participantes do CHi'9t.
"cost-It é uma empresa do tipo tra0emart ou 3s.
Kyng fez uma grande contribuição em
Compulers and Democracy. A Scandinavian
Challenge [1]. Visões individuais
dentro das diversas tradições
escandinavas e inglesas foram
fornecidas por [2, 5, 9, 10]. Aspectos
do trabalho escandinavo foram
relatados na América do Norte em
conferências da ACM, como CSCW
'88, '92 e CHI '90. Esses encontros,
por sua vez, deram origem a trabalhos
não escandinavos que foram relatados
na CHI '90, '91, '92 e C SCW '92.
Livros norte-americanos
importantes sobre o assunto são Design
at Work. Coopoaliue Design of Computer
Systems [1] e Participatory Design.
Principles and Praclices [11]. Outras
referências importantes são fornecidas
na taxonomia a seguir. (Uma
bibliografia mais detalhada sobre DP
aparecerá em [8]).
Grande parte do trabalho
escandinavo mantém um
compromisso explícito com a
democracia no local de trabalho no
contexto do crescimento tecnológico e
do desenvolvimento dos negócios, ou
seja, a participação direta e efetiva
dos trabalhadores (e não o mero
"envolvimento") nas atividades e
decisões de design, dentro de um
contexto sindical. Fora da
Escandinávia, o campo é mais
variado, com alguns teóricos e
profissionais buscando uma forma
adaptada localmente de tomada de
decisão democrática e outros
enfatizando a aquisição eficaz de
conhecimento e a qualidade do
produto. Como parte de seu
Workplace Project, a Computer
Professionals for Social
Responsibility patrocinou duas
Conferências de Design Participativo
- PDC '90, em Seattle, e PDC '92, em
Camaçari.
ponte. A conferência de 1992 foi
realizada no MIT e envolveu um
comitê de programa de oito países e a
participação de 175 pessoas de 12
países. Cerca de 55% dos participantes
eram do setor; os demais eram do meio
acadêmico, do governo e de
organizações sem fins lucrativos. A
maioria dos artigos apresentados nesta
edição foi extraída dessa conferência.
É simplista descrever qualquer uma
das contribuições desta edição como
abordando apenas um único tema,
pois há uma grande variedade de
questões dentro do escopo da DP.
Análises históricas e interculturais
são apresentadas nos artigos de
Bjerknes, Carmel, Whitaker e
George; e Clement e Van den
Besselaar. A complexa

S Personalização''S
Prototipagem de baixa tecnologia • Projeto de botões [14]
• Jogo de design de ícones [10,17]- Planilhas eletrônicas [6]
Prototipagem de baixa tecnologia S
Go-development [9}S '' • PICTIVE [1,10,14,15,17]
Ergonomia participativa [13] S''
Mock-upsS • TeIePlCTIVE [9]
• UTOPIA [3,7,12,15] L ie S
• ACE [5] ' "* " " ' Prototipagem de baixa tecnologia
• Projeto Lunch6ox [9] • Jogo de banco de dados BtzcJrers [17]
Impacto do Teatro para o
Trabalho ^'B 7heafre para Oesign B
• Teatro Fórum [4] • Teatro de interface [10,17]
• Roteiros para ação [6]
Prototipagem de vídeo [1}T
História6oarr/ Prototipagem S'''B
CS
Jogos de cartas ''S ' ' ' ['! Prototipagem cooperativa^'S
• Kits de organização e layout [6,15] • CISP [9]
• C.A.R.D. & B.O.A.R.D. [17]
• Jogos de metáforas (6,10,17) gt Avaliação cooperativa [18]*
Tradutores [
Conf'erências (semi) estruturadas''B' Prototipagem colaborativa para design ^'*
• CISP [6,9,15,16]
• Conferências Starling (15)
• Workshops futuros [3,6,12,15] Prototipagem colaborativa T,S?
• Facilitação gráfica [1// - Requisitos participativos
especificação [9,15] Análise participativa de dados de
usabilidadeT 'S
Prevendo futuras sessões S'' • CISP [9]
• Workshops futuros [3,6,15]
• Projeto Lunchkox [9}

T,S,M ? - --
Coritezroa/ Inquiry [2,7,15]

Métodos etnográficos [J ,6,7,15,16] ''^' -

Posição da atividade no ciclo de desenvolvimento ou na iteração

As inter-relações de design,
desenvolvimento, ética e política que
surgem durante as práticas
participativas são exploradas por
Greenbaurri e Halskov Madsen,
Miller e Wagner. A importância de
trabalhar de forma colaborativa além
dos limites de especialização,
propriedade e organização é esclarecida
por Anderson e Crocca; Blomberg,
McLaughlin e Suchman; Euchner,
Sachs e o painel NYNEX; Gron-
baek, Kyng e Mogensen; Muller,
Wildman e White; e Williams e
Begg.
Outras questões de comunicação -
por meio de linguagem ou artefatos -
são discutidas por Crane; Katzenberg
e Piela; e Novick e Wynn. Em um
artigo relacionado, Kensing e Munk-
lVladsen desenvolvem uma teoria da
prática baseada em práticas e
artefatos participativos. Por fim, há
relatórios sobre programas
importantes oferecidos por Floyd;
Halskov Madsen e Aiken; Hart:er; e
Mumford.
Incentivamos os leitores conscientes a
procurar pontos em comum entre os
artigos e pontos em comum entre o
trabalho aqui relatado e suas próprias
práticas, ética e ações. O
EDITO.US
Sarah Kuhn
Universidade de Massachusetts em Lowell
Michael J. THuller
U S WEST Tecnologias avançadas
Sobre os Editores do Gut:st
SARAH KUHIN é professora de Política e
Planejamento na Faculdade de Administração
da Universidade de IUassachusetts em Lowell.
Seu trabalho se concentra na informatização e
na reestruturação do trabalho; participação,
comunicação e excelência no projeto de
sistemas tecnológicos; educação
profissionais técnicos; e questões de política
industrial no desenvolvimento econômico. Ela
foi copresidente da Conferência PDC'92 (com
Michael M uller). Endereço atual:
Departamento de Política e Planejamento,
Universidade de Massachusetts em Lowell, PA
213, Lowell, MA 01fi'34-2881; 508-934-2903
(voz);
508-934-3035 (:'ax) kuhns@woods.ulowelI.edu
MICHAEL J. MULLER é membro da equipe
técnica do grupo de pesquisa de produtos de
interface do usuário no departamento de
ciência e tecnologia da U S WEST Advanced
Techologies, Boul'âer, C o l o r a d o , onde
explora
a aplicação de tecnologias de fala a
aplicativos de telecomunicações e métodos
de DP. Anteriormente, trabalhou como membro
da equipe técnica do grupo Human Computer
Technology na Bellcore. Foi copresidente da
Conferência do PDC'92 (com Sarah Kuhn) e
copresidente de Demonstrações do C SCW'9
2 (com A it a Salasoo). Endereço atual: U S
WEST Advanced Technologies, 4001
Discovery Drive / Suite 280, Boulder, CO
80303; 303-541-6564 (voz) 303-541-6003
(fax) michael@advtech.uswest.com ou
muller.chi@xerox.com
Referências
1 Bjerknes, G., Ehn, P. e Kyng, M. (Eds.)
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challenge. Gower, Brookfield, VT: 1987.
Bodker, S. Through the interface: A human
acliuily approach io user interface design.
Erlbaum, Hillsdale, N.J.: J99l.
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Projeto de sistemas para, com e por eles. Norte
Holanda, Amsterdã, 1983.
4 Docherty, P., Fuchs-Kittowski, K., Kolm, P.,
e Mathiassen, I. System design /or human
development. Participation and beyond. North
Holland, Amsterdã, 1987.
5 Ehn, P Design orientado para caminhadas de
artefatos de campista.
Arbetslivcentrum, Estocolmo, 1988.
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Schmidt, G. e Wolf, G. Out of Scan-
dinavia: Abordagens alternativas para o
design de software e o desenvolvimento de
sistemas. Human- Comput. Interact. 4, 4,
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10 Nygaard, K. O desenvolvimento de
programas como um
atividade social. Em In/ormalian Processing
86, H.-J. Kugler, Ed., Elsevier, Amsterdã.
Reproduzido em PDC'90: Participatory
Design CanJerence Proceedings, A. Namioka
e D. Schuler Eds. Seattle, Washington.
Computer Professionals for Social
de
Responsibility (março e abril de 1990).
11 Schuler, D., e Namioka, A. Participatory
design. Principles and practices. Erlbaum,
Hillsdale, N.J., 1993.
Leitura recomendada
Um conjunto completo de referências
taxonômicas inclui mais de 100
citações. A inclusão de todas elas
seria inadequada para esta revista,
especialmente para um material
introdutório. Por isso, reduzimos esta
versão da taxonomia para listar
apenas práticas nomeadas e/ou
práticas relativamente conhecidas.
Também limitamos as citações, para
em sua maior parte, a volumes gerais
que contêm vários artigos ou
capítulos sobre DP.
1 Ilauersfeld, P., Bennett, J e Lynch, G., LDS.
Striking a balance. Em Proceedings oJ
C "HI'92. (Monterey, Califórnia, abril de 1992).
Ilennett, j., Holtzblatt, K., Jones, S. e
Wixon, D. Usability engineering and con-
textual inquiry. Tutorial no C HI'91. (New
Cleans La" May 1991)
Hjerknes, G., Ehn, P. e Kyng, M., Eds.
Computers and Democracy: A Scandinaoian C
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Hoal, A. Games Jor Actors and Nonactors A.
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6 C-reenbaum, J. e Kyng, M., Eds. Design at
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Erlbaum, Hilhdale, N.]. 1991.
7 brief, I. and Suchman, L., Eds CSCW'88.- In
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9 Muller, M.}., Kuhn, S. e Meskill, J.A., E,ds.
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11 I\duller, M.J., Wildman, D.M. e White,
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Pôster no C'HI'92. (Monterey, Califórnia,
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12 Nmioka, A. e Schuler, D., Eds. PDC '90.
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14 Robertson, S. P., Olson, G.M. e Olson, J.S.,
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l5 Schuler, D. e Namioka, A. Participatory
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Hillsdale N.J. A ser publicado.
16 Turner, J. e Kraut, R., Eds. Sharing
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jogos e outras técnicas. Tutorial a ser
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Q junho de 1993/VoT36, No4ce**muncc*vconcucvwnxo-