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Opportunities and challenges of ChatGPT for design knowledge management

Catarina LopesNºa60510, Francisco Alves Nºa44544, Regis Santos Nºa58393, Andres Mota Nºa25152
Mestrado em Gestão das Organizações ; Instituto Politécnico de Bragança, Portugal.

a60510@alunos.ipb.pt, a44544@alunos.ipb.pt, a58393@alunos.ipb.pt, a25152@alunos.ipb.pt

RESUMO

O artigo “Opportunities and challenges of ChatGPT for design knowledge management“(Oportunidades e desafios
do ChatGPT para a gestão do conhecimento sobre design) trata de uma pesquisa que envolve a aquisição de
conhecimentos por parte do designer com a utilização do ChatGPT. É apresentado estudos de casos para a
utilização de modelo linguístico de Inteligência artificial –(IA), utilizada mundialmente e facilitado pelo seu acesso
gratuito e habilidades de resposta multilíngue com capacidade de aprendizagem contínua. Os autores constataram
que é de grande relevância a utilização do CHAT no Conhecimento de Design, mas que necessita de uma melhor
precisão na programação, pois sua atual linguagem é passível de influências.

Palavras-Chave: Tecnologia, gestão dos conhecimentos; Inteligência artificial; design


1. INTRODUÇÃO
O estudo de caso dos autores teve o objetivo de explorar as oportunidades e desafios do ChatGPT para gestão
de conhecimento em design, auxiliando na tomada de decisão, tornando os processos mais simplificados,
reduzindo o tempo e melhorando o resultado do processo de forma eficaz no encontro de solução para
determinados problemas. O autor menciona que “Explorar o conhecimento de forma eficaz requer classificá-lo
adequadamente, representando o conhecimento, o que aumenta a compreensão e utilização do conhecimento
durante o processo de design”. (pg.02). Traz conceitos sobre conhecimentos e gestão do conhecimento, citando
o estudo de Pahl and Beitz (pg.02) que manifesta que “formas linguísticas de conhecimento ocorrem em todos os
estágios da engenharia, tanto nas ciências naturais quanto nas ciências da engenharia, ao mesmo tempo em que
considera condições as restrições específicas da tarefa dada”. Manifesta que o Chat é um modelo de linguagem
transformadora, desenvolvido pela OpenAI, com a vantagens de gerar texto em uma ampla variedade de estilos
e formatos, invocando mais alguns benefícios dentre eles o uso do Chat para os fornecimentos de informações
relevantes e abrangentes e a capacidade de integrar o conhecimento com mais facilidade. No entanto o estudo
esclarece que existem alguns desafios associados à utilização da IA, tais como: a dificuldade de controlar a
qualidade e a precisão da informação garantindo que seja informação relevante e útil. O artigo em análise está
organizado em seções, sendo na seção 2, é detalhada uma visão geral das pesquisas existentes sobre aquisição
de conhecimento em design; A Seção 3 descreve as oportunidades, desafios e oportunidades de pesquisa que
são trazidas para projetar a aquisição de conhecimento pelo ChatGPT e ilustra um estudo de caso, seguido pela
conclusão e trabalhos futuros na Seção 4. Na seção 2 com destaque para o item sobre Classificação do
conhecimento onde trata sobre os principais tipos de conhecimento empregados em estudos de design; a
Classificação da representação do conhecimento que menciona que uma das principais funções da representação
do conhecimento é torná-lo explícito; a Aquisição de conhecimento de design que envolve a interação entre o
provedor de conhecimento e o buscador de conhecimento em determinados domínios de problemas.

2. CONTEÚDO

Sobre o conceito de design, foi necessário buscar artigos que esclarecem essa atividade, onde encontramos os
autores Demarchi & Fornersier& Merino, 2021 que segundo eles design significa:

(...) o designer não projeta simplesmente bens ou serviços para empresas, ele pratica uma profissão

intelectual, o que implica em ações determinada pela ética e moral. Conceituar o design implica em

entender sua natureza, conhecer os diversos campos onde pode atuar e os métodos empregados pela

atividade

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O design tangível é visivelmente aplicado em diferentes empresas e indústrias, resultando em produtos

de acordo com o segmento do design concebido. No entanto, deve-se lembrar que o design é uma

atividade complexa que envolve a fase de pesquisa, o pensamento estratégico, a capacidade de criar

e implementar, ou seja, as ações realizadas internamente e que não são diferenciadas pelos

consumidores, e são, portanto, os aspectos intangíveis do design, aquele que não tem como resultado

um bem, um exemplo é a gestão de design.

A gestão de design é o gerenciamento das atividades de design delimitadas pela empresa com objetivo

de implantar a cultura empresarial na mudança da sua própria imagem. Surgiu a partir do

desenvolvimento industrial no mercado, quando as empresas sentiram necessidade de se diferenciar

dos concorrentes, assim passaram a executar ações que pudessem acrescentar valor à sua imagem e

inseriram o design como fator de competitividade. (Demarchi, Ana Paula Perfetto, Fornasier, Cleuza

Bittencourt Ribas; Merino Eugenio Andréas Diaz, 2012, pp 1-2)

Preliminarmente percebe-se que o artigo é escrito apenas para um público específico, trazendo conceitos não
muito compreensíveis ao público leigo. O público leigo pode entender por design no senso comum apenas como
o arranjo de objetos/estrutura em um ambiente, tornando-o mais aprazível e confortável. O artigo cita exemplo
como senso comum de design a compreensão ao público sobre a diferença do carro a combustão e o carro
elétrico. O conceito de design é muito mais amplo para o meio empresarial e da engenharia.
Por outro lado, considerando o público-alvo a ser atingido, o artigo em análise foi apresentado em 2023 na 33rd
Conferência CIRP Design, sendo publicado no periódico online procedia CIRP, ISSN:2212-8271, p 21-28, vol.119,
cujo fator de impacto pelo citeScore é 3,5. Entre a categoria “Controle e sistemas de engenharias” ela está na 57th
percentile, sendo a 123 de 286; na categoria “Industrial and Manufacturing” foi classificado na 59th percentile,
sendo a 144 de 355.
O fator de impacto está ligado a visibilidade do trabalho, quanto mais alto o fator mais visibilidade terá. Dessa
forma, é importante considerar o fator impacto antes de enviar o trabalho para publicação. Nesse caso específico,
o público-alvo foi atingido, no entanto, o fator de impacto é baixo, considerando o ranking geral do Scorpus,
(citeScore), já na categoria específica pode-se considerar como um impacto mediano.
Em termos de conceitos de ChatGPT (IA) e de gestão de conhecimento em Design, com citação de estudo de
Pahl e Beitz,” existem conceitos mais claros no item “Revisão da literatura”, tornando-se mais acessível ao público
leigo, vejamos as definições (pg.1):

ChatGPT é um modelo de linguagem baseado em transformadores desenvolvido pela OpenAI que foi

treinado em um enorme corpus de dados de texto. Este modelo pode gerar texto em uma ampla

variedade de estilos e formatos, tornando-se uma ferramenta potencialmente valiosa para aquisição de

conhecimento em design

(...) é um modelo de linguagem avançado que utiliza arquitetura de rede neural baseada em

transformadores para compreender estruturas de linguagem complexas e gerar respostas

contextualmente relevantes e coerentes.

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(...) se destaca pela sua excepcional capacidade de conversação e capacidade de interagir

perfeitamente com os usuários. Além disso, ChatGPT é treinado por uma ampla gama de dados de

texto de diversas fontes. Ele pode fornecer aos engenheiros acesso a uma riqueza de informações e

insights.

Conhecimento técnico e de engenharia específico de domínio, de bom senso e de domínio cruzado são

os principais tipos de conhecimento empregados em estudos de design.

O conhecimento de design consiste em diferentes conhecimentos específicos de domínio que são

específicos de um determinado domínio ou área temática, como conhecimento relacionado a uma

determinada indústria ou campo. O conhecimento de senso comum que todos os humanos

possuem(...). é útil na resolução de problemas gerais e na tomada de decisões no processo de projeto

de engenharia. O conhecimento técnico e de engenharia é aplicável em uma variedade de domínios,

como física, química, materiais, etc., e é geralmente considerado de natureza mais fundamental. A

aquisição de conhecimento de design envolve a interação entre o provedor de conhecimento e o

buscador de conhecimento em determinados domínios de problemas

Nas sequencia o artigo passa a analisar os benefícios que o ChatGPT (IA) pode trazer para os conhecimentos de
design. O autor esclarece que a capacidade de adquirir, armazenar e utilizar eficazmente os conhecimentos em
matéria de conceção é crucial para melhorar a qualidade dos resultados e reduzir o tempo necessário para o
processo. Afirma que a crescente disponibilidade de modelos linguísticos de grande dimensão, como o referido
Chat, potencializou a aquisição do conhecimento na área:

O ChatGPT oferece uma nova oportunidade para a aquisição de conhecimentos de design através da

sua capacidade de oferecer uma plataforma geral, comum e integrada para a recuperação de

conhecimentos. Nesta plataforma única e centralizada, os designers podem adquirir conhecimentos

suficientes que pertencem ao conhecimento de senso comum, vários conhecimentos específicos do

domínio, bem como conhecimentos de engenharia e técnica, que apoiam as decisões de design ao

longo do processo de design. Consequentemente, é possível que os projectistas alterem menos os

fornecedores de conhecimentos quando definem e resolvem problemas derivados de diversas fases do

processo de conceção. A redução da necessidade de os projectistas alternarem frequentemente entre

diferentes conhecimentos contribui para racionalizar o processo de conceção e melhorar a eficiência

do fluxo de trabalho. Além disso, uma ferramenta de conhecimento integrada pode facilitar uma melhor

colaboração e comunicação entre os designers, permitindo-lhes trabalhar na mesma plataforma e

partilhar conhecimentos facilmente. Isto pode melhorar a produtividade da equipa e reduzir o risco de

erros ou falhas de comunicação. O ChatGPT é exatamente o fornecedor de conhecimentos para ajudar

o designer e não para ditar o processo de design.

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Analisando as tabelas e figuras do artigo, verificamos que no 2.2.1. “Classificação do conhecimento”, o autor
demostra dados sobre o “conhecimento” através da “Tabela 1. Classificação das representações do conhecimento
no design de produto”; Figura 1 “Escopo e profundidade dos três tipos de conhecimento”; da Figura 2. “Processo
de aquisição de conhecimento de design”. Figura 3. Aquisição de conhecimento de design centrada no ChatGPT.
Já sobre o estudo de caso, o autor apresenta dados através das Tabelas 2. Diferentes respostas a perguntas
idênticas em diferentes países. Tabela 3. Informações recomendadas para o artigo sobre erros; Figura 4. Consulta
de diferentes domínios; Figura 5. Consulta mais profunda com prompts em um domínio específico e Figura 6.
Oportunidades futuras de pesquisa.
As tabelas e figuras complementam a pesquisa realizada tornando - a compreensível visualmente. Importante
também destacar a vasta bibliografia atualizada consultada pelos autores, sendo apenas uma delas do ano de
1992, mas que muito enriquece a pesquisa em questão.
Pois bem, o mais relevante na pesquisa, foi o fato dos autores detectarem uma deficiência na plataforma de IA: “A
prevalência de enviesamento nos modelos baseados na língua durante o treino”, entendendo eles que é da maior
importância garantir a exatidão e a fiabilidade dos resultados gerados por estes modelos. Alguns utilizadores
relataram casos de erros de senso comum e de informações fabricadas que podem ter consequências
imprevisíveis e mesmo prejudiciais. Dessa forma, passa-se a esclarecer o método utilizado que possibilitou que a
deficiência fosse encontrada pelos pesquisadores.

2.1 MÉTODO

O método adotado para a elaboração deste artigo, segundo o autor, envolveu a condução de uma Pesquisa de
Zhuo de 2023 que incluiu uma extensa análise de 305.701 tweets associados ao ChatGPT. Naquele estudo, foi
realizada uma interação com a ferramenta com a formulação de uma pergunta hipotética à plataforma apenas
mudando a referência “País”. Nesta interação foi questionado “os motivos pelos quais as famílias chinesas e
americanas preferem usar uma varredora de chão”. As respostas geradas pelo Chat demonstraram um
preconceito em relação a um país em questão:

quando questionado sobre as razões pelas quais as famílias americanas preferem usar um robô para

limpeza de pisos, ChatGPT cita a conveniência e os benefícios de economia de tempo associados a

esta ferramenta de limpeza. No entanto, no caso dos agregados familiares chineses, o ChatGPT

sublinha que a utilização de um robô de limpeza de pavimentos é um artigo de luxo que aumenta o

estatuto social, em vez de realçar as vantagens práticas desta ferramenta de limpeza. Notavelmente,

estas duas questões são idênticas, sendo a única diferença os países referenciados. Estas duas

questões são iguais, apenas os países são diferentes, mas o ChatGPT dá uma resposta tendenciosa

baseada na discriminação injusta contra os Países. (Tabela 2)

Destaca-se que essa abordagem se revelou apropriada, uma vez que o ChatGPT é uma ferramenta projetada
para interagir com os usuários, no entanto seriam necessárias mais interações para comprovar realmente essa
deficiência, porque o método foi referenciado a apenas dois países com culturas bem diferentes: Estados Unidos
e China, onde obtiveram diferentes respostas, em que uma delas representou uma possível discriminação em
referência aos Chineses.

Num outro Estudo de Caso (pg.06) duas questões foram colocadas ao ChatGPT sobre Aspiradores de pó. O
estudo demonstrou a capacidade de compreender a informação semântica. Apesar de “aspirador” não ter sido
mencionado na segunda questão, o ChatGPT gerou respostas relevantes, algumas gerais, outras insuficientes
para apoiar definições de problemas.

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2.2 CONCLUSÃO

Observamos que o estudo teve como objetivo saber se o ChatGPT consegue auxiliar os designers na aquisição
de conhecimento.
O artigo fornece uma análise das oportunidades, desafios e direções de pesquisas futuras sobre o Chat em gestão
do conhecimento de design. Esclarece o autor que o estudo identifica oportunidades para provedores de
conhecimento, buscadores e sua interação, incluindo o fornecimento de uma base de conhecimento abrangente,
interações linguísticas iterativas e facilitação de aprendizagem expansiva e transferência de conhecimento entre
designers.

Referente ao artigo, entende-se necessário a aplicação de mais pesquisas com interações referenciando outros
diferentes Países em relação ao Estados Unidos. Ou até mesmos outros Países desenvolvidos do Ocidente ou
da Europa, para a obtenção de evidências mais consistentes em relação a aspecto tendencioso da Plataforma.
Necessário também mais estudos sobre uma melhor transparência das plataformas de IA que hoje, conforme o
autor, está quase que exclusivamente restrita às grandes empresas tecnológicas, como a Microsoft. Essa
transparência permitiria que outros Países pudessem aperfeiçoá-la com seus algoritmos e assim afastar supostos
preconceitos e informações tendenciosas, trazendo informações relevantes e mais assertivas para benefícios não
só ao Design, mas para as diversas áreas do conhecimento. Em Relação à transparência, os autores sugerem o
enfretamento desse desafio com o desenvolvimento de IA de código aberto, manifestam que essa atitude pode
ajudar a “promover um ecossistema mais transparente e aberto para o desenvolvimento” daquela tecnologia.
Por ora, foi percebido que o Chat é influenciável, apresentando frases preconceituosas na plataforma como
ocorreu em relação aos chineses. Na opinião do autor a solução para isso seria desenvolver critérios para triagem
e identificação de preconceitos para minimizar a sua produção (pg.05). Corroboramos com o autor de que mais
pesquisas são necessárias para avançar nesses esforços e promover maior justiça e inclusão nos modelos de IA.
Conforme ele “Investigar as possíveis implicações éticas e sociais do uso do ChatGPT contribuirá para uma IA
mais responsável. Como acontece com qualquer tecnologia de IA, existem preocupações sobre possíveis
preconceitos, erros e consequências indesejadas do uso do Chat no design”.

Mesmo assim os autores sugerem a continuidade da exploração do potencial do Chat para design colaborativo,
dizem que é importante na camada de equipes, a ferramenta tem o potencial de facilitar a colaboração, fornecendo
uma plataforma comum para compartilhar e adquirir conhecimento de design. Pesquisas futuras, indicadas no
próximo parágrafo, podem explorar o potencial do Chat para design colaborativo e investigar como otimizar a
interação entre o ChatGPT e vários designers.

2.3 PROPOSTA DE INVESTIGAÇÕES FUTURAS

O artigo apresenta algumas propostas de investigações futuras essenciais na aquisição de conhecimento


envolvendo o Chat sendo estudos aprofundados de neuro-edição para a aquisição de conhecimentos de conceção
para que se possa atenuar as preocupações éticas associadas à plataforma de IA, como o potencial de
parcialidade ou discriminação;

Investigar as potenciais implicações éticas e sociais da utilização do Chat, explorando formas de abordar estas
questões, tais como o desenvolvimento de mecanismos de transparência e responsabilização para a ferramenta.
Manifesta o autor que é necessário desenvolver também abordagens híbridas que se combinem com outros
sistemas baseados no conhecimento. O ChatGPT é um modelo linguístico poderoso que pode gerar respostas a
uma vasta gama de consultas, mas não é a única fonte de conhecimentos de conceção; Investigar padrões de
interação para a aquisição de conhecimentos de conceção;

A investigação futura pode explorar o potencial do Chat para o design colaborativo e como otimizar a interação
entre os vários designers e equipas.
Por fim, sugere analisar a eficácia da ferramenta para os designers principiantes e especialistas e o impacto na
aprendizagem e no desenvolvimento de competências dos mesmos.

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2.4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Demarchi, Ana Paula Perfetto, Fornasier, Cleuza Bittencourt Ribas; Merino Eugenio Andréas Diaz, (2012, out 11-
13), Contribuição da gestão e da engenharia do conhecimento ao design, 2012, 4º Congresso Internacional de
pesquisa em design -RJ.

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