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FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí.

IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA.


Curso: Medicina/ Turma X/ VII período
Disciplina/Módulo: TIC’S INTEGRADA

NOME DA ALUNO: VICTOR AZEVEDO

NOME DA ATIVIDADE: DISTÚRBIOS METABÓLICOS

Trabalho/Atividade apresentada à
disciplina/módulo de TIC’S Integrada,
ministrada pelo Professora: GABRIELLE
ROLIM, como requisito para obtenção de
nota.

PARNAÍBA
13/08/2023

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INTRODUÇÃO

Litíase renal (nefrolitíase) é um termo utilizado para designar a formação


pétrea de composições variadas no organismo humano. Essa composição pode ser
classificada como sendo metabólica, cálcica, infecciosa, dentre outras. Segundo o
Centro Brasileiro de Urologia a litíase é uma patologia frequente e atinge cerca de
0,12% a 0,14% em grupos de 100 mil pessoas (FERREIRA; SOUZA;
BARBOSA,2022).
A doença litiásica tem uma prevalência bastante variável de acordo com as
populações e países. Nesse contexto, existem vários fatores relacionados a
epidemiologia que implicam na predisposição da doença litiásica, por exemplo:
idade, sexo, raça, localidade, clima, profissão, classe social, hábitos alimentares e
genética. Também pode ocorrer a doença caso haja alterações no sistema urinário,
como infecção urinária, malformações, fatores genéticos e desequilíbrios
metabólicos (FERREIRA; SOUZA; BARBOSA,2022).
Fisiopatologicamente, ocorre a obstrução do ureter pelo cálculo. Logo após, o
líquido preso ao cálculo provoca uma dilatação do ureter que ativa os receptores
nervosos da lâmina própria. Por causa da distensão do ureter, a atividade
peristáltica aumenta, com a intenção de eliminar o líquido bloqueado pelo cálculo.
Todavia, o aumento da peristalse aumenta a produção de ácido lático, o qual irá
irritar as fibras nervosas do tipo A e C, aumentando a dor do paciente (DA SILVA et
al.,2022).
Além disso, com as lesões no lúmen acometidas pelo cálculo, há um
aumento na produção de prostaglandinas, que acarreta um maior fluxo sanguíneo
arterial do rim, aumentando a filtração glomerular. Dessa forma, o bacinete, os
cálices e cápsula renal sofrem uma dilatação, desencadeando o aumento da dor
quando a pressão intrapiélica ultrapassa os 65 cm de água. A prostaglandina
aumenta o fluxo glomerular pois possui função de inibir o hormônio antidiurético
(ADH) fazendo com que o rim não reabsorva água e ela cause dilatação nas vias
urinarias antes do cálculo (DA SILVA et al.,2022).
Nessa perspectiva, a base para o diagnóstico das litíases urinárias está
estabelecida nos seguintes pilares: história clínica, exame físico, exames de
imagem e exames laboratoriais. O paciente se apresenta com cólica renal e
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geralmente possui dor intensa no ângulo costovertebral, de início súbito e que não
possui posição antálgica. Além disso, o doente demonstra bastante agitação (DA
SILVA et al.,2022, VICUÑA; PEREZ; SUMBA,2023).
O cálculo renal tem predileção por locais anatomicamente estreitos do
sistema excretor renal: nos infundíbulos caliciais, na junção pielo-ureteral, no
cruzamento do ureter com os vasos ilíacos, no cruzamento do ureter com vasos
pélvicos e na mulher com o ligamento largo, e na junção uretrovesical. A irradiação
da dor depende da localização do cálculo (DA SILVA et al.,2022, VICUÑA; PEREZ;
SUMBA,2023).
Por isso, faz-se necessário uma investigação mais profunda, com a suspeita
clínica diante de um episódio sintomático de cólica renal. A TC helicoidal de
abdômen e pelve sem contraste é o exame padrão ouro, com sensibilidade de 96%
e especificidade de 100%. Além disso, a TC é útil na visualização de outras
patologias adjacentes, e, é capaz de excluir o diagnóstico de uretolitíase, levando a
pensar em outras anomalias (mas as anexais, doença do colón, apendicite etc.) (DA
SILVA et al.,2022, VICUÑA; PEREZ; SUMBA,2023).
O tratamento inicial da é realizado com analgésico ou antiinflamatórios não
esteróides (AINE). Os AINEs têm a possível vantagem de diminuir os tônus do
músculo liso ureteral, tratando, assim, diretamente o espasmo ureteral. Somado a
isso, estudos sugerem que o tratamento com alfabloqueadores (tansulosina) por até
quatro semanas, além da terapia conservadora, pode facilitar a passagem
espontânea do cálculo em pacientes que apresentam cálculo ureteral entre 5 e 10
mm de diâmetro (DA SILVA et al.,2022, VICUÑA; PEREZ; SUMBA,2023).

Quais as abordagens farmacológicas que podem evitar litíase urinária em


pacientes com hipercalciúria, hipocitratúria e hiperuricosúria? (VICUÑA;
PEREZ; SUMBA,2023, STROHER et al.,2022)

HIPERCALCIÚRIA = diuréticos tiazídicos disponíveis (Hidroclorotiazida, clortalidona,


indapamida.
HIPOCITRATÚRIA = Citrato de potássio (30-60mEq/dia).

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HIPERURICOSÚRIA = Inibidor da Xantina-Oxidase Alopurinol em situações de
hiperuricemia e hipouricemia >1g.

REFERÊNCIAS:
DA SILVA, Rhuan Victor Moreira et al. Manejo da dor na cólica renal por litíase urinária: uma revisão
narrativa. Revista Eletrônica Acervo Médico, v. 6, p. e10101-e10101, 2022.

FERREIRA, Gabilla de Paula; SOUZA, Isabel Freitas de; BARBOSA, Sabrine Farias. Análise
comparativa dos métodos de diagnóstico por imagem para diagnóstico da litíase urinária, com ênfase
na tomografia computadorizada: uma revisão de literatura. 2022.

STROHER, Cinthia et al. Abordagens cirúrgicas na litíase renal: revisão integrativa. Brazilian Journal
of Health Review, v. 5, n. 3, p. 11319-11336, 2022.

VICUÑA, Erika Vanessa Llerena; PEREZ, Jéssica Alexandra Rodas; SUMBA, Paulina Abigail Alvarez.
Eficácia de medidas dietéticas e farmacológicas no manejo da litíase renal.: Eficácia de medidas
dietéticas e farmacológicas no manejo da litíase renal. CPAH Science Journal of Health, v. 6, n. 1,
p. 1-14, 2023.

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