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Universidade Federal do Estado do Amapá

Campus Binacional

Carla Thaís Barroso


Paulo Cesar Silva Soares
Yasmin Silva Sfair

CRIANÇA COM DISFUNÇÃO GENITURINÁRIA

Oiapoque-Ap
2023
Universidade Federal do Estado do Amapá
Campus Binacional

Carla Thaís Barroso


Paulo Cesar Silva Soares
Yasmin Silva Sfair

CRIANÇA COM DISFUNÇÃO GENITURINÁRIA

Trabalho Avaliativo apresentado ao


Curso de Bacharel em Enfermagem
da Universidade Federal do Amapá
como requisito parcial para
aprovação na disciplina Saúde da
Criança e do Adolescente I.

Oiapoque-Ap
2023
Introdução

Disfunção do trato urinário inferior indica uma função anormal do trato urinário inferior
para a idade da criança, que pode levar à perda da capacidade coordenada de
armazenamento e eliminação de urina. É uma entidade comum em crianças, embora
subdiagnosticada na prática clínica, e que, além de representar um risco para o trato
urinário superior, causa um constrangimento emocional aos pais e às crianças, devido à
incontinência urinária e à frustração em lidar com o problema. A aquisição da continência
urinária diurna ocorre na maioria das crianças até os 4 anos e a noturna até os 5 anos
de idade. Após esta idade, a incontinência urinária torna-se um problema social. Apesar
da importância clínica, muitas vezes, os pais desconhecem os sintomas dessa
disfunção.
A avaliação da integridade renal e do trato urinário e o diagnóstico da doença renal ou
do trato urinário baseiam-se em vários instrumentos. O exame físico, a coleta da história
e a observação dos sintomas constituem os procedimentos iniciais. Na suspeita de
distúrbios ou doenças do trato urinário, realiza-se a avaliação adicional por meio de
exames laboratoriais, radiológicos e outros métodos de avaliação.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Como na maioria dos distúrbios da infância, a incidência e o tipo de disfunção renal ou


do trato urinário modificam-se com a idade e a maturação da criança. Além disso, as
queixas apresentadas e o significado dessas queixas variam com a maturidade. Por
exemplo, uma reclamação de enurese apresenta mais relevância aos 8 anos de idade
do que aos 4 anos de idade. Em recém-nascidos, os distúrbios do trato urinário estão
associados a inúmeras malformações evidentes de outros sistemas orgânicos, incluindo
a associação curiosa e inexplicada, porém frequente, entre as orelhas malformadas ou
com sua implantação baixa e anomalias do trato urinário.

Muitas das manifestações clínicas da doença renal são comuns a uma variedade de
distúrbios da infância, porém sua presença é uma indicação para obter informações
adicionais a partir da história da criança, da história familiar e dos exames laboratoriais
como parte de um exame físico completo. A suspeita de doença renal pode ser
adicionalmente avaliada por meio de exames radiográficos e biópsia renal.

EXAMES RADIOLÓGICOS E OUTROS TESTES DA FUNÇÃO DO SISTEMA


URINÁRIO:

Urinocultura e antibiograma;
Ultrassonografia renal e da bexiga;
Ultrassonografia testicular (escrotal);
Escaneamento;
Cistouretrografia miccional;
Cistografia com radionuclídeo (nuclear);
Exame de imagem com radioisótopos;
PIV (urografia IV; urografia excretora);
TC;
Cistoscopia;
Pielografia retrógrada;
Angiografia renal;
Teste de perfusão de Whitaker;
Biópsia renal;
Urodinâmica.

EXAMES LABORATORIAIS

Tanto os exames de urina quanto os de sangue contribuem com informações vitais para
a detecção de problemas renais. O exame isolado mais importante provavelmente é a
urinálise de rotina. Os exames específicos de urina e de sangue fornecem informações
adicionais. Como as enfermeiras são as que geralmente coletam as amostras e que,
com frequência, realizam muitos dos exames de escórias, elas devem estar
familiarizadas com o exame, sua função e fatores que podem alterar seus resultados.
EXAMES DE URINA PARA FUNÇÃO RENAL:
EXAME FÍSICO:

Volume;
Densidade específica;
Osmolalidade;
Aspecto.

EXAME QUÍMICO:

pH;
Nível proteico;
Nível de glicose;
Nível de Cetona;
Esterase leucocitária;
Nitritos.

TESTE MICROSCÓPICO:

Contagem de leucócitos
Contagem de eritrócitos;
Presença de bactérias;
Presença de cilindros.

EXAMES DE SANGUE PARA FUNÇÃO RENAL

BUN;
Ácido úrico;
Creatinina.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

As responsabilidades de enfermagem na avaliação das doenças ou distúrbios


geniturinários começam com a observação da criança para quaisquer manifestações que
possam indicar a disfunção. Muitas condições apresentam características específicas
que as distinguem de outras patologias.
Em geral, a enfermeira é aquela responsável por preparar os lactentes, as crianças e os
pais para os exames e para a coleta de amostras de urina e (algumas vezes) de sangue
para observação e análise laboratorial.
Uma importante responsabilidade de enfermagem consiste em manter cuidadosas
medidas da ingestão e débito e da pressão arterial na maioria das crianças com distúrbio
geniturinário e naquelas que poderiam estar em risco para desenvolver complicações
renais (p. ex., crianças em choque ou em pós-operatório). Por exemplo, qualquer grau
significativo de doença renal pode diminuir a taxa de filtração glomerular, uma medida da
quantidade de plasma a partir da qual uma determinada substância é totalmente retirada
em um minuto. Inúmeras substâncias podem ser usadas, porém a mais útil estimativa
clínica da filtração glomerular é a depuração da creatinina, um produto final do
metabolismo proteico no músculo e uma substância que é livremente filtrada pelo
glomérulo e secretada pelas células tubulares renais. A responsabilidade da enfermeira
neste exame é a coleta da urina, usualmente uma amostra de 12 ou de 24 horas.
Referências
1 VASCONCELOS, M. M. DE A. et al. Lower urinary tract dysfunction - a common
diagnosis in the pediatrics practice. Jornal brasileiro de nefrologia: ’orgao oficial
de Sociedades Brasileira e Latino-Americana de Nefrologia, v. 35, n. 1, p. 57–64,
2013.

2 WILSON, D.; HOCKENBERRY, M. Wong s Fundamentos Enfermagem


Pediátrica. 9. ed. [s.l.] Elsevier Editora Ltda, 2014.

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