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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO
3ª INSPETORIA DE CONTABILIDADE E FINANÇAS

Elaborado em: 13 de novembro de 2019


Atualizado em: -----
Publicado: -----
Revogação: -----

ORIENTAÇÃO TÉCNICA 002/2019 – S.3

Assunto: Suprimento de Fundos

Objetivo: Apresentar, de forma simples e exemplificativa, os principais aspectos a saber, na


realização de despesas em regime de adiantamento, ou Suprimento de Fundos, quanto a
concessão, aplicação e prestação de contas.

Público Alvo: Ordenador de Despesas, Agente Suprido, Fiscal Administrativo,


Encarregado de Setor Financeiro, Conformador de Registros de Gestão e outros que
assumirem encargos no processo de concessão, aplicação e/ou prestação de contas em
Suprimento de Fundos concedidos.
Legislação de referência:

- Lei 4.320/1964 e Decreto-Lei 200/1967;


-Decreto 93.872/1986 e alterações;
- Decreto 99.188/1990;
- Decreto 5.355/2005, alterado pelos Decretos 5.635/2005 e 6.370/2008;
- Decreto 6.467/2008;
- Portaria MF 95/2002;
- Portaria MP 41/2005, alterada pela Portaria MP 1/2006 e Portaria 44/2006;
- Portaria MP nº 90/2009;
- Portaria MF 448/2002 (Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP –
Volume I – PCO);
- IN STN 04/2004;
- Macrofunção 02.11.21, Manual Siafi, atualizada em 2019.
- Portaria Normativa-MD Nº 2.039/2014
- Portaria Normativa 976- MD/2015
- Portaria 40-SEF/2019
- Orientação Técnico-Normativa Nº 3 – Assessoria 2/SEF (TRIBUTOS).

ATENÇÃO!!!

Estas orientações não dispensam o conhecimento das normas acima,


principalmente, da Macrofunção 02.11.21 - Manual SIAFI atualizada, da Port 2.039-
MD/2014 e alterações por meio da Portaria Normativa 976-MD ; da Port 40-SEF/2019,
e Orientação Técnico Normativa nº 3 A2/SEF.

Cabe frisar que a legislação que trata do assunto é ampla, aqui nesta orientação
são evidenciados alguns tópicos importantes, de maneira que essa foi dividida em três
partes, a saber:

I- Generalidades do processo de Suprimento de Fundos;

II- Um processo de concessão de Suprimento de Fundos, abordando situações para o


agente suprido (EXEMPLO); e

III- Aspectos da conformidade referente ao processo de suprimento de fundos.

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I - GENERALIDADES

1. Suprimento de Fundos::

Regime de adiantamento aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em


lei; consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho, para
realização de despesas que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação -
EXCEPCIONALIDADE - sob inteira responsabilidade do ordenador de despesa.

2. São casos de Aplicação de Suprimento de Fundos

Normalmente são utilizados os seguintes tipos de despesa por meio de Suprimentos de


Fundos:

- DESPESA EVENTUAIS – para custear despesas não previstas fora da sede da OM, como,
nas Operações em campanha, e de GLO - Ex de despesa neste tipo: refeição para tropa em
deslocamento, conserto de pneu de viatura, conserto de materiais utilizados no apoio logístico
etc…

- DESPESA DE PEQUENO VULTO - para custear despesas na sede, condicionadas a


inexistência temporária ou eventual, no almoxarifado, no depósito ou na farmácia, do material
ou medicamento; impossibilidade, inconveniência ou inadequação econômica de estocagem
do material; e inexistência de cobertura contratual. Esta está limitada à R$ 1.760,00 por item,
sendo o item mensurado por aquisições de mesma natureza funcional. São exemplos de SF de
pequeno vulto: aquisição de determinado material de manutenção de instalações da OM que
necessita de reparo imediato e sua aquisição para estoque seria antieconômico.

“Consultar a Portaria Normativa Nº 2.039, de 14 de Agosto de 2014, para verificar todas as


possibilidades de concessão”

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3. Dos valores limites para despesas de pequeno vulto para Obras e serviços de
Engenharia:
OBRAS/SERVIÇOS DE
CPGF CONTA TIPO “B”
ENGENHARIA
R$ 33.000,00 R$ 16.500,00
SUPRIM. FUNDOS
(10%) (5%)
VALOR POR ITEM DE R$ 3.300,00 R$ 825,00
DESPESAS (1%) (0,25%)
TETO MODALIDADE CONVITE: R$ 330.000,00

4. Dos valores limites para despesas de Pequeno Vulto para Compras/Serviços:


COMPRAS/SERVIÇOS
CPGF CONTA TIPO “B”
EM GERAL
R$ 17.600,00 R$ 8.800,00
SUPRIM. FUNDOS
(10%) (5%)
VALOR POR ITEM DE R$ 1.760,00 R$ 440,00
DESPESAS (1%) (0,25%)
TETO MODALIDADE CONVITE: R$ 176.000,00

5. O que caracteriza o fracionamento da despesa?

A utilização de suprimento de fundos para aquisição, por uma mesma unidade gestora,
de bens ou serviços mediante diversas compras em um único exercício e para idêntico
subelemento de despesa, cujo valor total supere os limites dos incisos I ou II do art. 24 da Lei
nº 8.666/1993, constitui fracionamento de despesa, situação vedada pelos referidos
dispositivos legais (Acórdão TCU 1276/2008).

O fracionamento da despesa não é caracterizado pela mesma classificação contábil em


qualquer dos níveis, mas por aquisições de mesma natureza funcional (Macrofunção Siafi
02.11.21).

Considera-se indício de fracionamento, a concentração excessiva de detalhamento de


despesa em determinado subitem, bem como a concessão de suprimento de fundos a vários
supridos simultaneamente (Macrofunção SIAFI 02.11.21).

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6. Dos valores limites para despesas de pequeno vulto

Acórdão TCU nº 1276, de 2008

Os limites estabelecidos pelo art. 1º da Portaria nº 95/2002, do Ministério da Fazenda,


referem-se a todo e qualquer tipo de suprimento de fundos e não apenas aos destinados a
atender às despesas de pequeno vulto, ressalvados os casos expressamente autorizados por
Ministro de Estado ou autoridade de nível hierárquico equivalente, desde que caracterizada a
necessidade em despacho fundamentado, consoante o disposto no §3º do art. 1º daquele
normativo (Portaria MF nº 95/2002).

Suprimento de fundos somente se aplica a despesas a realizar em caráter excepcional,


e, por isso, aquelas que se apresentem passíveis de planejamento devem ser submetidas
ao procedimento licitatório ou de dispensa de licitação,
licitação, dependendo da estimativa de valor
dos bens ou serviços a serem adquiridos.

7. Modelo de proposta de suprimento de fundos

Os valores de suprimento de fundos entregues ao suprido poderão se relacionar a mais


de uma natureza de despesa, desde que precedidos dos empenhos nas dotações respectivas,
respeitados os valores de cada natureza.

Sendo assim, de acordo com o verificado na proposta, o AGENTE SUPRIDO deve


buscar orientação junto ao Setor Financeiro sobre as características da(s) ND(s) que lhe
foi(ram) concedida(s) no suprimento de fundos caso não esteja familiarizado com a(s)
mesma(s):
Ex:
33.90.30.xx - Material de consumo
33.90.39.xx - serviço pessoa jurídica
33.90.36.xx - serviço pessoa física

A seguir, o modelo de proposta de acordo com a Port 40-SEF:

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8. Aspectos gerais da utilização e prestação de contas

Prazo máximo para utilização dos recursos: até 90 dias, contados a partir da data
do ato de concessão do suprimento, não podendo ultrapassar o exercício financeiro;
Prazo para prestação de contas: até 30 dias,, contados a partir do 1º dia após o prazo
de utilização do suprimento;
A prestação de contas da importância aplicada até 31 de dezembro deverá ser
apresentada até o dia 15 de janeiro do exercício subsequente;
No mês de dezembro prevalecerão os prazos para prestação de contas contidos nas
Normas de Encerramento de Exercício, editadas anualmente;
É vedada a aquisição de material permanente por suprimento de fundos, ressalvados
os casos excepcionais devidamente reconhecidos pelo OD e em consonância com as normas
que disciplinam a matéria (alterado em 2007).

9. Restrições à concessão de suprimento de fundos


Não se concederá suprimento de fundos:
- a responsável por dois suprimentos;
- a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo
quando não houver na repartição outro servidor;
- a responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não tenha prestado
contas de sua aplicação;
- a servidor declarado em alcance.

10. Visão geral das retenções tributárias

Pagamentos a Pessoa Jurídica:


Retenção para a Previdência a cargo da prestadora do serviço;
Retenção ISS (depende da legislação Municipal) – ver COMUNICA SIAFI
2016/0749364;
Não há retenção para RFB (IRPJ, PIS-PASEP, COFINS e CSLL).

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Pagamentos a Pessoa Física
Retenção para a Previdência (11%) + Encargo Patronal (20%);
Retenção ISS (Depende da legislação Municipal) – ver COMUNICA SIAFI
2016/0749364;

Quando o agente suprido pagar o serviço com cartão deve fazê-lo pelo valor líquido,
ou seja, o valor correspondente ao ISS está contido no limite do Cartão de Pagamento, a UG
deverá, no documento “SF” de concessão do adiantamento, incluir a situação DOB030 (para
municípios não conveniados) ou DDR006 (para municípios conveniados) e efetuar o
recolhimento, observada a legislação do município. Ambas as situações deverão ser pagas na
mesma vinculação de pagamento utilizada para pagamento das faturas.

Quando o agente suprido sacar o valor bruto e pagar o valor líquido para o prestador
do serviço, ou seja, o agente suprido estiver com o valor da retenção sobre sua posse, em
espécie, seja o adiantamento concedido por meio de cartão ou por conta tipo “B”, o agente
suprido deverá devolver o valor do INSS para a UG por meio de GRU, com o código de
68808-8.

IN RFB nº 1.234, de 11 de janeiro de 2012

Art. 4º Não serão retidos os valores correspondentes ao IR e às contribuições de que trata


esta Instrução Normativa, nos pagamentos efetuados a:
(...)
XXI – título de suprimento de fundos, de que tratam os artigos 45 a 47 do Decreto 93.872,
de 23 de dezembro de 1986 (Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.244, de 30 de
janeiro de 2012) (Vide art. 3º da IN RFB nº 1.244/2012)

IN RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009


Art. 19. (...)

§ 4º. Os órgãos da administração pública direta, indireta e fundações de direito


público, bem como as demais entidades integrantes do Sistema Integrado de Administração
Financeira do Governo Federal (SIAFI), ao contratarem pessoa física para prestação de
serviços eventuais, sem vínculo empregatício, inclusive como integrante de grupo tarefa,

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deverão obter dela a respectiva inscrição no INSS ou, caso o trabalhador não seja inscrito,
providenciá-la, registrando-o como contribuinte individual.

11. Cartão de pagamento do governo federal (CPGF)


CONCEITO:
Instrumento de pagamento, emitido em nome
da unidade gestora e operacionalizado por
instituição financeira autorizada, utilizado
exclusivamente pelo portador nele
identificado, nos casos indicados em ato
próprio da autoridade competente, respeitados
os limites de utilização do Decreto nº 5.355, de
25 de janeiro de 2005.

12. Aspectos Gerais do CPGF


O detentor do cartão deverá utilizá-lo na função crédito, para geração de fatura mensal,
e poderá utilizá-lo para saques, em situações específicas da UG;
A fatura vencerá sempre até o dia 10 de cada mês;
O Banco do Brasil disponibilizará a fatura até o dia 04;
O pagamento da fatura será efetuado por meio de OBD (OB Fatura);
O portador identificado no CPGF é o responsável pela sua guarda e utilização,
devendo informar, de imediato, ao OD e ao operador do cartão, eventual extravio, roubo ou
furto, para solicitação pela UG do bloqueio para o uso do mesmo, além do competente
registro, de imediato, no Boletim Interno da Organização Militar a que pertence.

13. Devolução de Recursos

Macrofunção SIAFI 02.11.21:

8.5 Quando o suprido efetuar saques da conta corrente ou por meio do CPGF, o valor
do saque deverá ser o das despesas a serem realizadas.

8.6 Se o valor do saque exceder ao da despesa a ser realizada, o valor excedente


deverá ser devolvido, por intermédio da GRU, código de recolhimento 68808-8 – devolução

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de suprimento de fundos - exercício, no prazo máximo de três dias úteis a partir do dia
seguinte da data do saque, diminuindo o valor do suprimento a ser utilizado.

8.7 Se o valor excedente do saque a que se refere o item 8.6 não for maior ou igual a
R$ 30,00 (trinta reais), poderá o suprido permanecer com o valor excedente além do prazo
estipulado no item 8.6, 3 (três) dias úteis. Na data em que o valor excedente somar R$ 30,00
(trinta) reais, o suprido deverá efetuar a devolução conforme item 8.6.

8.8 Caso algum valor em espécie permaneça com o suprido sem justificativa formal,
por prazo maior que o indicado no item acima, autoridade competente deverá apurar
responsabilidades.

8.9 Nos casos em que o suprido ausentar-se por prazos extensos ou estiver
impossibilitado de efetuar saques por períodos longos, poderá permanecer com valores em
espécie acima do prazo do item 8.6, justificando formalmente as circunstâncias que
impediram os procedimentos normais.

14. Prestação de contas

- Macrofunção
Macrofun SIAFI 02.11.21:

11.4 – Compõe a prestação de contas do suprimento de fundos:

11.4.1 – A Proposta de Concessão de Suprimento;


11.4.2 – cópia da NE - Nota de Empenho da despesa;
11.4.3 - cópia da ordem bancária;
11.4.4 – o Relatório de Prestação de Contas;
11.4.5 – os documentos originais (Nota Fiscal/Fatura/Recibo/Cupom Fiscal), devidamente
atestados, emitidos em nome do órgão, comprovando as despesas realizadas;
11.4.6 - o extrato da conta bancária discriminando todo o período de utilização, quando se
tratar de suprimento de fundos concedido por meio de conta bancária;
11.4.7 – a Guia de Recolhimento da União - GRU, referente às devoluções de valores sacados
e não gastos em três dias e aos recolhimentos dos saldos não utilizados por ocasião do término
do prazo do gasto, se for o caso;

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11.4.8 – a cópia da GPS, se for o caso;
11.4.9 - a cópia da NS - Nota de Sistema de reclassificação e baixa dos valores não utilizados;
11.4.10 – nos suprimentos concedidos por meio do cartão de pagamento:
11.4.10.1 - Demonstrativos mensais;
11.4.10.2 - Cópia(s) da(s) fatura(s).
11.4.11 - Cópia do documento de arrecadação do ISS, se for o caso.
11.5 - As despesas realizadas deverão ser comprovadas por documento fiscal específico,
devidamente atestadas, devendo conter ainda, por parte do fornecedor do material ou do
prestador do serviço, a declaração de recebimento da importância paga:
11.5.1 - na aquisição de material de consumo: Nota Fiscal, Nota Fiscal Fatura, Nota Fiscal
de Venda ao Consumidor ou Cupom Fiscal;
11.5.2 - na prestação de serviço realizado por pessoa jurídica: Nota Fiscal de Prestação de
Serviços;
11.5.3 - na prestação de serviço realizado por pessoa física: Recibo de Serviço Prestado por
Pessoa Física – que constará obrigatoriamente, de forma clara, o nome, CPF e o número de
inscrição no INSS do prestador de serviço.
11.6 - Todos os documentos deverão ter a data de emissão igual ou posterior a da entrega do
numerário, e deverão estar compreendidos dentro do período fixado para aplicação dos
recursos.
11.7 - O recolhimento do saldo de suprimento de fundo não utilizado, será efetivado à Conta
Única do Tesouro Nacional, vinculada a Unidade Gestora concedente, por meio da GRU.
11.8 – Será providenciada a anulação dos empenhos correspondentes aos valores não
utilizados.
11.9 – As prestações de contas impugnadas, serão imediatamente registradas em
responsabilidades, por NL - Nota de Lançamento, evento 54.0.895, conta corrente igual ao
CPF do suprido, classificação de acordo com a irregularidade cometida.

Portaria normativa nº 2.039, de 14 de agosto de 2014


Art 16º O processo de comprovação de despesas à conta de suprimento de fundos será
constituído dos seguintes documentos:
I - nota de empenho da despesa;

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II - cópia do documento hábil Suprimento de Fundos (SF), emitido no Sistema Integrado de
Administração Financeira (SIAFI);

III - extrato bancário do CPGF;

IV - primeira via dos comprovantes de despesas realizadas, a saber:

a) nota fiscal de venda de bens ou de prestação de serviços;

b) recibo de pagamento a autônomo, no qual constem, além da assinatura, os números do CPF


e do RG e o endereço;

c) guia de recolhimento da previdência social, para comprovar o recolhimento da contribuição


previdenciária prevista no inciso III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991;

d) relação de despesas sem comprovantes, quando for o caso;

e) comprovante de pagamento emitido pela operadora do cartão, quando for o caso;


V - demonstrativo de receita e despesa;
VI - comprovante de recolhimento do saldo, se for o caso.
§ 1º - Os comprovantes de despesas especificados no inciso IV deste artigo só serão aceitos se
emitidos dentro do prazo de aplicação definido no ato de concessão.
§ 2º - O processo de comprovação deverá ter suas folhas devidamente numeradas e rubricadas
pelo agente suprido.

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A fim de cumprir o previsto no Inciso V, do Artigo 16, da Portaria nº 2039, segue
abaixo uma Sugestão de Modelo demonstrativo de Receita e Despesa:

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Seguem abaixo os documentos de comprovação a serem apresentados pelo agente
Suprido conforme PORTARIA Nº 40-SEF, DE 2 DE MAIO DE 2019.

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15. Análise da prestação de contas

O Chefe Setor Financeiro ou Fiscal Administrativo, outro agente da administração


designado responsável pela análise da comprovação de Suprimento de Fundos deverá emitir
parecer fundamentado, atestando a regularidade da aplicação ou informando as falhas
irregularidades detectadas, de modo a subsidiar o Ordenador de Despesas na tomada de
decisão.

16. Da análise da prestação de contas, recomenda-se verificar

1. se todas as despesas foram realizadas no período de aplicação;


2. se a despesa realizada se enquadra na classificação orçamentária especificada no ato
da concessão; e se não houve fracionamento da despesa;
3. Se as despesas realizadas estão devidamente atestada por outro servidor que tenha
conhecimento das condições em que estas foram efetuadas, em comprovante original;
4. confrontar os documentos comprobatórios da realização das despesas com as faturas
fornecidas pela instituição operadora do CPGF;
5. se as (notas fiscais, recibos e outros) são originais, estão sem rasuras, em nome do
órgão/entidade, e se apresentam a data, o endereço e a discriminação da despesa efetivamente
realizada, bem como a declaração de recebimento da importância paga emitida pelo
fornecedor e, ainda, o respectivo atesto do recebimento/execução do serviço pelo demandante;
6. se a data de validade do documento fiscal recebido e se esta se encontra dentro do
período de aplicação;
7. se o agente suprido observou a legislação tributária pertinente, especialmente quando
da contratação de prestadores de serviço autônomos;
8. se houve utilização da transação de saque somente para as ações devidamente
autorizadas no ato de concessão;
9. se houve recolhimento ao Tesouro Nacional de qualquer saldo em espécie porventura
em seu poder;
10. se houve despesa em período de férias do agente suprido ou em seus afastamentos
legais; e
11. se houve justificativa para a realização de despesas em finais de semana.

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17. Prestação de Contas julgadas sem alteração
Despacho do OD de aprovação das contas apresentadas pelo agente suprido;
Realização no SIAFI WEB da Baixa da Responsabilidade por meio da reclassificação
da despesa do SI 96 para o SI do serviço prestado ou Material adquirido.
Conforme orientação da D Cont, deve-se observar na reclassificação da despesa o
correto lançamento do Centro de Custo. Se SERVIÇO, reclassifica-se no C/C de acordo com
a despesa. Se MATERIAL o C/C será 999. Ainda, realizar a entrada do Material no
SISCOFIS (NS de reclassificação), e posteriormente a Baixa de acordo com pedido do Ag.
Suprido ou outro Agente. Todos lançamentos no mesmo MÊS.
Consolida-se o processo de suprimento de fundos e o arquiva na Seção de
Conformidade dos Registros de Gestão (SCRG), conforme Portaria n° 40 – SEF de 2 de maio
de 2019. (No Relatório da conformidade da NS de Baixa de responsabilidade)

18. Prestação de Contas julgadas com alteração


Caso a prestação de contas não seja apresentada ou contenha alguma falha ou
irregularidade, o Ordenador de Despesas deverá notificar o agente suprido para apresentar a
prestação de contas, sanar a falha ou recolher, à Conta Única do Tesouro Nacional, os valores
correspondentes às aplicações consideradas indevidas, ou, ainda, o saldo não aplicado.
Decorrido o prazo estabelecido na notificação sem que a prestação de contas seja
apresentada ou a falha sanada, deverá o Ordenador de Despesas adotar as providências
necessárias a ressarcir o dano ao erário. Tais providências são reguladas pela Portaria n° 1.324
– Cmt Ex, de 04 de outubro de 2017 e Macrofunção SIAFI.
As prestações de contas impugnadas serão imediatamente registradas em
responsabilidades, por NL - Nota de Lançamento, evento 54.0.895, conta corrente igual ao
CPF do suprido, classificação de acordo com a irregularidade cometida.

19. Problemas mais comuns observados nos SF


 Utilização do CPGF para fazer saques e realizar pagamentos em dinheiro, não
observando o caráter de excepcional dessa modalidade, dispostos na legislação.
 Saques não justificados pelos agentes supridos, que deveriam indicar os motivos de não
utilização da rede afiliada do CPGF.
 O agente suprido atestando a liquidação da despesa.

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 Transferência para outro integrante da UG (a responsabilidade pelo recebimento,
aplicação e comprovação é plena do agente suprido).
 Nota fiscal em nome do agente suprido quando deveria estar em nome da UG.
 Fracionamento de despesas.
 Não cumprimento das recomendações quanto ao pagamento da contribuição
previdenciária e ISS.
 Realização de saque integral referente aos recursos concedidos por meio do suprimento
de fundos, e não à medida que as despesas ocorrem.
 Data de ateste anterior à data do documento comprobatório (NF, recibo, etc.).
 Aquisição de materiais que poderia ter sido realizada seguindo a tramitação legal dos
estágios da despesa (empenho, liquidação e pagamento).
 Aquisição de alimentação de pessoal durante emprego em operações militares, quando a
tropa estava arranchada em sua base de apoio;
 Aquisição de itens com preço acima dos observados em licitações da própria UG;
 Aquisição de material permanente sem justificativa;
 Aquisição de material com SF concedido para prestação de serviço e vice-versa; e
 Grande volume aquisições concentrado em apenas um fornecedor.

20. O Agente Suprido deve ter em mente

 Que responde pela guarda e o uso do CPGF, que vai prestar contas das despesas realizadas
ao final do período de aplicação;
 Que a função crédito é a regra, e o saque é a exceção, e se autorizado o máximo é 30% do
valor gasto no SF.
 Que o saque é no valor da despesa, se exceder, o valor deve ser devolvido por GRU até 03
dias uteis (exceto se for menor que R$ 30,00).
 Que deve saber características básicas dos principais elementos de despesa que são
aplicados na rotina de suprimento de fundos, para que a despesa a ser realizada esteja
enquadra na classificação orçamentária especificada no ato da concessão:
a) Material de Consumo (30)
b) Outros serviços de Terceiros – Pessoa Física (36)
c) Outros serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica (39)

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 Que no caso de despesa de pequeno vulto, adquirir o mesmo item em NF distintas, caso a
soma deste item passe do limite para esta despesa, é considerado fracionamento.
 Que deverá manter um controle dos gastos efetuados por ND, para que não efetue gastos
em valores a maior ao que foi concedido em determinada ND.
 Que deve zelar pela documentação necessária a comprovação da despesa, de modo a não
perder, molhar etc… os comprovantes da despesa (Nota Fiscais, cupons etc..), sob pena de ter
que indenizar a União o valor que não puder ser comprovado.
 Que deve efetuar os gasto dentro o período de aplicação estabelecido no ato da
concessão.
 Que deve ter conhecimento das Normas aplicadas ao de Suprimento de Fundos,
principalmente, a Portaria Normativa­MD Nº 2.039/2014; a Portaria Normativa 976­
MD/2015; Portaria 40­SEF/2019; e a Orientação Técnico­Normativa Nº 3 – Assessoria 2/SEF
(TRIBUTOS) disponível na sítio da SEF.
 Que deve evitar o direcionamento a determinados fornecedores, realizando e registrando
pesquisa de preços, sempre que possível.

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II - UMA DESPESA POR SUPRIMENTO DE FUNDOS (EXEMPLO)

1. CONCESSÃO

1.1 - Ato de concessão (condições):


Ferramenta de movimentação CPGF;
Período de aplicação de 90 dias a contar do ato de concessão;
Período de prestação de contas do suprimento de fundos de10 dias a contar do término do
período do aplicação. (ficando assim 20 dias para UG realizar o processamento da
comprovação)

1.2 - Valor do suprimento: R$ 8.000,00


33.90.30: R$ 4.000,00
33.90.36: R$ 4.000,00
33.91.47: R$ 800,00

1.3 - Emissão de Nota de Empenho


33.90.30 (material) de consumo:………………….…. 2019NE800001……...R$ 4.000,00
33.90.36 (prestação de serviços – pessoa física):…….. 2019NE800002……. . R$ 4.000,00
33.91.47 (encargo patronal): ………………………….2019NE000001……... R$ 800,00

1.4 - Liquidação da despesa:


33.90.30: R$ 4.000,00
33.90.36: R$ 4.000,00

2. GASTOS DO AGENTE SUPRIDO.

2.1 - Os itens abaixo representam as despesas realizadas pelo Agente suprido:

2.1.1 - R$ 1.200,00….CARTÃO DE CRÉDITO……….Material de consumo;

2.1.2 - R$ 100,00…. SAQUE……………………….....Material de consumo;

2.1.3 - R$ 840,00… CARTÃO DE CRÉDITO……….Serviço PESSOA FÍSICA a Nota


Fiscal foi no valor de R$ 1.000,00.

2.2 No gasto do item 2.1.3 o agente suprido passou o cartão de crédito pelo valor liquido, ou
seja, o agente descontou corretamente o valor da retenção de 11% de INSS (pessoa física)
conforme prevê a RFB 971/2009, e ainda descontou o 5% referente ao ISSQN com base na
legislação municipal e LC 116/2003.

2.3 O setor financeiro recolherá em data oportuna, conforme ateste da Nota Fiscal, do item
2.1.3 os valores por meio do SIAFI sendo:

2.3.1 - R$ 110,00…………. GPS para o INSS (11%)

Orientação Técnica 002-2019.S3....................................................................................19


2.3.2 - R$ 50,00…………...DAR para prefeitura beneficiada (ver Art. 3º da lc 116)

2.4 – Saque pelo agente suprido para pagamento de Nota fiscal de pessoa física

2.4.1 - R$ 500,00……... saque ………….Serviço pessoa física NF no valor de R$ 500,00

2.4.2- No gasto do item 2.4 o Agente suprido sacou o valor bruto do serviço, ou seja, não
descontou o valor da retenção de 11% de INSS (pessoa física) conforme prevê a RFB 971 de
13NOV09, e ainda não descontou os 5% referente ao ISSQN com base na legislação
municipal “Regulamento do ISS/ISSQN” e (LC 116/2003), nesse caso o suprido deve
proceder de acordo com item a seguir.

2.4.3 - o agente suprido deve pagar o valor líquido ao fornecedor que é:

R$ 500,00 – 11%(inss) (R$ 55,00) -5% (iss) (R$ 25,00) = total líquido a pagar ao fornecedor
R$ 420,00.

2.4.4 - O agente suprido deve recolher a UG 160XXX/167XXX, conforme o caso, por meio
de GRU, o valor de R$ 80,00 com o código de 68808-8, tendo como código do recolhedor o
CPF do agente suprido, segue o Link para impressão da GRU.

http://consulta.tesouro.fazenda.gov.br/gru_novo site/gru_simples.asp

2.4.5 - Recolhimento do INSS decorrente de depósito por GRU:

Após o processamento da RA de devolução, a UG deverá incluir novo documento


hábil, do tipo “DT”, com a situação PSO066, informando a fonte 0190000000 e a Categoria
de Gasto a letra "P" e o Código de Pagamento 2402 - Órgão do Poder Público–CNPJ - nos
respectivos campos da aba Principal Sem Orçamento. Na aba Dados de Pagamento, preencher
o Pré-Doc da GPS com os dados correspondentes à GPS que será gerada. Clicar em
REGISTRAR, gerando o documento hábil sem reflexo contábil. Em seguida, efetuar a
realização do compromisso por meio da transação GERCOMP, com a Vinculação de
Pagamento 990, gerando a GPS.

2.4.6 - Recolhimento do ISS decorrente de depósito por GRU:

Após o processamento da RA de devolução, a UG deverá incluir novo documento


hábil, do tipo “DT”, com a situação PSO001 (para municípios não conveniados) ou PSO065
(para municípios conveniados), efetuando o recolhimento do imposto pela aba Dados de
Pagamento. Em ambas as situações, deverá ser informada a fonte 0190000000 e a Categoria
de Gasto a letra "P" nos campos respectivos campos da aba Principal Sem Orçamento. Na
realização do documento na GERCOMP, deverá ser informada a Vinculação de Pagamento
990.

Orientação Técnica 002-2019.S3....................................................................................20


2.4.7 - Nota-se:

A compensação da RA gera equação “GRU em trânsito” no SIAFI, e para a UG


realizar a DT emitindo o GPS e o DAR, há a necessidade do ateste na NF, por isso o agente
suprido, neste caso em que efetuou o saque pelo valor bruto, além de pagar a GRU terá que
enviar a NF a UG, para que essa seja atestada por outro agente, e para que seja encaminhada
ao setor financeiro.

Nos casos em que o suprido ausentar-se por prazos extensos ou estiver impossibilitado
de efetuar saques por períodos longos, poderá permanecer com valores em espécie acima do
prazo justificando formalmente as circunstâncias que impediram os procedimentos normais.

O FATO GERADOR DA RETENÇÃO - a obrigação de reter na fonte (fator


gerador) surge para UG no momento da liquidação do empenho (Ateste da NF), na condições
previtas na IN RFB 971/2009.

2.5- Realização de saque do Agente Suprido valor a maior que a Nota Fiscal:

2.5.1 - R$ 100,00…… saque……. aquisição de Material Cfe. NF no valor de R$ 50,00

2.5.2 - No gasto item 2.5.1 o suprido recolherá o valor excedente por meio de GRU, tendo
vista que sacou R$ 100,00 e a despesa foi no valor de R$ 50,00.

Neste caso, quando o valor do saque exceder ao da despesa a ser realizada, o valor
excedente deverá ser devolvido, por intermédio da GRU, código de recolhimento 68808-8 –
anulação de despesa no exercício, no prazo máximo de três dias úteis a partir do dia seguinte
da data do saque, diminuindo o valor do suprimento a ser utilizado.

Se o valor excedente do saque a for menor do que R$ 30,00 (trinta) reais, poderá o
suprido permanecer com o valor excedente além do prazo estipulado, 3 (três) dias úteis. Na
data em que o valor excedente somar R$ 30,00 (trinta) reais, o suprido deverá efetuar a
devolução.
Caso algum valor em espécie permaneça com o suprido sem justificativa formal, por
prazo maior que o indicado, autoridade competente deverá apurar responsabilidades.

Nos casos em que o suprido ausentar-se por prazos extensos ou estiver impossibilitado
de efetuar saques por períodos longos, poderá permanecer com valores em espécie acima do
prazo, justificando formalmente as circunstâncias que impediram os procedimentos normais.

3. PRESTAÇÃO DE CONTAS E RECLASSIFICAÇÃO DE DESPESA

3.1 - O agente suprido apresentará, no prazo estipulado no ato de concessão, o


Demonstrativo de receita e despesa sugerido e Quadro Demonstrativo da Despesa por

Orientação Técnica 002-2019.S3....................................................................................21


Meio de Concessão de Suprimento de Fundos detalhado por subitem da despesa. Ressalta-
se que no exemplo, o itens 2.1.3 e 2.4.1 foram pagos pelo suprido no valor liquido, mas o
valor da Nota fiscal esta no valor Bruto, ou seja, no valor da aquisição:

2.1.1 - gasto de R$ 1.200,00.………..Material de consumo;

2.1.2 – gasto de R$ 100,00…….….Material de consumo;

2.1.3 – gasto de R$ 1.000,00……….. Serviço pessoa física;

2.4.1 – gasto de R$ 500,00………...Serviço pessoa física;

2.5.1 – gasto de R$ 50,00………...aquisição de Material.

4. PROCESSAMENTO DAS RETENÇÕES:

4.1 - O setor financeiro processará as retenções referente ao item 2.1.3 de acordo com as
instruções da Macrofunção 02.11.21, haja vista, que o Agente suprido efetuou o pagamento
pelo líquido e valor ficou reservado no documento SF, esse será retido para o INSS 11% R$
110,00 e ISS à prefeitura beneficiada o valor de 5% R$ 50,00 (a NF tem que estar atestada);

4.2 - A retenção referente ao item 2.5.1 já foi feita quando do depósito da GRU pelo agente
suprido. Caso o agente suprido não houvesse depositado o valor, este seria depositado por
ocasião da comprovação da despesa (Nf atestada), o agente suprido apresentaria justificativa
formal por ter permanecido com dinheiro em espécie em seu poder, no caso ultrapassar o
valor e o numero de dias permitidos.

5. PROCESSAMENTO DO ENCARGO

5.1 - A UG deverá recolher o Encargo Patronal referente aos serviços do item 2.1.3 (R$
1.000,00) e item 2.4.1 (R$ 500,00). O encargo equivale a 20% do valor contratado de pessoa
física, (nf atestada), no exemplo o valor será:

(item (2.1.3) + item (2.4.1) x 20% = encargo patronal

(1.000,00+500,00) x 20%= R$ 300,00

O empenho de encargo deverá ser liquidado apenas no momento da inclusão do


encargo, na aba ENCARGO do documento SF.

A UG deve acessar a transação CONDH, informando o documento hábil de origem


(SF) e clicar em Alterar Documento Hábil. Na aba Encargo, incluir a situação ENC024,
informando o Código de Pagamento 2402 - Órgão do Poder Público–CNPJ - ou 2100 –
Empresas em Geral–CNPJ - e o número do empenho e subitem da despesa. O campo
Recolhedor deverá ser preenchido com o CNPJ da UG ou do Órgão.

Orientação Técnica 002-2019.S3....................................................................................22


6. - GFIP

6.1 - A UG deverá enviar a GFIP (Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de


Serviço e Informações a Previdência Social) por meio do SFIP (Sistema Empresa De
Recolhimento Do FGTS e Informações a Previdência), disponível nos sites da CAIXA
<www.caixa.gov.br>, da Receita Federal do Brasil <www.receita.fazenda.gov.br> da
previdência <www.previdência.gov.br>.

Ver a Orientação Técnico-Normativo nº 3 – Assessoria 2/SEF no seguinte endereço:

http://intranet.sef.eb.mil.br>>>Assessorias e Seções>>>Técnico Normativa (A2)>>>Retenção


de Tributos na Fonte por UG.

7. GRU DE DEVOLUÇÃO DE SF

7.1 - Exemplo de emissão de GRU de devolução de SF:

Orientação Técnica 002-2019.S3....................................................................................23


Orientação Técnica 002-2019.S3....................................................................................24
III - ASPECTOS DA CONFORMIDADE, REFERENTES AO PROCESSO DE
SUPRIMENTO DE FUNDOS

1. Do arquivamento do Processo do Suprimento de Fundos

PORTARIA Nº 40-SEF, DE 2 DE MAIO DE 2019

Art. 13. O responsável pela conformidade recebe das diversas seções da UG os


documentos para análise e confronto com o relatório diário de conformidade dos registros
de gestão e posterior arquivamento na Seção de Conformidade dos Registros de Gestão
(SCRG).
§ 1º Para dar cumprimento ao disposto no caput deste artigo, o encarregado da
conformidade dos registros de gestão deverá analisar os documentos e adotar os
procedimentos descritos nos Anexos 1 a 9 das presentes Normas.
§ 2º Os documentos a seguir relacionados deverão estar arquivados na SCRG da UG
sob a forma de processos relativos aos respectivos certames licitatórios (ou fato gerador) e
devidamente autuados:
(…)
III - Processo de Prestação de Contas de Suprimento de Fundos, quando a NS de
comprovação constar do relatório diário para a conformidade dos registros de gestão.”

1.1 Do exposto, nota- se que a análise dos relatório da conformidade é diário e, conforme os
lançamentos efetuados no SIAFI, será necessária a apresentação de documentos
comprobatórios referentes ao processo de concessão de suprimento de fundos, para amparar o
lançamento, e esses documentos deverão ser encaminhados para conformidade, em até 72
horas, conforme segue:

1.1.1 - Emissão da NE
- Proposta de concessão
- NE assinada
- Termo de abertura do processo

Obs.: Ressalta-se a importância do NUP, que será a referência do arquivamento de


documentos por processo. O setor emitente da NE comunica ao Setor Financeiro para que o
mesmo realize a apropriação da liquidação.

1.1.2 - Emissão da NS de liquidação


Está amparada na proposta de concessão, a qual já estará na conformidade.

1.1.3- Emissão da NS pagamento da fatura


Fatura do cartão, atestada por militar que não seja o agente suprido.

Orientação Técnica 002-2019.S3....................................................................................25


Obs: como boa prática de gestão, recomenda-se retirar o resumo dos gastos no AASP e
verificar junto ao suprido se este reconhece os gastos antes de pagar a fatura. Esta prática
poderá ser adotada diariamente pelo operador do AASP (representante autorizado –
normalmente o encarregado do setor financeiro), a fim de evitar fraudes.

1.1.4- OB de pagamento da fatura


Neste momento, o conformador irá verificar o campo “observação” da OB, a fim de
identificar se consta o nº da fatura, assim como se o código de barras da lista de faturas da OB
corresponde ao código de barras da fatura do cartão.

1.1.5 - NL de reclassificação e anulação do valor não executado (baixa de suprimento)


Processo de prestação de contas do agente suprido, contendo os seguintes documentos
(ver Port. 2.039-MD/2014):
a. Nota de Emepnho
b. NS de liquidação do SIAFI
c. Demonstrativo da despesa;
d. Comprovantes dos gastos (Notas Fiscais, Faturas e comprovante de pagamento emitido
pela operadora do cartão - “canhoto”);
e. Extratos do AASP contendo os estabelecimentos que foram efetuados os gastos; e
f. Os documentos que constam na Portaria nº 40-SEF/2019, conforme segue:
1) Quadro demonstrativo da realização da despesa por meio da concessão de suprimento
de fundos;
2) Despacho de aprovação ou impugnação das contas apresentadas pelo suprido; e
3) Relacão de despesas sem comprovantes em suprimento de fundos.

O Chefe da 4ª Seção, ou outro agente da administração formalmente designado pelo


OD, é responsável pela análise da comprovação do Suprimento de Fundos, devendo emitir
parecer fundamentado, atestando a regularidade da aplicação ou informando as falhas/
irregularidades detectadas, de modo a subsidiar o Ordenador de Despesas na tomada de
decisão.

Além disso, a entrega do processo de prestação de contas de SF, pelo agente suprido,
deverá ser protocolizada, ou seja, formalmente entregue, com registro em protocolo.
Port. 2.039-MD
Art. 16
§ 2º - O processo de comprovação deverá ter suas folhas devidamente
numeradas e rubricadas pelo agente suprido.

Sendo aprovada pelo OD, a prestação de contas será anexada aos demais documentos
do processo de suprimento de fundos, os quais já estão arquivados na SCRG.
Caso haja faturas a pagar, estas deverão ser anexadas ao processo, após o pagamento,
sendo emitido o termo de encerramento pelo setor financeiro e encaminhado, juntamente da
fatura que realizou a quitação, à SCRG.

Orientação Técnica 002-2019.S3....................................................................................26


1.1.6 - O NUP (número único de processo) deve constar de todos os documentos emitidos
no SIAFI referente a determinado processo de suprimento de fundos assim como o número do
documento que ampare o lançamento.

2. Demais itens constantes da Portaria 40 – SEF, referentes a Suprimento de Fundos:

2.1 Aspectos a serem verificados na nota de empenho:


- Preenchimento no campo “observação” da NE de suprimento de fundos: proposta de
concessão, data de concessão, período de aplicação e data limite para comprovação;

2.1.2 Características dos bens/serviços adquiridos.


- no caso de concessão de Suprimento de Fundos, descrever o objeto, finalidade, número do
ato de concessão, prazos de aplicação e de comprovação;

2.2 Data de emissão (NL/NS).


- reclassificação/baixa de responsabilidade de suprimento de fundos deve ter data de emissão
compatível com o período de comprovação; o prazo de comprovação do suprimento de fundos
que deve ser cumprido pelo suprido não se confunde com o prazo a ser dado ao responsável
pelo lançamento no SIAFI.

2.2.1 Campo “observação” (NL/NS).


- suprimento de fundos: proposta de concessão, data de concessão, período de aplicação, data
limite para a comprovação e no e data do Boletim Interno;

2.3 Demais aspectos a serem verificados.


Se o processo de prestação de contas de suprimentos de fundos – após a aprovação do OD –
foi remetido à SCRG para arquivamento, em conseqüência da NL/NS identificada no relatório
para conformidade

2.4 OB
Nos pagamentos de despesas realizadas com utilização de suprimento de fundos concedidos
por meio do Cartão de Pagamento do Governo Federal 35EB90-N-08.002 (CPFG), deverá
constar do campo “classificação 1” a identificação do Banco do Brasil/código da agência
(exemplo: 001/1607), e no campo “classificação 2” deverá constar o termo “fatura”.

2.5 ROTEIRO PARA ANÁLISE DA NOTA DE PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA (PF)


- devolução de valor referente a saldo não aplicado de suprimento de fundos, objeto de
apropriação por meio de NS.

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IV – CONCLUSÃO

A presente Nota Técnica não esgota o assunto mas serve de guia em Processos de
Suprimento de Fundos, por Agentes da Administração envolvidos na concessão, aplicação e
prestação de contas.

Sugestões serão bem recebidas pela 3ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do


Exército.

Porto Alegre, RS, 13 de novembro de 2019.

Equipe de estudo:

_____________ __________________
Cap BAGETTI 1º Sgt GIACOMELLI
Adj S Cont Aux S Cont

Revisão:

_______________
Cap FRANCELE
Ch S Cont

Aprovo:

___________________________________
MARCO ANTONIO REIS FREITAS – Cel
Ch 3ª ICFEx

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