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EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
DIRETORIA DE CONTABILIDADE
(Repartição de Contabilidade da Guerra/1860)
CARTILHA
DE
DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO
2ª Edição
MAIO/2020
D Cont 2/20
Cartilha – Depreciação e Amortização 2ª Edição - MAIO/2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 3
2. REFERÊNCIAS 4
3. DEPRECIAÇÃO 5
4. AMORTIZAÇÃO 8
1. INTRODUÇÃO
Esta cartilha tem por finalidade orientar quanto aos procedimentos para registro e baixa
da depreciação de bens móveis e da amortização de intangíveis das Unidades Gestoras (UG) do
Comando do Exército. Para tanto, têm-se como base legal a Lei nº 4.320/64, a Lei
Complementar nº 101/00, as Normas Brasileiras de Contabilidade para o Setor Público, a Lei nº
10.180/01, o Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público (MCASP) e a Macrofunção SIAFI
Nº 02.03.30/STN.
Destaca-se que as mudanças nas rotinas propostas nesta edição visam à simplificação dos
lançamentos contábeis sem, no entanto, deixar de observar as normas supramencionadas.
Salienta-se que o processo de depreciação mensal dos bens móveis não altera os saldos
constantes do Inventário, nem do Relatório de Movimentação de Bens Móveis (RMB).
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2. REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do
Distrito Federal.
_______ Sistema Integrado de Administração e Finanças (SIAFI). Manual SIAFI Web. Secretaria
do Tesouro Nacional. Macrofunção Nº 02.03.30 - Reavaliação, Redução a Valor Recuperável,
Depreciação, Amortização e Exaustão na Administração Direta da União, suas Autarquias e
Fundações.
_______ Sistema Integrado de Administração e Finanças (SIAFI). Manual SIAFI Web. Secretaria
do Tesouro Nacional. Macrofunção Nº 02.03.35 – Reavaliação e redução ao valor recuperável.
_______ Sistema Integrado de Administração e Finanças (SIAFI). Manual SIAFI Web. Secretaria
do Tesouro Nacional. Macrofunção Nº 02.11.34 - Movimentação e Alienação de Bens.
3. DEPRECIAÇÃO
Ao longo do tempo, com o desgaste pelo uso, pela obsolescência e pela ação da natureza,
os ativos vão perdendo valor e essa perda é reconhecida pela contabilidade, periodicamente,
até que o ativo atinja o valor residual. A reparação, a manutenção e a ociosidade de um ativo
não interrompe o processo de depreciação.
Como regra geral, a depreciação será iniciada a partir do primeiro dia do mês seguinte à
data da colocação do bem em utilização.
Em função de suas características, alguns itens do ativo não deverão ser depreciados, tais
como:
c) bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes, antiguidades, documentos,
bens com interesse histórico, bens integrados em coleções, entre outros.
Alguns fatores devem ser considerados ao se estimar a vida útil econômica de um ativo
tais como, por exemplo, a capacidade de geração de benefícios futuros, o desgaste físico
decorrente de fatores operacionais ou não, a obsolescência tecnológica e os limites legais ou
contratuais sobre o uso ou a exploração do ativo.
a) o tempo pelo qual o ativo manterá a sua capacidade para gerar benefícios futuros para
o ente;
c) O tempo de vida útil de um bem que possui a sua utilização ou exploração limitada
temporalmente por lei e contrato não pode ser superior a esse prazo;
A depreciação cessa após o término do período de vida útil do bem. Nesse momento, seu
valor contábil será igual ao seu valor residual, ou na falta deste, igual a zero. A partir desse
momento, o bem somente poderá ser depreciado se houver uma reavaliação, acompanhada de
uma análise técnica que defina o tempo de vida útil restante do bem.
A Tabela de Vida Útil do Bem (Anexo “A”) deve ser utilizada como referência para o
processo de depreciação. Entretanto, em caráter excepcional, poderão ser utilizados parâmetros
de vida útil e valor residual diferenciados para bens singulares, que possuam características
peculiares e necessitem de critérios específicos para estipulação dos seus valores. Dessa
maneira, a UG que verificar essa necessidade deverá propor à Diretoria de Contabilidade, por
intermédio da ICFEx de vinculação.
Dentre os métodos, destaca-se o da linha reta (ou cotas constantes), o da soma dos dígitos
e o de unidades produzidas. O método das cotas constantes, adotado pelo Comando do
Exército, utiliza-se de taxa de depreciação constante durante a vida útil do ativo, caso o seu
valor residual não se altere.
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4. AMORTIZAÇÃO
1) softwares;
No que se refere aos softwares, desde janeiro de 2016, as contas do subgrupo 124 (Ativo
Intangível) foram segregadas em Intangível com vida útil definida e indefinida. Somente o ativo
com vida útil definida está sujeito à amortização.
A entidade deve atribuir vida útil indefinida a um ativo intangível com base na análise de
todos os fatores relevantes. Não existe um limite previsível para o período durante o qual o
ativo deverá gerar fluxos de caixa líquidos positivos, ou fornecer serviços para a entidade.
O ativo intangível qualificado com vida útil indefinida poderá ser revisado periodicamente
para determinar se eventos e circunstâncias continuam a consubstanciar essa classificação. Por
exemplo, um software de sistema operacional que foi classificado como de vida útil indefinida, a
partir do momento em que seu fabricante anuncie um prazo final para manutenção de
atualizações, este passa a ser de vida útil definida, devendo o bem intangível ser reclassificado.
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A amortização de ativos intangíveis com vida útil definida deve ser iniciada a partir do
momento em que o ativo estiver disponível para uso. A amortização deve cessar na data em que
o ativo é classificado como mantido para venda, quando estiver totalmente amortizado ou na
data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro.
Quanto à taxa de amortização, deve-se presumir que o valor residual de ativo intangível
com vida útil definida seja zero, exceto quando:
a. houver compromisso de terceiros para compra do ativo ao final da sua vida útil; ou
2) seja provável que esse mercado continue a existir ao final da vida útil do ativo.
No que se refere aos Softwares com vida útil definida, a UG deverá considerar o valor
residual “zero” e sua vida útil de acordo com o que foi previsto para sua funcionalidade.
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Se não for possível determinar, com segurança, o padrão de consumo previsto pela
entidade dos benefícios econômicos futuros ou serviços potenciais, deve ser utilizado o método
linear.
Depreciação.
Este módulo é responsável pela manutenção dos parâmetros básicos (ano de início da
depreciação, tempo de duração do bem em meses e porcentagem para valor residual do bem)
em nível de conta contábil. Quando executada a parametrização em nível de conta, todos os
bens, no momento da depreciação, obedecerão aos parâmetros da respectiva conta contábil.
Os valores para os parâmetros do nível “conta” estão dispostos no Anexo “A” desta cartilha.
Caso haja necessidade de parametrizar uma determinada ficha com parâmetros diferentes
das demais fichas de uma mesma conta, ao clicar no botão “Executar”, o sistema executa a ação
selecionada (atualização ou limpeza) para cada ficha selecionada na relação das fichas exibidas.
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No final da execução desse processo, o sistema exibirá uma tela com a mensagem
“Processo de depreciação terminado!”.
O valor da depreciação mensal será registrado no SIAFI Web com base no RADI.
Com base nos dados contidos no RADI, deverá ser emitido um Documento Hábil (DH), tipo
Lançamentos Patrimoniais (PA) e incluir, na Aba Outros Lançamentos, a “Situação” IMB070 para
bens móveis e/ou a “Situação” INT001, para bens intangíveis até o segundo dia útil do mês
subseqüente, com valorização para último dia útil do mês correspondente à depreciação (Figura
01 – Descrição de Contas).
- “Situação” IMB070: O campo “Bens Móveis de Referência” deverá ser preenchido com o
número da conta correspondente ao bem depreciado; e
Caso a operador não disponha do código SIORG da sua UG, poderá clicar na lupa do
referido campo (Figura 02) para que o Sistema apresente a estrutura de unidades com os seus
respectivos códigos, conforme (Figura 03 – Identificação do código SIORG).
O SISCOFIS dispõe dos dados necessários para a realização da transferência de bens, tais
como: saldo acumulado da depreciação, vida útil restante do bem, valor de aquisição e valor
líquido contábil do bem.
Emitir DH, tipo PA, com a “Situação” IMB010 para a baixa da depreciação acumulada do
bem, informar a conta do bem permanente (12.311.xx.yy) e registrar o valor com base nos
dados de depreciação disponíveis no SISCOFIS; e
b. Posteriormente, emitir DH tipo PA, com a “Situação” IMB038, para transferir o valor
líquido contábil do bem para a UG de destino.
Na UG de destino, o bem será incluído no SISCOFIS com base no valor recebido (valor
líquido contábil).
a. IMB051 – para transferir o valor líquido contábil do bem móvel para a conta
12.311.08.05 (Bens Móveis Inservíveis);
Inicialmente, a UG deverá apurar o valor líquido contábil do bem e realizar a baixa da sua
depreciação acumulada. Para isso, deverá emitir DH, tipo PA, com a “Situação” IMB010,
informar a conta contábil do bem móvel em uso (12.311.xx.yy) e registrar o valor com base nos
dados obtidos por meio do Relatório de Baixa de Depreciação por Descarga de Material
Permanente.
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Em seguida, deverá identificar o valor líquido contábil do bem a ser alienado e reclassificar
o saldo correspondente para a conta contábil 12311.99.01 (Bens Móveis a Alienar) utilizando a
“Situação” IMB077.
Observações:
(1) –Of Nº 2011.435-SPIC/DMAvEx/COLOG, de 20 OUT 11.
(2) –OfNº 345-A4.DEC, de 18 OUT 11.
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