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ESEM - ESCOLA SESC DE ENSINO MÉDIO

GERAL
Nº. PROJETISTA:

MD-1667-136 MEMORIAL DESCRITIVO


Nº. ESEM/SESC:
PLANO DE MONITORAMENTO PERMANENTE DA ESEM
ESEM-3.MDE-0.00-16-GEP-006

CONTROLE DE REVISÃO DAS FOLHAS

Rev. 00 01 02 03 04 Rev. 00 01 02 03 04 Rev. 00 01 02 03 04 Rev.


doc. doc. doc. doc.

Revisão da folha Revisão da folha Revisão da folha


1 X X X X 26 X X X X 51 X
2 X X X X 27 X X X X
3 X X X X 28 X X X X
4 X X X X 29 X X X X
5 X X X X 30 X X X X
6 X X X X 31 X X X X
7 X X X X 32 X X X X
8 X X X X X 33 X X X X
9 X X X X X 34 X X X X
10 X X X X 35 X X X X
11 X X X X 36 X X X X
12 X X X X 37 X X X X
13 X X X X 38 X X X X
14 X X X X 39 X X X X
15 X X X X 40 X X X X
16 X X X X 41 X X X X
17 X X X X 42 X X X X
18 X X X X 43 X X X
19 X X X X 44 X X X
20 X X X X 45 X X X
21 X X X X 46 X X X
22 X X X X 47 X X
23 X X X X 48 X
24 X X X X 49 X
25 X X X X 50

REV. C.E DESCRIÇÃO DAS REVISÕES


00 CM PARA COMENTARIOS
01 EE PARA EXECUÇÃO
02 EE PARA EXECUÇÃO
03 EE PARA EXECUÇÃO
04 EE PARA EXECUÇÃO
05 EE PARA EXECUÇÃO

CÓDIGO DE (PR) PRELIMINAR (CO) P/ COTAÇÃO (SU) P/ SUPRIMENTOS (CL) CANCELADO (CS) CANC. E SUBSTITUIDO
EMISSÃO (PA) P/ APROVAÇÃO (EE) P/ EXECUÇÃO (CC) CONFORME CONSTRUIDO (CE) CERTIFICADO
(CM) P/ COMENTÁRIOS (CN) P/ CONHECIMENTO (CR) CONFORME COMPRADO (AP) APROVADO

REV. 00 REV. 01 REV. 02 REV. 03 REV. 04 REV. 05


DATA 23/07/18 15/08/2018 13/03/2019 25/03/2021 07/01/2022 25/01/2022
EXECUTADO FFB FFB FFB FFB FFB FFB
VERIFICADO JTB JTB JTB JTB JTB JTB
APROVADO JTB JTB JTB JTB JTB JTB
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ÍNDICE
1 - INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................. 4
2 - DOCUMENTO DE REFERÊNCIA ................................................................................................................ 5
3 - PROJETO DE INSTRUMENTAÇÃO INICIAL .............................................................................................. 6
4 - O MONITORAMENTO PERMANENTE DA ESEM ...................................................................................... 7
4.1 - O CONCEITO DO MONITORAMENTO..................................................................................................... 7
4.2 - PERIODICIDADE DAS LEITURAS DA INSTRUMENTAÇÃO GEOTÉCNICA PERMANENTE .............. 7
4.2.1 - Topografia ....................................................................................................................................... 8
4.2.2 - Demais instrumentos de Monitoramento ........................................................................................ 9
5 - DESCRIÇÃO DOS INSTRUMENTOS ........................................................................................................10
5.1 - BENCH MARK .........................................................................................................................................10
5.1.1 - MATERIAIS EMPREGADOS .......................................................................................................10
5.1.2 - INSTALAÇÃO DO BENCH MARK ...............................................................................................10
5.2 - PINOS DE RECALQUE ...........................................................................................................................12
5.2.1 - MATERIAIS EMPREGADOS PARA INSTALAÇÃO DOS PINOS DE RECALQUE ....................12
5.2.2 - PROCEDIMENTO DE INSTALAÇÃO DOS PINOS DE RECAQUE ............................................14
5.2.3 - LEITURAS DOS PINOS DE RECALQUE ....................................................................................15
5.3 - MARCOS DE RECALQUE ......................................................................................................................15
5.3.1 - LEITURAS DOS PINOS DE RECALQUE ....................................................................................17
5.4 - MARCOS DE RECALQUE ......................................................................................................................17
5.4.1 - MATERIAIS EMPREGADOS PARA INSTALAÇÃO DOS MARCOS DE RECALQUE ................17
5.4.2 - INSTALAÇÃO DOS MARCOS DE RECALQUE ..........................................................................17
5.4.3 - LEITURAS DOS MARCOS DE RECALQUE................................................................................20
5.5 - PIEZÔMETRO CASAGRANDE (PIEZOMETRO DE TUBO ABERTO) ..................................................20
5.5.1 - MATERIAIS EMPREGADOS .......................................................................................................20
5.5.2 - PROCEDIMENTO DE INSTALAÇÃO DE UM PIEZOMETRO DO TIPO CASA GRANDE .........21
5.5.3 - PROCEDIMENTO DE LEITURAS DO PZ DO TIPO CASA GRANDE ........................................24
5.6 - PIEZÔMETRO ELÉTRICO DE CORDA VIBRANTE...............................................................................24
5.6.1 - DESCRIÇÃO ................................................................................................................................24
5.6.2 - INSTALAÇÃO DO PIEZÔMETRO ELÉTRICO.............................................................................25
5.6.3 - LEITURA DO PIEZÔMETRO ELÉTRICO ....................................................................................27
5.7 - MEDIDOR DE NÍVEL D’ÁGUA................................................................................................................28
5.7.1 - MATERIAIS EMPREGADOS .......................................................................................................28
5.7.2 - INSTALAÇÃO DO MEDIDOR DE NÍVEL D’ÁGUA ......................................................................28
5.7.3 - PROCEDIMENTO DE LEITURAS DOS MEDIDORES DE NÍVEL D’ÁGUA ................................28
5.8 - INCLINÔMETRO VERTICAL ...................................................................................................................30
5.8.1 - MATERIAIS EMPREGADOS .......................................................................................................31
5.8.2 - INSTALAÇÃO DOS TUBOS DO INCLINÔMETRO .....................................................................32
5.8.3 - PROCEDIMENTO DE LEITURA ..................................................................................................36
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5.9 - ALVOS DE RECALQUE ..........................................................................................................................38


5.9.1 - LEITURAS DOS ALVOS TOPOGRÁFICOS ................................................................................38
6 - COMENTÁRIOS E RECOMENDAÇÕES ...................................................................................................39
6.1 - COMENTÁRIOS.......................................................................................................................................39
6.2 - RECOMENDAÇÕES ................................................................................................................................39
ANEXO .............................................................................................................................................................40
ANEXO 1 – DESENHO DE LOCAÇÃO DA INSTRUMENTAÇÃO .................................................................41
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1 - INTRODUÇÃO
O presente relatório apresenta a memória descritiva do monitoramento geotécnico que
deve ser mantido na área da ESEM – Escola SESC do Ensino Médio, localizado na Av.
Ayrton Senna, 5677, Jacarepaguá, Rio de Janeiro/RJ durante toda a vida útil do
empreendimento. O objetivo desta instrumentação é o monitoramento das edificações e
demais estruturas da ESEM para acompanhar a eficiência das obras de reforço já
executadas e monitorar as demais áreas e estruturas ainda não reforçadas.
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FIGURA 1 –LOCALIZAÇÃO DA ESEM – ESCOLA SESC DE ENSINO MÉDIO (FONTE: GOOGLE


EARTH)

2 - DOCUMENTO DE REFERÊNCIA
Os documentos relacionados a seguir foram utilizados na elaboração deste documento
ou, contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele.

 ESEM-3.DES-0.00-16-GEP-001 - PROJETO DE INSTRUMENTAÇÃO – Planta


da Instrumentação Geotécnica – Locação”;

 ESEM-3.DES-0.00-16-TEK-001 - PROJETO DE INSTRUMENTAÇÃO – PLANTA


DE INSTRUMENTAÇÃO GEOTÉCNICA “AS BUILT”;

 ESEM-3.DES-0.00-16-GEP-004 - PROJETO GEOTECNICO – PLANTA DE


INSTRUMENTAÇÃO COM PZE – NOVAS ÁREAS COM LAJE ESTAQUEADA;

 ESEM-3.DES-0.30-16-GEP-004 - PROJETO DE INSTRUMENTAÇÃO –


LOCAÇÃO DE INSTRUMENTAÇÃO GEOTÉCNICA – VIA EXTERNA – FASE 03;

 ESEM-3.DES-0.00-16-GEP-007 - DESENHO TÉCNICO - PROJETO DE


INSTRUMENTAÇÃO PERMANENTE – PLANTA DE INSTRUMENTAÇÃO
GEOTÉCNICA – LOCAÇÃO;

 ESEM-3.DES-0.00-11-GEO-001 - INSTRUMENTAÇÃO – LAYOUT;

 ESEM-3.DES-0.10-13-ESE-001 – PROJETO – PLANTA GERAL;


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3 - PROJETO DE INSTRUMENTAÇÃO INICIAL


Inicialmente o projeto de instrumentação desenvolvido pela GEOPROJETOS ENERGIA
teve como principal premissa instrumentar as edificações e o maciço terroso da área da
ESEM a fim de monitorar as deformações estruturais e definir as possíveis causas das
patologias observadas.

A primeira campanha de instrumentação em sua totalidade consistia na utilização dos


seguintes instrumentos:
 Pinos de recalque (total de 360 pinos);
 Inclinômetros (total de 23 verticais);
 Medidores de nível d’água (total de 06);
 Piezômetros do tipo Casagrande (total de 28 furos);
 Piezômetros elétrico de corda vibrante (total de 08 unidades);
 Marcos de recalque (total de 54 unidades);
 Benchmarks (total de 09 unidades);
 Alvos de Recalque (total de 05 unidades).

Em função de algumas edificações demandarem uma maior atenção no monitoramento,


o projeto de instrumentação da Geoprojetos ENERGIA, contemplou áreas prioritárias
para instalação e monitoramento. Essa setorização foi dividida em níveis, com as áreas
prioritárias foram definidas da seguinte forma:

– Nível Zero: monitoramentos importantes e urgentes, de grande impacto para


observação do comportamento do solo e estrutural das edificações e que necessitam de
uma solução imediata.
– Nível 1: monitoramentos urgentes, que necessitam de uma solução imediata, mas de
impacto secundário nas observações do comportamento do solo e estrutural das
edificações.
– Nível 2: monitoramentos importantes, mas não tão urgentes. São aqueles que não
requerem uma solução imediata, mas que têm impacto nas observações do
comportamento do solo e estrutural das edificações.
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4 - O MONITORAMENTO PERMANENTE DA ESEM

4.1 - O CONCEITO DO MONITORAMENTO

O monitoramento realizado até a presente data teve como finalidade atender três objetivos
distintos:

Objetivo 1 – monitorar as estruturas e demais elementos da ESEM antes das


intervenções. A instrumentação serviu para definir os fenômenos que estavam gerando
as instabilidades;

Objetivo 2 – acompanhar as estruturas vizinhas àquelas sendo reforçadas de modo a


avaliar o impacto das obras sobre estruturas ainda não reforçadas;

Objetivo 3 – acompanhar a eficiência das intervenções realizadas;

Considerando que a causa das anomalias está diretamente ligada ao Efeito


Tschebotarioff, (como já discutido no relatório técnico ESEM-3.RTE-0.00-16-GEP-002,
designado “Avaliação das Condições Geotécnicas da ESEM relacionadas aos problemas
observadas’’), e este fenômeno está associado ao mal funcionamento do sistema de
estaca/capitel/geogrelha, torna-se de suma importância o monitoramento das poro
pressões, pois o efeito em questão está associado à geração de excessos de poro
pressões causadas pelo rompimento do sistema de transferência de cargas do solo para
as estacas.

Por essa razão, o monitoramento dos piezômetros será privilegiado no acompanhamento


permanente, pois esse elemento de informação obtém o início do surgimento de
potenciais novas anomalias. Portanto esses instrumentos estão implantados em maior
número quando comparado com outros monitoramentos e serão lidos com maior
frequência.

4.2 - PERIODICIDADE DAS LEITURAS DA INSTRUMENTAÇÃO GEOTÉCNICA


PERMANENTE

No decorrer das obras realizadas na ESEM, bem como em casos de confirmação e/ou
acompanhamento de anomalias observadas, foram adicionados mais equipamentos de
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monitoramento. O Anexo 1 apresenta a planta com a locação e frequência de leitura dos


instrumentos e a Tabela 1 apresenta o quantitativo total existente atualmente.:

INTRUMENTOS TOTAL
MEDIDOR DE NÍVEL D’ÁGUA (MNA) 11
PIEZOMETRO CASAGRANDE (PZ) 45
PIEZOMETRO ELÉTRICO – SLOPE INDICATOR (PZE) 06
PIEZOMETRO ELÉTRICO – GEOKON (PZEG) 11
PIEZOMETRO ELÉTRICO – OTR (PZEOTR) 10
INCLINOMETRO (INC) 28
PINOS DE RECALQUE (PR) 332
MARCO DE RECALQUE INSTALADO NA GALERIA (MRG) 23
MARCO DE RECALQUE INSTALADO NA SUBESTAÇÃO (MRS) 13
MARCO DE RECALQUE INSTALADO NO EPS (MREPS) 29
MARCO DE RECALQUE INSTALADO NO ATERRO NATURAL (MR) 22
BENCH MARL (BM) 10

Tabela 1 –INSTRUMENTAÇÃO GEOTÉCNICA PERMANENTE DA ESEM, POR TIPO DE


INSTRUMENTOS

4.2.1 - Topografia
Contempla as leituras dos Marcos de Recalque e Pinos de Recalque. Deverá ainda ser
efetuado trimestralmente uma conferência nos BenchMarks, tendo como referência o BM-
04.
A frequência de leitura desses instrumentos está indicada na Tabela 2, sendo dividida em
leituras mensais, trimestrais e anuais de acordo com a edificação que se encontram:

Tabela 2 – Periodicidade leituras topográficas

FREQUÊNCIA DE LEITURA EDIFICAÇÕES


CASA DOS PROFESSORES (TODOS OS BLOCOS),
MENSAL COORDENAÇÃO, ÁREA TÉCNICA, CENTRO DE LIDERANÇA E
PORTARIA
MARCOS DE RECALQUE INSTALADOS NO EPS, PILOTIS,
TRIMESTRAL
RESTAURANTE/COZINHA, VESTIÁRIO/PISCINA, LABRATÓRIO,
TEATRO E ALOJAMENTO DOS ALUNOS.
ANUAL GINÁSIO E QUADRA

A frequência poderá ser alterada se a consultoria geotécnica achar necessária no decorrer


dos resultados apresentados.
Deverá ser entregue um relatório mensal com a apresentação dos resultados através de
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gráficos (Recalque (mm)X Tempo). Leituras semanais que apresentarem uma


movimentação superior a 4mm deverão ser comunicadas imediatamente para a
gerenciadora NÚCLEO, para as devidas providências.

4.2.2 - Demais instrumentos de Monitoramento

Dentro deste grupo estão todos os Piezômetros Elétricos (Slope Indicator, Geokon e
OTR), Piezômetros Casagrande, Inclinometros e Medidores de Nível D’água.

Os inclinometros deverão ter leituras com frequência trimestral e demais instrumentos


leituras semestrais, podendo ocorrer leituras extraordinárias em frequência menor caso a
consultoria geotécnica achar necessária.

Considerando que a quantidade de instrumentos a serem lidos, estima-se que cada


campanha trimestral terá duração de 6 dias de campo e mais 8 (oito) dias de escritório
para a elaboração do relatório de apresentação dos resultados de forma gráfica.

Destaca-se que o equipamento de leitura dos piezômetros elétricos da marca OTR será
fornecido pela ESEM.

No caso de serem instalados instrumentos adicionais, por solicitação da Consultoria, só


serão alteradas as quantidades de dias de leitura quando o número de instrumentos
instalados, de qualquer natureza, superar 15 unidades.
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5 - DESCRIÇÃO DOS INSTRUMENTOS


5.1 - BENCH MARK
O Bench Mark é uma referência de nível profunda (RNP), instalada à profundidade tal que,
em hipótese nenhuma, apresente recalques. Por essa razão, as RNP deverão ser sempre
instaladas em solo competente (Nspt≥30 golpes/30cm) ou rocha e a uma profundidade tal
que a obra não cause influência no Bench Mark.

São previstos inicialmente 09 furos para instalação dos Bench Mark, sendo a quantidade
e a posição dos mesmos uma mera sugestão, ficando a critério do engenheiro e do
topógrafo responsável da obra a melhor distribuição e posicionamento do instrumento.

5.1.1 - MATERIAIS EMPREGADOS


Para instalação do Bench Mark são necessários os seguintes materiais:
- Equipamento de sondagem para perfuração com furo de Ø4”;
- Tubos galvanizados de 1” com luvas
- Tubos de PVC de 60 mm, soldável
- Ponteira – 1m de tubo galvanizado com furos de ¼”, com ponta rosqueada
- Cabeçote de Bench – Mark
- Cimento
- Graxa grafitada
- Caixa de 4” (proteção)

5.1.2 - INSTALAÇÃO DO BENCH MARK


Para sua instalação, faz-se um furo revestido com diâmetro de 100mm (4”). Após pronto,
o mesmo é lavado até a cota de instalação. Introduzem-se tubos de PVC de 21/2”
rosqueados até 1,0m antes da cota de instalação do tubo galvanizado de 1” com sua
ponteira (ver Figura 5 e 6) Lava-se o furo novamente e introduz os demais tubos
galvanizados. O tubo galvanizado de 1” será protegido do atrito lateral, pela graxa
grafitada e pelo tubo de PVC de 21/2”.

Os segmentos do tubo podem ser de 2 a 3m e serem conectados com luvas bem


apertadas. Quando a ponteira chegar na cota de instalação, deverá ser feito pressão para
cravação da ponta no solo. Injeta-se nata de cimento por dentro do tubo galvanizado,
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formando o bulbo de ancoragem. Na extremidade superior do tubo galvanizado, coloca-


se a cabeça de leitura (ver Erro! Fonte de referência não encontrada.) cabeça, para apoio
mira.

FIGURA 2 – PONTEIRA DO BENCH MARK FIGURA 3–CABEÇA DE LEITURA DO BENCH MARK

A cabeça de leitura deverá ficar acima da borda do tubo de PVC para assim apoiar a mira
de leitura da topografia. Após retirar o revestimento com cuidado, faz-se a proteção da
cabeça do Bench Mark com caixa metálica de tampa articulada em volta do Bench Mark
(ver FIGURA 4).

FIGURA 4– PROTEÇÃO TIPO TAMPÃO


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A FIGURA 5, encontra-se um croqui com o detalhamento deste instrumento.

5.2 - PINOS DE RECALQUE


Os Pinos de Recalque são instrumentos utilizados para medir deslocamentos verticais e
horizontais em estruturas. São previstos 285 pinos de recalque.

5.2.1 - MATERIAIS EMPREGADOS PARA INSTALAÇÃO DOS PINOS DE RECALQUE


- Pino de cobre ou latão com um dos lados com rosca fêmea para introduzir a tampa
e o apoio da mira (cabeça de leitura) e do outro lado, barra de ancoragem para
fixação na estrutura, com tamanho total de cerca de 5 a 10cm de comprimento,
dependendo da aplicação;
- Tampa chata de proteção do pino de recalque com 21mm, rosqueada na outra
extremidade com contato direto no próprio pino de recalque que fique faceando a
estrutura;
- Chave para retirada da tampa do pino;
- Cabeça de leitura boleada (porta mira) em uma extremidade e rosqueada na outra,
com contato direto no próprio pino de recalque;
- Equipamento topográfico, utilizando preferencialmente nível de precisão N3 ou
similar, com micrômetro e mira de Invar;
- Materiais de apoio, como máquina de furar, massa epóxi, etc.
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FIGURA 5– DETALHAMENTO DO BENCHMARK


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5.2.2 - PROCEDIMENTO DE INSTALAÇÃO DOS PINOS DE RECAQUE


A instalação dos Pinos de Recalque segue o procedimento abaixo:
a) Locar corretamente a posição da instalação;
b) Fazer furo na estrutura utilizando furadeira, preferencialmente industrial, com
diâmetro entre 7/8” e 1” e 2cm mais profundo do que o comprimento do pino;
c) Inserir massa epóxi no furo, preenchendo completamente;
d) Introduzir o pino manualmente, sem auxílio de martelo ou qualquer outra
ferramenta, empurrando para o interior do furo;
e) Manter a pressão com a mão, pois o pino tenderá a ser expulso do furo pela massa
epóxi;
f) Retirar o excesso de massa epóxi com as mãos, garantindo que o pino encontra-
se faceado com a estrutura e não há excesso de epóxi no entorno;
g) Após a instalação e a secagem da massa epóxi, procede-se com as leituras.

Abaixo, encontram-se fotos com o padrão de pino de recalque utilizado pela


GEOPROJETOS ENERGIA.

FIGURA 6– PINO DE RECALQUE COM TAMPA E CABEÇA DE LEITURA OU PORTA MIRA


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FIGURA 7– CHAVE PARA RETIRADA DA TAMPA DO PINO / PINO DE RECALQUE INSTALADO E


NUMERADO

A FIGURA 8 mostra o croqui de instalação de um pino de recalque para estruturas.

5.2.3 - LEITURAS DOS PINOS DE RECALQUE


As leituras de recalque devem ser realizadas contra uma Referência de Nível indeslocável,
ou seja, o Bench Mark (Referência de Nível) previamente instalado na área instrumentada.
A periodicidades das leituras estão indicadas na Tabela 1 deste relatório.

O nivelamento será registrado em planilha na qual deverá conter todos os dados de


leituras dos pinos de recalque. A leitura zero deverá ser realizada com nivelamento e
contranivelamento fechando a poligonal.

Para o nivelamento é necessário que se posicione o equipamento de topografia


equidistante do Bench Mark (RN) e dos instrumentos em que se deseja nivelar.

Esta distância tem que ser compatível com precisão do equipamento topográfico (nível
tipo N3), porém nunca superior a 40m. Esse posicionamento deverá ser de tal forma que
se permita visualizar os vários instrumentos e o Bench Mark (RN).

5.3 - MARCOS DE RECALQUE


Destina-se a medir os recalques superficiais em qualquer etapa de construção do aterro
ou outras obras de terra. São previstos 64 marcos de recalque.
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FIGURA 8– CROQUI DE INSTALAÇÃO DOS PINOS DE RECALQUE


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5.3.1 - LEITURAS DOS PINOS DE RECALQUE


As leituras de recalque devem ser realizadas contra uma Referência de Nível indeslocável,
ou seja, o Bench Mark (Referência de Nível) previamente instalado na área instrumentada.
A periodicidades das leituras estão indicadas na Tabela 1 deste relatório.

O nivelamento será registrado em planilha na qual deverá conter todos os dados de


leituras dos pinos de recalque. A leitura zero deverá ser realizada com nivelamento e
contranivelamento fechando a poligonal.

Para o nivelamento é necessário que se posicione o equipamento de topografia


equidistante do Bench Mark (RN) e dos instrumentos em que se deseja nivelar.

Esta distância tem que ser compatível com precisão do equipamento topográfico (nível
tipo N3), porém nunca superior a 40m. Esse posicionamento deverá ser de tal forma que
se permita visualizar os vários instrumentos e o Bench Mark (RN).

5.4 - MARCOS DE RECALQUE


Destina-se a medir os recalques superficiais em qualquer etapa de construção do aterro
ou outras obras de terra. São previstos 64 marcos de recalque.

5.4.1 - MATERIAIS EMPREGADOS PARA INSTALAÇÃO DOS MARCOS DE RECALQUE


- Corpo de prova de concreto em forma cilíndrica 20 X 30cm ou base quadrada;
- Pino metálico com cabeça boleada para apoio da mira (cabeça de leitura);
- Equipamento topográfico, utilizando preferencialmente nível de precisão N3 ou
similar, com micrômetro e mira de Invar;
- Materiais de apoio, como máquina de furar, martelo, etc.

5.4.2 - INSTALAÇÃO DOS MARCOS DE RECALQUE


Os Marcos de Recalque são normalmente compostos por um corpo de prova fabricados
de concreto e um pino metálico. A extremidade superior dos marcos deverá conter o pino
metálico com cabeça boleada, chumbado e ancorado na peça de concreto.
A instalação dos Marcos de Recalque segue o procedimento abaixo:
a) Locar corretamente a posição da instalação;
b) Fazer perfuração a trado (ou outra ferramenta similar disponível);
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c) Inserir corpo de prova faceado ao nível do terreno, deixando a cabeça de leitura


livre, de tal forma que se possa apoiar a mira topográfica para fazer o nivelamento;
d) Proteger o local e fazer a primeira leitura (leitura zero), com referência ao Bench
Mark.

FIGURA 9– MARCO DE RECALQUE INSTALADO

FIGURA 10– MARCO DE RECALQUE INSTALADO E IDENTIFICADO

Os marcos superficiais podem ser concretados in loco, utilizando-se o pino com cabeça
boleado, barras de ancoragem de ¼” e concreto fck 15 Mpa, conforme ilustra a FIGURA
11 a seguir.
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FIGURA 11– CROQUI DE INSTALAÇÃO DO MARCO SUPERFICIAL


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5.4.3 - LEITURAS DOS MARCOS DE RECALQUE


As leituras dos marcos de recalque seguem as mesmas premissas das leituras dos pinos
de recalque, onde estão resumidamente apresentadas no item 5.3.1 - indicado.

5.5 - PIEZÔMETRO CASAGRANDE (PIEZOMETRO DE TUBO ABERTO)


O instrumento "piezômetro de tubo aberto" ou “piezômetro do tipo Casagrande”, é assim
denominado devido a sua própria concepção, constituído de um tubo, em cuja
extremidade inferior se situa um elemento poroso (bulbo), através do qual a água penetra
formando uma coluna d'água no interior do tubo, equivalente a pressão intersticial atuante
na região onde se situa o bulbo poroso.

O glossário de termos técnicos de Geologia de Engenharia da ABGE, em sua 1ª edição -


INSTRUMENTAÇÃO - de 1979, parágrafo 99; define: "Piezômetro tipo tubo aberto: tipo
de piezômetro empregado na observação de subpressão em maciços rochosos e
pressões neutras em solos. A subpressão e fornecida pela elevação da coluna d'água no
interior do tubo piezômetro.

5.5.1 - MATERIAIS EMPREGADOS


- Equipamento de sondagem para perfuração de 2½”
- Tubo de PVC de 1”, com luva
- Ponteira deverá ser de PVC rígido, ter 0,5m de comprimento e diâmetro de 1”,
perfurado diametralmente com furos de ø1/4” nos 0,30m centrais, envolto em duas
telas de Nylon com malha de #40. Na ponta coloca-se o tampão. A tela de nylon é
fixada com arame e fita adesiva nas extremidades do bulbo (fora do trecho
perfurado). O tubo de leitura, acoplado à ponteira, deve ser de PVC rígido de ø1”.
- Areia para filtro, lavada e passada nas peneiras Nº 16 e 30 (passada na 16 e retida
na #30).
- Calda de bentonita para o selo, com traço de 1kg de cimento para 10L de água,
acrescentando a bentonita após esta mistura, até encontrar o ponto da calda
(viscosidade ótima para o bombeamento da calda).
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5.5.2 - PROCEDIMENTO DE INSTALAÇÃO DE UM PIEZOMETRO DO TIPO CASA GRANDE

É basicamente constituído por um tubo de PVC, instalado no interior de um furo de


sondagem de ø2½” no mínimo, até a profundidade onde se deseja medir a poropressão.

Para a instalação dos Piezômetros executa-se furo de sondagem com diâmetro mínimo
de ø2½”. A ponteira, preparada como descrito no item 4.4.1, deverá estar disponível, bem
como tubos de leitura em quantidade suficiente para a instalação. Deve-se dispor de areia
lavada e peneirada, com granulometria uniforme, em quantidade suficiente para a criação
do bulbo.

A “profundidade de instalação” deve ser considerada como o centro do bulbo.

Terminado o furo, que deve ser aberto sem utilização de bentonita ou polimetro, esse deve
ser lavado de forma a garantir que não há resíduo de perfuração no fundo. Coloca-se uma
camada de 10cm de areia no fundo, aguardando a completa sedimentação do material.
Coloca-se a ponteira sobre a areia e lança-se areia para cobrir a ponteira completamente,
com folga de 10cm. Dessa forma, o bulbo envolvendo a ponteira será de 0,50m.

A partir daí, deve ser executado o selo com a calda de bentonita acima descrito, formando
uma camada de, no mínimo, de 0,50m. Desse ponto pode-se lançar argila, sempre
socando para compactar o material.

A FIGURA 12 demonstra a sequência executiva de instalação do piezômetro do topo Casa


Grande.
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Tubo PVC

FIGURA 12– INSTALAÇÃO DE PIEZOMETRO CASA GRANDE

Após a instalação é realizado o Teste de Equalização do Piezômetro. Este teste consiste


em saturar ou esgotar toda a água existente no instrumento, e fazer leituras em intervalos
de tempo para verificar a variações do nível primitivo, a fim de verificar a instalação e o
bom funcionamento do Piezômetro.

A FIGURA 13 ilustra o croqui de instalação de piezômetro do tipo Casagrande.


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FIGURA 13– CROQUI DE INSTALAÇÃO DO PIEZOMETRO CASA GRANDE


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5.5.3 - PROCEDIMENTO DE LEITURAS DO PZ DO TIPO CASA GRANDE

Para a realização das leituras são necessários os seguintes equipamentos:


- Sensor (pio elétrico)
- Trena metálica
- Planilha

As leituras do N.A do piezômetro são feitos com o pio elétrico (FIGURA 14), que ao tocar
o nível d´agua emite um som. Com a trena, mede-se o cabo do pio do ponto de referência
(boca do tubo) ao nível d´agua. Com cota da boca do tubo e a leitura do N.A, tem se a
cota piezométrica.

FIGURA 14– MEDIDOR DE NÍVEL D’ÁGUA “PIO”

5.6 - PIEZÔMETRO ELÉTRICO DE CORDA VIBRANTE

5.6.1 - DESCRIÇÃO
Existem dois tipos básicos de piezômetros: os ditos “abertos” e os “fechados”. Os
piezômetros abertos são também chamados de piezômetros de Casagrande. Já os
piezômetros ditos “fechados” se apresentam em diversos modelos, diferenciados pelas
formas de se obter a leitura. O princípio de funcionamento de todos é similar.
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Nos piezômetros ditos “fechados”, existem os piezômetros hidráulicos, os pneumáticos e


os elétricos, dentre esses o que apresentam maior confiabilidade e praticidade de leitura
é o elétrico de corda vibrante.

Os piezômetros elétricos de corda vibrante deverão ter capacidade de 170kPa ou com


capacidade de 3,50 bar (350kPa), com resolução de 0,025%FS e pressão máxima de 1,5x
escala nominal. Qualquer que seja o fabricante, cada piezômetro deverá ter 30m de cabo
de leitura. Não serão admitidas emendas no cabo que deverá vir de fábrica com o
comprimento de cabo acima definido. Os equipamentos de leitura automatizadas deverão
ser compatíveis com o fabricante do piezômetro.

5.6.2 - INSTALAÇÃO DO PIEZÔMETRO ELÉTRICO

Antes da instalação do piezômetro elétrico deverá ser executado um furo de sondagem a


percussão com a única finalidade de definir as cotas de topo e base da argila mole. Com
essa informação será confirmada a profundidade de instalação do piezômetro.

Inicialmente se pretende instalar os piezômetros por cravação, sem utilização do furo


acima mencionado. Essa opção se deve ao fato de que os piezômetros serão cravados
com paralizações da cravação a cada 2 metros dentro da camada de argila mole. Essa
paralização terá por objetivo aguardar a equalização das poro pressões, de forma a tentar
definir um perfil de poro pressões.

Para tanto, deverá ser aberto um furo a trado no trecho de aterro, com colocação de
revestimento. A máquina hidráulica de cravação do piezocone poderá ser utilizada para
cravar o piezômetro 2 metros em argila, com monitoramento continuo. A cravação deve
ser paralisada e o piezômetro monitorado continuamente por, no mínimo, 24 horas.
Prosseguir com a cravação de outros 2m e repetir o procedimento, até se atingir a
profundidade de instalação. Nessa profundidade o piezômetro deverá ser mantido para
acompanhar a cravação das estacas.

Caso, por alguma razão, não seja possível a cravação, a instalação do piezômetro elétrico
deverá ser feita no furo de sondagem com 62,50mm (2½”) já aberto, o qual após atingir a
profundidade desejada é lançando água limpa para a lavagem do furo. No caso de
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perfuração em materiais que não são estáveis, o furo deverá ser revestido em sua
totalidade.

No fundo do furo lança-se, por gravidade, uma camada de areia média, com cerca de
30cm. Deve-se, em cada instante da instalação, medir o furo para garantir a espessura do
material colocado. Com a base pronta a ponteira do piezômetro é inserida no furo,
mantendo-se o cabo elétrico na superfície. Deve-se garantir a centralização da ponteira
no interior do furo de sondagem. Após certificar-se de que a ponteira está na base de
areia, lança-se areia até cobrir o piezômetro, ultrapassando a ponteira em cerca de 30cm.
Deve-se incluir mais 20cm de areai de sacrifício para evitar contaminação do bulbo com a
camada de selo abaixo descrita.

Sobre a segunda camada de areia deverão ser lançadas bentonitas granuladas,


previamente preparadas, por um comprimento de cerca de 1,0m. Completa-se o
preenchimento do furo com material argiloso, em forma de uma pasta densa, até a
superfície do terreno. Alternativamente, o restante do furo poderá ser preenchido com uma
mistura de bentonita.

É fundamental que o piezômetro seja totalmente saturado antes de sua instalação, seja
por cravação ou em furo de sondagem. É também importante que o cabo elétrico seja
deixado no interior do furo com bastante folga em função dos recalques que podem ocorrer
no local onde o piezômetro está instalado.
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FIGURA 15– CROQUI DE INSTALAÇÃO DO PIEZÔMETRO ELÉTRICO

5.6.3 - LEITURA DO PIEZÔMETRO ELÉTRICO


As leituras de poro pressão são realizadas com auxílio de uma caixa de leitura específica
para esse tipo de aparelho.

As leituras devem ser realizadas em hertz “Hz” e transformadas em valores por meio de
uma calibração.

O cabo do piezômetro tem 5 fios: dois para leitura da frequência, dois para a leitura da
temperatura e um neutro (“terra”). Todos estes fios são conectados nos pinos existentes
à direita da caixa de leitura.
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5.7 - MEDIDOR DE NÍVEL D’ÁGUA

Destina-se a conhecer com precisão o nível de freático (suas variações com tempo ou
com regime de chuvas).

São previstos 03 medidores de nível d’água sendo dois no trecho próximo ao terreno do
centro de treinamento do fluminense e 01 na área onde ocorreu os deslocamentos das
estruturas.

5.7.1 - MATERIAIS EMPREGADOS


- Equipamentos de sondagens ø2½”
-Tubo de PVC de 1” ou ¾” com luva e tampão
- Ponteira de PVC (tamanho variável), com furos de ¼”, envolto em duas camadas de tela
nylon malha #30mm.
- Areia media a grossa.

5.7.2 - INSTALAÇÃO DO MEDIDOR DE NÍVEL D’ÁGUA


A instalação é bem parecida com os procedimentos do piezômetro do tipo Casa Grande,
sendo o procedimento resumidamente descrito a seguir.

Após a perfuração verificar se furo está limpo e revestido. Lança se uma certa quantidade
de areia para forma um berço e introduz a ponteira até cota desejada. Solta se o
revestimento e em paralelo vai lançado areia para envolver a ponteira e seu furo até cota
prevista. Faz-se um selo com o solo local e acabamento com argamassa. Após a
instalação deverá ser determinado a cota da boca do tubo e feito o teste de resposta

5.7.3 - PROCEDIMENTO DE LEITURAS DOS MEDIDORES DE NÍVEL D’ÁGUA

As leituras dos medidores de nível d’água seguem as mesmas premissas das leituras do
piezômetro, onde estão resumidamente apresentadas no item 5.5.3 - acima indicado.

A FIGURA 16 ilustra o croqui de instalação do medidor de nível d’água.


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FIGURA 16– CROQUI DE INSTALAÇÃO DO MEDIDOR DE NÍVEL D’ÁGUA


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5.8 - INCLINÔMETRO VERTICAL


O Inclinômetro é um equipamento desenvolvido para medir deformação horizontal em
profundidade, em massa de solo ou de rocha.

São previstos inicialmente 23 furos para instalação dos inclinômetros, sendo a quantidade
e a posição dos mesmos uma mera sugestão, ficando a critério do engenheiro responsável
da obra a melhor distribuição e posicionamento do instrumento.

O comprimento de cada inclinômetro é estimado em 15m aproximadamente e quando o


terreno de fundação resistir a NSPT>30golpes/30cm finais.

Os inclinômetros da Geoprojetos Energia Ltda. são da marca SLOPE INDICATOR e são


compostos pelos seguintes elementos:
a) Caixa de leitura
b) Roldana
c) Cabo de leitura
d) Sonda (Torpedo)

FIGURA 17 –SONDA DE INCLINÔMETRO (TORPEDO)


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A FIGURA 18 mostra a sonda do inclinômetro vista em planta. Quando a sonda está


inclinada para o sentido de A0 e B0, as leituras são positivas. Quando a sonda se inclina
na direção A180 ou B180, as leituras são negativas.

FIGURA 18 –PLANO DE ORIENTAÇÃO DA SONDA

5.8.1 - MATERIAIS EMPREGADOS

- Equipamento de sondagem para perfuração com furo de Ø5”;


- Tubos e luvas de alumínio com ranhura;
- Bentonita, cimento e areia
- Arrebite e arrebitador;
- Fita adesiva impermeabilizante;
- Misturador de bentonita e cimento;
- Água
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5.8.2 - INSTALAÇÃO DOS TUBOS DO INCLINÔMETRO

Neste item serão resumidas as principais tarefas e os demais procedimentos necessários


à instalação de tubo guia de inclinômetro em furos de sondagens geotécnicas de
reconhecimento.

Para servir como guia do torpedo de leitura, é feita a instalação de tubo especial,
confeccionado em alumínio, contendo ranhuras e que tem a capacidade de se deformar
junto com o solo, quando este é submetido a algum processo de deformação.

As ranhuras que o do tubo do revestimento apresenta, estão diametralmente dispostas


segundo a direção principal, designada “DIREÇÃO A”. A outra direção principal, onde não
existem ranhuras, é denominada “DIREÇÃO B”, conforme figura abaixo.

FIGURA 19 – INDICAÇÃO DAS DIREÇÕES DE LEITURA A e B

O furo sondagem deverá apresentar de 125mm (5 polegadas) para instalação com os


tubos de alumínio, e estar revestido em comprimento suficiente para permitir a descida,
com segurança, até a cota de implantação.

A sequência operacional de instalação compreende, em resumo, as seguintes etapas:


- Preparação antecipadamente dos tubos de alumínio e guardados em local
protegido;
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- Realizar o furo de sondagem com diâmetro de 5;


- Iniciar a descida dos tubos de 3,0 em 3,0m contendo o fundo do primeiro tubo (o
tubo deverá estar cheio d’água para anular o efeito da subpressão);
- Segurar a parte do tubo já parcialmente inserida no furo, para permitir a junção com
o segmento seguinte, obedecendo a prévia numeração das peças;
- Encaixar a próxima peça na primeira, colando e vedando com fita isolante.
- Descer parcialmente o conjunto e novamente fixando outro elemento de tubo, e
assim sucessivamente até chegar à cota de implantação.
- Concluída a operação de descida deverá ser feita o preenchimento do espaço
anelar entre o tubo guia e o terreno, com areia ou calda de bentonita e cimento, na
proporção de 1kg de cimento para 10l de água, acrescentando-se a bentonita até
ser obtida uma viscosidade ótima para a mistura sendo aplicada pelo método
ascendente e através de mangueira de injeção;
- Retirar o revestimento concomitantemente com o preenchimento com calda de
bentonita, e providenciar os demais acabamentos como numeração, caixa de
proteção provida de tampa e cadeado;

A perfeita instalação dos tubos é muito importante para as futuras leituras das
movimentações, exigindo, portanto, alguns cuidados especiais a serem tomados,
conforme adiante listados:

- Evitar qualquer tipo de dano ao tubo, interna ou externamente;


- Procurar instalar o tubo o mais vertical possível;
- Não forçar o tubo a descer no furo de sondagem com percussão. Usar força estática;
- Evitar queda de materiais dentro do tubo durante a instalação;
- Antes da colocação da calda, verificar se o revestimento esta solto, pois será sacado
em paralelo ao lançamento da mesma;
- Durante a operação de descida, manter o tubo permanentemente cheio d’ água para
anular efeitos de sub-pressão
- Fixar e marcar a direção do eixo A+ antes da retirada do revestimento. Com uma
serrinha fazer uma marca na ranhura, a cerca de 3cm do topo, para orientar o eixo
A+.
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A FIGURA 20 ilustra o croqui de instalação do inclinômetro vertical.

FIGURA 20 – CROQUI DE INSTALAÇÃO DO INCLINOMETRO VERTICAL


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As FIGURA 21 e FIGURA 22 ilustram os detalhes da instalação e da proteção da


extremidade superior do tubo de inclinômetro.

FIGURA 21 – INSTALAÇÃO DO TUBO DO INCLINÔMETRO


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FIGURA 22 – DETALHE DA PROTEÇÃO DO TUBO DO INCLINÔMETRO

5.8.3 - PROCEDIMENTO DE LEITURA

As leituras são obtidas inserindo o “torpedo” no tubo guia, com as rodas devidamente
encaixadas nas ranhuras.

As leituras devem ser obtidas de baixo para cima, em intervalos de 0,50m. Para isso o
cabo é marcado com cores amarelas e vermelhas (0,50m e 1,0m), que possibilitam o
acompanhamento da profundidade.

A cada 0,50m são feitas duas leituras, simultaneamente. Uma para a DIREÇÃO A+ e a
outra para a DIREÇÃO B+.

Para saber se as leituras se referem à DIREÇÃO A+ ou A- e para garantir que as leituras


serão sempre realizadas da mesma forma, convencionou-se posicionar a roda mais alta
na direção que se faz a 1ª leitura (FIGURA 23).
Nº PROJETISTA: FOLHA:
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FIGURA 23 – POSIÇÃO DA RODA MAIS SUPERIOR NA POSIÇÃO DO EIXO DE DIREÇÃO A+

Assim, para ler a DIREÇÃO A+ posiciona-se o torpedo como indicado, com a roda mais
alta apontando para a DIREÇÃO A+.

Concluídas as leituras nas direções positivas (A+ e B+) gira-se o torpedo 180º e procede-
se as leituras nas direções A- e B-, como indicado na figura.

FIGURA 24 – POSIÇÃO DA RODA MAIS SUPERIOR NA POSIÇÃO DO EIXO DE DIREÇÃO A


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MD-1667-136 38/42
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ESEM-3.MDE-0.00-16-GEP-006 05

5.9 - ALVOS DE RECALQUE


Os Alvos de Recalque/Topográficos (reflectivos) são instrumentos destinados à
observação de deformações verticais de uma fundação/estrutura, em função de atividades
construtivas de uma obra.

Os Alvos Topográficos são fixados corretamente na posição de instalação, para


posteriormente a realização do levantamento topográfico através de Estação Total.

O princípio básico das Estações Totais é a determinação em campo da diferença de cota


entre dois pontos (ponto “a” equipamento, ponto “b”reflector), e demais informações como
ângulos e distância horizontal, coordenadas dos pontos ocupados pelo reflector, a partir
de uma referência de nível, altura do instrumento; altura do reflector; unidade de medida
angular; entre outras.

Com a diferença de cota entre os dois pontos, é possível obter a cota do Alvo Topográfico
e fazer o controle de recalque, que é realizado em relação a uma referência de nível (cota
conhecida fora da obra e que não apresente recalque) fornecida pela GUIMAR
ENGENHARIA.

5.9.1 - LEITURAS DOS ALVOS TOPOGRÁFICOS

Os resultados são apresentados na forma de gráficos ilustrando a magnitude dos


recalques observados, em milímetro versus o tempo, em dias.
Nº PROJETISTA: FOLHA:
MD-1667-136 39/42
No ESEM/SESC: REVISÃO:
ESEM-3.MDE-0.00-16-GEP-006 05

6 - COMENTÁRIOS E RECOMENDAÇÕES
6.1 - COMENTÁRIOS
O monitoramento permanente das instalações da ESEM é de fundamental importância
para a garantia de que as edificações e demais estruturas estejam se comportando de
forma adequada e permita intervenções preventivas e não corretivas.

A instrumentação foi idealizada para a fase de recuperação das estruturas e adaptada


para a fase de operação da escola. Nessa medida, apesar da quantidade grande de
instrumentos, poderão ser necessários novos instrumentos assim como alguns
instrumentos poderão ser abandonados por não terem mais utilidade. Ao longo do
monitoramento essas adequações poderão ser feitas.

O mesmo se aplica a frequência de leituras. Essa frequência bem como o conjunto de


instrumentos deverá ser revista, à medida que os resultados são avaliados.

6.2 - RECOMENDAÇÕES
O monitoramento permanente das instalações da ESEM deve ser visto como uma
necessidade que deve ser mantida durante a vida útil do empreendimento. O que pode
ser alterado é o número de instrumentos e a frequência das leituras.

Adicionalmente, não é suficiente que os instrumentos sejam somente lidos, mas que seja
feita uma avaliação, por especialista em geotecnia, dos resultados do monitoramento, de
forma a estabelecer se as leituras estão adequadas e se o comportamento está dentro
dos padrões de segurança. O relatório de avaliação do comportamento da instrumentação
deverá, ainda, definir as alterações necessárias e as possíveis alterações na campanha
de monitoramento.
Nº PROJETISTA: FOLHA:
MD-1667-136 40/42
No ESEM/SESC: REVISÃO:
ESEM-3.MDE-0.00-16-GEP-006 05

ANEXO
Nº PROJETISTA: FOLHA:
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ESEM-3.MDE-0.00-16-GEP-006 05

ANEXO 1 – DESENHO DE LOCAÇÃO DA INSTRUMENTAÇÃO

(ESEM-3.DES-0.00-16-GEP-007)
Nº PROJETISTA: FOLHA:
MD-1667-136 42/42
No ESEM/SESC: REVISÃO:
ESEM-3.MDE-0.00-16-GEP-006 05

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