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Pós Graduação em Engenharia Clínica e Hospitalar

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Gases Medicinais

Angelo Marcelo Vaz Delago

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Gases Medicinais
Pós-Graduação em Engenharia Clínica
Gases Medicinais

Angelo Marcelo Vaz Delago

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Angelo Marcelo Vaz Delago
• Engenheiro eletricista/eletrônico
• MBA em engenharia de manutenção
• MBA em gestão de projetos
• Pós-graduado em engenharia de segurança
• Pós-graduado em engenharia clínica

• Experiência profissional
• Gerente de engenharia e manutenção do Hospital da Ilha
• Gerente corporativo de infraestrutura na rede de hospitais São Camilo – São Paulo
• Supervisor de engenharia clínica no UDI Hospital (Rede D’Or)
• Gerente de manutenção e engenharia clínica no Hospital São Domingos
• Engenheiro de campo na Toshiba Medical

E-mail: marcelo.delago@gmail.com
WhatsApp: +55 98 98839-3887 4
Gases Medicinais
1. Objetivos
2. Gases medicinais
3. Características físico-químicas dos diversos gases
4. Normas relacionadas
5. Modos de obtenção dos gases
6. Vácuo clínico
7. Sistemas centralizados
8. Critérios para cálculo de sistemas centralizados
9. Utilização dos gases
10. Gerenciamento e manutenção

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Gases Medicinais
Pós-Graduação em Engenharia Clínica
Gases Medicinais
Módulo 1
Objetivos

Angelo Marcelo Vaz Delago

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Gases Medicinais
• Gases Medicinais
• Objetivos específicos
• Estudar as características físico-químicas de dos gases medicinais, tais como oxigênio
(O2), nitrogênio (N2), ar comprimido medicinal, óxido nitroso (N2O), dióxido de
carbono (CO2) e especificação vácuo clínico
• Estudar as características e processos de obtenção dos gases e vácuo
• Apresentar as principais normas relacionadas ao assunto, discutindo-se os seus
conteúdos e abrangências
• Descrever as instalações nos EAS, os diversos tipos de sistemas centralizados de
suprimentos e os equipamentos que os compõem, a rede de distribuição e postos de
utilização, elementos formadores dos sistemas centralizados e os critérios de cálculo
• Discutir a utilização dos gases
• Discutir rotinas de manutenção e gerenciamento dos sistemas centralizados

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Gases Medicinais
Pós-Graduação em Engenharia Clínica
Gases Medicinais
Módulo 2
Gases Medicinais

Angelo Marcelo Vaz Delago

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Gases Medicinais
• Gases Medicinais
• Medicamentos na forma de gás, gás liquefeito ou líquido criogênico, isolados ou
associados entre si e administrados em humanos para fins de diagnóstico
médico, tratamento ou prevenção de doenças e para restauração, correção ou
modificação de funções fisiológicas
• Utilizados em hospitais, clínicas de saúde ou outros locais de interesse à saúde,
bem como em tratamentos domiciliares de pacientes

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Gases Medicinais
• Gases Medicinais
• Gases, como por exemplo o oxigênio, tem aplicações medicinais e industriais
• De acordo com a destinação de uso do gás existem diferentes critérios de pureza
e qualidade
• Gases medicinais, em geral, atendem aos critérios estabelecidos na Farmacopeia
Brasileira (6ª edição) ou outros compêndios internacionais, por exemplo
Farmacopeia Europeia (10ª edição)
• Devem ser produzidos por empresas licenciadas e autorizadas pelas autoridades
sanitárias competentes e que cumpram as Boas Práticas de Fabricação de gases
medicinais, conforme normativas vigentes da Anvisa

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Gases Medicinais
• Responsabilidade técnica
• Lei nº 6.360/76 obriga que a indústria mantenha responsável técnico
devidamente habilitado - não especifica qual profissional
• Anvisa - resoluções 69/08, 70/08, 32/11, 60/14 e 167/17: cabem aos Conselhos
Federais resolverem questões referentes às atividades afins com outras
profissões
• Responsável técnico: atua no recebimento, controle de qualidade, garantia da
qualidade, produção nas filiais (de acordo com as Boas Práticas de Fabricação),
armazenamento, transporte, assistência técnica, transferência de tecnologia,
validação de metodologia analítica, controle de operações capazes de manter a
integridade dos produtos e rastreabilidade até o consumidor final

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Gases Medicinais
• Responsabilidade técnica do farmacêutico
• Gases medicinais são classificados como medicamentos, demandando
acompanhamento
• Oxigênio medicinal é utilizado na administração de medicamentos e no
tratamento de doenças cardiorrespiratória, entre outras aplicações
• Ar sintético é utilizado como veículo para medicamentos administrados por meio
de inalação, entre outras aplicações

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Gases Medicinais
• Responsabilidade técnica do farmacêutico
• Conselho Federal de Farmácia (CFF) - Resolução 470 de 28 de março de 2008,
regulamentou as atividades do farmacêutico em gases medicinais e misturas de
uso terapêutico para fins de diagnóstico, definindo o farmacêutico como único
profissional capacitado, técnica e cientificamente, para lidar com esses produtos
• Área de atuação do farmacêutico não está consolidada, sendo compartilhada
com outras profissões
• Muitos farmacêuticos não tratam o oxigênio medicinal como medicamento

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Gases Medicinais
• Responsabilidade técnica do farmacêutico
• Fábrica de gases medicinais gera medicamento - farmacêutico é essencial
• Indústrias regulamentadas com Certificado de Boas Práticas de Fabricação da
Anvisa

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Gases Medicinais
• Responsabilidade técnica do farmacêutico
• Participação do farmacêutico em toda a cadeia produtiva, desde a fabricação do
produto terapêutico, até a sua entrega ao cliente final
• Produto é recebido por outro profissional, não passando pelo crivo do
farmacêutico hospitalar, que deveria estar habilitado para reconhecer a
procedência, qualidade do lote, temperatura do cilindro, formas de
armazenamento, etc.
• Garantir a eficácia, segurança e qualidade destes produtos, como qualquer outro
medicamento recebido pelo hospital
• Uso de gases adulterados podem causar graves problemas para a saúde

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Gases Medicinais
• FISPQ
• Recomendações de segurança, quanto ao manuseio adequado de gases
medicinais, devem ser verificadas nas Fichas de Informação de Segurança de
Produtos Químicos (FISPQ), nos rótulos de segurança e nos símbolos de perigo
disponibilizados pelos fabricantes em conformidade com os requisitos da ABNT
NBR 14725 – Produtos Químicos – informações sobre segurança, saúde e meio
ambiente

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Gases Medicinais
• Gases Medicinais
• Gases medicinais e vácuo clínico são caracterizados como insumos
• As estruturas de engenharia clínica e/ou hospitalar gerenciam ou assessoram
profissionais responsáveis por estas tecnologias
• Projeto, execução, operação e manutenção, implementada ou coordenada por
equipes de engenharia clínica, responsáveis pela gestão da tecnologia médico-
hospitalar, na busca da efetividade e adequação ao uso

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Gases Medicinais
• Gases Medicinais
• A gestão da tecnologia médico-hospitalar influencia na funcionalidade do
equipamento, pois envolve desde a sua especificação e aquisição, treinamento
do usuário, acompanhamento da rotina do equipamento com avaliação e
coordenação de manutenções até o seu descarte

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Gases Medicinais
• Gases Medicinais
• Profissionais da engenharia clínica
• Responsáveis pela ligação entre o corpo clínico, os administradores hospitalares, representantes
comerciais e agências regulamentadoras, garantindo que a tecnologia médico-hospitalar seja
utilizada com segurança e efetividade
• Preocupação com a infraestrutura na qual o equipamento está inserido, sendo necessárias
condições mínimas que assegurem a sua funcionalidade e segurança
• Em hospitais que possuem estrutura de engenharia clínica, aos poucos a responsabilidade pela
manutenabilidade dos sistemas centralizados de gases e vácuo medicinais está sendo
incorporada a sua rotina

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Gases Medicinais
• Gases Medicinais
• Deficiência no gerenciamento: utilização de equipamentos inadequados, como
compressores lubrificados a óleo para fornecimento de ar medicinal, ponto de
captação do ar localizado no interior de um recinto que não possui ventilação e
próximo ao sistema de vácuo, sistemas de tratamento do ar precários ou
inexistentes, que podem proporcionar a geração do ar contaminado com óleo,
água, partículas e agentes patogênicos, substitui-se o ar comprimido pelo
oxigênio para a movimentação de equipamentos pneumáticos, aspiração de
secreções, nebulizações e outros, o que leva ao seu uso indiscriminado e gera
custos consideráveis
• Colaborando com esse quadro de desperdício, existem os vazamentos nos postos
de utilização, que poderiam ser minimizados com rotinas de manutenção

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Gases Medicinais
• Gases Medicinais
• Produção / Envase
• As atividades de produção e envase de gases medicinais são passíveis de Licença
Sanitária (CMVS) junto a COVISA e Autorização de Funcionamento (AFE) junto a
ANVISA e devem seguir o preconizado na RDC 301/2019 – Dispõe sobre as Diretrizes
Gerais de Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos e Instrução Normativa IN
38/2019 que - Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação complementares a Gases
Substâncias Ativas e Gases Medicinais

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Gases Medicinais
• Gases Medicinais
• Distribuição e Transporte
• Devido aos gases medicinais serem considerados medicamentos, as empresas que
realizam as atividades de distribuição e transporte deverão cumprir o preconizado em
lei municipal
• Deverá solicitar licença e passar por inspeção para verificação das Boas Práticas de
Armazenamento, Distribuição e Transporte de Gases Medicinais
• Os gases medicinais, envasados em cilindros ou tanques criogênicos móveis, são
transportados em caminhões que garantam uma boa ventilação a fim de evitar
confinamentos de gases por questões de segurança, em posição vertical e bem
afixados, uma vez que os recipientes dos gases, no caso de quedas, podem provocar
graves acidentes

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Gases Medicinais
• Gases Medicinais
• Produção e Uso de Gases Medicinais em Serviços de Saúde
• Ar comprimido medicinal ou oxigênio 93% v/v oriundos de sistemas de compressão
ou de sistemas concentradores de oxigênio, podem ser produzidos in situ
• Gases podem ser acondicionados comprimidos sob pressão, liquefeitos sob alta
pressão (pressão de vapor saturada), liquefeitos a baixa pressão (gases criogênicos)
ou produzidos no local de consumo
• Tais produções não são licenciadas como fabricantes de medicamentos, devem ter
procedimentos e diretrizes que garantam que os gases produzidos apresentam a
qualidade e pureza preconizada
• As instalações devem atender a RDC 50/2002, parte III, item 7.3.3, que trata
especificamente das instalações de sistemas de gases em serviços de saúde
• Sistema de gases instalado que não seja para uso próprio, denotando
comercialização, torna-se sujeito ao cumprimento das Boas Práticas de Fabricação

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Gases Medicinais
Pós-Graduação em Engenharia Clínica
Gases Medicinais
Módulo 3
Características dos Gases Medicinais

Angelo Marcelo Vaz Delago

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Gases Medicinais
• Oxigênio
• Farmacopeia Brasileira, 6º edição, requisitos de qualidade
• Pureza mínima de 99,0% v/v
• Características físicas:
• CNTP: gás incolor, insípido, inodoro, não tóxico, comburente, não combustível
• A 1 atm e a -183 °C: estado líquido (criogênico) e coloração levemente azulada
• Solubilidade: baixa solubilidade em água. Um volume de O2 solubiliza-se em,
aproximadamente 32 volumes de água e em sete volumes de álcool etílico (95
°GL) a 20 °C e 101,3 kPa
• Constantes físico-químicas: 1000 ml de O2 a 0°C e à 101,3 kPa pesam em torno de
1,429 g

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Gases Medicinais
• Oxigênio
• Descoberto pelo farmacêutico sueco Carl Wilhelm Scheele, que produziu oxigênio
gasoso aquecendo óxido de mercúrio e vários nitratos, em 1772
• Encontrado na atmosfera misturado a outros gases na proporção de cerca de 21%
• O nome oxigênio (do grego ≅ξύς = ácido e, -geno, da raíz γεν = gerar) dado por
Lavoisier em 1774 após ter observado que existiam muitos ácidos que continham
oxigênio

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Gases Medicinais
• Oxigênio
• Símbolo: O
• Massa atômica: 15,999 u
• Número atômico: 8
• Elétrons por camada: 2, 6
• Eletronegatividade: 3,44
• Raio atômico: 60 pm
• Série química: Não metal, calcogênio, elemento do 2º período

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Gases Medicinais
• Oxigênio
• Características físicas:
• Gás pouco solúvel na água
• Incolor (azul em estado líquido e sólido)
• Inodoro
• Insípido

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Gases Medicinais
• Oxigênio
• Características químicas:
• Não inflamável
• Oxidante
• Acelerador de combustão (evitar contato com óleo, graxas ou outros combustíveis)
• Não tóxico
• Não corrosivo

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Gases Medicinais
• Oxigênio
• Nº da ONU:
• Fase líquida - 1073
• Fase gasosa - 1072
• Classe de risco:
• Gás não inflamável
• Gás oxidante (fase gasosa)
• Em casos de vazamentos do gás, ventilar a área e remover todos os materiais
inflamáveis próximos
• Altamente refrigerado (fase líquida)
• Ao manipular em situações críticas ou durante manutenção, utilizar EPI’s (óculos de
proteção com lente incolor, luvas de couro de cano médio e sapatos com bico de aço)

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Gases Medicinais
• Oxigênio
• Ponto de ebulição (CNTP): -182,96 °C (90,20 K)
• Ponto de fusão (CNTP): -218,79 °C (54,36 K)
• 1 litro na forma líquida ~ 857 litros na forma gasosa

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Gases Medicinais
• Oxigênio
• Propriedades termodinâmicas do elemento químico O2

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Gases Medicinais
• Oxigênio
• Sistema criogênico: ABNT NBR 12188:2016 - Sistemas centralizados de
suprimento de gases medicinais, de gases para dispositivos médicos e de vácuo
para uso em serviços de saúde (em revisão)
• Concentradores: ABNT NBR 13587:2017 - Serviço de saúde - Sistema
concentrador de oxigênio (SCO) para uso em sistema centralizado de oxigênio
medicinal — Requisitos

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Gases Medicinais
• Oxigênio
• Resolução CFM nº1.355/92
1. Estabelecer, como parâmetro mínimo de segurança, a concentração de oxigênio
igual ou maior que 92% para a utilização hospitalar, devendo tal valor integrar a
farmacopeia brasileira.
2. Aprovar os seguintes padrões mínimos para a instalação e funcionamento das usinas
concentradoras de oxigênio:
a. A Usina Concentradora de Oxigênio deverá ter medidor que indique continuamente a
concentração do oxigênio que está sendo fornecido.
b. Que possua um sistema para interromper automaticamente o funcionamento da usina
quando o teor do oxigênio na mistura for inferior a 92%.
c. Que seja mantido o sistema usual de Oxigênio, que deverá entrar em funcionamento
automaticamente, em qualquer instante em que a usina processadora interrompa sua
produção.

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Gases Medicinais
• Oxigênio
• Resolução CFM nº1.355/92
2. Aprovar os seguintes padrões mínimos para a instalação e funcionamento das usinas
concentradoras de oxigênio:
d. Que existam filtros que assegurem o grau de pureza, de forma que a mistura de gases
não contenha elementos danosos à saúde, inclusive argônio com concentração superior a
5% ou nitrogênio em concentração superior a 4%.
e. Que periodicamente seja efetuado um controle da composição dos gases (análises
qualitativa e quantitativa) que permita absoluta segurança do sistema, sob a
responsabilidade do Diretor Técnico da instituição.
f. Que existam na instituição placas indicadoras do sistema utilizado.
g. Que os aparelhos de anestesia sejam providos de analisadores de oxigênio (oxímetro de
linha), quando utilizarem mistura com outros gases.

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Gases Medicinais
• Oxigênio
• Resolução CFM nº1.355/92
3. Determinar que não podem ser efetuadas anestesias em circuito fechado,
utilizando a mistura de gases produzida pela usina.
4. Recomendar aos Hospitais Universitários que façam análise prospectiva,
permitindo o aperfeiçoamento do sistema.
5. Recomendar ao Ministério da Saúde que discipline o uso dessa tecnologia no
sistema de saúde do País, através de normas e regulamentos técnicos que
assegurem os padrões propostos.

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Gases Medicinais

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Gases Medicinais
• Oxigênio
• Limite de contaminantes para o oxigênio medicinal e também para o ar medicinal

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Gases Medicinais
• Oxigênio
• FISPQ oxigênio gasoso
• FISPQ oxigênio líquido

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Gases Medicinais
• Oxigênio
• Cor de identificação do gás dos cilindros
• oxigênio industrial – cilindros de cor preta
• oxigênio medicinal – cilindros de cor verde

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Gases Medicinais
• Oxigênio
• Preço da produção de oxigênio varia em função do preço da energia (custo da
energia necessária para liquefazer o ar é o principal custo de produção)
• Padrão de transporte em grandes quantidades em estado líquido, armazenado
em tanques especialmente isolados

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Gases Medicinais
• Oxigênio
• Oxigênio líquido passa por permutadores de calor que convertem o líquido
criogênico em gás antes de entrar no edifício hospitalar

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Gases Medicinais
• Oxigênio
• Oxigênio líquido passa por permutadores de calor que convertem o líquido
criogênico em gás antes de entrar no edifício hospitalar
• Também armazenado e transportado em cilindros que contêm o gás comprimido

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Gases Medicinais
• Ar comprimido medicinal
• Farmacopeia Brasileira, 6º edição, requisitos de qualidade
• Concentração mínima de 19,5% v/v e máxima 23,5% v/v de oxigênio
• Características físicas: nas (CNTP), gás incolor, insípido, inodoro, não tóxico, não
inflamável. O ar medicinal a 1 atm de pressão e à temperatura ambiente
encontra-se no estado gasoso
• Solubilidade: baixa solubilidade em água
• Informações adicionais: as análises do ar medicinal não necessitam ser realizadas
pelo serviço de saúde, desde que esses não produzam localmente o produto e
atendam aos requisitos das normas e regulamentações em vigor

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Gases Medicinais
• Ar sintético medicinal
• Farmacopeia Brasileira, 6º edição, requisitos de qualidade
• Mistura de nitrogênio e oxigênio. Contém, no mínimo, 21,0% v/v e, no máximo,
22,5% v/v de oxigênio.
• Características físicas: Gás incolor e inodoro
• Solubilidade: A 20 °C de temperatura e 101 kPa de pressão, um volume de gás
dissolve em 50 volumes de água, aproximadamente
• São preconizados ensaios de identificação e pureza

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Gases Medicinais
• Nitrogênio
• Descoberto pelo médico escocês Daniel Rutherford em 1772, como componente
separável do ar
• Do latim nitrogenium e este do grego νίτρον = nitro, e -genio, da raiz grega γεν =
gerar
• Lavoisier se referia a ele como azote, palavra formada pelas raízes gregas a
(negativo) e zote (vivo), sem-vida, devido não ser utilizado para a vida na Terra
• Em francês, o termo azote é utilizado no lugar de nitrogênio
• Em 1790, foi chamado de nitrogênio, por Jean Antoine Chaptal, que significa
“formador de salitre”

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Gases Medicinais
• Nitrogênio
• Nitrogênio ou azoto
• Símbolo N
• Número atômico 7
• Massa atômica 14,00674 u
• Elétrons por camada: 2, 5
• Eletronegatividade: 3,04
• Raio atômico: 65 pm
• Série química: Não metal, pnigogênico, elemento do 2º período

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Gases Medicinais
• Nitrogênio
• Propriedades físicas do nitrogênio líquido
• Líquido incolor, inodoro e não inflamável
• Em excesso, o gás pode produzir narcose ou asfixia

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Gases Medicinais
• Nitrogênio
• CNTP forma um gás diatômico (N2)
• incolor, inodoro, insípido e principalmente inerte
• não participa da combustão e nem da respiração
• Ponto de ebulição (CNTP): -196 °C (77 K)
• Ponto de fusão (CNTP): -210 °C (63 K)
• Na forma gasosa é o maior constituinte da atmosfera (78,03% em volume)
• Retirado por destilação fracionada do ar liquefeito

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Gases Medicinais
• Nitrogênio
• Propriedades físicas do nitrogênio líquido

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Gases Medicinais
• Nitrogênio
• Gás Nitrogênio Comprimido (N2)
• Alta Pureza > 99,998%
• Baixa Pureza > 90%
• Nitrogênio Líquido Refrigerado (N2)
• > 99,998%
• Nitrogênio – cilindros de cor cinza

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Gases Medicinais
• Óxido nitroso
• Óxido nitroso, protóxido de nitrogênio ou protóxido de azoto
• Conhecido como gás hilariante
• Descoberto em 1772 pelo clérigo inglês Joseph Priestley
• Agente anestésico fraco em forma de gás respiratório inorgânico e inodoro que
tem efeitos analgésicos significativos e baixa solubilidade no sangue
• Causa modestos aumentos da frequência respiratória e quando administrado
isoladamente pode aumentar de forma expressiva o fluxo sanguíneo cerebral e a
pressão intracraniana
• Terceiro gás de efeito estufa de longa duração mais importante

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Gases Medicinais
• Óxido nitroso
• Gás incolor, composto de duas partes de nitrogênio e uma de oxigênio
• Fórmula química: N2O
• Massa molar: 44,0128
• Aparência: gás incolor, inodoro e de sabor ligeiramente adocicado
• Densidade: 1222,8 kg/m³ (líquido)
• Densidade: 1,8 kg/m³ (gás, em CPTP)
• Ponto de fusão: -90,86 °C (182,29 K)
• Ponto de ebulição: -88,48 °C (184,67 K)

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Gases Medicinais
• Óxido nitroso
• Não é tóxico
• não é irritante
• Não é inflamável, porém é capaz de manter combustão.
• É comercializado no Estado Líquido (Tanque Criogênicos) e no Estado Gasoso
(Cilindros Alta Pressão)
• Pesa aproximadamente 1,5 vezes mais que o Ar Atmosférico.
• Enchimentos de cilindros de alta pressão: 52,4 kg/cm²
• Incompatibilidade: Graxa e Óleo.

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Gases Medicinais
• Óxido nitroso
• FISPQ óxido nitroso líquido
• FISPQ óxido nitroso gasoso

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Gases Medicinais
• Dióxido de carbono
• Farmacopeia Brasileira, 6º edição, requisitos de qualidade
• Contém, no mínimo, 99,0% v/v de dióxido de carbono na fase gasosa
• Características físicas: gás incolor
• Solubilidade: um volume de CO2 solubiliza-se em, aproximadamente, um volume
de água a 20 °C e pressão de 101 kPa
• Informações adicionais: Deve-se examinar a fase gasosa. Se o teste for executado
em cilindro, manter o mesmo à temperatura ambiente até a estabilização das
fases líquida e gasosa do produto
• São preconizados ensaios de identificação e pureza

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Gases Medicinais
• Dióxido de carbono
• Dióxido de carbono, anidrido carbônico ou gás carbônico (português brasileiro
• Descoberto pelo escocês Joseph Black em 1754
• É exalado dos animais e é utilizado pelas plantas para realizar fotossíntese
• Fórmula química: CO2

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Gases Medicinais
• Dióxido de carbono
• Massa molar: 44,010 g/mol
• Aparência: gás incolor e inodoro
• Densidade:
• 1,98 kg/m³ (0 °C, 1013 hPa)
• 1 562 g/ml (sólido a 1 atm e a −78,5 °C)
• 0,770 g/ml (líquido a 56 atm e a 20 °C)
• 1 976 g/l (gás a 1 atm e a 0 °C)
• 849,6 g/l (fluido supercrítico a 150 atm e a 30 °C
• Ponto de fusão: -56,57 °C (0,53 MPa) 194,7 K (sublimação)
• Ponto de ebulição: 216,6 K a 5,185 bar
• Solubilidade em água: 1,45 g/l a 25 °C e 1.013 hPa ; 1,7 g/l a 20 °C e 1.013 hPa

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Gases Medicinais
• Dióxido de carbono
• FISPQ CO2

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Gases Medicinais
• Argônio
• Propriedades físicas do argônio líquido
• Líquido incolor, inodoro e não inflamável
• A partir da destilação fracionada do ar
• Muito usado em processos de soldagem e tratamentos térmicos, como atmosfera
inerte, para evitar o contato com os gases constituintes do ar

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Gases Medicinais
• Hélio
• Propriedades
• Símbolo He
• massa atómica igual a 4 u
• número atômico 2 (2 prótons e 2 elétrons)
• Nas condições normais de temperatura e pressão é um gás monoatômico, tornando-
se líquido somente em condições extremas (de alta pressão e baixa temperatura)
• Incolor e inodoro

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Gases Medicinais
• Hélio
• Em grego: Ήλιος; romaniz.: Helios
• Segundo elemento mais abundante do universo, atrás apenas do hidrogênio,
constituindo em torno de 20% da matéria das estrelas
• Na atmosfera terrestre existe na ordem de 5 ppm e é encontrado também como
produto de desintegração em diversos minerais radioativos de urânio e tório
• Presente em algumas águas minerais, em gases vulcânicos, principalmente nos
vulcões de lama
• Acumulações comerciais nos Estados Unidos, Rússia, Argélia, Qatar, Canadá e
China de onde provém a maioria do hélio comercial, associado ao gás metano
• Pode-se sintetizar o hélio bombardeando núcleos de lítio ou boro com prótons a
alta velocidade

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Gases Medicinais
• Hélio
• Descoberto de forma independente pelo francês Pierre Janssen e pelo inglês
Norman Lockyer, em 18 de agosto de 1868, ao analisarem o cromosfera solar
durante um eclipse solar ocorrido naquele ano, encontrando uma linha de
emissão de um elemento desconhecido
• Edward Frankland confirmou os resultados de Janssen e propôs o nome helium
para o novo elemento, em honra ao deus grego do sol (Hélio) com o sufixo –ium
• Em 1907, Ernest Rutherford e Thomas Royds demonstraram que as partículas alfa
são núcleos de hélio

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Gases Medicinais
• Hélio
• Usado para o enchimento de balões e dirigíveis
• Líquido refrigerante de materiais supercondutores criogênicos
• Gás engarrafado utilizado em mergulhos de grande profundidade
• Hélio 4 é o isótopo mais encontrado na Terra, sendo o mais estável entre todos os
isótopos de hélio

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Gases Medicinais
• Hélio
• Propriedades físicas do hélio 4 líquido
• O He4 foi liquefeito, pela primeira vez, em 1908, pelo físico holandês Heike
Kamerlingh Onnes, na University of Leiden, Holanda
• Principal refrigerante criogênico em magnetos supercondutores, tais como os
utilizados em ressonância magnética, aceleradores de partículas atômicas, satélites e
naves espaciais
• Temperatura necessária para liquefazer o hélio é baixa por causa da baixa intensidade
das forças de atração entre os átomos
• O hélio é um gás nobre, mas a atração interatômica é reduzida ainda mais por efeitos
quânticos, importantes por causa de sua baixa massa atômica

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Gases Medicinais
• Hélio
• Propriedades físicas do hélio 4 líquido
• Líquido inodoro, incolor, não inflamável e não corrosivo
• O hélio 4 é o criogênico de maior interesse na pesquisa científica, devido à baixíssima
temperatura do líquido
• O fenômeno da SUPERFLUIDEZ acontece abaixo de 2,17 K com propriedades
excepcionalmente incomuns

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Gases Medicinais
• Hélio
• FISPQ hélio

67
Gases Medicinais
• Hélio

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Gases Medicinais
Pós-Graduação em Engenharia Clínica
Gases Medicinais
Módulo 4
Normas Relacionadas

Angelo Marcelo Vaz Delago

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Normas
• Principais normas referentes a gases medicinais
• Lei Federal nº 13.043, de 13 de novembro de 2014
• Norma Regulamentadora 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão
• Norma Regulamentadora 26 - Sinalização de Segurança
• European Pharmacopeia 10º Edition. Ano de publicação 2020
• Farmacopeia Brasileira 6º Edição. Ano de publicação 2019

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Normas
• Principais normas referentes a gases medicinais
• RDC nº 16 de 1 de abril de 2014 que dispõe sobre os Critérios para
Peticionamento de Autorização de Funcionamento (AFE) e Autorização Especial
(AE) de Empresas
• RDC nº 301 de 22 de agosto de 2019 que dispõe sobre a Diretrizes Gerais de Boas
Práticas de Fabricação de Medicamentos
• IN nº 38 de 22 de agosto de 2019 que dispõe sobre Boas Práticas de Fabricação
complementares a Gases Substâncias Ativas e Gases Medicinais
• RDC nº 50 de 21 de fevereiro de 2002 que dispõe sobre o Regulamento Técnico
para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de
estabelecimentos assistenciais de saúde

71
Normas
• Principais normas referentes a gases medicinais
• ABNT NBR 12188:2016 - Sistemas centralizados de suprimento de gases
medicinais, de gases para dispositivos médicos e de vácuo para uso em serviços
de saúde (EM REVISÃO)
• ABNT NBR 13587:2017 - Serviço de saúde - Sistema concentrador de O2 (SCO)
para uso em sistema centralizado de oxigênio medicinal – Requisitos
• ABNT NBR 12176:2010 - Cilindros para gases - Identificação do conteúdo
• ABNT NBR 7500:2021 - Identificação para o transporte terrestre, manuseio,
movimentação e armazenamento de produtos

72
Normas
• Principais normas referentes a gases medicinais
• ABNT NBR 11725:2008 - Conexões e roscas para válvulas de cilindros para gases
• ABNT NBR 11906:2011 - Conexões roscadas para postos de utilização sob baixa
pressão, para gases medicinais, gases para dispositivos médicos e vácuo clínico,
para uso em estabelecimentos de saúde
• ABNT NBR 13164:1994 - Tubos flexíveis para condução de gases medicinais sob
baixa pressão (EM REVISÃO)
• ABNT NBR 13206:2010 - Tubo de cobre leve, médio e pesado, sem costura, para
condução de fluidos – Requisitos
• ABNT NBR 15949:2011 - Vaso de pressão para ocupação humana (VPOH) para
fins terapêuticos — Diretrizes para construção, instalação e operação (EM
REVISÃO)
• ABNT NBR 13730:2010 - cancelada

73
Normas
• Principais normas referentes a gases medicinais
• ABNT NBR 14725-1:2009 Versão Corrigida:2010 - Produtos químicos -
Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente
Parte 1: Terminologia
• ABNT NBR 14725-2:2019 - Produtos químicos - Informações sobre segurança,
saúde e meio ambiente - Parte 2: Sistema de classificação de perigo
• ABNT NBR 14725-3:2017 Produtos químicos - Informações sobre segurança,
saúde e meio ambiente Parte 3: Rotulagem
• ABNT NBR 14725-4:2014 - Produtos químicos — Informações sobre segurança,
saúde e meio ambiente - Parte 4: Ficha de informações de segurança de produtos
químicos (FISPQ)

74
Normas
• Principais normas referentes a gases medicinais
• RDC nº 392 de 26 de maio de 2020. Define os critérios e os procedimentos
extraordinários e temporários para a aplicação de excepcionalidades a requisitos
específicos das Boas Práticas de Fabricação e de Importação de Medicamentos e
Insumos Farmacêuticos, em virtude da emergência de saúde pública
internacional decorrente do novo Coronavírus
• RDC nº 461 de 22 de janeiro de 2021. Altera a Resolução de Diretoria Colegiada -
RDC nº 392, de 26 de maio de 2020
• RDC nº 482 de 19 de março de 2021. Altera o art. 7º da Resolução de Diretoria
Colegiada - RDC nº 392, de 26 de maio de 2020 para prever excepcionalidades
referentes à utilização de cilindros de oxigênio não medicinal, utilização de
rampas de enchimento de cilindros industriais para o enchimento de cilindros
medicinais, e utilização de unidades de envasamento exclusivo de gases
industriais para o envasamento de gases medicinais

75
Normas
• ABNT NBR 12188:2016
• Fator de utilização/simultaneidade, números de postos por local de utilização e
demanda por posto de utilização
• Centrais de suprimento com tanques estacionários ou móveis, cilindros ou
sistema concentrador de oxigênio
• Central de suprimento com cilindros
• Central de suprimento com tanque criogênico estacionário ou móvel
• Suprimento de emergência
• Central de suprimento de ar sintético medicinal com dispositivo especial de
mistura
• Sistema de vácuo
• Rede de distribuição
• Sistemas de alarme e monitoração
76
Normas
• ABNT NBR 12188:2016
• Ensaios para comissionamento da instalação do sistema centralizado
• Pintura e identificação das tubulações de gases
• Esquema de instalação de centrais de tanques e cilindros
• Esquema de instalação de centrais de vácuo
• Esquema de instalação de centrais ar comprimido
• Esquema de instalação de centrais com dispositivo especial de mistura
• Distâncias

77
Gases Medicinais
Pós-Graduação em Engenharia Clínica
Gases Medicinais
Módulo 5
Obtenção dos Gases Medicinais

Angelo Marcelo Vaz Delago

78
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Como é obtido
• Planta industrial (sistema criogênico)
• Sistemas concentradores (PSA e VPSA)

79
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• CRIOGENIA - ciência das temperaturas muito baixas
• Prefixo “crio” provém do grego “kruos“, que significa extremamente frio
• Ciência que estuda
• As tecnologias para a produção de temperaturas muito baixas, inferiores a −150 °C
(123 K), até a temperatura de ebulição do hélio líquido (4,2 K), ou ainda mais
próximas do zero absoluto
• As tecnologias para o armazenamento e uso de baixas temperaturas
• As propriedades físico-químicas dos elementos e materiais em baixas temperaturas
• Os fenômenos e efeitos da transferência térmica entre um agente e o meio nessas
baixas temperaturas
• A temperatura mais baixa que se pode obter é o zero absoluto, que corresponde
a 0 K ou -273,15 °C

80
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Temperaturas Criogênicas, em geral, são conseguidas pelo resfriamento e
liquefação de gases em temperaturas abaixo das encontradas em condições
naturais

81
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Líquidos criogênicos - produzidos em maior quantidade, extraídos do ar
atmosférico
• Gases industriais - obtidos do ar por Destilação Fracionada Industrial
• O ar é liquefeito e então separado por pontos de ebulição de cada componente
• Principais: nitrogênio, oxigênio, argônio, neônio, criptônio e xenônio, que depois
de resfriados tornam-se líquidos extremamente frios
• Gás hélio é conseguido de algumas reservas de gás natural e é o líquido
criogênico de mais baixa temperatura
• Gás Natural Liquefeito (GNL) tem sido usado em muitos países e o hidrogênio
líquido tem grande promessa para ser o combustível do futuro

82
Obtenção de Gases Medicinais

83
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Sistema criogênico
• Parque industrial criogênico localizado longe do consumidor do oxigênio
• Conjunto de plantas de separação de gases do ar e envolvem grandes recursos e
equipamentos de grande porte
• Ar atmosférico é filtrado e comprimido, é feito remoção dos contaminantes (H2O, CO2
e hidrocarbonetos) e resfriamento a baixas temperaturas (aproximadamente 195,6 °C
negativo), tornando-se liquefeito
• Realizada destilação fracionada para separação dos gases nitrogênio e oxigênio, que é
uma etapa na qual se utiliza uma propriedade físico-química, ponto de ebulição, para
realizar a separação dos gases

84
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Sistema criogênico
• À medida que o ar se resfria, a umidade e o dióxido de carbono são condensados
sobre as paredes de um trocador de calor e o ar purificado passa através de duas
colunas de destilação, uma superior e outra inferior.
• Estas colunas são formadas por pratos e unidas através do trocador de calor, que
serve de condensador para a coluna inferior e de refervedor para a coluna superior
• Retificador faz a separação do ar liquido no componente mais volátil, nitrogênio, que
possui um ponto de ebulição de 77,4 K, e no oxigênio (ponto de ebulição mais alto,
90,2 K)
• Em virtude das diferenças no ponto de ebulição dos gases, sendo o nitrogênio mais
volátil, ocupará a parte superior da coluna, ao passo que o oxigênio ficará na parte
inferior

85
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Sistema criogênico
• No estado líquido em tanques estacionários bem isolados termicamente (casos de
maior consumo): o oxigênio líquido é vaporizado, transformando-se em gás, antes de
ser injetado nas linhas de oxigênio locais. Comparado a concentradores e cilindros de
gás, o pequeno recipiente de oxigênio líquido permite maior qualidade de vida e seu
transporte é mais simples do que o do cilindro de gás
• No estado gasoso em cilindros de aço de alta pressão (200 bar): Quando comparados
a um concentrador, podem produzir vazões maiores, com maior pureza (99,5%) e não
precisam de eletricidade. E comparado a um tanque estacionário (oxigênio líquido) é
mais prático pois já se encontra pronto paras ser utilizado
• Através de tubulações ligando o fabricante ao consumidor

86
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Sistema criogênico
• O consumidor do oxigênio produzido por criogenia compra periodicamente o
oxigênio em estado líquido e o mantém em cilindros criogênicos
• O consumidor tem despesas com transporte, aluguel e manutenção

87
Gases Medicinais
• Obtenção de Gases Medicinais
• Gases industriais como nitrogênio, oxigênio, argônio, neônio, criptônio, e
xenônio, são obtidos do ar por um processo chamado Destilação
• Fracionada Industrial
• O ar é liquefeito e então separado por pontos
• de ebulição de cada componente

88
Obtenção de Gases Medicinais

89
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Sistemas concentradores
• Adsorção seletiva do ar foi inicialmente empregada para uso domiciliar em
oxigenoterapia, em hospitais móveis e navios da marinha durante operações militares
e em locais de difícil acesso, onde há dificuldade de abastecimento do oxigênio
líquido, principalmente países em desenvolvimento, para os quais o custo de
abastecimento torna-se elevado
• Alternativa principalmente para os hospitais ou indústrias que estão distantes das
indústrias fornecedoras de oxigênio e pagam um preço elevado para comprar o gás
• Oxigênio produzido no local em que será consumido através de sistemas
concentradores de oxigênio, popularmente chamados de usinas de oxigênio ou PSA
(Pressure Swing Adsorption), ou através de um processo semelhante, mas não muito
comum no Brasil, denominado PVSA (Pressure Vaccum Swing Adsorption)

90
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Sistemas concentradores
• Custo elevado do oxigênio líquido tem levado hospitais nacionais a implantarem
• O processo de adsorção é físico e ocorre pela aderência das moléculas de um gás à
superfície de um sólido através de forças de atração molecular, neste caso retendo
componentes do ar medicinal como o nitrogênio, CO2 e CO, deixando passar apenas o
oxigênio e componentes de gases nobres, predominantemente o argônio

91
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Sistemas concentradores
• O processo PVSA é semelhante ao PSA, diferindo no sistema de captação do ar
ambiente, que, ao invés de ser comprimido antes de passar pelo concentrador, é
captado através de ventiladores, tratado por um sistema de filtros e, posteriormente,
passa pelo concentrador. Somente após esta sequência, o oxigênio é comprimido e
armazenado em um reservatório que abastecerá a rede de distribuição.
• Diferença no processo de regeneração da peneira molecular
• PSA - despressurização do compartimento saturado é suficiente para remoção do
nitrogênio
• PVSA - é necessária a aplicação de vácuo para a eliminação do nitrogênio

92
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Sistemas concentradores
• A produção de oxigênio através da adsorção é bastante polêmica, pela dificuldade de
acesso a informações precisas e consistentes acerca do processo e pela quantidade
de variáveis de risco a serem gerenciadas, simplesmente (em alguns casos) por um
custo mais baixo do metro cúbico do gás gerado
• Quanto à concentração do gás, o máximo percentual de oxigênio possível de ser
obtido através dos concentradores chega a 95,58%, pela retirada da parcela de
nitrogênio da mistura

93
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Zeólita
• Os zeólitos, zeólitas ou zeolites (dos termos gregos zein (ferver) + lithos (pedra))
constituem um grupo numeroso de minerais que possuem uma estrutura porosa
• São conhecidas mais de 80 espécies de zeólitos naturais e mais de 150 artificiais
• São aluminosilicatos hidratados que possuem uma estrutura aberta que pode
acomodar uma grande variedade de íons positivos, como o Na+, K+, Ca2+, Mg2+,
entre outros
• Os zeólitos naturais formam-se em locais onde rochas vulcânicas e cinza vulcânica
reagem com água alcalina
• Os zeólitos naturais muito raramente são puros, sendo contaminados em grau
variável por outros minerais, metais, quartzo ou outros zeólitos, são excluídos de
muitas das suas aplicações comerciais em que a pureza e uniformidade são essenciais

94
Obtenção de Gases Medicinais

95
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Zeólita
• Dureza média varia entre 3 ½ e 5 ½ e a densidade relativa entre 2,0 e 2,4
• As cadeias, ligadas pelos cátions intersticiais, sódio, potássio, cálcio e bário, formam
uma estrutura aberta, com grandes canais, nos quais a água e outras moléculas
podem alojar-se prontamente. Quando aquecida, a água nos canais desprende-se
fácil e continuamente, à medida que a temperatura aumenta, deixando a estrutura
intacta
• Após a desidratação completa de uma zeólita, os canais podem ser preenchidos
novamente com água ou com amônia, vapor de mercúrio, vapor de iodo ou uma
variedade de outras substâncias. Este processo é seletivo e depende da estrutura
particular da zeólita e do tamanho das moléculas, devido a esta propriedade as
zeólitas são usadas como peneiras moleculares

96
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Zeólita
• As zeólitas tem uma propriedade útil adicional, que se prende à sua estrutura. A água
pode passar facilmente através dos canais, e no processo, os íons em solução podem
ser trocados por íons na estrutura. Este processo é denominado “troca de base” ou
“troca de cátions”, e por sua atividade as zeólitas são utilizadas para o amolecimento
da água

97
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Zeólita
• O processo de adsorção ocorre principalmente por forças de Van der Waals e forças
eletrostáticas entre as moléculas do adsorbato e os átomos que compõe a superfície
adsorvente
• A aplicação dos adsorventes levam em consideração a área da superfície, a
polaridade, tamanho e distribuição dos poros que dão acesso ao adsorbato

98
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Zeólita
• Zeólitas sintéticas com características pré-determinadas para cada aplicação
• Apresentam estrutura inorgânica formada por alumínio e sílica e acrescida de um
cátion metálico (Na+, Ca+ ou K+), o qual a torna polar, reduzindo o diâmetro de
acesso ao poro
• Pode-se encontrar janelas variando de 0,3 a 3,0 nm
• Podem ser hidrofóbicas ou hidrófilas
• Apresentarem poros maiores ou menores, dependendo da taxa de alumínio e silício

99
Obtenção de Gases Medicinais

100
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Zeólita
• Para o ar comprimido, funciona com um secador, pois absorve a umidade
• Para a separação do nitrogênio e oxigênio do ar, ela retém o nitrogênio, além do
vapor de água, deixando passar o oxigênio, funcionando como uma peneira
molecular, devido a polarização e a pequena diferença de tamanho entre as
moléculas de oxigênio e de nitrogênio
• No mercado é possível encontrar essa substância para ser adquirida e existem
diversos fabricantes que a comercializam

101
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• PSA (Pressure Swing Adsorption)
• Obtenção do oxigênio pelo processo de adsorção por alternância da pressão
(pressure swing adsortion - PSA)
• Final da década de 1960
• Viabilidade da obtenção de oxigênio em diversas escalas on-site e baixo custo
operacional
• Alto consumo de energia elétrica e elevado investimento, quando comparado com o
sistema criogênico tradicional, eram características desvantajosas
• Avanços nos materiais empregados no sistema de adsorção e no consumo energia
elétrica, reduzindo custos na produção de oxigênio

102
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• PSA (Pressure Swing Adsorption)
• Usina de produção de oxigênio instalada on site
• Permite separação e concentração do oxigênio (aproximadamente 95% de O2) ao
submeter o ar ambiente a uma peneira molecular de zeólita sob baixa pressão (3 a 6
bar), durante um período suficiente para adsorver monóxido de carbono, vapor de
água, dióxido de carbono e quase todo o nitrogênio presente no ar
• Utiliza dois vasos metálicos contendo peneira molecular (zeólita) em antiparalelo,
através de seis válvulas, que retém nitrogênio do ar a alta pressão, o qual será
liberado a baixa pressão, e permite que o oxigênio atravesse o leito adsorvente como
produto final
• Etapa de filtragem e secagem do ar comprimido que é admitido nas peneiras,
protegendo a zeólita de contaminação para não comprometer a eficiência da peneira

103
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• PSA (Pressure Swing Adsorption)
• Não há obrigatoriedade de registrar o sistema concentrador de oxigênio no
Ministério da Saúde e de realizar ensaios que verifiquem a conformidade do sistema
com as recomendações da norma brasileira
• Contexto hospitalar - série de variáveis de risco, como a possibilidade de fabricantes e
usuários não conhecerem as medidas de segurança e de produzir um gás com
maiores impurezas

104
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• PSA (Pressure Swing Adsorption)
• Necessário uso de placas sinalizadoras de perigo, evitando que qualquer pessoa
manuseie o equipamento, dispositivos de segurança como alarmes e sensores para o
controle do produto final e placas com as características do oxigênio que está sendo
utilizado
• Indispensável a monitoração da concentração do oxigênio (através de oxímetros de
linha) durante procedimentos de anestesia
• Alternativa de menor custo e melhor eficiência energética, se comparada com o
processo criogênico, mas produz um gás com percentual de oxigênio inferior

105
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Princípio de funcionamento da PSA (Pressure Swing Adsorption)

106
Obtenção de Gases Medicinais

107
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Princípio de funcionamento da PSA (Pressure Swing Adsorption)
1. Compressor: O ar é pressurizado a aproximadamente 7 bar
2. Separador de condensado: Colocado a jusante do compressor, condensa e drena
parte da água e das partículas
3. Pré-filtro coalescente: Retém partículas maiores que 1 μm e retira maior parte do
óleo do ar. Os condensados depositam-se no fundo do copo, onde há um dreno que
é acionado, de forma automática, controlado por tempo ou por um sistema de boia
que abra a válvula quando o condensado atingir determinado volume. Os copos
devem apresentar visores de nível de condensado que permitam monitorá-lo e
atuar o dreno caso o modo automático falhe. Manômetros diferenciais medem
diferença de pressão entre a entrada e a saída do filtro, fornecendo um indicador do
nível de saturação do elemento filtrante, para auxiliar a decisão de troca, que segue
a orientação do fabricante dada em número de horas de uso

108
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Princípio de funcionamento da PSA (Pressure Swing Adsorption)
4. Secador: Retira a água ainda presente no ar comprimido, chegando a um ponto de
orvalho de -40 °C
5. Pós-filtro coalescente: Retém partículas maiores do que 0,01 μm, com o mesmo
princípio de funcionamento que o pré-filtro
6. Filtro de carvão ativado: Retém o residual de óleo
7. Zeólita: Retém o nitrogênio, permitindo a passagem de oxigênio com 95% de pureza
8. Armazenador: O oxigênio é armazenado a aproximadamente 4,5 bar

109
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Princípio de funcionamento da PSA (Pressure Swing Adsorption)
• Etapa principal - passagem pela zeólita
• Sistema rigoroso de controle de válvulas nesta etapa
• Arranjo físico do esquema de válvulas e seu princípio de funcionamento está
sistematizado na Tabela, onde estão indicadas todas as ações necessárias para um
ciclo completo de obtenção de oxigênio

110
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Princípio de funcionamento da PSA (Pressure Swing Adsorption)

111
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Princípio de funcionamento da PSA (Pressure Swing Adsorption)
• Vaso B é pressurizado e começa a liberar oxigênio na saída para o reservatório de
consumo (indicado pela seta de saída de O2), o qual tem a função de “pulmão de
equalização” para filtrar pequenas variações de pressão devido aos picos de consumo
e as pequenas variações na concentração de oxigênio, enquanto o nitrogênio
adsorvido no vaso A está sendo purgado para o ambiente. A purga ocorre por
despressurização natural e é auxiliada por um fluxo de uma fração de oxigênio
produzido no vaso B no sentido contrário ao do esvaziamento do vaso A para a
atmosfera. À medida que o vaso vai se pressurizando, o nitrogênio vai sendo
adsorvido e o oxigênio vai se concentrando na extremidade oposta à entrada do ar
comprimido

112
Gases Medicinais

113
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Princípio de funcionamento da PSA (Pressure Swing Adsorption)
• Segurança do sistema
• Pressostato: liga e desliga o compressor, acionando e desacionando quando a pressão
no interior do reservatório atinge o valor crítico inferior ou superior
• Válvula de segurança: instalado no reservatório central de ar comprimido. Abre em
determinado valor de pressão (pressão de abertura), maior que o regulado para o
desacionamento através do pressostato, permitindo o fluxo de ar do reservatório
para o ambiente até que a pressão em seu interior atinja valor menor do que a
pressão de abertura. A partir deste ponto, a válvula se fecha automaticamente. É
aconselhável a instalação de um alarme simultaneamente à abertura da válvula
• Alarme de baixa e alta pressão: acionado quando a pressão do reservatório está
menor do que o valor crítico inferior. Isso pode indicar que o pressostato não enviou
sinal para acionar o compressor ou há problemas no acionamento do mesmo

114
Obtenção de Gases Medicinais

115
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• VPSA (“Vacuum Pressure Swing Adsorption”)
• Tecnologia variante do PSA, surge da aplicação de vácuo na purga da peneira, quando
a pressão de regeneração deve ser muito baixa
• Utiliza um sistema de simples admissão do ar ambiente para o concentrador, em vez
da compressão, e uma bomba de vácuo para forçar a regeneração da zeólita e a
purga dos componentes adsorvidos após cada ciclo
• Zeólita será regenerada mais inteiramente, se comparado com o sistema PSA, a
eficiência do processo aumenta, abaixando quantidade requerida de ar e a pressão
do ar e o poder de compressão do ar
• Devido ao equipamento extra (bomba de vácuo) e a complexidade mecânica
adicionada, apresenta um custo maior do que o PSA e aumenta a necessidade de
manutenção, além do seu poder de separação ser mais baixo

116
Obtenção de Gases Medicinais

117
Obtenção de Gases Medicinais

118
Obtenção de Gases Medicinais
• Oxigênio para o uso hospitalar
• Comparação dos sistemas
• Custo eficaz maior do sistema VPSA que o sistema PSA quando as taxas de produção
são superiores a 20 ou 30 toneladas/dia
• Fatores que interferem na escolha do sistema concentrador de oxigênio
• Tamanho da planta: maiores capacidades favorecem ao VPSA
• Custo de energia: taxas elétricas mais elevadas favorecem ao VPSA
• Pressão requerida do produto: PSA pode produzir oxigênio a 2 ou 3 atm, enquanto o VSPA
produz oxigênio a aproximadamente 1 atm
• Caso em que são requeridas pressões mais elevadas (por exemplo, para alimentar um
sistema de distribuição a 7 atm) ambos os sistemas requerem a compressão do produto

119
Obtenção de Gases Medicinais

120
Obtenção de Gases Medicinais

Comparação dos sistemas Criogênico PSA VPSA


Localização da planta em relação ao consumidor Longe Próximo Próximo
Pureza do oxigênio Acima de 95% 95% 95%
Frequência de manutenção dos equipamentos Pouca Pouca Muita
Possibilidade de risco no contexto hospitalar Menor Maior Maior
Custo total Alto Baixo Médio

121
Obtenção de Gases Medicinais
PSA/PVSA Oxigênio Líquido
Necessita de abafadores de ruído em razão do ruído Silencioso
gerado pelos compressores e da despressurização do
concentrador
Concentração do oxigênio: 95,58% Concentração do oxigênio: 99,5%
Necessidade de tratamento do ar Isento de micro-organismos
Necessidade de energia elétrica Não necessita de energia elétrica
Risco de paradas por falhas mecânicas Risco mínimo de paradas por falhas mecânicas
Em caso de ampliação, o hospital terá de adquirir Em caso de ampliação, o fornecedor é
outro equipamento o responsável
Necessita de monitoração constante da concentração Concentração do oxigênio não sofre alterações
do oxigênio
Necessita de manutenção periódica Exige manutenção mínima realizada
pelo fornecedor
De acordo com a realidade da instituição, podem-se O preço do oxigênio possui um custo considerável
ter custos de produção do oxigênio mais baixo
122
Gases Medicinais
• Ar comprimido
• Duas modalidades utilizadas em hospital
• Compressores de ar comprimido hospitalar
• Central de suprimento de ar sintético medicinal

123
Gases Medicinais
• Ar comprimido
• Compressores de Ar Comprimido Hospitalar
• Ar é uma mistura de gases, (principais nitrogênio (78%) e o oxigênio (21%))
• Composto por diferentes moléculas de ar, cada uma com uma certa quantidade de
energia cinética
• Temperatura do ar é diretamente proporcional à energia cinética média dessas
moléculas
• Temperatura será alta se a energia cinética média for grande (e as moléculas de ar se
moverem mais rápido)
• Temperatura será baixa quando a energia cinética for pequena

124
Gases Medicinais
• Ar comprimido
• Compressores de Ar Comprimido Hospitalar
• Compressão do ar é forçá-lo a ficar em um espaço menor e, como resultado,
aproximar as moléculas umas das outras
• Calor de compressão: comprimir o ar faz com que as moléculas se movam mais
rapidamente, o que aumenta a temperatura
• A energia liberada ao comprimir é igual à energia necessária para forçar o ar no
espaço menor, armazena energia para uso futuro

125
Gases Medicinais
• Ar comprimido
• Compressores de Ar Comprimido Hospitalar
• Compressão do ar é forçá-lo a ficar em um espaço menor e, como resultado,
aproximar as moléculas umas das outras
• Calor de compressão: comprimir o ar faz com que as moléculas se movam mais
rapidamente, o que aumenta a temperatura
• A energia liberada ao comprimir é igual à energia necessária para forçar o ar no
espaço menor, armazena energia para uso futuro

126
Gases Medicinais

127
Gases Medicinais

128
Gases Medicinais
• Ar comprimido
• Compressores de Ar Comprimido Hospitalar
• Garantia da qualidade do ar (RDC 50 e ABNT NBR 12.188)
• Pureza - mesmo quando a entrada de ar possa conter altas concentrações de
poluição ambiente
• 100% isentos de óleo
• Secador de adsorção: baixar o ponto de orvalho atmosférico para -45,5 °C,
eliminando quase toda a água presente na compressão e inibindo proliferação de
bactérias
• Catalisador HOC: converte monóxido de carbono (CO) em dióxido de carbono (CO2)
deixando-o em níveis não prejudiciais

129
Gases Medicinais

130
Gases Medicinais
• Ar comprimido
• Central de suprimento de ar sintético medicinal

131
Gases Medicinais
• Ar comprimido
• Central de suprimento de ar sintético medicinal
• O2 criogênico – normalmente o mesmo tanque utilizado para fornecimento de
oxigênio
• N2 criogênico – no processo utilizado para extrair oxigênio, a planta industrial obtém
o nitrogênio
• Os líquidos criogênicos passam por evaporadores
• Um equipamento misturador equaliza as porcentagens de O2 e N2

132
Gases Medicinais
• Outros gases
• Óxido de nitroso (N2O)
• Adquirido normalmente em cilindros de gás pressurizado de 33 kg
• Pode ser adquirido em forma de líquido criogênico, porém é incomum
• Por questões de custo, hospitais tem deixado de utilizar

133
Gases Medicinais
• Outros gases
• Dióxido de carbono (CO2)
• Adquirido normalmente em cilindros de gás pressurizado de 1 m³
• Pode ser adquirido em cilindros maiores, entre 7 m³ e 10 m³, em sistemas
centralizados
• Pode ser adquirido em forma de líquido criogênico, porém é incomum em hospitais

134
Gases Medicinais
• Outros gases
• Hélio (He)
• Adquirido normalmente na forma criogênica e cilindros de gás pressurizado para
utilização em aparelhos de MRI

135
Gases Medicinais
• Outros gases
• NOx
• Adquirido na forma de gás pressurizado

136
Gases Medicinais
Pós-Graduação em Engenharia Clínica
Gases Medicinais
Módulo 6
Sistemas centralizados de vácuo clínico

Angelo Marcelo Vaz Delago

137
Gases Medicinais
• Vácuo Clínico
• Métodos de obtenção
• Utilização do ar comprimido ou oxigênio para geração do vácuo pelo princípio de
Venturi
• De forma descentralizada através de equipamentos elétricos que possuem frascos
individuais de até cinco litros para armazenagem da secreção
• Sistemas de vácuo clínico centralizados de suprimento, compostas por bombas,
reservatórios e filtros, que formam a pressão negativa, e conduzido através de
tubulações até o paciente

138
Gases Medicinais
• Vácuo Clínico
• Vácuo pelo princípio de Venturi
• Efeito Venturi, demonstrado pelo físico Giovanni Battista Venturi em 1797
• Consiste em um sistema fechado onde um fluido se comprime momentaneamente ao
passar por um estreitamento, diminuindo sua área de escoamento e aumentando sua
velocidade
• Ao acrescentar neste momento um terceiro duto, ocorrerá a sucção do fluido
• O frasco do aspirador Venturi cria vácuo a partir do fluxo de oxigênio ou ar
comprimido
• O aspirador Venturi é instalado diretamente na rede de oxigênio ar comprimido do
hospital

139
Gases Medicinais
• Vácuo Clínico
• Vácuo pelo princípio de Venturi

140
Gases Medicinais
• Vácuo Clínico
• Aspirador cirúrgico
• Utiliza bomba de vácuo local

141
Gases Medicinais

142
Gases Medicinais
• Sistemas de Vácuo Clínico
• Central de suprimento compostas por bombas, reservatórios e filtros, que
formam a pressão negativa, e conduzido através de tubulações até o paciente
• Semelhantes às centrais com compressores destinadas ao fornecimento de ar
medicinal, trabalhando de forma contrária, retirando o ar da rede de distribuição
e deixando a pressão menor que a atmosférica
• Composto de um suprimento primário e um secundário, funcionando
alternadamente ou em paralelo, com capacidade para atender individualmente
100% do seu consumo máximo provável
• Necessário considerar a conexão de, no mínimo, uma das bombas ao sistema de
emergência de energia elétrica e, quando isso não for possível, deve-se prever a
utilização de aspiração com ar medicinal ou oxigênio
• O sistema possui contato com material orgânico biologicamente perigoso

143
Gases Medicinais

144
Gases Medicinais

145
Gases Medicinais
• Sistemas de Vácuo Clínico
• Localização
• Restrição a pessoas estranhas à manutenção
• Nível de ruído gerado pelas bombas deverá ser controlado
• Adequada ventilação e iluminação
• Bombas devem ser insensíveis à umidade inerente do processo

146
Gases Medicinais
• Sistemas de Vácuo Clínico
• Vácuo por parafuso lubrificado
• Desempenho superior às bombas de pistão, palhetas, lóbulos de garra ou anel líquido
• Deslocamentos de 182 a 944 m³/hora
• Vácuo até 29,9 pol.Hg
• Vácuo por pistão lubrificado ou seco
• Desempenho superior às bombas de palhetas, lóbulos de garra ou anel líquido
• Baixa demanda energética e baixíssimo nível de ruído
• Deslocamentos de 26 a 364 m³/hora
• Vácuo até 29,9 pol.Hg
• Vácuo por palhetas lubrificadas ou secas importadas
• Desempenho superior às de lóbulos ou anel líquido
• Deslocamentos de 30 a 360 m³/hora
• Vácuo até 29,9 pol.Hg

147
Gases Medicinais

Tipo kw/h x m³ Cooler Custeio Reposição Revisão H Pol.Hg dB(A) Custeio


Muito Muito
Parafuso 1:50 Ar Fácil 4.000 22-29,9 64
Baixo Baixo
Muito
Pistão 1:40 Ar Baixo Fácil 2.000 22-29 64
Baixo
Palhetas 1:40 Ar Alto Difícil 300 22-29,9 72 Baixo
Anel Muito Muito
1:20 Água Fácil 3.000 22-29 62
Líquido Baixo Alto
Lóbulos 1:40 Ar Muito Alto Difícil 300 17-22 79 Baixo

148
Gases Medicinais
• Sistemas de Vácuo Clínico
• Barulho
• Ar comprimido por Venturi gera um ruído mais intenso do que aspiradores e estes
mais que central, pela proximidade do uso
• Manutenção
• Para manter um funcionamento adequado, a bomba de vácuo exige manutenção
• Aspirador demanda manutenção mais simples e barata
• Venturi demanda ainda menos manutenção e mais barata
• Custos
• Custos de aquisição muito maior no sistema centralizado
• Custos de operação maior para Venturi e aspiradores
• centrais são mais eficientes energeticamente

149
Gases Medicinais
Pós-Graduação em Engenharia Clínica
Gases Medicinais
Módulo 7
Sistemas centralizados de gases medicinais

Angelo Marcelo Vaz Delago

150
Cores
• Normas
• Segundo a NR-26 (Sinalização de Segurança) devem ser adotadas as cores para
segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir
acerca dos riscos existentes
• ABNT NBR 7195:2018 - Cores para segurança
• ABNT NBR 6493:2019 - Emprego de cores para identificação de tubulações
industriais
• ABNT NBR 12188:2016 - Sistemas centralizados de suprimento de gases
medicinais, de gases para dispositivos médicos e de vácuo para uso em serviços
de saúde
• ABNT NBR 12176:2010 - Cilindros para gases - Identificação do conteúdo

151
Cores

152
Cores

153
Cores

FÓRMULA NOTAÇÃO
GÁS COR
QUÍMICA MUNSELL
Ar comprimido industrial – Azul-segurança 2,5 PB 4/10
Argônio Ar Marrom-canalização 2,5 YR 2/4
Cloro Cl2 Cinza-escuro N 3,5
Dióxido de carbono (CO2) industrial CO2 Alumínio –
Dióxido de carbono (CO2) para incêndio CO2 Vermelho-segurança 5 R 4/14
Hélio He Alaranjado-segurança 2,5 YR 6/14
Hidrogênio ou GNV H2 Amarelo-segurança 5 Y 8/12
Nitrogênio industrial N2 Cinza-claro N 6,5
Óxido nitroso medicinal N2O Azul-marinho 5 PB 2/4
Oxigênio industrial O2 Preto N1
Oxigênio medicinal O2 Verde 2,5 G 4/8
154
Cores

155
Tubulações
• Cobre
• Classe I - Azul Instalações industriais de alta pressão e vapor
• Classe A - Amarelo Instalações de gases combustíveis e medicinais (espessura
mínima de 0,8 mm)
• Classe E - Verde Instalações de água fria e quente, combate ao incêndio por
hidrante e sprinklers até 40 m.c.a.

156
Tubulações

157
Gases Medicinais
• Vácuo Clínico

158
Gases Medicinais
• Vácuo Clínico

159
Gases Medicinais
• Vácuo Clínico

160
Gases Medicinais
• Vácuo Clínico

161
Gases Medicinais
• Vácuo Clínico

162
Gases Medicinais
• Vácuo Clínico

163
Gases Medicinais
• Vácuo Clínico

164
Gases Medicinais
• Vácuo Clínico

165
Gases Medicinais
• Vácuo Clínico

166
Gases Medicinais
• Tanques criogênicos

167
Gases Medicinais
• Tanques criogênicos

168
Gases Medicinais

169
Gases Medicinais

170
Gases Medicinais

171
Gases Medicinais
• Vaporizador

172
Gases Medicinais
• Líquidos criogênicos para ar comprimido medicinal

173
Gases Medicinais
• Líquidos criogênicos para ar comprimido medicinal

174
Gases Medicinais
• Líquidos criogênicos para ar comprimido medicinal

175
Gases Medicinais
• Líquidos criogênicos para ar comprimido medicinal

176
Gases Medicinais
• Líquidos criogênicos para ar comprimido medicinal

177
Gases Medicinais
• Líquidos criogênicos para ar comprimido medicinal

178
Gases Medicinais
• Líquidos criogênicos para ar comprimido medicinal

179
Gases Medicinais
• Líquidos criogênicos para ar comprimido medicinal

180
Gases Medicinais
• Líquidos criogênicos para ar comprimido medicinal

181
Gases Medicinais
• Líquidos criogênicos para ar comprimido medicinal

182
Gases Medicinais
• Líquidos criogênicos para ar comprimido medicinal

183
Gases Medicinais
• Líquidos criogênicos para ar comprimido medicinal

184
Gases Medicinais
• Líquidos criogênicos para ar comprimido medicinal

185
Gases Medicinais
• Líquidos criogênicos para ar comprimido medicinal

186
Gases Medicinais
• Líquidos criogênicos para ar comprimido medicinal

187
Gases Medicinais
• Misturador para ar comprimido medicinal

188
Gases Medicinais

Esse esquema é igual para:


- Ar comprimido por líquidos criogênicos
- Ar comprimido por compressor
- Oxigênio por líquido criogênico
- Oxigênio por PSA
- Outros gases (N2O, CO2, N2)
normalmente tem central apenas a partir
deste ponto, sem criogenia ou outro
sistema

189
Gases Medicinais
• Compressor de ar medicinal

190
Gases Medicinais
• Compressor de ar medicinal

191
Gases Medicinais
• Compressor de ar medicinal

192
Gases Medicinais
• Compressor de ar medicinal

193
Gases Medicinais
• Compressor de ar medicinal

194
Gases Medicinais
• Compressor de ar medicinal

195
Gases Medicinais
• Compressor de ar medicinal

196
Gases Medicinais
• Compressor de ar medicinal

197
Gases Medicinais
• Compressor de ar medicinal

198
Gases Medicinais
• Compressor de ar medicinal

199
Gases Medicinais
• Compressor de ar medicinal

200
Gases Medicinais
• Compressor de ar medicinal

201
Gases Medicinais
• Compressor de ar medicinal

202
Gases Medicinais
• Compressor de ar medicinal

203
Gases Medicinais
• Compressor de ar medicinal

204
Gases Medicinais
• Compressor de ar medicinal

205
Gases Medicinais
• Compressor de ar medicinal

206
Gases Medicinais
• Compressor de ar medicinal

207
Gases Medicinais
• Compressor de ar medicinal

208
Gases Medicinais
• Compressor de ar medicinal

209
Gases Medicinais
• Óxido nitroso

210
Gases Medicinais
• Óxido nitroso

211
Gases Medicinais
• Central de cilindros reserva

212
Gases Medicinais
• Central de cilindros reserva de oxigênio

213
Gases Medicinais
• Central reserva de ar medicinal

214
Gases Medicinais
• Centrais reservas de N2O, CO2 e N2

215
Gases Medicinais
• Recarga de líquidos criogênicos

216
Gases Medicinais
• Recarga de líquidos criogênicos

217
Gases Medicinais
• Recarga de líquidos criogênicos

218
Gases Medicinais

219
Gases Medicinais

220
Gases Medicinais

221
Gases Medicinais
• Rede de distribuição de gases

222
Gases Medicinais
• Rede de distribuição de gases

223
Gases Medicinais
• Gases Medicinais
• Sistema de alarmes e monitoração
• Alarme operacional
• Alarme de emergência

224
Gases Medicinais
• Gases Medicinais
• Postos de utilização

225
Gases Medicinais

226
Gases Medicinais

227
Gases Medicinais

228
Gases Medicinais
• Gases Medicinais
• Equipamentos para gasoterapia
• Utilizados em oxigenoterapia, aspiração, ventilação pulmonar ou anestesia e
acoplados aos postos de utilização
• Tomada dupla ou tripla
• Possui válvulas de retenção independentes, que permitem a utilização simultânea de dois
ou mais terminais de saída
• Normalmente, um dos seus terminais é utilizado para oxigenação, outro utilizado para
aspiração utilizando oxigênio ou ar medicinais
• Problemas mais comuns: vazamentos e entupimentos, que ocorrem por causa de sua
utilização

229
Gases Medicinais
• Gases Medicinais
• Equipamentos para gasoterapia
• Fluxômetro
• Destinado a medir e controlar o fluxo de gases durante a utilização terapêutica
• Padrão de leitura de vazão: 0 a 15 I/min para oxigênio e ar comprimido e 0 a 13 l/min, para
óxido nitroso
• Roscas e cores padrões específicas para cada tipo de gás, não sendo utilizados na entrada
de equipamentos de ventilação pulmonar ou aparelhos de anestesia, pelo fato de
necessitarem de vazões de gás acima das fornecidas pelos fluxômetros

230
Gases Medicinais
• Gases Medicinais
• Equipamentos para gasoterapia
• Umidificador
• Objetivo de umidificar o gás
• Ar medicinal, O2 e N2O utilizam rede de distribuição secos, de maneira a evitar a corrosão
da tubulação, a contaminação e o congelamento das válvulas
• Administrados dessa forma podem causar ressecamento e inflamação das vias aéreas,
formação de crostas e secreções
• Riscos incluem a infecção e intoxicação pela água
• Troca total da quantidade de água armazenada no frasco no prazo máximo de 24 horas e
nunca parcialmente
• Desinfecção com hipoclorito de sódio, ou em caso de utilização em pacientes com doenças
infectocontagiosas, com glutaraldeído

231
Gases Medicinais
• Gases Medicinais
• Equipamentos para gasoterapia
• Aspiradores de secreção
• Oxigênio e o ar medicinal para gerar vácuo através do principio de Venturi
• Rede de vácuo: para o procedimento de aspiração, utiliza-se o manômetro em conjunto
com o frasco de secreção, medindo-se e controlando-se o vácuo através de uma válvula

232
Gases Medicinais
• Gases Medicinais
• Equipamentos para gasoterapia
• Válvula reguladora de pressão
• Utilizadas quando há necessidade de maior precisão na pressão de saída dos postos de
utilização, quando são utilizados ventiladores pulmonares e aparelhos de anestesia

233
Gases Medicinais
• Gases Medicinais
• Equipamentos para gasoterapia
• Ventilador pulmonar
• Equipamento destinado a conduzir um determinado volume de gás até os pulmões do
paciente, através da aplicação de uma pressão positiva nas suas vias aéreas ou produção
de uma pressão negativa na região torácica
• Alguns modelos utilizam a energia elétrica para produzir o trabalho de ventilação
pulmonar e outros, o ar comprimido
• Em casos emergenciais, poderão ser utilizados cilindros
• Presença de água no ar fornecido por centrais de suprimento com compressores é
contornado com a utilização de filtros separadores de condensado junto aos postos de
utilização, ou, no caso de partículas,

234
Gases Medicinais
• Gases Medicinais
• Equipamentos para gasoterapia
• Ventilador pulmonar
• Trazem, internamente, filtros
• Gases provenientes de centrais ou cilindros têm sua pressão reduzida e estabilizada por
meio de válvulas reguladoras de pressão, as quais poderão ser internas ao equipamento ou
acopladas aos postos de utilização, sendo a mistura de oxigênio e ar medicinal ministradas
ao paciente
• Como medida de segurança, os ventiladores pulmonares são dotados de alarmes de
pressão que indicam qualquer alteração sofrida pela rede de distribuição e conexões com
roscas padronizadas para cada tipo de gás.

235
Gases Medicinais
• Gases Medicinais
• Equipamentos para gasoterapia
• Aparelho de anestesia
• Administração de gases anestésicos, vapores e oxigênio para o paciente de forma
controlada
• Possibilita monitoração e ventilação
• Possuem suprimento de gases medicinais, um meio de eliminação do dióxido de carbono
do circuito, sistema inalatório, vaporizadores para anestésicos voláteis, sistemas de
medição e controle de pressão e fluxo
• Dispositivos de segurança: alarmes de pressão e válvula de segurança, que impedem o
fluxo de óxido nitroso caso ocorra falta de oxigênio e 2 conexões padronizadas para cada
tipo de gás

236
Gases Medicinais
• Gases Medicinais
• Equipamentos para gasoterapia
• Aparelho de anestesia

237
Gases Medicinais
• Gases Medicinais
• Comissionamento

238
Gases Medicinais
• Gases Medicinais
• Comissionamento

239
Gases Medicinais
Pós-Graduação em Engenharia Clínica
Gases Medicinais
Módulo 8
Critérios de Cálculo de Redes de Gases Medicinais

Angelo Marcelo Vaz Delago

240
Critérios de Cálculo de Redes de Gases Medicinais
Setor Pontos de Oxigênio Setor Pontos de Oxigênio
1 ponto p/ cadeira (caso não Salas de Exames de
Sala de Inalação 1 ponto p/ cada sala
haja ar comprimido) Tomografia, RMN
Sala de Suturas/Curativos 1 ponto p/ cada 2 leitos Salas Ultrassonografia 1 ponto p/ cada sala
Sala de Isolamento da Sala de Exames de Medicina
1 ponto p/ cada leito 1 ponto p/ cada sala
Emergência Nuclear
1 ponto p/cada leito (2
Sala Observação da 1 ponto p/cada sala (2 pontos
pontos caso não haja ar Sala de Exames Endoscópicos
Emergência caso não haja ar comprimido)
comprimido)
Sala de Procedimentos Sala de Indução e
2 pontos p/ cada leito 1 ponto p/ cada leito
Invasivos da Emergência Recuperação Pós-Anestésica
Sala de Emergência 2 pontos p/ cada leito Sala de Cirurgia 2 pontos p/ cada sala

Quarto/Enfermaria 1 ponto p/ cada 2 leitos Sala de Pré-Parto 1 ponto p/ cada leito


1 ponto p/ cada mesa (2
Sala de Exames e Curativos –
1 ponto p/ cada mesa Sala de Parto pontos caso não haja ar
Queimados/Balneoterapia
comprimido)

241
Critérios de Cálculo de Redes de Gases Medicinais
Setor Pontos de Oxigênio Setor Pontos de Oxigênio
1 ponto p/ cada berço (2 1 ponto p/ cada berço (2
Área de Cuidados e Área de Assistência de
pontos caso não haja ar pontos caso não haja ar
Higienização de RN Recém-Nascidos
comprimido) comprimido)
1 ponto p/ cada berço / 1 ponto p/ cada leito (2
Berçário Cuidados
incubadora (2 pontos caso Sala / Quarto de PPP pontos caso não haja ar
Intermediários
não haja ar comprimido) comprimido)
Berçário Cuidados Intensivos- 2 pontos p/ cada berço /
Sala de Transfusão 1 ponto p/ cada leito
UTI incubadora
Quarto/Área Coletiva de UTI 2 pontos p/ cada leito Sala de Radioterapia 1 ponto p/ cada sala
Sala de Raios-X Sala de Aplicação de
1 ponto p/ cada sala 1 ponto p/ cada poltrona
Intervencionista Quimioterápicos
Sala de Tratamento 1 ponto p/ cada poltrona /
Sala de Raios-X Geral 1 ponto p/ cada sala
Hemodialítico leito
Câmara de Oxigenoterapia
Salas de Hemodinâmica 2 pontos p/ cada sala 1 ponto p/ cada câmara
Hiperbárica

242
Critérios de Cálculo de Redes de Gases Medicinais
Setor Pontos de Ar Comprimido Setor Pontos de Ar Comprimido
Sala de Raios-X
Sala de Inalação 1 ponto p/ cada cadeira 1 ponto p/ cada sala
Intervencionista
Consultório Odontologia 1 ponto p/ cada equipamento Salas de Hemodinâmica 2 pontos p/ cada sala
Salas de Exames de
Sala Observação da Emerg. 1 ponto p/ cada leito 1 ponto p/ cada sala
Tomografia, RMN
Sala de Procedimentos
2 pontos p/ cada leito Sala de Exames Endoscópicos 1 ponto p/ cada leito
Invasivos da Emergência
Sala de Indução e
Sala de Emergência 1 ponto p/ cada leito 1 ponto p/ cada leito
Recuperação Pós- Anestésica
Quarto / Enfermaria 1 ponto p/ cada 2 leitos Sala de Cirurgia 2 pontos p/ cada sala

243
Critérios de Cálculo de Redes de Gases Medicinais
Setor Pontos de Ar Comprimido Setor Pontos de Ar Comprimido
Sala de Exames e Curativos-
1 ponto p/ cada 2 leitos Sala de Pré-Parto 1 ponto p/ cada leito
Internação
Sala de Exames e Curativos -
1 ponto p/ cada mesa Sala de Parto 1 ponto p/ cada mesa
Queimados/Balneoterapia
Área de Cuidados e Área de Assistência de Recém
1 ponto p/ cada berço 1 ponto p/ cada berço
Higienização de RN Nascidos
Berçário Cuidados 1 ponto p/ cada berço /
Sala / Quarto de PPP 1 ponto p/ cada leito
Intermediários incubadora
Berçário Cuidados Intensivos 2 pontos p/ cada berço / Sala de Aplicação de
1 ponto p/ cada leito
– UTI incubadora Quimioterápicos
Quarto / Área Coletiva de UTI 2 pontos p/ cada leito

244
Critérios de Cálculo de Redes de Gases Medicinais
Setor Pontos de Vácuo Setor Pontos de Vácuo
Sala de Raios-X
Consultório Odontologia 1 ponto p/ cada equipamento 1 ponto p/ cada sala
Intervencionista
Sala de Isolamento da
1 ponto p/ cada 2 leitos Sala de Raios-X Geral 1 ponto p/ cada sala
Emergência
Salas de Exames de
Sala de Emergência 1 ponto p/ cada leito 1 ponto p/ cada sala
Tomografia RMN
Sala de Indução e
Quarto / Enfermaria 1 ponto p/ cada 2 leitos 1 ponto p/ cada leito
Recuperação Pós-Anestésica
Sala de Exames e Curativos -
1 ponto p/ cada mesa Sala de Cirurgia 1 ponto p/ cada sala
Queimados/Balneoterapia
Berçário Cuidados
1 ponto p/ cada berço Sala de Parto 1 ponto p/ cada mesa
Intermediários
Berçário Cuidados Intensivos -
1 ponto p/ cada berço Quarto / Área Coletiva de UTI 1 ponto p/ cada leito
UTI

245
Critérios de Cálculo de Redes de Gases Medicinais
Setor Pontos de N20

Sala de Procedimentos Invasivos da Emergência 1 ponto p/ cada 2 leitos

Sala de Exames e Curativos – Queimados/Balneoterapia 1 ponto p/ cada mesa

Sala de Raios-X Intervencionista 1 ponto p/ cada sala

Salas de Exames de Tomografia, RMN 1 ponto p/ cada sala

Sala de Cirurgia 1 ponto p/ cada sala

Sala de Parto 1 ponto p/ cada sala

246
Critérios de Cálculo de Redes de Gases Medicinais

247
Critérios de Cálculo de Redes de Gases Medicinais

248
Critérios de Cálculo de Redes de Gases Medicinais

249
Critérios de Cálculo de Redes de Gases Medicinais

250
Gases Medicinais
Pós-Graduação em Engenharia Clínica
Gases Medicinais
Módulo 8
Aplicações Médica

Angelo Marcelo Vaz Delago

251
Utilização dos Gases Medicinais
• Ar comprimido – aplicações na área médica
• A mistura gasosa de alta pureza iguala-se ao ar atmosférico, porém é isenta de
umidade, micro-organismos e resíduos poluentes
• Devido a sua alta pureza é indicado para
• Uso terapêutico em tratamentos intensivos e cirurgias
• Nebulizações
• Movimentação pneumática de aparelhos de anestesia e ventiladores
• Secagem de instrumentos cirúrgicos
• Aspiração do tipo Venturi deveria ser utilizado apenas em casos de emergência
• Ruído gerado durante o procedimento
• Risco de contaminação do ambiente através de aerossóis

252
Utilização dos Gases Medicinais
• Oxigênio – aplicações na área médica
• A maior aplicação do oxigênio está relacionada com a manutenção da vida, para a
qual a respiração é função essencial e caracterizada por três fases
1. Fase pulmonar
2. Fase sanguínea
3. Fase celular
• Através das vias aéreas, o ar é conduzido até os pulmões, onde ocorrem as trocas
gasosas

253
Utilização dos Gases Medicinais

254
Utilização dos Gases Medicinais

255
Utilização dos Gases Medicinais
• Aplicações clínicas
• Trocas de oxigênio e dióxido de carbono
• Três processos são essenciais para a transferência de oxigênio do ar exterior para o
sangue passando pelos pulmões
• Ventilação: processo pelo qual o ar entra e sai dos pulmões
• Difusão: movimento espontâneo dos gases, sem o uso de energia ou esforço por parte do
corpo, entre os alvéolos e os capilares nos pulmões
• Perfusão: processo pelo qual o sistema cardiovascular bombeia o sangue pelos pulmões

256
Utilização dos Gases Medicinais
• Aplicações clínicas
• Trocas de oxigênio e dióxido de carbono
• A principal função do sistema respiratório é absorver oxigênio e eliminar dióxido de
carbono
• Oxigênio inspirado entra nos pulmões e chega aos alvéolos pulmonares. As camadas
de células que revestem os alvéolos e os vasos capilares circundantes têm, cada uma,
a espessura de apenas uma célula e estão estreitamente ligadas umas às outras. Esta
barreira entre o ar e o sangue tem aproximadamente 1 mícron de espessura.
• Oxigênio passa rapidamente através desta barreira de ar-sangue até o sangue nos
vasos capilares
• Dióxido de carbono passa do sangue para o interior dos alvéolos e é expirado

257
Utilização dos Gases Medicinais
• Aplicações clínicas
• Trocas de oxigênio e dióxido de carbono
• O sangue oxigenado viaja dos pulmões, passando pelas veias pulmonares até ao lado
esquerdo do coração, que bombeia o sangue para o resto do corpo
• O sangue pobre em oxigênio e rico em dióxido de carbono volta para o lado direito
do coração através de duas grandes veias: a veia cava superior e a veia cava inferior
• O sangue é bombeado pela artéria pulmonar até os pulmões, onde ele coleta
oxigênio e libera dióxido de carbono.

258
Utilização dos Gases Medicinais
• Aplicações clínicas
• Trocas de oxigênio e dióxido de carbono
• Para permitir a absorção de oxigênio e liberação de dióxido de carbono, cerca de 5 a
8 litros de ar por minuto entram e saem dos pulmões e cerca de três décimos de litro
de oxigênio são transferidos dos alvéolos para o sangue a cada minuto, mesmo
quando a pessoa está em repouso
• Volume similar de dióxido de carbono passa do sangue para os alvéolos e é expirado
• Durante o exercício, é possível inspirar e expirar mais de 100 litros de ar por minuto e
extrair 3 litros de oxigênio desse ar por minuto
• A velocidade com que o oxigênio é usado pelo corpo é uma medida para determinar
a quantidade de energia por ele consumida
• A inspiração e a expiração são realizadas pelos músculos respiratórios.

259
Utilização dos Gases Medicinais
• Oxigênio – aplicações na área médica
• Oxigenoterapia

260
Utilização dos Gases Medicinais
• Oxigênio – aplicações na área médica
• Hipoxemia
• Queda da pressão parcial de oxigênio no sangue arterial (PaO2)
• Oxigenoterapia
• Terapia utilizando oxigênio para controle da hipoxemia arterial em pacientes que
sofrem de insuficiência respiratória
• O2 deverá ser administrado de maneira a prover uma PaO2 de 60 mmHg ou saturação
arterial do oxigênio (SaO2) não inferior a 90%
• O tempo do tratamento e a concentração do oxigênio envolvido na terapia serão
dependentes do tipo da pneumopatia

261
Utilização dos Gases Medicinais
• Oxigênio – aplicações na área médica
• Oxigenoterapia
• Administração
• máscaras faciais (utilizadas para administração de grandes quantidades de oxigênio ao
paciente)
• cânulas nasais (pequeno tubo que leva o oxigênio do cilindro ou do concentrador até as
narinas)
• cateter transtraqueal (administra o oxigênio diretamente na traqueia do paciente)

262
Utilização dos Gases Medicinais
• Oxigênio – aplicações na área médica
• Oxigenoterapia
• Aumentar a sobrevida, aumentar a tolerância ao exercício, reduzir a dispneia em
repouso, produzir queda na resistência vascular pulmonar, melhorar o sono e
diminuir a sonolência diurna, entre outros benefícios
• Concentração de oxigênio no ar inspirado acima de 60% ou o aumento da pressão do
ar nas vias aéreas provoca riscos de lesão pulmonar
• Toxicidade pelo oxigênio é observada quando a pressão alveolar supera os 400 mmHg
• Administração de oxigênio a 100% por períodos maiores que 48 horas
frequentemente resulta em edema pulmonar hemorrágico irreversível, com lesão
celular e destruição de paredes alveolares

263
Utilização dos Gases Medicinais
• Oxigênio – aplicações na área médica
• Oxigenoterapia hiperbárica

264
Utilização dos Gases Medicinais
• Oxigênio – aplicações na área médica
• Oxigenoterapia hiperbárica

265
Utilização dos Gases Medicinais
• Oxigênio – aplicações na área médica
• Oxigenoterapia hiperbárica
• Oxigênio administrado a 100%, através de máscaras ou capuzes de plástico no interior de
equipamentos específicos para este fim, denominados “câmaras hiperbáricas”, para vários
pacientes (multiplace) ou para apenas um paciente (monoplace), nos quais ministram pressões
duas a três vezes maiores que a observada ao nível do mar
• Tratamento de intoxicação por monóxido de carbono e barbitúricos, de cicatrização de feridas e
no combate a diversas infecções através da destruição de bactérias anaeróbicas
• Auxilia na radioterapia pelo fato de o oxigênio aumentar a sensibilidade das células tumorais à
irradição
• no melhor estado de oxigenação do paciente antes de cirurgia cardíaca
• medida de emergência em casos de hipóxia ocasionados por doenças vasculares
• Custos elevados de instalação e a manutenção da câmara hiperbárica

266
Utilização dos Gases Medicinais
• Oxigênio – aplicações na área médica
• Anestesia
• Utilizado na anestesia geral, que compreende um estado de inconsciente reversível
caracterizado por amnésia, analgesia e bloqueio dos reflexos autônomos
• Utilizado na inalação com vapores do anestésico líquido ou associados ao anestésico
gasoso

267
Utilização dos Gases Medicinais
• Oxigênio – aplicações na área médica
• Outras aplicações
• Enriquecimento do ar com oxigênio em incubadoras de recém-nascidos, aumentando
as chances de sobrevivência
• Durante o processo anestésico, quando é utilizado misturado ao óxido nitroso na
proporção mínima de 20%, evitando o risco de hipóxia para o paciente
• Utilização do oxigênio para movimentação mecânica de aparelhos de anestesia, o que
constitui uma das suas formas de desperdício
• Nebulização
• Utilização para vácuo por Venturi

268
Utilização dos Gases Medicinais
• Oxigênio – aplicações na área médica
• Outras aplicações
• Em substituição ao ar para o tratamento aeróbico dos esgotos, apresentando como
vantagens a capacidade de tratamento de maiores volumes, menores taxas de
formação de resíduos, além da utilização de tanques cobertos para eliminar odores
• Outra aplicação do oxigênio ocorre de uma maneira indireta, através da modificação
da sua molécula em ozônio e a utilização em processos desinfectantes, como lavagem
de roupas, tratamento da água e resíduos líquidos

269
Utilização dos Gases Medicinais
• Oxigênio – aplicações na área médica
• Outros procedimentos que vêm contribuir para desperdício são a nebulização e a
aspiração. A nebulização é um procedimento utilizado para administração de
medicamentos através de inalação e para fluidificar secreções, sendo comum nos
hospitais o emprego do oxigênio para esta terapia, que poderia ser substituído
pelo ar comprimido

270
Utilização dos Gases Medicinais
• Óxido nitroso (NO2) - aplicações na área médica
• Anestésico
• Dióxido de Carbono (CO2) – aplicações na área médica
• Em cirurgias por vídeo, preenchendo a cavidade abdominal
• Óxido nítrico (Nox)
• Em terapia
• Argônio
• Em bisturi de argônio, em equipamentos de oftalmologia
• Nitrogênio – aplicações na área médica
• Movimentação de instrumentos cirúrgicos

271
Gases Medicinais
Pós-Graduação em Engenharia Clínica
Gases Medicinais
Módulo 9
Aspectos da Manutenção Preventiva, Preditiva e Corretiva

Angelo Marcelo Vaz Delago

272
Aspectos da Manutenção Preventiva, Preditiva e Corretiva
• Aspectos normativos de regulamentação (RDC 50)
• Segundo ANVISA, ambiente é entendido [...] como espaço fisicamente
determinado e especializado para o desenvolvimento de determinada(s)
atividade(s), caracterizado por dimensões e instalações diferenciadas
• ANVISA adota como siglas para Instalações Fluído-Mecânicas (F)
• Ar Comprimido: medicinal e industrial FA
• Vácuo clínico e limpeza FV
• Oxigênio medicinal FO
• Óxido nitroso FN

273
Aspectos da Manutenção Preventiva, Preditiva e Corretiva
• Importância do “as built” das instalações
• As Built é uma expressão inglesa que significa “como construído”
• ABNT NBR 14645-1:2001 Errata 1:2001 - Elaboração do "como construído" (as
built) para edificações - Parte 1: Levantamento planialtimétrico e cadastral de
imóvel urbanizado com área até 25 000 m², para fins de estudos, projetos e
edificação – Procedimento

274
Aspectos da Manutenção Preventiva, Preditiva e Corretiva
• Plano de manutenção preventiva em instalações hidráulicas
• PDCA
• Diretrizes de planos
• Aspectos legais - Leis, portarias, NR’s, RDC’s, etc.
• Aspectos sanitários – controles de qualidade de água fria, efluentes e água de osmose
• Aspectos técnicos – acreditações, normas, boas práticas, etc.
• Aspectos financeiros – relação custo/benefício
• Execução
• Acompanhamento
• Avaliação
• Avaliação de performance em relação a estudos de cronogramas de ações em manutenção
• Cumprimento do plano
• Revisão

275
Aspectos da Manutenção Preventiva, Preditiva e Corretiva
• Centrais de suprimento com tanque criogênico
• Compostas de tanque, suprimento reserva com cilindros, válvulas e manômetros
• Manutenção das centrais de suprimento com tanque criogênico geralmente é de
responsabilidade das empresas fornecedoras de gases
• Período varia conforme a empresa, sendo geralmente, a inspeção mensal; uma
rotina mais completa é realizada trimestralmente
• Medição do nível de abastecimento do tanque do oxigênio é dada através de um
manômetro diferencial, que mede a pressão do oxigênio gasoso na parte superior
do tanque e a pressão do oxigênio líquido na parte inferior. Em geral, apresentam
manômetro analógico e digital, com envio dos dados ao fornecedor.
• Importante controle de nível pela engenharia do hospital

276
Aspectos da Manutenção Preventiva, Preditiva e Corretiva
• Centrais de suprimento com tanque criogênico
• Equipamentos sujeitos à NR13. Controle de calibração de válvulas e testes dos
tanques devem ser controlados
• Pouco trabalho mecânico realizado e os itens mais propensos à ocorrência de
defeitos são as válvulas, que devem ser inspecionadas para verificação de
vazamentos
• Outros cuidados mais simples: Remoção de gelo, limpeza do local e do tanque
criogênico, assim como à pintura e à conservação
• Suprimento reserva deve manter cilindros protegidos da ação do tempo e
devidamente pintados, de maneira a minimizar a oxidação, com inspeções
trimestrais realizadas nos cilindros de maneira a verificar suas válvulas, cargas,
condições de operação e conservação
• Alarmes operacionais estão sujeitos a falha oculta. Devem ser testados para a
verificação do seu correto acionamento
277
Aspectos da Manutenção Preventiva, Preditiva e Corretiva
• Centrais de suprimento com tanque criogênico
• Medição de volume consumido pode ser feito eletronicamente

278
Aspectos da Manutenção Preventiva, Preditiva e Corretiva
• Centrais de suprimento com cilindros
• Manutenção é de responsabilidade das empresas fornecedoras e segue um
cronograma específico
• A central de suprimento com cilindros é composta de duas baterias de cilindros,
válvulas e manômetros, devem observar NR 13
• Inspeções nas conexões, para verificar a existência de vazamentos, nos
manômetros indicadores da pressão da bateria de cilindros, nos manômetros
indicadores da pressão da rede de distribuição e nas válvulas
• Verificadas as condições de conservação dos cilindros
• Limpeza do recinto da central deve ser observada
• Testes de acionamento automático das baterias de cilindros e do alarme
operacional

279
Aspectos da Manutenção Preventiva, Preditiva e Corretiva
• Centrais de suprimento com compressores de ar e concentradores
• Dois tipos de centrais pela semelhança do seus componentes, tais como
compressores, secadores, filtros e reservatórios.
• No caso de centrais com concentradores, tem-se este componente acrescentado
• Manutenções realizadas por equipe própria ou por empresas terceirizadas
• Compressor peça principal, pelo fato de estar mais sujeito a problemas
mecânicos
• Manutenções realizadas sem que ocorra interrupção do fornecimento do ar
medicinal ou oxigênio, através de válvulas instaladas isolando os seus
componentes
• Compressores ligados ao suprimento elétrico de emergência ou o hospital deverá
possuir um suprimento reserva de cilindros

280
Aspectos da Manutenção Preventiva, Preditiva e Corretiva
• Centrais de suprimento com compressores de ar e concentradores
• Compressores
• Compressores lubrificados a óleo: manutenções realizadas em períodos menores do
que os isentos de óleo, sendo controlados por meio de um horímetro que indicará o
tempo de funcionamento do compressor
• Itens trocados e inspecionados em cada compressor dependerão do seu tipo
• Compressores isentos de óleo: troca dos itens é realizada em períodos maiores (8000
horas para compressores com anéis de Politetrafluoretileno (PTFE)), e estes possuem
um custo maior quando comparados aos itens de compressores com lubrificação a
óleo
• Compressores do tipo anel liquido: água utilizada para o funcionamento do
compressor poderá ser recirculada em uma caixa d'agua-visando à redução do
consumo, embora este não seja o procedimento mais adequado, pois partículas e
micro-organismos ficarão retidos na água. Caso a água não seja recirculada, o
compressor deverá possuir um sensor de fluxo que indique quando há interrupção do
fornecimento de água, pois isso pode ocasionara sua danificação
281
Aspectos da Manutenção Preventiva, Preditiva e Corretiva
• Centrais de suprimento com compressores de ar e concentradores
• Compressor que forma o suprimento secundário poderá funcionar em conjunto
com o suprimento primário, sendo o seu acionamento realizado por meio de um
pressostato que monitora a pressão do reservatório e coloca o compressor em
funcionamento automaticamente quando há queda de pressão ou controle da
alternância do funcionamento dos compressores poderá ser feita através do
tempo de horas trabalhadas, feito por um horímetro

282
Aspectos da Manutenção Preventiva, Preditiva e Corretiva
• Centrais de suprimento com compressores de ar e concentradores
• Manutenção dos filtros das centrais é um dos fatores que influenciarão
diretamente na qualidade do ar medicinal
• Troca dos filtros realizada tendo-se como base seus períodos de utilização em horas
• Saturação do filtro dependerá do local de captação do ar e da quantidade de
contaminantes sólidos aos quais este estará exposto, visto que estas partículas
restringem a passagem do fluxo de ar aumentando a queda de pressão.
• Utilização de manômetros diferenciais para monitoração da pressão do filtro,
indicando o período de troca , com a queda de pressão no filtro sendo a variável que
indica o final da sua vida útil em virtude da adesão de partículas a sua superfície,
promovendo o seu entupimento

283
Aspectos da Manutenção Preventiva, Preditiva e Corretiva
• Centrais de suprimento com compressores de ar e concentradores
• Secadores
• Manutenção depende do tipo utilizado, sendo o mais comumente encontrado o
secador por refrigeração, por apresentar um custo de aquisição e manutenção menor
ou do tipo adsorção para obtenção do ponto de orvalho
• Secador por refrigeração: observar vazamentos do gás refrigerante, temperatura
indicada de ponto de orvalho, temperaturas de entrada e saída da água para
refrigeração e temperaturas do ar na entrada e saída do secador
• Secador tipo adsorção: elemento adsorvente deve ser trocado em períodos que
variam conforme a umidade do ambiente onde está o secador e as condições dos
filtros que o antecedem (recomendação troca anual)

284
Aspectos da Manutenção Preventiva, Preditiva e Corretiva
• Centrais de suprimento com compressores de ar e concentradores
• Secadores
• Todos os secadores, filtros e reservatórios devem possuir sistemas de eliminação da
água através de purgadores, preferencialmente automáticos ou eletrônicos
• Cuidado com água eliminada pelos purgadores direcionada para fora do recinto da
central, evitando ambiente extremamente úmido
• Controle da umidade do ar realizado através de higrômetro no reservatório de ar
tratado

285
Aspectos da Manutenção Preventiva, Preditiva e Corretiva
• Centrais de suprimento com compressores de ar e concentradores
• Célula analisadora da concentração de oxigênio: troca recomendada após 1800
horas de uso e verificação em temperatura ambiente e no local da instalação
• Suprimentos auxiliar e de emergência no fornecimento de oxigênio através de
centrais com concentradores: utilização do suprimento auxiliar evita sistema
gerador de energia elétrica em caso de falha do abastecimento de energia, mas
lança na rede oxigênio a uma concentração diferenciada

286
Aspectos da Manutenção Preventiva, Preditiva e Corretiva
• Sistema de vácuo
• Atender NR 13
• Formado por bombas de anel líquido, reservatório e filtro
• Recirculação da água para funcionamento das bombas através de uma caixa
d'agua; aerossóis provenientes do processo de aspiração podem contaminá-la,
• Utilização de filtros bacteriológicos instalados anteriormente ao reservatório,
sendo necessário que a pessoa responsável pela sua manutenção tenha
conhecimento do risco a que está exposto
• Aerossóis podem ficar armazenados, devendo ser prevista a utilização de
purgadores
• Quando da limpeza da rede de distribuição, deve-se prever a drenagem da
secreção que ficará retida no reservatório

287
Aspectos da Manutenção Preventiva, Preditiva e Corretiva
• Sistema de vácuo
• Cuidado na descarga da central, sinalizada por uma placa advertindo para o risco
de contaminação e dirigida para o exterior do recinto
• Alternância do funcionamento das bombas, realizada automaticamente através
de um vacuostato que faz o acionamento quando há queda da pressão do vácuo,
por temporização ou manualmente

288
Aspectos da Manutenção Preventiva, Preditiva e Corretiva
• Rede de distribuição
• Problemas de vazamentos, geralmente nos postos de utilização e pontos de solda
• Perdas por vazamentos em instalações antigas e descuidadas pode representar
de 25 a 30% da capacidade total do compressor, representando um desperdício
muito grande de energia
• Em instalações industriais, valores admissíveis para perdas em torno de 5%
• Para a verificação de vazamentos: inspeção com ultrassom ou injeção de gás na
tubulação com todos os postos de utilização fechados
• Tubulação de vácuo: problemas de entupimento, atividade insalubre para quem
realiza a manutenção
• Desentupimento através da injeção de pressão na rede de distribuição por meio de
uma mangueira com ar comprimido
• Detergente enzimático utilizado na limpeza de material cirúrgico

289
Aspectos da Manutenção Preventiva, Preditiva e Corretiva
• Postos de utilização
• Grande parte dos vazamentos ocorre na utilização dos equipamentos para
gasoterapia, do manuseio destes equipamentos pela equipe clínica, como
conexões malfeitas
• Orientação in loco para verificação e esclarecimentos
• Ensaios de pressão estática e dinâmica
• Pressão estática: adaptando-se um manômetro ao posto de utilização dos gases
medicinais, com leitura entre 3,4 e 3,8 kgf/cm²
• Pressão dinâmica: associando-se um fluxômetro em série com o posto de
utilização e fluxo ajustado para 100 l/min, monitorando-se a pressão através de
um manômetro, com leitura entre 2,7 e 3,0 kgf/cm²

290
Aspectos da Manutenção Preventiva, Preditiva e Corretiva
• Aspectos de infraestrutura existentes no ambiente onde se trabalha
para ganhar tempo em ações corretivas emergências
• Considerações arquitetônicas
• Considerações de projeto
• BMS (Building Management System)

291
Aspectos da Manutenção Preventiva, Preditiva e Corretiva
• Manobras, manutenção corretiva e preventiva
• Cumprimento do plano
• Seccionamento
• Back up
• Replicação de sistemas

292
Obrigado!!!

Angelo Marcelo Delago


marcelo.delago@gmail.com
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