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P. J. CABRAL S. J.

A
QUESTÃC
JUDAIC/

EDIÇÃO DA LIVRARIA DO GLOBO


PORTO ALEGRE
LIVRARIA 2 SILVE RI O
Com pra p Venrta dn I ivrr* tensos <aU sados

AV PASSOS. 22 - CE NT RO
Rio rfe Janeiro RJ - CFP 2(l<l*í I fl4f»
TE1.S (21] 2221-9308 ; 38^2-4225
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A QUESTÃO JUDAICA
J. CABRAL

A Questão Judaica

EDIÇÕES
GLOBO

IÊGBE
932 S

19 3 7

ED1CAO DA L1VRAB1A DO GLODO


B arctllns Be tla-io & Cia — P á r ia Alêfjrt
F ilia ii : S a n ía lia ria r F ilc ta a
Prefácio
A vaga dc anti-judaísmo que se desencadea pelo mun­
do inteiro absolutamente não deve ser considerada resul­
tado duma reação reacionária, injusta e despropositada,
porque, em verdade, ela é simplesmente a reação social
instintiva contra o parasitarismo nefasto de Israel, o qual,
através da ubiquidade internacional do capitalismo e do
comunismo se quer tornar dono do mundo. No Brasil,
nunca se pensou sobre êsse assunto, que apaixonara na
Europa homens como Sombart e Drumond.. .Uma igno­
rância geral permitia que o judeu agisse em plena segu­
rança. Vcio, porém, o movimento integralista e, dentro
dele, eu tive oportunidade de levantar a lebre. Logo mui­
tos olhos se abriram e a gente moça compreendeu onde
estava o perigo da subversão social e compreendeu mais
as razões profundas dêsse perigo. O livro que apresento
agora ao público, dc autoria de um sacerdote, livro pensa­
do c documentado, sem excessos e demasias, é um dos
bons frutos da campanha a que aludí...Êlc auxiliará a
mocidade brasileira a verificar que, acima do problema
nacional, há um problema mundial, que não está em causa
unicamente o nosso Brasil c sim o destino da Humanida­
de, que há um Cristianismo e um Anticristianismo, e que
è preciso tomar o partido da Luz ou das Trevas. Dentro
das Trevas c dos segredos, manobra o judeu...
Sempre que sc trata da questão judaica, os ignoran­
tes c os de má fé veem com a eterna história da questão
dc raças. Argumentam tom isso e acabam se Reportan­
do ao racismo germânico, que interpretam a seu bel-pra­
zer. Êsscs indhnduos esquecem de propósito que o ra-
cismo alemão não c um mero protesto para a campanha
and-judaica c sim itnui verdadeira doutrina que se eleva
mais alto. Não havería mesmo exagero em afirmar que
esse racismo merece as honras de uma filosofia, sobre a
qual se alicerça nova concepção da vida social c novo senti­
do da vida moral. Discursando há tempos numa reunião
parisiense, o sr. Clemente Serpelle de Gobincau, neto do
conde de Gobineau, autor da famosa teoria das raças, de- 1
ciar ou que o racismo tcdesco è “a formação duma con- *
ciência em um povo, conciéncia dos elementos que o dife­
renciam dos outros povos, conciéncia da necessidade de
defender esses elementos diferenciais de tôda desagrega­
ção, conservando-os os mais puros possível”.
0 anti-judaísmo no Brasil não pode provir dum
sentimento racista, por que o brasileiro c eminentemente
contrário a qualquer racismo; porém deve proznr justa­
mente dêsse sentimento anti-racista. 0 que traz o mundo
nos atuais sobressaltos contínuos, minado pelo banqueiris-
mo, pelo revolucionarismo, pelo terrorismo bolchevista, c
justamente o racismo messiânico judaico. 0 judeu não se
mistura com os outros povos, mantendo através dos mi­
lênios a pureza de sua raça. Alicerçado nesse racismo,
c que êle, dentro das outras nações, conserva intangível a
sua nacionalidade, tornando-se um Estado no Estado.
Ora, quando êsse Estado sc quer expandir, firmado no
conceito religioso do Povo Eleito para dominar os outros
povos, manifestam-se os hnperialismos do Banco ou do
Soviete. Um povo anti-racista como o brasileiro tem obri­
gação fundamental, em nome de seu anti-racismo, de com­
bater um povo racista como o judeu.
Nós não devemos permitir que estrangeiros sem a
menor ligação espiritual com a nossa pátria, cstratificados
em colônias israelitas, influam nos destinos da nacionali­
dade, perturbando a marcha da política, o ritmo da econo­
mia e a própria ordem pública. Dominando a imprensa
e as agencias de propaganda e publicidade, sugestionando
e sugerindo, quando não podem dar ordens, intervindo na
vida financeira, no comércio e na indústria, não se nacio-
A QUESTÃO JUDAICA 7

nalizam c jantais sc identificam cont os interesses nacio­


nais, cuidando somente de seus interesses e dos de seu
grupo e povo. Assim, a desordem que fomentam cm to­
dos os âmbitos só lhes pode scr proveitosa, porque a anar­
quia dos portos entre os quais acampam c o seu elemento
dc vida.
Para alcançar seus fins, desde que se não acham
ligados pelo sangue, pelo sentimento ou pelo interesse às
nações onde vivem parasitàriamcnte, todos os meios lhes
são convenientes: insurreições, revoltas, rcrmluções, aten­
tados, destruições, os quais conseguem realizar por meio
de fanáticos iludidos pelas suas doutrinas filosóficas apa­
rentemente belas e profundamente falsas, pelas suas teorias
na aparência humanitárias c no fundo utópicas. Não
pertencendo a nenhuma raça, a nenhuma classe e a nenhum
partido, somente podem lucrar com as lutas entre raças,
classes e partidos. Dessas lutas tiram o proveito natu­
ral de quem se acha de fora, de quem ê uma minoria, que
sc aproveita das desuniões e dissídios para dirigir os di­
vididos ao sabor de seus interesses.
Exercendo sua ação através do capitalismo interna­
cional, que floresceu no clima propicio do individualismo
liberal, o judeu criou contra a civilização cristã, à sombra
do marxismo-judaico e da maçonaria judatzada, a máqui­
na de guerra social do comunismo. Agindo nos dois se­
tores, protegido pelo biombo maçônico, o judaísmo c a
destruição sistematizada da civilização cristã. Para de­
fender essa civtlização, e necessário afirmar-se anti-ju­
daico.
O anti-judaísmo brasileiro não deve assumir a atitu­
de violenta da perseguição à outrance de judeus; deve
se revestir da forma duma campanha de esclarecimento da
conciência nacional sòbre o perigo que o judeu represen­
ta, da criação dum clima tão pouco propício à ação judai­
ca que seja o próprio judeu o primeiro a fugir d e le ...
O presente livro, de autoria do padre Cabral, vem
ajudar à criação dêsse clima insalubre para o judaisnw.
Traz a lume uma documentação abundante e irrespondí­
B }. C A B R A L

vel, apanhada cm fontes seguras, diz as mais amargas


verdades com mansuetude de linguagem. Não é um ata­
que ou um panfleto. Ê um estudo sério e desapaixona­
do. É um lizrro que os moços devem ler c sòbre seus
ensinamentos devem meditar. Fará muito maior mal aos
judeus do que um pogrom. O judaísmo sòmcntc receia
uma cousa: a luz sòbre as suas manobras. A s sociedades
secretas somente teeni medo duma cousa: que se revelem
os seus segredos.

G U STA VO BARROSO
O AUTOR AO LEIT O R

A humanidade, nesses últimos tempos, tem experimenta­


do abalos tremendos, tem passado por crises pavorosas e tem
assistido acontecimentos transcendentes, na ordem político-
social.
Os velhos dogmas da arte de governar os povos falharam
cm grande número de casos, acarretando consequências de­
sastrosas.
A Grande Guerra transformou a carta política da Euro­
pa c modificou por completo a posição das grandes potências,
destruindo, totalmente, o sistema de alianças militares, que man­
tinham, temporariamente, o equilíbrio instável entre os povos
mais poderosos da terra.
Se as conseqüências da conflagração mundial foram gran­
des, foram mesmo imensas, na esfera da geografia política, po­
demos assegurar que foram muito mais graves e muito mais
serias as mutações operadas na ordem social, depois do apa­
recimento do bolchevismo russo.
As condições materiais de vida sofreram, nos últimos tem-
P°s> um agravamento de tal ordem que a humanidade se en­
contra à beira de um abismo de fauces hiantes.
Engraveceram tanto as dificuldades econômicas e $s crises
financeiras aumentaram tanto que o mundo se encontra a bra­
ços com a situação quiçá mais aflitiva da história. E ’ verda­
de que, noutras épocas, a coletividade humana já experimen­
tou situações embaraçosas e delicadas, mas nunca houve uma
crise tão generalizada e tão complexa como a que ora atra­
vessamos.
Nessas condições, não é de admirar que a ordem política
se apresen a perturbada, cheia de matizes diversos, que partin­
10 J. C A B R A L

do das fôrmas de govêrno tradicionais, vão ter ao extremismo


rubro ou acabam na exaltação do nacionalismo.
Cumpre apurar a responsabilidade das diversas camadas
sociais e dos diversos grupos étnicos na presente situação do
mundo, a-fim-de procurar o remédio para esses males e a cor­
reção dos erros cometidos.
Entre os elementos influentes sôbre a vida contemporânea
tião podemos fazer exclusão do judeu, que apresenta um pro­
blema até hoje à espera de quem o resolva definitivamente,
pois tem desafiado a argúcia dos mais abalizados estadistas.

O elemento israelita, conhecido no velho Portugal sob a


denominação de cristãos novos, teve um papel de relativa sa­
liência nos começos de nossa colonização.
As plagas fecundas e hospitaleiras do Novo-Mundo vie­
ram dar muitos judeus originários da península ibérica, que pro­
curavam campo aberto para especulações comerciais e lugar
onde se lhes não indagasse de sua lei e de sua crença.
Efetivamente, não medraram, aqui, os processos para ave­
riguação de “ sangue limpo", entre os cristãos novos c os dc
nação, como se dizia no reino.
Certo é que o sangue judeu fundiu-se com o sangue cris­
tão, desaparecendo, no correr dos tempos, as prevenções que
tão arraigadas eram nos países da Europa.
E ’ de notar que, segundo Piero Rondinelli, foram os ju­
deus os primeiros arrendatários das terras virgens de Vera-
Cruz...
Em nossos dias, os filhos de Israel voltam as vistas pa­
ra as ubertosas paragens do Brasil... são numerosos e acham-
se bem organizados, dispõem do ouro e do prestígio que a ri­
queza traz consigo... ostentam também a auréola de um mar­
tírio infligido pelo ódio de raças.

Os progressos das idéias subversivas e as agitações ex ­


tremistas provocaram a devida reação e acordaram os senti­
mentos patrióticos de todos os povos, O fascismo, o nacional-
A QUESTÃO JUDAICA 11

socialismo e outros governos ditatoriais, implantados em vários


países da Europa, atestam o despertar do verdadeiro nacio­
nalismo.
No Brasil, o mesmo fenômeno se fêz sentir poderosamcnle.
O movimento integralista chamou a atenção da intelectua­
lidade patrícia para o estudo aprofundado dos problemas vitais
de nossa terra e para as realidades da hora presente.
Entre as questões a resolver e os problemas a estudar, apa­
receu entre nós a questão judaica, que começou a ser agitada
na imprensa e na tribuna.
Na análise dêsse fator social, cumpre distinguir entre
o judeu, considerado individualmente, que pode ser uma pessoa
honesta e um elemento de trabalho construtivo, e o judaísmo
ou espirito judaico, que é sempre um fermento de dissociação
e um agente do anticristianismo.
No intuito de prestar algum serviço à moderna geração
brasileira, resolvemos dar à luz da pqblicidade os nossos estu­
dos e as conclusões a que chegamos, depois dc longas e de­
moradas pesquisas, em que consultamos numerosos autores,
vários dos quais, por serem judeus, estão acima de qualquer
suspeição.
Aos estudiosos das questões que dizem respeito à vida na­
cional, oferecemos nosso trabalho e dar-nos-emos como quites
de todo esforço despendido, se conseguirmos trazer um pouco
de claridade ao caso obscuro, que pretendemos elucidar.
I

O POVO DE DEUS

"A h milicu de toutes les nations d’Europc


Ics Juifs cxistent comme une communaute con-
fessionale, ayant sa vationalitê, ayant conservê
un type particulicr, des aptitudes spccialcs et
un esprit propre."
(B . I-azare — " I/antiscmitismc” — Pag.
297.) .
Os liebreus aparecem na história da humanidade como um
povo único e singular, que através dc mil vicissitudes e de acon­
tecimentos extraordinários, logrou chegar aos dias contemporâ­
neos, ao passo que muitas outras raças mais poderosas e mais
fortes se jicrderam na noite dos tempos e desapareceram no de­
curso dos séculos.
A Bíblia, o primeiro livro do mundo, conta a história mais
remota dêsse povo e assinala fatos que não encontram iguais na
história dc outras nações.
Árduos c prolongados estudos arqueologicos levados a efeito
sobre as minas c os monumentos históricos, no Egito, na Assíria,
na Caldéia e na Babilônia, hieróglifos decifrados na quadra con­
temporânea, não fizeram mais que confirmar as afirmações de
acontecimentos portentosos registadas na Bíblia e deitaram por
terra as asserções gratuitas da crítica racionalista, que se limita
a negar tenazmente tudo quanto não apresenta explicação natu-
ral.
Os hebreus, modernamente mais conhecidos sob o nome de
judeus, segundo a narração bíblica, constituem o Povo de Deus,
isto é, uma raça eleita e privilegiada, que, segregada dos demais
povos, devia guardar e conservar, através dos tempos, o depósito
sagrado da revelação divina e das promessas que Jeová, em
épocas diversas fizera à grande família humana.
(ienealògicamentc, os hebreus procedem de Abraão, filho de
laré, da estirpe de llebcr, que habitava a Mesopotâmia, no tem­
po dos rcis-pastores.
A história dêsse povo abrange quase todos o períodos da
existência da humanidade e podemos dividí-la, conforme alguns
autores, em cinco períodos mui vastos, que dos tempos hodiernos
se prendem à mais remota antiguidade.
Êsses grat.des períodos, a que fazemos referência, são: o
primeiro, que vai da vocação de Abraão até a saída do E g ito ; —
o segundo, que começa com a saída do Egito e se prolonga até
19 J. C A D K A I.

o estabelecimento definitivo da realeza; — o terceiro, iniciado


com o estabelecimento da realeza, termina no cativeiro de liabilò-1
nia; — o quarto período esteudc-sc do cativeiro de Babilônia até'
a destruição de Jerusalém, no ano 70 depois de Cristo; — o quin-'
to e último, que é também o mais dilatado, principia com a ruínai
e destruição total da cidade santa de Jerusalém e prolonga-se atél
os nossos dias. E' essa uma divisão geral, que respeita e olha ape-i
nas os acontecimentos mais importantes da história judaica.
Abraão descendia de Sem, filho de Noé, habitava 11a cidadel
de Ur, na Caldéia; em meio de uma população idólatra e corroni-í
pida, perseverou, fielmente, no culto do verdadeiro Deus, que lhe
apareceu e disse: "Sai de tua pátria, de tua parentela e vai para
a terra que eu te indicarei. E eu te constituirei pai de um grande,
povo; abençoar-te-ei e em ti serão abençoadas as nações da ter­
ra.'* (*■)
Abraão obedeceu sem hesitar e tomou Sara, sua espòsa, <
!.o, seu sobrinho, e foi habitar 11a terra de Canaan, conforme
lhe iora ordenado.
O jienírr patriarcal, que Abraão exercera cm vida, passou*
a *-i> E m Isaaque, que o transmitiu a seu filho Jacó, cognomina-;
do Israel
Um tk» filho» de Jaco, Jch*-. vendido pelos seus irmãos a mer­
cadores estrangeire*, Í01 conduzido ao Egito, onde conseguiu des-*
frutar de grande influência na còrte dos Faraó* c chegou a scr
virc-rci daqnrii vasto ;>aiv. )onr transportou Jacó e toda au*
(anuli > p^ra o Egito. Estabelecido» 11a terra de Gessen, 110 Bai­
xo Egito os descendente» tic l*rarl: dentro um breve multiplica­
ram-se tão rapidamente, que, dois séculos depois da morte dc
José, formavam uni novo numeroso. Esse fato inquietou os egi-
pcios, que com eçaram n oprimir os israelitas, submetendo-os a
tôda sorto de trabalhos pesados, na construção de cidades e for
talezas.
Mo -é o grande legislador, libertou os seus irmãos, qui
gemiam debaixo do mais duro cativeiro, e deixou o Egito, levam
do consigo seiscentos mil homens, sem contar as mulheres e ai
crianças
C) li»m do f.tuda, um >lu* da coleção denominada Penlotrvto
conta a história ila saída do Egito e o Lrvíllcu descreve a iegw
lação do culto, que devia vigorar daí por diante rnitr <>« hrbrru*

(1) Bibiia Sacra — Gênesis — 12.


__________________ A QUESTÃO JUDAICA __ __________ 17

Josué, sucessor de Moisés no governo do povo eleito, atra­


vessou o Jordão a pé enxuto, apoderou-se de Jerico e, apos seis
anos de guerra, conquistou a terra de Canaan, que foi repartida
entre as doze tribus, isto é, entre os descendentes dos doze filhos
de Jacó.
Depois da morte de Josué, organizou-se o governo dos An­
ciãos, sob a presidência oo sumo sacerdote da religião nacional;
dentro de pouco tempo èsse regime foi substituído pelo governo
ilos Juizes, que administraram os negócios temporais do povo de
Vens durante cerca de quatrocentos anos, desde ütoniel, que foi
o primeiro, até Samuel, o último. Us mais célebres dentre os
Juizes foram: ütoniel, Aod, Débora, Gedeão, Jefte, Sansão, Heli
e Samuel.
Samuel marca o término do segundo dos grandes períodos
da história de Israel e o início do terceiro período. Então os ju­
deus desejaram ter um monarca, como os outros povos daquela
época.
ü primeiro rei foi Saul a quem sucedeu Davi, o Rei-Profeta,
que pode ser considerado como o verdadeiro fundador da realeza
cm terras de Israel. Célebre pelos seus cantos, profecias, vitórias
militares e conquistas, legou seu trono a Salomão, o mais sábio
dos homens, que organizou o sistema político, financeiro e mili­
tar do seu reino. Construiu o Templo de Jerusalém, verdadeira
maravilha de riqueza e de arquitetura.
Após a morte de Salomão, cindiu-se o reino; dez tribus cons­
tituiram o reino de Israel, cuja capital foi Sicliem, onde dominou
Jeroboão; as tribus de Judá e Benjamim conservaram-se fiéis ao
filho de Salomão, Roboão, que reinou sôbre Judá, tendo Jeru­
salém como sua capital.
O reino de Israel, que teve curta duração, contou apenas
dezenove reis e foi destruído pelo imperador da Assíria, que de­
portou para Ninive o rei e os principais de Israel.
O reino de Judá, que durou cêrca de três séculos e meio,
contou vinte monarcas e foi destruído por Nabucodonosor, rei
de Babilônia, que tomou e incendiou Jerusalém e reduziu ao cati­
veiro o rei Sç'U:cias e seu povo, sendo conduzidos para Babilônia
muitos dos mais notáveis dos habitantes de Judá.
A independência política do povo de Deus, pode dizer-se,
acabou no tempo do Grande Cativeiro; dessa época em diante, os
judeus viveram succssivamcnte, sob a proteção dos Persas, (Jre-
18 J. C A BRAL

gos e Romanos, até que perderam, inteiramente, o caráter de na­


ção independente. ( 2)
N o septuagésimo ano do Grande Cativeiro, Ciro, rei dos
Persas, mandou proclamar por tòda vastidão de seu império;
“ Todo aquele que pertencer ao povo de Deus volte para Jerusa­
lém e reedifique o Templo do Senhor.”
Chefiados por Zorobabel, principc da casa real de Davi, e
pelo sumo sacerdote Josué, mais de quarenta mil judeus deixaram
Babilônia e partiram para Jerusalém, onde construíram novo
Templo, no local do que fôra destruído.
O novo Estado judaico conheceu, primeiramente, o prote-
torado dos reis da Pérsia; depois passou ao protetorado dos Lá-
gidas ou Ptolomeus do Egito, cm cuja época foi levada a efeito
a tradução em grego da Biblia mais conhecida sob a designação
de Versão dos Setenta.
Mais tarde, os judeus entregaram-se ao protetorado dos mo­
narcas da Síria, que perseguiram, cruelmente, a religião de Is­
rael. O heroísmo dos Macabeus conseguiu restaurar, por breve
espaço de tenq», a independência política da Judéia, mas as de­
savenças entre Hircano 11 e Aristóbulo deram ensejo à interven­
ção de Roma e o cetro de Judá passou às mãos de estrangeiros
e nunca mais os judeus tiveram governo nacional próprio. Nesse
lapso de tempo, sob o reinado de César Augusto, nasceu Jesús-
Cristo, na cidade ce Belém.
Ciosos das próprias liberdades e prerrogativas, os judeus,
várias vezes, tentaram sacudir o jugo romano. No ano 66 da era |
cristã, iniciou-se a luta aberta de vida ou morte entre a Judéia re- I
voltada e o império, luta que deveria terminar no ano 70, no rei­
nado de Vespasiano, quando Tito destruiu a cidade santa e o (
1 emplo, reduzindo tudo a um montão de ruinas e de escombros, j
Segundo o historiador judeu Flávio Josefo, que descreveu as '
horrorosas circunstâncias de sítio e da devastação de Jerusalém, I
cerca de um milhão de judeus pereceu na resistência desesperada, i
oposta às legiões peninsulares.
Durante o reinado dc Adriano, tentaram ainda uma vez os
judeus acabai com a dominação estrangeira c revoltaram-se, no­
vamente, contra os conquistadores da sua pátria. A represália foi
tremenda e os romanos vencedores trucidaram cêrca de seiscentos

(2) GalantI — Compêndio de História Universal — Pãg. 12.


A QUESTÃO JUDAICA 19

mil homens e dispersaram o restante da população do país pelas


províncias do vastíssimo império.
Desde então aos nossos dias, o povo judeu vive em estado
de dispersão (Diaspora), pelo mundo inteiro.
Não pretendemos seguir êsse povo errante, em seu perene
jornadear, nem tão pouco intentamos escrever a história da raça
judaica; tudo isso está fora de nossas cogitações e do intuito de
nosso breve trabalho, que é um rápido estudo da questão judaica
e do domínio de Israc) sóbre o mundo, em nossos dias.
Não )>oucos judeus, após a ruína de Jerusalém, refugiaram-
se na Babilônia, onde, sob a tolerância das Arsacidas, consegui­
ram formar um listado vassalo, governado por um exilarca (prín­
cipe do exílio). Asse listado judaico, que fiorescett do II ao V
século da era cristã, irradiou suas influências sóbre o mundo an­
tigo e foi o centro da cultura judaica. Sob o império romano, os
judeus gozaram quase sempre de grande tolerância e a partir da
Caracala não houve mais diferença entre os judeus e os demais
cidadãos romanos.
Os países cristãos, que surgiram do desmembramento do im­
pério romano, concederam aos filhos de Israel um regime parti­
cular, bastante tolerável, que lhes permitia a constituição de co­
munidades próprias, nas (piais viviam segregados, é verdade, mas
em completa liberdade. Dedicavam-se ao comércio e residiam nas
cidades, onde eram moedeiros, ourives, joalheiros, banqueiros e
mercadores de escravos e assim lançavam os fundamentos do
banqueirismo hodierno, que é a obra prima do gênio judaico.
A Revolução Francesa c o sistema liberal moderno acabaram
com o regime de exceção sob o qual durante longos séculos vi­
veram os judeus e lhes concederam a liberdade religiosa e os di­
reitos políticos.

Agora um [>ouco de estatística sóbre a população judaica


do mundo. ■. «»j
De acÓT Io com os dados apresentados pelo Anuário Ameri­
cano Judeu, publicado pelo Dr. Linfield, o número dos judeus
espalhados em todo mundo atinge a 15.500.000 (quinze milhões
e quinhentos m il), dos quais dois terços na Europa e um quarto
do total na América; o restante encontra-se disseminado pelo
resto do nosso planeta. Na Europa, 8.750.000 (oito milhões, se­
!T« J a" r

JR ____________ J. C A B R A L ____________________ J

tecentos e cincoenta mil) judeus fixam-se num território que o


Ur. Linfield chama Europa Judio-Centrai e que corresponde a
Ucrânia, Kússia-Branca, Lituânia, Polônia, Letônia, Tchecoslo-
v aqui a, Áustria, Hungria e Rumânia, Na América, segundo o
relendo Anuário, ha 3.850.000 (três milhões, oitocentos e cin­
coenta mil) judeus, dos quais 3.600.000 (três milhões e seiscen­
tos mil) nos Estados Unidos; 126.000 (cento e vinte e seis mil)
no Canada e 100.000 (cem mil) na Argentina.
. .do. fo Benarus, lundado, certamente, em estatísticas mais
recentes, diz que o ultimo censo da jiopulação judaica do mundo
deu o seguinte resultado: 16.875.000 (dezesseis milhões, oito­
centos e setenta e cinco mil) judeus. ( s)
Depois da ascensão de llitler ao poder, cêrca de setenta ou
oitenta mil judeus abandonaram o território do Reich; desses
uns vinte e cinco mil foram estabelecer-se na Palestina; grande
numero procurou refugio na América, particularmente, no Brasil
e na Argentina.
Certo e que são uns quinze ou dezesseis milhões de homens
inteligentes, tenazes, obstinados, unidos entre si, a-pesar-das di­
vergências intestinas que os separam, contrários ao mundo do.1
nâo judeus, a que se opõem por motivos de raça, interesse e reli­
gião , colocam ao serviço de um sonho messiânico o mais frio dos
positivismos e trabalham, conciente ou inconcientemente, paru
instaurar uma concepção do mundo antagônica da que foi, du­
rante dois mil anos, o ideal da civilização ocidental
São milhões de indivíduos, que exercem sôbre a opinião pú
blica, uma influencia fora de qualquer proporção com sua impor
tancia numérica, porque eles ocupam e dominam os centros vi
tais do pensamento e da ação ocidental. ( 34)
Sôbre a influência judaica nos diversos setores da atividad*
humana discorreremos nos capítulos seguintes.

(3 ) Adolfo Benarus — Israel — Págs, 125 e eegs.


(4) Léon de Ponclns Les Juifs maiires dit M onde Pâg. 1(
II

UM ESTADO NO ESTADO

“ O judeu nunca se assimilará. Jamais ado­


tará hábitos c usos de outros povos. O judeu
continuará judeu nas outras nações.” (Palavras
de I.eopoIdo Kahn, em 30 de julho de 1903).
No estudo aprofundado dos problemas que a questão judai­
ca apresenta ao mundo político e a sociedade contemporânea o
que primeiro se nos apresenta é a questão da nacionalidade.
Constituem os judeus, verdadeiramente, uma nação?
Opinamos, francamente, pela resposta afirmativa à pergunta
supra.
O leitor desavisado julgará que temos idéias preconcebidas
e parti pris contra os elementos de origem semítica e que falamos
sem estudo prévio da questão. No entanto, o que afirmamos está
de pleno acordo com o sentir e pensar dos mais notáveis próceres
do movimento sionista. Tudo depende do sentido e do valor que
atribuirmos ao termo nação. ( l )
Teodoro Herzl assim se exprime: _
“ A nação judaica?.. . Explicarei o que entendo por nação,
e depois poder-se-á ajuntar-lbe o adjetivo judaico. Uma nação,
para mim, é um grupo histórico de pessoas inegavelmente de
acordo entre si e irmanadas ante um inimigo comum. Se a isto
se aplica o adjetivo judeu, saber-se-á o que compreendo por nação
judaica.”
“ Grande número de atestados dos próprios judeus, escreve
G. Feder, provam a sua viva conciência de sempre representarem
um Estado dentro dos Estados, e de que seus companheiros de
raça em outros países são seus irmãos, mas nunca os povos que
os hospedam.
Desse instinto super nacional de absoluta solidariedade re­
sultam todos os perigos para as nações sedentárias, no campo das
relações internacionais, na guerra e na paz.” ( 2)
Luiz Brandeis, chefe sionista e membro do Supremo Tribu­
nal dos Estados-Unidos, fala dêste modo:

(1) Henry Ford — “O Judeu Internacional” — Pôgs. 240 o eeps.


(2) <3ottfried Feder — ".4» Bases do Nacional-Bocíalismo'' —
Pág. 71.
24 !. C A n R A T.

“ Temos como certo que, nós, os judeus, somos uma nação


peculiar, de que cada judeu é súbdito incondicionalmente, qual­
quer que seja sua residência, seu oficio ou seu credo."
A “ Aliança Israelita Universal”, formidável organização
judaica internacional, fundada em 1860 por um grupo de judeus
notáveis, entre os quais o ilustre e célebre Crémieux, declarava,
cm seu manifesto aos judeus do mundo: “ A despeito das nacio­
nalidades que adotastes, continuais a formar sempre e por tfxla
a parte, uma só e única nação.”
Toséf Morris, rabino de Londres, faz a seguinte afirmação:
"Israel constitue uma grande n a ç ã o ... Nenhuma seita, ne­
nhuma comunidade religiosa teria o direito de usar tal nom e..
Negar a nacionalidade judaica cquivaleria a negar a existência
dos judeus."
Marx Nordau afirmava, enèrgicamentc: “ Não somos nem
alemães, nem ingleses, nem franceses. Somos judeus! Vossa men­
talidade de cristãos não é a nossa.”
Artur Levis, no seu livro sóbre a nação judaica, escreve estas
palavras:
"Quando certos judeus declaram que se consideram como
uma seita religiosa, igual aos católicos ou aos protestantes, não
definem exatamente nem seus sentimentos, nem sua própria po­
sição. . . Quando um judeu admite o batismo ou se converte sin­
ceramente ao cristianismo — o que não é exatamente a mesma
cousa — poucas pessoas haverá que deixem de considerá-lo ju­
deu. Seu sangue, seu temperamento e seu psiquismo permanecem
imutáveis.”
Em discurso pronunciado em Presbungo, Áustria, a 30 de
julho de 1903, o doutor Leopoldo Kalin, judeu, pronunciou es­
tas palavras:
“ O judeu nunca será assimilado. Jamais adotará hábitos e
usos de outros povos. O judeu continuará judeu em tôdas as cir­
cunstâncias.”
O doutor Mandelstau, judeu, professor da Universidade de
Kiev, Rússia, em um Congresso Sionista, cm Basiléia, afirmou
categoricamente: "Não desejo a assimilação dos judeus pelas ou­
tras nações.
Quero salvá-los como nação, porque teem uma aspiração
comum conservada através da história na sua concicncia nacio­
nal.” ■' ■ • — *\
Outro judeu culto, o doutor Felscnltial, fêz esta declaração:
A QUESTÃO JUDAICA 25

“ O judaismo c um povo c não uma religião. O povo judaico


é tudo.
A religião é um acidente.”
Urbano Goliier disse muito bem: “ Nunca tomámos em con­
sideração a religião dos judeus. Há o judeu católico, Artur
Meyer; o judeu protestante, Vandervelde; o judeu judaizante,
í Reinach e o judeu livre-pensador Roppoport; são judeus da mes­
ma qualidade e grau, isto é, judeus da N A C IO N A L ID A D E JU-
; DAICA”.
Poderiamos alongar esta documentação, apresentando eita-
ções comprobatórias, coibidas em diversos autores, que estuda­
I ram a questão, mas preferimos desenvolver o assunto e provar
I que os judeus reunem as características constitutivas das nacio-
| nalidades. Quando necessário, interrogaremos os próprios judeus
sôbrc o que pensam de si mesmo e de seu povo.
Aliás os próprios judeus fornecem a melhor prova de seu
l espírito nacionalista, conforme podemos observar, mesmo em
J nosso país. Temos, no Brasil, colônias alemães, polonesas, hún­
garas, russas, e t c .... Há. igualmente, judeus procedentes da
i Alemanha, da Polônia, da Hungria, da Rússia, etc.. . . Não obs-
; tante isso, os judeus nunca se ligam às colônias dos paises donde
vieram, não se congregam em tôrno daqueles que poderíam con­
siderar como seus compatriotas; ao contrário, os judeus, venham
donde vierem, ligam-se e associam-se a outros judeus, sem que
1 demonstrem algum afeto ao pais de origem.
São sempre judeus e judeus querem permanecer.
Os traços fisionômicos c os caracteres morais dos judeus são
evidentes e bastam para distinguí-los de todos os demais povos.
A persistência dos traços da raça semítica, mesmo entre ju-
' deus inteiramente ocidentalizados, é tal que os judeus da Europa
apresentam tipos semelhantes aos arabes heduinos. O nariz adun­
co ou aquilino, nariz judeu, é muito comum entre os indivíduos
de origem hebraica.
Kadmi-Cohen. com justeza, observa: “ A conservação de
i certos hábitos é, por outro lado, significativa. Séculos de vida en-
; tre as populações nórdicas ou eslavas não habituaram o judeu a
conter o seu frenesi, a sua necessidade de gestos, não mudaram o
seu gôsto pela cozinha variada e aliácea do Mediterrâneo.” ( s)3

(3) Léon de Poncins —• “As FÕrças Secretas da Revolução" —


Páge. 196 e eege.
26 J. C A B R A L

O estudo aprofundado da história dêsse povo mostrará, n<


correr dos séculos, que há mais semelhança entre judeus antigo
c modernos do que entre os germânicos de Tácito e os gauleses <1<
Júlio César e os alemães e franceses dos nossos dias.
Além da semelhança de traços fisionômicos, que apresentai
há principalmente, uma grande semelhança moral, que se mani­
festa patente aos estudiosos dos enigmas do judaísmo.
A “Nova Enciclopédia Internacional” assim se expressa sòj
bre o assunto:
“ Entre as características mais salientes da raça hebraica)
devemos citar: aversão acentuada a todo trabalho material, que
importe em fadiga; espírito de família muito pronunciado; ins-J
tinto religioso inato e conceito muito elevado da irmandade d«
tribu; ânimo esforçado, mais próprio de profetas e de mártirel
do que de chefes culturais e belicosos; aptidão extraordinária paè
ra resistir à adversidade; excelente predisposição para o comér*.
cio; astúcia e perspicácia para a especulação, principalmente enl
assuntos de dinheiro; paixão de oriental pelo luxo, o gòzo íntimo
do poderio e dos prazeres decorrentes de uma elevada posiçãd
social; faculdades intelectuais bem equilibradas.”
Cremos que êste enunciado encerra notas suficientes parí
a identificação de uma nacionalidade entre as outras.

Alguns autores argumentam contra o fato da existência d l


nacionalidade judaica e apresentam como prova de sua dialética
os diferentes tipos: judeu alemão, polaco, português, espanhol,
etc.
K. Cohen, em seu livro "Nômades”, divide os judeus, sob o
ponto de vista étnico, em dois grande ramos: o ramo português.'
os Sephardins, e o ramo alemão, os Askenasins. Psicologicamente'
o mesmo autor os divide do seguinte modo: Os Hassidins e osj
Mithnacjdins. Os primeiros, Hassidins, são os místicos, demo-*
níacos, cabalísticos, entusiastas, abnegados, oradores, poetas, pro-j
fetas, mártires dos ideais messiânicos de sua raça. A êsse grupo*
podemos filiar os revolucionários e os organizadores da anarquia
vermelha. Os Mithnaçjdins são os hereges do judaísmo; frios*
utilitários, egoistas, positivos, usurários sem escrúpulos, calcu-j
listas de coração endurecido, que especulam com a miséria do»j
povos e dos indivíduos.
A QUESTÃO JUDAICA 27

Rena» contesta a existência da raça judaica, alegando que no


seio das populações israeliticas existe grande percentagem de
sangue estrangeiro, proveniente do proselitismo desenvolvido du­
rante a Idade-Média. (*)
Será admissível e explicável que a raça não se haja conser­
vado absolutamente pura; em verdade não existem raças absolu­
tamente isentas de penetração de elementos estranhos, mas é in­
contestável a sobrevivência e continuidade dos caracteres mar­
cantes do povo judeu.
O supra citado Brandeis fornece-nos esta explicação:
“ Nada significa contra o fato da nacionalidade, sustentarem
que os judeus não constituem uma raça absolutamente pura. Nos
três milênios de nosso desenvolvimento histórico, é natural que
se haja mesclado sangue alheio com o nosso. Esses casamentos
com não-judeus tiveram como resultado desligar muitos da co­
munidade judaica, porém, não o de aumentar esta. Por esta ra­
zão a proporção de sangue alheio, no judaísmo, aparece insignifi­
cante. Provavelmente, nenhuma raça européia é tão pura quanto
a nossa.”
Os preconceitos raciais, que fazem o judeu considerar-se um
povo superior, e as leis religiosas, que vedam o matrimônio com
os incircuncisos, constituem a verdadeira muralha de separação
entre israelitas e não-judeus.
E’ ai que devemos encontrar a explicação única admissível
para a conservação dessa estranha nacionalidade, que, sem terri­
tório, continua a existir como Estado dentro do Estado, no de­
curso de vinte séculos de dispersão pelos quatro cantos da terra.
C f . Batault, em "O problema judeu.”, salienta êsse fato, di­

zendo estas palavras profundas e que encerram grande observa­


ção:
"O judaismo apresenta o fenômeno, único nos anais do
mundo, de uma aliança indissolúvel, de uma fusão íntima, de uma
combinação intrínseca do princípio religioso e do princípio polí­
tico.”
Efetivamente. A meditação e estudo da vida e da história
do judaísmo levam à conclusão a que chegou o citado G. Batault:
o judaísmo não é uma religião nacional e, sim, uma nacionalidade
religiosa.

(4) José Perez — “Questão Judaica, Questão Social'


28 J. C A B R A L

Só assim explicamos a permanência do espírito judaico e da»


aspirações messiânicas ao domínio de todo o mundo, aspiraçõesj
essas que encontramos radicadas até mesmo no coração de cer­
tos filhos de Israel que em nada mais acreditam a não ser no pres­
tígio onipotente do ouro. físses também esperam o advento dc
grande dia, no qual Israel ditará leis a todos os povos da terra.!
E êsse ideal, a despeito de tôdas as tormentas e de todos os'
revezes, continua a alimentar o espírito de uma raça e constitue
o elo admirável, que prende espiritualmente, os filhos das tribus
dispersas pelo mundo em fora.
A verificação desse fato leva o observador a penetrar, mais!
profundamente, na alma semítica e averiguar que o nomadismo
é característica do povo judeu. A vida errante e sem continuidadí
de residência em território determinaçlo, que as diversas raças
apenas suportam transitoriamente, é própria aos semitas. Pode­
mos dizer, com verdade, que' os semitas não fundaram nenhuma
instituição permanente; aos árabes e aos judeus falta a noção d<
nobreza hereditária, sob que repousa longo período da história
das várias nações da Europa.
Diz-se, e com grande propriedade de termos, que o judeu não
tem pátria e que êle é cidadão do mundo.
Alguns judeus têm a franqueza de o confessar, como fêz
Luiz Weil, da Universidade de Páris, que escreveu no “ U N I ­
V ER SO IS R A E L IT A ” de março de 1929: “ O judeu é o ho­
mem que vive num país do qual não é cidadão.” Em um discurso
à União Universal da Mocidade Judaica, em abril de 1928 o dr.
Levv declarava: “Quanto mais se fôr francês menos se será
judeu.”
Estas palavras encerram profunda verdade e exprimem bem
a real situação dêsse povo.
Desde que sua nacionalidade não está ligada a determinado
território e que sua nação não conhece o significado e a realidade
do valor das fronteiras, o judeu torna-se, consequentemente, o
elemento internacional de primeira grandeza.
Pátria, para os filhos de Israel, é uma noção mais ou menos j
vaga e imprecisa, desde que êles se julgam filhos espirituais dos
campos talados da Palestina e das derrocadas muralhas de Je­
rusalém . . .
Daqui a facilidade espantosa com que indivíduos dessa raça
atravessam as fronteiras dos diversos povos da terra, adotando-
lhes, sucessivamente, a respectiva nacionalidade, por meio de na-
A QUESTÃO JUDAICA 29

turalizações. E não só os indivíduos o fazem, mas também gran­


des massas humanas, como aconteceu, após a Grande Guerra,
quando inúmeras famílias judias se transportaram da Polônia e
da Rússia para a América-do-Norte. E agora vemos, em grande
escala, os judeus alemães abandonarem os territórios do Reich,
atravessarem os marcos fronteiriços e sulcarem os mares, em de­
manda das plagas americanas.
O nomadismo é destino assombroso dessa raça incompreen­
dida e incompreensível, inassimilada e inassimilável.
E como, através do nomadismo, esse povo não perde seus ca­
racteres essenciais, constitue, por tôda a parte, um hstado vo
Estado.
o GHETTO — CIDADELA DE JUDA’

"Un fait domine tons les autres, un foit


d’oü est sorti Ic glietto: Vattachement d’Israel à
sa Loi.” (Jérôme et Jean Tharaud — Pctitc
histoirc. des Jidfs. Pag. 3.)
O elemento hebraico, em qualquer parte em que se ache,
onde quer que se encontre, procura segregar-se do resto da popu­
lação.
Êsse fenômeno, que se observa em todos os lugares onde há
um grupo considerável de indivíduos de raça hebréia, tem dupla
explicação; de um lado são os proprios judeus que se afastam do
contacto com os “goim”, (não judeus), que os filhos de Israel
Iconsiderain como impuros e pagãos, cuja convivência só é tolera­
da porque de todo não é possível evitar; de outro lado são os
governos nacionais e povos que procuravam e, ainda hoje, pelo
menos em parte, procuram conter os judeus em zonas determina­
das, afim-de evitarem o seu extravasamento por todo o seu terri­
tório.
No Egito, na opulenta e civilizada Alexandria, já havia dois
oairros judaicos, habitados pelos emigrantes da Judéia.
Quando da grande dispersão, após a ruína final de Jerusa­
lém, os judeus abandonaram, definitivamente, a terra da Pales­
tina, surgiram por tôda a parte, principalmente nas metrópoles
mais ricas e mais povoadas, colônias de judeus que se segregavam,
quanto possível, dos demais habitantes dos países para onde ha­
viam imigrado.
Em Roma, em Antióquia, em Palmira, nas ilhas encantado­
ras do Mediterrâneo, nos países do Norte da África por tôda
a parte enfim — apareceram novas cidades de Sion, onde haviam
Sinagogas e escolas particulares para os foragidos da Judéia.
“ Dispersos, diz José Perez, na direção dos quadrantes celes­
tes, não lhes era possível esquecer as experiências já seculares,
que se depositaram tão ao vivo, no repositório da sua ti adição
histórica. Por onde foram, apartaram-se em quarteirões, como a
se homiziar do contacto das populações que os aborreciam. ' ( ’ )
Êsses quarteirões habitados pelos judeus receberam nomes
diversos, nos diversos países; “Judengasserí , na Alemanha, ' Zo­
nas de estabelecimento", na Rússia, "Melah” em Marrocos; "Ca-
rière”, no sul da França; “Ghctto", na Itália.
Êsse último nome é que prevalece nos tempos modernos, pa­
ra designar os bairros judeus das grandes metrópoles.
Essa espécie de insulamento, mais ou menos forçado con-
(1) Joeé Perez — “Questão Judaica, Questão Social ’’ — P4g. 76.
3 — Q. J.
34 _______________ J. C A B R A L

correu poderosamente para manter a “ união sagrada”, sustentar


a continuidade das tradições e usanças ancestrais e organizar a
defesa do “ povo eleito” contra todos os inimigos. Escreve Mário
Saa: “ A judiaria” ou “ Ghetto” era o começo natural do isolamen­
to a que os judeus se votaram, mercê da sua própria vontade
e conveniência, e não por coação das populações em cujo seio
sempre odiados viveram. Mais tarde os Estados cristãos não fi­
zeram mais nada que sancionar êste voluntário isolamento.” (=)
O insuspeito B. Eazare afirma que os judeus não só acei­
tavam, porém, muitas vezes procuravam os ghettos, “ no seu
desejo de se separarem do mundo, de viverem à parte, sem se
misturar com as nações, afim de guardarem a integridade de
sua crença e de sua raça. Tanto assim que, em muitos países,
os editos que ordenavam aos judeus de se confinarem em bair­
ros especiais, somente consagravam um estado de cousas já exis­
tentes.”
G. Batault diz que os judeus foram os primeiros a desejar
a organização dos bairros especiais, o que era exigido pelas suas
convicções religiosas e pelos seus costumes.
E dêsse modo, por meio dessa barreira intransponível, o po­
vo hebreu conseguiu guardar, até hoje, as características de sua
raça, conservar quase intacto o legado recebido de seus antepas­
sados.
J. Câmara que visitou o “ Ghetto” de Varsóvia, a moderna
e progressista capital da Polônia, traçou estas linhas, que aqui re­
produzimos;
“ Isolados do resto do mundo que desprezam e temem, os
judeus nesses redutos, se conservam indiferentes a tudo o mais
e fiéis a seus costumes ancestrais, tendo como única norma a sa­
bedoria talmúdica. Apoiados sóbre a “ Thora” não conhecem ou­
tro código a não ser o judeu. Os seus hábitos de comércio são os
mais estranhos aos olhos do ocidental. F.m seus negócios não há
inovação, não há assimilação moderna.
Mantêm a mesma tradição de tráfico das feiras do O riente;
pequeninas boticas, lojas sem fundo, sumidas numa obscuridade
perfeita, A mercadoria se amontoa pelos balcões e pelos tabulei­
ros expostos nos passeios. Não há preços fixos, não há contabi­
lidade regular, não há publicidade. Txús de exceção asseguram-
lhes tais costumes. As maiores transações são feitas de ghetto

(2) Mário Saa — *'-l Invasdo dos Judeus" Pág. 12.


A QUESTÃO JUDAICA 36

para yhctlo dentro do próprio pais. Os velhos hábitos judeus se


opõem a certas práticas do direito comercial. Daí, muitas vezes,
o cntrcchoque com outros mercados, quando se permitem o inter­
câmbio com outros centros estrangeiros”. ( “)
Não fôra o receio de fatigar o leitor, aqui transcreveriamos a
curiosa e viva descrição que J. Claretie fêz da “ Rua dos Judeus”,
de Francfort, Alemanha. Seria então possível estabelecer exato
confronto da vida que levam as coletividades israelitas, nos diver­
sos países do globo.
Em qualquer parte em que se encontrem, os judeus procuram
usufruir dos foros de cidadania, mas se esquivam por todos os
meios, às obrigações decorrentes dos direitos políticos.
Nos tempos antigos, quando Caracala outorgou a todos os
habitantes das conquistas do império o direito de cidadão roma­
no, os judeus consideraram-se oprimidos, pelo fato de não que­
rerem assumir as obrigações e os encargos a que estavam sujei­
tos todos os súbditos de Roma. Mais tarde sob o reinado de Teo-
dósio o Grande, os judeus protestaram contra o ato dêsse impera­
dor, que os cqiiiparava aos demais cidadãos c os obrigava, conse-
qiientemente, ao exercício dos cargos municipais. Em tempos mais
modernos, José II, da Áustria, decretou a emancipação dos ju­
deus, que residiam dentro das fronteiras imperiais; imediatamen­
te os filhos de Israel ergueram os brados de protesto, porque se
de um lado eles desejavam ser considerados como iguais aos ou­
tros habitantes do império, de outro não queriam ser compelidos
ao serviço militar. Na época contemporânea, sabemos o que se
passou na Rússia, ao tempo em que o tzar Nicolau 1 concedeu
igualdade política aos judeus; estes se valeram de todos os recur­
sos e empregaram todos os meios ao seu alcance, no fito de se es­
quivarem ao serviço militar, a que estavam sujeitos todos os ha­
bitantes do império Rússo.
A atitude dos israelitas é sempre a mesma em todos os pon­
tos onde habitam; reclamam os direitos e os privilégios da na­
cionalidade hospitaleira, que os recebe e lhes permite ganhar a
subsistência, não raro à custa da escorcha dos filhos da terra,
mas protestam e dizem-se perseguidos, quando chega a hora de
prestarem os serviços e suportarem o pêso que as circunstâncias
impõem ao país. ' -3

(3) Jaime Adour Cftniara — "Oropa, França e Baia1' — Págs.


165 e 166.
36 j. C A B R A L

Estudando as origens e o desenvolvimento da perseguição


movida 11a península ibérica contra os “cristãos novos”, J. Lúcio
de Azevedo escreveu esta passagem, que infra transcrevemos:
“ Em Espanha e Portugal, assim como nos demais países, a
religião, com seus preceitos moídos para todos os instantes e atos
da vida, com suas múltiplas proibições, festas, jejuns, cerimônias
domésticas e ritos invioláveis, criava-lhes, fora da aljama, uma
espécie de “ ghetto” moral, ainda mais impenetrável do que aque­
la podia ser, cercada embora de altos muros e com os portões
cerrados. Para êles o cristão, adorador de imagens, isto é, de
ídolos, não passou nunca de um gentio. Se as leis dêste os ex­
cluíam de sua intimidade na vida social, não menor horror lhe
tinham os hebreus, que nem de suas refeições podiam sem peca­
do participar. As incompatibilidades revelam-se a cada passo, e
em cousas à primeira vista insignificantes, mas que, acentuando
a qualidade de estranho, suscitavam para com o heterodoxo a in­
disposição da gente ignara. Ao domingo folgava o cristão, o sába­
do era o dia de obrigatório repouso para os judeus. Por êsse mo­
tivo, foi necessário, em certos lugares transferir os dias de mer­
cado, que eram ao sábado e determinou-se que nêles também
fossem isentos de citações e outros atos jurídicos”. ( 4)
Em nossos dias, a assembléia de paz de Versalhes impôs à
Polônia o reconhecimento dos direitos e privilégios das comuni­
dades judaicas (K ahal), que existem no território da república do
Vístula. Prova evidente de que a raça Israelita, através das vi-
cissitudes mais diversas, não perdeu as tendências que lhe são
peculiares.
A civilização e os progressos democráticos extinguiram os
“ghettos” e as “ judiarias”, mas nada conseguiram contra os pre­
conceitos religiosos e os hábitos tradicionais dêsse povo singular,
eterno peregrino sôbre a face da terra.
Onde se fixam colônias judaicas, logo aparecem bairros is­
raelitas, como aconteceu em Pôrto-Alegre, no Rio-Grande-do-
Sul, que possue um novo “ghetto”, habitado pela gente hebréia.
Êsse muro de separação, que os próprios judeus erguem em
tôrno de si, constitue uma das razões de ser do antissemitismo,
contra o qual tanto protestam os israelitas do mundo inteiro.

(4) J. Lúcio de Azevedo — "História âos Cristãos Novos Portu­


gueses” — Página 51.
A QUESTÃO JUDAICA

“II y a dans le monde un grand fait: le


fait juif. II y a une race juive, il y a des com-
munautés juives, il a des aspects varies dc
Vactivitê juive.” (Jérôme >et Jean Tharaukl
— Petite histoirc des Juifs. Pag. VI e VII
■— Avant-Propos.)
O que escrevemos, precedentemente, sôbre a existência da
nacionalidade judaica constitue prova evidente e manifesta de que
existe uma questão judaica.
Quando dizemos questão judaica, aludimos ao problema e à
dificuldade oriunda da existência de um povo e de uma raça, que
privados de autonomia e de território próprios formam um Es­
tado 110 Estado, uma pátria dentro de outras pátrias e, à falta de
govêrno próprio, tenta furtar-se à autoridade nacional do pais em
que habita.
A existência de uma minoria étnica, em qualquer país, cons­
titue uma fonte perene de questões e de dificuldades, que às ve­
zes, ultrapassam as fronteiras de uma nacionalidade e vão provo­
car repercussões internacionais importantíssimas e de consequên­
cias imprevisíveis.
A história da Europa de após-guerra oferece exemplos cons­
tantes das dificuldades com que tem a lutar um país, quando
intra muros existem núcleos de população estranha, enquistada
nos territórios nacionais.
O tratado de paz de Versalhes, que retalhou o antigo impé­
rio austro-húngaro e alterou os limites da Rússia e da Alemanha
continua a provocar reclamações e ameaças de novas guerras,
porque consagrou injustiças inqualificáveis na delimitação de
certas fronteiras.
O tratamento dado às minorias étnicas pelos países aos quais
as mesmas foram confiadas, ocasiona frequentes protestos e re­
presálias, que, levados a Genebra, mais de uma vez, puseram em
perigo a paz do Velho-Mundo.
A Suíça, é verdade, exemplifica de modo admirável, como
três grupos étnicos diferentes, separados também no campo reli­
gioso. possam coexistir sob a mesma bandeira, defendendo co­
mum patrimônio de liberdades políticas, de conquistas culturais e
de feitos gloriosos.
Lá, a formação histórica e o processo da constituição da na­
40 J. C A B R A L

cionalidade infundiram ao povo suíço o sentimento da pátria e do


orgulho de sua terra. E ’ uma obra admirável tios séculos, que
os vendavais políticos, que assolaram a Europa, não puderam des­
truir ou ao menos desarticular.
Outro tanto, infelizmente, não podemos dizer da gloriosa
Bélgica, país bilingue, onde as velhas querelas entre flamengos
e valões têm ocasionado complicações capazes de pôr em perigo a
unidade nacional.
Um século de independência política, gloriosamente conquis­
tada nos campos de batalha, onde duas raças diferentes derrama­
ram, juntas, o seu sangue, na defesa do mesmo território — um
século não bastou para harmonizar os preconceitos étnicos do
povo belga.
Poderiamos multiplicar exemplos, tirados da geografia po­
lítica e da história universal. Cremos, porém, desnecessário in­
sistir sôbre êsse ponto.
Voltemos, pois, ao caso judeu. Raciocinemos um pouco.
Uma minoria.étnica é suficiente para quebrar a unidade de
um povo e desarticular as instituições políticas de qualquer na­
cionalidade. Quanto maior perigo não oferecerá a existência de
um Estado dentro do Estado, de um povo no seio de outro po­
vo! ...
E ’ essa a questão judaica.
O judeu permanece inassimilável e irredutível cm meio das
outras raças. Fodcrá êle comportar-se convenientemente no que
diz respeito à observância fiel das obrigações exteriores que lhe
incumbem relativamente ao país em que vive: mas no íntimo,
êle permanece indiferente, um como espectador a quem não in­
teressa a sorte boa ou má das nações.
"O elemento político da questão judaica, definiu Hcnry
Ford, consiste em que os judeus constituem uma nação dentro
das outras nações. Alguns dos seus publicistas, especialmente na
América, pretendem negá-lo: todavia o espírito judaico sempre
desmentiu o zêlo excessivo dêstes defensores da sua causa.” ( x).
Para desmentir as afirmações gratuitas de alguns judeus e
de seus assalariados, temos a palavra autorizada e franca de Teo-
doro Herzl, o grande promotor do movimento sionista, que as­
sim opina, no seu livro “ Um Estado Judaico

(1) Henry Ford — “O Judeu Internacional” — Pág. 88.


A QUF.STAO JUDAICA 41

“ A questão judaica continua de pé. Fôra estúpido n egá-lo.. .


A questão judaica existe pràticamente, onde quer que residam
judeus em número perceptível. Onde ainda não exista, é imposta
pelos judeus no decorrer de suas correrias. E ’ natural que nos
traslademos para lugares, onde não somos perseguidos, mas uma
vez alí, nossa presença provoca perseguições. O infausto judaís­
mo é que introduz agora na Inglaterra o antissemitismo, como o
tinha levado já à América-do-Norte.”
Em nossos dias, como nos tempos bíblicos do cativeiro de
Babilônia, o judeu sabe adaptar-sc, admiravelmente, ao estado
de diáspora — dispersão. Onde quer que se fixe um grupo de
indivíduos de origem israelita, temos, dentro em pouco, consti­
tuída uma perfeita comuna ou Kahal, como a denominam os seus
próprios componentes. Quanto possível, procuram os judeus fur­
tar-se à influência e à soberania local dos goim, não-judeus; es­
tabelecem administração própria e justiça particular, fundam es­
colas reservadas aos seus filhos, constroem sinagogas e imprimem
jornais 11a gíria judaica. As questões e demandas entre êles não
caem sob a alçada dos tribunais locais, mas são resolvidas, de
comum acórdo, pelas autoridades do judaísmo.
E tal c o prestígio internacional desta instituição judaica que
a conferência de paz de Versalhes reconheceu expressamente a
existência e os privilégios do Kahal na Rumânia e na Polônia.
Cumpre ainda ohservar que 0 Kahal muito se assemelha à
célula comunista e a sua organização muito se aproxima do soviete
russo. As cotnunas judaicas são perfeitos viveiros do bolchevismo.
Não fôra o insulamento voluntário e propositado dos judeus,
nos países onde se abrigam, a questão judaica não seria o inquie-
tante problema, que boie angustia a sociedade contemporânea.
E maior se nos afigura êsse problema quando consideramos
mie o judeu não somente se acastela e se afasta do resto do mun­
do e da sociedade, mas pretende dominar todos os povos e jungir
ao seu carro de triunfo tôdas as demais raças do planeta.
Daqui concordarmos com G. Ratault, que considera o pro­
blema judeu como um dos mais terríveis que o futuro propôs à
nossa época.
E um judeu, Oscar Txívi, escreveu a Petit-Rivers, autor de
"Significação mundial da Revolução Russa”, estas palavras que
aqui reproduzimos: “ Não há, na terra, uma raça mais enigmá­
tica. mais fatal e por consequência, mais interessante do que a
dos judeus.”
42 J. C A B R A L

Todo escritor, que, como vós se acha oprimido pelo aspecto


do presente e embaraçado pela ânsia do futuro, deve tentar es­
clarecer a questão judaica e a sua influência sôbre a nossa época.
Porque o problema judaico e sua influência sôbre o mundo
passado e presente têm um interêsse fundamental e deveríam ser
discutidos por todo pensador sincero, ainda que êste assunto seja,
com os indivíduos desta raça, complexo e inçado de dificulda­
des.” ( 2)

O Brasil, até nossos dias, está isento dos perigos e das difi­
culdades oriundas da questão judaica. Mercê do pequeno contin­
gente de indivíduos de raça hebréia, existente em nosso país, o
problema judeu é do número daqueles que só podemos estudar
extra muros.
Infelizmente, porém, a inconciência ou a leviandade com que
nosso govêrno está permitindo a entrada, em larga escala, de
filhos de Israel no território nacional, vai preparar-nos para fu­
turo próximo êsse gravíssimo e inquietante problema, (pie tanto
e tanto tem perturbado a vida de muitas nações.
Como se não bastassem os vagabundos, desordeiros, usurá-
rios, prestamistas e desocupados, que enchem nossas maiores e
melhores cidades, vamos abrir a porta e franquear a entrada aos
citadinos internacionais, que outros povos repelem e consideram
como indesejáveis c perigosos.

(2) Léon de Peucíiie —- “ .t.1! FOrças Secretas da Kevolução" —


Pflg. 126.
V

O ANTISSEM ITISM O

" Efetivamente, rclcycndo las historias,


penetrando hasta cn los tempos más remotos,
observamos esto hccho singular: en todas par­
tes el judio aparece cn lucha con la nación en
cuyo seno habita”.
’ (H ugo Wast — “El Kahal”. Págs. 7 e 8 ).

I
A ascensão de Hitler ao poder determinou, na Alemanha,
uma agitação popular e uma hostilidade aberta contra os judeus,
ílsse fato veio trazer à baila o velho têrmo antissemitismo.
Essa palavra, criada por Wilhem Marr, em 1879 signifi­
ca, ao pé da letra, o ódio aos indivíduos de raça ou origem
semítica. No entanto, sua significação ou aplicação se res­
tringe ao ódio ao judeu. Mais propriamente devia dizer-se
anti-judaísmo, pois é o judeu o povo visado pelo antissemi­
tismo.
Ainda mais. N o antissemitismo devemos distinguir duas
espécies ou modalidades muito importantes.
Há um antissemitismo vandálico e selvagem, que se traduz
na prática de atos violentos e selvagens, que não raro, termi­
nam em morticínios e sacrifício de vítimas inocentes, imola­
das à fúria inconciente das multidões revoltadas. A essa es­
pécie de antissemitismo pertencem os célebres pogromos, rea­
lizados na Rússia, na Polônia, na Rumânia e noutros países.
São atentados que violam os sentimentos de religião e de hu­
manidade, somente comparáveis aos linchamentos praticados na
América-do-Norte.
Claro está que êste sentimento e os atos inspirados pelo
mesmo devem merecer a mais formal condenação da parte da-
quelles que receberam o influxo da civilização cristã e aceitam
os princípios básicos do direito das gentes.
Inimizade odienta ao judeu é cousa que se não pode con­
ciliar com a crença religiosa e as condições modernas da so­
ciedade política.
Aos governos cabe o dever de garantir a vida c de tutelar
os bens dos seus súbditos de raça e religião israelita.
Quanto a essa espécie de antissemitismo não há lugar pa­
ra dúvidas nem hesitações: todo cristão o deve repudiar e
combater.
46 J. C A B R A L

Tnfelizmente, porém, os judeus e os assalariados ao ouro


judaico tentam, por assim dizer, torcer a significação do têrmo
inventado por Wilhem Marr e classificam de antissemitismo
tódas as medidas de defesa que a coletividade cristã, nos di­
versos países, toma contra a penetração e contra o domínio que
o judaísmo tenta exercer (e em grande parte já o exerce) em
detrimento da causa pública.
Qualquer obstáculo levantado ao predomínio dos judeus,
qualquer medida favorável aos princípios promanados da civi­
lização cristã, tôda e qualquer campanha levada a efeito em no­
me do verdadeiro nacionalismo — tudo isso constitue antisse­
mitismo, na opinião dos judeus.
E aqui compete franca e intemerata afirmação de prin­
cípios.
Como cristãos e como brasileiros não podemos admitir o
ódio aos judeus e a perpetração de violências, como as que os
pogromos registram. Constituiria isso uma vergonha para a
terra civilizada e cristã da Vera-Cruz; seria a deshonra do
nosso povo e o opróbrio da nossa história.
Devemos, porém aceitar e pôr em prática a outra espécie
de antissemitismo, isto é, a defesa de nosso patrimônio de cos­
tumes e de crenças, legado precioso de nossos antepassados.
Não podemos nem devemos permitir que elementos estranhos
venham exercer um predomínio injustificável sôbre nós, com
detrimento do que temos de mais sagrado e de mais augusto:
pátria, família e religião.
Nesse sentido, de defesa tríplice de nossa terra, de nosso
lar e de nossa fé aceitamos e admitimos como uma condição
inelutável para o Brasil, o antissemitismo.
Condenando, franca e incondicionalmente, qualquer aten­
tado ou violência contra o indivíduo de raça hebréia, procla­
mamos a necessidade imperiosa do Brasil se defender do im­
perialismo financeiro, que os judeus tentam estabelecer sôbre
o mundo.

Muita cousa já se escreveu e ainda hoje se escreve, pelo


mundo em fora sôbre as causas reais do antissemitismo.
Nos tempos de fé ardente, nos séculos da Idade-Média,
em que a religião cristã exercia verdadeiro predomínio nas
A QUESTÃO JUDAICA 47

manifestações da vida social, o antissemitismo podia ter, em


parte, um fundo religioso. As populações cristãs viam nos ju­
deus os filhos dos matadores de Jesus, os deicidas.
Nas épocas de fome c de miséria, fome e miséria muitas
vezes provocadas pela ganância e usura dos judeus, as. turbas
se levantaram contra aqueles que eram indigitados como cau­
sadores das calamidades públicas.
Com o enfraquecimento da religião cristã e as transforma­
ções político-sociais dos últimos tempos, a acusação de deici­
das deixou de ser invocada contra os israelitas e não pode mais
ser contada como fundamento do antissemitismo.
Se o sentimento religioso não explica, por si só, a hostili­
dade constante e geral de que os judeus têm sido alvo em todos
os países em que têm vivido, outras causas devem existir.
Um judeu, Bernard Lazare, no livro " Uàntiscmitismc”,
dá-nos uma interpretação satisfatória dos fatos. Confessa
êste autor que os judeus foram objeto do ódio de todos os po­
vos entre os quais se estabeleceram. F. apresenta esta explica­
ção, que infra transcrevemos:
“ Quê virtudes ou quê vícios provocaram essa inimizade
universal contra o judeu? Por quê foi sempre e igualmente
maltratado e detestado em Alexandria e em Roma, pelos per­
sas e pelos árabes, pelos turcos e pelas nações cristãs? Por­
que, em tôda parte e ate nossos dias, o judeu foi um ser in-
sociável.
Por quê foi insociável ? Porque é exclusivo e o seu ex-
clusivismo é ao mesmo tempo político e religioso, ou melhor
provém de seu culto e de sua lei”.
E ’ bem digno de nota e merecedor de tôda atenção o que
nos diz B. Lazare sòbre as razões da hostilidade universal aos
judeus. O autor, insuspeito por ser israelita, não atribue aos
outros povos a responsabilidade do antissemitismo; ao con­
trário, atribue ao exclusivismo político e religioso a culpa das
perseguições de que seu povo é vítima há mais de dois mil
anos.
Eis porque não nos admira a sentença de Thcodoro
Uerzl, o grande leader sionista, que disse estas palavras plenas
de veracidade: “ O judeu leva o antissemitismo na valise“ .'~
Eça de Queiroz, em suas ‘‘Cartas de Inglaterra", tratan­
do da agitação anti-judaica, na Alemanha, no tempo de Bis-
48 ). C A B R A L

marck, depois de salientar a ostentação de riqueza que tanto


irrita os naturais do país, descreve a situação dos semitas, no
antigo império germânico.
E ’ extensa a situação, que vamos fazer, mas vale a pena,
uma vez que nos fornece dados seguros e insuspeitos.
Assim escreve o romancista lusitano:
“ Mas o pior ainda, na Alemanha, é o habil plano com
que fortificam a sua prosperidade e garantem a sua influên­
cia — plano tão hábil que tem o sabor de uma conspiração:
na Alemanha, o judeu, lentamente, surdamente, tem-se apo­
derado das duas grandes forças sociais — a Bólsa e a im ­
prensa. Quase tôdas as grandes casas bancárias, quase todos
os grandes jornais estão na posse do semita. Assim, torna-se
inatacável. De modo que não só expulsa o alemão das pro­
fissões liberais, o humilha com a sua opulência rutilante, e o
traz dependente do capital; mas, injúria suprema, pela voz
dos seus jornais, ordena-lhe o que há-de fazer, o que há-dc
pensar, como se há-de governar e com quem se há-de bater!
Tudo isso seria suportável se o judeu se fundisse com a
raça indígena. Mas não. O mundo judeu conserva-se isola­
do, compacto, inacessível e iirq)enetrável. As muralhas for­
midáveis do templo de Salomão, que foram arrasadas, conti­
nuam a pôr em tôrno dêle um obstáculo de cidadelas. Dentro
de Berlim há uma verdadeira Jerusalém, inexpugnável: ahí se
refugiam com o seu Deus, o seu livro, os seus costumes, o
seu Sabbath, a sua língua, o seu orgulho, a sua secura, gozan­
do o ouro e desprezando o cristão. Invadem a sociedade alemã,
querem lá brilhar e dominar, mas não permitem que o alemão
meta sequer o bico do sapato dentro da sociedade judaica. Só
casam entre si; entre si, ajudam-se règiamente, dando-se uns
aos outros milhões, — mas não favoreceríam com um trôco
um alemão esfomeado; e põem orgulho, um coquetismo inso­
lente em se diferençar do resto da nação em tudo, desde a ma­
neira de pensar até a maneira de vestir. Naturalmente, um
exclusivismo tão acentuado é interpretado como hostilidade —
e pago com ódio”. (*)

f 1) Eça de Queiroz — “ C a rta s de In g la te rr a ” — Pág. 72 e 73.


A QUESTÃO JUDAICA 49

Depois de fazer uma breve síntese das perseguições de


que os judeus têm sido vitimas, no decorrer dos tempos, Witold
Kowerski escreveu:
“ Por .tòda parte onde os judeus apareceram pela primeira
vez, foram recebidos de braços al>ertos. Assim foi o primeiro
encontro de Israel com os antigos gregos, com a mesma bene­
volência receberam-nos os romanos, depois a Espanha e os
demais países europeus. Ao fim de algum tempo de convi­
vência cordial, sempre o idílio terminava em rixas, depois com
perseguições e, afinal, com massacres.” (-)
A razão é o mencionado exclusivismo político-religioso,
que torna o judeu insociável, elemento, portanto de discórdias
e de agitações, no meio em que vive.
Israel considera-se, ainda em nossos dias, como o i*>vo
eleito de Deus, aliado e depositário da vontade do Eterno.
Esse espírito de messianismo leva o judeu a conceber um des­
medido orgulho da sua raça e a votar um soberano desprêzo ao
restante da humanidade, ê s s c estranho nacionalismo religioso,
êsse amálgama de teologia e de patriotismo faz que o judeu se
considere um superhomem, um privilegiado de Deus.
“ Além de se conservarem estrangeiros aos meios em que
viveram, diz Poncins, os judeus incorreram na censura de serem
parasitas e explorarem o trabalho alheio.” ( s)
O judeu consagra o maior e o melhor de suas atividades
ao comércio.
E nesse meio de ganhar a vida não perde oportunidade
de ajuntar riquezas à custa da exploração dos seus conacionais.
Daí provocar a ira e a cólera do povo, que, não raro, se deixa
arrastar à prática de verdadeiros atentados e violências ino­
mináveis.
Henry Ford escreveu em seu livro, “ O Judeu Interna­
cional” :
“ A profissão a que o judeu concorre em proporção muito
maior que nenhum povo, é a do intercâmbio comercial.
Não lhe importa descer à compra de trapos; o essencial*3

( 2) Witold Kowerski — “ Israel sem máscara" — Pág. 12.


(3) Léon de Poncins — "As Fôrças Secretas da: Revolução" —
Pág. 105.

4 — Q. J.
50 J. C A B R A L

é comerciar. Desde a compra e venda de roupa usada até o


domínio absoluto do comércio mundial e da Fazenda dos Es­
tados, mostrou sempre o judeu as melhores aptidões. Pos­
suindo, como nenhuma outra raça, aversão para todo traba­
lho material e produtivo, sabe equilibrar éste defeito por uma
predisposição característica para o intercâmbio." ( 4)
Judeus e simpatizantes do judaísmo pretendem explicar,
favoravelmente, essa tendência dos judeus para o comércio e
alegam que êles assim procederam porque lhes era vedado pro­
curar outros meios de subsistência. (")
Nada mais falso. Pura invencionice, que tenta ocultar a
realidade dos fatos, registados pela história imparcial.
VVerner Sombart, que estudou aprofundndamente os pro­
blemas dos judeus e da vida econômica, esclarece êsse ponto
importante.
Assim fala o grande economista alemão:
"Já é tempo de acabar, de uma vez, coin a lenda, segundo
a qual, na Idadè-Média européia, e principalmente depois das
Cruzadas, os judeus viram-se obrigados a exercer a usura, por­
que as outras profissões lhes eram proibidas. A história bi-
milenária da usura judaica, anterior à Idade-Média, basta para
desmentir essa construção histórica. Mas, ainda no que con­
cerne à Idade-Média e aos tempos modernos, as afirmações
da historiografia oficiosa não correspondem à realidade dos fa­
tos. É falso que todos os meios de vida, em geral, fõssem
interditos aos judeus, na Idade-Média e nos tempos modernos,
o que todavia não impediu que se entregassem, de preferên­
cia, à ocupação de emprestar dinheiro sob penhor. E ’ o que
Bucher demonstrou, em relação a Francfort-sôbre-o-Meno,
e que facilmente se pode provar acêrca de muitas outras ci­
dades e países.
O que evidencia irrefutavelmente a tendência dos judeus
ao ofício de usurários, na Idade-Média e em épocas posterio­
res, é o insucesso das tentativas dos governos, no sentido de
orientá-los para outra ocupação." (6)

( 4) Henry Ford — “ O J u d eu In te rn a c io n a l” — Pág. 11.


( 5) José Perez — " Q u e s tã o J u d a ica — Q u e s tã o S o c ia l — P%.
61 e segs.
( c) Léon de Poncins — L h r o c ita d o — Pág. 178.
A QUESTÃO JUDAICA SI

Em artigo publicado, em 1934, na revista "Critério", de


Buenos-Aires, Argentina, Mons. Gustavo J. Franceschini ex ­
plica as razões do movimento antissemita, que já se esboça na
república platina.
Esse seu trabalho dá-nos as seguintes preciosas informa­
ções, que devemos guardar:
"Não sou um antissemita violento; parece-me isto contrá­
rio ao espírito do Evangelho e à tradição da Igreja. Mas é
preciso reconhecer que a massa judia, cada dia maior entre
nós, faz todo o possível para mover a ira e provocar uma rea­
ção apaixonada".
Sôbrc o antissemitismo na Alemanha, diz Mons. Fran­
ceschini :
“ Uma das causas que contribuem para a perseguição dos
judeus na Alemanha, foi a guerra sem piedade que as suas
grandes organizações fizeram ao pequeno comércio".
Na França, segundo êsse mesmo autor, o futuro não se
mostra muito risonho para o judaísmo.
“ Um diário católico francês, que nunca foi hostil aos he-
breus. L'Aube, manifesta recentemente que, de algum tempo
a esta parte, ocorre o mesmo na França e desperta iras eqüi-
valentes.
Faz quatro anos que se desenvolve em nosso país (a A r­
gentina) um fenômeno da mesma índole: a implacável pene­
tração semita, que arruina ramos inteiros da indústria, que
domina campos para fazer-lhes trabalhar em condições into­
leráveis, que impõe à nossa produção salários de fome, que se
coliga em todas as partes contra o não judeu, que intervém em
todos os movimentos extremistas e se percebe na propaganda
pornográfica, vai despertando anelos de vingança e projetos
de expulsão. O que há pouco tempo se julgava impossível,
na Argentina, um antissemitismo virulento c que confunde no
mesmo rancor justos e pecadores, que reclama a eliminação do
judeu por qualquer meio, se manifesta a cada passo e ganha,
dia a dia, novos e entusiásticos adeptos. Sejamos verídicos um
enorme pogrom já não é impossível entre nós.”
Mas adiante, acrescenta esta observação, que nos parece
muito digna de especial reparo:
“ Há anos, nas manobras efetuadas na Província de En-
tre-Rios, hebreus houve que vendiam a 20 centavos o balde de
52 J. C A B R A L

água aos soldados empoeirados, que não puderam, em sua pró­


pria terra obter gratuitamente de uma raça estranha, água
para acalmar a sêde.
E durante aqueles dias de crise, os usurários semitas, em
povoados e cidades, estão materialmente sangrando a popula­
ção necessitada".
E Mário Saa escreveu, em seu estudo sôbre a infiltração
judaica:
“ De remota idade, a legislação inglesa se há esforçado
por induzir os judeus a profissões honestas, mas debalde.
(Cunninghan). Com o mesmo fim facilitou-lhes Napoleào,
em França, todos os ofícios, mas os protestos contra os judeus
continuaram chovendo de todos os cantos do país, mòrmeme
da Alsácia, que êles sugavam nas quatro veias! E Napoleão
exclamava irritado: Estes judeus são gafanhotos e lagartas
que devoram a minha França!" ( 7)
ü grande Napoleão I, a 30 de maio de 1806, em docu­
mento oficial, assim se expressava contra a exploração econô­
mica promovida pelos judeus: {
“ Sôbre a informação, que nos enviam, de que nos vários
departamentos septentrionais do nosso Império, alguns judeus,
não exercendo outra profissão mais do que a usura, têm pôsto
em deplorável estado numerosos cultivadores destes países, pela
acumulação dos mais imoderados interesses, pensamos ser nos­
so dever vir em socorro dêstes nossos súbditos, que uma ava­
reza injusta vem reduzindo a extremos prejuízos".

Estudando a história c investigando os séculos passados,


podemos verificar que o antissemitismo é tão antigo quanto
o mesmo povo judeu. Quase dois mil anos antes de Jesús-
Cristo, encontramos os israelitas cm lutas contra os egípcios,
que, havia séculos, os receberam em suas terras. Um dos
Faraós concitava seus súbditos para que oprimissem os hebreus
(que já constituíam um povo forte e numeroso), a-fim-de que

(7) Mário Saa — “A Invasão dos Judeus'’ — Pág. 90.


A QUESTÃO JUDAICA 53

êles, cm caso de guerra, não se unissem aos inimigos do Egi­


to- ( 8)
Foi êssc o primeiro choque antissemita que a história re­
gista.
Durante o cativeiro, à sombra da tolerância de Assuero,
os judeus, infensos aos interesses do império, eram considera­
dos como elemento hostil ao povo e o ministro Aman pedia
o extermínio de todos os judeus cativos em Babilônia. ( 8)
No século JII. antes de Cristo, Maneton, sacerdote de
Helió]X)lis, acusa os judeus de haverem favorecido aos estran­
geiros, que invadiram o Egito.
Estrahão, no século I da nossa era, dizia “ que seria difícil
assinalar um lugar da terra onde os judeus se não houvessem
estabelecido poderosamente".
Além da tendência ao parasitismo, que o leva à explora­
ção do trabalho alheio, o judeu, conforme estudaremos mais
adiante, caracteriza-se pelo espírito revolucionário, sempre em
luta contra os poderes constituídos.
Teodoro Tlerzl, em "Um Estado Judeu", escreveu estas
palavras:
“ Somos uma nação, um povo... Quando nós os judeus,
tivermos de descer, seremos os oficiais inferiores dos partidos
revolucionários. Se nos elevarmos, subirá conosco o inacessí­
vel poder do dinheiro judeu..."

São essas as verdadeiras razões, não confessadas, do an-


tissemitismo.(*)

(*) Bíblia Sacra— “ Êxodo" — l, 9 e 10.


(») Idem — “ Ester" — XIII, 4 e 7.
i

t
VI

O SIONISMO

“ Lc nationalismc juif s’cst manifeste


sous diffcrentes formes. Lc sionisme, qui est de
beaucoup Ia plus importante, veut provoquer
la rcnaissance du pcuple ju if par la “création
d’un foyer national juif en Palestine”. (Otto
Ileller — "La Fin du Judaisme” — Pag. 154.)
Entre os problemas originários da questão judaica não po­
demos deixar de incluir o Sionismo, movimento de acentuado
nacionalismo israelítico.
O Sionismo é um movimento que tem por objetivo a restau­
ração da nacionalidade judaica, a devolução da Palestina aos ju­
deus, reconstrução do templo de Jerusalém, centro espiritual dos
filhos de Judá, hoje disseminados pelo mundo inteiro.
Afirmam os sionistas que Israel tem um ideal nacionalista
a realizar: a restauração do antigo reino, a ereção de um Estado
livre na Judeia.
Esta aspiração dos judeus não constitue novidade para todos
aqueles que, através da história, seguem os passos dèsse povo,
disperso pelos quatro cantos do universo.
De longa data, tôdas as sextas-feiras, os habitantes judeus
de Jerusalém derramam copioso pranto ao pé do Muro das La­
mentações, onde choram pela ruína da cidade santa e do templo
de Salomão.
Desde as tempos da dispersão, quando Tito arrasou o centro
político e religioso do povo hebreu, até os nossos dias, o espírito
da raça proscrita não cessa de se voltar para as ruínas, que evo­
cam os dias gloriosos de Davi e de Salomão.
Essa tendência corporificou-se no século passado, quando
surgiu um movimento de ressurreição da nacionalidade judaica:
o Sionismo.
Embora Teodoro Hcrzl seja considerado o pai e o fundador
dêsse movimento nacionalista, êle tem predecessores, que, por
assim dizer, lhe desbravaram o caminho.
Antes, porém, de tratar dessa parte do assunto, tentareiyios
penetrar no espírito do Sionismo.
Os princípios estabelecidos pela Revolução Francesa e ado­
tados pelos governos dos tempos modernos permitiram que os
judeus adquirissem a plenitude de direitos na Europa (exceto
na Rússia) e na América. Dêsse modo a nação proscrita e dis­
58 J. C A B R A L

persa conseguiu integrar-se, de algum modo, no seio dos povos,


em que vivia. Essa vantagem no terreno político-social trouxe
consigo o enfraquecimento do idealismo messiânico, sonho que
durante quase dois milênios acalentara o sono inquieto dos filhos
de Israel. Aderindo às nações arianas, de que eram hóspedes, os
judeus tiveram de sacrificar muito dc suas aspirações nacionalis­
tas e de seus preconceitos religiosos.
“ Na metade do século X IX , escreve W . Kowerski, os
chefes do judaísmo começaram a perceber que o socialismo
anti-nacional e internacional lhe facilitava a posição, mas
não solucionava as dificuldades. Experimentaram, então, lançar
mão de meios que despertassem entre os judeus ocidentais a con-
ciência de pertencerem à raça e às tradições judaicas. O meio
mais eficaz lhes pareceu interessá-los pela Palestina.”
Em um dos livros escritos pelo célebre Disraeli, encontra­
mos ventilada a possibilidade da reconstrução da pátria judaica.
, Em 1848, Moisés TIessc, socialista judeu, amigo de Karl
Marx, escreveu a obra "Roma e Jerusalém”, na qual lançou a
idéia da ereção, na Palestina, de um centro nacional judeu. As
sinagogas e os ghettos atenderam, pressurosos, ao apêlo do novo
arauto de Tudá, mas os meios políticos e financeiros não presta­
ram atenção alguma a êsse projeto, que, no fundo visava apenas
uma restauração religiosa.
Um judeu belga, Moisés Montefiòre (Blumenbau), em
1856, estabeleceu, perto de Jaffa, uma colônia agrícola e fundou,
na Palestina, vários estabelecimentos de instrução e beneficência.
Ao mesmo tempo outro judeu, Adolfo Crémieux, organizou
a 'Aliança Israelita Universal, destinada a facilitar o congraça-
mento dos judeus de todo o mundo.
O barão Hirsch dispendeu vários milhões, seguindo o pro­
grama de Montefiore, e pensou em estabelecer, na América, a
nova pátria dos filhos de Israel.
Em 1880, um médico judeu, Pinsker, instituiu as uniões
secretas dos Amantes de Sian e trabalhou com o fito de canalizar
para a Palestina a corrente migratória dos seus correligionários,
que se afastavam da Europa. Esse movimento, fortemente au­
xiliado pelo barão Edmundo de Rothschild, de Paris, conseguiu
fundar pequenas colônias, em diversos pontos da Palestina.
A QUESTÃO JUDAICA 59

Teodoro Herzl veio dar novo impulso a êsse movimento,


que começava a declinar e ameaçava extinguir-se.
O fundador e chefe político do sionismo, Teodoro Herzl,
nasceu em Budapest, em 1860, e faleceu em Viena, da Áustria,
em 1904.
Em Paris, durante vários anos, foi correspondente de Neue
Freie Presse, jornal que mais tarde dirigiu até a morte.
Os primeiros anos de suas atividades públicas, na imprensa,
foram consagrados à literatura de preferência à política. Só mais
tarde começou a tratar de questões de ordem política.
O que se passou com Herzl é frequente entre os de sua raça.
Era êle um judeu quase desjudaizado, havia como que perdido
o espírito de sua raça e abandonado os preconceitos de sua reli­
gião. De repente, volta às tradições dos seus maiores, para se
consagrar de corpo e alma, até o fim da vida, ao messianismo, que
ainda hoje anima os filhos de Israel.
Os estudiosos do problema judeu encontram facilmente
exemplos de famílias judias que, depois de terem abandonado as
usanças dos seus antepassados, retomam, posteriormente, ao ju­
daísmo integral. E ’ o espírito de nacionalismo religioso, que ani­
ma e sustenta a união espiritual de um povo geograficamente
disperso.
O “Estado Judeu” de Herzl foi publicado em inglês, em
1896. Data dessa época a importância e o renome do fundador do
movimento sionista. Nesse mesmo ano visitou êle o sultão da Tur­
quia, em Constantinopla, tentando abrir caminho para a realiza­
ção dos ideais do Sionismo. Desenvolveu largo trabalho de pro­
paganda, visitando, em diversos países, as comunidades judaicas,
para incutir-lhes o desejo e a esperança de retornar às terras da
Palestina.
Instituiu os célebres congressos sionistas internacionais, dos
quais o primeiro foi celebrado na Suíça, em Basiléia, em 1897.
Sucessivamente, outros congressos se têm reunido, demons­
trando o incremento dos ideais sionistas.
O nono congresso, realizado em Colônia, na Alemanha, em
agósto de 1908, sob a presidência de W olfson, acusou a existên­
cia de 200.000 (duzentos mil) aderentes do Sionismo.
Nas vésperas da Grande Guerra, em 1913, em Viena da
Áustria, teve lugar o décimo primeiro congresso sionista inter­
nacional, comparecendo 1.000 delegados e 10.000 membros de
comunidades judaicas.
60 J. C A B R A L

Iíerzl, várias vezes, foi recebido por chefes de Estado, en­


tre os quais o imperador alemão. (*)
Em 1902, entrou em relações com o governo britânico e
tentou estabelecer colônias judaicas ao sul da Palestina. Malo­
grada esta tentativa, Herzl recebeu do governo da Inglaterra a
oferta para a colonização judaica, em larga escala, da Uganda,
na África Oriental inglesa. Essa oferta foi apresentada, oficial­
mente, durante o sexto congresso sionista, em 190.L
Não querendo desgostar o governo da Grã-Bretanha, com
a recusa declarada da oferta da Uganda, e não encontrando l>oa
vontade da parte dos sionistas, que só aspiravam a posse da Pa­
lestina, Herzl prolongou essas negociações até 1906, quando os
judeus puseram tèrrno à questão, declarando que o clima da
Uganda não permitia o desenvolvimento da colonização judaica
da África Oriental.
O movimento em prol da criação de um lar ( home) nacio­
nal judaico dividiu-se em duas correntes: os sionistas, que exigem
a posse integral da Palestina, e os territorialistas, que procuram
territórios em qualquer continente para a colonização judaica.
Em 1910, proclamada a república portuguesa, pareceu o
movimento favorável aos territorialistas judeus, que desejavam
obter local favorável à colonização intensa. Claro está que Por­
tugal cederia Angola aos judeus, que depois de colonizar o pla­
nalto central dessa importantíssima possessão lusitana, constitui­
ríam um Estado independente.
Mário Saa conta-nos, resumidamente, a marcha das nego­
ciações entre o govèrno republicano de Lisboa e os altos repre­
sentantes do Sionismo.
A novel república, submissa às influencias do judaísmo, am­
plamente representado pelos cristãos-novos, que faziam parte
do governo — a novel república tudo facilitou em benefício dos
judeus e se estes não se estabeleceram em Angola foi porque não
o quiseram. Baseado em informações tiradas do Almanaque Ju­
daico de 1915, Mário Saa afirma que o governo monárquico
apresentara obstáculos às pretensões israelíticas. ao passo que
à república pouco se lhe dava de entregar aos sionistas a maior, a
mais rica e a mais importante jóia do império colonial portu­
guês. ( *2)

O) Witold Koweraki — “Israel sem máscara'’ — Pág, 403.


(2) Mário Saa — “A Invasão dos Judeus’’ — Pág. 164 e sega.
A QUESTÃO JUDAICA 61

E ’ assim que mais uma vez se patenteia a índole internacio-


nalista dos j udeus; sempre que se trata dos interesses do povo
eleito, pouco lhes importa sacrificar os mais sagrados interesses
dos países onde vivem e, onde às mais das vezes, desfrutam de
posição importante e de favores especiais.
Os cristãos-novos de Portugal respondiam aos favores e à
hospitalidade dos lusitanos, entregando Angola aos sionistas.
A generosa oferta da república portuguesa foi tal que o
mundo inteiro ficou boquiaberto e em Viena da Áustria houve
um congresso israelita i>ara estudar as possibilidades da coloni­
zação de Angola. Depois de prolongadas negociações e longos
estudos, os sionistas recusaram Angola, declarando-a inapta para
a colonização judaica.
Muitos judeus, convencidos de que os recursos naturais da
Palestina não permitem a manutenção de tôda população ju­
daica, dispersa pelo mundo, aspiram, pura e simplesmente, a cria­
ção dç um centro espiritual nas terras dos antigos reinos de Is­
rael e Judá, obtendo autonomia total as comunidades judaicas
nos países da diúspora.
A organização na Palestina, de um Estado nacional israe­
lita, do qual fossem considerados súbditos todos os judeus, onde
quer que habitassem, seria uma solução para a momentosa ques­
tão judaica. Cumpre, porém, observar que êsse modo de resol­
ver o problema absolutamente não convém aos judeus, ditos as­
similados, que, no ocidente da Europa e nos paises da América,
desfrutam dos mesmos privilégios que os demais filhos da terra;
ao invés disso, os judeus fora da Palestina seriam considerados,
para todos os efeitos, como qualquer estrangeiro.
Em consequência do Tratado de Paz, que encerrou o ciclo
das operações militares da Grande Guerra, à Grã-Bretanha foi
conferido o mandato sobre a Palestina. Esta circunstância, a
que não foram alheios os judeus, que de tôda a parte acorreram
às negociações de Versalhes, deu novo alento ao sionismo e veio
reacender as esperanças cios filhos de Israel.
Anteriormente, em 3 de novembro de 1917, aparecera a cé­
lebre declaração de Balfour, pela qual o secretário dos negocios
estrangeiros da Inglaterra afirmava a Rothschild que "o gover­
no de Sua Majestade refere-se com benevolência à criação, na
Palestina, de um Home (lar) nacional para o povo judeu e fará
tudo que lhe fôr possível para a realização déste fim”.
C2 J. C A B R A L

Em 1922 a Liga das Nações ratificou o mandato da Grã-


Bretanha sóbre as terras da Palestina.
Comentando essa declaração, W . Kowerski escreve:
“ O governo inglês deixou-se empregar como instrumento
dos judeus, na tendência dêstes de criar na Palestina não um es­
tado judaico, mas um centro espiritual, que devia irradiar sôbre
o judaísmo mundial, disperso, e animá-lo à luta contra o am­
biente cristão.”
Dos termos dos 28 artigos, relativos ao mandato da Ingla­
terra, sôbre a Palestina, artigos esses aprovados pelo Conselho
da Liga das Nações, decorrem, manifestamente, as seguintes con-
seqüências:
“ O reconhecimento da ligação histórica do povo judaico com
a Palestina e também do direito que lhe permite constituir a sua
pátria nesse p a is; a obrigação do governo britânico de colocar
o pais em condições políticas e econômicas tais que garantam aos
judeus o restabelecimento da sua unidade nacional; o reconhe­
cimento de uma instituição capaz de colaborar com a administra­
ção da Palestina em tôdas as questões relativas ao restabeleci­
mento da pátria judaica e dos interêsses do povo judeu, e bem
assim de tomar parte no desenvolvimento do p ais; a obrigação da
administração palestiniana de facilitar a imigração judaica e de
promover a colonização dos judeus em massa, inclusive nas ter­
ras devolutas e pertencentes ao Estado, que não sejam reclamadas
por obras de utilidade pública.”
Os sionistas, na verdade, haviam ganho a partida, que se
jogava nas negociações de paz.
O movimento, que começara a declinar, tomou novo surto
e entrou no terreno das realizações práticas, enfrentando nume­
rosos e sérios obstáculos, dos quais os dois mais importantes são
o$ oitocentos mil árabes, ocupantes das margens do Jordão, e a
pobreza de recursos naturais da região palestiniana.
Contra esses dois adversários os sionistas não vacilam no
combate, de modo que as populações maometanas e cristãs da
Palestina experimentam profunda inquietação sôbre o futuro,
que as aguardam, sob a dominação judaica. Para atenuar a defi­
ciência de recursos naturais grandes obras públicas vêm sendo
executadas e exploradas tôdas as fontes de riqueza.
A QUESTÃO JUDAI£A 63

Balanceando os resultados práticos do ideal sionista, pode­


mos verificar que, inegavelmente, a situação não se lhe mostra
desfavorável.
Em primeiro lugar, podemos citar o crescimento da popula­
ção hebréia na Palestina, pelo advento de judeus de outras ter­
ras.
Em 1876, havia, em Jerusalém, pouco mais de trezentos ju­
deus; em 1905, as estatísticas do governo otomano acusavam um
total de 45.000 judeus, para uma população de 66.000 almas,
ou sejam 68%.
Em 1880, existiam na Palestina apenas uns 30.000 judeus;
em 1907, êsse numero ascendeu a 55.000 e, em 1913, contavam
cérca de 100.000 judeus, numa população de 700.000 almas.
Em 1914, havia, nas terras palestinianas, 46 colônias agrí­
colas de judeus, que ocupavam 10% da superfície total cultivada.
Em 1928, contavam-se, na Palestina, 158,000 judeus para
o total da população, que cra de 888.000 habitantes. ( s)
A ascensão de Adolfo Hitler ao poder, na Alemanha, oca­
sionou o êxodo de muitos judeus, residentes no território ger­
mânico. Calcula-se em cêrca de vinte mil o número dos que pro­
curavam estabelecer-se na antiga terra da Prontissão.
De acordo com as estatísticas de Artur Ruppin, em dezem­
bro de 1933, os judeus existentes na Palestina eram calculados em
cêrca de 230.00 (duzentos e trinta m il), isto é, pouco mais de
20% (vinte por cento) do total dos habitantes da país.
Outro resultado prático do movimento sionista consiste na
tentativa de restaurar a lingua e a literatura hebraicas.
Provenientes de várias terras da dispersão, acham*se os
judeus muito divididos sob o ponto de vista lingüistico. Três
dialetos se impõem pela importância númerica dos indivíduos que
os falam: o dialeto judeu-alcmão, também chamado Yiddish,
que é falado pelos judeus de origem alemã estabelecidos na Rús­
sia, na Polônia, na Bósnia. na Lituânia, na Sérvia, na Rumânia
e nalguns outros países; o dialeto judeu-castclhano, também cha­
mado ladino, que é empregado pelos descendentes dos judeus e^T-3

(3) Isaiali Bowmann — “Le Monde Nouveau" — Payot, Paris,


Pág. 358.
64 J. C A B R A L

pulsos da península hispânica; finalmente, há o judeu-árabeJ que


é o dialeto mais antigo, usado pelos judeus do Oriente c do Norte
da África. (N ota I)
Em meio dessa confusão babélica de línguas e dialetos, im­
punha-se manifestamente, a necessidade de um elemento de uni­
dade, que facilitasse o entendimento mútuo dos judeus.
O hebraico, a antiga língua dos patriarcas e profetas, estava
naturalmente indicado para veículo da cultura nacional.
Eliezcr Lazarovitch Elianoff, conhecido por Ben Ychudah,
consagrou longo tempo e pacientes esforços à composição do
dicionário hebraico, que é verdadeira reconstruição integral da
língua sagrada. Deixando de parte os arcaísmos e as corruptelas
do idioma hebraico, introduziu grande cópia de neologismo, que
designam as cousas modernas e exprimem as idéias novas. Abriu-
se, em Jerusalém, o primeiro centro para o ensino do hebraico e,
em seguida, muitos outros surgiram em todo território pa-
lestiniano. O hebraico é, hoje, o veículo do ensino público.
A nova arte judaica procura sempre volver ao passado e
beber inspirações nas fontes bíblicas. O leão de Judá, o escudo

NOTA I — Os Judeus costumam servir-se do idioma do pais em


que habitam, pois o hebraico, a antiga língua falada na Palestina
(mais tarde substituída pelo aram aico), é uma lingua morta e os
modernas tentativas de criação de uma língua e de uma literatura
néo-hebraicas não conseguiram alterar essa condição.
As grandes massas de judeus não assim iladas da Europa Orien­
tal servem-se de uma língua denominada Judaica (em inglês yiddlsh),
ou também jargão, em sentido depreciativo. O “yiddish” é um dia­
leto do alto-alemão corrompido, mas que conserva terminações e mo­
dalidades peculiares ao antigo hebraico, mescladas, porém, de formas
russas, polacas, ucrânias e lituânias, conforme o país onde se fala.
Essa língua meio-hebraico e meio-germânica conta cêrca de dez
séculos de existência e evoluiu do “yiddish’’ antigo para o “yiddish”
moderno, mas emprega sempre, na escrita e na imprensa, o velho
alfabeto hebraico. Publica-se nesse idioma um grande número de Jor­
nais e periódicos muito espalhados por tóda a Europa Oriental e
Amérlca-do-Norte; hã também copiosa lileratUTa judaica não só clás­
sica, mas também popular.
Segundo escreve Artur Ruppin, professor de sociologia da Uni­
versidade Hebraica de Jerusalém, a língua “yiddish” acha-se em de­
clínio, pois os judeus começam a dar preferência às linguas dos paí­
ses em que habitam.
(Ver Artur Ruppin — Les Juifs ãans le Monde Moclerne — Cap.
XVIII.)
A Q U E S T Ã O JUDAiUA 6b

de Davi, o candelabro de sete ramos, os vasos do Templo e de­


mais objetos que recordam a história do povo de Deus, aparecem,
freqüentemente, na pintura e na escultura, oferecendo motivos
de ornamentação.
Dêsse modo, procuram os dirigentes do Sionismo infundir
o espírito judaico aos novos habitantes da Palestina.

Dadas, porém, as grandes dificuldades a que já aludimos:


pobreza natural de região e a resistência dos árabes à penetração
hebraica, muitos judeus procuram estabelecer-se em outros paí­
ses c grandes levas de imigrantes dirigem-se à Rússia dos Sovie­
tes, tentando a fundação de uma república judaica-Biro-Bidjan.
(N ota II).
São os territorialistas, que procuram obter a autonomia local,
no seio dos países da dispersão..
Aos territorialistas a América do Sul, especialmente o Bra­
sil, se lhes afigura como uma nova terra da Promissão. Eis por
que tantas e tão numerosas levas de judeus aportam às nossas
plagas cristãs e procuram um lugar ao sol na Terra de Santa-
Cruz.

A-pesar-do apôio econômico, fornecido pelos banqueiros in­


ternacionais, a despeito da atitude benévola do govèrno de S. M.
o rei da Inglaterra, três grandes obstáculos detêm a marcha do
movimento sionista e ameaçam o futuro da colonização judaica
na Palestina.

NOTA II — Aduziremos aqui breves Informações eóbre a coloniza­


ção judaica de vaeto trecho do território russo, de acôrdo com as re­
soluções da Comissão Centrai Executiva da União-Soviétfea, em 1928.
Birobidjan, de que tanto se tem falado, nesses últimos tempos, não
é um nome geográfico, mas uma simples designação administrativa,
fiaee têrmo forma-se da combinação dos nomes de dois doe afluente»,
do rio Amour, Biro e Bidjen. A administração tzarista dava a êsse
território o nome de Khabarovsk; o nome de Birobidjan lhe foi dado
quando da resolução da entrega do mesmo a colonos de origem ju­
daica.
O Birobidjan, que é maior que a Bélgica e a república soviética
alemã do Volga, tem a superfície de 3.862.682 hetares, da qual cêrca
da metade está coberta de florestas.
(Ver Otto Heller — La Fin du JudaUme — Pág. 256 e sege.)
I — Q J.
66 J. C A B R A L

Enumeremo-los: em primeiro lugar, cumpre citar os árabes


muçulmanos, que não parecem dispostos à cessão pacifica de
terras que ocupam e possuem, há vários séculos. Não permitirão,
sem resistência heróica e tenaz, que a religião de Moisés ocupe o
lugar do Alcorão.
Em segundo lugar, os cristãos do mundo inteiro, os católi­
cos principalmente, não podem vêr sem profunda intranqüilidade,
que os Santos lugares passem às mãos dos descendentes dos cruci-
ficadores de Jesús.
Em ultimo lugar, os judeus palestianos — os haluzim —
ou pioneiros da restauração material do lar ( hotne) judeu, não
se conformam, facilmente, que adventícios de tôdas as partes do
mundo venham desfrutar de um pouco de bem-estar material,
obtido à custa de longos anos de sacrifícios ingentes.
Diante dessa situação interna, que apenas esboçamos, não
admira que tantos e tão frequentes tumultos e tão constantes re­
beliões estalem nesses lugares confiados ao mandato britânico.
Mantendo numerosas e aguerridas tropas e seguindo uma políti­
ca de apaziguamento dos ódios de raça, vai a Inglaterra dando
conta da missão que lhe foi cometida pela Sociedade das Nações.
VII

j u d a ís m o e in t e r n a c io n a l is m o

"A mesma inclinação psicológica, a mesma


atividade. ■natural do instinto, levam os judeus
a duas direções, que são dois contrastes: o
banco c a célula revolucionária, e êle serve ao
internacionalismo capitalista, sendo banqueiro,
e serve ao internacionalismo proletário, sendo
agitador comunista. Esta contradição inverosí-
mil encerra, afinal, impulsos de uma unidade
psicológica absoluta
(A fonso Arinos de Melo Franco — “Pre­
paração ao Nacionalismo'’ — Pág. 46.)
A humanidade, no vasto percurso dos séculos, experimenta,
de quando em qtiando, crises profundas e abalos tremendos, que
põem em perigo tôdas as conquistas sociais e ameaçam, funda­
mentalmente, tudo quanto o trabalho pacífico e construtor produ­
ziu de bom, de justo e de sábio.
A filosofia da história, no pesquisar lento e coordenado dos
arquivos dos tempos, investiga as causas dos males políticos e
das doenças morais, que afligem os povos e torturam as gentes.
Pensadores esclarecidos, após locubrações demoradas e in­
vestigações exhaustivas, firmam diagnósticos seguros e assentam
conclusões irrefutáveis sôbre a marcha dos acontecimentos, que
marcam as épocas da história da humanidade e dividem os ciclos
das civilizações.
Do mesmo modo que os fenômenos da natureza e a sucessão
das estações não deixam de alterar o orbe terráqueo e modificam
o fácies do nosso planeta, imprimindo-lhe caraterísticas mais ou
menos profundas, assim também as convulsões políticas e as
transformações sociais alteram o ritmo da vida peculiar à nossa
espécie. E ’ assim que nascem, engrandecem e sucumbem os im­
périos, as raças e as civilizações.. . E ’ êsse o imperativo de nossa
existência, no tempo e no meio em que vivemos.
A vaidade natural e o amor próprio levam o homem a exa­
gerar a importância da época em que vive, fazendo-o julgar-se
espectador de acontecimentos de transcendental importância. Da­
qui o aparecimento, em todos os tempos, de arautos que anunciam
o fim do mundo e entoam lamentações sôbre a ruína da humani­
dade.
Tôdas as quadras da história, todos os quartéis dos séculos
tiveram suas crises e apresentaram seus problemas; uns estrita­
mente ligados à condição própria de cada período da vida huma­
na, outros de ordem geral e pertencentes, por assim dizer, ao de­
senvolvimento e à evolução do mundo.
A rapidez espantosa com que se divulgam as comunicações
70 J. C A B R A L

e se propagam as notícias não permite que haja o isolamento mo­


ral, que separe os povos uns dos outros. Nas eras de antanho as
calamidades públicas podiam afligir uma região e atormentar um
povo, sem que êsse fato se refletisse na vida normal de outras
regiões e de outros povos. As ferrovias transcontinentais, a na­
vegação transoceânica, os cabos submarinos c, mais que isso, a
aviação e o rádio encurtaram e quase eliminaram as distâncias,
pondo em contacto quase imediato os povos mais distanciados
da terra.
Nas florestas da Ásia, nos sertões da África, nas brenhas
da América e nas ilhas perdidas da Oceania, pode o homem ci­
vilizado acompanhar as oscilações da bolsa de Londres, as notas
elegantes de Paris, as especulações cientificas de Berlim e as
novidades excêntricas de Nova York. Não é de admirar, pois,
que tais conquistas do progresso e da técnica acelerem, espantosa­
mente, a circulação do pensamento.
Faz pouco tempo, os jornais publicaram um telegrama da
Europa, noticiando que as autoridades lituanas haviam proibido,
sob penas severas, aos alemães de Memel a audição de programas
de rádio transmitidos pelas estações do Reich. ( l )
Êsse fato, que poderá ter passado despercebido, no vasto
noticiário da nossa imprensa, indica que as fronteiras das nações
não evitam o contágio das idéias e a propaganda política.
Eis a razão pela qual a queda de uma ditadura, na Europa,
poderá despertar pruridos nacionalistas nos domínios ultramari­
nos das grandes potências. Geralmente uma greve na Austrália
ou uma agitação operária na África-do-Sul ocasiona oscilações
cambiais e baixas dos fundos públicos, nas metrópoles civilizadas,
perturbando a vida econômica dos povos.
"A evolução da humanidade, como já disse um filósofo, é
comparável à espiral, cujas curvas se sobrepõem sempre, mas em
planos cada vez mais elevados. Também os problemas históricos
se repetem em fases cíclicas, mas os planos espirituais em que
elas atuam variam a cada retorno”. ( 2).
Efetivamente, como afirma um escritor patrício, os proble­
mas históricos, que dificultam a vida da humanidade, reaparecem,
periodicamente, mas o plano espiritual não é o mesmo, varia com

(1) Setembro de 1934.


(2) Afoneo ATinos de flíeJo Franco — “Introdução ú Realidade
Brasileira” — Pág. 192.
A QUESTÃO JUDAICA 71

o andar dos tempos. Daí, a cada período e em cada meio, as so­


luções dos problemas históricos estarem condicionadas ao ciclo
em que se desenrolam os acontecimentos.
Na procura de remédios, que atenuem as crises contemporâ­
neas e curem o mal social da quadra hodierna, cumpre não es­
quecer a necessidade que há da visão, em conjunto, das condi­
ções de vida, em pleno século X X . Sem isso, as mais generosas
iniciativas e os mais alevantados planos redundarão em absoluta
esterilidade quanto aos resultados práticos.

Na época atual, dois grandes sentimentos dividem os povos


e disputam a primazia no seio das nações: o nacionalismo violento
e o internacionalismo anárquico.
A exaltação dos sentimentos patrióticos ocasiona desenten­
dimentos, verdadeiramente trágicos, que cavam abismos intrans­
poníveis entre as diversas nacionalidades. Daqui as corridas ar-
mamentistas, as alianças militares e os pactos de nlo-agressão,
que preparam para o futuro novas catástrofes, iguais ou maiores
que a Grande Guerra de 1914. Todos aqueles que conhecem, ao
menos superficialmente, os intrincados problemas da Europa e
do Extremo Oriente, inquietam-se muito aeêrea do futuro da ci­
vilização e da cultura da humanidade.
Isso porque o nacionalismo de um povo consiste em odiar o
seu vizinho, atribuindo-lhe sinistros projetos de vingança e des­
forra, sem que haja lugar para um entendimento leal e franco.
Paralelamente ao nacionalismo, outro sentimento desperta a
posse das massas: o internacionalismo.
O internacionalismo quer derribar as políticas fronteiras, que
separam os povos, trabalha em prol de uma aliança universal das
classes sociais, com o sacrifício da idéia de pátria.
Ante a solidariedade de classe devem desaparecer as tradi­
ções regionais, a raça, a comunidade dc língua, a religião, os in­
teresses culturais e o patrimônio de glórias do passado.
O internacionalismo não pretende a aproximação cultural e
a união espiritual dos povos, como a que a Igreja realizou na
Idade-Média, no X III século, principalmente. Nada disso. O in­
ternacionalismo é, de si mesmo, uma doutrina política que se apoia
na violência, que deve assegurar o predomínio de uma classe so­
bre tòdas as outras, que serão implacavelmente, sacrificadas.
72 J. C A B R A L

Ambos estes sentimentos, nacionalismo extremado e inter-


nacionalismo anárquico, são condenáveis. Se o nacionalismo ex ­
clusivista constitue motivo de perturbação da paz entre os povos,
o internacionalismo anárquico torna-se um perigo geral, para to­
dos, uma vez que êle atenta contra a soberania das nações e contra
a liberdade dos indivíduos.
Entre estes dois extremismos, a religião católica mostra o
justo meio, estabelece os princípios da fraternidade universal e
firma o conceito cristão de pátria.
O internacionalismo é duplice: capitalista e proletário. ( 3)
O internacionalismo capitalista é nada mais e nada menos
que a ditadura que os agrupamentos financeiros exercem sôbre
o mundo, por meio da circulação das riquezas, da prestação de
serviços públicos e da balança internacional de compras.
O internacionalismo capitalista trouxe em resultado a deplo­
rável desordem econômica, cujos efeitos se fazem sentir tão du­
ramente em nossos dias. Ao lado de formidável concentração de
quase todo o ouro do mundo nas mãos de poucos magnatas das
indústrias e dos bancos, temos classes populares e trabalhadoras.
Milhões e milhões de operários sem trabalho; milhares de fábri­
cas e fazendas que cessaram a sua atividade produtiva; alfânde­
gas e armazéns abarrotados de mercadorias de tôda espécie e os
navios surtos nos portos, porque a diminuição do volume das
trocas internacionais não permite a continuação do intercâmbio
ordinário. Incineram-se, enterram-se ou deitam-se ao mar gene-
ros de primeira necessidade, a-fim-de o poder público manter
valorizações artificiais, enquanto que populações inteiras vivem
na penúria, faltando-lhes o indispensável à própria subsistência...
Chegamos à situação paradoxal de haver maior miséria na época
de maior florescimento econômico, de maior exploração das ri­
quezas naturais, de mais dilatada expansão comercial. Os fatos
são dos nossos dias e dispensam narrações pormenorizadas.
O internacionalismo capitalista, na ânsia perene de auferir
lucros fantásticos, colocou a humanidade à beira de um abismo ca-
]>az de tragar tôda a obra que a civilização construiu no decurso
dos séculos de trabalho paciente.
O internacionalismo proletário é a solidariedade fraternal
dos operários de todos os países contra o jugo do capital. Prole­
tários do mundo inteiro, uní-vos! (M arx.)

(3) Afonso Ari no* de Melo Franco — Livro citado —- Pág. 201.
A primeira forma de internacionalismo (capitalista) alimen­
ta-se da sêde do ouro; a segunda (a forma proletária) vive do
ódio de classe.
O internacionalismo proletário consiste na luta de vida ou
morte entre patrões e operários, burgueses e assalariados de tô-
da espécie.
Na luta em prol da conquista do poder, no intuito de im­
plantar o Estado Proletário sôbre as ruínas do Estado Burguês,
o internacionalismo proletário não recua no emprêgo de todos os
meios possíveis; daí o inferno das greves constantes, dos atenta­
dos terroristas e das agitações operárias. E tudo isso, tôda essa
longa série de perturbações públicas deve preparar o advento da
ditadura do proletariado, isto é, a bolchevização do mundo.
O desenvolvimento pleno e a etapa final do internacionalis­
mo proletário consistem na ruína da civilização liodierna, que de­
verá ceder seu lugar à ditadura da classe operária sôbre tôdas as
demais camadas em que se divide a coletividade humana.
Tôdas as conquistas da democracia, tôdas as liberdades po­
líticas, todos os direitos civis devem desaparecer ante a realidade
brutal de um fato: todo poder à classe operária, por intermédio
de seus delegados ou representantes.

O estudo mais sério e aprofundado das diversas manifesta­


ções do internacionalismo revela algo de particular acerca das fon­
tes dêste sentimento tão forte e tão ativo.
As origens judaicas do internacionalismo são evidentes e
sua verificação não oferece grande trabalho.
Os judeus são, em nossos dias, os donos de quase todo ouro
do mundo; de suas mãos sai e a elas retorna o precioso metal.
As crise9 econômicas, as guerras calamitosas, as perturbações fi­
nanceiras estão ligadas, estreitamente, aos altos e inconfessáveis
interesses de grandes firmas ju d aicas...
As grandes revoluções, que transformaram a face política,
e social dos povos, as agitações populares, que preparam a queda
dos governos, são também, na maioria dos casos, obras do judaís­
mo, que quer avassalar o mundo e tornar suas tributárias as na­
ções . . .
74 J. C A B R A L

Nos cimos da montanha, em que assenta o capitalismo, e no


razo da planície, onde o proletariado vive, o judaísmo faz sentir
suas influências onímodas, respeitadas, quase sempre, as conve­
niências de tempo e lugar.
A diáspora, que se prolonga há dois mil anos, plenos de so­
frimentos e humilhações, não conseguiu ainda arrancar ao cora­
ção dos judeus a esperança profética de submeter todos os povos
do mundo ao jugo de Israel. Êsse ideal messiânico sustenta o
moral de uma nação sem território e sem armas, que, a despeito
de tudo e de todos, aspira conquistar o mundo.
“ Daí, escreve Afonso Arinos de Melo Franco, a inclinação
invencível do judeu para o capitalismo ou para o socialismo inter­
nacional) stas. O dinheiro não tem pátria. A classe não tem pátria.
Portanto, o judeu argentário estará ao serviço da alta finança
internacional, e o judeu messiânico aderirá, irresistivelmente, à
mística da salvação do mundo pela ação internacional do proleta­
riado. A mesma inclinação psicológica, a mesma atividade natu­
ral do instinto, levam o« judeus a duas direções, que são dois con­
trastes : o banco e a célula revolucionária, e êle serve ao interna-
cionalismo capitalista, sendo banqueiro, e serve ao internacionalis-
mo proletário sendo agitador comunista. Esta contradição inve-
rosímil eneerra, afinal, impulsos1 de uma unidade psicológica ab­
soluta.” (*)
Assim se explica haver judeus marxistas, milionários e pro­
letários. Todos servem, a seu rnode», à causa do internacionalismo.

(4) Afonso Arinoe de Melo Franco — "Preparação ao Naciona­


lismo'’ — Pág. 46.
O TALM UD E A R ELIG IÃ O DE ISR A EL

"A Vétude de la race il faut ajoutor eelle de


la religion, car, dans le juddisme, les deux sont in-
sêparables.”
(Léon de Poncins — Les Juifs, maltres du
Monde — Pág. 15.)
A religião dos ju d e u s... estas palavras evocam, mui natu­
ralmente, tudo que, em nossa infância, lemos nas histórias bíbli­
cas acérca da religião do povo de Deus. A vocação de Abraão,
o cativeiro no Egito, a Terra da Promissão, os reinos de Judá e
Israel, o Templo de Jerusalém e tudo quanto diz respeito à his­
tória dessa raça única e singular.
Cremos, geralmente, que nas sinagogas modernas há fiéis
que praticam e observam as determinações da I.ei Antiga da Lei
de M o is é s ... cremos que os judeus seguem a mesma religião e
professam os mesmos dogmas que os cristãos, exceto, é claro,
tudo que foi promulgado no Novo-Testamento. E ’ essa a ilusão
de muitos, de todos que não penetraram o sentido e o valor da
questão judaica.
Para se formar um juizo seguro e esclarecido de tudo que
se relaciona com a vida dos modernos judeus, devemos procurar
informações e esclarecimentos no Talmud, ou doutrina, isto é,
na compilação das tradições orais, que os rabinos, doutores «ju­
daicos, transmitiam aos fiéis, nas sinagogas.
Foram os rabinos que fizeram, sob o nome de Tabnud ou
doutrina, uma compilação das suas tradições orais.
H á dois Talmuds: o primeiro é o de Jerusalém, também
chamado da Palestina, principiado no reinado de Adriano; o se­
gundo é o Babilônio, composto duzentos anos depois do primeiro.
Ambos se compõem de duas partes; a MiscJina ou segunda
lei, que é o texto, e o Ghcmara ou Yhémara, que significa com­
plemento, e é o comentário.
A M ischm do Talmud de Jerusalém é obra do rabino Judas
Haccadosc.h; o Ghémara é composição de alguns rabinos, que
viveram depois dêle.
Esta primeira compilação é muito obscura e pouco estimada
dos judeus.
O segundo Talmud, o de Babilônia, foi redigido por vários
78 J. C A B R A L

rabinos, que se haviam retirado para essa cidade, onde, durante


alguns séculos, se ensinou púbhcamente a sua doutrina.
Essas duas compilações doutrinárias perfazem doze volumes
infólio, escritos numa algaravia tirada de diversas línguas. O fim
dessa obra era obscurecer o verdadeiro sentido das profecias re­
ferentes a Jesús-Cristo.
E ’ verdade que, nesses livros, encontram-se algumas passa­
gens favoráveis à religião cristã, mas, conforme observa Kohr-
bacher, o que lá se encontra, principalmente, é um grande núme­
ro de fábulas, de quimeras e puerilidades, semelhantes às dos
gnósticos e dos pagãos, quanto ao cinismo e aos disparates.
De par com as tradições genuinamente judaicas, encontra-se
nesses livros estranha confusão da magia dos Caldeus e da teur-
gia da Cabala; há contradições flagrantes e obscuridades impene­
tráveis.
“ Leiam o verdadeiro Talmud, diz Mansseaux, e à vista das
iniqüidades e dos atos repugnantes, que a lei talmúdica autoriza,
verão que, sem razão, se acusam de cruéis os príncipes cristãos
e os Papas, guardas da civilização, os quais mandavam queimar
o Talmud, e condenavam os seus sectários a trazer, sôbre o ves­
tuário, um sinal distintivo.”
Outro autor de nomeada assim se exprime sôbre a doutrina
dos rabinos:
“ O Talmud de Babilônia, diz Prideaux, é o alcorão dos ju­
deus; êles o põem acima da lei mosaica e nêle bebem tôda a sua
ciência, crença e religião.”
O Ghémara, sobretudo, que contém os comentários que os
rabinos fizeram até o sec. 16.°, é que é o verdadeiro Talmud.

Assinalamos, em vários pontos deste nosso trabalho, o es­


pírito anticristão, que anima os descendentes de Judá. Não é que
o israelita seja anticristão e perverso intrinsecamente e por na­
tureza infenso à idéia religiosa. Se o judeu se tornou implacável
inimigo do cristianismo, em geral, e do catolicismo, em particular,
deve-se isso ao espírito farisaico, que os rabinos inocularam no
cérebro daqueles que, outrora, constituíram o povo eleito de Deus.
A religião talmúdica é, essencialmente, materialista, gera só­
mente negociantes e revolucionários.
Poncins escreveu sôbre a religião dos judeus:
A QUESTÃO JUDAICA 79

"E ’ essencialmente terrestre, porque não crê na vida futura


e promete a bem-aventurança na terra, originando, logicamente,
um materialismo desentreado e o culto do ouro, único criador dos
gozos materiais.
E ’ exclusiva.
Ao exclusivismo uhe-se o messianismo, que dêle deriva, em
grande parte: lahve promete aos homens a felicidade na terra,
pela liberdade, pela igualdade e pela justiça e — ponto capital —
os judeus julgam-se incumbidos da missão de instaurar, neste
mundo, essa era de perfeita felicidade, sonho messiânico, que os
torna essencialmente revoltados.” (*)
A fôrça das tradições farisaicas, contidas nas páginas tal-
múdicas, consagrou, detinitivamente, a hostilidade dos judeus,
durante os séculos, contra a religião cristã.
A seita farisaica, qne levou perto de mil anos na elaboração
do Talmud, não poupou esforços em exaltar êsse livro, cujo va­
lor e cuja autoridade foram colocados acima da Bíblia Sagrada
e do próprio Deus.
Citaremos, aqui, algumas passagens talmúdicas, que demons­
tram as pretensões de infalibilidade e de supremacia alimentadas
pelos compiladores da doutrina.
Lemos no Talmud: “A Bíblia assemelha-se à água, a Misch-
na ao vinho, a Ghémara ao vinho aromático. Assim como o mun­
do não pode existir sem a água, sem o vinho e sem o vinho aro­
mático, assim também o mundo não pode subsistir sem a Biblia,
sem a Mischna e sem G hém ara...
“ Aqueles que estudam a Bíblia praticam uma coisa que pode
ser ou não ser uma virtude; aqueles que estudam a Mischna
praticam uma virtude e serão recompensados; mas aqueles que
estudam a Ghémara praticam a mais alta virtude.
“ Se o homem passar das sentenças de Talmud para a Bí­
blia, não terá mais felicidade.’’
“ As palavras dos escritores do Talmud são mais graves do
que as da Lei”.
“ Os pecados contra o Talmud são mais graves do que os
cometidos contra a Bíblia.”
“ Não se deve ter relações com aquele que tem nas mãos a
Bíblia e não o Talmud.”

(1) Léon d« Poneins — “As Tôrças ssorstas 4a Revolução’’


— Pftf. «11.
80 J. C A B K AL

“ Meu filho, presta mais atenção às palavras da Lei.”


“ Aquele que lê a Bíblia sem a Misehna e sem Ghémara é
semelhante a quem não tem Deus.”
Com o intuito evidente de fundamentaras própria excelên­
cia e superioridade, o ensino tradicional^■■■feMleus afirma que
Deus, no monte Sinai, deu a Moisés asfernbulürda Lei é o Tal-
mud, mas que êste, mais precioso, devia sir con«rvad^B ^ m ente,
para que os povos idólatras não tivesfem cntle atmheSinento
no caso de Israel ser por êles vencido. F X I
A tradição farisaica não se limita sônienfe a divinizar o
Talmud, diviniza também todo corpo rabínicTVuo qual se tribute
uma verdadeira adoração. *
H á textos que chegam a fazer as seguintes afirmações:
“ Aquele que despreza as palavras dos rabinos é digno de
morte.”
“ E' preciso saber que as palavras dos rabinos são mais sua­
ves do que as doà profetas.” “ As palavras dos rabinos são as
palavras de.ÍDeus vivo,”
Um comentador talmúdifco houve que teve a audácia sacrí­
lega de afirmar que sempre que no Céu se discutiu uma questão
grave relativa à Lei, Deus desceu à terra para consultar os ra­
binos!
* Fato notável e característico :as duas grandes correntes mo­
dernas do judaísmo — a conservadora e a reformadora — corisi- .1
deram a doutrina e a moral do Talmud como a base educativa dos#
judeus. Ambas essas correntes acatam a sublime autoridade de**
sa obra e a consideram como seu código.

Rápido estudo e perfuntória análise da moral talmúdica pro­


jetam grande luz sôbre a questão judaica e fazem penetrar o
sentido do anticristianismo, que anima êsse povo proscrito.
A moral do Talmud repousa sôbre uma distinção essencial
e fundamental estabelecida entre o judeu e o não-judeu. O não-
judeu, qualquer que seja sua religião e sua raça, é denominado
goi, no singular; goim, no plural. Judeu e não-judeu são criatu­
ras de natureza diferente; o judeu saiu da própria substância de
D eu s; o goi saiu da substância do demônio.
Admitida semelhante distinção, como base de um sistema de
A QUESTÃO JUDAICA 81

moral, fácil é chegar às maiores aberrações na ordem prática e


nas relações sociais.
Ensinam todos os rabinos talmúdicos que os goim possuem
apenas a natureza^úmal. I>êsse modo não admira que, em mui­
tas passagens, « M W ^ d e u s sejam comparados aos cães, aos
asnos, aos porcos.jfc issoaião é dito à maneira de insulto ou mal­
dição, jf^SM m .»w m o ensinamento ou afirmação doutrinária.
\m textçp t í i claros, que não oferecem margem à duvidosas
intcrpnetagõ^. Criaremos duas passagens:
<"Vos oqjros*jilf?èus, sois homens, mas os outros povos não
são homens, pois-que as suas almas vêm do espírito impuro, en­
quanto que as almas dos judeus provêm do santo espírito de
Deus.” ' ,
‘‘Só os judeus devem ser chamados homens, mas os goim,
em virtude de procederem' do espírito impuro, só têm direito ao
nome de porcos.”
Segutldo os fariseus do Talmud, o qualificativo de próximo
só se deve aplicar nas relações entre os .judeus; consideram má
interpretação da lei de M oisés a aplicação a todos os homens dos
preceitos de justiça e dé bondade, impostos pelo grande legislador
hebretr, dada a diferença de natureza que existe entre os habi­
tantes da terra.
!S'c que respeita à vida e aos bens, os deveres dos judeus
í^ira com os goim não são diferentes dos que obrigam relativa-
ntente ao$ animais. Debaixo de certos pontos de vista, os não-
judeus se acham em condições piores do que os irracionais, pois
a cilera de Deus não cai sôbre os brutos, ao passo que “o ódio
de jlhová pesa sõbre os goim.”
As consequências práticas dêsse princípio de moral podem
ir muito longe. Se Deus odeia os goim, estes são merecedores de
todos os castigos e podem ser impunemente seviciados, pois não
é p«niytido amar o que e objeto da cólera de Deus. Porisso, no
Talmud, se proíbe dar esmolas c prestar auxílios aos não-judeus,
como também compadecer-se de seus sofrimentos e misérias.
Mesmo quando praticam o bem e fazem a caridade os goim de-
.vcm ser abominados, pois a vaidade é móvel dessas ações boas.
Permite o Talmud que, quando fôr necessário, os judeus,
fingidamente, prestem homenagens ou demonstrem estima ou
amizade aos goim; fora dèsses casos, nada de respeito ou ami­
zade para com os não pertencentes à raça eleita.
82 J. C A B R A L

Os rabinos talmúdicos não se contentaram com indicações


gerais, mas desceram a aplicações para os casos particulares.
Os goim não têm direito a vida nem à posse dos bens mate­
riais; o judeu pode dispor da existência e da fortuna dos nào-
judeus, como de uma cousa que lhe pertence e que pode alienar ou
destruir, conforme as circunstâncias. Isso porque, segundo a B í­
blia, os bens foram dados por Deus aos honjens, mas os goim
não são hom ens; daqui se conclue que somente os judeua. são os
possuidores exclusivos dos bens materiais; os goitn sào meros
usurpadores.
üm texto talmúdico prescreve:
“ A propriedade de um não-judeu é como uma cousa aban­
donada; o seu verdadeiro possuidor é o judeu que primeiro dela
se apoderar.” E a razão e a justiça dêsse proceder é que “ Deus
legou aos judeus o poder sóbre a fortuna e sòbre a vida de todos
os povos.”
Em matéria de justiça o Talmud encerra prescrições dignas
de registo. (
O roubo só é proibido se fôr cometido pelo não-judeu ; nesse
caso, por menor que seja a cousa roubada, pode aplicar-se a pena
de morte. Mas se o judeu rouba ao goi, não há pecado, pois o
judeu não fêz mais que se apropriar do que de direito, lhe per­
tencia. ü judeu só será acusado de roubo quando roubar a outro
judeu.
Há especificações interessantes:
“ Se o boi de um judeu, diz o Talmud, fere o boi de um goi,
o judeu nada sofrerá; mas se o boi de um goi fizer mal ao boi
de um judeu, o goi deverá pagar ao judeu todo o prejuízo, por­
que Deus mediu a terra e entregou os goim a Israel.”

A usura dos judeus é clássica.


T. Sayce, historiador inglês em seu livro sóbre as rocas do
Antigo Testamicnto, escreveu estas palavras:
“ Bastava o judeu se ausentar da Palestina, por exemplo,
pelo cativeiro de Babilônia ou pela destruição de Jerusalém pelos
romanos, para que a população aborígene, desoprimida, aumen­
tasse”.
Poderiamos multiplicar citações autorizadas; deixamos de
faacr, pois, se trata de cousa assás conhecida. A usura, que os
A QUESTÃO JUDAICA 83

judeus exercem contra os cristãos, usura que, não raro constitue


verdadeiro assalto à íortuna particular, é o processo indireto de
por em prática o preceito talmúdico, que ordena despojar os
goim dos bens que possuem. E o livro da doutrina chega a afir­
mar, tratando-se dos não-judeus: "Se a sua vida está na tua
mão, ó judeu, com mais forte razão seu dinheiro.”
Graças à usura, universal e constantemente exercida contra
todos os povos, os judeus chegaram, em nossos dias, a deter em
suas mãos de agiotas, quase todo o ouro do mundo. Cobrando
juros extorsivos, através de muitos séculos, conseguiram carrear
para seus cofres a fortuna de outras raças, que, de boa fé, ne­
gociaram com prestamistas e banqueiros judeus.
O Talmud recomenda tòda espécie de fraudes e de roubo
contra os goim e d iz:
‘‘Tens o direito de enganar um goi e cobrar dêle com usu­
ra, mas quando venderes alguma cousa ao teu próximo ou se lhe
comprares alguma cousa, não enganarás teu irmão.”
Em qualquer parte que um judeu exerça alguma autorida­
de, deverá a mesma ser posta ao serviço de Israel, na defesa de
seus irmãos de crença, pois o livro dos rabinos prescreve:
“ Se um judeu tem um processo contra um não-judeu, dareis
sentença a favor de nosso irmão e_direis ao estrangeiro: Assim
o quer a nossa le i! Se as leis do país são favoráveis aos judeus,
dareis ainda sentença a favor de vosso irmão e direis ao estran­
geiro: Assim o quer a vossa lei!
Mas quando não exista nenhum dêsses casos, é preciso afli­
gir o estrangeiro com intrigas até que o judeu ganhe a causa.”
Daqui se infere a justiça e a sabedoria das leis de certos
paises que, na antiguidade vedavam aos judeus 'o exercício de
funções jurídicas e administrativas.
Em Portugal, nas Cortes de 1481, os procuradores dos con­
selhos protestavam contra a ousadia de alfaiates, sapateiros e
mais mestrerais da grei judaica, que tentavam seduzir-lhes as
filhas e as mulheres.
“ O horror à Justiça, que ainda hoje perdura em pessoas
humildes da Província, diz Mário Saa, teve outrogsim as suas
origens nas exações dos cristãos-novos, ou dos de nação, como
então se dizia” ( 2)3

(3) Máíio Ssa — “A i w a M o a » s J u i e u s " — Pás. 74.


84 J. C A B R A L

A Alemanha nacional-socialista quer desbancar os judeus,


que tentaram dominar e explorar as populações do império. E ’ o
, velho hábito dêsse povo.
J. L. de Azevedo, em sua história dos cristãos novos de
Portugal, diz-nos o seguinte:
“ Em Espaaha, no tempo dos árabes, quando o famoso Sa­
muel Levy e José, seu filho, foram vizires em Granada, não tem
limites a indignação do povo. Um e outro distribuíam por seus
correligionários os postos principais.
Dividiam entre si a capital e as províncias — dizia uma sá­
tira contemporânea — e em tôda a parte mandava um désses
malditos. Um historiador dos Califas aponta que os judeus se
cevavam nos crentes como o leão em animal indefeso.” (*)
A Idade-Média apresenta casos semelhantes, verificados em
tôdas as partes da Europa, onde existiam grandes agrupamentos
de judeus.
Segundo a nefanda moral talmúdica, as leis sagradas,y que
regem o matrimônio, a fidelidade conjugal, a castidade e a vir­
gindade, essas leis sôbre que repousa a moral cristã só se aplicam
e só têm valor entre os judeus, os cristãos, que não participam da
natureza humana, não gozam do amparo das leis que protegem
a santidade da familia.
Concebe-se, facilmente, quantas torpezas e infâmias sancio­
nam semelhantes princípios de m o r a l!...
Os doutores talmudistas chegam até a aprovar a simulação
da apostasia e fingido ingresso no cristianismo, quando as cir­
cunstâncias o exigem ou aconselham.
Em fins do século X V , os judeus do sul da França viram-se
a braços com as autoridades, que procuravam reprimir e castigar
as audácias dos israelitas. Em tal emergência, dirigiram-se ao
Sinédrio, que então funcionava em Consítantinopla. Em 1489, os
doutores de Bizâncio mandaram aos seus irmãos de Aries as se­
guintes recomendações:
“ Muito amados irmãos em Moisés, recebemos a vossa carta
em que nos dais a conhecer as ansiedades e os infortúnios que
sofreis. Fomos penetrados de uma tal grande pena como vós
mesmos.*

(3) J. Lúcio DtAzeredo — “História aos Cristâos-Novos Por-


* * J» M * S " — P t g . ÍO.
A OUESTAO JUDAICA 85

A opinião dos grandes sátrapas e rabinos é a seguinte:


Dizeis que o rei de França vos obriga a fazer-vos cristãos:
fazei isso, visto não poderdes fazer de outro modo, mas que a
lei de Moisés se conserve em vosso coração.
Dizeis que vos ordenam despojar-vos dos vossos bens; fa­
zei dos vossos filhos comerciantes, a-fim-de que, pouco a pouco,
êles despojem os cristãos dos seus.
Dizeis que atentam contra as vossas vidas: fazei os vossos
filhos médicos e boticários, a-fim-de que êles tirem aos cristãos
as suas vidas.
Dizeis que êles deslroem as vossas sinagogas: fazei os vos­
sos filhos cônegos e clérigos, a-fim-de que êles destruam as suas
igrejas.
Dizeis que êles vos fazem muitas outras vexações: fazei de
maneira que vossos filhos sejam advogados e notários e que êles
se introduzam nos negócios dos Estados, a-fim-de que, colocando
os cristãos sob o vosso jugo, domineis o mundo e possais vingar-
vos dêles.
Não vos desvieis desta ordem, que vos damos, porque vereis
que, de humilhados que estais, chegareis ao fastígio do poder.”
A vigilância e a energia dos governos cristãos impediram que
se realizasse êste programa nefando de domínio sôbre o mundo
antigo, mas, quando estudamos a influência judaica sôbre o mun­
do moderno, chegamos à conclusão de que os conselhos dos sine-
dritas de Constantinopla não deixaram de ser respeitados e se­
guidos.
O documento supra mencionado, Mons. Landrieux, bispo de
Dijon, publicou-o em um de seus livros. (*)

Dos primeiros tempos do cristianismo aos nossos dias, a Si­


nagoga não cessa de combater a Igreja de Deus. As perseguições
dos imperadores romanos, quando tentavam apagar o nome cris­
tão, foram planejadas e forjadas pelos judeus, conforme atestam
os antigos Padres da Igreja.
S. Justino, por exemplo, dizia, referindo-se aos israelitas:

(4 ) Ver “História dos Cristdos-Novos Fort «flues es", — de J.


Lúcio d’Azevedo — Apêndice, n.° 10.
80 J. C A B R A L

“ Os pagãos são menos culpados do que vós, judeus;


sois vós os autores dos seus preconceitos a nosso respeito.. . En­
viastes para o mundo inteiro emissários cuidadosamente escolhi­
dos, que espalharam contra nós estas calúnias ainda repetidas por
todos aqueles que não nos conhecem.” E em outra passagem o
mesmo santo doutor acrescentava êste pormenor:
“ Fizestes saber, em todos os países, que um certo Jesús de
Galiléia fundara uma seita impia e que ensinara abominações a
seus discípulos; e repetis todos os dias, a quem quer ouvir-vos,
que continuamos a praticá-las.”
A tática remonta à antigüidade dos séculos cristãos, mas,
ainda hoje, vem sendo posta em prática contra a Igreja; na Ida-
de-Média, bem como nos tempos modernos, os judeus não cessam
de combater, por todos os meios ao seu alcance, o cristianismo e
os cristãos, em geral, e o catolicismo e os católicos, em particular.
O bolchevismo russo, cujas façanhas enchem de horror o
mundo civilizado, é a prática c a execussão da moral talmúdica.
IX

OS JUD EUS E AS REVO LU ÇÕ ES

. . . Dispersés et réduits depuis deux tnille


aHS à 1’impuissanee, les Juifs ont toujours
étê d’amers révoltés; aussi les trouvons-nous
m?lés à toutes les révolutions modernes dont
ils sont un des élêments les plus actifs”.
(Léon de Poncins — “Les Juifs, Mai-
tres du Monde” — Pag. 29).
4
N o estudo da história humana aparecem, de quando em
vez, agitações mais ou menos profundas, que alteram as con­
dições político-sociais dos povos.
São as revoluções.
O descontentamento popular, motivado pela tirania ou in­
competência dos príncipes, a miséria pública, ocasionada pelas
guerras, fomes e pestes, quando habilmente explorados esses
acontecimentos por espíritos turbulentos, permitem a explosão
das paixões das massas, que, dispostas à punição dos indigita-
dos responsáveis querem castigar os detentores do poder pú­
blico.
Êsses fenômenos se repetem na história das nações e, não
raro, alteram o curso da civilização, imprimindo-lhe alguma
nova característica. Alguns passam sem deixar grandes rastos
e cedo desaparecem da memória dos homens; outros há que
fazem época e tornam-se marcos históricos, assinalando as mu­
tações dos tempos.
No estudo das causas das revoluções, quando se procura
aprofundar bem essa matéria, encontramos o judaísmo como
elemento principal, que prepara essas transformações do
mundo.
E ’ que o judaísmo é por índole revolucionário. E em
prova dessa nossa afirmação, aduziremos os argumentos invo­
cados pelo já citado escritor judeu, Bernard Lazare, em seu
livro Uantiscmitisme. Efetivamente, assim fala o menciona­
do autor, em longo trecho, que vamos transcrever:
“ Fcram sempre descontentes. Não pretendo dizer que te­
nham sido simplesmente insatisfeitos ou opositores sistemáti­
cos de qualquer governo, mas o estado das cousas nunca os
satisfez.
Viveram perpètuamente inquietos, na esperança de um
futuro melhor, que jamais lhes parecem realizado. E, como
90 J. C A B R A L

o seu ideal não é dos que vivem de esperanças — nem tão alto
o situaram — não podiam contentar-se com sonhos ou fantas­
mas ; julgavam ter direito de exigir satisfações imediatas e não
promessas remotas. Eis o móvel da agitação constante dos
judeus.
Os motivos que originaram, entretiveram e perpetuaram
essa agitação, na alma de alguns judeus modernos, não são
causas exteriores, como a tirania efetiva de um príncipe, de
um povo ou de um código severo. São causas internas, que
derivam da própria essência do espírito hebraico. Na idéia
que os israelitas formam de Deus, no seu modo de encarar a
vida e a morte, devemos procurar a razão dos sentimentos de
revolta que os animam."
A citação, que acabamos de fazer, torna-se mais que su­
ficiente à penetração da psicologia revolucionária, que encon­
tramos como incitadora das atividades dos judeus nas pertur­
bações da ordem pública e nas mudanças violentas de governos.
O judeu é essencialmente revolucionário e, porisso, não
deixa de fazer sentir sua influência, sempre que julga oportuno.
Na impossibilidade de fazermos o estudo completo da in­
fluência judaica em tôdas as principais revoluções do mundo
(o que, certamente, ultrapassa o plano e os limites dêste livro)
procuraremos salientar essa mesma inílifência nalgumas das
maiores e mais importantes agitações político-sociais, havidas
nos tempos modernos.

A REVO LUÇÃO FR A N C E SA

Os judeus foram sempre inimigos irreconciliáveis das or­


ganizações monárquicas e dos governos tradicionais e conserva­
dores, que constituem resistência enérgica e constante à ação
revolucionária dos semitas.
A democracia republicana oferece aos judeus as melhores
oportunidades para desenvolverem suas qualidades raciais. Ao
A QUESTÃO JUDAICA »1

passo que as instituições monárquicas e a aristocracia feudal


não favorecem as tendências igualitárias e as atividades febris,
que tanto e tão bem caracterizam o povo judeu.
Daí o trabalho de sapa que êsse povo tem desenvolvido,
no decorrer dos séculos contra os governos presididos por che­
fes vitalícios e hereditários.
Não é de admirar, pois o que nos diz a êsse propósito
Léon de Poncins:
“ O papel dos judeus, na Revolução Francesa de 1789,
foi evidente, mas conhecemos a seu respeito poucas perspecti­
vas: os trezentos maçons da Constituinte lutaram com pertinaz
energia e renovaram quatorze vezes o ataque, a-fim-de conse­
guirem, para os judeus o direito de cidadãos." (D
As circunstâncias político sociais daquela época não per­
mitiam que o judaísmo se manifestasse às escâncaras; daí a
atuação indireta e disfarçada, por intermédio das lojas maçô-
nicas, que as havia por tôda França.
Em Mário Saa encontramos esta afirmação categórica:
“Todos os heróis da Revolução Francesa eram de sangue se-
mita; Robespierre era um judeu alsaciano chamado Ruben, fun­
dador da “ Aliança Israelita"; Danton, judeu polaco, de no­
me Daniel: Marat, filho dum fabricante de banheiras, chama­
do Mosessonh." ( 12)
Mais ainda. O próprio Marat, judeu suíço e natural de
Neufchatel, afirmou, em "Ami du Peuple”, que a maioria dos
assaltantes e tomadores da Bastilha eram alemães, provavelmen­
te judeus alemães.
Na constituição de Robespierre encontramos traços marcan­
tes do espirito internacionalista judaico. Assim é que os ar­
tigos 35 e 37 do citado documento político afirmam que “ aque­
le que oprime uma nação torna-se inimigo de tôdas"; que “o
gênero humano é o senhor da terra” e que “ a natureza é o le­
gislador do universo."
A Revolução Francesa foi a porta pela qual os judeus
conseguiram ingressar na sociedade moderna, por meio da
igualdade de direitos.

(1) Léon de Poncins — “ A s F orças S ecreta s da R evo lu çã o ” —


Pág. 128.
(2) Mário Saa — “ A Invasão dos Judeus” — Pág. 240 e 241.
Ver Gustavo Barroso — “História Secreta do Brasil” — Vol. I —
Cap. XII.
92 J. C A B R A L

II

A REVO LUÇÃO R U S S A

A influência do judaísmo internacionalista na prepara­


ção ao advento do sovietismo e na execução do programa re­
volucionário russo é de tal monta que sentimos verdadeira di­
ficuldade no desenvolver êsse assunto.
Cérebros judeus elaboraram as teorias do-comunismo e ju ­
deus são os principais doutrinadores da nova era e da nova
organização social.
Bernard Lazare, ao tempo da célebre questão Dreyfus,
escreveu, em França, as seguintes palavras:
“ Os judeus são verdadeiramente os inventores da luta de
classes, entre cbionim (ricos) e adavim (pobres). A justiça re­
clama a desaparição da desigualdade.”
Quando estudamos a vida íntima das comunas judaicas,
kahal, vemos que os judeus, dispersos pelo mundo inteiro, pro­
curam constituir uma organização à parte, em Estado dentro
do Estado, segundo um regime bem semelhante ao que o so­
vietismo impôs à Rússia.
Um judeu, Weiminger, explicou por que há tantos comu­
nistas entre os de sua raça:
“ O comunismo não é só uma doutrina internacional, mas
implica o sacrifício da verdadeira propriedade especialmente
a agrária: e como os judeus são internacionais, nunca se afei-
çoaram à verdadeira propriedade. Preferem o dinheiro que
é um instrumento de poder.”
O elemento judaico, disseminado pelo mundo inteiro, é
o melhor fermento de revoluções e de revoltas, porque o es­
tado presente nunca lhe satisfaz os sonhos de grandeza e as
esperanças de submeter todos os povos da terra ao domínio de
Israel. Dêsse modo, encontramos entre os judeus os grandes
mentores das tranformações sociais e os propugnadores mais
audaciosos das idéias mais avançadas. Quando chega o mo­
mento de agir, faltando ao judeu o ânimo belicoso e a coragem
de jogar a vida, na defesa de princípios, o judeu abre as arcas
dos seus bancos e fornece os fundos necessários à realização
da emprêsa...
Foi o que se passou na Rússia.
A QUESTÃO JUDAICA 93

Judeus decretaram a queda do tzariado; judeus urdiram


a grande conspiração; judeus forneceram o dinheiro necessá­
rio ao fermento da revolta popular e, finalmente, judeus exe­
cutaram o programa comunista, fornecendo grande contingen­
te do pessoal da nova administração.

“ A autocracia tzarista, escreve Poncins, era o último im­


pedimento material (há ainda um obstáculo moral: Roma e
as religiões) à vitória do imperialismo judaico. ( s)
O império russo era seguramente o país que maior e mais
tenaz resistência opunha à dominação do capitalismo interna­
cional judaico. As enormes riquezas territoriais, formadas
pelas culturas dos campos e pela produção das minas, asse­
guravam à classe dominante liberdade de ação ante as exigên­
cias da banca internacional dios judeus. Porisso, a Rússia
podia excluir dos altos postos do funcionalismo público, dos
cargos da magistratura e das patentes do exército, o elemento
israelita.
Judá não podia suportar tamanha exeção e procurou vin­
gar-se, deitando por terra o império, que incarnava as tradi­
ções conservadoras do mundo.
Assim é que, ao tempo da guerra russo-japonesa, o ouro
judaico foi largamente dispendido para recrutar agentes revo­
lucionários entre os prisioneiros russos, que estavam nos cam­
pos de concentração, no Japão. Foi dêsse modo que a alta
finança de Israel preparou os futuros destruidores da auto­
cracia dos tzares.
Em fevereiro de 1916, houve, em Nova-York, um con­
gresso de revolucionários existentes nos Estados-Unidos-da-
América.
Entre esses congressistas, sôbre setenta e dois delegados,
havia cêrca de cincoenta veteranos da revolução russa de 1905.
Alguns dêsses profissionais da revolução mantinham estreitas
relações com o grande banco judaico Kuhn Loeb etc. Cia.
Êsse memorável conventículo de revolucionários, depois3

(3) I/4on de Poacins — Livro cit. P á f 149.


94 J. C A n K A 1.

ck examinar, detidamente, a situação interna da Rússia, onde


lavrava grande descontentamento, por causa da prolongação
da guerra mundial, resolveu que se preparasse a agitação revo­
lucionária, que deveria deitar por terra as instituições tradicio­
nais do império tzarista.
Nas assembléias dos revolucionários, foi citado e colierto
de aplausos o nome de Jacob Schiff, grande magnata das fi­
nanças judaicas.
Pouco tempo depois, triunfava a revolução na Rússia e
o mesmo Jacob Schiíf telegrafava a Millonkoff, ministro de
exterior do governo provisório russo, nos seguintes termos:
“ Peço licença, na qualidade de inimigo irreconciliável da
autocracia, tirania que perseguia os nossos correligionários, de
felicitar, por intermédio de V. Excia. o povo russo, pela sua
ação tão brilhantemente realizada, desejando o melhor sucesso
a V. Excia. e aos seus colegas de governo.”
Êste telegrama, amplamente divulgado na imprensa ame­
ricana, foi reproduzido pelo “Ne w York Times", aos 10 de
abril de 1917.
Em setembro dêsse mesmo ano de 1917, após a chegada
à Rússia de Lenine, Trotzky e outros próceres revolucionários,
caiu em poder do governo americano o seguinte despacho te­
legráfico:
“ Stockolmo, 21 de setembro de 1917.
Snr. Rafael Scholak, Haparanda.
Prezado companheiro. A directoria do banco M. War-
burg informa, de acórdo com a diretoria do sindicato westfá-
lio— renano, que foi aberta uma conta corrente para a empresa
do camarada Trotzky.

J. Piierstenberg.

Comprovando a participação da alta banca judaica na queda


do império russo, poderiamos citar a nota fornecida pelos servi­
ços oficiais norte-americanos ao Alto Comissário da República
Francesa nos Estados-Unidos. Êsse documento oficial foi pu­
A QUESTÃO JUDAICA 95

blicado em Paris, em 1920, em suplemento do jornal “La


Vieille France”. ( 4)
Vários outros documentos oficiais e oficiosos comprovam
a atuação da alta finança judaica no advento do sovietismo
russo. Há também numerosas declarações de personagens des­
tacadas do judaísmo, que confessam e até se gloriam da ação
judaica contra o tzariado moscovita.
Os autores citados em nota precedente citam testemunhos
irrefragáveis de quanto o internacionalismo judaico trabalhou
em prol do comunismo russo.
Os judeus forneceram dinheiro e... homens ao bolche-
vismo.
O número de indivíduos de origem hebréia entre os altos
funcionários da U. R. S. S. é verdadeiramente significativo.
Em certos ramos dá administração pública os judeus chegam
a cento por cento; cm geral, sua participação não é inferior
a 75c/c... E, cousa significativa, a participação do elemento
judaico é inferior apenas no Comissariado da Guerra.
Outra prova de que o bolchevismo é criação do judaísmo,
temos no fato de que, na vigência do novo regime, a explora­
ção das inúmeras riquezas naturais da Rússia passou às mãos
de poderosas sociedades financeiras, que manejam o ouro dos
bancos judaicos. Concessões extraordinárias e privilégios ex-
cecionais foram outorgados às firmas privilegiadas.
N o tempo dos tzares, êsses arranjos jamais foram possí­
veis. ..
E, como se não bastassem os largos favores dispensados
ao capitalismo internacional, a Rússia bolchevista entrega vas­
tos trechos de seu território à colonização agrícola judaica.
Como prova disso podemos citar os contratos firmados
pelo governo soviético com o Joint Distrilnition Committcc,
orgão do American Jcwisli Committcc.
O primeiro dêsses documentos foi firmado em 1924 e tem
por fim a introdução de novos grupos de população judaica na
atividade agrícola e o reforço da ação colonizadora dos judeus,
no território russo.
(4) Léon dc Poncins, no livro supra-ciíado; Wtidold Kowerski,
“Israel sem Máscara''; Henry Ford, em "O Judeu Internacional”; e
Afonso Arinos de Melo Franco, ‘‘Preparação ao Nacionalismo” provam
documentadamente a influência decisiva do internacionalismo judaico
>«. implantaç&o do regime eoviético no antigo império dos tsaree.
96 J. C A B R A L

“La Libre Parole”, de Paris, em 9 de setembro de 1933,


publicou um artigo do jovem Fara, onde se lê :
“ Os cultivadores russos das regiõds mais férteis estão
morrendo de fome. Alguns deixam seus lares, afim-de pro­
curar meios de vida em outras regiões. Outros são presos pe­
la terrível Guepeú e atirados nas prisões de Soloski e Narym.
Suas fazendas e terras são entregues aos judeus!”
Trata-se de fundar uma república judaica, confederada
à U. R. S. S., com um governo exclusivamente judaico e tendo
o Yiddisli como língua oficial.
E ’ o Biro-Bidjan, que compreende as terras mais férteis
e produtivas da Rússia Oriental. Já fizemos menção desse
território concedido pela U. R. S. S. aos colonos israelitas.
A\s expcnsas da III Internacional 350.000 judeus foram
instalados na Criméia e 50.000 famílias israelitas serão loca­
lizadas em Biro-Bidjan.
“ The Patriot”, a 20 de junho de 1933, revelou que a União
Soviética destinou uma verba de cem milhões dc rublos para
desenvolver a colonização israelítica.
Extermina-se a população eslavo-russa e dão-se as terras
aos filhos de Judá.
A imprensa mundial e as agências de informação — de
propriedade dos financeiros judaicos — calam-se, prudente­
mente, sôbre fatos tão graves e de tal importância.

Como explicar a situação paradoxal do judaísmo, que a-


pesar-de ser detentor de quase todo o ouro do mundo, é agita­
dor das massas proletárias, que reclamam a abolição da pro­
priedade particular?...
A chave do enigma Teodoro Herzl no-la fornece, em o
livro “ Um Estado Judeu”:
“ Quando empobrecemos, reduzimo-nos a um proletaria­
do revolucionário, oficiais subordinados do partido da revolu­
ção; quando nos enriquecemos, logo se levanta também sôbre
a nossa bôlsa aquele terrível poder absorvente".
Bernard Lazare escreveu:
“ Pode-se dizer que os judeus estão nos dois polos da so­
ciedade contemporânea. Encontram-le entre os fundadores do
A QUESTÃO JUDAICA »7

capitalismo industrial e financeiro e têm protestado com a maior


das veemências contra o capital. A Rothschild correspondem
Marx c Lassalle; à luta pelo dinheiro, a luta contra o dinhei­
ro; o cosmopolitismo do financeiro torna o internaciolismo pro­
letário e revolucionário”.
Além disso, os judeus na Rússia não sofrem tanto quanto
os seus amigos e defensores procuram fazer crer ao mundo.
Se os judeus algo sofreram ou ainda sofrem, sua exis­
tência sob o regime soviético é melhor do que a dos não-judeus.
Tanto isso é verdade, que não há provas de que os ju­
deus vivam mal na Rússia e os intelectuais judeus encontram
no comunismo o remédio para a questão social. ( 56)
Finalizando o presente estudo sôbre o bolchevismo russo,
aduzimos o testemunho abalizado de Dionisio R. Napal que diz:
“ Foi tão destacada a participação dos israelitas nos pri­
meiros tempos da revolução, que o estado soviético foi consi­
derado, como sinônimo de república judia. Em número con­
siderável, os hebreus são cooperadores fiéis do regime comu­
nista, ainda que o elemento eslavo-russo ou ucrânio vá, len­
tamente, se assenhoreando dos postos diretivos.”
E depois de citar os principais pró-homens hebreus do
sovietismo, prossegue o mencionado autor:
“ Como o israelita não se incorpora à vida de nação deter­
minada, pois é por antonomasia refractário ao ambiente na­
cionalista e à influência de raças, facilmente secunda a ideolo­
gia vermelha em sua campanha para a abolição das nações.” (®)

III

A REVO LUÇÃO ALEM Ã

Estudada a interferência dos elementos israeliticos no ad­


vento do bolchevismo russo, passemos à análise dessa mesma

(5) José Perez — “ Q u e s tã o Jud a ica , Q u e s tã o S a c i a i ” — Pág.


190 e segs.
(6) Dionisio R. Napal — " O I m p é r i o S o v i é t i c o ” — Pág. 179
e 180.
7 — Q. J. \
98 J C A B R A L

interferência na queda do império germânico e proclamação


da república de Weimar.
Evidentemente, o judaísmo não podia ver com bons olhos
um país fortemente organizado, onde o culto às tradições do
passado e os privilégios da aristocracia faziam parte da pró­
pria organização social. Além disso, a Alemanha, embora, pro­
testante, possuía uma civilização e uma cultura de origem
cristã e o golpe desferido contra o Estado iria refletir-se con­
tra tôda a Europa cristã.’
“ Na Alemanha, escreveu Ford, o judeu é considerado
apenas como um hóspede, que abusando da tolerância, caiu
num excesso com sua inclinação para o domínio. Efetiva­
mente, não há no mundo maior contraste do cjue o existente
entre a raça puramente germânica e a hebréia. Porisso não
há nem pode haver aliança entre ambas. O alemão vê no ju­
deu apenas um hóspede. O judeu, em troca, indignado por não
lhe concederem tôdas as prerrogativas do indígena, nutre in­
justo ódio contra o povo que o hospeda. Em outros países
pôde o judeu mesclar-se mais livremente com o povo indígena
e aumentar seu predomínio com menos entraves, mas não as­
sim na Alemanha. Porisso o judeu odeia o povo alemão, e
precisamente por esta mesma razão os povos, em que a influ­
ência judaica predominava em maior grau, demonstraram, du­
rante a deplorável guerra mundial, o ódio mais exacerbado
contra a Alemanha. Judeus eram os que predominavam qua­
se exclusivamente no enorme aparelho informativo mundial,
com que se fabricou a “ opinião pública" no que toca à Ale­
manha. Os únicos gananciosos da Grande Guerra foram de
fato os judeus.” ( T)
O trecho, que acabamos cie transcrever, dá liem a idéia
das relações germano-judaicas e permite avaliar o trabalho dos
judeus na desarticulação da obra de Bisjnarck.
Desde o segundo ano da guerra européia, os mentores ju­
daicos da social-clemocracia iniciaram a propaganda derrotista,
insuflando no ânimo do proletariado a idéia de que a vitória dos
exércitos do Kaiser consolidaria o poder das classes dominan­
tes e traria o conseqüente aniquilamento das massas populares.7

(7) Henry Ford — “ 0 Judeu In tern acion al” — Pág. 26 e 27.


À QUESTÃO JUDAICA »í

Semelhante trabalho de sapa sc não enfraqueceu o ânimo


das tropas, apressando o desastre militar, pelo menos muito
contribuiu para tornar antipáticas as instituições monárquicas
e favoreceu, amplamente, a propaganda das idéias republica­
nas. ( 89)
A opinião pública, na Alemanha, é unânime em acusar os
judeus de haverem concorrido para o desmoronamento da or­
ganização politico-social do país, servindo-se para êsse fim da
imprensa, da propaganda das idéias bolchevistas e da superin­
tendência, que os mesmos judeus exerciam sóbre a alimenta­
ção e a indústria nacional. (°)
O govèrno, que tomou o lugar do último gabinete impe­
rial, estava entregue às mãos dos judeus. Senão vejamos. O
Ministério do Exterior era dirigido pelo judeu Haase, secre­
tariado por outro judeu, Kautsky, natural da Boêmia. Dois
outros judeus, Shiffer e Bernstcin, dispunham do Ministério
da Fazenda. Preuss e Freund, ambos judeus, ocuparam o
Ministério do Interior. Cohen, judeu, e ao serviço da impren­
sa judaica, ocupou a chefia do serviço .oficial de informações.
Na Prússia, deu-se o mesmo, ocupando os judeus os prin­
cipais postos da alta administração. Os judeus Hirsch c Ro-
senfeld assumiram, respectivamente as patetas do Interior e
da Justiça. O Ministério da Fazenda foi entregue ao judeu
Simon. O judeu Kastenberg assumiu a direção do departa­
mento de Letras e Artes. Futran e Arnat, judeus, Qcuparam
a diretoria do Ensino. O departamento das Colônias foi entre­
gue ao judeu Mever — Gerhard. Wurm, também judeu, tomou
conta da direção do secretariado da Alimentação. Na pasta do
Fomento estavam os judeus Hirsch e Stadthagen. O Conselho de
Operários e Soldados, entidade que fazia lembrar o sovietismo
russo, era dirigido pelo judeu Cohen, auxiliado por mais treze
judeus, que ocupavam os postos mais importantes. Os judeus
Ernest, Sinzheimer e Levy eram os chefes de polícia de Ber­
lim, Franckfort e Essen, respectivamente. ( 10)

(8) Afonso Arinos de Melo Franco — “ Preparação ao ftaetoiia-


lismo ” — Pag. 82 e 83.
(9) Léon de Poncins — Livro cit. Pág. 133.
(10) Henry Ford — Livro cit, Pág. 26 c 27,
100 J. C A B R A L

A Raviera não escapou ao assalto dos judeus. A presi­


dência do governo bávaro foi parar às mãos do judeu Kurt
Eisner. O judeu Jeffe tomou conta da pasta da Fazenda e
outro judeu, Brentano, dirigia a indústria, o comércio c o trá­
fico. Em Wiirtenberg e em Hesse, os judeus assumiram tam­
bém os altos postos da administração local.
Dois plenipotenciários judeus, em nome do novo gover­
no alemão, assinaram o tratado de paz, tratado que o nacional-
socialism o den om in ou ‘‘a vergonha de 1918".
Essa constelação de judeus, que dominavam tôda vida
pública da Alemanha republicana, não podia deixar de provo­
car violenta reação popular. Foi o que sucedeu e, dentro em
pouco, os judeus se retiraram dos principais cargos do gover­
no, conservando, no entanto, sua influência e predomínio so­
bre a imprensa e as finanças.
Compreende-se e explica-se, pois, a presente reação na­
cionalista alemã contra a interferência hebraica na vida públi­
ca do povo germânico.

IV

A REVO LUÇÃO H Ú N G A R A

A derrota militar dos impérios Centrais, em 1918, veio


ocasionar a dissolução da monarquia dual dos Habsburgos.
A Hungria, cuja sorte estava ligada à da Áustria, viu-se,
de repente, desorganizada e entregue aos revolucionários ju­
deus e maçons.
Documentos oficiais, apreendidos em Buda-Pest, provam,
irrefragàvelmente, que a república húngara dos conselhos, pro­
clamada a 22 de março de 1919, foi obra dos maçons e judeus,
mancomunados contra o velho trono de S. Estevão.
Judeus e maçons compunham o governo dos conselhos, on­
de predominava o elemento israelita.
No relatório da comisão de legislatura de Nova-York, sob
a presidência do senador Lusk, lê-se, a propósito da revolu­
ção húngara, o seguinte:
A QUESTÃO JUDAICA m

"Não houve oposição organizada contra Bela Kun, que


imitando Lenine, cercou-se de comissários investidos de auto­
ridade absoluta. Dos trinta e seis comissários principais, vin­
te e cinco eram judeus, proporção quase análoga à da Rússia.
Os mais importantes entre êles formavam um diretório de cin­
co membros: Bela Kun, aliás Kohn, Bela Vago (W eiss),
Joseph Pogany (Sw arz), Sinum Kunzi éKunstatter) e ou­
tros. Dois outros chefes, AI]>ari e Szamuelly, dirigiam o ter­
ror vermelho, as execuções e as torturas da burguesia.”
Em pouco tempo, Bela Kun e os seus amigos judeus des­
truíram a secular m onarquia húngara e tentaram construir um
novo reino de Israel. Felizmente, porém, os desatinos dos
novos dirigentes da república dos conselhos de Buda-Pest re­
voltaram o amor próprio e o orgulho nacional do povo hún­
garo, que expulsou de seu território êsses carrascos. Antes,
porém, que a jaz voltasse aos lares da Hungria, mãos de judeus
derramaram, impiedosamente, torrentes de sangue humano, co­
briram de luto e de dôr inúmeras famílias c praticaram incrí­
veis atrocidades.
Cadáveres nus c horrivelmente mutilados, ao longo da li­
nha férrea, assinalavam a passagem do trem sinistro de Sza­
muelly, o sanguinário presidente do conselho do governo da
Hungria.
Os crimes bárbaros e os atentados selvagens perpetrados
pelos chefes da república dos conselhos de Buda-Pest rece­
beram a condenação formal de todos os povos civilizados e
desertaram a atenção universal contra os manejos do interna-
cionalismo judaico.

OS JU D E U S E AS REVO LUÇÕ ES 1)A P E N ÍN S U L A


I B É R I C A

Não podemos nem queremos encerrar êste capítulo sòbre


a atuação revolucionária do judaismo, sem dar uma palavra
sòbre as revoluções de Portugal e Espanha.
102 J. C A B R A L

Mário Saa, que já citámos várias vezes, em extenso ca­


pítulo de seu notável livro “A Invasão dos Judeus", descreve
as manobras judaicas contra a velha e gloriosa monarquia lu­
sitana e assinala o papel preponderante que os cristãos-novos
representaram na proclamação da república portuguesa.
Um cristão-novo, Alfredo Reis da Silva Buíça, de uma
tradicional família dc Trás-os-Montes, assassinou o malogra­
do rei D. Carlos I ; cristãos-novos constituíam imensa maio­
ria entre os republicanos históricos e os novos dirigentes de
Portugal, daquele tempo.
Em 1894 o grão-mestre da maçonaria afirmara que “a re­
pública na Espanha seria um progresso necessário e próximo”.
A-pesar-dêsse vaticínio, a monarquia espanhola, fortemen­
te apoiada pelo povo católico, soube resistir, valentemente, aos
golpes traiçoeiros das conjuras judaico-maçônicas. A revol­
ta de Ferrer pôs em perigo, durante alguns momentos, o tro­
no de Afonso X III, que, com energia e serenidade, conseguiu
manter-se no governo e salvaguardar as instituições monár­
quicas.
Mais tarde. Primo de Rivera toma o poder e estabelece
um regime ditatorial e o país melhora as finanças e começa um
período de ordem e prosperidade.
Rivera, sentindo o seu governo minado por ocultos pode­
res abre luta com a maçonaria e desde então os dias do Musso-
lini espanhol estavam contados. Êle inquietou e combateu as
lojas, mas não lhes tirou o poder e a influência, donde resul­
tou a queda da ditadura e, posteriormente, a proclamação da
república.
O alto banqueirismo judaico provocou manobras político-
financeiras, que abalaram fortemente o credito do governo es­
panhol e ocasionaram a baixa da peseta, que caiu de 33 por
cento, ocasionando grandes prejuízos à tôda ]x>pulação do
país. ( 1X)
fi excusado salientar o papel preponderante do maçonis-
mo nas duas novéis repúblicas, que se salientaram, nos seus

d l) I.éon de Poncins — “ La Franc-Maçonnene — Puissancc


Occulte” — Pág. 95 e seg.
A QUESTÃO JUDAICA 102

primórdios. pela intolerância e perseguição aberta e franca con­


tra o catolicismo.
Um fato altamente eloquente e significativo trai as ori­
gens da república espanhola: a revogação do decreto dos reis
católicos Fernando e Isabel, que em 1492, haviam expulsado
os judeus do território espanhol. (N ota I).
Horrorosa guerra civil, a mais cruel e sanguinária dos úl­
timos tempos, devasta e enche de ruínas os campos da Espanha,
onde *c reproduzem os feitos homéricos do período da domina­
ção dos sarraccnos.
Os fatos são de hoje e enchem as páginas dos nossos perió­
dicos e abundante documentação fotográfica corre pelo mundo
inteiro. Infeiizmente, porém, nem sempre atendemos bem para
as causas do presente conflito, travado entre comunistas e os
verdadeiros filhos da católica Espanha.
Muitos ignoram e não poucos fingem desconhecer os moti­
vos dêsse tremendo embate, que cobre de destroços e encharca
de sangue o solo da Ibéria.
“Candide’, conhecido hebdomadário de Paris, em seu nú­
mero de 10 de setembro de 1936, fêz curiosas e sensacionais re­
velações acerca da revolução espanhola.
De Kremlin vieram as diretrizes e os planos do movimento
destinado a implantar o comunismo na Espanha. Moscou expe­
diu para Madri seus melhores agentes e seus mais hábeis em­
preiteiros de agitações políticas. O representante diplomático da
U. R. S. S. coordenaria os entendimentos entre os partidos es­
querdistas, mra preparar, dentro em breve, o advento do comu­
nismo no país.
O patriotismo do povo espanhol acordou a tempo, ante- a
visão do perigo iminente: daí a arrancada gloriosa de Franco e
de seus dignos companheiros, que procuram arrancar a Espanha
das garras dos inimigos da civilização cristã.
O coronel Telia, comandante das tropas nacionalistas do
setor de Tavalera de la Reina, em declarações feitas em Lisboa

NOTA I — O notável livro “Coniment In Franc-Maçonncrie fait


une RSvolutian”, em que Jean Marques-Revière analiísu os aconteci­
mentos políticos desenrolados na Espanha até o principio de 1936, en­
cerra provas irrefutáveie de quanto afirmamos acêrca d", intervenção
judaico-maçônica na velha monarquia dos Bourbons,
194 J. C A B R A L

e publicadas pelo “ Diário da Manhã” da capital portuguesa, etn


24 de setembro de 1936, afirmou que havia encontrado dinheiro
russo em poder dos prisioneiros governistas e disse mais que
identificara oficiais do exército soviético entre as chamadas tro­
pas legais. O mesmo oficial nacionalista afirmou: " Tenho em
meu poder uma circular da grande loja maçônica da França, que
dá aos comunistas espanhóis diretivas de ordem político-militar.”
E depois disso os governos de Valença e de Madri ainda
protestam contra a intervenção da Alemanha, da Itália e de
Portugal em favor dos nacionalistas.
E ’ digno de nota que nenhuma loja maçônica foi fechada,
nenhuma sinagoga foi destruída, nenhum cemitério, nenhum
livro ou símbolo da religião judaica foi profanado nas regiões
dominadas pelos vermelhos; mas as igrejas, os conventos, os
cemitérios, os objetos do culto e os vasos sagrados da religião
católica sofreram e continuam a sofrer tôda espécie de profana­
ções, sob as vistas complacentes, quando não com a cumplicidade,
dos defensores do governo legal.
o PODER OCULTO DE ISR A E L

"Le monde cst mcnc par de tons autres


personnages que ne s’imaginent ceux dont
l’oeil ne plonge daus les coulisses”.

Disraeli.
No estudo da questão judaica c dos problemas provenien­
tes da mesma, apresenta-se-nos manifesta a existência de for­
ças ocultas, que atuam, mais ou menos energicamente, mais ou
menos abertamente, segundo os intuitos e as aspirações do
judaísmo internacional.
Não ousamos afirmar, como fazem alguns autores, que
haja um verdadeiro governo ou super-govêrno judeu, que exer­
ça domínio sôbre o mundo, mas é inegável que o judaísmo
cxterce poderosa influência sôbre os governos das grandes po­
tências e mais uma vez tem conseguido impor sua vontade aos
dirigentes e manobrar forças ocultas, quando se trata de de­
fender os interêsses da raça eleita e privilegiada.
A Liga das Nações, a célebre sociedade de Genebra, de
que tanto se tem falado e ainda se fala, é a efetivação e a
realização de um plano judaico. Em março de 1864, um ju­
deu, Levy Bing em artigo publicado nos "Arquivos Israelitas”,
lançava a idéia da instituição de um tribunal internacional, um
tribunal supremo, que se encarregasse de julgar as grandes
dissenções públicas, as querelas das nações, um tribunal, quê"
proferisse julgamentos inapeláveis. E terminando, definia a na­
tureza da palavra dêsse novo organismo: “ E esta palavra deve
ser a palavra de Deus, pronunciada pelos seus filhos prediletos,
os hebreus; e diante dela se inclinarão com respeito tòdas as
potências, isto é, o universo dos homens, nossos irmãos, nossos
discípulos e nossos amigos”.
E essa aspiração de Israel foi acalentada e alimentada
durante vários anos, até sair vitoriosa no tratado de Paz, que
pôs têrmo à conflagração européia. Segundo podemos con­
cluir dos “Protocolos dos Sálnos dc Sion” c de várias outras
publicações judaicas, os magnatas do povo hebreu previram a
Grande Guerra e organizaram o programa das suas rcivindi-
1M J. C A B R A L

cações, que foram (dena e inteiramente satisfeitas na Confe­


rência de P m .

Existe, na Europa, um grande povo, que muitas vezes re­


presentou papel saliente na história e ligou seu nome a aconte­
cimentos da mais alta importância: é o povo polonês.
O sistema de monarquia eletiva, que vigorava na Polônia,
foi causa dc graves perturbações e guerras intestinas, que de­
bilitaram o grande reino e ocasionaram intervenções armadas
de outros povos. Sucessivas guerras motivadas pelas compe­
tições de vários príncipes, deram em resultado a partilha trí­
plice do território polonês, que foi atribuído à Prússia, à Áus­
tria e à Rússia, ficando com esta última a parte mais vasta da
antiga monarquia de João Sobieski.
Somente após o término da conflagração mundial, a Po­
lônia conseguiu retomar seu pôsto entre as nações independen­
tes e figurar entre as grandes potências modernas.
Cumpre, porém observar que a Polônia faz parte do mun­
do judeu, pela grande massa de hebreus que habitam em seu
território.
Segundo as estatísticas, podemos computar os judeus po­
loneses em 4.500.000, quatro e meio milhões de israelitas que
vivem debaixo da proteção da bandeira da Águia Branca.
Esta cifra tomamo-la de um autor judeu, Adolfo Benarus, em
seu livro “Israel”, publicado em Lisboa, em 1924. ( 1) Êste nú­
mero conservar-se-á mais ou menos inalterável, pois o cresci­
mento natural da população compensa os indivíduos que vão
tentar a vida noutros países. (Nota / ) .
Aqui chegamos a um ponto muito importante, porque nos
revela o poder oculto de Israel e demostra a existência de for­
ças encobertas, que operam e atuam em sentido favorável às
pretensões e aspirações judaicas.
Nem todos os escritores e observadores da vida interna­
cional sabem e podem avaliar o grau de influência que os judeus

í 1) Adolfo Benarus — “ Israel’’ — Pág. 125.

NOTA I — Artur Ruppin, em seu livro “ Les Juifs dans le


Monde Modernc”, calculava a população israelita da Polônia, em 1933,
em 3.050.000 habitantes. Cremos que esta ciíra seja a mais aproxima­
da da verdade. (Livro citado, pág. 33).
A QUESTÃO JUDAICA 1*9

exercem sôbre o mundo. Na maioria dos casos, os melhor


informados julgam que a influência e o poder de Israel se li­
mitam às questões políticas locais, sem repercussão alguma
no alto mundo internacional e nos acontecimentos que orientam
ou mudam os destinos dos povos.
“ O signal principal do predomínio judaico na política, diz
Henry Ford, é o mêdo. E ’ tão grande, que ninguém se atre­
ve a falar dos judeus com a naturalidade com que se falaria,
por exemplo, dos armênios, dos alemães, dos russos ou dos
franceses. Que significa êste receio, senão a prova palpável
de que se conhece o poder judaico e a crueldade de sua apli­
cação? Talvez seja certo que o antissemitismo, segundo afir­
mam muitos judeus, não é outra cousa senão o mêdo exagerado,
o horror ante alguma cousa desconhecida. A observação sem
exemplo na história de um povo pobre em aparência, que, no
entanto, é mais rico que os demais, de uma minoria insignifi-
cantíssima, mais poderosa que a maioria em conjuncto, pode
criar visões efetivamente numa mentalidade excitada”. ( ‘)
Nos nossos estudos sôbre a atuação judaica na vida
social, política, econômica, mental e religiosa, apontamos as
manifestações do predomínio. e da influência dêsse povo úni­
co no mundo. Além dêsse predomínio em questões atinentes
à vida dos povos, há outro predomínio que se afirma sôbre
as nações e as submete à vontade dos magnatas de Israel. O
caso da Polônia ilustra e documenta as nossas afirmações.
A pátria de Piast e Jagellon ressurgiu independente, mas
teve a sua soberania limitada e restringida no que diz respeito
a certa parte da população de seu território: os judeus.
Sob o pomposo nome de “Minorias de raça, religião c~
idioma”, a população israelita da Polônia conseguiu constituir-
se em verdadeiro Estado no Estado e impôr seus pretensos
direitos aos direitos soberanos do povo polonês e obter o re­
conhecimento de tôdas as suas isenções e de todos os seus pri­
vilégios.
Alguns dos artigos elaborados pela Conferência de Paz
confirmam irretorquivelmente, a afirmação acima exarada.
O artigo IX , por exemplo, determina;(•)

(•) Henry Ford — "O Judeu Internacional” — Pág. 209,


310 J. C A B R A L

“ A Polônia se encarregará de fazer que, em cidades e


distritos onde resida uma porcentagem considerável de cidadãos
polacos diferentes pelo idioma, os filhos desses cidadãos rece­
bam instrução elementar em sua própria língua. Em cida­
des c distritos em que resida uma porcentagem considerável
de cidadãos pertencentes a minorias de raça, religião e idioma,
será facultada a essas minorias a participação e usufruto, cor­
respondentes a seu número, das somas pressupostas nos orça­
mentos do Estado, Município ou outras, para fins educativos,
religiosos ou de beneficência”.
O governo polonês deve abrir mão do dinheiro, mas a
aplicação competirá aos judeus:
“Juntas educativas nomeadas pelas comunidades judaicas
locais na Polônia, se encarregarão, sob a inspeção geral do Es­
tado, da distribuição da parte que lhes tocar dos fundos pú­
blicos, que segundo o artigo IX se destinam às escolas judias”.
Evidentemente, a redação dêste artigo foi obra premedi­
tada pelos que tratam de assegurar a Israel tôdas as garantias,
embora à custa das populações cristãs.
Maior é a importância e mais vasto é o alcance do artigo
XI do mesmo Tratado, que reconhece o sábado judeu e o tor­
na uma festividade legal.
O artigo acima citado prescreve o seguinte:
“ E ’ proibido obrigar os judeus a todo trabalho que signi­
fique um agravo contra a santificação do seu sábado. Tão
pouco deverá redundar em seu prejuízo o negarem-se a parti­
cipar em dia de sábado de uma sessão judicial, ou a cumprir
qualquer preceito legal... A Polônia declara que consente em
abster-se de celebrar em sábado escrutínios gerais ou locais. Os
censos para eleições ou outras estatísticas não deverão ser fei­
tos em sábado”.
Dêsse modo, na Polônia, país oficialmente católico, poderá
haver eleições gerais e locais ou recenseamentos aos domingos
ou dias santificados, mas não aos sábados, porque o sábado é
o dia de repouso dos judeus!... Israel não quer!
E tôdas as disposições foram tomadas quanto ao futu­
ro, para que algum govêm o antissemita não ousasse violar os
direitos sagrados do povo eleito e tentasse revogar seus pri­
vilégios
() texto do Tratado de Versalhes estabelece:
“ Os Estados-Unidos-da-América, o Império Britânico,
a França e o Japão, c as principais potências aliadas e asso­
ciarias de um lado e a Polônia de outro fazem de tôdas estas
prerrogativas não uma questão de livre alvedrio da Polônia,
mas convertem-nas em uma exigência da Figa das Nações”.
O artigo XI [ prescreve e afirma que os convênios con­
cernentes às minorias dc raça, religião c língua estão sob a ga­
rantia da Figa das Nações, de modo que os judeus residen­
tes em território polonês ficam subtraídos à competência das
autoridades nacionais e gozam do privilégio de apelar para Ge­
nebra, onde pontifica o judaísmo internacional.
O capitão Wright, oficial do exercito britânico, que este­
ve na Polônia, em relatório sóbre as queixas dos judeus contra
o governo polonês, escreveu estas considerações:
“ Se os judeus na Inglaterra, uma vez que fôssem vinte
ou trinta vezes mais numerosos, exigissem que o Conselho Ju­
deu de Inspeção obtivesse amplas faculdades, incluindo o di­
reito de decretar contribuições para sua emigração, e, além dis­
so, que nos Municípios, na Câmara dos Comuns e na dos For­
des, se reservassem postos para determinado número de depu­
tados judeus; se o presidente dos Negócios da Instrução tivesse
de lhe abonar certa sonia, e se alguns judeus exigissem tribu­
nais especiais judaicos, ou ao menos o uso de sua gíria estra­
nha perante os tribunais ingleses, c se os exaltados desejassem
que os bilhetes do Banco de Inglaterra fôssem impressos com
texto simultâneamcnte hebreu c inglês, com tôda a certeza que
semelhantes exigências não despertariam grandes simpatias no
público inglês”.
Tudo isso foi imposto à Polônia por intermédio doa ne­
gociadores da paz, ao terminar da Grande Guerra.
A Runiânia, em cujo território reside numerosa popula­
ção judaica, que Isaiah Bowmatin calcula em 750.000 almas
e Adolfo Benarus eleva a 982.000, teve que reconhecer às mi­
norias israelitas os mesmos direitos que a Polônia lhes foi obri­
gada a conceder.
Não é de admirar que, de quando em vez, sejam êsses
países sacudidos pela onda do antissemitismo e hajam sérios
conflitos e sangrentas agitações entre os filhos do país e ês-
112 J. C A B R A L

ses elementos estranhos, enquistados em meio de povos cris­


tãos.
As isenções e privilégios estabelecidos em favor dos ju­
deus pela Conferência de Paz, em lugar de resolverem a ques­
tão judaica, apenas servem para alimentar o antissemitismo,
que obriga a Liga das Nações a tomar, constantemente, co­
nhecimento das queixas das minorias israelitas em conflito com
governos de Estados soberanos.

A Palestina é, verdadeiramente, o santuário do mundo


cristão, pois lá se acham os lugares c os templos mais venerá­
veis do universo; foi lá que se desenrolou o acontecimento ca­
pital da história humana: a Redenção.
Todos os povos cristãos e os católicos de modo todo par­
ticular olharam sempre com especial carinho e afeto para aque­
le território sagrado pelo sangue do Filho de Deus. Para liber­
tar a Terra-Santa, a cristandade tomou armas, várias vezes,
no decurso dos séculos, e muito sangue generoso foi derrama­
do nas areias da Ásia-Mcnor... e tudo foi em vão... os turcos
firmaram-se naquelas paragens e os cristãos, que visitavam o
país de Cristo, deviam pagar tributo às autoridades do Cres­
cente.
Deflagra a conflagração mundial e os povos se empenham,
durante anos em luta cruel e fratricida. Ao cabo da luta, o
império otomano desarticula-se em convulsão medonha. Os
países cristãos tratam de remodelar o mapa das nações e pro­
curam reorganizar os povos do mundo inteiro. Chega a vez
da P alestin a.. . soa a hora de se decidir sôbre a sorte daquela
terra... e as nações católicas, que tantos e tão grandes interesses
tinham lá, deveríam ceder lugar à Inglaterra protestante, que
se fêz o arauto do Sionismo, o porta-voz do judaísmo inter­
nacional. Em novembro de 1917, aparecera a célebre declara­
ção de Balfour, ministro inglês, em favor do estabelecimento,
na Palestina, do lar nacional judeu, sob o protetorado da Grã-
Bretanha.
E agora neguem os ingênuos o poder oculto de Israel.
A QUESTÃO JUDAICA

A Europa de após-guerra, retalhada em pequenas nações


c separada em dois grupos: vencidos e vencedores, faz-nos
pensar em um trecho do capítulo II dos “Protocolos dos Sá­
bios de Sion”.
“ E* necessário, para nós, escreve o autor dessa discutida
publicação, que as guerras, no limite do possível, não dêm van­
tagens territoriais. A guerra, assim conduzida, sôbre o ter­
reno econômico, as nações verão a fórça da nossa supremacia,
e essa situação colocará as duas partes à mercê dos nossos agen­
tes internacionais, que têm milhares de olhos, que nenhuma
fronteira detém. Então os nossos direitos internacionais apa­
garão os direitos nacionais, no bom sentido de têrmo, e gover­
narão os povos da mesma forma que o direito civil dos Esta­
dos regula as relações de seus assuntos entre elas”.
De fato, a guerra mundial não trouxe vantagens aos com­
batentes e os vencedores saíram extenuados do campo de bata­
lha e acorrentados, por dívidas fabulosas, ao banqueirismo in­
ternacional judaico.

O armamentismo é o grande câncer, que corrói as gran­


des e as pequenas nações, devorando-lhes os recursos e as
energias.
A crise de trabalho, que atira à miséria, à inatividade mui­
tos milhões de homens jovens e robustos, não seria tão gran­
de, se os governos não consumissem somas fantásticas em ar­
mamentos e em máquinas terríficas de destruição. Dêsse mo­
do, verbas que deveriam e poderíam ser aplicadas em obras de
utilidade pública, que dariam pão e trabalho a milhões de ho­
mens, são entregues aos fabricantes de armas e munições e aps
estaleiros de construções navais.
Vejamos o que, a êsse propósito, diz o capítulo V II dos
“ Protocolos” :
“ Os aumentos dos armamentos e do pessoal da polícia é
um complemento necessário do plano que expusemos. E ’ mis­
ter que não existam mais, em todos os Estados, além de nós,
do que massas proletárias, alguns milionários que nos sejam
devotados, policiais e soldados.
Em tôda a Europa bem como em todos os outros conti­
nentes, devemos suscitar a agitação, a discórdia e o ódio. 0
8- Q. J.
114 J. C A B R A L

proveito é duplo. De um lado, manteremos à distância respei­


tosa todos os países, os quais saberão que poderemos, a nosso
talante, provocar a desordem ou restabelecer a ordem: todos
êsses países serão, assim, habituados a nos considerar um fator
necessário. Em segundo lugar, as nossas intrigas encontrarão
todos os fios que tivermos estendidos pelos gabinetes de E s­
tado e isso por meio da política, dos contratos econômicos, das
operações financeiras”.

Todos aqueles que acompanham a evolução dos proble­


mas internacionais reconhecem, nos trechos acima citados, o
quadro da presente situação do mundo, que não sabe ou não po­
de fugir ao predomínio judaico.

/
XI

AS ORGANIZAÇÕES JUDAICAS

‘'Conheceis qual o seu número (o dos


judeus) , como são unidos e de que prestígio
desfrutam em nossas assembléias.. . Evitarei,
pois, levantar a voe; quero apenas que os
juizes mc ouçam; porque não faltarão indi­
víduos prontos a manobrar essa gente con­
tra mim e contra os melhores cidadãos. Não
quero fornecer armas à sua malevolência"

(M . T. Cicero — Pro Placco).


A "Enciclopédia Judaica”, tratando do espírito de asso­
ciação, que anima os filhos de Israel, diz o seguinte:
“A organização societária dos judeus na América diferen­
cia-se fundamentalmente muito pouco da de outros países.
Sem coação de espécie alguma, preferem sempre os judeus vi­
ver entre si, na mais estreita afinidade. Esta originalidade
ainda hoje existe”.
Estas breves palavras resumem uma tendência universal­
mente observada, em todos os tempos em em tôdas as épocas.
E a razão última dêsse espírito associativo, que é o segredo do
poderio dos judeus, devemos ir buscá-la na religião e no mes­
sianismo, que alenta, moralmente, êsse povo disperso pelos qua­
tro cantos da terra. Não fôra essa tendência para se congre­
garem todos em tôrno uns dos outros, os israelitas já teriam
desaparecido da história, caldeados com os povos em cujo seio
têm vivido.
Não é de hoje que os judeus levam uma existência segre-
gada, quanto possível, em meio dos povos cristãos, e unem-se,
estreitamente, para que possam fazer frente a quantos inten­
tem opor-lhes qualquer resistência ou obstáculo.
Mesmo nos tempos áureos do império romano, os judeus
sabiam e ousavam dificultar a ação das autoridades públicas,
graças à interferência poderosa de suas associações.
Tibério procurou defender as instituições de Roma con­
tra a infiltração dissolvente e anárquica dêsse elemento inassi-
milável. Daí as leis de Tibério, que determinavam residência
fixa aos judeus, em Roma, ou os deportava para Sardenha.
Era a defesa do Estado, que tentava livrar-se dos enquista-
mentos judaicos, que perturbavam o ritmo da vida na própria
capital do império dos Césares e Augustos.
Cícero, em um dos seus célebres discursos proferidos no
118 J. C A B R A L

senado romano, demonstrava não desconhecer o poder oculto e


as artimanhas desses orientais.
Depois de aludir ao ouro dos judeus, que era a causa de
questões nos tribunais, em tôm o dos quais se ajuntavam os
judeus, hábeis em intrigas de tôda espécie, o príncipe da ora­
tória latina dizia abertamente: " Conheceis qual o seu núme­
ro (o dos judeus) como são unidos e de que prestígio desfru­
tam em nossas assembléias... Evitarei, pois levantar a voe;
quero apenas que os juizes me ouçam; porque não faltarão
indivíduos prontos a manobrar essa gente contra mim e con­
tra os melhores cidadãos.. .Não quero fornecer aqui novas ar­
mas à sua malevolência.” (')
Não é de hoje, i>ortanto, que os judeus se intrometem na
vida pública dos povos e, graças ao espírito associativo que os
anima, conseguem dominar, uma vez que não têm escrúpulos,
quando se trata da escolha dos meios que lhes devem propor­
cionar ganho de causa.
A existência de poderosas organizações judaicas, que des­
frutam de grande prestigio, desenvolvem extraordinária ativi­
dade e dispõem de poderosos elementos de ação, é cousa que
ninguém poderá pôr em dúvida, exceto os leigos em matéria de
questão judaica.
Os próprios judeus, que algumas vezes quebram o dis­
creto silêncio com que sabem velar suas atividades, mais de
uma vez se gloriaram de haver abatido a Rússia tzarista e não
poucas ameaças têm proferido contra os governos da Inglater­
ra, dos Estados-Unidos e de outros países, quando êsses go­
vernos se opõem ou embaraçam os planos judaicos.
Exemplo disso encontramos na campanha dos judeus, em
1909, contra o presidente Taft, que teve de capitular ante a
organização dos israelitas da América-do-Norte.
“ Por outro lado e diversas vezes, escreve Poncins, viram-
se as organizações judaicas movimentar massas judias; tais
movimentos foram sempre caracterizados pela rapidez e pela
ação coletiva, demonstrando, portanto, que os judeus estavam
sólidamente unidos entre si, pelas suas organizações e provan­
do também a existência de uma direção central envestida de

( 1) M. T. Cícero — Pro Flacco.


A QUESTÃO JUDAICA 119

uma autoridade considerável. Citamos, como exemplos, o caso


Dreyfus e a imigração judaica nos Estados-Unidos, após a
guerra”. ( J)
Entre as organizações judaicas mais poderosas e melhor
organizadas, podemos citar: o Kahal, com tôdas as suas
filiais, inclusive a mais importante: o “ Comitê” Judeu-Ame­
ricano ; a Aliança Israelita Universal; a ordem universal dos
Bnai Brith; e, por último, a organização do Sionismo, de que
já tratamos em capitulo especial.
Os judeus, sempre e quanto lhes é possível, regem-se pe­
lo Talmud, que é o livro da Lei, o estatuto orgânico do povo
eleito.
Em tôdas as nacionalidades organizadas, a aplicação das
leis fundamentais exige a existência de poderes determinados,
que atuam dentro de uma esfera particular. Daí a existência de
três poderes, ordinariamente estabelecidos pelas modernas cons­
tituições: legislativo, executivo e judiciário, que devem ser in­
dependentes, porém harmônicos entre si, para a boa marcha
dos negócios públicos.
Os judeus consideram inalterável sua legislação; resta-
lhes apenas discutir sôbre a aplicação da lei e das penalidades.
A “Enciclopédia Judaica” define o Kahal, como “ o cen­
tro da vida judaica’”.
Alguns autores afirmam que o Kahal, assembléia dos re­
presentantes de Israel, remonta aos tempos mais antigos e vigo­
rava no regime democrático, que Moisés estabelecera. Segun­
do alguns, o Sinhedrio era uma espécie de Kahal, que tratava
de todos os negócios públicos, quer religiosos e judiciários,
quer legislativos e administrativos.
E ’ o verdadeiro regulador da vida judaica e, dentro de
sua circunscrição, assume, de modo mais eficaz, a defesa dos
interêsses da comunidade israelita. De acordo com a situação,
toma deliberações e determina e estabelece as medidas que de­
vem ser aplicadas. Resolve as questões civis, comerciais e re-

(2) Léon de Poncins — "As Fõrças Secretas da Revolução” —


Pág. 215.
120 J. C A B R A L

ligiosas, intervindo, diretamente, na vida quotidiana de cada


judeu. (•?)
Graças a existência do Kahal, através dos séculos, entre
povos mais ou menos hostis, os rabinos conseguiram colocar
as prescrições talmúdicas acima das legislações nacionais, per­
mitindo apenas que os judeus aceitem de outras nações leis e
costumes em harmonia com a índole e as tendências do judaís­
mo. O Kahal não cessa de vigiar, a-fim-dc que sejam man­
tidas as posições conquistadas e as vantagens adquiridas se
perpetuem.
O Kahal exerce atribuições de ordem administrativa, tra­
ta dos interesses das comunidades judaicas. Os processos re­
lativos à solução de litígios ou à punição de crimes, são da
alçada do Beth-Dine, que, modernamente não passa de uma
secção judiciária do Kahal.
Sempre que lhes é possivel e a tolerância dos poderes pú­
blicos lhes permite, os judeus, de preferência, se furtam à ação
dos tribunais dos países onde vivem e se dirigem ao Bcth-Di-
ne, que inijxie sanções de várias espécies, particularmente mul­
ta e castigos materiais e, em casos graves, lança o seu anátema
contra os prevaricadores.
De acordo com os estudos de Mons. Jouin sóbre os pe­
rigos que a maçonaria e o judaísmo apresentam para a civili­
zação cristã, o Kahal é o espetáculo único e magnífico de um
povo proveniente de uma raça uniforme, que confia cegamen­
te em si próprio e em seus destinos, que sabe dominar as dis-
sensões particulares, no intuito de realizar uma organização
formidável, destinada a promover o levantamento material e
religioso de sua raça, em prejuízo das demais. O Kahal é
também a resposta irretorquível à afirmação de que os judeus
se acham desunidos e divididos entre si, incapazes de uma ação
coordenada e premeditada.
Kahal é designação preferida na Europa, em particular
na Polônia, na Lituânia, na Rússia e na Rumânia, para de­
signar as comunidades ou coletividades judaicas. E. Reclus,
o célebre geógrafo francês, faz menção desses agrupamentos

(S) Morw. Jouin — “Lc yfril judée maçonnique” — 5 volumes


1919-1927.
A QUESTÃO JUDAICA m

étnicos, que constituem o mundo judeu. Na América, é pre­


ferida a denominação de Kihilla; em Nova-York existe a
Kihilla mais poderosa e afamada do mundo.
Henry Ford, estudando a organização judaica, nos Esta-
dos-Unidos, escreveu:
A palavra “ Kihilla” é idêntica à de “ Kahal” e significa
algo como "comunidade”, ou “ reunião”, ou “administração”,
" ü Kahal” representa a forma germinativa judaica do Gover­
no ou Administração do povo em “ diáspora” (dipersão). Quer
isto dizer que, depois de dispersados os judeus pela face da
terra, criaram em tcxlas as partes o seu próprio “ govêrno”,
com todos os órgãos indispensáveis e cm detrimento absoluto
dos governos legais dos “goim". Tal como o que ocorreu sob
o cativeiro babilònico a potência protetora, na qual o judeu leal
venera “ seu governo e sua justiça”. A “ Conferência de Ver­
salhes” reconheceu expressamente o “ Kahal” na Polônia e na
Rumánia. Em Nova-York possue o “ Kahal” os seus próprios
tribunais, decreta leis, profere oficialmente as suas sentenças nos
litígios e executa-as, proferindo os judeus a sua própria justiça
à jurisdição oficial do listado. E ’ natural que tudo isso só se
possa fazer dentro de uma perfeita concordância mútua.” ( 4)
O “ Comitê Judaico Americano estabelece a ligação en­
tre as autoridades judaicas e a população israelita dos Esta-
dos-Unidos.
No ano de 1932, havia em todo território da república
norte-americana mais de 6.000 (seis mil) organizações judai­
cas registadas. Dessas a mais conhecida e talvez a mais im­
portante é a ordem dos Bnai-Brith ( irmãos da Lei de Moisés ).
Essa ordem é verdadeiramente uma maçonaria internacional,
cujo ingresso é exclusivamente reservado aos judeus. de
notar que os judeus, a-pesar-de frequentemente filiados a socie­
dades secretas de não-judeus, interdizem a quem não fôr is­
raelita fazer parte de suas organizações clandestinas.
A ordem dos Bnai-Brith foi fundada em 1843, em Nova-
York, por judeus, na sua maioria, procedentes da Alemanha.
Henry Ford, em seu livro já citado, descreve a atuação
e o trabalho que essa maçonaria desenvolve pelo mundo intei­
ro e, em particular, nos Estados-Unidos.(*)

(*) Henry Ford — “ O Judeu Internacional'' — Pág. 301 e 302.


1 22 J. C A B R A L

Em 1860, um judeu francês, o célebre Crémieux, fundou


a Aliança Israelita, que Butmi considera como a reünião dos
mações escolhidos do mundo inteiro.
E ’ uma espécie de senado maçônico internacional ao qual
obedecem tôdas as lojas frequentadas pelos judeus.
São muito expressivos e de alta significação os seguintes
pontos do Manifesto da Aliança Israelita Universal:
I — A Aliança, que queremos fundar, não é uma aliança
francesa, inglesa, irlandesa ou alemã, mas uma Aliança Judaica
Universal.
II — Os outros povos e as outras raças estão divididos em
nacionalidades; somente nós não temos concidadãos, mas cor­
religionários.
III — Em circunstância alguma, um judeu deve ser amigo
de um cristão ou de um muçulmano enquanto a luz da fé ju­
daica, única religião da razão, não brilhar no mundo inteiro.
IV — Dispersos no seio das outras nacionalidades, que,
desde tempos imemoriais, hostilizam nossos direitos e interesses,
queremos, em primeiro lugar, ser e permanecer imutàvelmente
judeus.
V — Nossa nacionalidade é a religião dos nossos antepas­
sados e não reconhecemos nenhuma outra nacionalidade.
VI — Habitando países estrangeiros, não podemos nos in­
quietar por causa das ambições mutáveis de povos que nos são
totalmente estranhos, quando os nossos problemas de ordem
moral ou material estiverem ameaçados.
V II — Deve ser estendido por tôda a terra o ensino judaico.
Israelitas, a qualquer parte onde o destino nos conduza, disper­
sos como viveis por todo o mundo, deveis sempre vos considerar
como fazendo parte do povo eleito.
V III — Se reconhecendo que, a-pesar-das nacionalidades
que haveis adotado, continuais a formar sempre e por tôda a
parte uma única nação; se estais certos de que o judaismo é a
única verdade religiosa e política; se estais convencidos disso,
Israelitas do mundo inteiro, então, vinde, ouvi nosso apêlo e
mandai-nos vossa adesão.
Grande e santa é a nossa causa. Seu triunfo está garantido.
O catolicismo, nosso eterno inimigo, jaz no pó, mortalmente fe­
rido na cabeça. A rède, que Israel lança, presentemente, sôbre o
globo terrestre, amplía-se e distende-se. As graves profecias dos
nossos livros santos vão realizar-se, finalmente..
A QUESTÃO JUDAICA 123

Próximo está o tempo em que Jerusalém se tornará a casa


de oração de todos os povos e de tôdas as nações, em que a ban­
deira do Deus Ünico de Israel será desfraldada e hasteada nas
mais remotas paragens.
Aproveitemos tôdas as ocasiões.
Nosso poder é imenso. Aprendamos a empregá-lo em favor
de nossa causa.
Que temeis?
Não está longe o dia em que tôdas as riquezas e todos os
tesouros da terra serão propriedade dos filhos de Israel!”
Netchvolodoff, em seu livro sóbre os judeus e o tzar Ni-
colau II, salienta que o prestígio e o poderio dessa instituição
derivam, em grande parte, dos donativos generosos que lhe
prodigalizam seus associados mais opulentos, entre os quais
se encontra o multimilionário judeu, barão Maurício Hirsch,
construtor de estradas de ferro na península balcânica.
“ A Aliança Israelita, diz Poncins, exerce uma influência
mundial e é a essa organização que se deve, em grande parte,
a Liga das Nações, realização judaica de uma idéia alimenta­
da e reclamada insistemente pelos judeus; efetivamente, já
em 1864 os “Arquivos Israelitas”, órgão da Aliança, publica­
vam a declaração de um dos seus membros, Levy Bing, reque­
rendo a instituição de um supremo tribunal judaico, destinado
a julgar as desavenças entre as nações”. ( 5)
Entre as mais importantes organizações judaicas podemos
enumerar ainda o conhecido Jeivislt Board of Deputies, que
tem sua sede na Inglaterra e foi reorganizado sob as bases
atuais em 1883. A finalidade dessa associação c organizar to­
dos os judeus do império britânico e unir tôdas as forças dis­
ponhas, em caso de necessidade.
Mais célebre e mais importante que a organização anglo-
judaica, que acabamos de citar é a Poalc Sion, que tem como
finalidade dar ao proletariado israelita um Estado socialista
na Palestina.
Na Rússia, a mais poderosa e ativa das organizações re­
volucionárias e terroristas era o Bund, associação de judeus
134 J. C A B R A L

russos. Entre os prisioneiros políticos, na Rússia tearista, os


judeus constituíam 53,9 por cento, ao passo que os russos ver-
dadeiros atingiam apenas a 10,4 por cento no total dos anarquis­
tas, que caíam nas mãos da polícia imperial. (*)
Witold Kowerski descreve, em Israel sem máscara", a
organização internacional do judaísmo, que não cessa de traba­
lhar contra a sociedade cristã e contra os governos, que se mos­
tram infensos às atividades e aos interesses dos filhos de Judá.
Não pretendemos seguir de perto a vida dêsse povo dis­
perso pelo mundo inteiro. Também não possuímos dados pre­
cisos e estatísticas seguras sôbre essa delicada matéria, pois
os judeus são cautelosos e evitam que os goim tomem conhe­
cimento exato do super-Estado de Israel. No entanto, os es­
tudiosos dos problemas judaicos já conseguiram dados sufi­
cientes à comprovação de que a raça hebréia está organizada
íntima c fortemente, melhor do que qualquer outra, para de­
fender sêus interèsses e hostilizar seus inimigos.
Somente a má fé israelita e a simplicidade cristã poderão
negar a existência de poderosas associações judaicas, que disse­
minadas através de todo mundo, trabalham em favor do espí­
rito messiânico e das aspirações de hegemonia, que animam ês-
se povo disperso.6

(6) Léon de Poneina — “L t* Maitrea ciu M onde" — Págs.


23 e sejs.
XII

OS PROTOCOLOS DOS SÁBIOS DE SION

“Sc consultarmos a literatura judaica, ve­


rificamos que c difícil abrir um livro de qual­
quer de seus escritores — historiador, soció­
logo, estadista ou literato — sem encontrar es­
sa miragem, que influencia o cérebro do po­
vo eleito, os seus pensamentos e os seus atos".
(Léon de Poncins — “A s Forças Secretas
da Revolução” — Pá£. 229 e 230.)
Em diversas partes deste nosso trabalho citamos passagens
dos célebres "Protocolos” e fazemos referências a essa publi­
cação, que tem sido causa de tantos e tão acalorados debates.
Os Protocolos não constituem propriamente protocolos,
mas, sim, a exposição de um programa ou dos meios mais aptos
para proporcionar aos judeus o domínio do mundo
Os ~Protocolos" foram publicados, pela primeira vez, na
Rússia, em 1901, por Sérgio Nilus e, quase ao mesmo tempo,
por Butmi. A 10 de agosto de 1906, um dos seus exemplares
foi depositado no Bntish Museum, de Londres. São fragmen­
tos de um livro intitulado "Le Grand dans le Petit ct L’Anti-
chnst’’, que apareceu, em primeira edição, em Tzarskoe-Selo,
na Rússia.
A princípio o livro pouca atenção mereceu e passou quase
despercebido, mas a Grande Guerra, "o desmoronamento do
impeno russo, as clausulas anormais dos tratados de p az: a
constituição da “ Liga das Nações” ; o protetorado da Palesti­
na pelo Governo Britânico, para alí estabelecer um lar judaico”,
êsses fatos, que podemos encontrar anunciados nos " Protoco­
los”, chamaram a atenção universal sôbre os documentos divut»
gados, na Rússia, por Sérgio Nilus. (*)
Acredita-se, geralmente, que êsse programa ou plano mun­
dial de ação judaica foi elaborado no ano de 1877, em certa lo­
calidade da Suiça, durante uma conferência secreta sionista.
L. Fry, em Le Sionisme: Son but et son centre” afirma
que os "Protocolos”, em 1890, eram conhecidos e andavam de
mão em mão entre os judeus de Odessa, no sul da Rússia.
Há duas versões sôbre a origem e o aparecimento dêsses
documentos. De acordo com a primeira, Sérgio Nilus rece­
beu-os de Souchotine, governador da província de Sebastopol
em 1901 ; uma dama os subtraira dos documentos relativos ao
I Congresso Sionista, celebrado em Basiléia, em 1897. Segun­
do a outra versão, um agente da polícia secreta subornara o

(1) Adolfo Benarus — " Israel" Pág, 142.


130 J. C A B R A L

A política nada tem de comum com a moral. Quem quiser


dominar, deve recorrer à astúcia e à hipocrisia.

Em nossos projetos, fixemos mais a nossa atenção sôbre


o necessário e o útil, do que sôbre o bem e a moral.

O governo para ser útil ao país e capaz de atingir os fins


a que se propôs, deve ficar concentrado em mãos de um úni­
co indivíduo responsável. Sem despotismo absoluto não pode
existir a civilização, que não é obra das massas populares, mas
do seu guia, qualquer que seja.

Nossa palavra de ordem é: fôrça e hipocrisia. Eis os


motivos pelos quais não nos devemos deter diante da corru­
pção, do engano e da traição, tôdas as vezes que tais meios nos
possam servir para atingir o nosso fim.

Tomamos por critério da nova aristocracia — a riqueza,


a riqueza, que está em nossas mãos, e a ciência, que é dirigida
pelos nossos sábios. ,

Transformamos os Estados em arenas, onde se desenvol­


vem lutas encarniçadas.

A palavra “Liberdade" põe as sociedades humanas em


luta aberta contra tôda fôrça, contra todo poder, ainda que se­
ja de Deus e da natureza.
A QUESTÃO JUDAICA 131

Os progressos da vida econômica e a luta pela suprema­


cia criarão, e já criaram mesmo, sociedades frias, sem ânimo
e sem coração.

O caminho mais seguro para o sucesso, em política, é o se­


gredo das suas empresas: a palavra dos diplomatas não deve
corresponder aos seus atos. ( 3)

Nestas e em muitas outras máximas políticas dos "Proto­


colos . nota-se, em primeiro lugar, a astúcia e, cm segundo lugar
a ausência absoluta de escrúpulos do autor ou autores deste
plano mundial de ação judaica.

Desde o aparecimento dêsse livro célebre e que despertou


tanta celeuma, os judeus ergueram protestos e começaram a
atribuir a redação dos "Protocolos” aos seus inimigos. Uma
cousa, porém, merece toda atenção: se a autenticidade dêsse
escrito não foi demonstrada, também não houve ainda quem
lhe provasse a falsidade.
N. H. Webster, tratando dessa questão, escreveu estes
conceitos:
“ O certo é que os Protocolos nunca foram refutados e que
a futilidade das pretensas refutações e a circunstâicia da sua
suspensão temporária contribuíram para convencer o público
da sua autenticidade, mais do que a totalidade dos escritos an-
tissemitas relativos ao assunto".
Uma carta do judeu Baruch Levi ao seu compatriota Karl
Marx assim fala do próximo domínio universal de Israel:
"O povo judeu conta tornar-se coletivamcnte seu pró pi o
Messias? Êle atingirá o domínio universo! pela unificação das

(3) José Pérez — "Questão Judaica, Questão Social” — Pág.


133 e 137.
132 J. C A B R A L

outras raças e desaparecimento de suas fronteiras. Estabele­


cerá uma República Universal e, nessa nova organização, os
Filhos de Israel serão o elemento reinante, files sabem como
influenciar e dominar as m assas! ü governo de todas nações
escorregará impcrcetívelmentc para as mãos judaicas, graças
à vitória do proletariado. Tôda propriedade individual será
l>osta à disposição dos Chefes de Israel, que possuirão as ri­
quezas de todos os povos, isso será o cumprimento da profe­
cia talmúdica: — Quando vier o Messias, os judeus terão nas
mãos as chaves de todos os tesouros do mundo”.
A análise fria e raciocinada desse documento revela o es­
pírito de messianismo e a miragem de hegemonia mundial, que
encontramos, tão frequentemente, na literatura judaica. Além
disso, a desordem c a confusão, que imperam no universo, após
a Grande Guerra, concorrem para acreditarmos 11a autencida-
de dêsse programa judaico de ação supernacional.
Em 1873, Dostoiewski, em “ Diário de um escritor', va-
tícinara o reinado materialista e brutal do ouro judeu, em pá­
gina memorável e de uma visão quase profética:
‘‘Todos êsses Bismarcks, êsses Bcaconficlds, a República
Francesa, Gambetta e outros são, para mim, meras aparên­
cias. Quem os maneja, como a tudo o mais, como a tôda Eu­
ropa, são os judeus e os seus bancos.
Virá o dia em que estes pronunciarão o seu veto e Bis-
marck será varrido como uma palha. Atualmente, o judaísmo
e os seus bancos dominam tudo: A Europa, a instrução, a ci­
vilização e o socialismo; particularmente o socialismo, porque,
com o concurso deste, conseguirão cortar pela raiz o cristianis­
mo e destruir a civilização cristã.
E, se depois de tudo isto só resultar a anarquia, à frente
de tudo aparecerá então o judeu; porque, embora propague
o socialismo, saberá com seus irmãos de raça conservar-se fora
dêle e, no meio da rapina geral da Europa, só o banco judeu
prosperará”.

Os próceres do judaismo procuraram, desde o aparecimen­


to dessa publicação, subtraí-la ao conhecimento do público e
condená-la como falsa e incitadora de pogrern e de perseguição.
A QUESTÃO TUDATC^ 133

Merece especial registo o fato de Herzl, no ano de 1901,


em circular expedida pelo comitê sionista, falar de traições,
que permitiram aos cristãos o conhecimento do programa do
judaísmo universal, programa esse que deveria ser conhecido
apenas pelos mentores do povo eleito.
Um processo foi levado a efeito em Cairo, no Egito. Por
essa ocasião o judaísmo sofreu uma derrota completa.
Para vingar-se déste revés, outro processo foi tentado em
Perna, na Suíça, onde, graças ao ouro despendido e à habilida­
de empregada, Tsrael conseguiu ganho de causa. Mas o veredicto
parcialíssimo dos juizes de Berna não conseguirá alterar o valor
intrínseco do livro, que está cheio de vaticínios já realizados e
de conselhos postos em prática.
Os próprios judeus procuram furtar-se a qualquer respon­
sabilidade e buscam, antecipadamente, suas excusas.
A maior revista judaica dos Estados-Unidos, "American -
Hehrew”, em seu número de 30 de novembro de 1934, escre­
via, em um editorial sòbre o caso do julgamento da autentici­
dade dos "Protocolos” , estas significativas frases:
“ A questão da autencidade dos pretensos "Protocolos” é
de importância absolutamente mínima. Só pode interessar aos
historiadores. Porque, mesmo se a autenticidade dêsse docu­
mento fôsse provada, que significaria issof Simplesmente que
um grupo de homens desejava conquistar o mundo. Mas qual
o povo que não alimentou êsse sonho em certa época de sua
história? Pois hem, admitamos que alguns chefes de Israel
toiham tido essa idéia. Porque não”?
Marcos Eli Ravage. judeu rumênico e naturalizado norte-
americano. autor de várias obras e um dos atuais redatores do
"The N ew York Times”, escreveu, em janeiro de 1928, um ar­
tigo em "Century Magazine”, que é um verdadeiro desafio ao
mundo cristão. João do Norte, em "A Offcnsiva”, órgão da
Ação Integralista Brasileira, reproduziu grande trecho do escri­
to de Marcos Eli Ravage, que nós transcreveremos, em parte,
a-fim-de que os brasileiros conheçam até onde pode chegar a au­
dácia do judaísmo internacional. ( 4)
Entre outras verdades duras, diz o judeu Ravage:

(4) Ver número de — “ A Ofensiva”, de 16-11-1935.


134 J. C A B R A L

“ Vai para algum tempo, (dizeis vós, os cristãos) que cor­


ríamos atrás do dinheiro, que somente pensavamos em encher
os bolsos. Agora cochichais e gemeis por tôda a parte que ne­
nhuma tendência artística e nenhuma profissão escapa à inva­
são judaica. Que durante a guerra, fugimos aos deveres para
com a pátria, porque somos pacifistas por natureza e tradição,
quando somos verdadeiros instigadores das guerras e aprovei­
tadores das matanças dos povos...”
Sobre os " Protocolos” eis a corajosa afirmação do articu­
lista do "Century Maqazine” :
“ Um russo imbecil falsifica uma porção de documentos
e publica um livro que denomina “Protocolos, dos Sábios de
Sion”. Essa obra sustenta oue somos os autores da última
guerra mundial. Vós considerais êsse livro autêntico.
Muito bem! Para prova, assirmaremos todas as palavras.
O livro não é falso, é autêntico. Mas que vale êle diante da
inegável e histórica atividade de conspiradores que temos ma­
nifestado e que jamais negamos, porque nunca tivestes a cora­
gem de nos acusar”...
Acerca da influência judaica sóbre o mundo inteiro, em
todas as atividades humanas e em tôda a vida social, Pavage
vnneloria-se das realizações judaicas, que se mostram em plena
eficiência:
“ Se na verdade agis sèriamente falando de conjuras ju­
daicas, porque não chamaria eu vossa atenção para uma cousa
da qual vale a pena falar? Para que perder tempo discorrendo
sobre o pretenso domínio de vossa opinião pública pelos finan­
cistas judeus, pelos editores judeus dos jornais e pelas estre­
las judaicas do cinema, quando podereis nos aru=ar de dirigir­
mos tôda a vossa civilização por meio dum mito judaico” ?
“ Ainda não nos destes conta de todo o mal que nos pode
ser imputado. Somos intrusos. Somos destruidores. Somos
revolucionários. Apoderamo-nos de vossos bens. de vossos ide­
ais, de vosso destino e calcamo-los aos pés. Somos a causa
máter, não só da última guerra, porém de quase tôdas as guer­
ras. Não somos somente os autores da revolução russa, porém,
os instigadores de tôdas as revoluções de vossa história. Cau­
samos a desunião e a desordem na vossa vida privada e na vos­
sa vida pública. Ninguém poderá dizer quanto tempo ainda
continuaremos a agir dêsse modo”.
A QUESTÃO JUDAICA 135

“ Que maravilhoso futuro não seria o vosso, se vos hou­


véssemos deixado em p a z ? ...”
Há mais êste trecho precioso:
“ Os costumes de nossa raça tornaram-se a base de vossas
leis morais. Nossas concepções jurídicas formam a- base de
tôdas as vossas instituições e do vosso sistema legislativo. N os­
sas lendas e mitos populares são as santas canções com que
embalais vossos filhos. Nossos poetas criaram vossos hinos e
orações”.
No mês seguinte, fevereiro de 1928, na mesma revista
"Century Magazine”, o judeu Marcos Eli Ravage publicou
novo artigo, quiçá mais cínico e mais fraco do que o primeiro.
Afirma que os judeus constituem um povo internacional,
uma minoria entre cristãos, mas de tradições, interèsses, tendên­
cias e finalidades contrárias à civilização dos povos que os
hospedam.
Depois de fazer referências à influência judaica sõbre o
mundo inteiro e sõbre as nações cristãs em particular, escreve
estes períodos:
“ Demais, a nossa influência ê real, muito maior e muito
mais perfeita do que pensais. Isto é o que nos põe em em­
baraço, o oue nos diverte e o que vos irrita na vossa luta con­
tra os iudeus. Tomais atitudes, agitais a opinião, falais por
tôda a parte sõbre a intromissão dos judeus em tôda a parte so­
bre a intromissão dos judeus em tôdas as atividades. Fica­
mos tremendo. Sabemos bem que iniustica cometemos im-
pondo-vos nossa fé e nossas tradições exóticas. Admitamos
que tenhamos mêdo que descubrais que vossa religião, vossa
educacão, vossa vida social, mundana e política, se baseiam
em idéias judaicas! Para quê, pois, deixais de mão isso para dis­
cutir pormenores como os banqueiros judeus e os judeus no
cinema? Nosso mêdo desaparece logo, porque vos tornais ri­
dículos! Ora, o “qoi” não é capaz de m'aliar a enormidade
de nossos crimes... Dizeis que somos revolucionários, agitado­
res e instigadores de revoluções. E ’ absolutamente exato e eu
me inclino diante dessa notável descoberta!... Demais, entra
pelos olhos que fomos os maiores responsáveis pelas revolu­
ções democrático-burguesas do último século, tanto na França
como na América”...
Temos nos trechos esparsos destes dois artigos da lavra
de um intelectual judeu o melhor documento a favor da auten­
ticidade dos “Protocolos dos Sábios de Sion
Podemos agora concluir, sõbre a origem déste livro, com
a palavra de Henry Ford:
“ Fôsse quem fôsse o seu autor, é inegável que devia ter
profundos conhecimentos de psicologia humana, de história e
de alta política, conhecimentos que surpreendem e fazem recear
pelos que alvejam. Nem um louco nem um criminoso podia
ser o autor de semelhante programa; porém mais provavelmen­
te o elaborou um homem de preclara inteligência, dominado por
um amor fanático pelo seu povo e pela sua fé, se essas múlti­
plas sentenças têm, de fato, um único autor. A obra reflete
uma realidade demasiado terrível, para que possa ser uma ficção
fanática; as suas idéias fundam-se demais em fatos, para se­
rem meras locubrações; e o seu conhecimento é demasiado pro­
fundo, para que tenha surgido de uma ilusão. ( 5)

(5) Henry Ford — “ O Judeu Internacional” — Pág. 96.


X III
*

A INFLUÊNCIA JUDAICA E O ESPÍRITO


CRISTÃO

"O que querem é, em resumo, a juddiza-


ção do mundo; pretendem substituir a idéia
cristã pelo conceito judaico em todos os ramos
da vida”.
(Léon de Poncins — “As Forças Secre­
tas da Revolução” — Pag. 223).
Dedicámos extenso capítulo à atuação dos judeus nalgu-
mas das principais revoluções ocorridas na Europa.
Vimos como os magnatas de Tsrael trabalham contra a or­
dem' social e contra os poderes constituídos e o fazem de vá­
rios modos: disseminam ideologias revolucionárias; oferecem
os fundos indispensáveis à ewprêsa; e, finalmente, oferecem
pessoal competente para a execução dos programas elaborados
nos conventículos dos judeus e dos seus assalariados.
O espírito judaico é diametralmente oposto ao espírito cris­
tão e não tem outro empenho a não ser destruir e aniquilar a
civilização fundada sôbre as máximas do Evangelho.
E ’ bem verdade que, infelizmente, a sociedade hodiema
não se rege tão somente pelos ensinamentos de Jecús-Cristo;
é forçoso, porém, conhecer que o direito moderno e as normas
que regulam a vida social tiraram muita cou=a do cristianis­
mo. Contra essa influência dos princínios cristãos sôbre a or­
dem pública e a moral dos povos, Israel mobiliza todos os seus
poderes, no intuito de anular ou substituir tudo que de cristão
resta em nossa época.
O célebre Judeu "Rcrnard Lazare deixou-nos esta precio­
sa e insuspeita confissão:
“ Para o terrível anticristianismo do século dezoito, im­
portaria examinar qual foi a contribuição, já. não digo do ju­
deu, mas do espírito iudaico. Não devemos esquecer que no
século dezessete os sábios, os eruditos, como Wagenseil, como
Batoloci; como Ruxtrof, como W olf, fizeram sair do esque­
cimento os velhos livros de polêmica hebraica, os que atacavam
a Trindade, a Incarnação, todos os dogmas c todos os símbo­
los. com a aspereza judaica e a subtileza que possuíram estes
incomparáveis lógicos formados pelo Talmurl. Não somente
publicaram os tratados dogmáticos e críticos, mas ainda tra­
duziram os libelos difamatórios, as vidas de Jesus, como o
140 T. C A B R A L

Toledot Jcsclin, e as lendas irrespeitosas dos fariseus do se­


gundo século, que se encontram tanto em Voltaire como em
Parny”.
já vimos, em capítulo anterior, a atuação violenta do es­
pírito revolucionário dos judeus; agora estudaremos, embora
sumàriamente, o trabalho de sana com que os mesmos procuram
destruir as bases cristãs dos Estados modernos.
O socialismo revolucionário, sob qualquer forma que se
apresente, é aliado e instrumento (mais instrumento do que
aliado) do judaísmo.
Aos princípios cristãos da fraternidade humana e da vi­
da sobrenatural o socialismo opõe a luta de classes e o mate-
rialismo histórico.
O socialismo é filho ligítimo do judaísmo. Seu criador é
um judeu: Marx, cujo verdadeiro nome era Mordechai, corru-
tela de Mardocbeus. E os maiores e mais influentes próce-
res das companhias socialistas foram e são judeus.
Herzl, o criador do movimento sionista, escrevia, nos fins
do século X IX , estas palavras, que devemos reter de memória:
"Os judeus educados depressa se tornam socialistas. A s­
sim, temos a certeza de sofrer muitíssimo na luta entre as
classes, pela nossa posição mais exposta nos campos socialis­
tas e capitalistas”.
Através da ideologia socialista encontramos os traços acen­
tuados do velho malerialismo hebraico. (B . Lazare).
Um rabino judeu, Adler, cm 4 de junho de 1894, escre­
via: “ os judeus são voluntariamente anarquistas, mas não sen­
tem predileção alguma pela acão individual”. E Luiz Mar­
tins fêz esta observação: “ Raramente se vê um judeu insul­
tar um padre; mas manda-o insultar”, f 1)
Nicolau Berdiaeff é, incontestavelmente, o maior filósofo
russo e uma das maiores cerebrações contemporâneas. E ’ um
espírito sunerior, que, alheio aos mesquinhos preconceitos religio­
sos e raciais, investiga as causas e as conse jüências das agitações
político-sociais dos dias turbulentos, que atravessamos. Em “ Uma
Nova Idade Média”, livro hoje traduzido em todas as linguas
cultas, o grande pensador eslavo explica a razão última das ten­
dências dos judeus para o materiahsmo histórico.

(1) Mário Saa — "A In v a sã o d o s Ju d e u s” — Pág. 201.


A QUESTÃO JUDAICA 141

Diz Berdiaefí:
‘‘O socialismo tem um caráter messiânico. Para êle, existe
uma classe eleita, uma classe-messias: o proletariado; êste está
isento do pecado original que gera tôda a história, tôda a cultu­
ra dita “ burgiteza”, — isento dêste pecado que constitue a explo­
ração do homem pelo homem e da classe pela classe. Esta classe-
messias é o próprio embrião da verdadeira humanidade, da hu­
manidade futura, que não conhecerá mais nenhuma exploração.
U proletariado é o noro Israel. Todos os atributos do povo elei­
to de Deus lhe são transferidos Êle deve ser libertador e o sal­
vador da humanidade, deve realizar o Reino de Deus na terra.
A uma hora tardia da história, o antigo milenarismo hebraico se
reproduz assim sob uma forma secular. A classe eleita realizará
enfim na terra o Reino prometido, a felicidade em Israel, que o
Messias crucificado não pôde realizar. Ela é precisamente êsse
Messias novo, organizador do reino terreno, cm nome do qual
o antigo Messias foi renegado porque anunciava um reino que
não é dêste mundo”. (/)
Para o messianismo judaico, o socialismo c o comunismo
não constituem um fim, mas um meio; um meio de destruição
das forças materiais, isto é, os governos organizados, e das for­
ças espirituais, isto é, as religiões em geral e o catolicismo, em
particular, que se opõem ao imperialismo de Israel.
Um ligeiro balanço dos partidos socialistas demonstra, à
saciedade, que êsse movimento político é criação do judaísmo.
De acordo com o autor do importante e documentado li­
vro “ Who rules Rússia'?, em 503 pessoas que ocupam os al­
tos cargos da ditadura do proletariado, contam-se 406 judeus,
20 russos, 34 livónios, 12 armênios e os restantes são polone­
ses e tchecos.
Das atividades comunistas dos judeus, na Alemanha, to­
dos tomaram conhecimento, pois o nacional-socialismo se en­
carregou de desmascarar os planos do imperialismo israelita.
Em 1928, o partido social-democratico alemão escolheu
39 representantes para as comissões do Rcichstag: desses 39
delegados do povo alemão, 38 eram judeus!
A Itália, antes do advento do regime fascista, esteve pres-

(2) Berdiasff — “Uma Nov* Iiade Média" — Págs. 242-243.


142 J. C A B R A L

tes a cair nas garras dos comunistas, que pretendiam transfor­


mar a península em uma república soviética.
O judeu Ernesto Nathan era o financiador da empreitada.
Em represália ao castigo infligido a Nathan e ao fechamento
das lojas maçônicas, houve uma conspiração, cujo fito era as­
sassinar Mussolíni; descoberto o plano em tempo, foram pre­
sos os judeus Sérgio Sion, Mário Levi, Leão Grunsberg, Car­
los Levi, Dino Levi, Leão Levi, Bárbara Allazon e C. Pas-
qualis.
Na Bélgica, a imprensa comunista, segundo foi averiguado
recentemente, pertence tôda ela aos judeus ou é dirigida por
êles. O órgão oficial do partido operário belga tem a direto­
ria composta de judeus; citaremos os nomes de alguns: Elias
Konbo, Koultscher, Levy, Goldstein e outros mais. À fren­
te do partido socialista belga acha-se também um judeu:
Epstein, mais conhecido pelo seu pseudônimo político de Van-
dervelde.
Na França, as cousas não se passam diferentemente. O
grande jornal do partido socialista francês, ”L ’Humanité” foi
fundado por doze judeus e com capital também judeu. Os
seus nomes, conforme publicou o jornal comunista" Guerre So-
ciale”, são: Blum, Brahim, Bruhl, A. Dreyfuss, Lonis Drey-
fuss, Herr, Sachs, R o u ff; Reinach, Cazevith, Rodriguez e
Picard. Na gerência do mesmo está o judeu Oswald. Seus
redatores principais são todos judeus c agitadores comunistas
notórios. O jornal "La Vérité”, órgão oficial do comunismo,
na Bélgica, é dirigido por Trotzky.
Os judeus da França não são menos ativos e menos polí­
ticos do que os dos outros países da Europa.
Léon Blum, Rosenfeld, Ziromsky e outros chefes do par­
tido socialista da França são todos judeus. "Le Populairc”,
órgão do partido, é dirigido por judeus.
A serviço do comunismo e em preparo da revolução mar­
xista, os judeus exercem a espionagem e procuram desacredi­
tar o regime e o govérno, promovendo escândalos financeiros,
que levam o povo à revolta.
O caso do judeu Stavisky, que envolveu grande número
de judeus e de maçons graduados, é típico c todos conhecem as
graves agitações provocadas pela revelação dêsse formidável
escândalo.
A QUESTÃO JUDAICA 143

Stavisky foi um judeu da Ucrânia, cujo verdadeiro nome


era Aarão Stavisky. Seu companheiro Hayotte, era também
judeu oriental; seus cúmplices Cohen c Levy, como o indicam
os nomes, eram igualmente judeus. O defensor dessa gente
foi o judeu e maçon Hene. O advogado de Stavisky foi outro
judeu, Pierre Loewel, conhecido pelo pseudônimo de Dubarry.
No jornal "La Volontè'’, que tanto figurou nesse caso, pon­
tificavam os judeus Vítor Basch, G. Rodriguez, Cahen-Molins
e Bernard Lecache.
O judaísmo sabe trabalhar cm segredo e preparar, infali­
velmente, resultados seguros. A maçonaria é sempre o dócil
instrumento dos elementos judaicos, que assim acobertam seus
intuitos. O íntegro conselheiro Prince foi misteriosamente as­
sassinado e os documentos importantíssimos, que o mesmo fize­
ra fotografar, desapareceram sem deixar o mínimo vestígio.
Êsse fato faz lembrar o estranho processo pelo qual, à luz
meridiana, os bolchevistas se apoderam, em Paris, do general
russo Kutiepoff.
Judeus de tôdas as procedências foram colhidos pela po­
lícia, em 1924, em célebre processo de espionagem, que envol­
veu, de uma só vez, a França, a Inglaterra, a Polônia, a Fin­
lândia e outros Estados do Báltico.
A polícia da Polônia, em vários processos de espionagem
e atentados, colheu em suas malhas os seguintes judeus; o jo-
ven e perigoso Elensky, Bogovci, o famosíssimo Gedal Bro-
chis, Sterchinsky, Grunbaum, Stella Filiar, Panna Szerzevska,
Mariana Plotnikova, Slivak, Czermanoviez, Metrak, Franzman,
Robriner, Papermuch, Pebrinsker e tóda a tribu Ladovsky, os
piores: Benjamim, Ester e seus pais!...
Na Alemanha, no ano de 1932, houve um processo de
espionagem, que abalou tôda Europa. Os implicados eram
todos judeus: Sendimaier, Peters, Liebman, Zacharine, Loeb,
Artur Bronstein, Nicodemos Rosenthal, Nadeja Korelman, vul­
go Milochino. ( 2)
Em 1934, foram interrompidas as negociações diplomáti­
cas entre a União Soviética e os Estados-Unidos. Entre os
motivos, que levaram o governo norte-americano à essa atitu­
de, um dos principais foi o não cumprimento das promessas

(2) João do Norte — " A Oftvsira” — Rio, 20-7-1935.


144 J. C A B R A L

da U. R. S. S. relativas à propaganda comunista no território


yankee.
E ‘ de notar que, nesse mesmo tempo, as greves e as agi­
tações operárias registadas foram quase exclusivamente dirigi­
das por judeus filiados à Terceira Internacional. Assim, o
“Comitc Executivo de Nova-York para o auxílio da greve ge­
ral” fêz distribuir um folheto subversivo assinado pelos srs.
B. Daeydoff, M. Luris, No Rosenbcrg, Meyer, j . Rosenberg,
Ch. Cordon, Sam Eiredmann, J. Perloff, L. Wainstock, Ben
Iiold, D. Gordon, j. Lustig, J. Rubin e Charles Kruenbrin, no­
mes esses que também se encontram nos folhetos distribuídos
entre os operários têxtis em greve.
O padre Edmund Waish que, como representante do San­
to Padre, esteve durante algum tempo em Moscow, falou há
pouco a representantes da imprensa acerca da agitação comu­
nista nos Estados-Unidos, declarando: — “A Terceira Inter­
nacional, cuja sede, como se sabe, é em Moscow, deu ordens
para que a obra de reajustamento econômico do presidente
Roosevelt seja impedida por todos os meios. Tanto a greve
geral de São-Francisco, como a atual greve dos tecelões, são
movimentos ordenados e dirigidos pela Terceira Internacional,
fato êsse que ficou constatado por uma carta dirigida pelo
Comitê Executivo da Terceira Internacional ao Partido Comu­
nista dos Estados-Unidos. Nessa carta, exige-se do Partido
Comunista que faça “esforços extremos afim-de desacreditar
a N. R. A .’’
De acordo com as informações dêsse sacerdote, o Partido
Comunista dos Estados-Unidos cresceu de 300 por cento, des­
de o reconhecimento diplomático da União Soviética pelos Es­
tados-Unidos. Agitadores e terroristas, na grande maioria israe­
litas, que falam bem inglês e foram instruídos por Moscou, lo­
go após o inicio das relações diplomáticas com a Rússia, inva­
diram em massa os Estados-Unidos.
Em cooperação íntima com os representantes de sua raça,
naquele país, iniciaram êles, de acordo com as instruções de
“Kommintern”, a propaganda da greve, sendo largamente au­
xiliados nesse mister por marxistas emigrados da Alemanha,
que gozam da hospitalidade americana. Destes últimos os pio­
res são os srs. Thomas Muerzenberg e Curt Rosenfeld, que
A QUESTÃO JUDAICA 145

antes de sua chegada aos Estados-Unidos mantiveram uma gran­


de agência de informações difamatórias em Paris.
Em tôda parte, encontramos os judeus, que agitam as
massas populares e lançam o fermento do comunismo.
A destruição da catedral de Sofia, na Bulgária, atentado
que ocasionou centenas de vítimas, foi obra de um grupo de
judeus comunistas.
Dois judeus soviéticos, Lepienc e Bergmann, prepararam
a máquina infernal, que provocQu o desabamento do viaduto
de Bia Tobagi por ocasião da passagem do expresso de Viena,
ocasionando horroroso desastre.
O anarquismo judaico prestou também seu valioso con­
curso no atentado que em Marselha, França, ceifou a vida do
rei Alexandre, da Iugoslávia.
Em numerosos atentados e coar;uras figuram judeus em
grande número. Vamos citar alguns exemplos apenas:
Grabriel Princep, que assassinou, em Seravejo, o arquidu-
que Francisco Fernando, era judeu. Kerensky, que sucedeu
ao tzar c preparou o advento do regime boichevisla na Rússia,
era judeu. A tragédia sombria e terrífica de iekaterinburgo,
em que pereceu a família imperial russa, foi organizada e di­
rigida por três judeus: Yourovski, Golostcheguine e Sver-
dloff. Mais recentemente, em princípios de 1936, encontra­
mos um judeu envolvido em um crime de ordem política: Da­
vi Frankfurter assassina Gustloff, chefe do partido nacional -
socialista da Suíça.
O grande rabino dos Estados-Unidos, Alagues, que por
certo deve conhecer bem as atividades e as inclinações dos
seus irmãos de raça, afirmou recentemente: “ Por tôda parte
os judeus são os chefes reconhecidos, os guias naturais dos par­
tidos revolucionários.”
Henry Ford, em seu livro " O Judeu Internacional”, que
mais de uma vez tivemos a oportunidade de citar, estuda as
atividades revolucionárias e a infiltração marxista, levada a efei­
to pelos judeus, em todos os países do mundo.
Através de tôdas as manifestações do judaísmo encontra­
mos, aberta ou veladamente, um certo espírito de ódio e de
combate ao cristianismo. E ’ sôbre as ruínas da Igreja que a
Sinagoga quer ser reconstruída e inaugurar o predomínio do

10 — Q. J.
146 J. C A B R A L

materialismo judaico sóbre os destroços dos princípios funda­


mentais da civilização cristã.
Por todos os meios disponíveis os judeus tratam de ar­
ruinar a sociedade cristã, destruindo ou pelo menos abalando
os fundamentos da religião e da moral.
E ’ o judaísmo que explora e organiza, no mundo inteiro,
a prostituição, por intermédio da Migdal, sociedade secreta,
contra a qual são impotentes as policias dos países civilizados
e cristãos. Mais uma vez, em nossa imprensa, tem aparecido
o nome dessa terrível associação internacional, mas não se fala
de seu caráter judaico.
O judaísmo muito esforço tem despendido contra o ma­
trimônio uno e indissolúvel, pedra angular da família cristã.
Em 1876, cm França, Alexandre Dumas, semi-judeu, e
Naquet, judeu inteiro, principiaram a campanha pró-divórcio
e imediatamente todos os literatos e escritores israelitas secun­
daram êsse movimento. O judeu Henry Marx reivindicava
a união livre; Léon Blum, judeu da Lorena, apelava para um
futuro em que a licença fôsse completa. Max Nordau, que
é universalmente conhecido, verberava como infâmia a supres­
são da poligamia, uma vez que os animais não guardam a
fidelidade...
Não concebemos idéias e princípios mais opostos ao con­
ceito cristão da família.
Um estudioso da questão judaica escreveu estes conceitos,
que resumem e explicam o anti-cristianismo dos filhos de Is­
rael :
“ Por sua parte é o judeu o espírito antagônico, a pró­
pria incompreensão do catolicismo. Forçado a entrar nêle, co­
mo freqüentemente tem sucedido, entra, em verdade, no cris­
tianismo, mas jamais no catolicismo. E então, prefere as fór­
mulas mais simples de cristianismo, aparentemente mais sim­
ples, e portanto mais tolerantes para com êle, o protestantismo.
Entre tôdas as religiões da terra, é a dq Roma o ponto de re­
ferência do seu ódio: nesse rancor, e no desejo de a derruir,
lança até mão das religiões contrárias, promovendo-lhes a pró­
pria propaganda. O calvinismo e luteranismo têm sido exce­
lentes armas dos judeus”. ( 3)

(3) Mário Saa — Livra citado — Pág. 219.


A Q U ESTÃ O JUDA IUA 147

O caráter acentuadamente anti-cristão da influência ju­


daica é registado também pelo autor de “ Bolcliévisme de Sa-
lon”, que, à pág. 553, diz:
“ De todos os tempos tem sido o fim dos judeus uma luta
de morte, imperdoável, inexpiável, contra o cristianismo saído
deles próprios. Seu sistema constante tinha sido o racionalis-
mo, o anticlericalismo penetrante. Constituíram, sucessivamen­
te, a gnose, a cabala, a exegese: foram verdadeiramente os
doutores da incredulidade”.
Onde quer que os judeus se organizem e desfrutem de
alguma influência, logo começam a trabalhar contra a religião
e as tradições cristãs.
Prova disso podemos encontrar no plano de ação do
Comiti ludaico Americano, que pugna pelas exigências das as­
sociações israelitas dos Estados dos Estados-Unidos.
Citaremos, aqui, alguns pontos de seu programa:
a) conseguir o reconhecimento oficial da religião judai­
ca pelas administrações das municipalidades e dos governos
dos Estados e da Federação Americana;
b) eliminar quaisquer menções sôbre Cristo nos docu­
mentos oficiais editados pelas autoridades ou repartições pú­
blicas ;
c) obter o reconhecimento oficial do sábado judaico;
d) alcançar o direito de negociar e trabalhar aos do­
mingos ;
e) abolir as comemorações do Natal nas escolas e re­
partições públicas;
f) afastar dos cargos públicos e chamar à responsabili­
dade perante a justiça as pessoas que, públicamente, criticarem
os judeus;
g ) colocar nos tribunais oficiais o emblema de juízo
judaico ;
h) eliminar dos estabelecimentos públicos de instrução
as obras e os autores que os judeus julgarem indesejáveis;
i) proibir o tênno cristão e as expressões: estado, reli­
gião c nacionalidade em todos os editais e documentos públicos.
Parte dêsse programa já logrou impor-se ao tolerante
povo norte-americano, o restante, com perseverança e astúcia,
os judeus pretendem levar à realização plena e total.
14S J. C A B R A L

Quando se celebrou, em New-Jerscy, E. U., o congresso


nacional dos veteranos da guerra, a moção que mandava reco­
nhecer a cruz como distintivo dos capelães, foi rejeitada pelo
voto dos judeus.
De 1909 a 1910, em Newark, os rabinos apresentaram uma
moção que mandava se suspendessem as aulas noturnas às sex­
tas-feiras, por motivo do sábado hebreu. E em Nova-York os
judeus pertencentes à bólsa exigiram a suspensão das operações
durante o dia da festa de Iom Kippur.
De 1912 a 1913, as organizações israelitas dos Estados-
Unidos, votaram uma resolução que veta a leitura da Bíblia
e os cânticos religiosos cristãos nas escolas públicas. Em Chi­
cago, obtiveram que o dia de Natal fôsse riscado da lista dos
feriados oficiais nas escolas públicas. Em New-Jersey, exi­
giram que fôsse revogada a lei que determinava o repouso
dominical. Em Óhio, propuseram a adopção de um regula­
mento que vedava o ensino da religião nas escolas públicas. Em
Detroit, os judeus fizeram oposição à leitura das Sagradas Es­
crituras e à execução de cânticos religiosos cristãos, nas esco­
las públicas. Em Pennsil vânia, por exigência dos judeus, foi
votada uma resolução que recomendava a cessação do costume
de rezar o Padre-Nosso, nas escolas.
Várias outras iniciativas contrárias ao espírito cristão fo­
ram adotadas ou pelo menos propostas, devido a interferência
dos judeus. ( 4)
Em novembro de 1935, na Universidade de Buda-Pest, ve­
rificou-se um incidente, que bem demonstra os sentimentos anti1
cristãos dos judeus.
Um numeroso grupo de estudantes húngaros resolveu afi­
xar emblemas religiosos em diversas salas da secção de Econo­
mia Política, afim-de assinalar o caráter cristão e nacionalista
da Universidade. Pois bem. Os estudantes israelitas da mes­
ma, se insurgiram e levantaram a sua absurda atitude ao ponto
de provocar inúmeras desordens. O Reitor da Universidade
ordenou o fechamento dos cursos, em vista da fortíssima reação
antissemita que o gesto dos judeus provocou.

(4) Witold Kowerski — “ Is ra e l se m m á s c a r a '’ — Pág. 450 e segs.


A QUESTÃO JUDAICA 149

Os exemplos exparsos, que acabamos de citar, dizem bem


do trabalho incessante e seguro dos judeus, que tentam arran­
car aos povos, que os hospedem, a religião dos seus maiores
e as tradições legadas pelos seus antepassados. Dêsse modo,
pretendem levar à dissolução e à desagregação as nacionalida­
des incautas, que não sabem resistir à infiltração dos judeus
espalhados pelo mundo. Não e de estranhar que assim acon­
teça, em nossos dias, pois Sêneca, na antiga Roma, dizia que
os judeus eram o único povo que conseguia impor sua vontade
e suas leis aos vencedores.

Antes de terminar o presente capítulo diremos algo so­


bre uma entidade que não pode ser estranha ao judaísmo; a
maçonaria.

O estudo das relações entre a maçonaria e o judaísmo


comporta um grosso volume, no qual se trate, aprofundadamen-
te das forças secretas das revoluções e dos agentes ocultos de
tôdas as perturbações da ordem pública e social.
Não é êste o nosso escopo, no estudo que vamos fazendo,
da questão judaica. Em nosso trabalho apenas de passagem
faremos breve referência à maçonaria.
De início, observamos que o programa de ação mâçônica
é muito semelhante ao judaísmo internacional.
A maçonaria assesta suas principais e mais poderosas ba­
terias contra o cristianismo, em geral, e contra a Igreja Católi­
ca, de modo todo particular. Nas lojas, respira-se o ódio con­
tra qualquer crença ou organização religiosa, principalmente
quando se trata do catolicismo.
A maçonaria combate tôdas as bases da moral e todos
os fundamentos da família; nega os direitos de propriedade e
de herança — enfim, sustenta os mesmos princípios que os do
judaísmo anti-cristão.
Os orientes e as lojas esposam os mesmos ideais da sina­
goga, que só deseja e aspira destruir a sociedade cristã. ( 5)
Maçons e judeus parecem animados sempre pelo ódio con­
tra Cristo.
(5) Xavier Gautrelet — “A Franco-Maçonaria e a Revoluçã
— 1.” vol.
150 J. C A B R A L

L. de Poncins, que se dedicou sèriamente ao estudo dos


poderes ocultos das revoluções, assinala o estreito parentesco
que une a ideologia maçônica à ideologia judaica. ( “)
Evidentemente, a maçonaria é uma organização secreta,
dirigida por uma minoria internacional e que move guerra mor­
tal ao cristianismo.
Maçonaria e judaísmo alimentam ideais materialistas de
uma felicidade terrestre: demonstram tendências fortes para
a divinização da humanidade; combatem as instuições monár­
quicas e os governos pessoais, que não se justificam pela von­
tade popular. As investigações históricas nos provam que o
simbolismo da maçonaria, em grande parte, foi tirado do judaís­
mo. E ’ na alma judaica que encontramos a razão de ser da
tendência que a maçonaria revela para o racionalismo e o ocul­
tismo.
Finalmente, conforme diz o citado Poncins, os judeus são
numerosos na maçonaria e. em muitos lugares, sua influência
sòbre as lojas c considerada como preponderante, sobretudo
na Europa Central.
Poderiamos ainda ajuntar, aqui, valiosas afirmações de
judeus comprovadores do que acima dissemos. Deixamos de
o fazer por brevidade.
Terminaremos invocando o testemunho de um autor fran­
cês, Henri-Robert Petit, que, em livro recentíssimo, regista
êste fato:
Em 1932, Hitler sobe ao poder, na Alemanha, e inicia,
côm razão ou sem ela, uma perseguição contra os judeus. Re­
sultado imediato: o Grande Oriente da França, que até então
preconizara a aproximação franco-alemã, abre campanha con­
tra o III Reich, impõe ao govèrno da terceira república cele­
brar uma aliança militar com a Rússia Soviética, inimiga decla­
rada de Hitler. ( 67) fN ota.)
(6) Léon de Poncins — “La FranoMaçonnerie-Puissance occul-
te” — Pág. 73 e segs.
(7) Henri-Robert Petit — “La dictature des Loges’’ — Pág, 121.
NOTA — A interferência da Maçonaria, na solução de grandes e
importantes questões internacionais é cousa que não padece dúvida,
em nossos dias. Os orientais e as lojas eftvolvem-se e intrometem-se
nos problemas políticos e sociais c muito trabalharam em prol da rea­
lização do ideal judaico da criação de uma sociedade de países e do
estabelecimento de um tribunal internacional ou seja da fundação da
A QUESTÃO JUDAICA 151

A Maçonaria, no Brasil, tem interferido, mais ou menos


ostensivamente, mais ou menos eficazmente, na política e na
alta administração do país.
À influência maçônica devemos a célebre questão religiosa,
que acarretou a prisão de dois venerandos prelados.
Não podemos silenciar sôbre a “ Bucha”, de S. Paulo, so­
ciedade secreta, fundada, em 1835, por um professor de um
curso de humanidades, na Paulicéa, o judeu alemão Julius
Frank.
A B U BSG H F.N SC H A FT, sociedade de companheiros, tem
governado, inteiramente o Brasil-república, por intermédio de
alguns figurões de nossa alta política.
Sôbre essa organização secreta, escreveu Gustavo Barroso:
“ A Bucha, fingindo-se de sociedade beneficente, destinada
a ajudar estudantes pobres, joeirava os estudantes com persona­
lidade. afastando-os e marcando-os para o resto da vida, enquanto
acolhia e encaminhava os que, abdicando de sua liberdade de
conciência. a ela se escravizaram. Assim, pouco a nouro. foi
preparando gerações que dela dependiam, foi encaminhando me-
diocridades até que cobriu todo o Estado e a política brasileira
com a rêde dos seus filiados. Somente a Bucha, que agia sob o
rótulo do famoso Clube Onze de Agosto, explica a carreira feliz
de certos indivíduos sem valor mental ou moral que chegaram de
repente aos mais altos cargos da nação.
Durante todo o segundo reinado, os bucheiros fôram pre­
parando seu domínio até que com o advento da Benública, desde
o primeiro povêrno civil até hoje, passando através de mutações
políticas e de revoluções, a Bucha tem exercido secretamente o
Governo do Brasil. Presidente, ministros, magistrados, juristas,

Liga das Nações. Para confirmar o que afirmamos, poderiamos invo­


car o testemunho de vários autores, mas julgamos suficiente o de An­
dré Lebey, em seu livro " Dans VAtelicr Maçonnique” ; nessa obra en­
contram-se anexos valiosos documentos relativos à preparação da socie­
dade Renebrina.
Não menos importantes e não menos valiosos são os dados apresen­
tados nor I.éon de Poncins, em livro recente e mui documentado: “ So-
ciété des Nations — Super-fitat Maçonnique ”.
152 T. C A B R A L

parlamentares, diplomatas, escritores, chanceleres, todos saem da


Bucha ou entram para ela. Os que a repudiam não fazem car­
reira. E muitas mortes misteriosas, pelo punhal ou pelo veneno,
lhe são atribuídas." ( 8)

(8) Gustavo Barroso — “Jíspirito do Século X X ” — prti


73 e 74.
X IV

OS JUDEUS E A AGRICULTURA
“Na pugna contra o antissemitismo, que
os considera usurários por temperamento, e
dotados de específica disposição para o co­
mércio, os judeus atuais pretendem que a agri­
cultura foi desde remotos tempos ocupação
predileta da sua rciçai. A-pesar-disso, e de
dizerem que só forçados das circunstâncias,
e repelidos das outras profissões, tiveram os
seus antepassados de se consagrar à vida de
mercantes e à usura, os fatos não confixmam
semelhantes alegações. Pelo contrário, fre­
quentes Vezes os cristãos lhes exprobravam
a repugnância pelos trabalhos agrícolas e os
que reclamavam intenso esforço físico”.
(J. Lúcio d’Azevedo — “História dos
Cristãos-Novos Portugueses” — Pág. 31).
A agricultura, que etimològicamente significa o trabalho
ou cuidado empregado para fazer o solo produzir, tem mereci­
do, em todos os tempos e em todos os povos, o desvelo dos
governos.
Todos os governos côncios de suas responsabilidades têm
empregado o melhor dos seus esforços no sentido de dar incre­
mento aos produtos do solo, de que se abastece a população.
Mas a agricultura não é somente um meio de produção,
é uma fonte de riqueza pública; a agricultura desempenha um
papel importantíssimo no desenvolvimento das nações e cons-
titue um dos maiores fatores da civilização.
O plantio do solo prende o homem à terra, exercendo
sobre o trabalhador rural uma influência imediata e decisiva.
Em livro recentemente publicado em nosso país encontra­
mos a divulgação de curiosas observações exaradas em "No-
vclle Revue Française’, em artigo que estabelece um paralelo
entre o camponês e o operário.
"A máquina, escreve Afonso Arinos de Melo Franco, não
tem mistérios para o técnico que com ela maneja. E ’ um pro­
duto do seu engenho e êle reconhece-lhe a constituição interna,
as causas dos seus defeitos, os processos de aumentar ou di­
minuir o rendimento de sua produção. Porisso o operário
é confiante, céptico, ousado. Considera-se independente e crê
poder conduzir o próprio destino, porque não vê nêle senão
um resultado do trabalho que conhece por fera e por dentro.
O camponês, ao contrário, não assiste à elaboração do próprio
trabalho, desenvolvido no seio misterioso da terra.
A germinação é um fenômeno mágico e tão misterioso
quanto qualquer ontro fenômeno natural. Está sujeita a uma
série de influências incontroláveis e alheias à vontade do ho­
mem, como as águas do céu, os ventos do espaço, as luzes do
156 J. C A B R A L

sol. Daí a reserva do camponês, o seu apêgo aos velhos há­


bitos, a sua prudência, a sua tendência para o sobrenatural”. ( x)
Sirva a presente longa citação de documento comproba-
tório da influência que a terra exerce não somente sôbre a
alma do indivíduo, mas de um povo inteiro, radicado de há
séculos a determinado pedaço de solo.
Do exposto, manifesta-se, evidentemente, a razão do espí­
rito conservador e ordeiro das populações campesinas, em fla­
grante contraste com a agitação e turbulência do proletariado
dos grandes centros urbanos.
É manifesta a ojeriza dos judeus pela agricultura. Em
geral, os semitas são pouco inclinados aos trabalhos do cam­
po e a tôda e qualquer ocupação que exige certo despêndio de
energias físicas.
A repugnância dos hebreus pela agricultura, segundo obser­
va Lúcio d’Azevedo, é notória e reconhecida mesmo pelos maio­
res amigos do judaísmo.
Consultemos um pouco os dados estatísticos e encontrare­
mos a comprovação perfeita da afirmação acima exarada.
Diz o autor acima citado:
“ Esta repugnância dos hebreus pelo trabalho dos campos
ainda hoje é visível, e lha reconhecem os seus próprios corre­
ligionários. Fora da Palestina e desde a primeira dispersão
raramente foram cm qualquer parte agricultores. Pelo con­
trário a tendência para o comércio já nêles é verificada nesses
tempos distantes, e os vemos adotarem a profissão, com afã ca­
da vez mais constante, nas terras do exílio, Síria, Egito e Ba­
bilônia. ( :)
O recenseamento russo de 1897 acusava a existência, na
Rússia de 5.630.000 judeus, assim distribuídos, de acordo com
as suas profissões:
Negociantes e intermediários 1.957.000; artífices e apren­
dizes, 1.794.000; Operários, 365.000; profissões liberais........
265.000; empregados nos transportes, 201.000; agricultores,
179.000.

(1) Afonso Arinos de Melo Franco — "Preparação ao Naciona­


lismo" — Pág. 38 e 39.
(2) J. Lúcio d’Azevedo — “ História dos Cristãos-Novos Portu­
gueses ” — Pág. 32,
A QUESTÃO JUDAICA 15?

Em mais de cinco milhões de judeus não havia sequer cen­


to e oitenta mil agricultores!...
Consultemos outros dados estatísticos, igualmente instru­
tivos.
Em 1895, os judeus, que constituíam 14 % da popula­
ção da Polônia-Russa, representavam 84 % dos negociantes;
20 % dos intelectuais; 24 % dos médicos; 51 % dos profes­
sores é apenas 2 % de agricultores, operários, das usinas e
das minas. ( 34)
O rccenscamento austríaco de 1900 demonstrava a exis­
tência de uma população judaica de 1.225.000 almas, que se
distribuíam pelas seguintes profissões: negociantes, 430.000;
artífices, 351.000; operários, 67.000; empregados nos trans­
portes, 38.000; profissões liberais, 80.000; agricultores,...........
140.000.
As alterações políticas e as revoluções sociais do século
atual não modificaram sensivelmente êsse estado de cousas,
pois consultando as estatísticas de origem judaica, anos de
1922 e 1924, encontramos a população judaica mundial ava­
liada em 15.500.000 de indivíduos, dos quais os agricultores
eram computados apenas em 500.000!...
Henry Ford, estudando a influência da questão judaica so­
bre a agricultura, nos Estados-Unidois, escreveu estas pa­
lavras :
“Até há pouco tempo o judeu na América não se preocu­
pava com o território rural, o que é bem característico nêle,
já que o semita não é agricultor por natureza. Importantes
somas foram gastas para educá-lo e torná-lo afeiçoado à agri­
cultura, mas o labor produtivo nunca agradou ao judeu, nem
ainda hoje o interessa. Somente estima a propriedade que
encerra ouro em suas minas, ou que produz rendas. Um ter­
reno que produz batatas ou cereais, jamais possue atrativos
para o judeu”. (*)
O citado industrial norte-americano consagra longo capí­
tulo do livro “ O Judeu Internacional” à descrição dc extorsivas
operações bolsistas, pelas quais os financeiros judeus lograram
realizar vultosos lucros cm determinante da agricultura nacional.

(3) Isaiah Bowmann — “ Lc Monde Nouvcau” — Pág. 301.


(4) Henry Ford — "O Judeu Internacional'’ — Pág. 178.
158 J. C A B R A L

O cap. VI dos célebres “Protocolos dos Sábios de Sion”


fornece a chave que explica a razão de ser dessas o]>crações
rumosas para os proprietários rurais não-judeus.
Os banqueiros judeus procuram colher enr suas malhas os
incautos e inexperientes fazendeiros, fornecendo-lhes dinheiro
a curto prazo e a juros elevados, onerando assim as condições
da agricultura. Por esse processo, conseguem apoderar-se de
fazendas e latifúndios, que, a seguir, revendem ou arrendam,
obtendo destarte lucros consideráveis.
W. Kowerski, que estudou a fundo a questão judaica, for­
nece-nos esta explicação:
“ A par do desenvolvimento da liberdade do comércio ou,
para dizer melhor, da ditadura anônima dos financeiros mun­
diais, é movido o ataque contra o direito de propriedade terri­
torial, êste segundo fundamento do direito romano. E ’, no co­
meço, um ataque econômico tendo por fim a ruína da agricultura
baseada na produção individual, na grande propriedade e, de­
pois na pequena propriedade rural, a favor da produção agrí­
cola do além-mar de caráter especulativo. Depois o ataque
ingressa na esfera jurídica c tende, primeiro, à restrição do di­
reito de propriedade territorial c, finalmente, à expropriação
(exemplo: a R ússia)”. ( =)
As estatísticas referentes às profissões de judeus e não-
judeus, na Itália, na Alemanha, na Áustria, na Rússia e nos
Estados-Unidos, de acordo com as retificações do A. Grano-
wsky, demonstram que nos citados países, apenas dois por cento
da população judaica se consagra ao trabalho agrícola; o res­
tante se consagra à indústria, ao comércio, aos serviços domés­
ticos, às profissões liberais c empregos nas vias de transporte,
havendo regular número de proprietários e de indivíduos sem
profissão alguma.
Mário Saa, que estudou apuradamente a vida e a atuação
dos cristãos-novos portugueses, verificou que êles se ocupam
de tqdos os ofícios, à exceção dos agrícolas c dos mais penosos.
Preferem a miséria e a vagabundagem aos trabalhos árduos,
expostos às variações da temperatura.
E aponta o que se passa em Portugal:
“ Lançando os olhos sóbre a nossa província do Alentejo,5

(5) Witold Kowerski — "Israel sem Máscara” — Páf. 377.


A QUESTÃO JUDAICA 15!)

onde os judeus se têm feito substituir aos antigos proprietá­


rios, aí se percebe a manifesta decadência agrícola em abono
da mercancia dos gados: esta indústria ocupa hoje a atividade
alentejana, e jamais a lavoura como impropriamente se tem
julgado”. ( a)
Os amigos e advogados da introdução do elemento judaico
em nosso país a argumentam com o exemplo da Palestina atual.
Cumpre observar, porém, que a exploração agrícola é con­
dição de vida ou morte para o Sionismo. Sem a cultura dos
campos palestinianos torna-se absolutamente impossível a criação
do Lar Judeu. Sem a exploração agrícola é impossível estabe­
lecer as bases seguras da expansão econômica e da indepen­
dência política de um povo.
A-pesar-das imposições do meio e dos esforços enérgicos
dos leaders do movimento sionista, são poucos, relativamente,
os judeus que regressam à terra e que se consagram aos traba­
lhos do campo.
Granowsky, em "Lcs Problèmes de Ia ierre eu Palesúne”,
elucida bem êste assunto.
O judeu, habituado, de há séculos, à vida citadina e aos
afazeres do comércio, não se acostuma aos labores rudes pró­
prios à existência dos camponeses.
Tanto basta para que o Brasil feche as portas à invasão
do elemento semítico e, em particular, do judeu.

(6) Mário Saa A Iavasão dos Judeus” — Páif. 89.


V
XV

OS JU D EU S E A VIDA M ENTAL
"A multidão de Israel inunda a Europa,
levando a ação destruidora a estes três campos:
campo político, campo religioso, campo mental”.
(Mário Saa — “A Invasão dos Judeus”
— Pág. 255).

— Q. J.
Assinalámos, em capítulo precedente, o verdadeiro antago­
nismo, que existe e existirá sempre, entre o espírito judaico,
essencialmente materialista, e o espírito cristão, que se funda
na crença de uma vida sobrenatural.
Entre o cristianismo e o judaísmo há uma barreira in­
transponível, no que diz respeito ao modo de julgar os valores
materiais e no aquilatar das cousas que nos cercam. O cris­
tianismo, que coloca a finalidade do homem em algo de sobre­
natural, afasta-se inteiramente do judaismo, que tudo julga se­
gundo vistas interesseiras e materiais.
Daqui se segue que o cristianismo é essencialmente con­
servador e tradicionalista, ao passo que o judaísmo é revolu­
cionário e anárquico. Dêsse modo, não é de admirar que a in­
fluência judaica sòbre a vida mental dos povos tenha um ca­
ráter revolucionário e venha lançar a perturbação e a desordem
no mundo dos espíritos.
Não cabe nos estreitos limites de um capítulo de uma obra
sòbre a questão judaica traçar o quadro completo dos filósofos
judeus, analisar-lhes as teorias, marcar as correntes a que os
mesmos se filiaram e verificar o efeito e a influência do filoso-
fismo hebraico sòbre o pensamento humano, no decurso dos sé­
culos. Isso fornecería matéria para alentados volumes e o his­
toriador da filosofia, que a tanto se propusesse, teria assunto
vastíssimo para estudar longos anos.
Longe de nós tal intuito, quando pretendemos apenas apre­
sentar ao povo brasileiro um pequeno quadro dos problemas ori­
ginados do judaísmo.
Tentaremos somente tornar evidente a influência pertur­
badora, que alguns filósofos judaicos, exerceram sòbre a vida
mental dos povos mais cultos do mundo, isto é, dos povos que
se constituíram à sombra da Cruz, se organizaram segundo os
princípios fundamentais do Evangelho e se gloriam da civiliza­
ção cristã, que os séculos passados lhes transmitiram,
Í64 J. C A B R A L

De passagem, salientaremos alguns dos judeus que exerce­


ram grande iníluência sobre a mentalidade humana e teremos
oportunidade de verificar que essa influência se orientou em
sentido oposto à filosofia cristã.
Baruch Spinoza, nascido em Amsterdam, Holanda, era
filho de judeus portugueses. E ’ o criador de um sistema com­
pleto de filosofia panteísta, que subordina a teoria à prática,
a especulação à moral. Seu sistema, cheio de contradições,
exerceu vasta influência sobre os metafísicos, que se lhe segui­
ram, e sobre vários dos grandes poetas, como Goethe, Words-
worth, Shelley e muitos outros, que beberam em Spinoza muitos
de suas idéias filosóficas.
Entre os homens que maior influência exerceram sôbre o
espirito humano, prepararam o advento das revoluções demo­
cráticas e proclamaram "os direitos do homem’’, Jean-Jacques
Rousseau ocupa lugar dos mais salientes. O autor do "Contrato
Social” operou, no mundo das idéias, uma verdadeira desordem,
que, anos mais tarde se corporificou na grande Revolução, que
transformou o estatuto político da França.
A genealogia do filósofo de Genebra apresenta tantos e tão
numerosos nomes bíblicos, conforme demonstram Ernest Seil-
lière, em um trabalho “Jean-Jacques Rousseau”, e A. Lacas-
sagne, em seu estudo "Les dernières années et la mort de J. J.
Rousseau”, que julgamos acertado atribuir ao autor do "Emílio”
origem judaica. (*)
Henrique Heine, judeu de Dusseldorf, Alemanha, ironiza
sôbre o romantismo, o idealismo e o catolicismo; servindo-se de
um processo original, introduz na poesia todos os aspectos exte­
riores e todos os conflitos íntimos da vida moderna. Cabe a
Heine grande parte da responsabilidade da descrença que lavra
nos tempos modernos entre as classes cultas.
Max Simão Nordau, judeu de Buda-Pest, Hungria, autor
das “Mentiras convencionais da nossa civilização”, desferiu
terríveis golpes contra tudo que constitue a base da sociedade
moderna: a civilização, a monarquia, a aristocracia, a vida eco­
nômica, os sentimentos religiosos, as relações sociais e o matri­
mônio são taxados de mentiras e levados ao ridículo.

(1) Afonso Arinos de Melo Franco — "Preparação ao Naciona­


lismo” — Págs. 57 seg.
A QUESTÃO JUDAICA 165

Marx, Engels e Lassalle, todos três judeus, fazem-se arau­


tos do socialismo e organizam a luta de classes, preparando o
advento de uma sociedade fundada sôbre o materialismo.
Segundo afirma o historiador judeu Balaban, em uma pu­
blicação israelita da Polônia, a "Nossa Revista”, de Varsóvia,
a genealogia de Karl Marx é puramente judaica, de rabinos e
talmudistas:
“ No século X V III, vivia em Carcóvia, José Cohen — reitor
da Academia Talmúdica — tio do conhecido rabino de Luck,
Moses Iserles. Iserles casou-se com Nelsa Wal, filha do ra­
bino de Brest. Durante as guerras com os cossacos Saporogc ,
o rabino Iserles fugiu para a Prússia, onde a sua filha contiam
matrimônio com um jovem rabino de Tremes — Aaron Lwow.
Depois da morte de Aaron o cargo de rabino de Treves passou
para o seu filho, José Herschel Lwow, conhecido talmudista.
À êste rabino seguiu Moses Lwow, que transmitiu o rabinado
de Treves, por sua vez, para seu cunhado, Levy Markus. Êste
tinha dois filhos Samuel Marx, que lhe sucedeu no rabinado, e
Henrique Marx, que se deixou batizar, tornou-se advogado e
forneceu ao socialismo o profeta e criador da doutrina Karl
Marx”.
A acreditar no testemunho de Eleonor Marx, neta de Karl
Marx, a mãe do profeta do comunismo, Henriette Pressburg,
era judia holandesa e descendia de uma corrente centenária de
rabinos.
Lombroso, judeu italiano, tenta subverter as bases da cri-
minologia e impor suas teorias, a despeito das experiências de­
monstrarem o contrário.
Henrique Bergson, judeu de Paris, por meio de análises
subtis, procura abater o primado da inteligência e derrocar os
princípios milenários da filosofia.
Sigmundo Freud, judeu da Morávia, inventa a psicaná­
lise e cria um sistema novo, que reduz o homem a uma simples
máquina que tem por objeto único a satisfação do prazer. O
freudismo, infelizmente hoje tão divulgado, constitue a negação
completa de todos os princípios da moral cristã.
Einstein, judeu de Ulm, Alemanha, ora professor univer­
sitário na Bélgica, esforça-se por destruir o edifício da física
antiga e provar que tudo que se funda em uma perpétua rela­
tividade.
166 J. C A B R A L

Resumindo. O pensamento judaico quando aplicado à poe­


sia, à matemática, à moral, à filosofia e à antropologia, parece
não ter outra finalidade a não ser inverter todos os valores de
ordem moral ou intelectual, amesquinhar o que é grande, abalar
o que está firme, conspurcar o que é venerável e abalar tudo
que ainda permanece estável.
Papini, em uma de suas obras, põe nos lábios de Benrubi
tais palavras:
“ Esta propinação secular de venenos dissolventes é a gran­
de vingança hebraica contra o mundo grego, latino e cristão.
Os gregos troçaram-nos, os romanos dizimaram-nos e disper-
saram-nos e os cristãos torturaram-nos e desprezaram-nos. E
nós, fracos demais para nos vingarmos pela fôrça realizamos
uma ofensiva tenaz e corrosiva contra as colunas sôbre as quais
repousa a civilização, nascida de Atenas, de Platão e da Roma
dos imperadores e dos papas. E a nossa vingança está bem en­
caminhada. Como capitalistas, dominamos os mercados finan­
ceiros numa época em que a economia é tudo ou quasi tudo;
como pensadores, dominamos os mercados intelectuais, abrindo
brechas nas velhas crenças sagradas e profanas, nas religiões
reveladas e nas laicas. O judeu reúne em si os dois extremos
mais terríveis: déspota no reino da matéria, anárquico no reino
do espírito. Os senhores são nossos servidores na ordem eco­
nômica e nossas vítimas na ordem intelectual. O povo acusado
de haver morto um Deus, quis matar também os ídolos da in­
teligência e do sentimento e obriga os senhores a se ajoelharem
diante do idolo máximo, o único que ainda está de pé: o
Dinheiro”. ( 2)
Estas palavras são de um personagem de ficção, bem o sa­
bemos, mas isso não lhes prejudica a verdade dos conceitos que
encerram.
Ironizando, dizem-se grandes verdades.

Celebrou-se, recentemente, em Paris, um congresso de es­


critores, para arregimentação das “ forças intelectuais” do mundo
inteiro.

( 2) Papini - “ Gog” — Pág. 228-229,


A QUESTÃO JUDAICA 167

Em manifesto, ésses obreiros do pensamento humano afir­


mam que “compreenderam que o capitalismo não proporciona
a humanidade senão a decomposição, e empobrecimento intelec­
tual e a devastação moral’’.
A imprensa ao serviço do liberalismo e do comunismo pro­
curou dar a máxima importância a êsse conclave, que era sau­
dado como a flor da intelectualidade e genuína expressão do
sentir dos povos mais cultos e civilizados do mundo.
Considerava-se êsse congresso como a condenação mais
solene do fascismo, do capitalismo e do imperialismo.
Melhor fôra que ao Congresso Internacional de Escritores,
de Paris, lhe dessem o verdadeiro nome: Congresso de Escrito­
res Judeus.
Sim, congresso de escritores judeus e comunistas é que foi
a afamada reunião que teve lugar na capital da França.
Na assembléia internacional de literatos e escritores predo­
minaram os judeus e judeus de idéias abertamente comunistas.
E para nos convencermos disso basta atentar no grande nú­
mero de judeus que lá estiveram presentes. Alinharemos, em
prova de nossa afirmação, os nomes dos escritores judeus que
tomaram parte no congresso: Henri Barbusse, André Gide,
Malroux, Martin Andersen, Heinrich Mann, Thomas Mann,
Huxlev, Waldo Franck, C. M. Forster, Luc Durtain, Julien
Benda, André Chanson, Koltsof, Nicolau Tikhon, Karin Mi-
chaelis, Sokalof, Steinof, Jef East e Jaime Cortesão, judeu por­
tuguês. Os autores citados e vários outros cujos nomes omi­
timos i>or amor à brevidade, diziam-se legítimos representantes
das letras da França, Alemanha, Inglaterra, Rússia, Holanda,
Países Escandinavos, Bulgária, Portugal, Estados-Unidos e vá­
rias outras nações. Assim se infiltram os judeus e arvoram-se
em verdadeiras expressões dos povos incautos, que lhes conce­
dem generosa hospitalidade.

Há um fato que pouca gente observa: o grande número


de obras da lavra de escritores judeus, que a despeito da sua
maior ou menor mediocridade, conseguem impor-se no rner-
168 J. C A B R A L

cado dos livros e, traduzidos cm línguas estrangeiras, atraves­


sam os limites nacionais e sulcam os mares.
Assim é que os livros de Pitigrilli, Stefan Zweig, M. Gorki,
Remarque, Emil Ludwig, Dekobra e de outros escritores judeus
ou marxistas correm mundo, difundindo idéias e pregando prin­
cípios contrários às bases cristãs do mundo ocidental.
Ao passo que a literatura revolucionária consegue vencer
todos os obstáculos, escritos de real talento e obras de grande
valor não alcançam a merecida popularidade e aceitação e seus
autores continuam no olvido e arrastam-se na miséria.
E ’ o trabalho do judaísmo, que se serve de agências pró­
prias para divulgação ampla, pelo mundo inteiro, dos livros de
escritores israelitas, que, mais ou menos francamente, tentam
lançar a confusão no mundo das inteligências e combatem, com
maior ou menor energia, os princípios fundamentais da socie­
dade cristã.
Com muita veracidade e razão um escritor português es­
creveu esta breve sentença:
“A multidão de Israel inunda a Europa, levando a ação
destruidora a três campos: campo político, campo religioso, e
campo mental”. ( 3)
No capítulo X IV dos “Protocolos dos Sábios de Sion”, na
parte final, há alguns períodos que bem merecem ser trans­
critos :
“ Nossos filósofos discutirão os efeitos das crenças cristãs,
mas ninguém discutirá, jamais, a nossa religião no seu verda­
deiro ponto de vista, porque ninguém a conhecerá a fundo fora
dos nossos, que nunca ousarão trair os seus segredos.
Nos países ditos avançados nós criaremos uma literatura
louca, suja, abominável. Estimulá-la-emos ainda durante al­
gum tempo, depois de nossa ascensão ao poder, a-fim-de assi­
nalar o contraste dos nossos discursos, dos nossos programas,
com as suas torpezas.
Nossos sábios, educados para dirigir os cristãos, comporão

(3) Mário Saa — “ A Invasão dos Judeus ” — Pág. 255,


A QUESTÃO JUDAICA 169

discursos, projetos, memórias, artigos, que nos darão a influên­


cia sôbre os espíritos e nos permitirão dirigi-los para as idéias
e os conhecimentos que queremos impor-lhes”.

Em capítulo especial tratamos do predomínio judaico sôbre


a imprensa mundial.
E ’ assunto tão vasto que merece um estudo particular.
XVI

OS JU D EU S E A IM PRENSA
“Os senhores da imprensa não a utilizam
só para evitar todo ataque ao judaísmo, mas
para propagar, universalmente, os princípios
que lhe são favoráveis ”.
(Léon de Poncins — “A s Forças Secre­
tas da Revolução” — Pág. 186 e 187).
Ninguém ousará contestar ou pôr em dúvida o poder da
imprensa sôbre a sociedade hodierna.
E ’ a grande fonte de informação, é a grande escola, onde
quase todos vão beber um conhecimento e buscar dados neces­
sários à formação de conceitos sôbre os acontecimentos de
cada dia.
E ’ por meio da imprensa que o homem do povo, o magis­
trado, o professor da Universidade e até os prelados da Igreja,
muitas vezes, formam seus juízos e se orientam em face das
maiores questões. Quando alguém não se deixa arrastar pelas
tendências de seu jornal preferido, dêle, pelo menos, tirará ele­
mentos que influirão, mais ou menos, sôbre sua orientação pú­
blica ou privada.
Daqui, compreende-se qual o empenho que têm de conquis­
tar o favor da imprensa todos aqueles que pretendem impôr-se
à opinião pública.
A imprensa foi e continua a ser o moderno fazedor de reis,
porque é a imprensa que sustenta ou derriba os governos libe-
rais-democráticos.
Combes, o célebre ministro do Estado francês, que tanto
perseguiu a religião e moveu terrível luta contra o catolicismo,
Combes afirmou uma vez que a imprensa havia afastado da
Igreja três quartas partes dos católicos.
Max Nordau, judeu e paladino do predomínio judaico,
sustentava que, dentre tôdas as invenções modernas, é a im­
prensa a que melhor caracteriza a nossa época c é a sua fôrça
mais poderosa.
O judaísmo, que não abdicou de suas idéias e de seus pla­
nos messiânicos, não podia deixar de atrair para sua órbita de
influência êste poderoso elemento de doutrinação das massas
populares. E bem cedo os dirigentes mentais de Israel trata­
ram de dominar a imprensa mundial,
174 J. C A B R A I.

Em 1840, o Barão Moisés de Montefiore, já dizia estas


palavras, que revelam bem o espirito de domínio, que anima os
judeus:
“ Perdeis o tempo a tagarelar. Enquanto não se achar em
nossas mãos a imprensa do mundo inteiro, tudo que fizerdes
será infrutifero. E ’ preciso que dominemos a imprensa do
mundo todo, ou pelos menos influamos nela, se queremos iludir
e escravizar os povos”.
O conselho do astuto barão foi muito bem acolhido no seio
de seus irmãos de raça e os magnatas de Israel não pouparam
dispêndio de dinheiro e intrigas no fito de amordaçar a im­
prensa do mundo inteiro.
Eberlé, apoiado em estatísticas seguras, demonstra que a
imprensa mundial obedece à orientação dos judeus. Nesse autor
encontramos os dados preciosos, que infra transcrevemos:
“ As grandes agências mundiais, que são em tôda parte, a
principal fonte de informações da imprensa (como as casas de
atacado são as fornecedoras dos varejistas) c espalham ao
longo, o que o mundo deve ou não deve saber e sob forma exi­
gida, pertencem aos judeus ou obedecem à sua direção.
O mesmo se dá nos escritórios de correspondência, que
fornecem as notícias aos jornais secundários; as grandes agên­
cias de propaganda que recebem os anúncios e depois os trans­
mitem, em grupos, aos jornais, mediante uma avultada comissão,
estão quase inteiramente nas mãos dos judeus, a quem perten­
cem também muitas folhas nas províncias. E onde a palavra
judaica não se exprime diretamente pela imprensa, atuam as
suas poderosas influências indiretas: Maçonaria, finança, etc.
Em muitos lugares, os judeus preferem essa influência dis­
simulada, como, na vida econômica, consideram as sociedades
anônimas as mais vantajosas.
Os redatores dos jornais podem muito bem ser arianos.
Basta que, em todos os assuntos importantes, sirvam os inte­
resses judaicos ou não lhes façam oposição. Consegue-se, ge­
ralmente, êste resultado, pela pressão dos escritórios de propa­
ganda”. (O

(1) Léon de Poncins — " A s V orças Secretas tfa Revolução " *—


Pág. 184.
A QUESTÃO JUDAICA 175
O grande industrial americano, universalmente conhecido,
Henry Ford, em seu livro assaz vulgarizado, "O Judeu Interna­
cional”, consagra um capítulo inteiro à história de James Gordon
Bennett, editor do jomal "New York-Hcrald”, que durante pro­
longados anos sofreu o "boycoit” dos judeus da América-do-
Norte. fisse capítulo da obra de Henry Ford merece leitura
atenta, porque desmascara a pressão que os judeus exercem
sóbre aqueles que tiverem a hombridade de mover oposição aos
processos excusos e às negociatas indecentes, à sombra das quais
os senhores da Kehilla de Nova-York enriquecem e sugam os
recursos dos cristãos.
Uma prova de como os judeus exercem terrível influência
sôbre a imprensa, temo-la no seguinte fato: Quando Brenier de
Saint-Cristo, em 1913, publicou o livro “ Les Jnifs el le Tal-
mud”, fêz do mesmo larga distribuição pela imprensa, mas os
jornais se recusaram, em absoluto, a acusar sequer o recebi­
mento da obra. Mais ainda: nenhum livreiro de Paris o quis
receber e expor à venda, pelo que a destribuição teve de ser
feita, diretamente, por meio da Liga Francesa Antimaçônica.
León de Poncins, que citamos várias vezes, afirma que seu
■ livro "As Forças Secretas da Revolução” encontrou obstrução
geral e que as revistas e os jornais da chamada imprensa con­
servadora nem ao menos lhe consagraram uma linha de breve
registo.
Henry Ford, depois de publicar uma série de artigos sôbre
a questão judaica (artigos posteriormente reunidos em livro),
viu-se obrigado a fazer uma retratação do que escrevera; o po­
deroso industrial não conseguiu vencer a campanha que os israe-
listas dos Estados-Unidos moveram contra êle.
Em um dos capítulos do livro de Henry Ford encontramos
alguns esclarecimentos sóbre a influência judaica na imprensa
dos Estados-Unidos.
Escreve o supra mencionado autor:
“A publicação de uma lista dos proprietários, acionistas e
demais interessados em nossa indústria jornalística, não deixa­
ria de ser de sumo interêsse, porém não explicaria o absoluto
predominio judaico em nossa imprensa, tal como realmente
existe. Nessa lista seria pouco nobre enumerar algumas em­
presas jornalísticas de propriedade judaica, porque estas também
176 J. C A B R A L

são honrosas servidoras do bem público. A propriedade, na


indústria jornalística, não é sinônimo de preponderância.
Se se quiser saber quem exerce influência decisiva sôbre
um jornal, é preciso conhecer o seu síndico e os interesses a que
êste serve; depois as relações sociais de seus principais redato­
res, os agentes de anúncios que intervém nas publicações semí-
ticas e finalmente sua independência política. O predomínio
judaico na Imprensa não é sómente questão de dinheiro, como
também consiste em “calar certas cousas ao público, ou em di­
zê-las, segundo os casos”. ( 2).
Considerando atentamente o sentido e a amplitude dessas
palavras, ditadas pela experiência e pelo conhecimento de causa,
calculamos que um tal inquérito sôbre a imprensa brasileira oca­
sionaria muitas surpresas, aos católicos, principalmente.
De tudo quanto escrevemos, no presente estudo sôbre a
influência judaica na imprensa mundial, vêm-nos à mente certos
conselhos e certas regras exaradas nos célebres "Protocolos
dos Sábios de Sion”.
No capitulo II dos “Protocolos”, encontramos estas pala­
vras, que encerram profundas verdades:
“ Os Estados modernos têm em suas mãos uma grande fôrça
criadora; a imprensa. O papel da imprensa é o de indicar as
reclamações aparentemente indispensáveis, de dar a conhecer
as queixas do povo, de criar descontentes, de dar-lhes uma voz.
A imprensa incarna a liberdade da palavra. Mas os ■Es­
tados não souberam realizar essa fôrça e ela acabou em nossas
mãos. Por ela obtivemos influência, permanecendo na sombra,
graças a ela acumulamos ouro, a despeito das torrentes de san­
gue e de lágrimas, no meio das quais tivemos de sacrificar muitos
dos nossos. Cada uma das vítimas vale milhares de cristãos
perante Deus”.
Muitas e duras verdades encerra êste pequeno trecho, em
que achamos proclamada, em primeiro lugar, a influência ou
melhor a fôrça da imprensa e a incompetência ou a incúria dos
governos cristãos, que não souberam se utilizar, da mesma em
proveito próprio c em proveito do bem p úb lico...
Depois, vemos revelar-se, ostensivamente a tática predileta
A QUESTÃO JUDAICA 177

dos filhos de Israel: operar na sombra, agir sem ser percebido,


exercer influência e predomínio sem que as próprias vítimas
conheçam ou ao menos possam desconfiar quais sejam seus al­
gozes.
Finalmente, aparece o intuito material, o alvo predileto: o
ouro. Ouro, ouro, sempre ouro, mesmo que seja à custa de
torrentes de sangue e de lágrim as. .. Pouco importa que, em
meio de refregas tremendas, jorre abundante o generoso sangue
dos cristãos. . . Pouco importa que alguns dos que pertencem
ao povo eleito sejam sacrificados entre a multidão dos goim; o
essencial é que os judeus encham de ouro as suas arcas e exer­
çam domínio pleno sôbre a sociedade cristã, que não soube pre­
caver-se e defender-se contra êsses inimigos embuçados e as­
tutos.
N o capítulo X II, dos mesmos "Protocolos”, encontramos
mais nítido e pormenorizado o programa judaico relativamente
ao domínio da imprensa.
Resumiremos, aqui, os principais conselhos dos “ Sábios de
Sion”, que os exprimem em três pontos essenciais:

l.° — “ Ensilha-la-emos (a imprensa) e pôr-lhe-emos ré­


deas fortes. Faremos o mesmo com as outras obras impressas,
porque de que nos serviría desembaraçar-nos da imprensa, se
tivéssemos de servir de alvo à brochura e ao livro? Transfor­
maremos a publicidade, que hoje nos custa caro, porque ela nos
permite censurar os jornais, em fonte de lucro para o nosso
Estado”.
Êste breve enunciado é a negação absoluta de tudo quanto
seja a liberdade de imprensa, de que tanto se orgulham os mo­
dernos intelectuais.
“ Nada será notificado, continuam os “ Protocolos”, à socie­
dade sem o nosso consenso. Êsse resultado já foi obtido em
nossos dias, porque tôdas as notícias são recebidas por várias
agências, que as centralizam, de tôdas as partes do mundo”.
Encontramos, neste parágrafo, a afirmação que, preceden­
temente, fizemos, de que as agências de propaganda e distri­
buição de notícias se encontram em mãos dos judeus.
Cabe chamar a atenção do público católico para o silêncio
que a alta imprensa mundial e as maiores agências de informa­
ções guardam relativamente acêrca de tudo que possa interessar
12 — Q. J.
178 J. C A B R A L

à Igreja. Notícias infensas ao catolicismo, calúnias contra o


clero e telegramas que envolvam de qualquer modo o despres­
tígio da religião cristã — tudo isso corre o mundo e merece a
difusão mais ampla.
De outra parte vemos que as informações favoráveis ao
catolicismo ficam em silêncio ou apenas ocupam um lugar ín­
fimo no noticiário da imprensa.
E ’ o dedo de Israel; é o ôlho de Judá.
Finalmente, o terceiro ponto assim reza:
“ A literatura e o jornalismo são duas forças educadoras
das mais importantes: eis porque o nosso governo será o pro­
prietário da maioria dos jornais”.
Reconhecido e proclamado o poder da palavra escrita sôbre
a vida mental, os próceres de Israel insinuam a necessidade do
futuro governo judaico do mundo lançar mão, sem escrúpulos,
dêsse instrumento de domínio.
Prosseguindo no desenvolvimento de seu plano, o autor dos
“Protocolos ’ traça, pormenorizadamente, o programa por meio
de cuja execução os judeus poderão obter o pleno domínio da
imprensa. Revelam os pontos dêsse programa um perfeito co­
nhecimento da vida de imprensa e dos meios mais aptos para a
conquista e senhorio de todos os meios de publicidade.

Quando consideramos as tendências descristianizadoras da


imprensa hodierna, quando verificamos a propaganda constante
que o periodismo faz de princípios opostos à moral evangélica,
quando observamos a difusão ampla de ideologias anárquicas
e a infiltração marxista — não podemos deixar de reconhecer
que a alma de tudo isso é o judaísmo, que, em grande parte con­
seguiu submeter aos seus interêsses e colocar ao seu serviço as
grandes emprêsas de publicidade.
Há ainda outras particularidades, que revelam a poderosa
interferência judaica na vida da imprensa mundial. Quem co­
nhece as tendências e as ideologias dos filhos de Israel sabe en­
contrá-las e descobri-las na atuação das agências de publicidade,
que distribuem noticias e informações pelo mundo inteiro.
Todas as campanhas contra-revolucionárias encontram sem­
pre, desde o início, a oposição franca ou pelo menos a obstru­
A QUESTÃO JUDAICA 179
ção disfarçada da parte da grande imprensa das metrópoles. E ’
uma resistência sistemática oferecida ao espírito de ordem e às
tendências conservadoras.
A s medidas de repressão e de combate ao anarquismo são
invariavelmente ma! recebidas e devem enfrentar os ataques do
periodismo; ao contrário, tudo quanto favorece e alimenta os
pendores anárquicos é, ordinariamente, acolhido com o maior
entusiasmo pela imprensa venal.
Tôda ve7. que os governos ditos burgueses ou conservadores
reprimem as desordens e procuram fortalecer a própria autori­
dade, cercando-se das melhores garantias, na defesa das insti­
tuições que os mesmos encantam, a imprensa volta-se contra as
autoridades constituídas e ergue brados c ntra aquilo a que
chama violências e atentados às liberdades públicas e acusa o
govêrno de incapacidade administrativa e incompetência po­
lítica.
Merece referência especial a tolerância de grande parte ou
ntelhor da maior parte da imprensa mundial com relação ao go­
vêrno soviético. Basta que um comunista qualquer se encontre
às voltas com a polícia de seu país e, imediatamente, as grandes
agências expedem telegramas para o mundo inteiro e os jornais
começam a campanha em favor da vítima inocente, que a socie­
dade burguesa quer sacrificar. Na Rússia, há fuzilamentos em
massa, constantemente, por tôda vastidão da Moscóvia. . . E
quem protesta contra as violências da policia política de Stalin?
Sofrem os católicos as maiores perseguições e a grande
imprensa mundial quase não toma conhecimento de causa. Exem­
plo: o México.
A campanha do nacional-socialismo contra os judeus levan­
tou a grita universal contra o govêrno de Hitler e a imprensa
do mundo inteiro encheu-se de ataques contra a Alemanha,
como durante a Grande Guerra; os católicos e até mesmo os
protestantes, na mesma Alemanha, têm sofrido uma persegui­
ção muito maior e mais terrível do que a luta movida contra
os judeus, no entanto silenciam, por completo, os jornais que
condenaram com tanta veemência o antissemitismo.

Podemos aduzir mais uma prova do domínio judaico sóbre


a grande imprensa, em nossos dias.
180 J. C A B R A L

Segundo "Fascist”, que é o órgão do partido de Mosley e


se publica em Londres, a imprensa francesa se acha dominada
pelo judaísmo.
Escreveu o citado periódico londrino:

“ Os jornais ingleses gostam de reproduzir a opinião da im­


prensa “francesa". E' muito mais importante, porém, saber o
que é, de fato, a imprensa francesa, do que o que ela diz. Na
realidade, não existe uma “ imprensa francesa’’. Uma grande
nação que era antigamente um dos “leaders" da cultura ariana,
atualmente não possue mais influência, pois na França o judeu
venceu o ariano.
As particularidades, mencionadas a seguir, foram extraídas
de diversas publicações, e chama especialmente a atenção o fato
da potência judaica que também no conflito ítalo-etíope tem em
mãos as cartas de ambos os lados, controla igualmente qualquer
partido político da França, sem considerar os seus nomes. Cada
um dos nomes citados na lista seguinte é judaico”.
A seguir daremos, em resumo os dados publicados pelo ór­
gão do fascismo britânico.
A Agência Havas é controlada pelo financista H. Finaly,
que domina, destarte, 200 folhas das províncias, quatro grandes
órgãos de Paris. Finaly exerce igualmente a sua influência so­
bre “Le Journal” (redator-chefe Géo London, ju d eu ); “Le
Petit Journal” (com Israel, que se chama Georges M artin);
“L ’Oeuvre” (radical); “Ami du Peuple” conservador, (prin­
cipais colaboradores maçons) e as revistas " Candide”, “ Ric-
Rac” e “Je suis Partout”. Finalmente, êle domina ainda a so­
ciedade que edita “Les Annalcs”, “La Revue des Deux Mon­
des”, a firma Hachette e os “Journaux de Taillandier”.
O jornal “Le Rempart” é dirigido por Raul Levy e lhe é
subordinado também o jornal “Aux Écoutes”. “L ’Espoir Fran-
çais”, órgão fundado pelo judeu Nathan (que se chama, agora
I-ouis Forest), tem por redator-chefe o dr. Javal (judeu). O
“Intransicjeant” é controlado por Louis Dreyfuss. O “Droit
de Vivre” é dirigido por B. Lecache (Lippschuetz) e o “Petit
Bleu” pelo judeu Oulmann. O " Gringoire” é controlado por
E. Weinstein, que também é o principal acionista das “Édition
de France”. Seus principais assistentes são Kessel, Fischer e
Levy. A “Revue de France” encontra-se na sua maior parte
A QUESTÃO JUDAICA 181

nas mãos dos irmãos Rotschild, H. Bauer, M. Lazard, G.


Bramswig, W. Blumenthal, Henbauer, E. Deuth de la Meurthe
e J. Stern.
O "Êcho de Paris” é editado por Simon e Hirsch (o úl­
timo se chama agora M. Hurtin). O órgão monarquista
" IJOrdre” é a fòlha propagandista de J. Ebstein. A “Clironi-
quc Parlementaire” e a "Critique Liftrraire” são dirigidas por
A. Silbcrt e P. Leewell. A " Liberte” conta entre os seus co­
laboradores o sr. Fischcr. O anti-maçônico "Jotir” tem por
redator Hacker e seus colaboradores são maçons. O jornal co­
munista " /.' Humanitc” foi fundado por um grupo de grandes
banqueiros judaicos.
Um dos directores do "Fiqaro” é H. Vonhoven, sendo con­
trolado por Wertheimer. O “Maiin” é controlado por Nathan
(Louis Forest) e S. Cohen é o redator de informações. Na
redação do "Journal des Débats” encontra-se Blum.
Depois de alinhar tantos nomes em evidência na imprensa
da França republicana, o citado órgão dos fascistas da Grã-
Bretanha faz estas considerações:
“ O controle judaico da imprensa “ francesa” não só per­
mite que o plano judaico, referente à destruição das raças bran­
cas no país, possa ser levado adiante quase sem controle, per­
mite até (contra a respectiva remuneração) aos interésses pe­
trolíferos ou aos interesses armamentistas ( Schneider-Creuzot
e Comitê des Forges) exercer influência sôbrc a imprensa,
afim-de criar entre as nações uma psicose de guerra e descon­
fiança, tal como parecer ser mais conveniente para o “ negócio”.
A Agência Havas e todos os jornais principais de Paris,
inclusive o “ Excelsi or”, que é utilizado pelo Sir Basil Zaharoff,
estão à sua disposição, como demonstrou claramente a experiên­
cia do passado.
O francês que trabalha, não possue .voto. Não existe uma
imprensa francesa”.
Na Inglaterra, a situação não é mais lisonjeira nem melhor.
Segundo declara O. Mosley, a maioria dos grandes jornais
ingleses, de ingleses só possuem o título: os que não são de
propriedade particular dos judeus, dependem dêles, em razão da
publicidade, graças à qual vivem e prosperam.
No dizer dêsse grande leader nacionalista, o judaísmo to­
mou conta, não somente dos bens materiais da Inglaterra, mas
182 J C A B R A L

invadiu o espírito do povo anglo-saxônico, desvirtua-lhe o espí­


rito e o gênio e infunde na alma da juventude sentimentos muito
opostos e muito estranhos aos legítimos filhos de Albion.
Dêsse modo. por meio da imprensa o judaísmo procura
desnacionalizar um grande povo e uma raça poderosa, que se
caracteriza pelo seu espírito conservador.
Se tal acontece em nações tão cultas e de tão arraigadas
tradições, como sejam a França e a Inglaterra, não é de admi­
rar, pois, que o judaísmo esteja se infiltrando em nosso Brasil
e que já se encontre à frente da Associação Brasileira de Im­
prensa o judeu Herbert Moses ou Herberto Moisés.
XVII

OS JUD EUS E A VID A ECONÔMICA

“ Mientras los otros pueblos manejabam la


capada, el judio, arrmconado eu el ghetto,
aprendia los secretos dei oro
(H ugo Wast — “El Kahal” — Pág. 24).
Chegamos ao ponto mais importante quiçá de nosso tra­
balho, vamos tratar da influência e do predomínio judaico sobre
a vida econômica dos povos contemporâneos.
O assunto é assaz vasto, vasto demais, poderiamos di­
zer, uma vez que, nos tempos modernos, a vida normal das
nações e a tranquilidade do mundo repousam sôbre o equilíbrio
econômico. Dominar a economia de um povo, é dominar, por
completo, tôdas as suas manifestações da vida e ter entre as
mãos os destinos de qualquer nacionalidade. Daqui podemos
inferir o grande poder e a alta interferência dos judeus sôbre
a sociedade contemporânea, uma vez que os judeus são os do­
nos de quase todo ouro do mundo inteiro e, por meio do ban-
queirismo internacional, regulam ou anarquizam, segundo lhes
apraz, a vida econômica das pequenas nações e das grandes
potências.
De passagem, em vários capítulos de nosso estudo sôbre
a questão judaica, aludimos ao poder do ouro, que os judeus
detêm nas m ãos; agora estudaremos, mais pormenorizadamente
êste aspecto interessante da vida de Israel.

Queixam-se os judeus das perseguições que lhes movem


os povos cristãos. Dizem-se vítimas da inveja dos que lhes co­
biçam as riquezas acumuladas, entre duros transes, através dos
séculos de economia e de privações.
Seria natural que êsses agrupamentos de indivíduos de ori­
gem israelita procurassem o viver calmo e tranqüilo das zonas
rurais, onde estivessem mais afastados e mais abrigados dos
seus inimigos natos. Ora, tal não acontece. Os judeus não
buscam as terras virgens, onde se produzem matérias primas e
gêneros alimentícios. Daqui se evidencia o caráter dêsse povo,
que procura fixar-se nas grandes aglomerações urbanas, onde
188 T. C A B R A L

possa auferir lucros não dos produtos da terra e da transforma­


ção das matérias primas em utilidades para a vida humana, mas,
sim, angariar a própria subsistência à custa dos demais habi­
tantes e vizinhos. Deixam aos naturais do país os trabalhos
agrários, o labor das minas e das oficinas; os judeus tratam
de assenhorear-se das atividades alheias, levando uma existência
parasitária. E ’ essa tendência particular dos israelitas que os
leva a viver nas cidades, a-pesar-dc, aí, serem mal recebidos e
até mesmo hostilizados.
As tendências peculiares à própria raça levaram os judeus
a se fazerem ourives, joalheiros, moedeiros, mercadores de es­
cravos e banqueiros. Dedicaram-se desde cedo às especulações
bancárias e aos empréstimos com juros e assim acumularam
riquezas sôbre riquezas, que, lhes asseguraram o domínio do
alto banquerismo internacional.
Durante a Idade-Média, quando era muito grande a com­
plicação dos sistemas monetários então vigentes, os judeus se
especializaram nessa matéria e, mediante boas percentagens e
rendosos ágios, trocavam as moedas que os mercadores lhes
apresentavam.
As feiras e as cruzadas, incentivando a expansão econô­
mica e as permutas internacionais, prepararam o advento do ca­
pitalismo judaico, qtie ora impera sôbre o mundo financeiro.
Fizeram dos balcões do comércio a sua trincheira inexpug­
nável, o seu reduto seguro, atrás do qual, no exercício dos ne­
gócios e na prática da usura, enfrentavam as agruras da vida
e preparavam a ruína dos inimigos da raça eleita,
Ovídio da Cunha, em seu livro "Ensaio de Perspectiva da
História”, recentemente publicado, estuda e analisa o trabalho
tenaz e persistente que os judeus desenvolveram contra a eco­
nomia medieval e a civilização cristã, que engrandeceram largo
período da história humana.
Para obtenção dêsse resultado, muito concorreu o espírito
de solidariedade que reina entre os judeus e a assistência que
mütuamente se prestam às coletividades israelitas, quer dentro
de um mesmo país, quer entre países diversos.
Essa assistência e esta solidariedade não são invencionices
de fanáticos antissemitas, ao contrário, há provas sol>ejas dêsse
espírito de assistência, que une e prende os judeus entre si.
0 “Livro do Kahal”. publicado em Vilna, em 1870, pelo
A QUESTÃO JUDAICA 187

judeu convertido Brafmann, encerra documentos autênticos, que


provam a organização dos israelitas para explorarem os cris­
tãos. Êste célebre livro regista uma transação realizada em
Vilna. transação essa que deveria ser assegurada e respeitada
por tôdas as comunidades judias do mundo inteiro. (*)
Até o século X V III os judeus não possuíam direitos polí­
ticos e só em parte desfrutavam dos direitos civis, além disso,
os Estados se reservavam grandes privilégios no tocante à regu­
lamentação da vida econômica. A. doutrina do liberalismo fa­
voreceu extraordinariamente aos judeus, que não encontraram
mais obstáculos ao seu predomínio econômico.
O judeu Tsaaque Pinto, em 1771, compôs o “ Tratado da
Circulação do Credito”, publicado em francês e traduzido em
alemão e inglês; no gênero foi essa a primeira obra e ainda hoje
é considerada clássica e ocupa lugar destacado na literatura co­
mercial.
Os métodos modernos do comércio foram instituídos pelos
judeus. -A letra de câmbio e o endosso nasceram no século
X V I, em Veneza, Itália, entre judeus. As ações, então só no­
minais, surgiram no século X V II, entre os judeus da Holanda.
As notas bancários, papéis emitidos por um banco, apareceram
no século XV, em Veneza, entre mercadores judeus. As ordens
de pagamento ao portador surgiram em tempos mais remotos,
talvez na época dos romanos, entre os judeus de Alexandria.
Os judeus procuraram, no correr dos tempos, combater a ins­
tituição do compromisso, segundo estabelece o direito romano,
substituindo-a por uma forma jurídica de papéis, títulos ou obri­
gações ao portador. Convinha aos judeus ocultarem o nome do
verdadeiro possuidor das riquezas.
Afirma Werner Sombart que os judeus de Alexandria,
quando remetiam mercadorias pela via marítima, davam o nome
de proprietários fictícios, não-judeus. E na Idade-Média,
quando sôbre os israelitas pesava a ameaça do confisco dos bens,
os títulos ao portador facilitavam o desaparecimento da for­
tuna, até que passasse, em dada região a onda perseguidora do
judaísmo. (-)

(1) Gustavo Barroso — " Brasil-Colônia de Banqueiros” — Pág.


35 c segs
(2) Witolil Kowerski — “ Israel seni máscaraw — Pág. 373-37-1
188 J. C A B R A L

O direito judaico não conhece compromissos; só conhece


as palavras dívida e exigência, sem que haja necessidade de
mencionar a quem se deve determinada importância. As socie­
dades anônimas favorecem muito aos métodos judaicos de co­
mércio. Lentamente, no perpassar dos séculos, os judeus as-
senhorearam-se do mundo dos negócios c a vida econômica.
E tudo isso sem alarde, sem ostentação de fórças. Quando
os povos acordaram, Israel havia manictado os governos e as
nações.

Os empréstimos proporcionam grandes lucros ao banquei-


rismo judaico, que, por êsse meio, consegue impôr-se ao res­
peito e receber homenagens de governos nem sempre escrupu­
losos no manejo dos negócios públicos.
O capítulo X X dos célebres "Protocolos dos Sábios de
Sion" encerra esta interessante passagem sôbre as vantagens
que os empréstimos, proporcionam:
“ O empréstimo é a emissão de letra do governo contendo
uma obrigação a certa taxa, proporcional à soma do capital em­
prestado. Se o empréstimo é taxado a 5 % em 20 anos o E s­
tado pagou, sem nenhuma utilidade, um juro igual ao emprés­
timo ; em quarenta anos, o dôbro; em sessenta anos, o triplo —
e a dívida permanece sempre não quitada”.
Gustavo Barroso descreve o modo como agem os banquei­
ros internacionais:
“ Lançam o empréstimo na praça, ficam com certo número
de cautelas e o público, os tomadores, com o resto. Depois,
êles vão comendo as comissões de venda e de recebimento de
juros, tendo pôsto o pé nos negócios de um pais sem despender
quase nada. Os tomadores cairam com o capital de que êles
descontaram o tipo. A responsabilidade sôbre essa quantia logo
retirada é do gové-no que estende a mão pedinchona. Mais
tarde, aproveitando as baixas, os banqueiros vão adquirindo os
títulos e apertando as rédeas da nação escravizada. Deixam
únicamente, neste ou naquele país, certo número de proprietá­
rios de cautelas, que sçrvem para os gritos, as reclamações e as
A QUESTÃO JUDAICA 1»

constantes ameaças de intervenções estrangeiras com bandeiras


nas alfândegas”. ( 5)
Por meio dessas especulações imorais, os judeus, segundo
afirma Edmond Picard, transformaram os contratos de auxílio
mútuo, vendas a prazo e empréstimos — instrumentos tão úteis
às transações comerciais — em contratos de usura e de pilha­
gem, pela expropriação e pelas especulações nas Bolsas.
“ Todos se preocupam, escreve um autor abalizado, com a
chamada inflação, com as baixas do câmbio, com as humilha­
ções impostas ao país, e ninguém com o que é de verdade im­
portante: prejuízo das riquezas, sangue de um país. E vão
fazendo o jôgo judaico, que é retirar dinheiro da circulação, su­
primir de qualquer forma o numerário dos Estados, afim-de
restringir os capitais e seus possuidores, e forçar a procura
dêsscs capitais nas poucas mãos que os acumulam. . . ” ( 34)
As oscilações cambiais, as altas e baixas dos títulos e o
jôgo da Bôlsa proporcionam lucros fantásticos ao alto banquei-
rismo internacional. Os judeus, atrás dos guichels dos estabe­
lecimentos de crédito, manobram as finanças de todos os países
e especulam com os prejuízos alheios, sem se lhes dar da mi­
séria do pobre povo, que sua e trabalha para pagar as dívidas
dos governos.
Um fato histórico da vida de Natan Rothschild, de Lon­
dres, prova cabalmente, quanto os judeus sabem especular com
a situação internacional e aproveitar-se das circunstâncias.
Natan Rothschild arquitetara seus planos financeiros, jul­
gando que Napoleão I, preso na ilha de Elba não mais figu­
raria nos grandes acontecimentos da política da Europa. A
fuga do imperador e a conseqüente restauração, com o reinado
dos Cem Dias, desconcertaram os cálculos ambiciosos do grande
banqueiro judeu de Londres.
A vitória fulminante de Napoleão não fêz perder a cora­
gem de Natan, que redobrou de esforços contra o imperador
dos franceses e, febrilmente, tratou de armar a Inglaterra c a
Prússia. Quando sc travou a célebre batalha de Waterloo, o
Rothschild de Londres era talvez o homem mais interessado do
mundo na sorte das armas. Naturalmcnte covarde e cheio de
horror ao sangue e ao cheiro da pólvora, Natan corre aos cam-

(3) Gustavo Barroso — Livro citado — Págs. 46-47.


(4) Gustavo Barroso — Livro citado — Págs. 94-95.
190 J. C A B R A L

pos da Bélgica, acompanha os exércitos ingleses e ao começar


da histórica e memorável batalha, refugia-se em um pôsto ao
abrigo das balas, próximo dc Hougemont, de onde, com o má­
ximo interesse, acompanhou o desenrolar dos acontecimentos.
Decidida a sorte da peleja, Natan podia exclamar: “ a casa dos
Rothschilds ganhou a batalha”. Deixa aquele solo encharcado
de sangue e juncado de cadáveres, regressa a galope a Bruxe­
las, onde sua presença inesperada desperta a curiosidade pú­
blica ; paga um preço exorbitante por uma montaria que o trans­
porte a Ostende. Restava-lhe transpor o canal da Mancha c
galgar as costas da Inglaterra, ü mar estava tão agitado e o
temporal era tão forte que nenhum navio queria enfrentar os
riscos da travessia. Vencendo a própria covardia, Rothschild,
calculando os futuros lucros, não se detém ; oferece 500, 800,
1.000 francos a quem o leve à margem oposta, mas ninguém
aceitava a oferta. Por fim, apresentou-se um homem que se
prontificava a arriscar a vida sob a condição de Natan dejx)-
sitar 2.000 (dois mil) francos nas mãos de sua mulher. Fe­
chado o negócio, afrontam as fúrias do oceano e ao cabo de
tormentosa viagem, quase mortos de fadiga, aportam ao litoral
inglês. Rothschild não se detém, voa a Londres, numa corrida
desabalada, sem medir as despgsas e sem poupar a cavalgadura.
Na Inglaterra, fervilham boatos e corriam rumores de que iam
mal os negócios no continente. Na manhã de 20 de junho de
1815, aparecia, na Bôlsa de Londres, Natan Rothschild, pálido
e alquebrado. . .
O banqueiro judeu, cujo abatimento era visível, iniciou a
venda de seus títulos. A nova de que Natan vendia seus tí­
tulos propagou-se célere e baixou como verdadeira catástrofe
sobre o mundo financeiro de então. Estabeleceu-se o pânico,
pois todos consideravam essa atitude como indício seguro de
que a Inglaterra perdera a batalha. A baixa dos títulos foi
desastrosa, uma vez que todos procuravam desfazer-se dos que
possuíam. Imediatamente o mercado encheu-se de títulos do
Estado, que eram vendidos a preço vi l. . . e os agentes secretos
de Natan Rothschild compravam tudo quanto sc lhes oferecia.
Assim jlurante todo o dia 20 e no dia 21. Na tarde dêsse se­
gundo dia, chegou a Londres um correio expresso com a notícia
da vitória de Wellington e da derrota de Napoleão, que fugia
para o sul,
A QUESTÃO JUDAICA 191

A êssc tempo as arcas de Natan achavam-se repletas de


títulos do Estado e o banqueiro judeu ganhara 40.000.000 (qua­
renta milhões) de libras e assegurara o futuro de sua casa com
os negócios efetuados em dois d i a s. .. ( ' )

Investigaremos agora um pouco acerca da acusação de


usura, que pesa sôbre os judeus.
“ Os palestinianos que vivem no nosso meio, dizia o grande
filósofo alemão Emanuel Kant, conseguiram pelo seu espírito
de usura uma reputação de velhacos, bem fundada na maioria
dos casos. Na verdade, parece estranho imaginar uma nação
composta de ladrões; porém ainda mais estranho é verificar
que existe uma nação composta exclusivamente de traficantes,
que desdenham a honra de viver como os outros habitantes do
país que os acolhe, achando mais vantajoso enganá-los”.
Essa pecha de usurários acompanha os judeus por tôda
parte e em tôdas as idades, pois os indivíduos de raça hebréia,
sempre que lhes é possível, empregam suas atividades nesse
gênero de negócio.
Von Ihering diz que o emprestar dinheiro a juros é inven­
ção dos semitas, pois os judeus, em Babilônia, cobravam 20 %
e 25 v/o de juros e efetuavam descontos nas transações que fa­
ziam. Sete séculos antes de Cristo, os judeus procuravam es-
corchar os incautos que lhes pediam dinheiro emprestado.
Assim tem sido em todos os tempos.
Van der Kindere afirma que, em Flandres, no século XVI,
os judeus cobravam juros de 60 e até 200 Jc, ao passo que os
prestamistas nacionais não exigiam mais de 6 l/ 2 %. A Idade-
Média está cheia de clamores do povo contra a esfola praticada
pela gente de Israel. Na Alemanha, em 1692, os Estados de
Brandenburgo afirmaram que os judeus tiravam o pão da bôca
do povo; idênticas eram as queixas da corporação dos merca­
dores de Dantzig, em 1717. Nos dois séculos seguintes, XVII
e XVIII, em vários pontos do império germânico, surgem re­
clamações e protestos gerais contra o “parasitismo usurário”
dos judeus. Na França as cousas não, se passavam diferente­
mente.5

(5) Heurv Ford — "O Judeu Internacional" — Págs. 189-190.


19Í J. C A B R A L

Na Inglaterra, nesse mesmo tempo, os comerciantes nati­


vos se queixavam de que os judeus lhes arrancavam os lucros
justificados. Em 1753, em Nantes, na França, os negociantes
da cidade declaravam que não podiam pagar os impostos e sus­
tentar suas famílias por causa da concorrência desleal dos ju­
deus; o comércio de Paris comparava os agiotas de Israel às
vespas, que se introduzem nas colmeias, matam as abelhas e
sugam todo o mel. Na península ibérica, durante tôda Idade-
Média, são contínuos os clamores dos cristãos velhos contra a
usura e a agiotagem dos judeus. (°)

Essa tendência judia para o ouro, êsse apetite voraz do


metal luzente e sonante encontra sua origem na'moral talmúdica.
“ O caráter principal da religião hebraica, diz Werner Som-
bart, consiste em não cogitar da vida futura e ser, única e es­
sencialmente, uma religião terrestre”. E em outra passagem,
acrescenta:
“ O homem só pode sentir o bem e o mal neste mundo;
se Deus o quiser punir ou recompensar, só pode ser durante a
vida. Logo, é na terra que o justo deve prosperar e o impio
sofrer”.
Infere-se desses princípios que há oposição radical e abis­
mo intransponível entre a mentalidade judaica do ouro e a apre­
ciação cristã dos bens terrestres e das riquezas dêste mundo.
Segundo W . Sombart, acima citado, o cristão, quando sente
aproximar-se a morte e a conciência lhe acusa pecados de usura,
experimenta o aguilhão do remorso e muitas vezes chega a re­
nunciar tudo quanto possue, porquanto a fortuna mal adqui­
rida lhe pesa na conciência. Com o israelita dá-se inteiramente
o contrário; chegando ao término da existência, contempla com
intima satisfação o ouro amealhado e os cofres repletos, onde
se acumula a fortuna extorquida e arrancada aos não-judeus,
e o coração do piedoso servo de Iahvé alegra-se com êsse espe­
táculo, pois cada moeda de juros, que acumulou, constitue um
sacrifício oferecido ao Deus de Israel. ( T)67

(6) j. Lúcio D ’Azevedo — “ História dos Cristãqs-Koios Portu­


gueses” — Livro primeiro — Cap. V.
(7) Léon de Poncins — “ As Párias Secretas da Revolução —
Págs, 174-175.
A QUESTÃO JUDAICA 193

Um dos aspectos mais sérios do predomínio econômico dos


judeus é o seu caráter internacionalista, que não conhece pátria
nem respeita fronteiras.
“A s grandes empresas, diz 1’oncins, tornam-se, cada vez
mais internacionais e interessam a política que, muitas vezes, do­
minam, mais em proveito próprio do que em benefício do país.
O dinheiro perde, então, a sua significação habitual; torna-se uma
fôrça, um meio, um instrumento de poder e de domínio: é o
caso da alta finança judaica que é, em primeiro lugar, onipo­
tente e. secundàriamente, está coordenada no mundo inteiro e
serve os interesses judeus em detrimento dos outros. A sua
fôrça reside na sua organização e no intemacionalismo”. ( 8)
Vozes autorizadas confirmam os conceitos acima trans­
critos.
Em discurso pronunciado no parlamento francês, o senador
Gaudin de Vilaine, em 25 de janeiro de 1917, proferiu estas me­
moráveis e solenes palavras:
“Acuso formalmente o alto banqueirismo internacional e os
detentores do subsolo mineiro por terem concebido, preparado
e desencadeado a horrível tragédia da Grande Guerra com o
monstruoso fim de agiotagem universal 1”
Lorulot, cm “L ’idce libre", usou desta corajosa franqueza:
“Acaso já se terá compreendido todo o dano causado por
estes entes que são hoje os senhores dos nossos seguros, dos
nossos caminhos de ferro e da imprensa? Fora com os Roths-
child! São capazes de tudo, como a história o demonstra, afim-de
assegurarem seus escandalosos privilégios. Acaso não seria pru­
dência desarmar duma vez para sempre êsses perigosos inimigos
da paz c da felicidade dos povos?”

A triste experiência dos povos, que experimentaram ou


ainda suportam o predomínio econòmico-financeiro dos judeus,
deve constituir salutar lição para as nações novas, entre as quais
se conta o Brasil.*13

(8) Léon de Poacins — Livro citado — Páfs. 178-17$.


13 — í J.
X V III

OS JUD EUS E A VIDA SOCIAL

“La qucstion Juive comporte deux clé-


ments distincts, mais aujourd'hui connexes:
la qucstion juive proprement dite, ou si Von
préfère Ic sort des Juifs, et la crise du monde
moderne, lice elle-même, par ses différents as-
pects, à la judaisation des sociétés contempo-
raines”.
(Léon de Poncins — “Les Juifs — Mai-
tres du Monde” — Pag. 85 e 86).
A influência judaica atúa, universalmente, sôbre a vida so­
cial, favorecendo tôdas as tendências contrárias ao cristianismo:
materialismo, sensualismo, liberalismo, determinismo e tudo
quanto possa abalar os fundamentos da civilização ocidental.
Em mãos dos grandes próceres do judaísmo está concen­
trada a maior parte do ouro do mundo inteiro e essa caudal de
riquezas está mobilizada contra os interêsses dos goim, dos não-
judeus.
A propósito da influência social dos israelitas, escreveu uni
autor competente:
“ O teatro, o cinema, a própria telegrafia sem fios são ins­
trumentos poderosos para influenciar a opinião publica; e por
isto estão profundamente impregnados de maçonaria e judaísmo,
não só nos seus diretores, mas também nas tendências gerais que
nêles predominam. No cinema, os films exibidos na Europa
provêm, na sua maior parte, das grandes fábricas americanas
Metro-Goldwin. Fox-Filme, etc., que são tôdas quase exclusi­
vamente judaicas”. ( l )
Ninguém poderá contestar a influência deletéria que o tea­
tro e o cinema (êste último principalmente) exercem sôbre a
sociedade moderna e a onda de corrupção moral e de desorgani­
zação familiar que provêm, em grande parte, da vulgarização do
cinema, hoje espalhado pelo mundo inteiro.
As cousas chegaram a tal ponto, na América-do-Norte, que,
católicos e protestantes, de mãos dadas na defesa dos hons cos­
tumes e da decência, empreenderam forte e decisiva campanha
contra a licença, que campeava nos cinemas, e despertaram enér­
gica reação dos sentimentos cristãos do povo norte-americano,
que obrigou os produtores de filmes à uma mudança de orien­
tação.

(1) Léon de Poncins — “ As forças Secretas da Revolução” —


Pág. 186.
198 J. C A B R A L

Os estudiosos dessas questões de ordem moral descobrem,


nessas tendências desmoralizadas e desmoralizadoras, a influên­
cia secreta do anti-cristianismo judaico e trazem à baila os con­
selhos exarados no “Protocolos dos Sábios de Sion”, onde se
encontra o plano de destruição da sociedade cristã por meio da
dissolução dos costumes.
Não é de hoje que se levantam sérias acusações contra os
judeus, a quem se atribuem influências maléficas sobre a vida
moral dos povos do ocidente da Europa.
K. Edschmid, em “ A rt libe”, escreveu estas palavras:
“ Nos judeus, o cérebro escoou-se para os órgãos genitais
do intelecto”.
O marquês dc la Tour de Pin foi talvez mais enérgico,
quando disse:
“ Os judeus são uma nação. Esta nação persuadiu-se de
que o mundo lhe pertence. Não tem outro meio de chegar a
seus fins senão pela corrução dos espíritos, que conduz à de­
composição da sociedade”.
E Mário Saa, que procurou^ verificar a influência judaica
sôbre a sociedade portuguesa, assim se exprimiu:
“ A sodomia ou homo-sexualismo era um hábito atribuído
aos judeus e nisso se celebrizaram Sodonia e Gomorra. Os an­
tigos portugueses, e mesmo nos séculos X V II e X V III assaca­
vam aos hebreus as mesmas tendências. . . O panfletista Vicente
da Costa Matos asseverava, em 1625, que os judeus eram homo-
sexuais, e que tinham introduzido o vício no p a í s . .. ” (*)
O antropologista judeu Dr. I. Lobstein-Apeldoorn, tra­
tando da questão da hereditariedade na raça judaica, revelou a
inferioridade desta, em face das outras em matéria de crimes
e delitos sexuais.
Teve a franqueza de declarar que, em geral, tem aparecido
sintomas de degeneração, principalmente patologias psíquicas e
morais, cêrca de 2 2 /3 vezes mais frequentes que entre os não
judeus. A veracidade das leis hereditárias de Mendel tem sido
comprovada integralmente entre os filhos do “povo eleito”.
Neste são bastante freqüentes os casos de imbecilidade juvenil,
de psicose homo-sexual e uma fraqueza cerebral de caráter men­
tal e moral.

(2) Mário Saa — “ A Invasão dos M e u s ” — Pág. 287.


O dr. Lobstein-Apeldoorn é dc opinião que há urgente
necessidade de se procederem investigações de familia entre os
judeus e a adoção obrigatória de um sistema de ficha para con­
trolar as taras de psicoses hereditárias entre êles. Trata-se,
pois, de uma necessidade inadiável para o futuro do judaísmo.
Conforme vemos, é um judeu, notável homem de ciência,
que. em nome da estatística, afirma a decadência moral da raça
judaica e reconhece ameaçado o futuro de um povo minado por
vícios degradantes.
íl. O. Wiederspahn, comentando as afirmações de Lobstein-
Apeldoorn, faz estas observações, que reproduzimos:
“ Quem estudou um pouco de mendelismo, averiguou da
origem dos solapadores de nossa civilização cristã-ocidental, dos
entronizadores do sexualismo e materialismo oriental, dos satâ­
nicos vermelhos do marxismo de 1848, de 1871 e de nossos dias,
dos instituidores exploradores do tráfico.de escravos negros dos
tempos coloniais, dos exploradores exclusivos do tráfico nefando
de decaídas nos nossos dia^ dos inimigos das classes armadas,
dos ridicularizadores das comemorações cívicas e religiosas, en­
contrará sempre a ação de judeus, dêsse mesmo judeu que or­
denou à “ Sociedade de Amigos de Alberto Torres” abandonar
a luta contra os “ patrões” desta Colônia de Banqueiros”.
Em começos de 1936, o grande órgão de imprensa londrina
" Blackslnrl”, tratando do tráfico das escravas brancas, publicou
um artigo sensacional, do qual destacamos o seguinte trecho:
“ O espírito mercantil incomensurável e a ausência com­
pleta de pudor, qualidades que caracterizam os judeus, tornam­
os no mais terrível perigo para a moralidade nas grandes ci­
dades e são ixnicas as pessoas que se podem enganar na raça
do grande número de cáftens que se observam nas esquinas das
ruas do bairro oeste de Londres, altas horas da noite.
O mesmo acontece também em outras cidades e será conhe­
cido, certamente, que os cáftens judaicos de Buenos-Aires se­
riam em número suficiente para justificar a construção duma
sinagoga, destinada exclusivamente para uso dêles.
Será que essa verdade seja contestada pelos judeus?” A s­
sim pergunta o referido jornal. Deixamos falar a êsse respeito
os próprio judeus:
“Jennsh Chronicle”, de l.° de abril de 1910, escreveu:
“ Todos aqueles que conhecem de qualquer forma a situa-
200 J. C A B R A L

ção <lo tráfico de mulheres, concordam que o tráfico seria re­


duzido à proporções relativamente diminutas, caso os judeus
pudessem ser excluídos do mesmo”.
“Jewish World”, de 18 de março de 1914, escreve: “ Dc
fato os judeus exercem posição privilegiada no tráfico de mu­
lheres no mundo inteiro, uma das nódoas mais sujas, que co­
brem o nome do nosso povo”.
“Jcwhish Guardian”, de 23 de maio de 1924, expressa-se
da seguinte maneira:
“ E ’ lastimável o fato de que sedutores e cáftens, muitas
vezes, sejam identificados como judeus. Se pudéssemos negar
esta verdade, ou até ocultá-la, faríamos hem. Infelizmente, po­
rém, não podemos ocultá-la, nem também negá-la”.
Vejamos um pouco o que se passa no Canadá. Em l.° de
iunho de 1934, havia, na polícia de Montreal, 73 réus, que de­
viam responder por crimes de roubo, furto, falsificações, des­
vios de dinheiro e falências fraudulentas. Ora, dèsses 73 réus,
62 eram judeus. . . 85 % . .. E’ de notar que na população dessa
grande cidade franco-canadense há apenas 5 % de israelitas.
A essa falta de escrúpulos é que se deve a superioridade
dos judeus em matéria de negócios.
De acordo com as estatísticas da policia alemã em 1930, na
vigência da constituição de Weimar, antes do advento do odiado
regime hitlerista. a percentagem de criminosos judeus era de
24 % sobre o total da população do Reich.
Sabemos que, naquele tempo, os judeus não chegaram a
1 % da população alem ã; no entanto, davam 24 % de crimi­
nosos.
Estatísticas sôbre criminologia. levantadas pela Liga das
Nações, relativas ao ano de 1932, demonstraram que os judeus
— minoria ínfima da população do mundo inteiro — fornecem
30 % dos criminosos de tôda terra.
Dos tempos antigos aos nossos dias, os judeus são conside­
rados como agentes da dissolução social e prejudiciais à moral
pública dos povos que hospedam. E ’ ésse o testemunho da his­
tória.

Desde a época de seu aparecimento até a hora atual, o tea­


tro tem exercido uma influência extraordinária sôbre a opinião
pública e constitue um meio para conquista dos favores e das
A QUESTÃO JUDAICA 201

preferências populares. Hoje, esta primazia passou ao cinema,


no entanto a influência do teatro não é para ser desprezada,
mesmo em nosso meio.
Conhecedores da vasta influência das representações tea­
trais sobre as massas da população e vendo que êsse gênero dc
diversão devia constituir um negócio muito lucrativo, os judeus
trataram de apoderar-se dessa arma poderosa, que era uma fonte
de grandes proventos materiais.
“ Até o ano de 1885, escreve Henry Ford, o teatro ameri­
cano se encontrava ainda em mãos não-judias. Ocorreu então
a primeira intromissão israelita. Com a mudança de proprietá­
rios, começou a decadência do teatro como instituição artística
e moral, aumentando progressivamente com o crescimento da
influência hebraica na vida teatral. O resultado de tal influên­
cia foi que o bom se eliminou propositada e cuidadosamente do
teatro americano, e o inferior, em troca, foi colocado em lugar
de relèvo”. (*)
Estudando as modificações introduzidas pelos judeus no
teatro norte-americano, Henry Ford cita três principais: a pri­
meira é a supremacia do aparelhamento mecânico sôbre o ta­
lento e a ação do homem, a segunda é a introdução nos palcos
do sensualismo oriental; a terceira vem a ser a criação dos tais
astros da arte cênica, astros que não passam de títeres e bo­
necos, manejados pelos empresários judeus.
Os empresários não-judeus, quando não morrem pobres,
não conseguiram ajuntar fortuna, porque favoreciam, em pri­
meiro lugar, a arte e procuravam educar o povo; os empresá­
rios judeus, buscando acima de tudo ajuntar fortuna, deram ao
teatro um caráter estritamente comercial. Em tais condições,
seria de todo impossível a resistência contra os empresários e
arrendáfários judeus dos teatros e casas de diversões.
Quarfdo o cinema iniciava os primeiros passos e era apenas
uma indústria incipiente, o judeu Marcos Loevv, residente em
Filadélfia, (Estados-Unidos), onde explorava contratos teatrais,
montou uma modesta emprêsa cinematográfica, que veio a ser
“A rt Pictures. Anos depois, em N o v a -Y o rk , foi organizada
a poderosa emprêsa “Loew’s lncorporated”.
Mais tarde, já em 1920, o grande e poderoso empresário3

(3) Henry Ford — "O Judeu Internacional” — Pág. 277.


202 J. C A B R A L

judeu de teatros, Samuel Goldwin, veio juntar-se a Marcos L oew ;


aparece então a “Metro Pictures”, que, posteriormente, se trans­
formou na formidável “Metro-Goldwin”. A êsses magnatas
judeus do cinema associou-se mais um outro, L. B. Mayer e
três judeus organizaram a “Metro-Goldivin-Mayer”. ( 4)
Os progressos da técnica e o aperfeiçoamento da execução
das fitas cinematográficas marcaram grande decadência moral
dêsse gênero de diversão, que podia e deveria transformar-se
em novo fator de educação, de cultura e desenvolvimento mental
da humanidade. Muito ao contrário, o desenvolvimento e a
evolução do cinema foram conseguidos à custa da decadência
da moral pública, do abaixamento dos costumes, em benefício
dos empresários e dos arrendatários, que, absolutamente desti­
tuídos de escrúpulos de conciência, apenas visavam o aumento
sempre crescente dos lucros materiais. Desde então as cenas
de devassidão e de orgia, os desbragamentos do luxo e a osten­
tação da riqueza predominaram nos filmes. As preferências
dos organizadores das fitas voltaram-se para tôda sorte de cri­
mes e as idéias desnacionalizadoras começaram a ter grande re-
lèvo nas concepções da cinematografia. A s cenas de alcova
e a lubricidade dos prostíbulos, os adultérios fáceis, os divórcios
sucessivos e o roubo, com o séquito hediondo de sua últimas
consequências, inspiraram grande número de produções da cena
muda.
A introdução da voz humana marcou um passo avançado
dessa arte: os filmes falados constituiram verdadeira revolução
na cinematografia. Infelizmente, porém, tais progressos técnicos
não trouxeram consigo outros tantos progressos na ordem mo­
ral. Ao contrário, parece até que o nivel moral das películas
baixou ainda mais.
Enquanto a juventude cristã se deixava arrastar pela onda
avassaladora da desmoralização e no recesso de muitos lares des­
moronados e desfeitos se manifestavam os tristes e fatais efeitos
das idéias propagadas pela cinematografia, os judeus, magnatas
dessa indústria moderna, auferiam lucros fabulosos, em detri­
mento manifesto dos costumes públicos e decadência da moral,
no seio dos povos modernos.

(4) Osvaldo Gouvêa — “ Os Judeus do Cinema” — Pág. 13 e segs.


A QUESTÃO TUDATCA 203

Cenas degradantes de banditismo e as refregas horrorosas


da Grande Guerra apareceram aos olhos das gerações novas,
infundindo-lhes idéias desnacionalizantes. em campanha tenaz e
inglória de destruição dos princípios básicos da sociedade con­
temporânea.
Na proporção da baixa moral das produções cinematográ­
ficas, crescem os capitais colocados pelos judeus nessa gTande
indústria.
Estatísticas de 1932 demonstram que. só nos Estados-Uni-
dos, os capitais empregados na indústria cinematográfica monta­
vam a mil e quinhentos milhões de dólares; cincoenta mil pes­
soas trabalhavam nessa indústria: a clientela dos cinemas norte-
americanos atingia à cifra de sessenta milhões de espectadores;
havia vinte e cinco mil salas de exibições, sem contar os milha­
res de templos, de escolas e de fábricas, onde se realizavam
exibições particulares ou especializadas.
Êsses breves dados estatísticos são verdadeiramente im­
pressionantes e dizem muito do poder e da influência do ci­
nema sôbre os costumes do povo. (N o ta ).
Henry Ford descreve assim a situação da indústria de pe­
lículas nos Estados-Unidos:
“ Nove décimas partes da fabricação de películas estão con­
centradas nas mãos de dez consórcios produtores radicados em
Nova-York e Los-Angeles. Cada um desses dispõe de certo
número de consórcios secundários, repartidos no mundo inteiro.
Os consórcios dominam em absoluto o mercado mundial. 85 %
déles estão em mãos israelitas, possuindo uma organização po­
derosamente centralizada. Esta distribue seus produtos por
milhares de cinemas. A maioria dos proprietários são judeus
de classe inferior. As fábricas cinematográficas independentes,
não possuindo centralização, têm de dirigir-se ao mercado livre”.

NOTA — Na Alemanha, publicou-se, em 1931, o resultado de um


inquérito sôbre os teatros, evidenciando-se então que, dos 234 diretores,
50,4 % deles eram judeus; dos diretores de teatros de Berlim, 80 %
eram judeus; 75 % de todos os espetáculos encenados, nos anos prece­
dentes à ascensão ao poder do partido nacional-socialista, eram obras de
autores semitas. Nos cinemas alemães, a influência judaica era decisiva.
Em seu número de 3 de fevereiro de 1929. a revista Schocnere Z ukm ift
escrevia estas palavras: “ A porcentagem dos judeus no cinema moderno
é tão decisiva que para OS cristãos há apenas papéis insignificantes”.
204 T. C A B R A L

A seguir, o mesmo autor fornece-nos esta interessante ex­


plicação:
“ Muitas pessoas estranham que não exista empresa pro­
dutora de hoas películas; isso é devido a que estas não têm a
“possibilidade” de obter acesso ao público. Certa fábrica co-
nhecidíssima, que oferecia películas realmente belas e excelentes
assuntos dramáticos e educativos, teve de liquidar, por ser-lhes
impossível conseguir a projeção pública de suas produções. Se
obteve certo êxito passageiro e reduzido, entregando as suas
fitas a empresários judeus, sucumbiu por fim à oposição oculta,
mas onipotente, dêste outro grupo, que manifestamente, “ não
quer admitir” que o decente penetre nesta indústria e que se
cultive a pura satisfação íntima do público nos bons espetá­
culos”. ( 5)
Witold Kowerski, que tão bem e tão cabalmente desmasca­
rou a penetração israelita no seio dos povos cristãos,'escreveu:
“ E ’ preciso chamar a atenção sóbre o fato que o teatro
americano também está dominado pelos judeus e tratado como
uma emprêsa comercial. Os “ trusts” teatrais judaicos .apoiam
atores-judeus e pecas geralmente escritas por judeus. Os ca­
racterísticos dos palcos americanos são a leviandade, o sensua­
lismo, a indecência, a ignorância e a superficialidade. Os es­
petáculos teatrais são calculados para o nivel intelectual da mo­
cidade de 13 a 18 anos que ainda é maneável e pode ser mode­
lada, segundo o fim desejado”. ( a)

O capitalismo internacional judaico explora não somente o


teatro e cinema, mas também os centros noturnos de diversão,
onde os incautos e fracos de vontade gastam o dinheiro, arrui­
nam a saúde e, não raro, abreviam a existência, precocemente
estragada em noitadas de vícios e de orgias.
Depois de prostituírem o teatro e o cinema, os judeus in­
vestiram contra outras formas das manifestações artísticas. As
aberrações musicais, que tanta aceitação hoje encontram e que
nos ensurdecem, são criações judaicas.*6

(5} Henry Ford — Livro citado — Pág. 288.


(6) Witold Kowerski — Israel sem Mascara” — Pág. 455.
A QUESTÃO JUDAICA 205

“ Guinchos de monos, grunhidos da selva virgem, vozes de


bêsta enciumada, combinam-se com algumas notas semi-musi-
cais e desta forma o espírito genuinamente judeu penetra nas
famílias, que noutros tempos teriam repelido, indignadas, cos­
tumes tão extravagantes.
Comprovou-se, em pleito judiciai, que 80 por cento das
“canções" populares são propriedade de "sete casas editoras de
música judaica”, que formam uma esécie de “trust". Os ou­
tros 20 por cento pertencem também a elementos judeus; mas
independentes daquele “trust". ( 7)
l i dêsse modo o judaísmo consegue implantar entre popu­
lações cristãs o sensualismo oriental, que constitue o mais po­
deroso fator da dissolução dos costumes e da desorganização
das famílias.
Essa influência judaica sõbre a arte e demais manifesta­
ções do espírito humano vem de longe; Ricardo Wagner, que
não era político militante nem se arvorava em reformador so­
cial, mas era apenas um grande e exímio cuitor da arte, podia
dizer, em seu tempo:
“ Desejávamos muito aos judeus um Estado hierosolimi-
tano; somos obrigados, entretanto, a lastimar a fineza demasiada
do senhor Rothschild, que, ao invés de íicar rei dos judeus, tor-
nou-se judeu dos reis. De modo completamente imperceptível,
êste credor dos reis transformou-se em um rei dos credores.
Por conseguinte, a exigência dêste rei de uma emancipação dos
judeus, devemos reconhecê-la como sendo muito ingênua, visto
que somos nós que deveriamos lutar pela nossa emancipação
dos judeus. No atual estado de cousas, na verdade, o judeu
é mais do que emancipado: está dominando e há de dominar,
enquanto o dinheiro fôr sinônimo do p o d e r... Não é neces­
sário demonstrar a judaização da arte contemporânea — isso,
simplesmente, manifesta-se aos nossos olhos. O judeu fala a
língua do povo entre o qual vive, mas fala sempre como um
estrangeiro. A nossa civilização européia e a nossa arte — são,
para os judeus — cousas estranhas. E estas cousas estranhas
o judeu só pode imitá-las, como m acaco...
O judeu instruído é estranho à sociedade, que êle não

(7) Henry Ford — Livro citado — Pág. 375.


206 J. C A B R A L

compreende.. . N os tempos em que Goethe e Schiller produziam


as suas obras, não ouvíamos ainda falar em um judeu que fi­
zesse versos; hoje, entretanto, quando a produção artística tor­
nou-se uma mentira, um judeu de talento e poeta (H eine) con­
fessou esta mesma mentira”.
Mário Saa consagra a última parte de seu livro “A. Inva­
são dos Judeus” ao estudo da influência judaica sôbre a vida
mental dos povos. Em tôda parte, a influência do espírito de
Israel manifesta em sentido contrário às tradições nacionais e
à civilização cristã, que o judaísmo pretende destruir.
Na França, na Alemanha e nos outros países, encontramos
a colônia israelita trabalhando contra o espírito conservador e
nacionalista, favorecendo a desorganização da sociedade e pre­
parando o esfacelamento das pátrias e a decadência dos cos­
tumes.
E ’, pois manifesto quão grande perigo constitue para as
modernas nacionalidades, principalmente para as mais recente­
mente constituídas, o enquistamento de aglomerações de judeus,
que atuam como poderosos dissolventes das bases cristãs da
sociedade contemporânea.
X IX

OS JU D E U S E O B R A SIL

"Terminemos de una vez com la cada vez


mas atrevida agitacion sozdetica comunista ro­
ja, anti-argentina, inspirada y dirigida por los
judios, verdugos de toda civilización.”

(Palavras de um manifesto argentino.)


Reservamos para colocar nos fins de nosso trabalho o capí­
tulo relativo aos judeus e o Brasil.
Não pretendemos traçar a história dos israelitas na terra
brasileira e nem tão pouco faremos a análise da atuação judaica
sobre a nossa nacionalidade. O que dissemos acèrca da influên­
cia do elemento hebraico sôbre a sociedade cristã, cremos, será
suficiente para o leitor formar um juízo sôbre êsse elemento es­
tranho, que, aos poucos, vem se infiltrando em nosso meio.
A penetração judaica, no Brasil, está caminhando a passos
de gigante e, na marcha em que vamos, teremos, dentro em bre­
ve, numerosos grupos de judeus, que constituirão verdadeiros
quistos no seio da população brasileira.
Êsse fato assume caráter de gravidade extrema, pois somos
uma nacionalidade nova e um imenso cadinho, onde se fundem
raças diversas. Ao Brasil só convém receber correntes emigrató-
rias provenientes de povos fácilmente assimiláveis e que hajam
recebido uma civilização haurida nos princípios proclamados no
Evangelho. Do contrário, iremos agravar os nossos problemas,
permitindo a formação de núcleos inassimilados e inassimiláveis,
como o é, por excelência, o judeu.
Longos séculos de existência entre povos cristãos, civiliza­
dos e progressistas, como sejam: franceses, ingleses, holandeses
e alemães, não conseguiram realizar o milagre da assimilação
dos judeus, que, trancados nos ghettos, se mantiveram alheios à
vida nacional dos povos hospitaleiros e, o que é pior, tornaram-
se infensos e hostis a esses mesmos povos.
Se não contamos até o presente entre nossos problemas na­
cionais a famigerada questão judaica, não devemos permitir que
mais um caso grave venha acrescer o número já considerável das
di fictildades que devemos resolver. . .
Os judeus, ante as dificuldades que encontram alhures e
desmascarados em suas explorações dos povos cristãos, procu-14
14 — Q. J.
210 J. C A B R A I,

ram novas plagas e novos países, que lhes proporcionem campo


aberto à expansão tentacular de semitas.
Um pouco de estatística, na eloquência irrefutável dos nú­
meros, revelará a curva ascendente da infiltração judaica na Terra
da Santa-Cruz.
Tomamos, propositadamente, um autor insuspeito, Artur
Ruppin, professor de sociologia da Universidade Hebraica de
Jerusalém, autor êsse que já tivemos oportunidade de citar.
Segundo êsse autor, o aumento da população judaica no
Brasil se processa dessa maneira:

1900 ............................................................. 3.000


1910 ............................................................. 5.000
1920 ............................................................. 7.000
1930 ............................................................ 40.000
1933 ............................................................. 45.000

De 1900 a 1933 a população judaica do Brasil passou de


3.000 a 45.000 indivíduos. ( 1)
E a inundação semítica continua e continuará, se não lhe
opusermos medidas radicais, que fechem as portas do país a
todos os elementos considerados prejudiciais ou indesejáveis.
Diariamente desembarcam judeus em nossos portos e aqui
se estabelecem não como judeus, mas, sim, como alemães, li-
tuânios, ru^os, polacos, ucrânios, húngaros, e t c ...
Como se tal enchente não bastasse, o judeu Alexandre Kas-
sowsky, ex-redator do " Intransigeant” de Paris, em viagem
pela América-do-Sul, trata, aberta e francamente, da localização,
no Brasil, dos judeus expulsos da Alemanha.
O alto capitalismo judaico quer fazer-nos a dádiva de 30.000
judeus. E ’, na verdade, um presente grego.
Em entrevista concedida à imprensa carioca, o emissário do
judaísmo internacional falou com absoluta franqueza e disse:
— Fpi encarregado pela H. I. C. E. M., que é dirigida por
lorde Montagu, de colhér dados sôbre a localização dos traba­
lhadores estrangeiros no Brasil, Uruguai, Argentina, Chile e
Paraguai. Findo êste meu trabalho, remeterei uma série de in-

(1) Artur Ruppiu -‘Les Juijs âans le Monde Modeme *’ —


Pag. 61.
A QUESTÃO JUDAICA 211

formações c artigos sóbre as possibilidades para os imigrantes


ipie desejam procurar uma nova pátria e como estão vivendo mi­
lhares de europeus nesta parte hospitaleira do nosso planeta.
Quantos alemães estão internados na França?
— Atualmente estão internados no território francês cêrca
de 10 mil judeus, que deixaram a Alemanha. Nos países que li­
mitam com a Alemanha, isto é, na França, Bélgica, Suíça e H o­
landa, já estão classificados cerca de trinta mil, que desejam
partir para América do Sul, e especiahnente para o Brasil. Inte-
lizmente os consulados alemães não visam os passaportes dos
teuto-judeus, que deixaram seu pais. F ’ necessário que lorde
Montagu, diretor da 11. 1. C. li. M., dê um novo passaporte
com a declaração de que por ordem do governo alemão os passa­
portes dos teuto-judeus não são visados nos consulados germâ­
nicos.
Dizendo-nos do motivo pelo qual deixou a Alemanha, assim
nos falou o delegado da H . 1. C. E. M.:
“ Atualmente estou vivendo na hospitaleira França. São pas­
sados três anos desde que resolví mudar de terra para não so­
frer o que estão passando os meus irmãos de raça.” (■*)
Pobre Brasil 1 Julga-se e diz-se que os portugueses, em 1500,
aqui estiveram e descobriram nossa terra; mas não é verdade'
os judeus é que inventaram êste país, em 19361...
Se não é assim, somos uma terra de ninguém, cujo proprie­
tário será o primeiro ocupante.
Só dêste modo se explica a facilidade com que um grupo de
banqueiros nos quer impingir trinta mil judeus.

O Brasil, possuidor de territórios imensos ainda mal povoa


dos, acha-se em condições de importar braço estrangeiro que ve
nha ajudar-nos a desbravar nossas florestas, povoar nossos cam­
pos e amanhar terras virgens e incultas.
Não ignoramos que há colônias agrícolas de judeus parti
cularmente na Palestina, Biro-Bidjan, Criméia, Ucrânia e Rússia
Branca; mas sabemos que tais colônias nada representam diante
das levas e levas de judeus citadinos, que procuram as capitais

(2) "Século X X ” — N.“ de 31 de març-o de 1936,


212 J. C A B R A L

onde exploram o pequeno comércio em detrimentos dos naturais


do país. ( 3)
Não alimentamos preconceitos raciais ou religiosos, pois fe­
lizmente, tais preconceitos não medram na imensa pátria brasi­
leira. Afirmamos, porém, que o imigrante judeu é indesejável
porque é infenso aos trabalhos do campo, não gosta da agricul­
tura; são urbanistas por excelência, que virão agravar as difi­
culdades que, afanosamente, pretendemos resolver.
Segundo informações dos próprios judeus, vieram para o
Rio e para São-Paulo 800 famílias, num conjunto de 2.000 pes­
soas, entre homens, mulheres e crianças. Dos homens, 20% são
acadêmicos, professores e artistas, 40% profissionais. Entraram
logo em atividade e, presentemente, 45% já tem emprego e 30%
trabalha por conta própria. Há, apenas, a, parcela de 25% de
desempregados.
Essa breve estatística é tão eloqüente e tão clara, que dis­
pensa comentários e explicações. Constituem êsses dados mais
uma prova de que os judeus não pretendem lavrar nossas terras,
mas explorar, comercialmente, o nosso povo.
Recentemente, um inquérito levado a efeito por um matu­
tino carioca sóbre as condições de vida dos alfaiates, depois de
alvitrar a elevação dos preços, chegou à seguinte conclusão:
“ — Assim é; mas havería uma segunda medida: reünirem-
se patrões e empregados e rompermos campanha contra um gran­
de inimigo da classe: os judeus de prestações. Êsses homens pa­
gam por feitio de terno a insignificância de 80$000. Ora, com
pouco mais que outro tanto compram a fazenda e vendem a
roupa a 350$000, conseguindo lucros de 100%. Poderíam re-
ünir-se os interessados, conseguirem uma paga maior dos “ grin­
gos”, que nem porisso teriam razões suficientes para cobrarem
dos seus fregueses. Os “gringos” constituem a grande clientela
das alfaiatarias.” ( 4)
E assim, enquanto, fazem a propaganda do comunismo, pro­
curam enriquecer à custa do suor das classes desfavorecidas da
fortuna. —'
Onde quer que se estabeleçam, os judeus tratam de asse-

(3) — Artur Ruppin — Livro cít. Cap. X. — Oto Heller — “La


Fin du Judaisme” — Pág. 23S e segs.
(4) — "A Ofensiva’’ — N.° de 9 de fevereiro de 1936.
A Q U E S T Ã O TUDATCA 213

nhorear-se da vida econômica nacional e o comércio de presta­


ções lhes fornece asado ensejo para tanto. No Rio, dominam,
qttase por completo, o comércio de móveis, peles e roupas feitas
As pequenas capitais e as cidades do interior não estão
isentas do assalto judaico à riqueza pública.
Natal, capital do Rio-Grande-do-Norte, cidade que foi cha­
mada "cais da Europa”, é hoje um quase feudo de uma dinastia
israelita, os Palatinik. que. há pouco tempo, obtiveram do govèr-
no estadual isenção de impostos durante dez anos para uma fá­
brica de telhas e tijolos; isso quando as pequenas indústrias dos
naturais do Estado estão onerados de pesados tributos... (Nota.)
Mais ainda. Apenas se estabelecem num país, começam a
opinar sôbre cousas que de modo algum dizem respeito às ativi­
dades próprias de imigrantes.
Não nos esqueçamos de que foi das judiarias de Pôrto-Ale-
gre que partiu o primeiro brado de solidariedade à Coligação Na­
cional Pró-Estado Leigo.

A introdução do elemento judaico não convém ao povo bra­


sileiro, pois os israelitas, onde se fixam, procuram logo dominar.
Tratam, quanto antes, de assenhorear-se da política, da admi­
nistração. das finanças e da técnica, a-fim-de submeterem a po­
pulação local ao jugo do messianismo da raça de Judá.
A Inglaterra, nesse particular, oferece exemplo digno de
nota.
Os judeus da Grã-Bretanha, a-pesar-de seu número relativa­
mente limitado, em comparação com a população israelita de
muitos outros países, infiltraram-se na alta nobreza inglesa e hoje
há um número avultado de lordes, barões e baronetes, mie os­
tentam brasões heráldicos de antigas famílias aristocráticas mac
nas suas veias corre abundante o sangue dos filhos de Abraão
Na alta política do Reino-Unido, numerosos judeus ocupam
altos cargos e não jroucos já figuraram ou ainda figuram entre
os ministros de Estado; citaremos apenas: John Simon, H erhert
Samuel, Samuel Efoare e L. S. Amery.
Em qualquer parte que o judeu se instala, logo procura as-
senhorear-se das fontes de riqueza e de produção

NOTA — Decreto n.“ 120. -do 20 de fevereiro de 1936, pelo aual


o Governador do Rio-Grande-do-Norte isentou de impostos a fábrica
de cerflmica de Palatinik, Mazur & Cia.
214 T. C A B R A L

O que se passa no Canadá, principalm ente no Canadá F ran ­


cês, o ferece um exem plo, que todo brasileiro d eve conhecer.
R eproduzim os, aqui. in form ações publicadas pela revista
franco-canadense, “ L e S t. Jean B aptistc” .
As florestas, as quedas dágua e as minas da província de
Ouebec pertencem aos jydeus, que, além disso, exploram os te­
lefones, as modas, os cinemas, os teatros, as tabernas e a energia
elétrica. As indústrias da polpa de madeira e o comércio de sêcos
e molhados estão nas mãos dos israelitas.
O Brasil não poderá fugir à exceção e temos indícios de que
os ádvenas seniitas trabalham em pról da conquista política de
nosso país.
Em fins de 1934, Abraão D. Benoliel, que pontifica nas co­
lunas do "Correio Israelita”, tratava, aberta e francamente, da
fundação de um partido político israelita brasileiro.
O citado jornalista hebreu diz textualmente o seguinte:
“Jamais poderiamos julgar, que tamanho entusiasmo tão ins­
tantaneamente brotasse mas hostes israelitas, ã respeito das nos­
sas idéias, incentivando a criação de uma fôrça política no meio
israelita do Brasil.
O prélio do dia 14 foi uma prova vibrante do civismo bra­
sileiro, acorrendo todos, às urnas de uma forma que excedeu às
melhores expectativas. E, para nós. foi doloroso contemplar em
todo aquele entusiasmo, em todo aquele patriotismo com eme os
brasileiros procuravam velar pela grandeza do Brasil, entregando
em mãos de pessoas idôneas e competentes os destinos da nossa
pátria, foi doloroso contemplar — dizíamos — que os israelitas,
contando em seu seio um número formidável de eleitores, não es­
tivessem formados num núcleo partidário, que expressqsse pò-
nücamente um ideal, corporificando, exuberantemente, um bloco
eme evidenciasse sem receio de contradita, que os israelitas do
Brasil formavam com valor ao lado das reivindicações brasilei­
ras, dando provas da sua inquebrantável dedicação aos mais vi­
tais interesses do país!” ( 6)
Ainda bem não se fixam em nosso meio, iá pretendem dar-
nos lições de civismo no cumprimento do dever eleitoral!...
O que é mais digno de nota é que dos estrangeiros aqui do­
miciliados apenas os israelitas pretendem intervir na vida políti­
ca do Brasil.

(5) — “Correio da Manhã" — N.° de 18 de outubro de 1934.


A QUESTÃO JUDAICA 215

Ha, em nosso país, núcleos importantes de população origi­


nária cte várias nações da Europa, c o m o sejam Alemanha, P o­
lônia, Itália, etc., mas n i n g u é m a t é h o j e a lv itr o u a i d é i a d a f u n ­
d a ç ã o de partidos políticos teuto-hrasileiro, polono-brasiieiro,
ítalo-brasileiro etc., que congreguem brasileiros naturalizados e
seus descendentes, na defesa de interêsses peculiares a ésses gru­
pos étnicos. Só OS judeus tiveram tal pretensão; é porque somen­
te ê!es entendem levar vida àparte em nosso meio, pois em qifal-
quer ponto do mundo o judeu é sempre judeu.
Tratando de aprespntar alguma justificativa do novel parti­
do, o mesmo articulista escreve:
“Ademais, o número de israelitas-brasileiros puros e mesmo
de naturalizados, é bem significativo.
• N o meio israelita, existe uma mocidade brasileira verdadei­
ramente patriótica, não sendo a vez primeira que oferece sua
vida em holocausto da grandeza do Brasil.
No meio israelita, existe uma pléiada brilhante de rapazes
brasileiros, que viveu dias de grande ardor cívico, dias de grande
entusiasmo, praticando atos de verdadeira bravura na defesa do
ideal revolucionário.”
Aqui errou, errou palmarmente o snr. Benoliel. O número
de israelitas-brasileiros puros e mesmo naturalizados não pode
ser tão grande em nosso Brasil, onde hà milhões de eleitores
alistados.
Segundo estatísticas fidedignas, que citámos no início deste
capítulo, a população israelita do Brasil era, em 1920, de 7.000
almas. . .
Como será possível que se projete a organização de um par­
tido político nacional, que reüna todos os judeus do B ra sil? ...
Se isso é por patriotismo e amor ao Brasil, não se incomo­
dem os filhos de Tudá; o melhor serviço que nos poderão pres­
tar será não se intrometerem com a vida de um povo livre e in­
dependente.
Outro documento da interferência judaica na política brasi­
leira temos no pedido de fechamento da "Acão Integralista Bra­
sileira”, pedido ésse feito pelo snr. Melquisedeque da Silva Reille,
presidente do Partido Trabalhista Brasileiro. Ora, êsse Melquise­
deque é o diretor do jornal judaico "Imprensa Israelita”, escrito
216 J C A B R A L

em yiddish e impresso à Rua Senador Eusébio, que é parte inte­


grante do ghetto do Rio. ( fl)
Sob a capa de partidos desnacionalizados e que nada têm de
brasileiros, os judeus tratam de neutralizar a ação dos que com­
batem o internacionalismo.

Diz-se, por tôda parte, que o judeu é um indivíduo s e m pá­


tria, inimigo-nato do país em que habita. Os filo-semitas negam
esra afirmação, mas alguns fatos a sustentam.
No tempo dos visigodos, no ano de 694, os judeus tentaram
abrir as portas da Espanha cristã aos muçulmanos do Norte da
África. Dezessete anos mais tarde, em 700, realizou-se a invasão
dos mouros, que conquistaram tôda península, exceção feita Mas
Astúrias.
“ Foram os judeus, escreve um autor, que franquearam aos
mouros as portas das cidades e vilas, como Toledo, a capital e a
êles foram entregues os governos destas mesmas cidades e vilas.
E não eram ao tempo tão poucos os judeus que não chegassem
a formar legiões (di-lo Graetz, historiador hebreu), que acom­
panharam os mouros aos Pirinéus, a combater a reação de Car­
los Magno.” ( 67)
• O domínio árabe na Espanha é o período áureo do judaís­
mo ou “a idade criadora do Exílio’', segundo Zangwill.
O s cristãos da Espanha não se resignaram a suportar o
jugo sarraceno e trataram da expulsão dos invasores e começa­
ram uma luta que ia durar séculos.
“ Com a marcha ovante da reconquista, díz um escritor, eram
êles (os judeus) no ataque imolados juntamente com os sarra-
cenos; em breve, porém, se associavam aos vencedores e, adatan-
do-se às circunstâncias, pelejavam com êles contra os mouros em
uns lugares, assim como em outros, pelos mouros pelejavam
contra os cristãos.” ( 8)
Em Portugal, desde os começos da monarquia, os judeus,

(6) Século X X ” — N.o de 7 de abril de 1936.


(7) — Mário Saa — “A Invasão dos Judeus” — Pág. 22.
(8) — J. Lúcio d’Azevedo — “História dos Cristãos-Novos Por­
tugueses” — Págs. 66 e 67.
A OUESTAO T U D A IC A 217

denominados cristãos-novôs, eram considerados como inimigos


figadais do trono e do altar e a êles foi “ imputado o desastre da
batalha de Alcacer-Kibir, em que pereceu o famoso rei D. Se­
bastião e a fina flor da cavalaria sueva, a cavalaria portuguesa!
A verdade é que os cristãos-novos, refugiados em Marrocos, fes­
tejaram esse mesmo desastre com uma nova Páscoa, a 20 de
agosto." (°)
Na Itália, quando das invasões dos Barbaros, os judeus aju­
daram os ostrogodos contra o Império; mais tarde, quando os
ostrogodos se estabeleceram na península, os judeus auxiliaram os
longnbardos contra os ostrogodos. Os iudeus são incriminados,
no século IX, de haverem introduzido os normandos em Bordéus.
Em Portugal, após a morte do rei D. Fernando I, em 1383,
os judeus lusitanos eram partidários do rei de Castela, contra o
Mestre de Aviz, que pugnava pela independência da pátria.
Na Espanha, em 1521, quando o príncipe de Viena, entrou
em Navarra, com um exército da França, para conquistar o
trono, ainda uma vez os judeus se ligaram aos invasores estran­
geiros. ( 9l01)
No Brasil, encontramos também provas de que o judeu não
tem pátria nem consagra amor algum ao país em que habita.
Foram os judeus portugueses, domiciliados na Holanda, que
financiaram as invasões batavas.
“ Por detrás dos marinheiros flamengos, escreve conceitua­
do autor, estava o judeu português de Amsterdam e Haia.” ( lx)
E um grande historiador nosso. Varnaghen, afirma que
foram os judeus que guiaram os holandeses, na invasão de Per­
nambuco, conduzindo-os do Pau-Amarelo a Olinda. (12)
Em nossos dias, durante a invasão alemã na Polônia, os
judeus, quanto possível, favoreceram os soldados do Kaiser con­
tra os polacos e facilitaram aos invasores a exploração de todos
os recursos do país ocupado militarmente. Mais tarde, os judeus.

( 9) .— Mário Saa — Livro Ctt. Pág. 104. — J. Lúcio d’Azevedo —


Livro cit. Pág. 3G2.
(10) — J. Lúcio d'Azevedo — Livro cit. Pág. 49 o 50.
(11) — Pedro Calmou — “História, da Civilização Brasileira" —
Pág. 03.
(12) — José Perez — “ Questão Judaica, Questão Rociai"
Pág. 35.
218 J. C A B R A L_______________________

em castigo de sua traição, sofreram grande boicotagem por parte


da população nativa. ( 18)
E depois dos fatos supra-mencionados, venha o snr. Abraão
D. Benoliel exaltar o patriotismo dos israelitas brasileiros.

Atualmente, nota-se, por tôda parte, sobretudo nos países


mais cultos, uma reação enérgica contra a infiltração judaica, que
mina os fundamentos sociais e culturais dos povos cristãos.
Não falemos da Alemanha, onde o governo naciotial-socialis-
ta entendeu resolver, custe o que custar, o problema judaico.
A paz judaica de 1918 entregou o Reich, vencido e desar­
mado, ao 'banqueirismo israelita, que explorou sem piedade os
derrotados da Grande Guerra; hoje sobrevêm uma reação na­
turalmente explicável.
Ante as investidas internacionalistas do marxismo, ressurge,
por tôda parte, o sentimento de pátria. À proporção que o nacio­
nalismo se acentua, cresce a onda anti-judaica.
Gustavo Barroso, em seu livro “O Intcgralismo e o Mundo”,
cita inúmeros movimentos de reações nacionalistas contra o in-
ternacionalismo judaico.
Enumeraremos apenas alguns exemplos. Na França, a
Ação Francesa, a Cruz de Fogo, as ligas fascistas, o francismo
e, em geral, os movimentos e as organizações da direita, que
combatem o domínio do estrangeiro e se pronunciam, mais ou
menos abertamente, contra o internacionalismo judaico. Os par­
tidos nacionais-socialistas da Áustria, da Holanda, da Polônia e
da África do Sul são quase tão antissemitas quanto o nazismo
germânico.
Nos Estados Unidos, a-pesar-da riqueza e do prestígio dos
judeus, existe uma vasta e poderosa corrente antissemita, que
dia a dia se avoluma.
Em contraste com o que se passa alhures, na Rússia o an-
tissemitismo está proibido por um decreto de Lenine, de junho
de 1918; Stalin, reforçando essa lei, promulgou péna de morte
contra os réus de antissemitismo.13*

(13) — Henry Ford — "O J u d e u In tern a cio n a l'' — Pág. 31D


e segs.
•' OUESTAO JUDAICA 219

Na Polônia, o antissemitismo mantém acesos os ânimos e,


vez por outra, o telégrafo anuncia agitações, tumultos e confli­
tos, de que resultam numerosas vítimas.
Km fevereiro de 1936, da capital polonesa, a grande e popu­
losa Varsóvia, seguiram tropas para o interior do país, onde se
registavam, grandes manifestações anti-semitas.
Na Rumânia. a 14 de julho de 1935, fundava-se o “Partido
Nacional Cristão”, organizado por dois eminentes parlamentares;
a divisa dessa agremiação política é: “ A Raimânia aos Rumanos”.
O novel partido 6 essencialmente antissemita e seu manifesto-
programa declara, que “os povos reconhecem que, para a civiliza­
ção cristã poder desenvolver-se para o futuro é absolutamente
necessário eliminar comnletamente os judeus, organizando-se
uma colaboração internacional nesse sentido.”
O "Partido Nacional Cristão” conta como órgãos várias
publicações, entre as quais poderemos citar: "A Defesa Nacio­
nal” e “Nosso Império”.
Osvaldo Mosley. chefe dos fascistas ingleses, em matéria
de judaísmo chegou às mesmas conclusões que Adolfo Hitler.
Km sua campanha nacionalista. Mosley não cessa de denun­
ciar a corrução social e política, declarando-se enèrgicamente con­
tra o banqueirismo internacional, a alta.finança judaica, domi-
nadora dos partidos políticos britânicos, cuia influência em tudo
se faz sentir c, através dos livros, do cinema, do teatro e sobre­
tudo da imprensa, se esforça por matar o espírito nacional e a
pureza dos costumes tradicionais.
Na Turouia, os judeus são considerados como inimigos do
país. pois foram eles os melhores obreiros da desarticulação e
da ruína do antigo império otomano, oue era um obstáculo à
realização dos planos e sonhos do Sionismo.
Ocfat Rifai Bev, no seu jornal de Constantinopla, sustenta
a divisa: “Dar a Turquia aos Turcos”.
A Turquia de Kemal Pachá procura defender-se contra a
espionagem judaica internacional.
Devido às medidas militares nos Dardanelos, o governo tur­
co, eme não confia nos judeus, iá determinou sua expulsão da
Trácia o das proximidades daquele estreito, sob êste motivo tex­
tual contido no decreto: “falta de confiança e perigo de espio­
nagem.”
Km Roston, nos Estados-Unidos, o jornalista Raymondo
Joseph Heaby combate, valente e destemidamente, a influência
220 J. C A B R A L

sempre crescente dos judeus na vida da grande democracia do


norte do continente.
A República Argentina, nossa vizinha e amiga, começa a
inquietar-se com a infiltração do judaísmo em sua vida interna.
Para combater o perigo israelita, organizou-se, recentemente, um
poderoso e decidido grupo antissemita, que tomou o nome de
"Grupo Contra-Veneno”. O manifesto desse grupo contém estas
palavras enérgicas:
"Terminemos de una ves con Ia cada ves mas atrevida
aqitación soviética comunista socialista roja, anti-argentina, ins­
pirada y diriqida por los judios, verdugos de toda civilisación.”
Nesse documento público, depois do estudo da questão ju­
daica nos países estrangeiros, há alguns períodos, que muito nos
interessam e porisso os transcrevemos infra:
“ Nossa querida pátria, a Argentina, está invadida i>elo ju­
daísmo. Não esqueçamos que o "leader” do Sionismo, o dr. Theo-
doro Hertzl, no seu livro “Der Judenstaat” , publicado na livra­
ria P>reitenstein, de Viena, pediu fôsse criado, na Palestina ou
na Argentina, um Estado judeu, que oferecesse aos de sua raça,
que se não quisessem assimilar aos ]>ovos que os acolhem a possi­
bilidade de realizar seu nacionalismo em um' Estado próprio.
O célebre historiador Mommsen, embora não fôsse antisse­
mita, denominava o judaismo — fermento de decomposição.
Em todo o mundo, essa decomposição moral, nacional c
econômica vai ganhando terreno de forma espantosa, e o momen­
to é propício para tôdas as audácias.
Devemos estar prevenidos!
Acabemos de vez com o comunismo estrangeiro na nossa pá­
tria, com a propaganda do socialismo vermelho, que nos quer
conduzir ao terror judaico-bolchevista!
Despertemos, argentinos!
Alerta, militares e policais, se não quiserdes sofrer em pes­
soa o que sofreram os militares e policiais da Rússia!”
Não é de admirar que os patriotas argentinos sollem êsse
brado de alarma, pois a "Associação de Colonização Judaica’’
está empregando os milhões legados pelo barão judeu Tlirsch na
aquisição das terras marginais da cochoeira do rio Iguassú, tanto
do lado argentino como do lado brasileiro. ( 14)

(14) — “.1 O fe n siva ” — N.” de 9 de fevereiro de 1936.


A QUESTÃO JUDAICA 221

E’ natural, pois, que semelhante acontecimento desperte in­


quietações e justos receios entre aqueles que amam sinceramen­
te a terra em que nasceram e habitam.
A atitude franca e decidida dos argentinos, que combatem
a infiltração judaica, deve servir de exemplo e de incitamento
aos filhos da Terra de Santa-Cruz, que os israelitas querem do­
minar e explorar ignobilmente.

Ninguém mais, em nossos dias, jioderá negar ou pôr em du­


vida que o Brasil é presa e conquista do alto capitalismo judaico.
A publicação do livro “Brasil — Colônia de Banqueiros',
do sr Gustavo Barroso veio pôr o dedo na chaga, corno vulgar­
mente se diz, e revelar ao grande público muitas verdades, que
jaziam esquecidas e só os entendidos em matéria de finanças co­
nheciam Aliás, muitos dos que sabiam dos fatos não lhes pene­
travam o sentido, pois ignoravam as ligações existentes entre a
alta finança e o judaísmo internacional.
Um matutino da metrópole brasileira, “ Correio da Manhã1’,
em editorial de 30 de março de 1934, denunciava as negociatas
do grupo judaico de S.-Paulo, com estes dizeres francos e claros:
“ No velho regime republicano, o Brasil esteve sempre do­
minado pela orientação financeira do perrepismo de S.-Paulo.
Todos os planos salvadores vinham de lá e sempre traziam no
bojo o famigerado empréstimo externo.
Esta política da morfina foi entorpecendo o organismo do
pais até que chegamos à ruína em que nos achamos: Miséria fi­
nanceira e miséria econômica. Miséria financeira, porque ficamos
escravizados á finança internacional; miséria econômica, porque
entregamos o nosso principal produto — o café — a usura dos
argentários estrangeiros.
O resultado ai está: o país vendido c escravizado. O em­
préstimo externo resolvia tódas as situações do momento. As
valorizações criminosas da rubiácea atenuavam as lutas políti­
cas Pelo campo de ação para os intermediários gananciosos e
para os governos sem patriotismo.
-----continuamos tutelados dos N U M A S, W H 1TAK ERS,
SIM O SE N S, etc., agentes da alta corretagem de Nova-York e
Londres, os mesmos que, de S.-Paulo inspiravam todos os pia-
222 J. C A H A 1

nos salvadores “ no sentido dos negócios que êles representam em


nossa terra”. ( lr’)
Os emissários do banqueirismo judaico internacional não
cessam de agir e de trabaihar, ora na sombra e em segredo, ora
às claras e à luz do sol.
Da atividade dos inimigos da economia, do povo brasileiro
cemos exemplo frisante no caso da Companhia Nitro-Químico,
em que os Kralin, Later, Numa de Oliveira e comparsas conse­
guiram extorquir do governo nacional uma isenção de impostos
no valor de 20.000 (vinte mil) contos de r é is ! ...
Gustavo Barroso, no artigo “ A Sinagoga Paulista”, estam­
pada no hebdomadário carioca, “Século XX", número dc 10 de
março de 1936, denunciou a escandalosa negociata do grupo ju­
daico da capital paulista.
Fato digno de nota e merecedor de tòda atenção: na Câ­
mara dos Deputados, como representantes do povo bandeirante,
assentam-se dois judeus: Horácio I^afer c Roberto Simonsen
(Ben Simon).
Para secundar e amparar a penetração econômico-financei­
ra, os judeus intrometem-se na vida política dos povos sôbre que
pretendem estender o donúnio da casa de judá.
Eis aí mais um motivo para o governo brasileiro fechar os
portos nacionais à invasão dos israelitas, considerados indesejá­
veis pelo III Reich.

O comunismo marxista é o inimigo número um da civilização


cristã. Ora, a civilização brasileira é essenciãhnente cristã; logo
o comunismo é inimigo do Brasil.
Não pode haver meio térmo nem meias medidas: ou o Bra­
sil subjuga o comunismo ou o comunismo subjuga o Brasil. A
luta está travada e o futuro assistirá o desfecho dêsse combate,
E os judeus, não nos esqueçamos, são os mais ardentes par­
tidários do comunismo e ao triunfo do ideal rubro os filhos de
Israel dão o melhor de seus esforços.
Aos que não acreditam na propaganda marxista revolucio­
nária, por intermédio do elemento israelita, podemos oferecer

(15) — “ S é c u lo X X ” — N.“ de 24 de fevereiro de 1936.


____________ A QUF.STAO JUDAICA___________ 223

coino prova de nossa afirmativa um fato ocorrido na Argentina,


em 1937, e divulgado entre nós, por um comunicado do serviço
de imprensa do Ministério das Relações Exteriores.
E ’ o seguinte:
“ A 28 de maio findo, a polícia civil de Buenos Aires, com o
auxilio de funcionárias dos Ministérios da Justiça e da Instrução,
do Conselho de Educação e do Departamento de Higiene da vi­
zinha República Argentina, realizou importante diligência, vare­
jando 11 escolas comunistas mantidas e dirigidas pelos israelitas.
Nessas escolas, crianças de 4 a 16 anos de idade, vinham
sendo iniciadas nas doutrinas moscovitas, sob a orientação de
conhecidos extremistas, aventureiros internacionais como, por
exemplo, o indivíduo José Schlos ou Goldemberg, cuja captura
a polícia argentina desejava efetuar.
As autoridades policiais, acompanhadas dos técnicos em
pedagogia, realizam, agora, um inquérito completo sôbre as ati­
vidades desenvolvidas pelos judeus, na Argentina, em prol da
propaganda vermelha.
Um dos principais organizadores de escolas marxistas para
a infância israelita, na Argentina, foi o indivíduo Abraham M.
Jçrozolimski, ja expulso do país.
A documentação apreendida nas onze escolas varejadas é
abundante, está sendo traduzida e promete revelações sensacio­
nais
Um programa de estudos para essas escolas foi também en­
contrado, e se devide em três graus. No primeiro e segundo graus,
em conversações fáceis para a idade, fazia-se leitura e compo­
sição em torno dos conceitos de “classes” e “ luta de classes”,
com farta propaganda das excelências do “ Paraíso” soviético.
No terceiro grau. o ataque à inteligência das crianças era feito
de modo mais decisivo, com uma verdadeira propaganda contra
a Argentina, seu regime e seus governantes, em nada menos de
uns vinte pontos extensos.
Antes de mais nada, nesse programa, visa-se a propaganda
de Moscou e de Stalin, em altos elogios, sob o sistema de desen­
freada apologia.
A polícia argentina pretende continuar intensamente suas
investigações em tórno dêsse problema urgente, visando salvar
a infância da infiltração de idéias tão nocivas quanto dissolven­
tes e perigosas para a grande nação do Prata”.
Vemos, pois, que o judaísmo serve-se de todos os meios
224 J. C A B R A L

para propagar as idéias subversivas e preparar os organizadores


de futuras revoluções.
Desde agosto de 1934 que “a propaganda comunista no Bra­
sil, feita através de elementos judaicos internacionais e dissol­
ventes, começa a produzir seus frutos, atirando os nossos pobres
operários ludibriados aos conflitos na praça pública. Ninguém
consegue saber nunca como êsses distúrbios se originam. Desde
que as autoridades procurem impedir qualquer manifestação pe­
las ruas e se estabeleça um atrito entre os responsáveis pelo po­
liciamento, partem tiros não se sabe de onde. A fôrça responde e
trava-se a luta. Enquanto os provocadores do tiroteio, quase
sempre estrangeiros e judeus, guardam as pistolas e se escafedem,
os transeúntes e os operários são baleados. Mortos e feridos
juncam o asfalto. São outras tantas vítimas em'holocausto aos
fins ocultos de Israel, que aumentam o ódio do operário a su­
postas reivindicações.” ( 18)
O partido do comunista brasileiro, seguindo as diretrizes <le
Moscou, promoveu na capital federal o I Congresso contra a
Guerra, a Reação e o Fascismo, congresso êsse que degenerou em
conflito, como todos sabem.
"O Globo”, jornal insuspeito no caso, j>or ser dirigido por
um judeu, enumerou os feridos em conseqüência do choque que
houve no Teatro João-Caetano e entre êsses feridos encontramos
alguns nomes muito significativos e que aqui registamos: a ju­
dia rumaica, Clara Schwartz, o judeu rumaico Moisés Lema, o
judeu tchecoslovaco, Júlio Vazi, o judeu alemão, Jacó Siíelmann
e o judeu sírio, C. Jalai.
Uma bandeira vermelha apanhada no local trazia os seguin­
tes dísticos: Viva o território autônomo judaico Biro-Bidjan!
Viva a União Soviética! Abaixo as guerras imperialistas!
A terrível agitadora Genny Gleizer era judia, da Rumânia.
O mentor e diretor de Luís Carlos Prestes era o judeu Ber-
ger.
A lista dos israelitas pilhados pela polícia nacional em ati­
vidades subversivas é muito grande; alguns estão presos, raros
foram expulsos do território brasileiro, mas a grande maioria
continua impune a operar nas sombras.

(16) “ A O fe n siv a ” — N.” de 23 de agôsto de 1934.


A QUESTÃO JUDAICA 225

Em novembro de 1935, tivemos o aparecimento de um ter­


rível surto revolucionário, de caráter francamente extremista.
Uma de nossas capitais ficou alguns dias em poder dos revolto­
sos, que implantaram o Soviete Número Um do Brasil, no Es­
tado do Rio-Grande-do-Norte.
Esse fato — que aliás só se consumou devido à fraqueza e à
incompetência dos responsáveis pela ordem legal — veio demons­
trar clara e insofismàvelmente, a existência do perigo bolche-
vista na Terra de Santa-Cruz, para abrir os olhos dos que não
querem reconhecer a verdade.
Enquanto as famílias de Natal experimentaram todo o hor­
ror da dominação soviética e muitos estabelecimentos bancários
e comerciais foram saqueados; os judeus, tranquilos e prazentei-
ros, assistiam o desenrolar dos fatos e nada sofreram em suas
pessoas e em suas propriedades particulares.
Esses fatos, nossos contemporâneos, denunciam a interferên­
cia de elementos israelitas nas agitações de caráter extremista
havidas no Brasil, demonstram ainda que é a estréia de Judá que
orienta nossos comunistas.
Mais um motivo para não permitirmos a colonização judai­
ca em nosso Brasil.
XX

A IGREJA CATÓLICA E A QUESTÃO


JUDAICA

"E assim todo o Israel seja salvo, como


está escrito: “ Virá de Sicm aquele que há de
libertar e que banirá de Jacó a iniquidade ”
(S . Paulo aos Romanos, XI, 26.)

is — Q. j.
O catolicismo não pode desconhecer ou fingir desconhecer
a existência do magno problema que é a célebre e momentosa
Questão Judaica.
Sem esposar preconceitos e exclusivismos de ordem religio­
sa ou racial, a Igreja não pode fechar os olhos às dificuldades
que o caso judaico lhe oferece. Incumbe, pois, à religião católica,
dentro da ordem social e espiritual, procurar uma solução equi-
tativa e justa para tamanha dificuldade.
Estudando a questão judaica em face do catolicismo, o gran­
de escritor contemporâneo francês, Jaques Maritain focaliza dois
aspectos da mesma: político-social e espiritual ou teológico.
Acompanhemos, um pouco o ilustre publicista da França
hodierna, no seu estudo do problema que Israel apresenta e que
o cristianismo ou melhor o catolicismo deve resolver.
Consideramos, primeiro, o lado politico-social da questão.
A existência de fortes núcleos de indivíduos de origem e
religião israelita em meio de populações cristãs não deixa de
constituir um problema muito delicado e uma questão muito
séria.
E ’ verdade que não poucos judeus, no decurso dos tempos
perderam, ou vão perdendo, lentamente, o apêgo às crenças e
usanças atávicas e acabam na fusão mais ou menos perfeita com
a população do pais em que habitam. Desjudaizam-se. Constituem
os ditos judeus assimilados, que se perdem no caldeamento das
raças. A grande maioria, porém, do povo de Israel, por um fe­
nômeno naturalmente inexplicável, continua visceralmente ape­
gada à Lei e ao messianismo, que, de há séculos, mantém a união
sagrada dêsse povo em estado de dispersão (Diáspora).
E isso, infelizmente, não é tudo, nem é o pior.
Israel é essencialmente messiânico; de posse 'das antigas pro­
fecias e das antigas tradições, êsse povo quer fazer-se justiça
pelas suas próprias mãos. Daqui serem os judeus grandes obrei-
230 J. C A B R A L

ros da subversão social e consagrarem tantos esforços em prol


da revolução universal.
Êsse povo transportou para a ordem material e temporal as
esperanças sobrenaturais do verdadeiro messianismo, da justiça
infinita e da predestinação do povo eleito. E como, na ordem
vigente e na sociedade cristã, não há ensejo favorável para o
alevantamento total dos filhos de Abraão, estes se tornaram em
ativo fermento de desordem e de anarquia, porque só assim se
lhes apresenta alguma oportunidade para a realização de seus
sonhos messiânicos de podeçio temporal.
ü judeu é, pois, um revolucionário, não de plano preconce­
bido, mas levado por uma necessidade de ordem metafísica, a
que não pode nem consegue fugir. Falta-lhe a fôrça e o poder
para destruir de vez e aniquilar tudo que se opõe ao domínio da
casa de Davi sóbre o mundo; não podendo agir às claras, tra­
balha na sombra; tenta minar os fundamentos da atual organi­
zação política e econômica do mundo, visto como não consegue
de uma vez subverter a sociedade inteira.
A alta finança internacional judaica, antes, durante e de­
pois da Grande Guerra, tem mobilizado tôdas as forças de que
consegue dispor contra os interesses de uma civilização que ain­
da é, pelo menos oficialmente, cristã.
O que escrevemos em vários dos capítulos anteriores deste
nosso trabalho, esclarece e documenta o quanto o judaísmo tem
feito para destruir e apagar do mundo hodieruo tudo que lhe
resta de cristão e de sobrenatural.
O judaísmo trabalha, às mais das vezes, acobertado pela
Maçonaria, fiel e dócil executora dos planos tenebrosos da S i­
nagoga. Para iludir a boa fé e lograr mais fàcilmente a realiza­
ção dos seus intuitos, o judaísmo scrve-se de quantos elementos
possa dispor, no momento azado.
A êsse trabalho enorme de sapa, que Israel executa contra
os fundamentos cristãos de nossa sociedade, o catolicismo, sem
violências e sem ódios, oferece resistência enérgica e constante,
no combate às forças secretas, que tramam a desordem universal.
Mister se faz observar que a Igreja não considera os judeus
como a causa única e exclusiva dos males contemporâneos e das
desgraças que nos ameaçam. . .
Passemos agora à consideração do aspecto teológico ou es­
piritual do problema judaico.
A QUESTÃO JUDAICA 231

Debaixo dêsse ponto de vista, dois fatos nos prendem a


atenção: o número dos judeus convertidos e a cruzada de ora­
ções em favor de Israel.
O número de judeus verdadeiramente convertidos ao cris­
tianismo — dizemos verdadeiramente convertidos para afastar
dêsse grupo aqueles que por mera conveniência ou interesse re­
ceberam o batismo — não é, infelizmente, muito grande, se to­
marmos em consideração o total dos israelitas do mundo inteiro,
computados em mais de quinze milhões. Mas o que falta em
quantidade, é sobejamente compensado em qualidade, pelas vir­
tudes morais, dotes de coração e capacidade intelectual dêsses
novos adoradores do Crucificado, operários da undécimo hora...
Contam-se personalidades verdadeiramente notáveis entre
judeus convertidos, que apresentam nomes muito conhecidos
como sejam: os irmãos Ratisbona e Lemman. a filha do céle­
bre rabino e filósofo alemão Mendelsohn — Dorotéia Schlegel,
mulher de Fed. Schlegel, a quem trouxe ao catolicismo, Drach,
o Padre Hermann, o presbitério Goschler, o venerável Lieber-
man, fundador da Congregação dos Padres do Espírito-Santo.. .
O movimento de preces em prol da conversão de Israel é
muito grande e muito significativo no seio da Igreja Católica.
Na sexta-feira da semana santa, nos templos católicos, re-
za-se, solenemente, em favor do povo que outrora foi o eleito
de Jeová.
O Padre Teodoro Ratisbona fundou a Congregação de N os­
sa Senhora de Sion, cujo fim principal é trabalhar e orar em
favor da conversão dos judeus. Em 1869, os presbíteros Lemann
provocaram um testemunho de simpatia, quando redigiram um
P.ostulatum pro Hebroeis, que reüniu 510 assinaturas episco­
pais entre os Padres do Concilio do Vaticano.
Em 1903, uma fervorosa católica da arquidiocese de Paris
concebeu a idéia da fundação de um sodalício de preces, pela
conversão de Israel. Aprovada pelo Cardeal Richard, erecta em
arquiconfraria, foi essa obra dirigida pelos Padres de Sion e
teve como centro as capelas das Religiosas de Sion. Os membros
dessa associação reünem-se cada mês, para a missa e adoração
do S. S. Sacramento.
Em dois anos, o número dos associados elevou-se a 36.000
e em 1934 passava de 600.000.
P.sse fato é suficiente para demonstrar o interesse que os
católicos tomam pela conversão dos israelitas.
232 J. C A B R A L

A conversão em massa do povo de Israel ao cristianismo


resolvería de modo eqüitativo e pacífico a questão judaica, pois
não mais teriam razão de ser os sonhos messiânicos e o naciona­
lismo religioso, que animam e sustentam, há longos séculos, a
alma turbulenta dêsse povo disperso pelos quatro cantos da terra.
Admitimos em pé de igualdade ao convívio das nações cristãs,
os judeus não seriam mais agentes da desordem social e da
anarquia. Seria a assimilação completa dos judeus aos demais
povos cristãos, desaparecendo de vez o antagonismo, que há
entre os filhos de Israel e a sociedade fundada sôbre os princípios
do Evangelho.
Segundo adverte o mencionado Jacques Maritain e o bom
senso o indica, os católicos não podem levar aos extremos os
sentimentos de antissemitismo político-social, nem tão pouco de­
vem atacar a religião e a raça judaicas uma vez que Jesús Cristo
é judeu e a Igreja recita os Salmos de Davi e é a herdeira do
Antigo Testamento.

Dedicamos um capítulo especial ao estudo da religião de


Israel e demonstramos a grande diferença que, sob êsse ponto
de vista, há entre os judeus antigos e os modernos.
Embora conservem a crença tradicional em um Deus único,
na revelação e na vida futura com prêmios e castigos, abando­
naram quase todos os judeus a crença em um Redentor e apenas
esperam ser libertados da opressão sob que vivem. Tomam ao
pé da letra muitas passagens bíblicas e interpretam em sentido
literal e terrestre as promessas e as profecias relativas ao Reino
de Deus.
“ O judaísmo moderno, diz Hettinger, é um edifício que se
arruinou ainda antes de completar-se; instituição, que, sem se
achar concluída, se esg o to u ; vivend o ao lado do cristianism o e
adversário do mesmo, na sua origem de religião de Estado e to­
davia sem laço político, particularista e contudo universal, pro­
gredindo consoante a sua idéia e apontando para o futuro, abso­
luto e imóvel ante o culto da letra.” (*)
As instituições teocráticas, sôbre as quais repousava a reli­
gião nacional do povo de Deus, desapareceram e acabaram; as

(1) Hettinger — Apologia do ÇrisUanismo — vol. V, pág. 365.


A QUESTÃO JUDAICA 233

condições, dentro das quais foi promulgado o Decálogo, se alte­


raram completamente.
A astúcia rabínica, servindo-se de tôda sorte de artifícios
na exposição e interpretação dos textos bíblicos, procura, de há
séculos, conciliar, por todos os meios, a contradição manifesta,
que existe entre as idéias e as prescrições dos ritos de um lado,
e a realidade e ns condições do presente, do outro.
“O judanmo é a religião da humanidade.” Assim falam os
modernos arautos do espírito judaico.
Nada mais falso do que essa afirmação gratuita.
O Talmud, com seus preceitos morais e suas doutrinas ju­
rídicas, fecha o povo de Israel em um recinto limitado e estreito.
O farisaísmo moderno, como o antigo, ergue barreiras intrans­
poníveis entre os privilegiados filhos de Abraão e os impuros e
miseráveis goim, não pertencentes á raça eleita.
Não pode ser imposta à humanidade culta e livre uma reli­
gião que admite a escravidão, a poligamia e deixar a mulher,
indefesa, entregue aos caprichos do marido.
Não pode ser a religião da humanidade a que estabelece, em
princípio, a diferença entre nacionais e estrangeiros, e manda
impor fintas aos primeiros e dispensa dela os últimos.
Haverá espírito mais oposto ao universalismo religioso que
este?

Amar os homens e combater seus erros — eis a grande


máxima cristã, que deve sempre ser empregada no estudo dos
problemas suscitados pelo judaísmo internacional.
Aqui reside o segredo da tolerância que muitas vezes, no
decurso dos séculos, os pontífices romanos demonstraram para
c o m OS israelitas perseguidos pelos governos cristãos. Tolerância
essa que não raro escandalizou espíritos fracos, que não com­
preendiam a extensão dos sentimentos de verdadeira fraternidade
que deve reinar entre os humanos. Do modo como os Papas
sempre trataram os judeus dão testemunho fidedigno autores in­
suspeitos de parcialidade para com a Igreja.
J. Lúcio d’Azevedo, em muitos trechos de sua História dos
Cristãos-Novos Portugueses”, trata do modo como a côrte ro­
mana procurava suavizar a sorte dos que caíam na desgraça dos
príncipes ou eram citados perante os juizes do Santo-Ofício.
234 J. C A B R A L

Um acontecimento muito recente prova que o procedimento


da Igreja não mudou, nesse particular.
Em conseqüência de agressões repetidas e conflitos conti­
nuados entre cristãos e judeus, na capital e em várias das cida­
des polonesas, uma delegação da União dos Rabinos da Polônia
procurou entender-se com S. Emcia. o Cardeal Kakowski, arce­
bispo de Varsóvia, para solicitar dêsse príncipe da Igreja a pu­
blicação de uma carta pastoral, que condenasse a atitude antisse-
mita da juventude polonesa. Reclamavam os chefes e mentores
espirituais dos judeus contra o crescente antissemitismo na Po­
lônia e verberavam nos termos mais enérgicos a política do go­
verno do snr. Hitler contra os filhos de Israel.
Em resposta ao memorial dos Rabinos, que pediam a pu­
blicação de uma carta pastoral do cardeal-arcebispo, no fito de
conter o antissemitismo da juventude polonesa, o eminente pur-
purado disse:
“ Uma vez que a impressa deu notícia da visita que os Rabi­
nos me fizeram e dos fins dessa visita, sinto-me no dever de
declarar que condeno, absolutamente, tôda violência e todo ex­
cesso de qualquer parte que venha, seja dos judeus seja dos ca­
tólicos. A solução das questões e dos problemas, por mais deli­
cados que seja, deve ser feita de acordo com os mandamentos
da ética de Jesus Cristo E ’ êste o nosso ponto de vista essen­
cial. Aproveito, porém, a vossa visita, meus senhores, na minha
•qualidade de arcebispo, para chamar a vossa atenção sòbre o
fato de que tenho recebido inúmeras queixas da parte da popu­
lação cristã, cujos sentimentos religiosos têm sido feridos pelas
provocações provenientes de elementos judaicos. Para demons­
trar-vos que essas queixas não são vãs, tomo a liberdade de ci­
tar alguns exemplos.
A ação atéia na Polônia, que, nestes últimos tempos, tem
tomado uma forma tão violenta na sua luta contra a religião
cristã, que leva os dogmas a ridículo e cobre de ultrajes o clero
católico, esta ação é dirigida por um judeu, Davi Jablonski, re­
dator do jornal "Livre Pensador” e de "Relâmpagos”, pequeno
jornal propalado sobretudo entre as populações do campo. Outros
jornais livre-pensadores, publicados em polonês e em língua ju­
daica, e que insultam a religião católica, têm, igualmente, reda­
tores judeus. Já fui obrigado a intervir pessoalmente junto das
autoridades por causa dos artigos blasfemos das publicações
hebdomadárias "Opinja e Literalysse Blettcr”, que ultrajavam a
A QUESTÃO JUDAICA 235

J e s Ú S Cristo. Não vos considero responsáveis pelos atos dos v o s ­


sos correligionários, entretanto quero assinalar-vos que a sociedade
iudaica, que é tão unida e tão solidária, quando se trata da de­
fesa de seus interesses, devia poder assegurar o respeito à crença
e às tradições da população cristã. Finalmente, não posso ex-
primir-vos a mágoa que sinto ao ver que publicações ofensivas
à moral e que espalham a pornografia (publicações de que a Po­
lônia atualmente, está inundada) encontiem tão numerosos ven­
dedores e destribuidores entre os judeus. Uma vez, senhores, que
entendestes dirigir-vos a mim nesta conjuntura, julgo necessá­
rio pedir vossa atenção para todos êsses pontos dolorosos, que
contribuem para a formação de um ambiente antissemita cada
vez maior na Polônia e que podem levar a excessos mui lamen­
táveis.”
Encontramos nas palavras supra-citadas de Mons. Kako-
wiski um testemunho de firmeza e sinceridade muito dignas de
um purpurado da Igreja, que sabe combater o êrro e o mal, sem
se esquecer dos ditames da caridade e da justiça.

Cumprem-se, em nossos dias, as palavras do profeta Oséias:


"Os filhos de Israel estarão muito tempo sem rei e sem
príncipe, sem sacrifício e sem altar, sem magistrados e sem se­
rafins.”
Eefetivamente, a condição atual dos judeus é tal qual a
descreve e profeta acima mencionado.
Inúmeras vezes, no decurso da era cristã, os israelitas têm
tentado sacudir o jugo estrangeiro, que pesa sobre êles; mas
todos êsses esforços têm sido malogrados, acarretando apenas
inúteis sacrifícios e a sorte do povo disperso não muda nem
melhora.
O Templo de Jerusalém era o único lugar do mundo, onde o
povo eleito oferecia sacrifícios gratos ao seu Deus. O templo já
não existe, cessaram, portanto, os sacrifícios.
O sacerdócio da Aliança era privilégio da tribu de Leví e a
casta sacerdotal, na dispersão, confundiu-se com a progênie dos
demais filhos de Abraão. Os rabinos, que tomaram o lugar dos
Pontífices e dos sacerdotes, são simples doutores da Lei, mas
não possuem a unção sagrada, que fôra conferida aos antigos
ministros do culto.
236 J, C A B R A L

O povo de Deus já não tem mais seus magistrados, que


levavam consigo, as insígnias do poder. Até ao tempo de Teodó-
sio, o Moço, os judeus, embora dispersos, tinham um pontífice
denominado patriarca; desde esta época até hoje desapareceram
entre os judeus os vestígios da antiga hierarquia.
N o incêndio do Templo, a Arca Santa foi consumida e do
que havia de mais sagrado no Santo dos Santos não ficou ves­
tígio algum, que permitisse a celebração dos mistérios divinos e
a observância dos ritos prescritos por Moisés.
Êsse é o lamentável estado a que se acha reduzido o povo, que
outrora foi o eleito de Deus.

Causa estranha! Os judeus, pela alta finança internacional,


pela imprensa e pelas suas organizações, dominam o mundo e
são senhores dos destinos dos povos. A-pesar-disso, o desprezo
universal cobre esses dominadores das nações! . . .
O ímpio Renan escreveu estas palavras: “ O judeu é o ho­
mem imundo, que não pode tocar qualquer cousa ou uma mu­
lher sem que a queime; é o homem de ultrage, em quem todo o
mundo escarra.”
Estranho contraste de grandeza e de opróbrio; de poder e
m iséria!.. .

As muralhas derrocadas de Sion exercem sôbre o povo de


Israel uma atração e uma influência que, naturalmente, não se
explicam.
Todas as sextas-feiras, exceção da que incide dentro da
festa dos Tabernáculos, os judeus mais fervorosos de Jerusalém
postam-se junto ao muro ocidental da mesquita de Ornar, no ve­
rão às quatro horas da tarde e no inverno às três e meia, e aí se
entregam ao pranto e à prece, implorando dos céus a cessação
dos flagelos que, de há dezenove séculos, afligem o povo eleito.
E entoam uma estranha ladainha.
Diz o Rabino:
— Por causa do Templo que foi destruído; por causa das
muralhas em ruína; por causa dos nossos grandes homens que
pereceram.
A QUESTÃO JUDAICA 237

O novo responde:
— Solitários nos assentamos nas lágrimas e no pranto.
O Rabino exclama:
— Suplicamo-vos que tenhais piedade de Sion ( ' )

E o povo de Israel, que a lenda cristã personificou na figura


do Judeu Errante, cumpre o seu fadario.. . .

(2) Biblia Sacra — Oséias III, 4.

Nlhil oliBtat.
Rio de-Janelro, 3 d* jullio de 1937
P. João Batista de Siqueira

Imprimatur.
«ti 4 • rr
Mone R. Costa Rêgo, V. G.
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Pgs.
Prefácio ................................................................... 5
0 autor ao leitor ................................................... 9
Capitulo I — O Povo de Deus ....................................................... 13
>> II — Um Estado no Estado ....................................... 21
” III — O Ghetto — Cidadela de J u d á ........................... 31
» IV — A questão judaica .................................... 37
” V — O antissemitismo ...................................... 43
*> VI — O sionismo ........................................... 55
» VII — Judafsmo e internacionalismo ......................... 67
» VIII — O Talmud e a religião de Israel ...................... 75
>> IX —sOs judeus e as revoluções ................................... 87
1 — A revolução francesa ................................. 90
II — A revolução russa ................ ...................... 92
III — A revolução a le m ã .................................. 97
IV — A revolução húngara ............................... 100
V — Os judeus e as revoluções da penin-
suia ibérica ......................................... 101
X — O Poder oculto de Israel ................................. 105
” XI — As organizações judaicas ............................. 115
*> XII — Os protocolos dos sábios de Sion ................... 125
” XIII — A influência judaica e o espírito cristão . . . 137
” XIV — Os judeus e a agricultura .................................. 153
” XV — Os judeus e a vida mental ................................... 161
” XVI — Os judeus e a impTensa ...................................... 171
” XVII — Os judeus e a vida ec o n ô m ica ........................... 183
” XVIII — Os Judeus e a vida social .................................... 195
” XIX — Os Judeus e o Brasil ............................................. 207
’• XX — A Igreja católica e a questão ju d a ic a .................. 227
Bibliografia ......................................................... 239

EDIÇÃO
N.° 932

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