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COLORAÇÃO DE PAPANICOLAU

Aluna: Marcela de Oliveira Cunha


Prof°: Amanda Rocha Mortoza

Araguaína/TO
21/03/2022
PATOLOGIA E CITOLOGIA CLÍNICA
RELATÓRIO 2

1. INTRODUÇÃO

A citopatologia é considerada uma técnica de diagnóstico que avalia


células de vários locais do corpo para determinar a causa ou a natureza da
doença. Os espécimes de células são processados em lâminas e examinados
microscopicamente para o diagnóstico de câncer, condições pré-cancerosas,
tumores benignos e algumas doenças infecciosas.

As células para análise citopatológica podem ser obtidas a partir de


esfregaços, raspados, aspirações e centrifugação de líquidos para detecção de
alterações celulares. O primeiro teste de citopatologia desenvolvido foi o teste
de Papanicolau, conhecido também como colpocitologia oncótica ou citologia
cervical. Essa técnica é a mais utilizada para rastreamento das lesões
precursoras do câncer do colo do útero. A coloração de Papanicolau ou
segundo Papanicolau é uma técnica de coloração multicromática desenvolvida
por Geórgios Papanicolau, o "pai" da citopatologia. Esta técnica utiliza três
soluções corantes: a Hematoxilina de Gill (substituída também pela
Hematoxilina de Harris), OG-6 e EA-36 ou EA-65. É um sistema de coloração
utilizado para células colhidas por raspagem em cavidades como a vagina, a
mucosa bucal e fluidos com células a partir de derrames de outras cavidades.
Deve ser apenas usada in vitro. O mecanismo pelos quais as células são
coloridas ainda não é completamente entendido, mas são importantes duas
hipóteses: a adsorção e as características de afinidades químicas na
coloração.

Este mecanismo de coloração do papanicolau ainda é controverso, mas


há duas hipóteses que se destacam: fenômenos de adsorção e fatores
químicos. Nos dois casos, o grau de dissolução dos corantes e a forma sob a
qual se encontram, aniônica ou catiônica, são fatores importantes. Admite-se
que porções celulares de pH ácido tendem a se combinar com os corantes de
radical catiônico e o inverso se daria com os corantes de radical aniônico.
Enquanto o citoplasma é formado por componentes ácidos e básicos, no
núcleo das células predominam os ácidos nucléicos. A Hematoxilina é o
primeiro corante utilizado na coloração de Papanicolau. Ela reage com os
ácidos nucléicos, conferindo ao núcleo uma coloração azulada.

2. MATERIAS E METODOS

1. Jaleco, luva, gorro e mascará;


2. Swab estéril;
3. Fixador;
4. Pinça;
5. Papel toalha;
6. Resina (balsamo do canada);
7. Álcool 90%, 75% e 50%;
8. Bico de Bunsen;
9. Lâminas e lamínulas;
10. Cubas de Coplin ou similares e carrinho de lâminas;
11. Etanol absoluto, 96 e 70%;
12. Corante Orange EA 36, G;
13. Xilol, xilol 50% e xilol de montagem;
14. Água destilada.

MÉTODOS

1. Adicionar a lâmina com a amostra no suporte;


2. Mergulhar o suporte com a lâmina na cuba que contém o álcool 90%,
75% e 50% (mergulhar o carrinho de 5 a 10 vezes na cuba). Importante
sempre retirar o excesso; fazer cada um desses procedimentos
separados;
3. Mergulhar o suporte com a lâmina na cuba que contém a água
destilada (mergulhar o suporte de 5 a 10 vezes na cuba);
4. Mergulhar o suporte com a lâmina na cuba do corante de Hematoxilina
de Harris e deixar o suporte mergulhado na cuba por 1 minuto;
5. Retirar o excesso de hematoxilina do suporte com papel toalha antes
de mergulhar o suporte na cuba com o álcool ácido;
6. Mergulhar o suporte com a lâmina 1x no álcool ácido para retirar o
excesso de Hematoxilina;
7. Lavar o suporte com a lâmina em uma lavagem com água de torneira,
realizando movimentos circulares ao mergulhar o suporte em um pote
cheio de água da torneira, realizar esse procedimento por até dois
minutos e deixar a água remover os elementos em excesso;
8. Mergulhar o suporte com a lâmina na cuba que contém a água
destilada, mergulhar de 5 a 10 vezes.
9. Iniciar o processo de desidratação da lâmina contendo a amostra;
10. Mergulhar o suporte com a lâmina na cuba que contém o álcool 50%
(mergulhar o suporte de 5 a 10 vezes na cuba);
11. Mergulhar o suporte com a lâmina na cuba que contém o álcool 75%
(mergulhar o suporte de 5 a 10 vezes na cuba);
12. Mergulhar o suporte com a lâmina na cuba que contém o álcool 90%
(mergulhar o suporte de 5 a 10 vezes na cuba);
13. Após o processo de desidratação, inicia a quarta etapa;
14. Mergulhar o suporte com a lâmina na cuba que contém o corante
citoplasmático Orange G, deixar o suporte mergulhado por 2 minutos
na cuba que contém esse corante;
15. Após esses 2 minutos os elementos do citoplasma das células
presentes na amostra estarão corados;
16. Retirar o excesso do corante Orange G do suporte com a lâmina;
17. Mergulhar o suporte com a lâmina na cuba que contém o álcool
absoluto para retirar o excesso do corante Orange G, mergulhar o
suporte no álcool absoluto de 5 a 10 vezes;
18. Retirar o excesso de álcool absoluto e de Orange G do suporte com um
papel toalha;
19. Mergulhar o suporte com a lâmina na cuba que contém o corante EA
36 e esperar 5 minutos;
20. Após esperar esse tempo de 5 minutos, retirar o suporte do corante EA
com um papel toalha;
21. Mergulhar o suporte com a lâmina na cuba que contém o álcool
absoluto 5 vezes para retirar o excesso do corante citoplasmático EA
36;
22. Ligar a capela de exaustão antes de iniciar o procedimento com o Xilol;
23. Mergulhar o suporte com a lâmina na cuba que contém o Xilol a 50%,
mergulhar de 5 a 10 vezes; fazer esse processo 2x;
24. Mergulhar o suporte com a lâmina na cuba que contém o Xilol,
mergulhar de 5 a 10 vezes;
25. Mergulhar o suporte com a lâmina na cuba que contém o Xilol de
montagem e esperar por 30 minutos;
26. Após retirar o suporte com a lâmina da capela de exaustão ao término
desse prazo de 30 minutos, inicia a montagem ou selagem da lâmina;
27. Colar essa lamínula na lâmina de acordo com a parte fosca da lâmina;
28. Pipetar algumas gotas da resina com a pipeta de Pasteur;
29. Adicionar a resina sobre a lamínula com auxílio da pipeta de Pasteur;
30. Retirar o excesso de Xilol da lâmina que contém a amostra;
31. Colar a lamínula sobre a lâmina que contém a amostra
32. Observar a presença de bolhas na lâmina e retirar as bolhas com o
auxílio de uma pinça a partir do pressionamento da lâmina com essa
pinça;
33. Pegar a gaze umedecida com xilol e limpar os resquícios de resina na
lâmina

3. CONCLUSÃO
A coloração de Papanicolau é considerada como padrão internacional de
coloração cérvico-vaginal, podendo ser usada igualmente em outros materiais.
No esfregaço cérvico-vaginal permite uma boa avaliação dos padrões
inflamatórios, hormonais e oncológicos.
Através destes podemos analisar as células obtidas através do exame
de papanicolau, dentro os resultados que podemos ter podemos citar: HPV,
citomegalovírus, infeções vaginais, câncer do colo do útero, entre outros. Para
fazermos está coloração usamos os 3 corantes a seguir:

Figura 1

Figura 2

Figura 3

Figura 1 - Reagentes
Figura 2 - Células depois da coloração do papanicolau
Figura 3 - Como podemos ver a lamina corada de acordo com cada patologia

4. REFERENCIAS

https://www.google.com/search?q=colora
%C3%A7%C3%A3o+papanicolau&tbm=isch&hl=pt-
PT&sa=X&ved=2ahUKEwjTvs3Ggdj2AhWEn5UCHY4KB4cQrNwCKAB6BQgB
EOkB&biw=1349&bih=568#imgrc=Mppe8P1faP34yM&imgdii=seQhxTKbu6EY
GM

http://www.rbac.org.br/artigos/monitoramento-da-qualidade-da-coloracao-de-
papanicolaou-no-instituto-nacional-de-cancer/

https://www.laborclin.com.br/wp-content/uploads/2019/06/Papanicolaou.pdf

https://www.renylab.ind.br/wp-content/uploads/2018/05/Colora
%C3%A7%C3%A3o-de-Papanicolaou-PB.pdf

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