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Análises de microorganismos e vigilância sanitária

Curso de Biomedicina

IDENTIFICAÇÃO
BACTERIANA
BACTÉRIAS GRAM (-) NÃO
FERMENTADORES
BACTÉRIAS GRAM (-) NÃO FERMENTADORES

Bastonetes gram negativos.

Classificados por homologia de DNA.

Comuns na água, no solo e em


hospitais.
BACTÉRIAS GRAM (-) NÃO FERMENTADORES

Causadores de infecções:
▪ Vias aréas;
▪ Ouvido;
▪ Pele;
▪ Olhos;
▪ Vias urinárias;
▪ Infecções oportunistas.
BACTÉRIAS GRAM (-) NÃO FERMENTADORES

Não utilizam glicose e outros carboidratos


de forma fermentativa.

São algumas das bactérias mais difíceis de


serem identificadas laboratorialmente, pois dão
resultados negativos em muitos testes
convencionais.
Muitos não crescem em
ágar macconkey.
GÊNEROS BGN NÃO FERMENTADORES

Pseudomonas Burkholderia

Alcaligenes
Acinetobacter

Flavobacterium
Moraxella

Comamonas
Sphingmonas
pucimobilis Swenella putrefaciens
PSEUDOMONAS

Mais de 130 espécies – maioria saprófitos.

Infecções humanas
(oportunistas)
PSEUDOMONAS
Microorganismos ubíquos Infecções mais frequentes:
encontrados no solo, vias aéreas de pacientes
água, matéria orgânica com doenças pulmonares
em decomposição, adjacentes ou nas vias
vegetação e urinarias em pacientes com
reservatórios úmidos instrumentação ou
hospitalares. cateterização.

O gênero mais isolado é a Pseudomonas aeruginosa, que juntamente com


Stenotrophomonas maltophilia são responsáveis por aproximadamente 80% das
infecções clinicas causadas por não fermentadores.
PSEUDOMONAS AERUGINOSA

Quase todas as cepas são móveis, com flagelo


simples polar (https://www.youtube.com/watch?v=5RmS_n_bq04).

Diferentemente de várias outras espécies do


gênero, podem crescer a 42ºC.

Resistência: altas concentrações de sal, corantes,


antissépticos e antibacterianos mais comumente
utilizados para BGN. Apresentam versatilidade
nutricional
PSEUDOMONAS AERUGINOSA
Não são comuns na flora
Principais infecções: normal, a não ser em
indivíduos hospitalizados.
▪ Localizadas após cirurgias e queimaduras;
▪ ITU devido a cateteres ou soluções injetáveis;
▪ Pacientes com fibrose cística;
▪ Pneumonia necrotizante (equipamentos de
respiração artificial contaminados);
▪ Oculares e otológicas;
▪ Meningite;
▪ Endocardite.
STENOTROPHOMONAS MALTOPHILIA

Segundo microorganismo (após as Pseudomonas)


mais frequentemente isolado no laboratório clínico.

Na natureza essas bactérias são


encontradas na água e em derivados
do leite, tanto crus quanto pasteurizados.
STENOTROPHOMONAS MALTOPHILIA

Principais infecções relacionadas:

▪ Pneumonia;
▪ Endocardite;
▪ Infecções do trato urinário (ITU);
▪ Infecções de feridas;
▪ Meningite;
▪ Septicemia.
PSEUDOMONAS STUTZERI

Facilmente reconhecido pelo isolamento primário


em placas de ágar.

Colônias secas, coloração de amarelo


a marrom com a formação de uma depressão
na superfície do ágar.
PSEUDOMONAS STUTZERI

A maioria das infecções são


iatrogênicas e associadas com a
administração de soluções
contaminadas (soluções de diálise,
fluidos intravenosos e sabões),
medicamentos e produtos
derivados de sangue ou com a
presença de cateteres em
pacientes imunocomprometidos.
BURKHOLDERIA CEPACIA

 Patógeno oportunista: atinge principalmente pacientes


com fibrose cística.

 Comumente associado a infecções hospitalares:

▪ Vias aéreas em pacientes com fibrose cística


ou doença granulomatosa crônica;
▪ Vias urinarias de pacientes cateterizados;
▪ Septicemia;
▪ Cateteres intravasculares contaminados;
▪ Infecções oportunistas.
ACINETOBACTER

Cocobacilos gram negativos.

Retém o cristal violeta mais avidamente que a maioria dos


gram negativos, podendo ser confundidos com cocos gram
negativos ou até mesmo com cocos gram positivos.

Patógenos oportunistas que causam infecções das


vias aéreas , urinárias e feridas além de produzirem
septicemia. Estas bactérias também fazem parte da orofaringe normal
de algumas pessoas sadias e podem proliferar durante uma
hospitalização.
ACINETOBACTER

Diferenciação entre as espécies:

REAÇÕES Acinetobacter baumannii Acinetobacter iwoffi


GLICOSE Fermenta rapidamente Assacarolitico

LACTOSE Rápida assimilação


FLAVOBACTERIUM

São microorganismos ubíquos que podem causar


infecções em recém nascidos prematuros e
indivíduos imunocomprometidos.

Produção de
indol ao
crescerem em
caldo rico e
triptofano
ALCALIGENES

Bastonetes gram negativos finos, móveis, com


flagelos peritríquios.

Todas as espécies são catalase + e


oxidase +. Bom crescimento em ágar
macconkey.
MORAXELLA

Patógenos das membranas mucosas humanas e de


outros animais de sangue quente.
Produtores de beta-
lactamases
Muitas espécies não são patogênicas.

Moraxella lunata Moraxella lunata

Isolada de espécimes oculares – conjuntivite. Patógeno mais importante.


Colonizadores das vias aéreas superiores e Causa bronquite, broncopneumonia,
superfície cutânea. sinusite e otite.
SPHINGOMONAS PUCIMOBILIS

Descrita como Pseudomonas pucimobilis.

Poucos dados na literatura.

Infecções: água contaminada e


hospitalar.
COMAMONAS

Comamonas acidovarans
Comamonas testosteronil
Comamonas terrígena

Cocobacilos gram negativos, oxidase positiva.

Não fazem parte da microbiota humana. Raramente


encontrado em infecções humanas. Quando ocorre é
devido à contaminação hospitalar.
SHEWELLA PUTREFACIENS

Antigamente conhecida como Pseudomonas


Putrefaciens.

Bastonetes gram negativos retos.


Oxidase positiva.

Não fazem parte da microbiota humana. Raramente


encontrado em infecções humanas. Quando ocorre é
devido à exposição de feridas e membranas mucosas a
água e alimentos contaminados.
OLIGELLA

Microorganismos assacarolíticos.
Oxidase + e catalase +.
Cocobacilos imóveis.

Principais causadoras de infecções humanas


Oligella urethralis Oligella ureolytica

Antigamente denominada Moraxella urethralis. Tipicamente


encontrada em infecções uretrais, sendo incapaz de utilizar
carboidratos.
EIKENELLA CORRODENS

Pequeno bastonete gram negativo, oxidase +.

 É fastidioso e requer CO2.

Pode formar pequenas depressões no ágar.

Faz parte da flora normal da gengiva e do intestino em 40 a 70 % das


pessoas e pode ser encontrado em infecções por flora mista, ocorrendo
frequentemente em infecções de feridas.
KINGELLA

Kingella kingae e Kingella denitrificans.

Imóveis, oxidase + e hemolíticos (ágar sangue).

Bastonetes gram +, mas podem assumir


a forma de cocobacilos ou
diplococos.

Presentes na flora oral.


KINGELLA

Podem causar infecções ósseas, de articulações e


tendões.

Podem entrar na circulação através


de um pequeno trauma (extração dentária).

Em sua maioria, sensíveis à ampicilina,


penicilina e eritromicina.
REAÇÕES DE OXIDAÇÃO – FERMENTAÇÃO (OF)

TUBO ABERTO TUBO FECHADO METABOLISMO

ÁCIDO (AMARELO) ALCALINO (VERDE) OXIDATIVO

ÁCIDO (AMARELO) ÁCIDO (AMARELO) FERMENTATIVO

ALCALINO (VERDE) ALCALINO (VERDE) ASSACAROLITICO


REAÇÕES DE OXIDAÇÃO – FERMENTAÇÃO (OF)
IDENTIFICAÇÃO DE BGN NÃO FERMENTADORES

PROVAS SEM POSITIVO NEGATIVO OBSERVAÇÕES


INOCULAR
A FITA REAGE E A FITA NÃO
FICA COM REAGE, O TODA
OXIDASE FITA BRANCA ASPECTO DE ESFREGRAÇO ENTEROBACTERIACEAE É
FERRUGEM FICA DA COR OXIDASE NEGATIVA
ORIGINAL DA
COLÔNIA
IDENTIFICAÇÃO DE BGN NÃO FERMENTADORES
PROVA SEM INOCULAR POSITIVO NEGATIVO
O MEIO FICA CARBOIDRATOS:
AMARELO QUANDO NÃO OCORRE
REAGE: ALTERAÇÃO NO
-PODE POSITIVAR O MEIO, OU EM UMA
MEIO TODO (OS M.O DAS FASES (O MEIO
UTILIZAM TODOS OS CONTINUA
CARBOIDRATOS DO LARANJADO).
TSI-KIA COR LARANJA MEIO.)
(CARBOIDRATO, GÁS: NÃO PRODUZ
GÁS E H2S) - POSITIVAR APENAS BOLHAS OU
UMA FASE (OS M.O RACHADURAS
UTILIZAM UM TIPO
ESPECIFICO DE H2S: O MEIO NÃO
CARBOIDRATO) FICA PRETO

-FORMAÇÃO DE GÁS
(O MEIO SE ELEVA
FORMAÇÃO DE
BOLHAS E
RACHADURAS).
-PRODUÇÃO DE
H2S(O MEIO FICA
PRETO)
IDENTIFICAÇÃO DE BGM NÃO FERMENTADORES
PROVAS SEM INOCULAR POSITIVO NEGATIVO OBSERVAÇÕES

M.O CRESCEM M.O NÃO


DEPOIS DE CRESCEM
EXPOSTOS A UMA DEPOIS DE
CRESCIMENTO A TEMPERATURA DE EXPOSTOS A
42ºC 42 GRAUS. UMA
TEMPERATURA
DE 42 GRAUS.
PODE SER
SEM ALTERAÇÃO LINHA SEM ANALISADO NO
MOTILIDADE NO MEIO ESBRANQUIÇADA ALTERAÇÃO TESTE SIM, NÃO É
NO MEIO ANALISADO
QUANDO O SIM
APRESENTA H2S
POSITIVO.
IDENTIFICAÇÃO DE BGM NÃO FERMENTADORES
PROVAS SEM INOCULAR POSITIVO NEGATIVO OBSERVAÇÕES
MEIO
CETRIMIDE DIFERENCIAL
DE
CRESCIMENTO
AS ALTERAÇÕES
OF-GLICOSE VARIAM NO MIO
ABERTO OU FECHADO.
AVALIA-SE POR MA
TABELA ESPECÍFICA.
IDENTIFICAÇÃO DE BGM NÃO FERMENTADORES
PROVAS P.aeruginosa P.putida P.fluorescescens B.cepacia Flavobacterium Sphingomonas Acinetobacer
pucimobilis
OXIDASE + + + + -
HEMOLISE Beta
MOTILIDADE + - -
REDUÇÃO DE NITRATO
A NITRITO + - Variável - - -
NA DESCARBOXILASE
- - - + -
ARGININA + + + - - - -
DEHIDROILASE
ORNITINA -
DESCARBOXILASE
CITRATO + + -
ACETAMIDA + - - -
MALONATO + - - + -
INDOL - - - - -
DNASE - - +
IDENTIFICAÇÃO DE BGM NÃO FERMENTADORES
PROVAS P.aeruginosa P.putida P.fluorescescens B.cepacia Flavobacterium Sphingomonas Acinetobacer
pucimobilis
CRESCIMENTO
EM MEIO + + +
CETRIMIDE
RESISTENTE A
ANTIBIOTICOS SENSIVEL A POLIMIXINA B
POLIMIXINA B
ESCULINA - - + + -
MALTOSE - + + +
OXIDAÇÃ OXIDAÇÃO DE ONPG E
OF O DE GLICOSE + UREASE +
GLICOSE +
OUTRAS FORMAÇÃO DE OXIDAÇÃO UREASE -
ÁCIDO APARTIR DE MALTOSE,
DA OXIDAÇÃO GLICOSE E
DE GLICOSE E LACTOSE
DO MANITOL, MANITOL +
INCAPACIDADE
DE OXIDAR
MALTOSE E
LACTOSE

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