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Direito e justiça
É comum às pessoas em geral o estabelecimento das relações entre o direito e a justiça. Ocorre que
esse é um conceito dotado de indefinição semântica evidente. Não é possível, portanto, determinar,
objetivamente, o que seria “justiça”, nem mesmo no caso concreto. O direito, por sua vez, precisa de
certo grau de racionalidade, demonstrável por meio da argumentação jurídica. Desse modo, essa
correlação entre direito e justiça é correta do ponto de vista da lógica jurídica?
Nos tempos de “pós-verdade”, “fake news” e demais fenômenos sociais cibernéticos de massa, é
necessário que sejam observadas as diferenças entre a “opinião” e a “informação”. Uma imensa
quantidade de pessoas passou a “informar” sobre dispositivos jurídicos, mecânicas, interpretações e
até mesmo acerca de projetos de lei sem qualquer formação técnica necessária para sua
compreensão. Pior do que isso: passaram a “ensinar” sobre direito exclusivamente com base no que
acham que o direito “deveria fazer” ou “deveria ser”. Essa simplificação de um fenômeno social
complexo prejudica sua “força normativa” ou seria capaz, ao menos, de demonstrar que a população
passou a demonstrar algum interesse naquilo que as instituições fazem ou deixam de fazer em
relação aos seus direitos?