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13/01/2021

ANÁLISE DE CORRELAÇÃO
Investigando a associação entre duas variáveis

A N Á L IS E D E C O R R E L A Ç Ã O
Definição

 Técnica de análise de dados que avalia a associação entre duas ou


mais variáveis

 A princípio, a natureza dessas variáveis devem ser métricas ou


ordinais (ou seja, variáveis crescentes, tais como peso, altura, nível
de felicidade, valores de glicemia, etc)

 Existem casos especiais de correlação com dados categóricos*

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 Exemplo:
Qual a relação entre o estresse no trabalho e o número de cigarros
fumados em uma amostra de fumantes?

Três características da correlação:


 Significância estatística (verificar se p < 0,05)
 Direção (positiva ou negativa)
 Grau (força: fraca, média e forte)

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Caroline S. - caroline.correa.psic@gmail.com - CPF: 124.209.367-28
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 DIREÇÃO:
Positiva: Valores altos em uma variável (x) são associados a valores altos
na outra (y). Valores baixos de x tendem a ser associados a valores baixos
de y
Ex.: Idade da criança e capacidade de montar lego

Negativa: valores altos de uma variável (x) são associados a valores baixos
da outra variável (y)
Ex.: Depressão e motivação para trabalhar

Nula: Não existe um relacionamento


Ex.: Altura e número de relacionamentos amorosos

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 DIREÇÃO:

Correlações Correlações
Positivas Negativas

Correlação Nula

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 DIREÇÃO:

Correlações Correlações
Positivas Negativas

Correlação Nula

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 DIREÇÃO:

Correlações Correlações
Positivas Negativas

Correlação Nula

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 DIREÇÃO:

Correlações Correlações
Positivas Negativas

Correlação Nula

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 DIREÇÃO:

Correlação perfeita Correlação imperfeita


Sua idade e idade de sua irmã Inteligência lógico-matemática e nota
na prova de matemática

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 DIREÇÃO:
Pode ser que não se encontre correlação
entre duas variáveis (usando método de
cálculo de correlação linear) porque a
relação existente é não-linear.

Teria que se usar outro método para cálculo


da correlação (não-linear)

Ex. Idade vs. Força física (ou memória; ou


comportamentos disruptivos)

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 COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO

-1 0 +1
Correlação perfeita Correlação perfeita
negativa positiva

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 COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO

Magnitude Valor absoluto


Nula 0,00
Fraca |0,10 – 0,30|
Moderada |0,30 – 0,50|
Forte |> 0,50 |
Cohen (1988, 1992)

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 COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO

Magnitude Valor absoluto


Nula 0,00
Fraca |0,10 – 0,39|
Moderada |0,40 – 0,70|
Forte |0,70 – 0,80|
Muito Forte |0,80 - 0,99|
Perfeita 1,00

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 TAMANHO DE EFEITO

 Tamanho de efeito avalia o quanto duas variáveis estão, de fato, correlacionadas.


 O tamanho de efeito da correlação explicita o quanto de variância compartilhada
duas variáveis apresentam entre si

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 TAMANHO DE EFEITO (COEFICIENTE DE DETERMINAÇÃO)

r = 0,60

r2 = 0,36
36,0%

Tamanho de efeito
Coeficiente de Correlação ou
Variância compartilhada

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Coeficiente de Correlação Variância compartilhada
(r) (tamanho de efeito, r2)

r = 0,10 r2 = 0,01 = 1%
3%
r = 0,20 r2 = 0,04 = 4%
r = 0,30 r2 = 0,09 = 9%
r = 0,40 r2 = 0,16 = 16%
9%
r = 0,50 r2 = 0,25 = 25%
r = 0,60 r2 = 0,36 = 36%
r = 0,70 r2 = 0,49 = 49%
r = 0,80 r2 = 0,64 = 64%
17%
r = 0,90 r2 = 0,81 = 81%
r = 1,00 r2 = 10,0 = 100%

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 CORRELAÇÃO PARAMÉTRICA VS NÃO-PARAMÉTRICA

Correlação de Pearson
vs.
Correlação de Spearman
Correlação Kendall Tau-b

Karl Pearson Charles Spearman Maurice Kendall


(1857-1936) (1863-1945) (1907-1983)

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 CORRELAÇÃO PARAMÉTRICA VS NÃO-PARAMÉTRICA
Correlação de Pearson Correlação de Spearman
Kendall (Tau)
Paramétrica Não–paramétrica

Quando usar

Quando os dados têm Quando os dados não tem


distribuição normal distribuição normal
Quando o número de Útil também quando o número
participantes é alto de participantes é baixo
Medida escalar/intervalar Medida ordinal

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 VAMOS À PRÁTICA?

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 Tabela de Correlação

Crise Existencial Felicidade Sentido de Vida Otimismo

Crise Existencial 1 -,653** -,719** -,540**


** **
Felicidade -0,653 1 ,518 ,633**

Sentido_de_Vida -0,719** 0,518** 1 ,416**

Otimismo -0,540** 0,633** 0,416** 1

Nota: * = p < 0,05; ** = p < 0,01; n.s. = relação não significativa

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 Tabela de Correlação

Crise Existencial Felicidade Sentido de Vida Otimismo

Crise Existencial -

Felicidade -0,653** -

Sentido_de_Vida -0,719** 0,518** -

Otimismo -0,540** 0,633** 0,416** -

Nota: * = p < 0,05; ** = p < 0,01; n.s. = relação não significativa

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TÓPICOS ESPECIAIS DE CORRELAÇÃO

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 DIFERENÇAS NOS NÍVEIS DE CORRELAÇÃO
 Muitas vezes, quando realizamos análises de correlação, queremos entender, do
nosso conjunto de variáveis, quais são as que mais fortemente se correlacionam.

Crise Sentido de
Existencial Felicidade Vida Otimismo
“A crise existencial se associou de maneira
Crise Existencial - negativa mais fortemente com o sentido de vida (r
= - 0,719, p < 0,01) do que com a felicidade (r = -
**
Felicidade -0,653 - 0,653, p < 0,01).

Sentido_de_Vida -0,719** 0,518** -

Otimismo -0,540** 0,633** 0,416** -


Nota: **p < 0,01.

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 DIFERENÇAS NOS NÍVEIS DE CORRELAÇÃO
Crise Sentido de
Existencial Felicidade Vida Otimismo

Crise Existencial -
Fisher´s r-to-z transformation test
Felicidade -0,653** - http://psychometrica.de/correlation.htm

Sentido_de_Vida -0,719** 0,518** -

Otimismo -0,540** 0,633** 0,416** -


Nota: * = p < 0,05; ** = p < 0,01.

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 TIPO ESPECIAL DE CORRELAÇÃO (PONTO
BISSERIAL)
 Utilizada quando se pretende avaliar a relação
entre uma variável ordinal (ou escalar, ex: altura)

Felicidade
com outra variável dicotômica (ex: sexo – masculino
e feminino).
 Serve como um indício para saber se existem
diferenças nos escores dos grupos em relação à
variável de interesse.

Sem Filhos Com Filhos

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 CORRELAÇÃO NÃO É CAUSALIDADE

 Correlação não é sinônimo de causalidade

A correlação entre duas variáveis pode ser causada por uma terceira variável
oculta;

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 CORRELAÇÃO NÃO É CAUSALIDADE

TEMPERA
TURA

Tomar
Ir à praia
sorvete
Spurious Correlations

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 CORRELAÇÃO NÃO É CAUSALIDADE
É possível encontrar uma correlação completamente espúria entre duas variáveis.

Spurious Correlations

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