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SeguraMENTE

1º etapa – Avaliação de Esquemas


2º etapa – psicoeducação de esquemas
3º etapa – distorções de pensamento advindas dos esquemas

E r r o s o u d i s t o r ç õ e s c o g n i ti v a s
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Catastrofização
Pensar que o pior de uma situação irá acontecer sem levar em consideração a possibilidade de
outros desfechos. Acreditar que o que aconteceu ou irá acontecer será terrível e
insuportável. Eventos negativos que podem ocorrer são tratados como catástrofes
intoleráveis, em vez de serem vistos em perspectiva.

Exemplos: “Perder o emprego será o fim da minha carreira”. “Não suportarei a separação da
minha mulher”. “Se eu perder o controle será meu fim”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Raciocínio Emocional (Emocionalização)

Presumir que sentimentos são fatos. “Sinto, logo existe”. Pensar que algo é verdadeiro
porque tem um sentimento (na verdade, um pensamento) muito forte a respeito. Deixar os
sentimentos guiarem a interpretação da realidade. Presumir que as reações emocionais
necessariamente refletem a situação verdadeira.

Exemplos: “Eu sinto que minha mulher não gosta mais de mim”. “Sinto-me desesperado,
portanto, a situação é desesperadora”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Polarização (pensamento tudo ou nada, dicotômico absolutista)

Ver a situação em duas categorias apenas,


mutuamente exclusivas, em vez de um
continuum. Perceber eventos ou pessoas em
termos absolutos.

Exemplos: “Foi uma perda total de tempo”.


“Deu tudo errado na festa”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Abstração Seletiva (visão de túnel, filtro mental, filtro negativo)


Um aspecto de uma situação complexa é o foco da atenção,
enquanto outros aspectos relevantes da situação são
ignorados. Uma parte negativa (ou mesmo neutra) de
toda uma situação é realçada, enquanto todo o restante
positivo não é percebido.

Exemplos: “Veja todas as pessoas que não gostam de mim”.


“A avaliação do meu chefe foi ruim. (focando apenas em
um comentário negativo e negligenciando os positivos).
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Adivinhação

Prever o futuro. Antecipar problemas que


talvez não venham a existir. Expectativas
negativas estabelecidas como fatos.

Exemplos: “Não irei gostar da viagem”. “Ele não vai


aprovar meu trabalho”. “Eu não vou conseguir”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Leitura Mental

Presumir, sem evidências, que sabe o que


os outros estão pensando,
desconsiderando outras
possíveis. hipóteses

Exemplos: “Ela está g ostando da minha


não
conversa”. “Eles estão tramando contra
mim”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Rotulação

Colocar um rótulo global, rígido em si mesmo,


numa pessoa ou situação, em vez de rotular a
situação ou comportamento específico.

Exemplos: “Ela é burra”. “Sou incompetente”. “Ela é


uma pessoa má”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Desqualificação do positivo

Experiências positivas e qualidades que


conflituam com a visão negativa são
desvalorizadas porque “não contam” ou são
triviais.
Exemplos: “Eles estão me elogiando porque estão com
pena”. “Tirei nota boa porque foi muito fácil”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Minimização ou maximização

Características e experiências positivas em si mesmo, no


outro ou nas situações são minimizadas, enquanto o
negativo é maximizado.

Exemplos: “Eu tenho um ótimo emprego, mas isso todo


mundo tem”. “Ter notas boas não quer dizer que sou
inteligente, tem outros que tiram notas maiores do que eu”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Personalização

Assumir a culpa ou responsabilidade por


acontecimentos negativos, falhando em ver que
outras pessoas e fatores também estão
envolvidos nos acontecimentos.

Exemplos: “Ele estava com a cara amarrada, devo


ter feito alguma coisa de errada”. É minha culpa”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Hipergeneralização

Perceber num evento específico um


padrão universal. Uma característic
a
específica numa situação é avaliada como
acontecendo em todas as situações.

Exemplos: “Estou com problemas nessa aula,


estou ficando para trás em todas as áreas da
minha vida”. “Não consigo fazer nada
direito”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Imperativos (“deveria” e tenho que”)


Interpretar eventos em termos de como as coisas deveriam ser, em
vez de simplesmente considerar como as coisas são. Afirmações
absolutistas na tentativa de prover motivação ou modificar
comportamento. Demandas feitas a si mesmo, aos outros e ao
mundo para evitar as consequências do não cumprimento dessas
demandas.

Exemplos: “Tenho que ter controle sobre todas as coisas”. “Eu


devo ser perfeito em tudo que faço”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Vitimização

Considerar-se injustiçado ou não entendido. A


fonte dos sentimentos negativos é algo ou
alguém, havendo recusa ou dificuldade de se
responsabilizar pelos próprios sentimentos ou
comportamentos.
Exemplos: “Minha esposa não entende meus
sentimentos”. “Faço tudo pelos meus filhos e eles
não me dão valor”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Questionalização (E se?)

Focar o evento naquilo que poderia ter sido e não


foi. Culpar-se pelas escolhas do passado e
questionar-se por escolhas futuras.

Exemplos: “Se eu tivesse aceitado aquele outro emprego


hoje estaria bem melhor”. “E se não der certo?” “Se eu
não tivesse viajado isso não teria acontecido”.
R e fe r ê n c i a s

BECK, J. Terapia Cognitivo Comportamental: teoria e prática. Artmed, 3ª ed.,2022.

KNAPP, P. Terapia Cognitivo Comportamental na prática psiquiátrica. Artmed, 2004.

OLIVEIRA, I. Terapia Cognitiva processual: manual para clínicos. Artmed, 2015.


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Classificação das emoções pela TREC

Emoções não saudáveis e disfuncionais Emoções saudáveis e funcionais


Ansiedade Preocupação
Depressão Tristeza
Ira, Raiva Irritação, chateação
Culpa Arrependimento, remorso
Vergonha Desconforto, decepção
Mágoa Tristeza, chateação, decepção

Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos do Grupo de Estudos: Terapia Cognitivo Comportamental/
2020. Qualquer divulgação desse material, será considerada como plágio.
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
Habilidades Sociais Histórico e
Conceitos
H is tó r ico

• Treinamento Assertivo (TA): Estados Unidos

o Salter (1949)
▪ Baseado no condicionamento clássico.
▪ Desinibição era a base do trabalho terapêutico.
H is tó r ico

o Wolpe (1958)
▪ Defende o caráter situacional.
▪ Referia-se à defesa dos direitos e à expressão de sentimentos negativos,
como a fadiga ou enfado.
▪ Condicionamento clássico e operante.
▪ Comportamento assertivo (afirmativo): “é definido como a expressão
adequada de qualquer emoção que não a ansiedade, com relação à
outra pessoa”. Wolpe, 1976
H is tó r ico

o Lazarus (1972)
▪ Critica Wolpe pela ênfase na expressão de sentimentos negativos.
▪ Posição mais cognitivista.
▪ Condicionamento mais operante do que clássico.
▪ “Expressividade emocional” em substituição a assertividade.
▪ Em muitas situações uma recusa poderia ser suavizada com respostas como:
compreendo suas necessidades, mas infelizmente não disponho de condições, ...
ao invés de usar o “NÃO” diretamente.
H is tó r ico

• Treinamento em Habilidades Sociais (THS): Inglaterra


o Argyle (1967)
▪ HS no trabalho: interação homem-máquina.
▪ Pesquisas nesta área crescem na década de 80
enquanto há um decréscimo no TA.

▪ TA = THS?
Habilidades Sociais

o Classes de comportamentos existentes no repertório da pessoa que garantem


a competência social.

o Pode acontecer do indivíduo possuir as habilidades sociais, mas por diversos


fatores não conseguir utilizá-las.

o A s habilidades sociais são aprendidas de forma sistemática nas


relações interpessoais.
D e s e m p e n h o Social

Qualquer comportamento ou sequência de comportamentos que


ocorre em uma situação e que pode ser caracterizado como
competente ou não.
Competência Social

Atributo avaliativo do desempenho social que envolve a


funcionalidade, imediata e a longo prazo da utilização
das habilidades sociais. A competência social é
situacional.
A s s e r ti v i d a d e

É uma das principais classes de desempenho socialmente competente


e pode ser definida como o exercício dos próprios direitos e a
expressão de qualquer sentimento, com controle da ansiedade e sem
ferir os direitos do outro.
Classes das Habilidades Sociais

1 – HS de comunicação:

Referem-se ao processo mediador do contato entre as pessoas. D á-se tanto


de forma verbal como não-verbal.

A lg umas das principais habilidades de comunicação são: fazer e responder


perg untas, pedir e dar feedback, g ratificar/elog iar, iniciar, manter e
encerrar conversação.
Classes das Habilidades Sociais

2 – HS de civilidade:

Podem se diferenciar nas diversas culturas existentes, porém alguns critérios de


cortesia se fazem necessários em qualquer que seja a cultura como: dizer por favor,
agradecer, apresentar-se, cumprimentar, despedir-se.
Classes das Habilidades Sociais

3 – HS assertivas, direito e cidadania:

Referem-se ao equilíbrio na defesa dos próprios direitos e a não violação do direito do


outro.

Entre as principais habilidades requeridas nesta classe estão: manifestar opinião, concordar,
discordar, fazer, aceitar e recusar pedidos, desculpar-se, admitir falhas, interagir com
autoridade, estabelecer relacionamento afetivo e/ou sexual, encerrar relacionamento,
expressar raiva/desagrado, pedir mudança de comportamento e lidar com críticas.
Classes das Habilidades Sociais

4 – HS empáticas:

Exercitadas como a capacidade de se solidarizar com as situações afetivas vividas


pelo outro, as habilidades sociais empáticas incluem em seu contexto a capacidade
de ouvir, de validar sentimentos, de partilhar, de expressar apoio bem como se
colocar na posição do outro.
Classes das Habilidades Sociais

5 – HS de trabalho:

Atendem às diferentes demandas interpessoais do ambiente do trabalho


objetivando o cumprimento de metas, a preservação do bem-estar da equipe e
o respeito aos direitos de cada um.

Incluem: coordenar grupo, falar em público, resolver problemas, tomar decisões e


mediar conflitos, habilidades sociais educativas.
Classes das Habilidades Sociais

6 – HS de expressão de sentimento positivo:

Fazer amizade, expressar a solidariedade, cultivar o amor.


R e fe r ê n c i a s

ALBERTI, R. e EMMONS, A. Comportamento Assertivo: um guia de auto-expressão.


Interlivros, 1978.
CABALLO, V. Manual de Técnicas de Modificação do Comportamento. Ed. Santos, 1996.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Habilidades Sociais: Terapia e
Educação. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Relações Interpessoais: vivências para
o trabalho em grupo. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
M A RTINS, V. Seja assertivo. Editora Campos, 2005.
PORTELLA, M. (org.). Estratégias de treinamento em habilidades sociais. CPAF-RJ,
2011. W O LPE, J. Prática da Terapia Comportamental. São Paulo: Editora Brasiliense,
1976.
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Body Shape Questionnaire (BSQ) – Questionário de Preocupação com a Forma do Corpo

Conceito avaliado: preocupação com a forma do corpo.

Referência da versão em original: COOPER, P. J.; TAYLOR, M. J.; COOPER, Z.; & FAIRBURN, C. G. The
development and validation of the Body Shape Questionnaire. Int J Eat Disord, v. 6(4), p. 485-494, 1987.

Referência da versão em português conciliada entre Brasil e Portugal: SILVA, W. R.; COSTA, D.; PIMENTA, F.;
MAROCO, J.; & CAMPOS, J. A. D. B. Psychometric evaluation of a unified Portuguese-language version of the Body Shape
Questionnaire in female university students. Cad Saúde Pública, v.32(7), p.1-13, 2016. E-mail:
wandersonroberto22@gmail.com
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-311X2016000704001&script=sci_abstract

Item Opções de resposta: 1=Nunca, 2=Raramente, 3=Às vezes, 4=Frequentemente, 5=Muito Frequentemente,
6=Sempre
1 Ter-se sentido entediado(a) fez com você se passasse a preocupar com a sua 1 2 3 4 5 6
forma física?
2 Tem estado tão preocupado(a) com a forma do seu corpo que começou a pensar 1 2 3 4 5 6
que deveria fazer dieta?
3 Já lhe ocorreu que as suas coxas, quadril/ancas ou nádegas são grandes demais 1 2 3 4 5 6
em relação ao resto do seu corpo?
4 Tem sentido medo de ficar gordo(a) ou mais gordo(a)? 1 2 3 4 5 6
5 Preocupou-se com o seu corpo não ser firme o suficiente? 1 2 3 4 5 6
6 Sentir-se cheio(a) (por exemplo, depois de ingerir uma refeição grande) fez com 1 2 3 4 5 6
que se sentisse gordo(a)?
7 Sentiu-se tão mal com a forma do seu corpo a ponto de chorar? 1 2 3 4 5 6
8 Evitou correr por achar que seu corpo poderia balançar? 1 2 3 4 5 6
9 Estar com pessoas magras, do mesmo sexo que o seu, faz com que se sinta 1 2 3 4 5 6
desconfortável com a forma do seu corpo?
10 Preocupou-se com que as suas coxas poderem ocupar muito espaço quando se senta? 1 2 3 4 5 6

11 Comer, mesmo que uma pequena quantidade de comida, fez com que se sentisse 1 2 3 4 5 6
gordo(a)?
12 Tem reparado na forma do corpo de outras pessoas do mesmo sexo que o seu e, ao 1 2 3 4 5 6
comparar-se, sentiu-se em desvantagem?
13 Pensar na forma do seu corpo interferiu na sua capacidade de se concentrar noutras 1 2 3 4 5 6
atividades (como por exemplo, ver televisão, ler ou acompanhar uma conversa)?

14 Estar nu(nua), por exemplo, durante o banho, fez com que se sentisse 1 2 3 4 5 6
gordo(a)?
15 Já evitou usar roupas que o(a) façam reparar mais na forma do seu corpo? 1 2 3 4 5 6
16 Já imaginou remover (cortar) partes carnudas do seu corpo? 1 2 3 4 5 6
17 Comer doces, bolos e outros alimentos ricos em calorias fez com que se sentisse 1 2 3 4 5 6
gordo(a)?
18 Deixou de ir a eventos sociais (como por exemplo, festas) por sentir-se mal com a 1 2 3 4 5 6
forma do seu corpo?
19 Sentiu-se excessivamente grande e arredondado(a)? 1 2 3 4 5 6
20 Sentiu vergonha do seu corpo? 1 2 3 4 5 6
21 A preocupação com a forma do seu corpo levou-o(a) a fazer dieta? 1 2 3 4 5 6
22 Sentiu-se mais contente em relação à forma do seu corpo quando seu 1 2 3 4 5 6
estômago estava vazio (por exemplo, pela manhã)?
23 Acredita que a forma do seu corpo se deve à sua falta de auto-controle(o)? 1 2 3 4 5 6
24 Preocupou-se com que outras pessoas vissem dobras na região da sua cintura 1 2 3 4 5 6
ou estômago?
25 Pensou que não é justo que outras pessoas do mesmo sexo que o seu sejam mais 1 2 3 4 5 6
magras que você?
26 Já vomitou para se sentir mais magro(a)? 1 2 3 4 5 6
27 Quando acompanhado(a), preocupou-se em ocupar um espaço excessivo (por 1 2 3 4 5 6
exemplo, sentado(a) num sofá ou no banco de um transporte público?
28 Preocupou-se com o seu corpo estar com “pneus”? 1 2 3 4 5 6
29 Ver o seu reflexo (por exemplo, num espelho ou na vitrine de uma loja) fez com 1 2 3 4 5 6
que se sentisse mal em relação ao seu corpo?
30 Beliscou áreas do seu corpo para ver a quantidade de gordura que existe? 1 2 3 4 5 6
31 Evitou situações nas quais as pessoas pudessem ver o seu corpo (por 1 2 3 4 5 6
exemplo, vestiários)?
32 Já tomou laxantes para se sentir mais magro(a)? 1 2 3 4 5 6
33 Sentiu-se particularmente desconfortável com a forma do seu corpo, quando na 1 2 3 4 5 6
companhia de outras pessoas?
34 A preocupação com a forma do seu corpo fez com que sentisse que deveria fazer 1 2 3 4 5 6
exercício físico?
Habilidades Sociais
Desenvolvimento e Dimensões
D e s e n v o l v i m e n t o d a s habilidades sociais

• Herdado X Adquirido

• A base genética predispõe, mas são as experiências que determinam o


repertório de habilidades sociais dos indivíduos.
D e s e n v o l v i m e n t o d a s habilidades sociais

• Início: infância
• Convívio familiar
D e s e n v o l v i m e n t o d a s habilidades sociais

• Vida escolar
D e s e n v o l v i m e n t o d a s habilidades sociais

• Adolescência
D e s e n v o l v i m e n t o d a s habilidades sociais

• Vida adulta
D e s e n v o l v i m e n t o d a s habilidades sociais

• Terceira Idade
Aprendizagem

• Condicionamento clássico
Aprendizagem

• Condicionamento operante: modelagem


Aprendizagem

• Aprendizagem vicária: modelação


D i m e n s õ e s d a s habilidades sociais

1 – Dimensão pessoal: é formada principalmente pelo repertório do indivíduo de seus


componentes comportamentais, cognitivos-afetivos e fisiológicos (além desse repertório
individual incluem-se aqui também as características sócio-demográficas como idade, sexo,
cultura, saúde, formação acadêmica, ...)

a) Comportamentais: engloba aspectos verbais ou não-verbais diretamente observáveis do


comportamento (nos componentes verbais de conteúdo incluem pedir e dar feedback, fazer
e responder perguntas, ... nos verbais de forma: duração, regulação, transt. da fala, dos
aspectos não-verbais podem incluir olhar, sorrisos, gestos, postura,...).
D i m e n s õ e s d a s habilidades sociais

a) Cognitivo-afetivo: trata-se das expectativas e crenças (planos, metas, valores pessoais,


autoconceito, estereótipos), conhecimentos prévios (sobre a cultura, ambiente, papéis
sociais) e estratégias e habilidades de processamento dos indivíduos (leitura do
ambiente, resolução de problemas, empatia).

a) Fisiológico: refere-se às reações físicas mensuráveis (sudorese, batimentos cardíacos,


contração e dilatação pupilar).
D i m e n s õ e s d a s habilidades sociais

2– Dimensão situacional: diferentes situações requerem comportamentos diferentes. A


dimensão situacional refere-se ao contexto ambiental. (uma situação de relacionamento
íntimo exige elementos comportamentais diferentes do que em outro tipo de situação)

3– Dimensão cultural: alguns desempenhos sociais podem ser generalizados para diferentes
culturas, enquanto outros podem ser mais localizados.
Aspectos importantes n a análise das
habilidades sociais e da competência social

1 – É situacional.

2 – Culturalmente determinadas.

3 – HS são aprendidas nas relações interpessoais.

4 – Fatores pessoais (pensamentos, sentimentos, valores, metas) podem facilitar ou dificultar o


exercício do repertório em uma dada situação social.

5 – Um desempenho social pode ser decomposto em unidades de comportamento molar e


molecular. Ex.: Molar (lidar com críticas); Molecular (prestar atenção, concordar, discordar).
R e f e rê n cia s

ALBERTI, R. e EMMONS, A. Comportamento Assertivo: um guia de auto-expressão.


Interlivros, 1978.
CABALLO, V. Manual de Técnicas de Modificação do Comportamento. Ed. Santos, 1996.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Habilidades Sociais: Terapia e
Educação. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Relações Interpessoais: vivências para
o trabalho em grupo. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
M A RTINS, V. Seja assertivo. Editora Campos, 2005.
PORTELLA, M. (org.). Estratégias de treinamento em habilidades sociais. CPAF-RJ,
2011. W O LPE, J. Prática da Terapia Comportamental. São Paulo: Editora Brasiliense,
1976.
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LISTA DOS DIREITOS HUMANOS BÁSICOS1

1– O direito de manter sua dignidade e respeito comportando-se de forma habilidosa ou assertiva –


inclusive se a outra pessoa sente-se ferida – enquanto não viole os direitos humanos básicos dos
outros.
2 – O direito de ser tratado com respeito e dignidade.
3– O direito de negar pedidos sem ter que sentir-se culpado ou egoísta.
4 – O direito de experimentar e expressar seus próprios sentimentos.
5 – O direito de parar e pensar antes de agir.
6 – O direito de mudar de opinião.
7– O direito de pedir o que quiser (entendendo que a outra pessoa tem o direito de dizer não).
8 – O direito de fazer menos do que é humanamente capaz de fazer.
9 – O direito de ser independente.
10– O direito de decidir o que fazer com seu próprio corpo, tempo e propriedade.
11 – O direito de pedir informação.
12 – O direito de cometer erros – e ser responsável por eles.
13 – O direito de sentir-se bem consigo mesmo.
14 – O direito de ter suas próprias necessidades e que essas sejam tão
importantes quanto as dos
demais. Além disso, temos o direito de pedir (não exigir) aos demais que correspondam às nossas
necessidades e decidir se satisfazemos as dos demais.
15 – O direito de ter opiniões e expressá-las.
16– O direito de decidir se satisfaz as expectativas de outras pessoas ou se comporta-se seguindo
seus interesses – sempre que não viole os direitos dos demais.
17 – O direito de falar sobre o problema com a pessoa envolvida e esclarecê-lo, em casos-limite em
que os direitos não estão totalmente claros.
18 – O direito de obter aquilo pelo que paga.
19 – O direito de escolher não comportar-se de maneira assertiva ou socialmente habilidosa.
20 – O direito de ter direitos e defendê-los.
21 – O direito de ser escutado e ser levado a sério.
22 – O direito de estar só quando assim o desejar.
23 – O direito de fazer qualquer coisa enquanto
não viole os direitos de outra pessoa.

1
CABALLO, V. Manual de Técnicas de Modificação do Comportamento, p. 371, 1996.
Habilidades Sociais C o m p on e nte s
N ã o Ve r b a i s
COMPONENTES N Ã O – VERBAIS

• Independentemente da fala o indivíduo consegue se comunicar através do rosto e do corpo.

• A comunicação não-verbal possui várias funções. São elas:

1 – Substituir: quando os sinais substituem as palavras. Por exemplo, quando um olhar de


reprovação inibe a ocorrência de algum comportamento considerado inadequado por quem
emite a mensagem.

2 – Repetir: quando repetimos com gestos a mensagem verbal. Por exemplo, em um hospital
quando a enfermeira solicita silêncio também com o dedo indicador sobre a boca.
COMPONENTES N Ã O – VERBAIS

3 – Enfatizar: quando enfatiza a fala principalmente para dar ênfase a emoção envolvida.

4 – Regular: a relação interpessoal também pode ser regulada pela mensagem não-
verbal, quando, por exemplo, um sinaliza a outro sua vez de se expressar na interação.

5 – Contradizer: é difícil que a contradição aconteça intencionalmente. Os sinais não-verbais


podem desvendar a mensagem verdadeira que foi encoberta na comunicação verbal.

• Para que uma mensagem possa ser transmitida de forma hábil socialmente é importante a
coerência entre os sinais verbais e não-verbais.
O LHA R

• Pode ser definido como: “fitar a outra pessoa no ou entre os olhos, ou, mais geralmente,
na metade superior do rosto”.

• Assim como o olhar facilita a interação, é sinal de envolvimento, a ausência demonstra


de modo geral um certo desinteresse em se relacionar com o outro.

• As atividades interpessoais são determinadas pela quantidade e tipo de olhar. Por


exemplo, o desvio de olhar pode indicar timidez, submissão, enquanto o olhar fixo pode
comunicar amizade.
O LHA R

• Os tipos de contato visual vão variar de acordo com quem falamos, do assunto e do local
onde a interação acontece. Isso vai explicar o ajuste da conduta quando estamos no
elevador em que o desvio do olhar vai tentar diminuir a proximidade excessiva imposta.

• Pesquisas demonstram que indivíduos com bom repertório de habilidades sociais se


olham mais durante a conversa comparados com indivíduos não hábeis socialmente.
Além disso, percebeu-se que as mulheres olham mais que os homens.
D I L A T A Ç Ã O PUPILAR

• Como sabemos, as pupilas dilatam ou contraem-se com variação da iluminação. Com uma luz
forte elas contraem-se e com pouca luminosidade dilatam-se.

• Além da iluminação os fatores emocionais também afetam o tamanho delas. Quando nos
deparamos com algo que nos interessa nossas pupilas se dilatam e se contraem quando
observamos algo que repelimos.

• Essas alterações ocorrem de forma involuntária, e por fugirem do nosso controle são
importantes sinais para identificarmos os verdadeiros sentimentos.
E X P R E S S Ã O FACIAL

• Todos sabem que o rosto é a área mais importante da comunicação não-verbal já que possui
uma grande quantidade de sinais que demonstram as várias emoções além de ser a parte que
mais se observa durante uma interação social.

• Papéis da expressão facial em uma interação social:


• Demonstrar o estado emocional mesmo com a tentativa de escondê-lo;
• Mostrar feedback em uma interação social;
• Indicar atitudes;
• Pode atuar comentando ou modificando a fala e a ação ao mesmo tempo.
E X P R E S S Ã O FACIAL

• Existem seis expressões das emoções conhecidas universalmente e que


são inatas, e três partes do rosto a elas relacionadas. As emoções são:
alegria, surpresa, tristeza, medo, raiva e repulsa e as áreas do rosto são:
testa/sobrancelhas, olhos/pálpebras e a parte inferior do rosto.
E X P R E S S Ã O FACIAL

Emoção
Alegria
Tristeza
Medo
Surpresa
Raiva
Repulsa
E X P R E S S Ã O FACIAL

• Apesar de determinadas biologicamente existem diferenças culturais no que se refere


ao quanto se demonstra e o que provoca uma determinada emoção.

• Para identificarmos nos outros suas emoções é necessário ficarmos atentos as suas
expressões faciais que normalmente são de curta duração.

• Em função de um possível controle da expressão facial nas diferentes culturas ela tem
como melhor função o feedback em uma interação social ao invés de determinar de
fato as verdadeiras emoções.
E X P R E S S Ã O FACIAL

Todos nós temos condições necessárias para identificarmos e decifrarmos os sinais das
emoções nas expressões faciais, porém não utilizamos porque desde a infância somos
ensinados a não fazê-lo já que essa leitura é bastante reveladora. Além disso, também
somos ensinados a controlar nossas expressões, em especial as negativas.

Como o rosto é a parte mais visível e observada em uma interação social ele é também o
mais controlado em comparação com outras fontes de comunicação não-verbais.
SORRISOS

• O sorriso é uma emoção muito utilizada em especial para camuflar uma outra emoção e por ser
uma forma de cumprimento convencionada socialmente.

• Alguns tipos de sorrisos:


• Sorriso autêntico: expressão de emoções positivas.
• Sorriso triste: expressão de emoções negativas.
• Sorriso de acatamento: demonstra aceitação de um acontecimento
desag radável sem protestos.
• Sorriso de coordenador: tem a função de regular a interação entre duas ou mais pessoas.
• Sorriso falso: tem a intenção de convencer que sente uma emoção positiva que não é
verdadeira.
POSTURA C O R P O R A L

• As posturas corporais têm como função comunicar atitudes, emoções e para acompanhar
a fala.

• Categorias da postura corporal:

• Aproximação: postura atenta demonstrada por uma inclinação do corpo para frente.

• Retirada: postura negativa, inclinação do corpo para trás ou virando-se para o outro
lado.

• Expansão: postura de orgulho, desprezo, arrogância, demonstrada pela expansão do


peito, cabeça e ombros elevados.

• Contração: postura depressiva, tronco, cabeça e ombros inclinados para frente e


peito afundado.
APARÊNCIA PESSOAL

• Refere-se ao aspecto exterior de uma pessoa.

• Deixando de lado a cirurgia plástica, podemos mudar à vontade quase todos os elementos
exteriores de uma pessoa: tingir o cabelo, maquiagem, aumentar a estatura usando saltos,
etc. As roupas e adornos representam também um papel importante na impressão que os
demais formam do indivíduo.

• A principal finalidade da manipulação de aparência é a auto-apresentação. A aparência é


preparada com mais ou menos cuidado e tem um poderoso efeito sobre as percepções e
reações dos outros.
G ES TO S

• Gesto pode ser definido como: “qualquer ação que envia um estímulo visual a um
observador”. E, para ser considerado gesto é necessário que seja visto pelo outro e que gere
alguma comunicação.

• Os gestos são culturais e tem assim significado aceito de acordo com cada cultura. Eles
podem confirmar ou contradizer a comunicação verbal.

• Depois do rosto, as mãos são a parte do corpo mais visível e expressiva em uma interação
social, apesar não ser tão observada quanto o rosto.
G E S TO S

• Funções das mãos:


• Ilustrar: demonstrar, ilustrar as ideias relatadas na comunicação verbal.
• Substituir: substituem a fala em especial para surdos e mudos.
• Manifestar: os gestos podem manifestar as emoções apesar da maioria das vezes não ser intencional.
• Auto-estimular: coçar, esfregar, etc. Esses movimentos são ocultados e/ou diminuídos durante as
interações sociais.

• Muitas pessoas podem controlar e/ou manipular seus gestos inclusive ocultando suas verdadeiras emoções
diante de uma determinada situação.

• Os g estos apropriados podem acentuar a mensag em além de sug erir franqueza, seg urança
e espontaneidade.
DISTÂNCIA/PROXIMIDADE

O espaço imaginário que a pessoa cria ao seu redor e que pode definir sua proximidade e
distanciamento do outro.

Algumas expressões comuns em nossa cultura são signos indicativos de comportamentos e


atitudes que temos nas relações sociais:
“Cada macaco no seu galho” – significa que devemos reconhecer nosso lugar;
“No meu terreiro quem canta de galo sou eu” – indica uma dominância territorial, ou seja,
a não permissão alheia em questões pessoais;
“Meu pedaço”,“Vamos invadir a praia”, “Bebê a bordo” – são outras formas comunicativas
com diferentes significados com relação ao uso do espaço.
DISTÂNCIA/PROXIMIDADE

•A tolerância à proximidade depende de vários fatores, como a densidade grupal, o


contexto e os papéis sociais vivenciados. De qualquer maneira, quando experenciando
muita proximidade com estranhos (p ex, ônibus, metrôs, elevadores), as pessoas adotam
estratégias para aumentar a distância até um ponto menos desconfortável: mantêm-se
imóveis ou com pouca mobilidade, evitam contatos sociais e, se tocadas, tensionam os
músculos.
Referências

ALBERTI, R. e EMMONS, A. Comportamento Assertivo: um guia de auto-expressão.


Interlivros, 1978.
CABALLO, V. Manual de Técnicas de Modificação do Comportamento. Ed. Santos, 1996.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Habilidades Sociais: Terapia e
Educação. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Relações Interpessoais: vivências para
o trabalho em grupo. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
M A RTINS, V. Seja assertivo. Editora Campos, 2005.
PORTELLA, M. (org.). Estratégias de treinamento em habilidades sociais. CPAF-RJ,
2011. W O LPE, J. Prática da Terapia Comportamental. São Paulo: Editora Brasiliense,
1976.
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Habilidades Sociais C o m p on e nte s
P a r a l i n g u í s ti c o s e V e r b a i s
COMPONENTES PARALINGUÍSTICOS

• A comunicação humana por meio da fala depende do emprego especializado do canal


audiovisual. Porém, esse canal transporta mensagens na área paralinguística ou vocal
(“como” se fala em oposição a “o que” se fala). Alguns sinais vocais são capazes de
comunicar mensagens por si mesmas: chorar, rir, assobiar, bocejar, suspirar, etc.

• Outras vocalizações encontram-se muito relacionadas com o conteúdo verbal, incluindo o


volume, o tom, o timbre, a clareza, a velocidade, a ênfase, ...
COMPONENTES PARALINGUÍSTICOS

• Os sinais vocais podem afetar drasticamente o significado do que se diz e de como se recebe
a mensagem. A mesma frase dita em vários tons de voz ou com determinadas palavras
enfatizadas podem transmitir mensagens muito diferentes. Ex.: “Querida”.

• Os elementos paralinguísticos raramente são empregados isolados. O significado transmitido


é, normalmente o resultado de uma combinação de sinais vocais e conduta verbal, e é
avaliado dentro de um contexto ou uma situação determinada.
V O LUM E

• A função mais básica do volume consiste em fazer com que uma mensagem chega até um ouvinte, e
o déficit óbvio, e comum, é um nível de volume muito baixo para servir a essa função, fazendo por
exemplo, com que a fala seja ignorada ou que o ouvinte se irrite.

• Um volume baixo de voz pode indicar submissão, introversão ou tristeza, enquanto um alto volume
pode indicar segurança, domínio, extroversão e/ou persuasão. O falar demasiado alto (que sugere
agressividade, ira) pode ter também, consequências negativas, as pessoas poderiam ir embora ou evitar
futuros encontros. Um volume moderado pode indicar agrado, atividade, alegria.

• As mudanças no volume de voz podem ser empregadas em uma conversação para enfatizar pontos.
Uma voz que varia pouco em volume não será muito interessante de escutar.
TO M / EN TO N A Ç Ã O

• A entonação serve para comunicar sentimentos e emoções.

• Podemos transmitir várias mensagens com uma única frase, simplesmente


mudando o tom, a entonação.

• Pouca entonação, com volume baixo, indica enfado ou tristeza. Um padrão


que não varia pode ser aborrecido ou monótono. Percebemos as pessoas
como mais dinâmicas e extrovertidas quando mudam o tom e a entonação
de suas vozes durante uma conversação.
FLUÊN CIA

As vacilações, falsos começos e repetições são bastante normais nas conversações


diárias. Porém, as perturbações excessivas da fala podem causar uma impressão de
insegurança, incompetência, pouco interesse ou ansiedade.

Podem ser considerados três tipos de perturbações da fala:

1 – Presença de muitos períodos de silêncio, que poderiam ser interpretados de


diferentes formas, dependendo em parte, da relação existente entre as pessoas que
interagem. Com estranhos ou conhecidos casuais, muitos períodos de silêncio
poderiam ser interpretados negativamente, especialmente como ansiedade, tédio,
ou, inclusive, como um sinal de desprezo.
FLUÊN CIA

2– Emprego excessivo de “palavras de recheio” durante as pausas, por exemplo, “você


sabe”, “bem”, ou sons como “hum” ou “ãh”. As expressões com demasiadas pausas
recheadas (“ahs” e “ehs”) provocam percepções de ansiedade ou tédio.

3 – Repetições, gaguejos, erros de pronúncia, omissões e palavras sem sentido.


VELOCIDADE

• Falar muito lentamente pode impacientar e aborrecer quem escuta. Por


outro lado, falar rapidamente gera dificuldades para entender.
CLAREZA

• Algumas pessoas balbuciam as palavras, arrastam-nas, pronunciam


mal ou têm um sotaque excessivo. Esses padrões de fala podem ser
desagradáveis para um ouvinte.
T E M P O D E FALA

• A duração da fala refere-se ao tempo que o indivíduo se


mantém falando.

• O tempo de conversação do sujeito pode ser deficiente por ambos


os extremos, ou seja, tanto por mal se falar como por falar em demasia.

• O mais adequado é um intercâmbio recíproco de informação.


COMPONENTES VERBAIS

A fala é empregada para uma variedade de propósitos, por exemplo: comunicar


ideias, descrever sentimentos, raciocinar e argumentar. As palavras empregadas
dependerão da situação em que se encontre uma pessoa, seu papel nessa
situação e o que está tentando conseguir.
COMPONENTES VERBAIS

As situações variam desde as informais íntimas, como podem ser os amigos


falando sobre futebol em casa, até as mais formais, como a discussão entre um
chefe e um empregado no trabalho. A categoria e a quantidade de fala
aceitáveis nessas situações variarão; uma discussão com o chefe no trabalho
provavelmente será mais restritiva que falar sobre futebol em casa.
COMPONENTES VERBAIS

O tema ou conteúdo da fala também varia. Pode ser altamente pessoal, como acontece
entre mãe e filho, ou impessoal, como acontece entre vendedor e comprador. Pode ser
concreto, como quando se descreve determinada roupa, ou abstrato, como quando se
discute sobre o significado da felicidade. Pode tratar de assuntos internos de quem fala,
seus pensamentos, sentimentos, atitudes ou sobre assuntos externos, como a
organização do escritório.
Referências

ALBERTI, R. e EMMONS, A. Comportamento Assertivo: um guia de auto-expressão.


Interlivros, 1978.
CABALLO, V. Manual de Técnicas de Modificação do Comportamento. Ed. Santos, 1996.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Habilidades Sociais: Terapia e
Educação. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Relações Interpessoais: vivências para
o trabalho em grupo. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
M A RTINS, V. Seja assertivo. Editora Campos, 2005.
PORTELLA, M. (org.). Estratégias de treinamento em habilidades sociais. CPAF-RJ,
2011. W O LPE, J. Prática da Terapia Comportamental. São Paulo: Editora Brasiliense,
1976.
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Habilidades Sociais M o d e l o s
E x p l i c a ti v o s
1 - M O DE LO DE ASSERTIVIDADE

• A poia-se em duas vertentes explicativas para os déficits ou dificuldades


de desempenho social.

1.1 – Condicionamento Respondente ou Clássico

• Focaliza a aprendizagem da ansiedade através da associação do desempenho


social a estímulos aversivos que inibe a emissão de respostas assertivas.

• Intervenção terapêutica sobre componentes emocionais.


CONDICIONAMENTO CLÁSSICO

EIC RIC
Comida salivação

Estímulo Neutro – campainha

EN (campainha) + EIC (comida) RIC


(salivação)

EC (campainha) RC (salivação)
CONDICIONAMENTO CLÁSSICO

EIC RIC
Estímulo aversivo ansiedade

Estímulo Neutro – desempenho social

EN (desempenho social) + EIC(estímulo aversivo) RIC (ansiedade)

EC (desempenho social) RC (ansiedade)


1.2 C O N D I C I O N A M E N T O O P E R A N T E

• Considera que as dificuldades de desempenho social são consequência do


controle inadequado dos reforçadores, ou seja, entende que as pessoas se
comportam de forma não assertiva por não estarem sendo adequadamente
reforçadas, ou por estarem sendo punidas em seus desempenhos assertivos ou
ainda por estarem sendo recompensadas ao emitirem comportamentos não
assertivos.
CAIXA DE SKINNER
2– M O D E L O D E PERCEPÇÃO S OC I A L

• Privilegia a análise do processamento cognitivo inicial, ou seja, a


capacidade do indivíduo para “ler” o contexto social em que se
encontra, discriminando qual e como deve ser o próprio
comportamento, e se este deve ocorrer ou não.
2 – M O D E L O D E PERCEPÇÃO SOCIAL

• Essa leitura, chamada de percepção social, representa:


• a identificação do papel do interlocutor,
• das normas culturais,
• Dos sinais verbais e não-verbais presentes na comunicação.

• Essa identificação permite a seleção de comportamentos apropriados ao contexto


e a tomada de decisão de emiti-los ou não.

• A falha na leitura e na decodificação das mensagens verbais e não-verbais pode


trazer dificuldades interpessoais.
3– M O D E LO DE APRENDIZAGEM SOCIAL

• Grande parte das habilidades sociais é aprendida através


de
experiências vicariantes, ou seja, através da
do
observação desempenho de outros.
4 – M O D E L O COGNITIVO

• Desempenho social é mediado por habilidades sóciocognitivas


aprendidas na interação da criança com seu ambiente social.

• As habilidades sóciocognitivas mais estudadas são:


• Resolução de problemas interpessoais,
• Atribuição de Causalidade aos fatos ou de intencionalidade às
pessoas,
• Empatia.
4 – M O D E L O COGNITIVO

• Além da disponibilidade, no repertório comportamental, de estratégias


de ações interpessoais adequadas, o indivíduo deve ser capaz de
selecioná-las e avaliá-las com base nos valores culturais associados a essas
demandas.

• As falhas ou déficits nessas habilidades podem resultar em desempenho


social equivocado, com possível consequência negativa.
5– M O D E L O D A T E O R I A D O S PA P É I S

• O comportamento social depende em grande parte, da compreensão do


próprio papel e do papel do outro na relação social.
R E S P O S TA S O C I A L M E N T E H Á B I L

• Uma resposta socialmente hábil seria o resultado final de uma cadeia de


condutas:
• que começaria com uma recepção correta dos estímulos,
• continuaria com o processamento flexível desses estímulos,
• para gerar e avaliar as possíveis opções de resposta,
• das quais se selecionaria a melhor,
• e terminaria com a emissão apropriada ou expressão manifesta da opção escolhida.
R e fe r ê n c i a s

ALBERTI, R. e EMMONS, A. Comportamento Assertivo: um guia de auto-expressão.


Interlivros, 1978.
CABALLO, V. Manual de Técnicas de Modificação do Comportamento. Ed. Santos, 1996.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Habilidades Sociais: Terapia e
Educação. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Relações Interpessoais: vivências para
o trabalho em grupo. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
M A RTINS, V. Seja assertivo. Editora Campos, 2005.
PORTELLA, M. (org.). Estratégias de treinamento em habilidades sociais. CPAF-RJ,
2011. W O LPE, J. Prática da Terapia Comportamental. São Paulo: Editora Brasiliense,
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Habilidades Sociais Contextos e
Demandas
INTRODUÇÃO

Os diferentes contextos dos quais participamos contribuem para a


aprendizagem de desempenhos sociais que dependem de um
repertório de habilidades sociais.
D EM A N D A

• A demanda pode ser compreendida como ocasião ou oportunidade diante da


qual se espera um determinado desempenho social em relação a uma ou mais
pessoas. Ex.: cumprimentar.

• As demandas são produtos da vida em sociedade regulada pela cultura.


Quando algumas pessoas não conseguem adequar-se a elas são consideradas
desadaptadas provocando reações de vários tipos. O exemplo mais extremo é o
do fóbico social.
D EM A N D A

• Ao nos depararmos com as diferentes demandas sociais, precisamos:

1 – Identificá-la;

2 – Decidirmos reagir ou não, avaliando nossa competência para isso.


LEITURA D O A M B I E N T E

• A identificação das demandas para um desempenho depende da leitura do ambiente


social que envolve:

1 – Atenção aos sinais sociais do ambiente (observação e

escuta). 2 – Controle da emoção nas situações de maior

complexidade.

3 – Controle da impulsividade para responder de imediato.

4– A nálise da relação entre os desempenhos (próprios e dos outros) e


as consequências que elas acarretam.
LEITURA D O A M B I E N T E

Exemplo:

Aqui é esperado que eu ... (leitura do ambiente)

Não posso concordar com isso, eu preciso dizer que ... (análise da
própria necessidade de reagir a uma demanda).

A cho melhor não dizer nada ag ora .... (decisão quanto a não
apresentar um desempenho em determinado momento).
C O N TE X TO S

1 – Familiar

• A vida familiar se estrutura sobre vários tipos de relações: marido-mulher, pais-filhos,


entre irmãos e parentes e com uma ampla diversidade de demandas interpessoais.

• O desempenho das habilidades sociais para lidar com essas demandas pode ser uma
fonte de satisfação ou de conflitos no ambiente familiar.
RELAÇÕES CONJUGAIS

• Embora as pessoas, na maioria dos casos, já possuam um razoável conhecimento


de seu parceiro antes de optarem por uma vida em comum, com o passar do
tempo, pode ocorrer a deteriorização de alguns comportamentos mutuamente
prazerosos (reforçadores) e o aparecimento ou maximização de outros de caráter
aversivo.
RELAÇÕES CONJUGAIS

• Em um relacionamento novo, cada pessoa procura exibir ao outro o melhor


de si, mas, ao longo do tempo, o cotidiano doméstico pode alterar
drasticamente esse repertório. Além disso, a maioria das pessoas, ao se
casarem, possuem algumas idéias românticas sobre o amor, que além de não
se concretizarem, dificultam a identificação e o enfrentamento das
dificuldades conjugais.
RELAÇÕES CONJUGAIS

• A qualidade do relacionamento depende de quanto os cônjuges investem na sua


continuidade. O auto-aperfeiçoamento de ambos em habilidades sociais conjugais garante
em parte, esse relacionamento.

• Quando apenas um dos parceiros alcança um desenvolvimento socioafetivo rápido,


diferenciando-se do outro, ele pode reavaliar os próprios ganhos na relação como
insatisfatórios e dispor-se a busca de relacionamentos alternativos, provocando ruptura.

• Uma ruptura ocorre, portanto, quando há uma ausência de compromisso com a própria
relação e/ou desenvolvimento do outro.
RELAÇÕES CONJUGAIS

• Algumas habilidades essenciais para a qualidade do relacionamento conjugal:

• Acalmar-se e identificar estados de descontrole emocional em si e no outro;


• Ouvir de forma não defensiva e com atenção;
• Validar o sentimento do outro (empatia);

• Reorganizar o esquema de interação do casal de modo a romper o ciclo queixa-crítica-

defensividade-desdém;
• Persuadir o cônjuge a não tomar nenhuma decisão sem autocontrole;
• Dar feedback positivo;
• Pedir feedback;
• Dar atenção.
RELAÇÕES CONJUGAIS

• São muitos os problemas resolvidos diariamente por apenas um dos


membros em assuntos que afetam a ambos. Esses problemas, ou são
corriqueiros, ou possuem tal urgência que demandam ações imediatas. O
partilhar decisões pelo casal produz, no entanto, um equilíbrio nas relações
de poder, ambos são igualmente responsáveis pelo êxito ou fracasso de
todo o empreendimento.
RELAÇÕES CONJUGAIS

• O conteúdo ( o que se diz), a forma (como se diz) e a ocasião (quando se


diz) são componentes importantes e precisam ser bem dosados e ajustados às
preferências das pessoas envolvidas.
R E L A Ç Õ E S PA I S - F I L H O S

• As relações pais-filhos possuem um caráter afetivo, educativo e de cuidado


que cria muitas e variadas demandas de habilidades sociais.

• Estratégias básicas pelas quais os pais educam os filhos:


• Por meio das consequências (recompensas e punições);
• Pelo estabelecimento de normas, explicações e estímulos;
• Por modelação.
R E L A Ç Õ E S PA I S - F I L H O S

• A maioria dos pais oferece reforço positivo quando está ensinando os filhos a
andar, falar ou ler, mas costuma negligenciar a apresentação de consequências
positivas quando se trata de comportamentos que consideram “obrigação” como
estudar, organizar-se, demonstrar gentileza, apresentar iniciativa na solução de
pequenos problemas, etc.
R E L A Ç Õ E S PA I S - F I L H O S

• A habilidade dos pais de expressar adequadamente raiva e desagrado fornece modelo


de autocontrole .

• Em muitos momentos da relação pais-filhos, ocorrem críticas de ambos os lados. A


maioria de nós tem facilidade em fazer críticas que apenas humilham as pessoas, mas
dificuldade em apresentar as construtivas.

• Além disso, a habilidade de desculpar-se pode ser importante para diminuir


ressentimentos e induzir atitudes construtivas em relação às dificuldades vividas.
2 – CONTEXTO E S C O L A R

• A Educação é uma prática eminentemente social que amplia a inserção do


indivíduo no mundo dos processo e dos produtos culturais.

• A escola é um espaço privileg iado, onde se dá um conjunto de


interações sociais que se pretendem educativas.
CONTEXTO E S C O L A R

• Os estudantes excessivamente tímidos ou muito agressivos enfrentam maiores


dificuldades na escola, pois em geral apresentam déficits nas chamadas
habilidades de sobrevivência em classe: prestar atenção, oferecer e pedir ajuda,
agradecer, controlar a própria raiva, defender-se, pedir mudanças de
comportamento, no caso de chacotas e provocações, etc.

• Além das consequências sobre a aprendizagem, tais dificuldades podem se


reverter em problemas de autoestima no desenvolvimento socioemocional.
CONTEXTO E S C O L A R

• Algumas habilidades importantes ao contexto escolar:

• Liderança;
• Discordar;
• Pedir mudança de comportamento;
• Expressar sentimentos negativos;
• Lidar com críticas;
• Questionar;
• Negociar decisões;
• Resolver problemas, etc.
3 – CONTEXTO D E T R A B A L H O

• Qualquer atuação profissional envolve interações com outras pessoas onde são
requeridas muitas e variadas habilidades sociais, componentes da competência
técnica e interpessoal necessária para o envolvimento em várias etapas de um
processo produtivo.

• A competência técnica faz parte dos objetivos educacionais dos cursos. No


entanto, a competência interpessoal raramente é relacionada como objetivo de
formação profissional ocorrendo, de forma assistemática, como um subproduto
desejável do processo educativo.
CONTEXTO D E T R A B A L H O

• Pode-se dizer que praticamente nenhum trabalho ocorre no isolamento social


total.

• Os novos paradigmas organizacionais que orientam a reestruturação produtiva


têm priorizado processo de trabalho que remetem diretamente à natureza e
qualidade das relações interpessoais.
CONTEXTO D E T R A B A L H O

• Algumas habilidades importantes ao contexto de trabalho:

• Coordenação de grupo;
• Liderança de equipes;
• Manejo de estresse e de conflitos interpessoais e
intergrupais;
• Organização de tarefas;
• Resolução de problemas;
• Tomada de decisões;
• Promoção da criatividade do grupo;
• Falar em público;
• Argumentar e convencer na exposição de idéias;
• Ouvir;
• Dar e receber feedback;
• Fazer e responder perguntas, etc.
R e fe r ê n c i a s

ALBERTI, R. e EMMONS, A. Comportamento Assertivo: um guia de auto-expressão.


Interlivros, 1978.
CABALLO, V. Manual de Técnicas de Modificação do Comportamento. Ed. Santos, 1996.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Habilidades Sociais: Terapia e
Educação. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Relações Interpessoais: vivências para
o trabalho em grupo. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
M A RTINS, V. Seja assertivo. Editora Campos, 2005.
PORTELLA, M. (org.). Estratégias de treinamento em habilidades sociais. CPAF-RJ,
2011. W O LPE, J. Prática da Terapia Comportamental. São Paulo: Editora Brasiliense,
1976.
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Avaliação das Habilidades

Soci ais e d a A s s e r t i v i d a d e
IHS – 2 Del Prette

Público-alvo: 18 a 59 anos, com formação mínima de ensino fundamental I.

Forma de aplicação: Individual ou coletiva.

Descrição: É um instrumento de fácil aplicação com o objetivo de caracterizar o desempenho


social em diferentes situações (trabalho, escola, família, cotidiano) possibilitando diagnóstico
para uso na clínica, na educação, na seleção de pessoal e no treinamento profissional.

Apuração pode ser manual ou online. Na versão informatizada basta transportar os dados do
respondente para a ficha disponibilizada no site e clicar em apurar resultado. Além dos
resultados, os sistema online fornece um laudo com interpretação dos resultados.
IHS – 2 Del Prette – Correção online
IHS – 2 Del Prette – Correção online
IHS – 2 Del Prette – Correção online
IHS – 2 Del Prette – Correção online
IHS – 2 Del Prette – Correção online
IHS – 2 Del Prette – Correção online
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IHS – 2 Del Prette – Correção online
IHS – 2 Del Prette – Correção online
Referências

ALBERTI, R. e EMMONS, A. Comportamento Assertivo: um guia de auto-expressão.


Interlivros, 1978.
CABALLO, V. Manual de Técnicas de Modificação do Comportamento. Ed. Santos, 1996.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Habilidades Sociais: Terapia e
Educação.
Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Relações Interpessoais: vivências para
o
trabalho em grupo. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
MARTINS, V. Seja assertivo. Editora Campos, 2005.
PORTELLA, M. (org.). Estratégias de treinamento em habilidades sociais. CPAF-RJ, 2011.
WOLPE, J. Prática da Terapia Comportamental. São Paulo: Editora Brasiliense, 1976.
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Escala De Assertividade De Rathus

Utilizando o código abaixo, indique que descrição corresponde melhor a cada


uma de suas características:
+3 => Muito característico de mim, extremamente parecido comigo.
+2 => Um pouco característico de mim, bastante parecido comigo.
+1 => Mais ou menos característico de mim, um pouco parecido comigo.
-1 => Um pouco não característico de mim, um pouco diferente de mim.
-2 => Bastante não característico, bastante diferente de mim.

-3 => Muito não característico, extremamente diferente de mim.

1. A maioria das pessoas parece ser mais agressiva e assertiva do que eu.*

2. Tenho hesitado em marcar um encontro por timidez.*


3. Quando a comida servida num restaurante não está do meu agrado, reclamo ao
garçom.
4. Sou cuidadoso a fim de evitar magoar os sentimentos das pessoas, ainda que
me sinta magoado.*
5. Se um vendedor teve um considerável trabalho em me mostrar uma
mercadoria que não vou levar, tenho dificuldades em dizer não.* 6. Quando
me mandam fazer algo, insisto em saber o porquê.
7. Há ocasiões que gosto de provocar uma discussão.
8. Esforço-me para ir para frente, tanto quanto a maioria das pessoas em minha
posição.
9. Para ser honesto, as pessoas, muitas vezes, tiram vantagem de mim.*

10. Gosto de iniciar conversas com novos conhecidos e estranhos.


11. Muitas vezes, não sei o que dizer para as pessoas atraentes do sexo oposto.*
12. Hesito em telefonar para estabelecimentos comerciais.*
13. Preferiria me candidatar a um trabalho ou admissão a um colégio por carta a
ter uma entrevista pessoal.*
14. Acho difícil (embaraçoso) devolver uma mercadoria.*
15. Se um parente próximo e por quem tenha muito respeito estiver me
aborrecendo, prefiro sufocar meus sentimentos a expressá-los.*
16. Muitas vezes, por medo de parecer bobo, evito fazer perguntas.*
17. Durante algumas discussões fico tão nervoso que chego a tremer.*
18. Se um famoso e respeitado conferencista faz uma afirmação que eu penso não
ser correta, faço alguma coisa e dou um jeito para que os outros fiquem
sabendo.
19. Evito discutir sobre preços com caixeiros e vendedores.*
20. Quando faço alguma coisa importante ou que valha a pena, dou um jeito para
que os outros fiquem sabendo.
21. Sou aberto e sincero sobre meus sentimentos.

22. Se alguém tem espalhado notícias ruins sobre mim, eu o procuro logo que
possível para esclarecer o caso.
23. Muitas vezes, tenho dificuldades em dizer não.*

24. Prefiro controlar minhas emoções a fazer uma cena.*


25. Reclamo de um serviço de má qualidade em um restaurante e em qualquer
outra parte.
26. Muitas vezes, quando me fazem um elogio, não sei o que dizer.*
27. Se um casal perto de mim, no cinema ou numa conferência, começa a
conversar alto, peço para irem conversar em outro lugar.
28. Se alguém fura a fila na minha frente, reclamo firmemente.
29. Sou “rápido” para expressar uma opinião.
30. Há ocasiões que não consigo dizer qualquer coisa.*

Score total obtido pela soma dos números das respostas para cada item depois de
trocar o sinal do item oposto.
* item oposto (todos os itens com asterisco devem ter o sinal invertido, por exemplo +3 vai
virar -3)
ESCALA RATHUS DE ASSERTIVIDADE

Resultado:

(+) 0-30 – pouco assertiva


(+) 31-60 – bastante assertiva
(+) 61-90 – extremamente
assertiva

(-) 0-30 – pouco inassertiva


(-) 31-60 – bastante
inassertiva
(-) 61-90 – extremamente
inassertiva
Inventário Assertivo
Alberti & Emmons
As questões seguintes serão úteis para verificar sei grau de assertividade. Seja sincero em suas respostas,
no sentido de responder como você se comporta deveras e não como pensa que seria o melhor ou mais
adequado comportamento. Tudo que você tem a fazer é marcar, na coluna à direita, o número que melhor
descreve a frequência do seu comportamento, em cada situação. Para algumas questões, o mínimo de
asserção está no 0 e o máximo está no 4; o valor intermediário é 2, mas pode ser um pouco menos (1) ou
um pouco mais (3). Veja mais explicitamente a escala abaixo:

Escala: Pontuação | Freq | % |


0 = não ou nunca Assertividade | | |
1 = um pouco ou às vezes Inassertividade | | |
2 = média Agressividade | | |
3 = muitas vezes
4 = quase sempre ou inteiramente

1 - Quando uma pessoa se mostra bastante injusta, você lhe diz isso? 0 1 2 3 4

2 – Você acha difícil tomar decisões? 0 1 2 3 4

3 – Você critica publicamente as opiniões, comportamento e idéias dos outros? 0 1 2 3 4

4 – Você protesta em voz alta quando tomam seu lugar na fila? 0 1 2 3 4

5 – Você geralmente evita as pessoas ou situações por medo? 0 1 2 3 4

6 – Você geralmente confia no seu próprio julgamento? 0 1 2 3 4

7 – Você insiste que seu(sua) esposo(a) ou colega de quarto faça sua parte
no serviço da casa? 0 1 2 3 4

8 – Você é propenso a perder o controle? 0 1 2 3 4

9 – Quando o vendedor insiste, você acha difícil dizer “não”, mesmo se a


mercadoria não lhe interessa ? 0 1 2 3 4

10 – Quando uma pessoa chega, depois de você e é atendida primeiro, você


denuncia a situação? 0 1 2 3 4

11 – Você reluta em falar numa discussão ou debate? 0 1 2 3 4

12 – Se uma pessoa tomou dinheiro emprestado (ou livro, roupa, coisa de valor)
e demora a devolver, você lhe lembra disso? 0 1 2 3 4

13 – Você insiste em um argumento depois que a outra pessoa já se cansou da


discussão? 0 1 2 3 4

14 – Você geralmente expressa seus sentimentos? 0 1 2 3 4

15 – Você se perturba se alguém fica olhando você trabalhar? 0 1 2 3 4


16 – Se alguém fica chutando ou empurrando sua cadeira no cinema ou em uma
conferência você pede à pessoa para parar? 0 1 2 3 4

17 – Você acha difícil olhar nos olhos da pessoa com quem está falando? 0 1 2 3 4

18 – Em um bom restaurante, quando a comida não está bem feita ou bem servida,
você pede ao garçom para corrigir a situação? 0 1 2 3 4

19 – Quando você descobre que a mercadoria está defeituosa, você a devolve ou


pede que seja substituída? 0 1 2 3 4

20 – Você demonstra sua raiva dizendo obscenidade ou xingando? 0 1 2 3 4

21 – Você tenta passar despercebido, como uma parte da decoração ou da mobília,


em situações sociais? 0 1 2 3 4

22 – Você insiste que seu senhorio (mecânico, etc.) faça consertos, ajustes ou
substituições que são da responsabilidade dele? 0 1 2 3 4

23– Você geralmente toma a frente e decide pelos outros? 0 1 2 3 4

24 – Você é capaz de expressar abertamente amor e afeição? 0 1 2 3 4

25 – Você consegue pedir aos amigos ajuda ou pequenos favores? 0 1 2 3 4

26 – Você acha que sempre tem a resposta certa? 0 1 2 3 4

27 – Quando você diverge de alguém que você respeita, tem coragem de


defender seu ponto de vista ? 0 1 2 3 4

28 – Você é capaz de recusar pedidos não razoáveis feitos por amigos? 0 1 2 3 4

29 – Você tem dificuldade de elogiar alguém? 0 1 2 3 4

30 – Se você fica incomodado quando fumam perto de você, você tem


coragem de dizer isso ? 0 1 2 3 4

31 – Você grita ou usa técnicas absurdas para obrigar os outros a fazer


o que você quer ? 0 1 2 3 4

32 – Você termina as frases dos outros por eles? 0 1 2 3 4

33 – Você se envolve em lutas físicas com outros, especialmente


com estranhos? 0 1 2 3 4

34 – Nas refeições familiares, você controla a conversa? 0 1 2 3 4

35 – Quando você é apresentado a alguém, você é o primeiro a entabular


conversa? 0 1 2 3 4
Inventário Assertivo – Avaliação das Respostas
É importante levantar junto com o cliente a compreensão dele em relação a cada questão, podendo mudar o
tipo de comportamento. Ajuda verificar também se já ocorreu em situação real, buscar exemplos, etc. A
pontuação 4 representa frequência máxima do comportamento correspondente: assertivo, passivo ou
agressivo.

1) Quando uma pessoa se mostra bastante injusta, você lhe diz isso (assertivo).
2) Você acha difícil tomar decisões (inassertivo).
3) Você critica publicamente as opiniões, comportamento e idéias dos outros (agressivo).
4) Você protesta em voz alta quando tomam seu lugar na fila (agressivo).
5) Você geralmente evita as pessoas ou situações por medo (inassertivo).
6) Você geralmente confia no seu próprio julgamento (assertivo).
7) Você insiste que seu(sua) esposo(a) ou colega de quarto faça sua parte no serviço da casa (assertivo).
8) Você é propenso a perder o controle (agressivo).
9) Quando o vendedor insiste, você acha difícil dizer “não”, mesmo se a mercadoria não lhe
interessa
(inassertivo).
10) Quando uma pessoa chega depois de você e é atendida primeiro, você denuncia a situação
(assertivo).
11) Você reluta em falar numa discussão ou debate (inassertivo).
12)Se uma pessoa tomou dinheiro emprestado (ou livro, roupa, coisa de valor) e demora a devolver, você
lhe lembra
disso (assertivo).
13) Você insiste em um argumento depois que a outra pessoa já se cansou da discussão (agressivo).
14) Você geralmente expressa seus sentimentos (assertivo).
15) Você se perturba se alguém fica olhando você trabalhar (inassertivo).
16)Se alguém fica chutando ou empurrando sua cadeira no cinema ou em uma conferência, você pede à
pessoa para
parar (assertivo).
17) Você acha difícil olhar nos olhos da pessoa com quem está falando (inassertivo).
18)Em um bom restaurante, quando a comida não está bem feita ou bem servida, você pede ao garçom
para corrigir a
situação (assertivo).
19) Quando você descobre que a mercadoria está defeituosa, você a devolve ou pede que seja substituída
(assertivo).
20) Você demonstra sua raiva dizendo obscenidade ou xingando (agressivo).
21) Você tenta passar despercebido, como uma parte da decoração ou da mobília, em situações sociais
(inassertivo).
22)Você insiste que seu senhorio (mecânico, etc.) faça consertos, ajustes ou substituições que são da
responsabilidade
dele (assertivo).
23) Você geralmente toma a frente e decide pelos outros (agressivo).
24) Você é capaz de expressar abertamente amor e afeição (assertivo).
25) Você consegue pedir aos amigos ajuda ou pequenos favores (assertivo).
26) Você acha que sempre tem a resposta certa (agressivo).
27) Quando você diverge de alguém que você respeita, tem coragem de defender seu ponto de vista
(assertivo).
28) Você é capaz de recusar pedidos não razoáveis feitos por amigos (assertivo).
29) Você tem dificuldade de elogiar alguém (inassertivo).
30) Se você fica incomodado quando fumam perto de você, você tem coragem de dizer isso (assertivo).
31) Você grita ou usa técnicas absurdas para obrigar os outros a fazer o que você quer (agressivo).
32) Você termina as frases dos outros por eles (agressivo).
33) Você se envolve em lutas físicas com outros, especialmente com estranhos (agressivo).
34) Nas refeições familiares, você controla a conversa (agressivo).
35) Quando você é apresentado a alguém, você é o primeiro a entabular conversa (assertivo).

Total: As = 16; In = 8; Ag = 11.


Some seus pontos atribuídos a cada categoria (assertivo, inassertivo e agressivo) e divida os
resultados
respectivamente por 0.64; 0.32 e 0.44, obtendo os percentuais das chances de ser assertivo, inassertivo e
agressivo.
H a b i l i d a d e s S o c i a i s D é fi c i t s e
Tr e i n a m e n t o
EXPLICAÇÕES PA R A A S DI F I CULDA DES
INTERPESSOAIS

1 - DÉFICITS N O REPERTÓRIO

• Esta abordagem supõe que o desempenho socialmente incompetente ocorre


porque o indivíduo não aprendeu os comportamentos sociais adequados.

• Os programas de habilidades sociais privilegiam a identificação das classes de


comportamentos relevantes para o desempenho social e a promoção e
aperfeiçoamento dessas classes.
1 - D É F I C I T S N O R E P E R TÓ R I O

• As falhas na aprendizag em no comportamento social podem


ocorrer devido:

• Restrições de oportunidades de experiências em diferentes grupos culturais.


• Relações familiares empobrecidas, com pais ag ressivos ou pouco
empáticos que fornecem modelos inapropriados de interações.
• Dificuldades para resolver problemas.
• Práticas parentais que premiam dependência e obediência e que
punem ou restringem iniciativas de contato social pela criança.
1 - D É F I C I T S N O R E P E R TÓ R I O

• Como as habilidades sociais são progressivamente mais elaboradas com a


idade, é importante lembrar que aquilo que se apresenta como esperado
numa determinada etapa pode ser considerado deficitário em etapas
posteriores do desenvolvimento.
2 – INIBIÇÃO M E D I A D A PELA A N S I E D A D E

• Considera-se que a ansiedade e as respostas assertivas são processos que


atuam em sentidos opostos; de um lado a ansiedade inibe as iniciativas de
interação, levando à fuga dos contatos sociais; do outro, a aquisição de
respostas assertivas pode reduzir a ansiedade.
2 – INIBIÇÃO M E D I A D A PELA A N S I E D A D E

• O THS neste caso focaliza:

• Redução da ansiedade através do relaxamento e/ou


dessensibilização sistemática;

• Fortalecimento de respostas socialmente competentes, através de


técnicas como ensaio comportamental e treino assertivo.
3 – I N I B I Ç Ã O C O G N I T I VA M E N T E M E D I A D A

• Supõe-se que a aprendizagem dos comportamentos sociais seja mediada


por processos cognitivos e que, portanto, problemas nesses processos irão
se refletir no desempenho interpessoal.

• THS é baseado na reestruturação cognitiva.


4 – P R O B L E M A S D E PERCEPÇÃO SOCI AL

• Considera-se que falhas na leitura do ambiente podem ocasionar


as dificuldades interpessoais.

• Objetivos de intervenção em THS:


• Promoção do aprimoramento da decodificação dos estímulos do ambiente físico
e da situação social.
• Identificação dos papéis e das regras sociais.

• Esses objetivos podem ser implementados através da modelagem, feedback,


instruções e treino assertivo.
5 – P R O B L E M A S D E P RO C ES SA M E N TO D E
EST ÍMULOS S O C A I S D O A M B I E N T E

• Esses problemas incluem:


• Demora no processamento e na discriminação dos estímulos sociais que pode levar à
emissão de comportamentos não pertinentes para o momento.
• Inabilidade de decodificar os sinais verbais e não-verbais, por déficits de
atenção, levando a comportamentos diferentes dos requeridos para a situação.
• D ecodificação mediada por estereótipos, ocasionando comportamentos
sociais inadequados.
• Falha na avaliação das alternativas disponíveis para responder conforme as demandas
da situação, o que pode levar a comportamentos excessivos.
• Erros de percepção.
TREINAMENTO E M H A B I L I DA D E S SOCIAIS

• DEFINIÇÃO: conjunto articulado de técnicas e procedimentos de


intervenção orientados para a promoção de habilidades sociais relevantes
para as relações interpessoais.

• Os programas devem visar o desenvolvimento do repertório social do


indivíduo para lidar de maneira adequada com seus problemas
interpessoais, com base no exercício dos direitos humanos.
P R I N C I PA I S T É C N I C A S

• TÉCNICAS COMPORTAMENTAIS:

1 – ENSAIO COMPORTAMENTAL

• Ensaios de comportamentos-alvo em situação análoga àquelas vivenciadas


pelo cliente.

• À medida em que o indivíduo corresponde ao padrão desejado,


os comportamentos vão sendo reforçados em um processo de
modelagem.
P R I N C I PA I S T É C N I C A S

2 – REFORÇAMENTO

• Está presente em todo o processo de THS.

• Reforço positivo: qualquer consequência que apresentada em seguida a


um comportamento fortalece esse comportamento.
P R I N C I PA I S T É C N I C A S

3 – MODELAGEM
• Consiste no uso do reforçamento diferencial para desempenhos
progressivamente mais semelhantes ao desempenho final desejado.

4 – M OD E LAÇ ÃO
• Consiste na observação de alg uém desempenhando adequadamente
os comportamentos alvo.
• É utilizada juntamente com instruções, feedback e reforçamento.
P R I N C I PA I S T É C N I C A S

5 - FEED BA CK

• Funciona como regulagem de comportamento, à medida que o indivíduo percebe


como está se comportando e como esse comportamento afeta o interlocutor.

6 - RELAXAMENTO

• Objetivo: além do relaxamento em si, ensinar o cliente a perceber seus estados de


tensão e conseguir, por si mesmo, relaxar ou controlar a ansiedade de modo a
melhorar seu desempenho social.
P R I N C I PA I S T É C N I C A S

7 – TAREFAS DE CASA

• Objetivo: aperfeiçoar as habilidades treinadas e generalização das


habilidades para outros contextos.

8 - DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA

• Objetivo: eliminar o medo e a ansiedade nas relações


interpessoais.
P R I N C I PA I S T É C N I C A S

• TÉCNICAS COGNITIVAS

1 – RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

• A solução de problemas pode ser definida como um processo cognitivo pelo


qual os indivíduos compreendem a natureza do problema e dirigem seus
objetivos para a modificação do caráter problemático da situação ou mesmo
de suas reações a ela.
P R I N C I PA I S T É C N I C A S

2 - INSTRUÇÕES

• Explicações dadas de forma clara e objetiva, sobre como o cliente deve se


comportar em uma situação interpessoal.
R e fe r ê n c i a s

ALBERTI, R. e EMMONS, A. Comportamento Assertivo: um guia de auto-expressão.


Interlivros, 1978.
CABALLO, V. Manual de Técnicas de Modificação do Comportamento. Ed. Santos, 1996.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Habilidades Sociais: Terapia e
Educação. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Relações Interpessoais: vivências para
o trabalho em grupo. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
M A RTINS, V. Seja assertivo. Editora Campos, 2005.
PORTELLA, M. (org.). Estratégias de treinamento em habilidades sociais. CPAF-RJ,
2011. W O LPE, J. Prática da Terapia Comportamental. São Paulo: Editora Brasiliense,
1976.
M u i to obrigada!

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F U N D A M E N T O S D A TERAPIA
COGNITIVO C O M P O R T A M E N T A L

E r r o s o u d i s t o r ç õ e s c o g n i ti v a s
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Catastrofização
Pensar que o pior de uma situação irá acontecer sem levar em
consideração a possibilidade de outros desfechos. Acreditar
que o que aconteceu ou irá acontecer será terrível e
insuportável. Eventos negativos que podem ocorrer são
tratados como catástrofes intoleráveis, em vez de serem vistos
em perspectiva.
Exemplos: “Perder o emprego será o fim da minha
carreira”. “Não suportarei a separação da minha mulher”.
“Se eu perder o controle será meu fim”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Raciocínio Emocional (Emocionalização)

Presumir que sentimentos são fatos. “Sinto, logo existe”. Pensar


que algo é verdadeiro porque tem um sentimento (na
verdade, um pensamento) muito forte a respeito. Deixar os
sentimentos guiarem a interpretação da realidade. Presumir
que as reações emocionais necessariamente refletem a
situação verdadeira.

Exemplos: “Eu sinto que minha mulher não gosta mais de mim”.
“Sinto-me desesperado, portanto, a situação é desesperadora”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Polarização (pensamento tudo ou nada, dicotômico absolutista)

Ver a situação em duas categorias apenas,


mutuamente exclusivas, em vez de um
continuum. Perceber eventos ou pessoas em
termos absolutos.

Exemplos: “Foi uma perda total de tempo”.


“Deu tudo errado na festa”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Abstração Seletiva (visão de túnel, filtro mental, filtro negativo)


Um aspecto de uma situação complexa é o foco da atenção,
enquanto outros aspectos relevantes da situação são
ignorados. Uma parte negativa (ou mesmo neutra) de
toda uma situação é realçada, enquanto todo o restante
positivo não é percebido.

Exemplos: “Veja todas as pessoas que não gostam de mim”.


“A avaliação do meu chefe foi ruim. (focando apenas em
um comentário negativo e negligenciando os positivos).
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Adivinhação

Prever o futuro. Antecipar problemas que


talvez não venham a existir. Expectativas
negativas estabelecidas como fatos.

Exemplos: “Não irei gostar da viagem”. “Ele não vai


aprovar meu trabalho”. “Eu não vou conseguir”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Leitura Mental

Presumir, sem evidências, que sabe o que


os outros estão pensando,
desconsiderando outras
possíveis. hipóteses

Exemplos: “Ela está g ostando da minha


não
conversa”. “Eles estão tramando contra
mim”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Rotulação

Colocar um rótulo global, rígido em si mesmo,


numa pessoa ou situação, em vez de rotular a
situação ou comportamento específico.

Exemplos: “Ela é burra”. “Sou incompetente”. “Ela é


uma pessoa má”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Desqualificação do positivo

Experiências positivas e qualidades que


conflituam com a visão negativa são
desvalorizadas porque “não contam” ou são
triviais.
Exemplos: “Eles estão me elogiando porque estão com
pena”. “Tirei nota boa porque foi muito fácil”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Minimização ou maximização

Características e experiências positivas em si mesmo, no


outro ou nas situações são minimizadas, enquanto o
negativo é maximizado.

Exemplos: “Eu tenho um ótimo emprego, mas isso todo


mundo tem”. “Ter notas boas não quer dizer que sou
inteligente, tem outros que tiram notas maiores do que eu”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Personalização

Assumir a culpa ou responsabilidade por


acontecimentos negativos, falhando em ver que
outras pessoas e fatores também estão
envolvidos nos acontecimentos.

Exemplos: “Ele estava com a cara amarrada, devo


ter feito alguma coisa de errada”. É minha culpa”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Hipergeneralização

Perceber num evento específico um


padrão universal. Uma característic
a
específica numa situação é avaliada como
acontecendo em todas as situações.

Exemplos: “Estou com problemas nessa aula,


estou ficando para trás em todas as áreas da
minha vida”. “Não consigo fazer nada
direito”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Imperativos (“deveria” e tenho que”)


Interpretar eventos em termos de como as coisas deveriam ser, em
vez de simplesmente considerar como as coisas são. Afirmações
absolutistas na tentativa de prover motivação ou modificar
comportamento. Demandas feitas a si mesmo, aos outros e ao
mundo para evitar as consequências do não cumprimento dessas
demandas.

Exemplos: “Tenho que ter controle sobre todas as coisas”. “Eu


devo ser perfeito em tudo que faço”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Vitimização

Considerar-se injustiçado ou não entendido. A


fonte dos sentimentos negativos é algo ou
alguém, havendo recusa ou dificuldade de se
responsabilizar pelos próprios sentimentos ou
comportamentos.
Exemplos: “Minha esposa não entende meus
sentimentos”. “Faço tudo pelos meus filhos e eles
não me dão valor”.
E r r o s o u D i s t o r ç õ e s C o g n i ti v a s

Questionalização (E se?)

Focar o evento naquilo que poderia ter sido e não


foi. Culpar-se pelas escolhas do passado e
questionar-se por escolhas futuras.

Exemplos: “Se eu tivesse aceitado aquele outro emprego


hoje estaria bem melhor”. “E se não der certo?” “Se eu
não tivesse viajado isso não teria acontecido”.
R e fe r ê n c i a s

BECK, J. Terapia Cognitivo Comportamental: teoria e prática. Artmed, 3ª ed.,2022.

KNAPP, P. Terapia Cognitivo Comportamental na prática psiquiátrica. Artmed, 2004.

OLIVEIRA, I. Terapia Cognitiva processual: manual para clínicos. Artmed, 2015.


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Classificação das emoções pela TREC

Emoções não saudáveis e disfuncionais Emoções saudáveis e funcionais


Ansiedade Preocupação
Depressão Tristeza
Ira, Raiva Irritação, chateação
Culpa Arrependimento, remorso
Vergonha Desconforto, decepção
Mágoa Tristeza, chateação, decepção

Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos do Grupo de Estudos: Terapia Cognitivo Comportamental/
2020. Qualquer divulgação desse material, será considerada como plágio.
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
Habilidades Sociais Histórico e
Conceitos
H is tó r ico

• Treinamento Assertivo (TA): Estados Unidos

o Salter (1949)
▪ Baseado no condicionamento clássico.
▪ Desinibição era a base do trabalho terapêutico.
H is tó r ico

o Wolpe (1958)
▪ Defende o caráter situacional.
▪ Referia-se à defesa dos direitos e à expressão de sentimentos negativos,
como a fadiga ou enfado.
▪ Condicionamento clássico e operante.
▪ Comportamento assertivo (afirmativo): “é definido como a expressão
adequada de qualquer emoção que não a ansiedade, com relação à
outra pessoa”. Wolpe, 1976
H is tó r ico

o Lazarus (1972)
▪ Critica Wolpe pela ênfase na expressão de sentimentos negativos.
▪ Posição mais cognitivista.
▪ Condicionamento mais operante do que clássico.
▪ “Expressividade emocional” em substituição a assertividade.
▪ Em muitas situações uma recusa poderia ser suavizada com respostas como:
compreendo suas necessidades, mas infelizmente não disponho de condições, ...
ao invés de usar o “NÃO” diretamente.
H is tó r ico

• Treinamento em Habilidades Sociais (THS): Inglaterra


o Argyle (1967)
▪ HS no trabalho: interação homem-máquina.
▪ Pesquisas nesta área crescem na década de 80
enquanto há um decréscimo no TA.

▪ TA = THS?
Habilidades Sociais

o Classes de comportamentos existentes no repertório da pessoa que garantem


a competência social.

o Pode acontecer do indivíduo possuir as habilidades sociais, mas por diversos


fatores não conseguir utilizá-las.

o A s habilidades sociais são aprendidas de forma sistemática nas


relações interpessoais.
D e s e m p e n h o Social

Qualquer comportamento ou sequência de comportamentos que


ocorre em uma situação e que pode ser caracterizado como
competente ou não.
Competência Social

Atributo avaliativo do desempenho social que envolve a


funcionalidade, imediata e a longo prazo da utilização
das habilidades sociais. A competência social é
situacional.
A s s e r ti v i d a d e

É uma das principais classes de desempenho socialmente competente


e pode ser definida como o exercício dos próprios direitos e a
expressão de qualquer sentimento, com controle da ansiedade e sem
ferir os direitos do outro.
Classes das Habilidades Sociais

1 – HS de comunicação:

Referem-se ao processo mediador do contato entre as pessoas. D á-se tanto


de forma verbal como não-verbal.

A lg umas das principais habilidades de comunicação são: fazer e responder


perg untas, pedir e dar feedback, g ratificar/elog iar, iniciar, manter e
encerrar conversação.
Classes das Habilidades Sociais

2 – HS de civilidade:

Podem se diferenciar nas diversas culturas existentes, porém alguns critérios de


cortesia se fazem necessários em qualquer que seja a cultura como: dizer por favor,
agradecer, apresentar-se, cumprimentar, despedir-se.
Classes das Habilidades Sociais

3 – HS assertivas, direito e cidadania:

Referem-se ao equilíbrio na defesa dos próprios direitos e a não violação do direito do


outro.

Entre as principais habilidades requeridas nesta classe estão: manifestar opinião, concordar,
discordar, fazer, aceitar e recusar pedidos, desculpar-se, admitir falhas, interagir com
autoridade, estabelecer relacionamento afetivo e/ou sexual, encerrar relacionamento,
expressar raiva/desagrado, pedir mudança de comportamento e lidar com críticas.
Classes das Habilidades Sociais

4 – HS empáticas:

Exercitadas como a capacidade de se solidarizar com as situações afetivas vividas


pelo outro, as habilidades sociais empáticas incluem em seu contexto a capacidade
de ouvir, de validar sentimentos, de partilhar, de expressar apoio bem como se
colocar na posição do outro.
Classes das Habilidades Sociais

5 – HS de trabalho:

Atendem às diferentes demandas interpessoais do ambiente do trabalho


objetivando o cumprimento de metas, a preservação do bem-estar da equipe e
o respeito aos direitos de cada um.

Incluem: coordenar grupo, falar em público, resolver problemas, tomar decisões e


mediar conflitos, habilidades sociais educativas.
Classes das Habilidades Sociais

6 – HS de expressão de sentimento positivo:

Fazer amizade, expressar a solidariedade, cultivar o amor.


R e fe r ê n c i a s

ALBERTI, R. e EMMONS, A. Comportamento Assertivo: um guia de auto-expressão.


Interlivros, 1978.
CABALLO, V. Manual de Técnicas de Modificação do Comportamento. Ed. Santos, 1996.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Habilidades Sociais: Terapia e
Educação. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Relações Interpessoais: vivências para
o trabalho em grupo. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
M A RTINS, V. Seja assertivo. Editora Campos, 2005.
PORTELLA, M. (org.). Estratégias de treinamento em habilidades sociais. CPAF-RJ,
2011. W O LPE, J. Prática da Terapia Comportamental. São Paulo: Editora Brasiliense,
1976.
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Body Shape Questionnaire (BSQ) – Questionário de Preocupação com a Forma do Corpo

Conceito avaliado: preocupação com a forma do corpo.

Referência da versão em original: COOPER, P. J.; TAYLOR, M. J.; COOPER, Z.; & FAIRBURN, C. G. The
development and validation of the Body Shape Questionnaire. Int J Eat Disord, v. 6(4), p. 485-494, 1987.

Referência da versão em português conciliada entre Brasil e Portugal: SILVA, W. R.; COSTA, D.; PIMENTA, F.;
MAROCO, J.; & CAMPOS, J. A. D. B. Psychometric evaluation of a unified Portuguese-language version of the Body Shape
Questionnaire in female university students. Cad Saúde Pública, v.32(7), p.1-13, 2016. E-mail:
wandersonroberto22@gmail.com
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-311X2016000704001&script=sci_abstract

Item Opções de resposta: 1=Nunca, 2=Raramente, 3=Às vezes, 4=Frequentemente, 5=Muito Frequentemente,
6=Sempre
1 Ter-se sentido entediado(a) fez com você se passasse a preocupar com a sua 1 2 3 4 5 6
forma física?
2 Tem estado tão preocupado(a) com a forma do seu corpo que começou a pensar 1 2 3 4 5 6
que deveria fazer dieta?
3 Já lhe ocorreu que as suas coxas, quadril/ancas ou nádegas são grandes demais 1 2 3 4 5 6
em relação ao resto do seu corpo?
4 Tem sentido medo de ficar gordo(a) ou mais gordo(a)? 1 2 3 4 5 6
5 Preocupou-se com o seu corpo não ser firme o suficiente? 1 2 3 4 5 6
6 Sentir-se cheio(a) (por exemplo, depois de ingerir uma refeição grande) fez com 1 2 3 4 5 6
que se sentisse gordo(a)?
7 Sentiu-se tão mal com a forma do seu corpo a ponto de chorar? 1 2 3 4 5 6
8 Evitou correr por achar que seu corpo poderia balançar? 1 2 3 4 5 6
9 Estar com pessoas magras, do mesmo sexo que o seu, faz com que se sinta 1 2 3 4 5 6
desconfortável com a forma do seu corpo?
10 Preocupou-se com que as suas coxas poderem ocupar muito espaço quando se senta? 1 2 3 4 5 6

11 Comer, mesmo que uma pequena quantidade de comida, fez com que se sentisse 1 2 3 4 5 6
gordo(a)?
12 Tem reparado na forma do corpo de outras pessoas do mesmo sexo que o seu e, ao 1 2 3 4 5 6
comparar-se, sentiu-se em desvantagem?
13 Pensar na forma do seu corpo interferiu na sua capacidade de se concentrar noutras 1 2 3 4 5 6
atividades (como por exemplo, ver televisão, ler ou acompanhar uma conversa)?

14 Estar nu(nua), por exemplo, durante o banho, fez com que se sentisse 1 2 3 4 5 6
gordo(a)?
15 Já evitou usar roupas que o(a) façam reparar mais na forma do seu corpo? 1 2 3 4 5 6
16 Já imaginou remover (cortar) partes carnudas do seu corpo? 1 2 3 4 5 6
17 Comer doces, bolos e outros alimentos ricos em calorias fez com que se sentisse 1 2 3 4 5 6
gordo(a)?
18 Deixou de ir a eventos sociais (como por exemplo, festas) por sentir-se mal com a 1 2 3 4 5 6
forma do seu corpo?
19 Sentiu-se excessivamente grande e arredondado(a)? 1 2 3 4 5 6
20 Sentiu vergonha do seu corpo? 1 2 3 4 5 6
21 A preocupação com a forma do seu corpo levou-o(a) a fazer dieta? 1 2 3 4 5 6
22 Sentiu-se mais contente em relação à forma do seu corpo quando seu 1 2 3 4 5 6
estômago estava vazio (por exemplo, pela manhã)?
23 Acredita que a forma do seu corpo se deve à sua falta de auto-controle(o)? 1 2 3 4 5 6
24 Preocupou-se com que outras pessoas vissem dobras na região da sua cintura 1 2 3 4 5 6
ou estômago?
25 Pensou que não é justo que outras pessoas do mesmo sexo que o seu sejam mais 1 2 3 4 5 6
magras que você?
26 Já vomitou para se sentir mais magro(a)? 1 2 3 4 5 6
27 Quando acompanhado(a), preocupou-se em ocupar um espaço excessivo (por 1 2 3 4 5 6
exemplo, sentado(a) num sofá ou no banco de um transporte público?
28 Preocupou-se com o seu corpo estar com “pneus”? 1 2 3 4 5 6
29 Ver o seu reflexo (por exemplo, num espelho ou na vitrine de uma loja) fez com 1 2 3 4 5 6
que se sentisse mal em relação ao seu corpo?
30 Beliscou áreas do seu corpo para ver a quantidade de gordura que existe? 1 2 3 4 5 6
31 Evitou situações nas quais as pessoas pudessem ver o seu corpo (por 1 2 3 4 5 6
exemplo, vestiários)?
32 Já tomou laxantes para se sentir mais magro(a)? 1 2 3 4 5 6
33 Sentiu-se particularmente desconfortável com a forma do seu corpo, quando na 1 2 3 4 5 6
companhia de outras pessoas?
34 A preocupação com a forma do seu corpo fez com que sentisse que deveria fazer 1 2 3 4 5 6
exercício físico?
Habilidades Sociais
Desenvolvimento e Dimensões
D e s e n v o l v i m e n t o d a s habilidades sociais

• Herdado X Adquirido

• A base genética predispõe, mas são as experiências que determinam o


repertório de habilidades sociais dos indivíduos.
D e s e n v o l v i m e n t o d a s habilidades sociais

• Início: infância
• Convívio familiar
D e s e n v o l v i m e n t o d a s habilidades sociais

• Vida escolar
D e s e n v o l v i m e n t o d a s habilidades sociais

• Adolescência
D e s e n v o l v i m e n t o d a s habilidades sociais

• Vida adulta
D e s e n v o l v i m e n t o d a s habilidades sociais

• Terceira Idade
Aprendizagem

• Condicionamento clássico
Aprendizagem

• Condicionamento operante: modelagem


Aprendizagem

• Aprendizagem vicária: modelação


D i m e n s õ e s d a s habilidades sociais

1 – Dimensão pessoal: é formada principalmente pelo repertório do indivíduo de seus


componentes comportamentais, cognitivos-afetivos e fisiológicos (além desse repertório
individual incluem-se aqui também as características sócio-demográficas como idade, sexo,
cultura, saúde, formação acadêmica, ...)

a) Comportamentais: engloba aspectos verbais ou não-verbais diretamente observáveis do


comportamento (nos componentes verbais de conteúdo incluem pedir e dar feedback, fazer
e responder perguntas, ... nos verbais de forma: duração, regulação, transt. da fala, dos
aspectos não-verbais podem incluir olhar, sorrisos, gestos, postura,...).
D i m e n s õ e s d a s habilidades sociais

a) Cognitivo-afetivo: trata-se das expectativas e crenças (planos, metas, valores pessoais,


autoconceito, estereótipos), conhecimentos prévios (sobre a cultura, ambiente, papéis
sociais) e estratégias e habilidades de processamento dos indivíduos (leitura do
ambiente, resolução de problemas, empatia).

a) Fisiológico: refere-se às reações físicas mensuráveis (sudorese, batimentos cardíacos,


contração e dilatação pupilar).
D i m e n s õ e s d a s habilidades sociais

2– Dimensão situacional: diferentes situações requerem comportamentos diferentes. A


dimensão situacional refere-se ao contexto ambiental. (uma situação de relacionamento
íntimo exige elementos comportamentais diferentes do que em outro tipo de situação)

3– Dimensão cultural: alguns desempenhos sociais podem ser generalizados para diferentes
culturas, enquanto outros podem ser mais localizados.
Aspectos importantes n a análise das
habilidades sociais e da competência social

1 – É situacional.

2 – Culturalmente determinadas.

3 – HS são aprendidas nas relações interpessoais.

4 – Fatores pessoais (pensamentos, sentimentos, valores, metas) podem facilitar ou dificultar o


exercício do repertório em uma dada situação social.

5 – Um desempenho social pode ser decomposto em unidades de comportamento molar e


molecular. Ex.: Molar (lidar com críticas); Molecular (prestar atenção, concordar, discordar).
R e f e rê n cia s

ALBERTI, R. e EMMONS, A. Comportamento Assertivo: um guia de auto-expressão.


Interlivros, 1978.
CABALLO, V. Manual de Técnicas de Modificação do Comportamento. Ed. Santos, 1996.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Habilidades Sociais: Terapia e
Educação. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Relações Interpessoais: vivências para
o trabalho em grupo. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
M A RTINS, V. Seja assertivo. Editora Campos, 2005.
PORTELLA, M. (org.). Estratégias de treinamento em habilidades sociais. CPAF-RJ,
2011. W O LPE, J. Prática da Terapia Comportamental. São Paulo: Editora Brasiliense,
1976.
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LISTA DOS DIREITOS HUMANOS BÁSICOS1

1– O direito de manter sua dignidade e respeito comportando-se de forma habilidosa ou assertiva –


inclusive se a outra pessoa sente-se ferida – enquanto não viole os direitos humanos básicos dos
outros.
2 – O direito de ser tratado com respeito e dignidade.
3– O direito de negar pedidos sem ter que sentir-se culpado ou egoísta.
4 – O direito de experimentar e expressar seus próprios sentimentos.
5 – O direito de parar e pensar antes de agir.
6 – O direito de mudar de opinião.
7– O direito de pedir o que quiser (entendendo que a outra pessoa tem o direito de dizer não).
8 – O direito de fazer menos do que é humanamente capaz de fazer.
9 – O direito de ser independente.
10– O direito de decidir o que fazer com seu próprio corpo, tempo e propriedade.
11 – O direito de pedir informação.
12 – O direito de cometer erros – e ser responsável por eles.
13 – O direito de sentir-se bem consigo mesmo.
14 – O direito de ter suas próprias necessidades e que essas sejam tão
importantes quanto as dos
demais. Além disso, temos o direito de pedir (não exigir) aos demais que correspondam às nossas
necessidades e decidir se satisfazemos as dos demais.
15 – O direito de ter opiniões e expressá-las.
16– O direito de decidir se satisfaz as expectativas de outras pessoas ou se comporta-se seguindo
seus interesses – sempre que não viole os direitos dos demais.
17 – O direito de falar sobre o problema com a pessoa envolvida e esclarecê-lo, em casos-limite em
que os direitos não estão totalmente claros.
18 – O direito de obter aquilo pelo que paga.
19 – O direito de escolher não comportar-se de maneira assertiva ou socialmente habilidosa.
20 – O direito de ter direitos e defendê-los.
21 – O direito de ser escutado e ser levado a sério.
22 – O direito de estar só quando assim o desejar.
23 – O direito de fazer qualquer coisa enquanto
não viole os direitos de outra pessoa.

1
CABALLO, V. Manual de Técnicas de Modificação do Comportamento, p. 371, 1996.
Habilidades Sociais C o m p on e nte s
N ã o Ve r b a i s
COMPONENTES N Ã O – VERBAIS

• Independentemente da fala o indivíduo consegue se comunicar através do rosto e do corpo.

• A comunicação não-verbal possui várias funções. São elas:

1 – Substituir: quando os sinais substituem as palavras. Por exemplo, quando um olhar de


reprovação inibe a ocorrência de algum comportamento considerado inadequado por quem
emite a mensagem.

2 – Repetir: quando repetimos com gestos a mensagem verbal. Por exemplo, em um hospital
quando a enfermeira solicita silêncio também com o dedo indicador sobre a boca.
COMPONENTES N Ã O – VERBAIS

3 – Enfatizar: quando enfatiza a fala principalmente para dar ênfase a emoção envolvida.

4 – Regular: a relação interpessoal também pode ser regulada pela mensagem não-
verbal, quando, por exemplo, um sinaliza a outro sua vez de se expressar na interação.

5 – Contradizer: é difícil que a contradição aconteça intencionalmente. Os sinais não-verbais


podem desvendar a mensagem verdadeira que foi encoberta na comunicação verbal.

• Para que uma mensagem possa ser transmitida de forma hábil socialmente é importante a
coerência entre os sinais verbais e não-verbais.
O LHA R

• Pode ser definido como: “fitar a outra pessoa no ou entre os olhos, ou, mais geralmente,
na metade superior do rosto”.

• Assim como o olhar facilita a interação, é sinal de envolvimento, a ausência demonstra


de modo geral um certo desinteresse em se relacionar com o outro.

• As atividades interpessoais são determinadas pela quantidade e tipo de olhar. Por


exemplo, o desvio de olhar pode indicar timidez, submissão, enquanto o olhar fixo pode
comunicar amizade.
O LHA R

• Os tipos de contato visual vão variar de acordo com quem falamos, do assunto e do local
onde a interação acontece. Isso vai explicar o ajuste da conduta quando estamos no
elevador em que o desvio do olhar vai tentar diminuir a proximidade excessiva imposta.

• Pesquisas demonstram que indivíduos com bom repertório de habilidades sociais se


olham mais durante a conversa comparados com indivíduos não hábeis socialmente.
Além disso, percebeu-se que as mulheres olham mais que os homens.
D I L A T A Ç Ã O PUPILAR

• Como sabemos, as pupilas dilatam ou contraem-se com variação da iluminação. Com uma luz
forte elas contraem-se e com pouca luminosidade dilatam-se.

• Além da iluminação os fatores emocionais também afetam o tamanho delas. Quando nos
deparamos com algo que nos interessa nossas pupilas se dilatam e se contraem quando
observamos algo que repelimos.

• Essas alterações ocorrem de forma involuntária, e por fugirem do nosso controle são
importantes sinais para identificarmos os verdadeiros sentimentos.
E X P R E S S Ã O FACIAL

• Todos sabem que o rosto é a área mais importante da comunicação não-verbal já que possui
uma grande quantidade de sinais que demonstram as várias emoções além de ser a parte que
mais se observa durante uma interação social.

• Papéis da expressão facial em uma interação social:


• Demonstrar o estado emocional mesmo com a tentativa de escondê-lo;
• Mostrar feedback em uma interação social;
• Indicar atitudes;
• Pode atuar comentando ou modificando a fala e a ação ao mesmo tempo.
E X P R E S S Ã O FACIAL

• Existem seis expressões das emoções conhecidas universalmente e que


são inatas, e três partes do rosto a elas relacionadas. As emoções são:
alegria, surpresa, tristeza, medo, raiva e repulsa e as áreas do rosto são:
testa/sobrancelhas, olhos/pálpebras e a parte inferior do rosto.
E X P R E S S Ã O FACIAL

Emoção
Alegria
Tristeza
Medo
Surpresa
Raiva
Repulsa
E X P R E S S Ã O FACIAL

• Apesar de determinadas biologicamente existem diferenças culturais no que se refere


ao quanto se demonstra e o que provoca uma determinada emoção.

• Para identificarmos nos outros suas emoções é necessário ficarmos atentos as suas
expressões faciais que normalmente são de curta duração.

• Em função de um possível controle da expressão facial nas diferentes culturas ela tem
como melhor função o feedback em uma interação social ao invés de determinar de
fato as verdadeiras emoções.
E X P R E S S Ã O FACIAL

Todos nós temos condições necessárias para identificarmos e decifrarmos os sinais das
emoções nas expressões faciais, porém não utilizamos porque desde a infância somos
ensinados a não fazê-lo já que essa leitura é bastante reveladora. Além disso, também
somos ensinados a controlar nossas expressões, em especial as negativas.

Como o rosto é a parte mais visível e observada em uma interação social ele é também o
mais controlado em comparação com outras fontes de comunicação não-verbais.
SORRISOS

• O sorriso é uma emoção muito utilizada em especial para camuflar uma outra emoção e por ser
uma forma de cumprimento convencionada socialmente.

• Alguns tipos de sorrisos:


• Sorriso autêntico: expressão de emoções positivas.
• Sorriso triste: expressão de emoções negativas.
• Sorriso de acatamento: demonstra aceitação de um acontecimento
desag radável sem protestos.
• Sorriso de coordenador: tem a função de regular a interação entre duas ou mais pessoas.
• Sorriso falso: tem a intenção de convencer que sente uma emoção positiva que não é
verdadeira.
POSTURA C O R P O R A L

• As posturas corporais têm como função comunicar atitudes, emoções e para acompanhar
a fala.

• Categorias da postura corporal:

• Aproximação: postura atenta demonstrada por uma inclinação do corpo para frente.

• Retirada: postura negativa, inclinação do corpo para trás ou virando-se para o outro
lado.

• Expansão: postura de orgulho, desprezo, arrogância, demonstrada pela expansão do


peito, cabeça e ombros elevados.

• Contração: postura depressiva, tronco, cabeça e ombros inclinados para frente e


peito afundado.
APARÊNCIA PESSOAL

• Refere-se ao aspecto exterior de uma pessoa.

• Deixando de lado a cirurgia plástica, podemos mudar à vontade quase todos os elementos
exteriores de uma pessoa: tingir o cabelo, maquiagem, aumentar a estatura usando saltos,
etc. As roupas e adornos representam também um papel importante na impressão que os
demais formam do indivíduo.

• A principal finalidade da manipulação de aparência é a auto-apresentação. A aparência é


preparada com mais ou menos cuidado e tem um poderoso efeito sobre as percepções e
reações dos outros.
G ES TO S

• Gesto pode ser definido como: “qualquer ação que envia um estímulo visual a um
observador”. E, para ser considerado gesto é necessário que seja visto pelo outro e que gere
alguma comunicação.

• Os gestos são culturais e tem assim significado aceito de acordo com cada cultura. Eles
podem confirmar ou contradizer a comunicação verbal.

• Depois do rosto, as mãos são a parte do corpo mais visível e expressiva em uma interação
social, apesar não ser tão observada quanto o rosto.
G E S TO S

• Funções das mãos:


• Ilustrar: demonstrar, ilustrar as ideias relatadas na comunicação verbal.
• Substituir: substituem a fala em especial para surdos e mudos.
• Manifestar: os gestos podem manifestar as emoções apesar da maioria das vezes não ser intencional.
• Auto-estimular: coçar, esfregar, etc. Esses movimentos são ocultados e/ou diminuídos durante as
interações sociais.

• Muitas pessoas podem controlar e/ou manipular seus gestos inclusive ocultando suas verdadeiras emoções
diante de uma determinada situação.

• Os g estos apropriados podem acentuar a mensag em além de sug erir franqueza, seg urança
e espontaneidade.
DISTÂNCIA/PROXIMIDADE

O espaço imaginário que a pessoa cria ao seu redor e que pode definir sua proximidade e
distanciamento do outro.

Algumas expressões comuns em nossa cultura são signos indicativos de comportamentos e


atitudes que temos nas relações sociais:
“Cada macaco no seu galho” – significa que devemos reconhecer nosso lugar;
“No meu terreiro quem canta de galo sou eu” – indica uma dominância territorial, ou seja,
a não permissão alheia em questões pessoais;
“Meu pedaço”,“Vamos invadir a praia”, “Bebê a bordo” – são outras formas comunicativas
com diferentes significados com relação ao uso do espaço.
DISTÂNCIA/PROXIMIDADE

•A tolerância à proximidade depende de vários fatores, como a densidade grupal, o


contexto e os papéis sociais vivenciados. De qualquer maneira, quando experenciando
muita proximidade com estranhos (p ex, ônibus, metrôs, elevadores), as pessoas adotam
estratégias para aumentar a distância até um ponto menos desconfortável: mantêm-se
imóveis ou com pouca mobilidade, evitam contatos sociais e, se tocadas, tensionam os
músculos.
Referências

ALBERTI, R. e EMMONS, A. Comportamento Assertivo: um guia de auto-expressão.


Interlivros, 1978.
CABALLO, V. Manual de Técnicas de Modificação do Comportamento. Ed. Santos, 1996.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Habilidades Sociais: Terapia e
Educação. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Relações Interpessoais: vivências para
o trabalho em grupo. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
M A RTINS, V. Seja assertivo. Editora Campos, 2005.
PORTELLA, M. (org.). Estratégias de treinamento em habilidades sociais. CPAF-RJ,
2011. W O LPE, J. Prática da Terapia Comportamental. São Paulo: Editora Brasiliense,
1976.
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Habilidades Sociais C o m p on e nte s
P a r a l i n g u í s ti c o s e V e r b a i s
COMPONENTES PARALINGUÍSTICOS

• A comunicação humana por meio da fala depende do emprego especializado do canal


audiovisual. Porém, esse canal transporta mensagens na área paralinguística ou vocal
(“como” se fala em oposição a “o que” se fala). Alguns sinais vocais são capazes de
comunicar mensagens por si mesmas: chorar, rir, assobiar, bocejar, suspirar, etc.

• Outras vocalizações encontram-se muito relacionadas com o conteúdo verbal, incluindo o


volume, o tom, o timbre, a clareza, a velocidade, a ênfase, ...
COMPONENTES PARALINGUÍSTICOS

• Os sinais vocais podem afetar drasticamente o significado do que se diz e de como se recebe
a mensagem. A mesma frase dita em vários tons de voz ou com determinadas palavras
enfatizadas podem transmitir mensagens muito diferentes. Ex.: “Querida”.

• Os elementos paralinguísticos raramente são empregados isolados. O significado transmitido


é, normalmente o resultado de uma combinação de sinais vocais e conduta verbal, e é
avaliado dentro de um contexto ou uma situação determinada.
V O LUM E

• A função mais básica do volume consiste em fazer com que uma mensagem chega até um ouvinte, e
o déficit óbvio, e comum, é um nível de volume muito baixo para servir a essa função, fazendo por
exemplo, com que a fala seja ignorada ou que o ouvinte se irrite.

• Um volume baixo de voz pode indicar submissão, introversão ou tristeza, enquanto um alto volume
pode indicar segurança, domínio, extroversão e/ou persuasão. O falar demasiado alto (que sugere
agressividade, ira) pode ter também, consequências negativas, as pessoas poderiam ir embora ou evitar
futuros encontros. Um volume moderado pode indicar agrado, atividade, alegria.

• As mudanças no volume de voz podem ser empregadas em uma conversação para enfatizar pontos.
Uma voz que varia pouco em volume não será muito interessante de escutar.
TO M / EN TO N A Ç Ã O

• A entonação serve para comunicar sentimentos e emoções.

• Podemos transmitir várias mensagens com uma única frase, simplesmente


mudando o tom, a entonação.

• Pouca entonação, com volume baixo, indica enfado ou tristeza. Um padrão


que não varia pode ser aborrecido ou monótono. Percebemos as pessoas
como mais dinâmicas e extrovertidas quando mudam o tom e a entonação
de suas vozes durante uma conversação.
FLUÊN CIA

As vacilações, falsos começos e repetições são bastante normais nas conversações


diárias. Porém, as perturbações excessivas da fala podem causar uma impressão de
insegurança, incompetência, pouco interesse ou ansiedade.

Podem ser considerados três tipos de perturbações da fala:

1 – Presença de muitos períodos de silêncio, que poderiam ser interpretados de


diferentes formas, dependendo em parte, da relação existente entre as pessoas que
interagem. Com estranhos ou conhecidos casuais, muitos períodos de silêncio
poderiam ser interpretados negativamente, especialmente como ansiedade, tédio,
ou, inclusive, como um sinal de desprezo.
FLUÊN CIA

2– Emprego excessivo de “palavras de recheio” durante as pausas, por exemplo, “você


sabe”, “bem”, ou sons como “hum” ou “ãh”. As expressões com demasiadas pausas
recheadas (“ahs” e “ehs”) provocam percepções de ansiedade ou tédio.

3 – Repetições, gaguejos, erros de pronúncia, omissões e palavras sem sentido.


VELOCIDADE

• Falar muito lentamente pode impacientar e aborrecer quem escuta. Por


outro lado, falar rapidamente gera dificuldades para entender.
CLAREZA

• Algumas pessoas balbuciam as palavras, arrastam-nas, pronunciam


mal ou têm um sotaque excessivo. Esses padrões de fala podem ser
desagradáveis para um ouvinte.
T E M P O D E FALA

• A duração da fala refere-se ao tempo que o indivíduo se


mantém falando.

• O tempo de conversação do sujeito pode ser deficiente por ambos


os extremos, ou seja, tanto por mal se falar como por falar em demasia.

• O mais adequado é um intercâmbio recíproco de informação.


COMPONENTES VERBAIS

A fala é empregada para uma variedade de propósitos, por exemplo: comunicar


ideias, descrever sentimentos, raciocinar e argumentar. As palavras empregadas
dependerão da situação em que se encontre uma pessoa, seu papel nessa
situação e o que está tentando conseguir.
COMPONENTES VERBAIS

As situações variam desde as informais íntimas, como podem ser os amigos


falando sobre futebol em casa, até as mais formais, como a discussão entre um
chefe e um empregado no trabalho. A categoria e a quantidade de fala
aceitáveis nessas situações variarão; uma discussão com o chefe no trabalho
provavelmente será mais restritiva que falar sobre futebol em casa.
COMPONENTES VERBAIS

O tema ou conteúdo da fala também varia. Pode ser altamente pessoal, como acontece
entre mãe e filho, ou impessoal, como acontece entre vendedor e comprador. Pode ser
concreto, como quando se descreve determinada roupa, ou abstrato, como quando se
discute sobre o significado da felicidade. Pode tratar de assuntos internos de quem fala,
seus pensamentos, sentimentos, atitudes ou sobre assuntos externos, como a
organização do escritório.
Referências

ALBERTI, R. e EMMONS, A. Comportamento Assertivo: um guia de auto-expressão.


Interlivros, 1978.
CABALLO, V. Manual de Técnicas de Modificação do Comportamento. Ed. Santos, 1996.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Habilidades Sociais: Terapia e
Educação. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Relações Interpessoais: vivências para
o trabalho em grupo. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
M A RTINS, V. Seja assertivo. Editora Campos, 2005.
PORTELLA, M. (org.). Estratégias de treinamento em habilidades sociais. CPAF-RJ,
2011. W O LPE, J. Prática da Terapia Comportamental. São Paulo: Editora Brasiliense,
1976.
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Habilidades Sociais M o d e l o s
E x p l i c a ti v o s
1 - M O DE LO DE ASSERTIVIDADE

• A poia-se em duas vertentes explicativas para os déficits ou dificuldades


de desempenho social.

1.1 – Condicionamento Respondente ou Clássico

• Focaliza a aprendizagem da ansiedade através da associação do desempenho


social a estímulos aversivos que inibe a emissão de respostas assertivas.

• Intervenção terapêutica sobre componentes emocionais.


CONDICIONAMENTO CLÁSSICO

EIC RIC
Comida salivação

Estímulo Neutro – campainha

EN (campainha) + EIC (comida) RIC


(salivação)

EC (campainha) RC (salivação)
CONDICIONAMENTO CLÁSSICO

EIC RIC
Estímulo aversivo ansiedade

Estímulo Neutro – desempenho social

EN (desempenho social) + EIC(estímulo aversivo) RIC (ansiedade)

EC (desempenho social) RC (ansiedade)


1.2 C O N D I C I O N A M E N T O O P E R A N T E

• Considera que as dificuldades de desempenho social são consequência do


controle inadequado dos reforçadores, ou seja, entende que as pessoas se
comportam de forma não assertiva por não estarem sendo adequadamente
reforçadas, ou por estarem sendo punidas em seus desempenhos assertivos ou
ainda por estarem sendo recompensadas ao emitirem comportamentos não
assertivos.
CAIXA DE SKINNER
2– M O D E L O D E PERCEPÇÃO S OC I A L

• Privilegia a análise do processamento cognitivo inicial, ou seja, a


capacidade do indivíduo para “ler” o contexto social em que se
encontra, discriminando qual e como deve ser o próprio
comportamento, e se este deve ocorrer ou não.
2 – M O D E L O D E PERCEPÇÃO SOCIAL

• Essa leitura, chamada de percepção social, representa:


• a identificação do papel do interlocutor,
• das normas culturais,
• Dos sinais verbais e não-verbais presentes na comunicação.

• Essa identificação permite a seleção de comportamentos apropriados ao contexto


e a tomada de decisão de emiti-los ou não.

• A falha na leitura e na decodificação das mensagens verbais e não-verbais pode


trazer dificuldades interpessoais.
3– M O D E LO DE APRENDIZAGEM SOCIAL

• Grande parte das habilidades sociais é aprendida através


de
experiências vicariantes, ou seja, através da
do
observação desempenho de outros.
4 – M O D E L O COGNITIVO

• Desempenho social é mediado por habilidades sóciocognitivas


aprendidas na interação da criança com seu ambiente social.

• As habilidades sóciocognitivas mais estudadas são:


• Resolução de problemas interpessoais,
• Atribuição de Causalidade aos fatos ou de intencionalidade às
pessoas,
• Empatia.
4 – M O D E L O COGNITIVO

• Além da disponibilidade, no repertório comportamental, de estratégias


de ações interpessoais adequadas, o indivíduo deve ser capaz de
selecioná-las e avaliá-las com base nos valores culturais associados a essas
demandas.

• As falhas ou déficits nessas habilidades podem resultar em desempenho


social equivocado, com possível consequência negativa.
5– M O D E L O D A T E O R I A D O S PA P É I S

• O comportamento social depende em grande parte, da compreensão do


próprio papel e do papel do outro na relação social.
R E S P O S TA S O C I A L M E N T E H Á B I L

• Uma resposta socialmente hábil seria o resultado final de uma cadeia de


condutas:
• que começaria com uma recepção correta dos estímulos,
• continuaria com o processamento flexível desses estímulos,
• para gerar e avaliar as possíveis opções de resposta,
• das quais se selecionaria a melhor,
• e terminaria com a emissão apropriada ou expressão manifesta da opção escolhida.
R e fe r ê n c i a s

ALBERTI, R. e EMMONS, A. Comportamento Assertivo: um guia de auto-expressão.


Interlivros, 1978.
CABALLO, V. Manual de Técnicas de Modificação do Comportamento. Ed. Santos, 1996.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Habilidades Sociais: Terapia e
Educação. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Relações Interpessoais: vivências para
o trabalho em grupo. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
M A RTINS, V. Seja assertivo. Editora Campos, 2005.
PORTELLA, M. (org.). Estratégias de treinamento em habilidades sociais. CPAF-RJ,
2011. W O LPE, J. Prática da Terapia Comportamental. São Paulo: Editora Brasiliense,
1976.
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Habilidades Sociais Contextos e
Demandas
INTRODUÇÃO

Os diferentes contextos dos quais participamos contribuem para a


aprendizagem de desempenhos sociais que dependem de um
repertório de habilidades sociais.
D EM A N D A

• A demanda pode ser compreendida como ocasião ou oportunidade diante da


qual se espera um determinado desempenho social em relação a uma ou mais
pessoas. Ex.: cumprimentar.

• As demandas são produtos da vida em sociedade regulada pela cultura.


Quando algumas pessoas não conseguem adequar-se a elas são consideradas
desadaptadas provocando reações de vários tipos. O exemplo mais extremo é o
do fóbico social.
D EM A N D A

• Ao nos depararmos com as diferentes demandas sociais, precisamos:

1 – Identificá-la;

2 – Decidirmos reagir ou não, avaliando nossa competência para isso.


LEITURA D O A M B I E N T E

• A identificação das demandas para um desempenho depende da leitura do ambiente


social que envolve:

1 – Atenção aos sinais sociais do ambiente (observação e

escuta). 2 – Controle da emoção nas situações de maior

complexidade.

3 – Controle da impulsividade para responder de imediato.

4– A nálise da relação entre os desempenhos (próprios e dos outros) e


as consequências que elas acarretam.
LEITURA D O A M B I E N T E

Exemplo:

Aqui é esperado que eu ... (leitura do ambiente)

Não posso concordar com isso, eu preciso dizer que ... (análise da
própria necessidade de reagir a uma demanda).

A cho melhor não dizer nada ag ora .... (decisão quanto a não
apresentar um desempenho em determinado momento).
C O N TE X TO S

1 – Familiar

• A vida familiar se estrutura sobre vários tipos de relações: marido-mulher, pais-filhos,


entre irmãos e parentes e com uma ampla diversidade de demandas interpessoais.

• O desempenho das habilidades sociais para lidar com essas demandas pode ser uma
fonte de satisfação ou de conflitos no ambiente familiar.
RELAÇÕES CONJUGAIS

• Embora as pessoas, na maioria dos casos, já possuam um razoável conhecimento


de seu parceiro antes de optarem por uma vida em comum, com o passar do
tempo, pode ocorrer a deteriorização de alguns comportamentos mutuamente
prazerosos (reforçadores) e o aparecimento ou maximização de outros de caráter
aversivo.
RELAÇÕES CONJUGAIS

• Em um relacionamento novo, cada pessoa procura exibir ao outro o melhor


de si, mas, ao longo do tempo, o cotidiano doméstico pode alterar
drasticamente esse repertório. Além disso, a maioria das pessoas, ao se
casarem, possuem algumas idéias românticas sobre o amor, que além de não
se concretizarem, dificultam a identificação e o enfrentamento das
dificuldades conjugais.
RELAÇÕES CONJUGAIS

• A qualidade do relacionamento depende de quanto os cônjuges investem na sua


continuidade. O auto-aperfeiçoamento de ambos em habilidades sociais conjugais garante
em parte, esse relacionamento.

• Quando apenas um dos parceiros alcança um desenvolvimento socioafetivo rápido,


diferenciando-se do outro, ele pode reavaliar os próprios ganhos na relação como
insatisfatórios e dispor-se a busca de relacionamentos alternativos, provocando ruptura.

• Uma ruptura ocorre, portanto, quando há uma ausência de compromisso com a própria
relação e/ou desenvolvimento do outro.
RELAÇÕES CONJUGAIS

• Algumas habilidades essenciais para a qualidade do relacionamento conjugal:

• Acalmar-se e identificar estados de descontrole emocional em si e no outro;


• Ouvir de forma não defensiva e com atenção;
• Validar o sentimento do outro (empatia);

• Reorganizar o esquema de interação do casal de modo a romper o ciclo queixa-crítica-

defensividade-desdém;
• Persuadir o cônjuge a não tomar nenhuma decisão sem autocontrole;
• Dar feedback positivo;
• Pedir feedback;
• Dar atenção.
RELAÇÕES CONJUGAIS

• São muitos os problemas resolvidos diariamente por apenas um dos


membros em assuntos que afetam a ambos. Esses problemas, ou são
corriqueiros, ou possuem tal urgência que demandam ações imediatas. O
partilhar decisões pelo casal produz, no entanto, um equilíbrio nas relações
de poder, ambos são igualmente responsáveis pelo êxito ou fracasso de
todo o empreendimento.
RELAÇÕES CONJUGAIS

• O conteúdo ( o que se diz), a forma (como se diz) e a ocasião (quando se


diz) são componentes importantes e precisam ser bem dosados e ajustados às
preferências das pessoas envolvidas.
R E L A Ç Õ E S PA I S - F I L H O S

• As relações pais-filhos possuem um caráter afetivo, educativo e de cuidado


que cria muitas e variadas demandas de habilidades sociais.

• Estratégias básicas pelas quais os pais educam os filhos:


• Por meio das consequências (recompensas e punições);
• Pelo estabelecimento de normas, explicações e estímulos;
• Por modelação.
R E L A Ç Õ E S PA I S - F I L H O S

• A maioria dos pais oferece reforço positivo quando está ensinando os filhos a
andar, falar ou ler, mas costuma negligenciar a apresentação de consequências
positivas quando se trata de comportamentos que consideram “obrigação” como
estudar, organizar-se, demonstrar gentileza, apresentar iniciativa na solução de
pequenos problemas, etc.
R E L A Ç Õ E S PA I S - F I L H O S

• A habilidade dos pais de expressar adequadamente raiva e desagrado fornece modelo


de autocontrole .

• Em muitos momentos da relação pais-filhos, ocorrem críticas de ambos os lados. A


maioria de nós tem facilidade em fazer críticas que apenas humilham as pessoas, mas
dificuldade em apresentar as construtivas.

• Além disso, a habilidade de desculpar-se pode ser importante para diminuir


ressentimentos e induzir atitudes construtivas em relação às dificuldades vividas.
2 – CONTEXTO E S C O L A R

• A Educação é uma prática eminentemente social que amplia a inserção do


indivíduo no mundo dos processo e dos produtos culturais.

• A escola é um espaço privileg iado, onde se dá um conjunto de


interações sociais que se pretendem educativas.
CONTEXTO E S C O L A R

• Os estudantes excessivamente tímidos ou muito agressivos enfrentam maiores


dificuldades na escola, pois em geral apresentam déficits nas chamadas
habilidades de sobrevivência em classe: prestar atenção, oferecer e pedir ajuda,
agradecer, controlar a própria raiva, defender-se, pedir mudanças de
comportamento, no caso de chacotas e provocações, etc.

• Além das consequências sobre a aprendizagem, tais dificuldades podem se


reverter em problemas de autoestima no desenvolvimento socioemocional.
CONTEXTO E S C O L A R

• Algumas habilidades importantes ao contexto escolar:

• Liderança;
• Discordar;
• Pedir mudança de comportamento;
• Expressar sentimentos negativos;
• Lidar com críticas;
• Questionar;
• Negociar decisões;
• Resolver problemas, etc.
3 – CONTEXTO D E T R A B A L H O

• Qualquer atuação profissional envolve interações com outras pessoas onde são
requeridas muitas e variadas habilidades sociais, componentes da competência
técnica e interpessoal necessária para o envolvimento em várias etapas de um
processo produtivo.

• A competência técnica faz parte dos objetivos educacionais dos cursos. No


entanto, a competência interpessoal raramente é relacionada como objetivo de
formação profissional ocorrendo, de forma assistemática, como um subproduto
desejável do processo educativo.
CONTEXTO D E T R A B A L H O

• Pode-se dizer que praticamente nenhum trabalho ocorre no isolamento social


total.

• Os novos paradigmas organizacionais que orientam a reestruturação produtiva


têm priorizado processo de trabalho que remetem diretamente à natureza e
qualidade das relações interpessoais.
CONTEXTO D E T R A B A L H O

• Algumas habilidades importantes ao contexto de trabalho:

• Coordenação de grupo;
• Liderança de equipes;
• Manejo de estresse e de conflitos interpessoais e
intergrupais;
• Organização de tarefas;
• Resolução de problemas;
• Tomada de decisões;
• Promoção da criatividade do grupo;
• Falar em público;
• Argumentar e convencer na exposição de idéias;
• Ouvir;
• Dar e receber feedback;
• Fazer e responder perguntas, etc.
R e fe r ê n c i a s

ALBERTI, R. e EMMONS, A. Comportamento Assertivo: um guia de auto-expressão.


Interlivros, 1978.
CABALLO, V. Manual de Técnicas de Modificação do Comportamento. Ed. Santos, 1996.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Habilidades Sociais: Terapia e
Educação. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Relações Interpessoais: vivências para
o trabalho em grupo. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
M A RTINS, V. Seja assertivo. Editora Campos, 2005.
PORTELLA, M. (org.). Estratégias de treinamento em habilidades sociais. CPAF-RJ,
2011. W O LPE, J. Prática da Terapia Comportamental. São Paulo: Editora Brasiliense,
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Avaliação das Habilidades

Soci ais e d a A s s e r t i v i d a d e
IHS – 2 Del Prette

Público-alvo: 18 a 59 anos, com formação mínima de ensino fundamental I.

Forma de aplicação: Individual ou coletiva.

Descrição: É um instrumento de fácil aplicação com o objetivo de caracterizar o desempenho


social em diferentes situações (trabalho, escola, família, cotidiano) possibilitando diagnóstico
para uso na clínica, na educação, na seleção de pessoal e no treinamento profissional.

Apuração pode ser manual ou online. Na versão informatizada basta transportar os dados do
respondente para a ficha disponibilizada no site e clicar em apurar resultado. Além dos
resultados, os sistema online fornece um laudo com interpretação dos resultados.
IHS – 2 Del Prette – Correção online
IHS – 2 Del Prette – Correção online
IHS – 2 Del Prette – Correção online
IHS – 2 Del Prette – Correção online
IHS – 2 Del Prette – Correção online
IHS – 2 Del Prette – Correção online
IHS – 2 Del Prette – Correção online
IHS – 2 Del Prette – Correção online
IHS – 2 Del Prette – Correção online
Referências

ALBERTI, R. e EMMONS, A. Comportamento Assertivo: um guia de auto-expressão.


Interlivros, 1978.
CABALLO, V. Manual de Técnicas de Modificação do Comportamento. Ed. Santos, 1996.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Habilidades Sociais: Terapia e
Educação.
Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Relações Interpessoais: vivências para
o
trabalho em grupo. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
MARTINS, V. Seja assertivo. Editora Campos, 2005.
PORTELLA, M. (org.). Estratégias de treinamento em habilidades sociais. CPAF-RJ, 2011.
WOLPE, J. Prática da Terapia Comportamental. São Paulo: Editora Brasiliense, 1976.
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Escala De Assertividade De Rathus

Utilizando o código abaixo, indique que descrição corresponde melhor a cada


uma de suas características:
+3 => Muito característico de mim, extremamente parecido comigo.
+2 => Um pouco característico de mim, bastante parecido comigo.
+1 => Mais ou menos característico de mim, um pouco parecido comigo.
-1 => Um pouco não característico de mim, um pouco diferente de mim.
-2 => Bastante não característico, bastante diferente de mim.

-3 => Muito não característico, extremamente diferente de mim.

1. A maioria das pessoas parece ser mais agressiva e assertiva do que eu.*

2. Tenho hesitado em marcar um encontro por timidez.*


3. Quando a comida servida num restaurante não está do meu agrado, reclamo ao
garçom.
4. Sou cuidadoso a fim de evitar magoar os sentimentos das pessoas, ainda que
me sinta magoado.*
5. Se um vendedor teve um considerável trabalho em me mostrar uma
mercadoria que não vou levar, tenho dificuldades em dizer não.* 6. Quando
me mandam fazer algo, insisto em saber o porquê.
7. Há ocasiões que gosto de provocar uma discussão.
8. Esforço-me para ir para frente, tanto quanto a maioria das pessoas em minha
posição.
9. Para ser honesto, as pessoas, muitas vezes, tiram vantagem de mim.*

10. Gosto de iniciar conversas com novos conhecidos e estranhos.


11. Muitas vezes, não sei o que dizer para as pessoas atraentes do sexo oposto.*
12. Hesito em telefonar para estabelecimentos comerciais.*
13. Preferiria me candidatar a um trabalho ou admissão a um colégio por carta a
ter uma entrevista pessoal.*
14. Acho difícil (embaraçoso) devolver uma mercadoria.*
15. Se um parente próximo e por quem tenha muito respeito estiver me
aborrecendo, prefiro sufocar meus sentimentos a expressá-los.*
16. Muitas vezes, por medo de parecer bobo, evito fazer perguntas.*
17. Durante algumas discussões fico tão nervoso que chego a tremer.*
18. Se um famoso e respeitado conferencista faz uma afirmação que eu penso não
ser correta, faço alguma coisa e dou um jeito para que os outros fiquem
sabendo.
19. Evito discutir sobre preços com caixeiros e vendedores.*
20. Quando faço alguma coisa importante ou que valha a pena, dou um jeito para
que os outros fiquem sabendo.
21. Sou aberto e sincero sobre meus sentimentos.

22. Se alguém tem espalhado notícias ruins sobre mim, eu o procuro logo que
possível para esclarecer o caso.
23. Muitas vezes, tenho dificuldades em dizer não.*

24. Prefiro controlar minhas emoções a fazer uma cena.*


25. Reclamo de um serviço de má qualidade em um restaurante e em qualquer
outra parte.
26. Muitas vezes, quando me fazem um elogio, não sei o que dizer.*
27. Se um casal perto de mim, no cinema ou numa conferência, começa a
conversar alto, peço para irem conversar em outro lugar.
28. Se alguém fura a fila na minha frente, reclamo firmemente.
29. Sou “rápido” para expressar uma opinião.
30. Há ocasiões que não consigo dizer qualquer coisa.*

Score total obtido pela soma dos números das respostas para cada item depois de
trocar o sinal do item oposto.
* item oposto (todos os itens com asterisco devem ter o sinal invertido, por exemplo +3 vai
virar -3)
ESCALA RATHUS DE ASSERTIVIDADE

Resultado:

(+) 0-30 – pouco assertiva


(+) 31-60 – bastante assertiva
(+) 61-90 – extremamente
assertiva

(-) 0-30 – pouco inassertiva


(-) 31-60 – bastante
inassertiva
(-) 61-90 – extremamente
inassertiva
Inventário Assertivo
Alberti & Emmons
As questões seguintes serão úteis para verificar sei grau de assertividade. Seja sincero em suas respostas,
no sentido de responder como você se comporta deveras e não como pensa que seria o melhor ou mais
adequado comportamento. Tudo que você tem a fazer é marcar, na coluna à direita, o número que melhor
descreve a frequência do seu comportamento, em cada situação. Para algumas questões, o mínimo de
asserção está no 0 e o máximo está no 4; o valor intermediário é 2, mas pode ser um pouco menos (1) ou
um pouco mais (3). Veja mais explicitamente a escala abaixo:

Escala: Pontuação | Freq | % |


0 = não ou nunca Assertividade | | |
1 = um pouco ou às vezes Inassertividade | | |
2 = média Agressividade | | |
3 = muitas vezes
4 = quase sempre ou inteiramente

1 - Quando uma pessoa se mostra bastante injusta, você lhe diz isso? 0 1 2 3 4

2 – Você acha difícil tomar decisões? 0 1 2 3 4

3 – Você critica publicamente as opiniões, comportamento e idéias dos outros? 0 1 2 3 4

4 – Você protesta em voz alta quando tomam seu lugar na fila? 0 1 2 3 4

5 – Você geralmente evita as pessoas ou situações por medo? 0 1 2 3 4

6 – Você geralmente confia no seu próprio julgamento? 0 1 2 3 4

7 – Você insiste que seu(sua) esposo(a) ou colega de quarto faça sua parte
no serviço da casa? 0 1 2 3 4

8 – Você é propenso a perder o controle? 0 1 2 3 4

9 – Quando o vendedor insiste, você acha difícil dizer “não”, mesmo se a


mercadoria não lhe interessa ? 0 1 2 3 4

10 – Quando uma pessoa chega, depois de você e é atendida primeiro, você


denuncia a situação? 0 1 2 3 4

11 – Você reluta em falar numa discussão ou debate? 0 1 2 3 4

12 – Se uma pessoa tomou dinheiro emprestado (ou livro, roupa, coisa de valor)
e demora a devolver, você lhe lembra disso? 0 1 2 3 4

13 – Você insiste em um argumento depois que a outra pessoa já se cansou da


discussão? 0 1 2 3 4

14 – Você geralmente expressa seus sentimentos? 0 1 2 3 4

15 – Você se perturba se alguém fica olhando você trabalhar? 0 1 2 3 4


16 – Se alguém fica chutando ou empurrando sua cadeira no cinema ou em uma
conferência você pede à pessoa para parar? 0 1 2 3 4

17 – Você acha difícil olhar nos olhos da pessoa com quem está falando? 0 1 2 3 4

18 – Em um bom restaurante, quando a comida não está bem feita ou bem servida,
você pede ao garçom para corrigir a situação? 0 1 2 3 4

19 – Quando você descobre que a mercadoria está defeituosa, você a devolve ou


pede que seja substituída? 0 1 2 3 4

20 – Você demonstra sua raiva dizendo obscenidade ou xingando? 0 1 2 3 4

21 – Você tenta passar despercebido, como uma parte da decoração ou da mobília,


em situações sociais? 0 1 2 3 4

22 – Você insiste que seu senhorio (mecânico, etc.) faça consertos, ajustes ou
substituições que são da responsabilidade dele? 0 1 2 3 4

23– Você geralmente toma a frente e decide pelos outros? 0 1 2 3 4

24 – Você é capaz de expressar abertamente amor e afeição? 0 1 2 3 4

25 – Você consegue pedir aos amigos ajuda ou pequenos favores? 0 1 2 3 4

26 – Você acha que sempre tem a resposta certa? 0 1 2 3 4

27 – Quando você diverge de alguém que você respeita, tem coragem de


defender seu ponto de vista ? 0 1 2 3 4

28 – Você é capaz de recusar pedidos não razoáveis feitos por amigos? 0 1 2 3 4

29 – Você tem dificuldade de elogiar alguém? 0 1 2 3 4

30 – Se você fica incomodado quando fumam perto de você, você tem


coragem de dizer isso ? 0 1 2 3 4

31 – Você grita ou usa técnicas absurdas para obrigar os outros a fazer


o que você quer ? 0 1 2 3 4

32 – Você termina as frases dos outros por eles? 0 1 2 3 4

33 – Você se envolve em lutas físicas com outros, especialmente


com estranhos? 0 1 2 3 4

34 – Nas refeições familiares, você controla a conversa? 0 1 2 3 4

35 – Quando você é apresentado a alguém, você é o primeiro a entabular


conversa? 0 1 2 3 4
Inventário Assertivo – Avaliação das Respostas
É importante levantar junto com o cliente a compreensão dele em relação a cada questão, podendo mudar o
tipo de comportamento. Ajuda verificar também se já ocorreu em situação real, buscar exemplos, etc. A
pontuação 4 representa frequência máxima do comportamento correspondente: assertivo, passivo ou
agressivo.

1) Quando uma pessoa se mostra bastante injusta, você lhe diz isso (assertivo).
2) Você acha difícil tomar decisões (inassertivo).
3) Você critica publicamente as opiniões, comportamento e idéias dos outros (agressivo).
4) Você protesta em voz alta quando tomam seu lugar na fila (agressivo).
5) Você geralmente evita as pessoas ou situações por medo (inassertivo).
6) Você geralmente confia no seu próprio julgamento (assertivo).
7) Você insiste que seu(sua) esposo(a) ou colega de quarto faça sua parte no serviço da casa (assertivo).
8) Você é propenso a perder o controle (agressivo).
9) Quando o vendedor insiste, você acha difícil dizer “não”, mesmo se a mercadoria não lhe
interessa
(inassertivo).
10) Quando uma pessoa chega depois de você e é atendida primeiro, você denuncia a situação
(assertivo).
11) Você reluta em falar numa discussão ou debate (inassertivo).
12)Se uma pessoa tomou dinheiro emprestado (ou livro, roupa, coisa de valor) e demora a devolver, você
lhe lembra
disso (assertivo).
13) Você insiste em um argumento depois que a outra pessoa já se cansou da discussão (agressivo).
14) Você geralmente expressa seus sentimentos (assertivo).
15) Você se perturba se alguém fica olhando você trabalhar (inassertivo).
16)Se alguém fica chutando ou empurrando sua cadeira no cinema ou em uma conferência, você pede à
pessoa para
parar (assertivo).
17) Você acha difícil olhar nos olhos da pessoa com quem está falando (inassertivo).
18)Em um bom restaurante, quando a comida não está bem feita ou bem servida, você pede ao garçom
para corrigir a
situação (assertivo).
19) Quando você descobre que a mercadoria está defeituosa, você a devolve ou pede que seja substituída
(assertivo).
20) Você demonstra sua raiva dizendo obscenidade ou xingando (agressivo).
21) Você tenta passar despercebido, como uma parte da decoração ou da mobília, em situações sociais
(inassertivo).
22)Você insiste que seu senhorio (mecânico, etc.) faça consertos, ajustes ou substituições que são da
responsabilidade
dele (assertivo).
23) Você geralmente toma a frente e decide pelos outros (agressivo).
24) Você é capaz de expressar abertamente amor e afeição (assertivo).
25) Você consegue pedir aos amigos ajuda ou pequenos favores (assertivo).
26) Você acha que sempre tem a resposta certa (agressivo).
27) Quando você diverge de alguém que você respeita, tem coragem de defender seu ponto de vista
(assertivo).
28) Você é capaz de recusar pedidos não razoáveis feitos por amigos (assertivo).
29) Você tem dificuldade de elogiar alguém (inassertivo).
30) Se você fica incomodado quando fumam perto de você, você tem coragem de dizer isso (assertivo).
31) Você grita ou usa técnicas absurdas para obrigar os outros a fazer o que você quer (agressivo).
32) Você termina as frases dos outros por eles (agressivo).
33) Você se envolve em lutas físicas com outros, especialmente com estranhos (agressivo).
34) Nas refeições familiares, você controla a conversa (agressivo).
35) Quando você é apresentado a alguém, você é o primeiro a entabular conversa (assertivo).

Total: As = 16; In = 8; Ag = 11.


Some seus pontos atribuídos a cada categoria (assertivo, inassertivo e agressivo) e divida os
resultados
respectivamente por 0.64; 0.32 e 0.44, obtendo os percentuais das chances de ser assertivo, inassertivo e
agressivo.
H a b i l i d a d e s S o c i a i s D é fi c i t s e
Tr e i n a m e n t o
EXPLICAÇÕES PA R A A S DI F I CULDA DES
INTERPESSOAIS

1 - DÉFICITS N O REPERTÓRIO

• Esta abordagem supõe que o desempenho socialmente incompetente ocorre


porque o indivíduo não aprendeu os comportamentos sociais adequados.

• Os programas de habilidades sociais privilegiam a identificação das classes de


comportamentos relevantes para o desempenho social e a promoção e
aperfeiçoamento dessas classes.
1 - D É F I C I T S N O R E P E R TÓ R I O

• As falhas na aprendizag em no comportamento social podem


ocorrer devido:

• Restrições de oportunidades de experiências em diferentes grupos culturais.


• Relações familiares empobrecidas, com pais ag ressivos ou pouco
empáticos que fornecem modelos inapropriados de interações.
• Dificuldades para resolver problemas.
• Práticas parentais que premiam dependência e obediência e que
punem ou restringem iniciativas de contato social pela criança.
1 - D É F I C I T S N O R E P E R TÓ R I O

• Como as habilidades sociais são progressivamente mais elaboradas com a


idade, é importante lembrar que aquilo que se apresenta como esperado
numa determinada etapa pode ser considerado deficitário em etapas
posteriores do desenvolvimento.
2 – INIBIÇÃO M E D I A D A PELA A N S I E D A D E

• Considera-se que a ansiedade e as respostas assertivas são processos que


atuam em sentidos opostos; de um lado a ansiedade inibe as iniciativas de
interação, levando à fuga dos contatos sociais; do outro, a aquisição de
respostas assertivas pode reduzir a ansiedade.
2 – INIBIÇÃO M E D I A D A PELA A N S I E D A D E

• O THS neste caso focaliza:

• Redução da ansiedade através do relaxamento e/ou


dessensibilização sistemática;

• Fortalecimento de respostas socialmente competentes, através de


técnicas como ensaio comportamental e treino assertivo.
3 – I N I B I Ç Ã O C O G N I T I VA M E N T E M E D I A D A

• Supõe-se que a aprendizagem dos comportamentos sociais seja mediada


por processos cognitivos e que, portanto, problemas nesses processos irão
se refletir no desempenho interpessoal.

• THS é baseado na reestruturação cognitiva.


4 – P R O B L E M A S D E PERCEPÇÃO SOCI AL

• Considera-se que falhas na leitura do ambiente podem ocasionar


as dificuldades interpessoais.

• Objetivos de intervenção em THS:


• Promoção do aprimoramento da decodificação dos estímulos do ambiente físico
e da situação social.
• Identificação dos papéis e das regras sociais.

• Esses objetivos podem ser implementados através da modelagem, feedback,


instruções e treino assertivo.
5 – P R O B L E M A S D E P RO C ES SA M E N TO D E
EST ÍMULOS S O C A I S D O A M B I E N T E

• Esses problemas incluem:


• Demora no processamento e na discriminação dos estímulos sociais que pode levar à
emissão de comportamentos não pertinentes para o momento.
• Inabilidade de decodificar os sinais verbais e não-verbais, por déficits de
atenção, levando a comportamentos diferentes dos requeridos para a situação.
• D ecodificação mediada por estereótipos, ocasionando comportamentos
sociais inadequados.
• Falha na avaliação das alternativas disponíveis para responder conforme as demandas
da situação, o que pode levar a comportamentos excessivos.
• Erros de percepção.
TREINAMENTO E M H A B I L I DA D E S SOCIAIS

• DEFINIÇÃO: conjunto articulado de técnicas e procedimentos de


intervenção orientados para a promoção de habilidades sociais relevantes
para as relações interpessoais.

• Os programas devem visar o desenvolvimento do repertório social do


indivíduo para lidar de maneira adequada com seus problemas
interpessoais, com base no exercício dos direitos humanos.
P R I N C I PA I S T É C N I C A S

• TÉCNICAS COMPORTAMENTAIS:

1 – ENSAIO COMPORTAMENTAL

• Ensaios de comportamentos-alvo em situação análoga àquelas vivenciadas


pelo cliente.

• À medida em que o indivíduo corresponde ao padrão desejado,


os comportamentos vão sendo reforçados em um processo de
modelagem.
P R I N C I PA I S T É C N I C A S

2 – REFORÇAMENTO

• Está presente em todo o processo de THS.

• Reforço positivo: qualquer consequência que apresentada em seguida a


um comportamento fortalece esse comportamento.
P R I N C I PA I S T É C N I C A S

3 – MODELAGEM
• Consiste no uso do reforçamento diferencial para desempenhos
progressivamente mais semelhantes ao desempenho final desejado.

4 – M OD E LAÇ ÃO
• Consiste na observação de alg uém desempenhando adequadamente
os comportamentos alvo.
• É utilizada juntamente com instruções, feedback e reforçamento.
P R I N C I PA I S T É C N I C A S

5 - FEED BA CK

• Funciona como regulagem de comportamento, à medida que o indivíduo percebe


como está se comportando e como esse comportamento afeta o interlocutor.

6 - RELAXAMENTO

• Objetivo: além do relaxamento em si, ensinar o cliente a perceber seus estados de


tensão e conseguir, por si mesmo, relaxar ou controlar a ansiedade de modo a
melhorar seu desempenho social.
P R I N C I PA I S T É C N I C A S

7 – TAREFAS DE CASA

• Objetivo: aperfeiçoar as habilidades treinadas e generalização das


habilidades para outros contextos.

8 - DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA

• Objetivo: eliminar o medo e a ansiedade nas relações


interpessoais.
P R I N C I PA I S T É C N I C A S

• TÉCNICAS COGNITIVAS

1 – RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

• A solução de problemas pode ser definida como um processo cognitivo pelo


qual os indivíduos compreendem a natureza do problema e dirigem seus
objetivos para a modificação do caráter problemático da situação ou mesmo
de suas reações a ela.
P R I N C I PA I S T É C N I C A S

2 - INSTRUÇÕES

• Explicações dadas de forma clara e objetiva, sobre como o cliente deve se


comportar em uma situação interpessoal.
R e fe r ê n c i a s

ALBERTI, R. e EMMONS, A. Comportamento Assertivo: um guia de auto-expressão.


Interlivros, 1978.
CABALLO, V. Manual de Técnicas de Modificação do Comportamento. Ed. Santos, 1996.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Habilidades Sociais: Terapia e
Educação. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Relações Interpessoais: vivências para
o trabalho em grupo. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
M A RTINS, V. Seja assertivo. Editora Campos, 2005.
PORTELLA, M. (org.). Estratégias de treinamento em habilidades sociais. CPAF-RJ,
2011. W O LPE, J. Prática da Terapia Comportamental. São Paulo: Editora Brasiliense,
1976.
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H a b i l i d a d e s S o c i a i s D é fi c i t s e
Tr e i n a m e n t o
EXPLICAÇÕES PA R A A S DI F I CULDA DES
INTERPESSOAIS

1 - DÉFICITS N O REPERTÓRIO

• Esta abordagem supõe que o desempenho socialmente incompetente ocorre


porque o indivíduo não aprendeu os comportamentos sociais adequados.

• Os programas de habilidades sociais privilegiam a identificação das classes de


comportamentos relevantes para o desempenho social e a promoção e
aperfeiçoamento dessas classes.
1 - D É F I C I T S N O R E P E R TÓ R I O

• As falhas na aprendizag em no comportamento social podem


ocorrer devido:

• Restrições de oportunidades de experiências em diferentes grupos culturais.


• Relações familiares empobrecidas, com pais ag ressivos ou pouco
empáticos que fornecem modelos inapropriados de interações.
• Dificuldades para resolver problemas.
• Práticas parentais que premiam dependência e obediência e que
punem ou restringem iniciativas de contato social pela criança.
1 - D É F I C I T S N O R E P E R TÓ R I O

• Como as habilidades sociais são progressivamente mais elaboradas com a


idade, é importante lembrar que aquilo que se apresenta como esperado
numa determinada etapa pode ser considerado deficitário em etapas
posteriores do desenvolvimento.
2 – INIBIÇÃO M E D I A D A PELA A N S I E D A D E

• Considera-se que a ansiedade e as respostas assertivas são processos que


atuam em sentidos opostos; de um lado a ansiedade inibe as iniciativas de
interação, levando à fuga dos contatos sociais; do outro, a aquisição de
respostas assertivas pode reduzir a ansiedade.
2 – INIBIÇÃO M E D I A D A PELA A N S I E D A D E

• O THS neste caso focaliza:

• Redução da ansiedade através do relaxamento e/ou


dessensibilização sistemática;

• Fortalecimento de respostas socialmente competentes, através de


técnicas como ensaio comportamental e treino assertivo.
3 – I N I B I Ç Ã O C O G N I T I VA M E N T E M E D I A D A

• Supõe-se que a aprendizagem dos comportamentos sociais seja mediada


por processos cognitivos e que, portanto, problemas nesses processos irão
se refletir no desempenho interpessoal.

• THS é baseado na reestruturação cognitiva.


4 – P R O B L E M A S D E PERCEPÇÃO SOCI AL

• Considera-se que falhas na leitura do ambiente podem ocasionar


as dificuldades interpessoais.

• Objetivos de intervenção em THS:


• Promoção do aprimoramento da decodificação dos estímulos do ambiente físico
e da situação social.
• Identificação dos papéis e das regras sociais.

• Esses objetivos podem ser implementados através da modelagem, feedback,


instruções e treino assertivo.
5 – P R O B L E M A S D E P RO C ES SA M E N TO D E
EST ÍMULOS S O C A I S D O A M B I E N T E

• Esses problemas incluem:


• Demora no processamento e na discriminação dos estímulos sociais que pode levar à
emissão de comportamentos não pertinentes para o momento.
• Inabilidade de decodificar os sinais verbais e não-verbais, por déficits de
atenção, levando a comportamentos diferentes dos requeridos para a situação.
• D ecodificação mediada por estereótipos, ocasionando comportamentos
sociais inadequados.
• Falha na avaliação das alternativas disponíveis para responder conforme as demandas
da situação, o que pode levar a comportamentos excessivos.
• Erros de percepção.
TREINAMENTO E M H A B I L I DA D E S SOCIAIS

• DEFINIÇÃO: conjunto articulado de técnicas e procedimentos de


intervenção orientados para a promoção de habilidades sociais relevantes
para as relações interpessoais.

• Os programas devem visar o desenvolvimento do repertório social do


indivíduo para lidar de maneira adequada com seus problemas
interpessoais, com base no exercício dos direitos humanos.
P R I N C I PA I S T É C N I C A S

• TÉCNICAS COMPORTAMENTAIS:

1 – ENSAIO COMPORTAMENTAL

• Ensaios de comportamentos-alvo em situação análoga àquelas vivenciadas


pelo cliente.

• À medida em que o indivíduo corresponde ao padrão desejado,


os comportamentos vão sendo reforçados em um processo de
modelagem.
P R I N C I PA I S T É C N I C A S

2 – REFORÇAMENTO

• Está presente em todo o processo de THS.

• Reforço positivo: qualquer consequência que apresentada em seguida a


um comportamento fortalece esse comportamento.
P R I N C I PA I S T É C N I C A S

3 – MODELAGEM
• Consiste no uso do reforçamento diferencial para desempenhos
progressivamente mais semelhantes ao desempenho final desejado.

4 – M OD E LAÇ ÃO
• Consiste na observação de alg uém desempenhando adequadamente
os comportamentos alvo.
• É utilizada juntamente com instruções, feedback e reforçamento.
P R I N C I PA I S T É C N I C A S

5 - FEED BA CK

• Funciona como regulagem de comportamento, à medida que o indivíduo percebe


como está se comportando e como esse comportamento afeta o interlocutor.

6 - RELAXAMENTO

• Objetivo: além do relaxamento em si, ensinar o cliente a perceber seus estados de


tensão e conseguir, por si mesmo, relaxar ou controlar a ansiedade de modo a
melhorar seu desempenho social.
P R I N C I PA I S T É C N I C A S

7 – TAREFAS DE CASA

• Objetivo: aperfeiçoar as habilidades treinadas e generalização das


habilidades para outros contextos.

8 - DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA

• Objetivo: eliminar o medo e a ansiedade nas relações


interpessoais.
P R I N C I PA I S T É C N I C A S

• TÉCNICAS COGNITIVAS

1 – RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

• A solução de problemas pode ser definida como um processo cognitivo pelo


qual os indivíduos compreendem a natureza do problema e dirigem seus
objetivos para a modificação do caráter problemático da situação ou mesmo
de suas reações a ela.
P R I N C I PA I S T É C N I C A S

2 - INSTRUÇÕES

• Explicações dadas de forma clara e objetiva, sobre como o cliente deve se


comportar em uma situação interpessoal.
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ALBERTI, R. e EMMONS, A. Comportamento Assertivo: um guia de auto-expressão.


Interlivros, 1978.
CABALLO, V. Manual de Técnicas de Modificação do Comportamento. Ed. Santos, 1996.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Habilidades Sociais: Terapia e
Educação. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Relações Interpessoais: vivências para
o trabalho em grupo. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
M A RTINS, V. Seja assertivo. Editora Campos, 2005.
PORTELLA, M. (org.). Estratégias de treinamento em habilidades sociais. CPAF-RJ,
2011. W O LPE, J. Prática da Terapia Comportamental. São Paulo: Editora Brasiliense,
1976.
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A s s e r ti v i d a d e
A s s e r ti v i d a d e
A s s e r ti v i d a d e

É uma habilidade verbal que permite ao ser humano ter controle de si mesmo nas relações interpessoais.

O comportamento assertivo é definido como a expressão adequada de qualquer emoção que não a ansiedade com
relação à outra pessoa.

ASSERTIVIDADE – afirmação dos próprios direitos e expressão de pensamento, sentimento e crenças de maneira
direta, honesta e apropriada que não viole o direito do outro. É um tipo de enfrentamento de situações com risco
que requer autocontrole e expressão apropriada de sentimentos negativos.
A s s e r ti v i d a d e

O termo assertividade origina-se de asserção. Fazer asserções quer dizer afirmar, do latim afirmare, tornar
firme, consolidar, confirmar e declarar com firmeza.

Quando falamos da comunicação humana, assertividade significa muito mais do que isso: é uma filosofia de
vida.

Em termos filosóficos, entendemos a assertividade como uma manifestação da possibilidade dialética da


comunicação “eu ganho e você ganha”, ou seja, uma comunicação criativa, transparente, por meio da
qual as pessoas expressam suas necessidades, seus pensamentos e sentimentos de forma honesta e direta,
sem violar os mesmos direitos dos outros.
A s s e r ti v i d a d e

Quando conseguimos expressar nossos pensamentos, sentimentos e vontades sem agredir o outro,
sentimo-nos leves e satisfeitos. Esse bem-estar é o resultado da comunicação assertiva, constituída por
pensamentos, sentimentos e ações que afirmam o nosso eu.
Isto significa que nós só podemos ocupar o espaço a que temos direito sem invadir o espaço do outro.
Podemos atingir nossos objetivos e metas profissionais e pessoais com persistência, porém adotando uma
postura ética.
O significado de assertividade tem sido distorcido, promovendo resistência nas pessoas. Muitos
entendem que ser assertivo é ter apenas uma comunicação sincera e objetiva, sentindo-se com o direito
de dizer muitos “nãos” e poucos “sins” aos outros, “doa a quem doer e custe o que custar”.
A s s e r ti v i d a d e

A assertividade clarifica as relações, propiciando uma comunicação ética entre as pessoas. A linguagem
assertiva, verbal e não-verbal, utiliza signos que exprimem a verdade, auto-respeito e respeito pelos
outros, buscando uma solução para os conflitos que satisfaça aos interesses das partes envolvidas.
No ambiente profissional, o perfil assertivo é cada vez mais valorizado, principalmente em um mercado
de mudanças contínuas, que exige decisões objetivas e focadas nos resultados esperados e que
considera relevante a construção de parcerias. A técnica assertiva “aposta” na mudança do
comportamento passivo ou agressivo para um comportamento maduro e honesto, adaptado a todos
os tipos de personalidade.
A s s e r ti v i d a d e

“O Comportamento assertivo é ativo, direto e honesto, transmitindo uma impressão de auto-respeito e


respeito pelos outros”.
ATIVO porque é um comportamento atuante, incisivo e decidido, ao contrário do reativo, que apenas
surge quando é estimulado pela ação da outra pessoa.
O comportamento assertivo é DIRETO porque faz economia de palavras, não permitindo
rodeios, justificativas e desculpas. Toda mensagem tem uma frase nuclear considerada como foco
principal e
somente ela deve ser comunicada. Quando usamos um excesso de palavras, corremos o risco de assumir a
postura passiva e diluir a força da mensagem entre desculpas e justificativas.
O comportamento assertivo é HONESTO porque não usa artimanhas e manipulações para
exercer influência.
Asserção x Servilismo

Asserção Servilismo

2 tipos de respeito:
O outro está sempre
1- Por si m e s m o certo
2 – A o s direitos e (idade, poder...)
necessidades d o outro
Vanta gen s d o comportamento assertivo

✓ Reforçador e mais adequado.


✓ Ajuda o indivíduo a expressar-se livremente.
✓ Atinge com frequência os objetivos.
✓ Permite maior controle da situação.
✓ Sente-se melhor, por ter sido capaz de emitir suas opiniões.
✓ Consequências favoráveis à pessoa que é objeto do comportamento assertivo.
✓ Satisfação com a vida social.
✓ Confiança em si mesmo para mudar, se necessário.

✓ Vantagem a longo prazo: Maximização das consequências favoráveis e minimização das desfavoráveis.
OBJETIVOS:

1 – Comunicação clara, direta e não ofensiva das próprias necessidades e opiniões;

2– Ter e conseguir respeito;

3 – Pedir jogo limpo;

4 – Não impor suas


exigências sobre o outro;

5 – Respeitar o direito do
outro de não concordar;

6– Maior probabilidade de conseguir seus objetivos, sem negar os direitos dos outros;

7 – Abrir caminho para acordos.


C o m p o r t a m e n t o A s s e r ti v o

✓É o comportamento que torna uma pessoa capaz de agir em seus próprios interesses, a se afirmar sem
ansiedade indevida, a expressar sentimentos sinceros sem constrangimento ou a exercitar seus próprios
direitos sem negar os alheios.

✓Uma pessoa assertiva é capaz de lutar pelos seus próprios interesses com segurança e confiança.
Expressa seus sentimentos e emoções sem ansiedade.

✓ O assertivo nem sempre resolve seus problemas, mas sempre tenta.

✓ O assertivo sabe pedir e ouvir sim ou não e compreende o não.


C o m p o r t a m e n t o A s s e r ti v o

A comunicação assertiva resolve muitos problemas imediatos, minimizando a probabilidade de


problemas futuros, mas não serve para toda situação e nem para obter tudo o que se quer. A
comunicação assertiva, por si só, não garante a qualidade do relacionamento interpessoal. Mas, se o
estilo de se comunicar diretamente for resultante de uma filosofia de vida assertiva, seu
relacionamento interpessoal será construtivo, pois a assertividade não só facilita a expressão clara e
objetiva de seus desejos, ideias e sentimentos, como também engloba os desejos do outro.
Assertividade é mais do que um comportamento, é uma filosofia de vida ganha-ganha, um estado de
espírito que o isenta de alguns sentimentos indesejáveis.
C o m p o r t a m e n t o n ã o - a s s e r ti v o / p a s s i v o

✓ O comportamento passivo é caracterizado pela fuga diante do conflito.

✓ Principais tipos de sujeitos passivos (Martins, 2005):

✓Bloqueador: é aquele que demonstra pessimismo e resistência em aceitar uma mudança, por
medo de ser incompetente;
✓Procrastinador: é aquele que deixa tudo para depois. Sua vida é uma eterna crise, confirmando seu
sentimento de incompetência;
✓ Observador: é aquele que não se posiciona, prefere ouvir e fazer o que os outros decidem;
✓Amável e concordante: é aquele educado, que concorda com tudo que o outro diz. A sensação é que ele
não tem opinião própria, pois normalmente acha a ideia do outro tão adequada que dispensa seus
próprios comentários;
✓ Vítima: é aquele que reclama de tudo, coloca-se no papel de vítima, fazendo o outro se sentir culpado.
C o m p o r t a m e n t o n ã o - a s s e r ti v o / p a s s i v o

✓ Violação dos próprios direitos por não se expressar honestamente ou expressar-se de


forma autoderrotista, com desculpas;

✓ Mensagem: “eu não conto; meus pensamentos e sentimentos não são importantes, mas
somente os seus;

✓ Comportamentos não-verbais passivos: evitar o olhar, fala vacilante etc.

✓ Objetivos: apaziguar os demais e evitar conflitos a todo custo.


C o m p o r t a m e n t o n ã o - a s s e r ti v o / p a s s i v o

✓ Consequências:

Poucas chances de satisfação de suas necessidades e entendimento de suas opiniões;

Falta de comunicação e/ou comunicação incompleta;

Sentir-se-á incompreendida, não levada em conta e manipulada tornando-se hostil ou irritada


com a outra pessoa;

Sentimentos de culpa, ansiedade, depressão e baixa autoestima;


C o m p o r t a m e n t o n ã o - a s s e r ti v o / p a s s i v o

✓ Provável explosão após sucessivas situações não-assertivas;

✓ Para quem recebe o comportamento não-assertivo: algumas consequências desfavoráveis: ter de “ler
os pensamentos do outro”; debilitamento de sentimentos positivos; carga pesada ter de tomar as
decisões pelo outro e perceber a insatisfação;

✓ Traços: costuma ter avaliação de si mesmo inadequada e negativa; sentimentos de inferioridade;


tendência a ser excessivamente carente de apoio emocional; ansiedade interpessoal excessiva; tentam
agradar a todos (camaleões); não expressam o que sentem; acham difícil dizer “não”; tratam de ser
amigáveis para todos, mas emocionalmente são uns mentirosos.
C o m p o r t a m e n t o n ã o - a s s e r ti v o / p a s s i v o

✓ Tende a pensar na resposta apropriada depois que a oportunidade passou.

✓ O passivo não sabe pedir porque não sabe ouvir, receber e dizer não.

“As pessoas que se comportam de forma não assertiva tratam de ser tudo para todo o mundo
e acabam não sendo nada para si mesmos” (Salter, 1949).
Comportamento Agressivo

✓ O sujeito agressivo tenta conseguir a todo custo seu objetivo, afastando as pessoas e os outros
obstáculos no processo.

✓ Principais tipos de sujeitos agressivos (Martins, 2005):

✓Impositor: é aquele que busca o consentimento do outro pelo medo. Para conseguir seu objetivo,
utiliza ameaças que envolvem alguma perda para o agredido e, assim, neutraliza suas forças e
resistências;
✓Rebelde: é aquele que tem o espírito de denúncia, ou seja, que expõe as outras pessoas a
situações embaraçosas;
Comportamento Agressivo

Do contra: é aquele que contradiz tudo e todos. Normalmente, ele não escuta bem e
coloca objeções às ideias dos outros, como uma forma de mostrar seu poder de influência;
✓ Sabotador de ideias e pessoas: é aquele que desvaloriza tudo e todos destruindo as ideias alheias;
✓Vingador: é aquele que guarda rancor e, num dado momento prejudica a pessoa que ele culpa por
sua mágoa;
✓ Pretensioso: é aquele que esmaga o outro com seus conhecimentos;
✓ Susceptível: é aquele que não suporta ser contrariado. Tem dificuldade em aceitar o não do outro.
Comportamento Agressivo

✓ Defende seus direitos pessoais e sua expressão de forma normalmente, desonesta, inapropriada e
sempre viola os direitos da outra pessoa;

✓ Pode ser expresso de maneira direta (verbalizações ofensivas) ou indireta (gestos hostis/ameaçadores,
comentários sarcásticos,...

✓ Consequências:

✓a curto prazo: favoráveis (ating ir objetivos-reforço) ou desfavoráveis


(enérg ica contra- agressão).

✓ longo prazo: sempre negativas (evitação dos outros, tensão na relação, vinganças,...).
Comportamento Agressivo

✓ Mensagem: “isso é o que eu penso e você é estúpido por pensar de forma diferente; o que eu quero é
que importa; os meus sentimentos que importam e não os seus.

✓ Objetivos: dominação e vencer, forçando a outra pessoa a perder.

✓ A vitória é assegurada pela humilhação, degradação, pela minimização ou dominação das pessoas.
✓A pessoa responde muito vigorosamente, causando uma forte impressão negativa e mais tarde
arrepende- se disso.
✓ O agressivo invade o espaço do outro quando deseja algo.
✓ Passa por cima do outro para atingir seus objetivos.
D IF E R E N Ç AS ENTRE CO MP ORTA ME N TO ASSERTIVO,
NÃO-ASSERTIVO E A G R E S S I VO
ASSERTIVO N Ã O ASSERTIVO AGRESSIVO
Emocionalmente honesto na expressão de Emocionalmente inibido na expressão de Emocionalmente honesto na expressão de
sentimentos negativos. sentimentos negativos. sentimentos negativos.

Expressa sentimentos negativos, controlando a Quando expressa sentimentos negativos, a forma Expressa sentimentos negativos de forma
forma de expressão. é inapropriada. inapropriada.

Procura atingir os objetivos, perseverando, Muito raramente atinge os objetivos e Atinge os objetivos, na maioria das vezes
tanto quanto possível, a relação. usualmente os sacrifica para manter a relação. prejudicando a relação.

Persevera nos objetivos e avalia o próprio Não persevera, recriminando a si e aos outros. Persevera sem avaliar as conseqüências.
comportamento.
Consegue discordar do grupo. Quase sempre concorda com o grupo. Consegue discordar do grupo.

Defendo os próprios direitos, respeitando os Não defende os próprios direitos, mas respeita Defendo os próprios direitos, geralmente
direitos alheios. aos direitos alheios. desrespeitando os direitos alheios.

Valoriza-se sem ferir o outro. Desvaloriza-se. Valoriza-se, ferindo o outro.


Faz as próprias escolhas, considerando opiniões Indeciso nas escolhas, submetendo-se as opiniões Faz escolhas para si e para o outro.
alheias quando necessário. alheias.

Gera, em direção a si, sentimentos de respeito. Gera, em relação a si, sentimentos de pena, Gera, em relação a si, sentimentos de raiva e
irritação e desprezo. vingança.

Sente-se satisfeito consigo mesmo. Sente-se mal consigo mesmo. Pode sentir-se bem ou mal consigo mesmo.

Produz uma imagem positiva de si mesmo. Produz uma imagem negativa de si mesmo. Produz uma imagem negativa de si mesmo.
E S C O LH A

“É convicção nossa que cada pessoa deveria poder escolher como agir. Se alguém pode agir
assertivamente sob determinadas circunstâncias, mas escolhe não fazê-lo, atingimos nosso objetivo (o
de ensinar as pessoas a se comportar de forma assertiva)...Se, ao contrário, você for incapaz de agir
assertivamente (p.ex., não pode escolher como se comportar, mas se acovarda com a não-assertividade
ou explode na agressão), será governado pelos demais e sua saúde mental se ressentirá. Nosso critério
mais importante para seu bem estar é que você faz a escolha”

(Alberti e Emmons, 1978).


R e fe r ê n c i a s

ALBERTI, R. e EMMONS, A. Comportamento Assertivo: um guia de auto-expressão.


Interlivros, 1978.
CABALLO, V. Manual de Técnicas de Modificação do Comportamento. Ed. Santos, 1996.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Habilidades Sociais: Terapia e
Educação. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Relações Interpessoais: vivências para
o trabalho em grupo. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
M A RTINS, V. Seja assertivo. Editora Campos, 2005.
PORTELLA, M. (org.). Estratégias de treinamento em habilidades sociais. CPAF-RJ,
2011. W O LPE, J. Prática da Terapia Comportamental. São Paulo: Editora Brasiliense,
1976.
M u i to obrigada!

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A s s e r ti v i d a d e
A s s e r ti v i d a d e
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É uma habilidade verbal que permite ao ser humano ter controle de si mesmo nas relações interpessoais.

O comportamento assertivo é definido como a expressão adequada de qualquer emoção que não a ansiedade com
relação à outra pessoa.

ASSERTIVIDADE – afirmação dos próprios direitos e expressão de pensamento, sentimento e crenças de maneira
direta, honesta e apropriada que não viole o direito do outro. É um tipo de enfrentamento de situações com risco
que requer autocontrole e expressão apropriada de sentimentos negativos.
A s s e r ti v i d a d e

O termo assertividade origina-se de asserção. Fazer asserções quer dizer afirmar, do latim afirmare, tornar
firme, consolidar, confirmar e declarar com firmeza.

Quando falamos da comunicação humana, assertividade significa muito mais do que isso: é uma filosofia de
vida.

Em termos filosóficos, entendemos a assertividade como uma manifestação da possibilidade dialética da


comunicação “eu ganho e você ganha”, ou seja, uma comunicação criativa, transparente, por meio da
qual as pessoas expressam suas necessidades, seus pensamentos e sentimentos de forma honesta e direta,
sem violar os mesmos direitos dos outros.
A s s e r ti v i d a d e

Quando conseguimos expressar nossos pensamentos, sentimentos e vontades sem agredir o outro,
sentimo-nos leves e satisfeitos. Esse bem-estar é o resultado da comunicação assertiva, constituída por
pensamentos, sentimentos e ações que afirmam o nosso eu.
Isto significa que nós só podemos ocupar o espaço a que temos direito sem invadir o espaço do outro.
Podemos atingir nossos objetivos e metas profissionais e pessoais com persistência, porém adotando uma
postura ética.
O significado de assertividade tem sido distorcido, promovendo resistência nas pessoas. Muitos
entendem que ser assertivo é ter apenas uma comunicação sincera e objetiva, sentindo-se com o direito
de dizer muitos “nãos” e poucos “sins” aos outros, “doa a quem doer e custe o que custar”.
A s s e r ti v i d a d e

A assertividade clarifica as relações, propiciando uma comunicação ética entre as pessoas. A linguagem
assertiva, verbal e não-verbal, utiliza signos que exprimem a verdade, auto-respeito e respeito pelos
outros, buscando uma solução para os conflitos que satisfaça aos interesses das partes envolvidas.
No ambiente profissional, o perfil assertivo é cada vez mais valorizado, principalmente em um mercado
de mudanças contínuas, que exige decisões objetivas e focadas nos resultados esperados e que
considera relevante a construção de parcerias. A técnica assertiva “aposta” na mudança do
comportamento passivo ou agressivo para um comportamento maduro e honesto, adaptado a todos
os tipos de personalidade.
A s s e r ti v i d a d e

“O Comportamento assertivo é ativo, direto e honesto, transmitindo uma impressão de auto-respeito e


respeito pelos outros”.
ATIVO porque é um comportamento atuante, incisivo e decidido, ao contrário do reativo, que apenas
surge quando é estimulado pela ação da outra pessoa.
O comportamento assertivo é DIRETO porque faz economia de palavras, não permitindo
rodeios, justificativas e desculpas. Toda mensagem tem uma frase nuclear considerada como foco
principal e
somente ela deve ser comunicada. Quando usamos um excesso de palavras, corremos o risco de assumir a
postura passiva e diluir a força da mensagem entre desculpas e justificativas.
O comportamento assertivo é HONESTO porque não usa artimanhas e manipulações para
exercer influência.
Asserção x Servilismo

Asserção Servilismo

2 tipos de respeito:
O outro está sempre
1- Por si m e s m o certo
2 – A o s direitos e (idade, poder...)
necessidades d o outro
Vanta gen s d o comportamento assertivo

✓ Reforçador e mais adequado.


✓ Ajuda o indivíduo a expressar-se livremente.
✓ Atinge com frequência os objetivos.
✓ Permite maior controle da situação.
✓ Sente-se melhor, por ter sido capaz de emitir suas opiniões.
✓ Consequências favoráveis à pessoa que é objeto do comportamento assertivo.
✓ Satisfação com a vida social.
✓ Confiança em si mesmo para mudar, se necessário.

✓ Vantagem a longo prazo: Maximização das consequências favoráveis e minimização das desfavoráveis.
OBJETIVOS:

1 – Comunicação clara, direta e não ofensiva das próprias necessidades e opiniões;

2– Ter e conseguir respeito;

3 – Pedir jogo limpo;

4 – Não impor suas


exigências sobre o outro;

5 – Respeitar o direito do
outro de não concordar;

6– Maior probabilidade de conseguir seus objetivos, sem negar os direitos dos outros;

7 – Abrir caminho para acordos.


C o m p o r t a m e n t o A s s e r ti v o

✓É o comportamento que torna uma pessoa capaz de agir em seus próprios interesses, a se afirmar sem
ansiedade indevida, a expressar sentimentos sinceros sem constrangimento ou a exercitar seus próprios
direitos sem negar os alheios.

✓Uma pessoa assertiva é capaz de lutar pelos seus próprios interesses com segurança e confiança.
Expressa seus sentimentos e emoções sem ansiedade.

✓ O assertivo nem sempre resolve seus problemas, mas sempre tenta.

✓ O assertivo sabe pedir e ouvir sim ou não e compreende o não.


C o m p o r t a m e n t o A s s e r ti v o

A comunicação assertiva resolve muitos problemas imediatos, minimizando a probabilidade de


problemas futuros, mas não serve para toda situação e nem para obter tudo o que se quer. A
comunicação assertiva, por si só, não garante a qualidade do relacionamento interpessoal. Mas, se o
estilo de se comunicar diretamente for resultante de uma filosofia de vida assertiva, seu
relacionamento interpessoal será construtivo, pois a assertividade não só facilita a expressão clara e
objetiva de seus desejos, ideias e sentimentos, como também engloba os desejos do outro.
Assertividade é mais do que um comportamento, é uma filosofia de vida ganha-ganha, um estado de
espírito que o isenta de alguns sentimentos indesejáveis.
C o m p o r t a m e n t o n ã o - a s s e r ti v o / p a s s i v o

✓ O comportamento passivo é caracterizado pela fuga diante do conflito.

✓ Principais tipos de sujeitos passivos (Martins, 2005):

✓Bloqueador: é aquele que demonstra pessimismo e resistência em aceitar uma mudança, por
medo de ser incompetente;
✓Procrastinador: é aquele que deixa tudo para depois. Sua vida é uma eterna crise, confirmando seu
sentimento de incompetência;
✓ Observador: é aquele que não se posiciona, prefere ouvir e fazer o que os outros decidem;
✓Amável e concordante: é aquele educado, que concorda com tudo que o outro diz. A sensação é que ele
não tem opinião própria, pois normalmente acha a ideia do outro tão adequada que dispensa seus
próprios comentários;
✓ Vítima: é aquele que reclama de tudo, coloca-se no papel de vítima, fazendo o outro se sentir culpado.
C o m p o r t a m e n t o n ã o - a s s e r ti v o / p a s s i v o

✓ Violação dos próprios direitos por não se expressar honestamente ou expressar-se de


forma autoderrotista, com desculpas;

✓ Mensagem: “eu não conto; meus pensamentos e sentimentos não são importantes, mas
somente os seus;

✓ Comportamentos não-verbais passivos: evitar o olhar, fala vacilante etc.

✓ Objetivos: apaziguar os demais e evitar conflitos a todo custo.


C o m p o r t a m e n t o n ã o - a s s e r ti v o / p a s s i v o

✓ Consequências:

Poucas chances de satisfação de suas necessidades e entendimento de suas opiniões;

Falta de comunicação e/ou comunicação incompleta;

Sentir-se-á incompreendida, não levada em conta e manipulada tornando-se hostil ou irritada


com a outra pessoa;

Sentimentos de culpa, ansiedade, depressão e baixa autoestima;


C o m p o r t a m e n t o n ã o - a s s e r ti v o / p a s s i v o

✓ Provável explosão após sucessivas situações não-assertivas;

✓ Para quem recebe o comportamento não-assertivo: algumas consequências desfavoráveis: ter de “ler
os pensamentos do outro”; debilitamento de sentimentos positivos; carga pesada ter de tomar as
decisões pelo outro e perceber a insatisfação;

✓ Traços: costuma ter avaliação de si mesmo inadequada e negativa; sentimentos de inferioridade;


tendência a ser excessivamente carente de apoio emocional; ansiedade interpessoal excessiva; tentam
agradar a todos (camaleões); não expressam o que sentem; acham difícil dizer “não”; tratam de ser
amigáveis para todos, mas emocionalmente são uns mentirosos.
C o m p o r t a m e n t o n ã o - a s s e r ti v o / p a s s i v o

✓ Tende a pensar na resposta apropriada depois que a oportunidade passou.

✓ O passivo não sabe pedir porque não sabe ouvir, receber e dizer não.

“As pessoas que se comportam de forma não assertiva tratam de ser tudo para todo o mundo
e acabam não sendo nada para si mesmos” (Salter, 1949).
Comportamento Agressivo

✓ O sujeito agressivo tenta conseguir a todo custo seu objetivo, afastando as pessoas e os outros
obstáculos no processo.

✓ Principais tipos de sujeitos agressivos (Martins, 2005):

✓Impositor: é aquele que busca o consentimento do outro pelo medo. Para conseguir seu objetivo,
utiliza ameaças que envolvem alguma perda para o agredido e, assim, neutraliza suas forças e
resistências;
✓Rebelde: é aquele que tem o espírito de denúncia, ou seja, que expõe as outras pessoas a
situações embaraçosas;
Comportamento Agressivo

Do contra: é aquele que contradiz tudo e todos. Normalmente, ele não escuta bem e
coloca objeções às ideias dos outros, como uma forma de mostrar seu poder de influência;
✓ Sabotador de ideias e pessoas: é aquele que desvaloriza tudo e todos destruindo as ideias alheias;
✓Vingador: é aquele que guarda rancor e, num dado momento prejudica a pessoa que ele culpa por
sua mágoa;
✓ Pretensioso: é aquele que esmaga o outro com seus conhecimentos;
✓ Susceptível: é aquele que não suporta ser contrariado. Tem dificuldade em aceitar o não do outro.
Comportamento Agressivo

✓ Defende seus direitos pessoais e sua expressão de forma normalmente, desonesta, inapropriada e
sempre viola os direitos da outra pessoa;

✓ Pode ser expresso de maneira direta (verbalizações ofensivas) ou indireta (gestos hostis/ameaçadores,
comentários sarcásticos,...

✓ Consequências:

✓a curto prazo: favoráveis (ating ir objetivos-reforço) ou desfavoráveis


(enérg ica contra- agressão).

✓ longo prazo: sempre negativas (evitação dos outros, tensão na relação, vinganças,...).
Comportamento Agressivo

✓ Mensagem: “isso é o que eu penso e você é estúpido por pensar de forma diferente; o que eu quero é
que importa; os meus sentimentos que importam e não os seus.

✓ Objetivos: dominação e vencer, forçando a outra pessoa a perder.

✓ A vitória é assegurada pela humilhação, degradação, pela minimização ou dominação das pessoas.
✓A pessoa responde muito vigorosamente, causando uma forte impressão negativa e mais tarde
arrepende- se disso.
✓ O agressivo invade o espaço do outro quando deseja algo.
✓ Passa por cima do outro para atingir seus objetivos.
D IF E R E N Ç AS ENTRE CO MP ORTA ME N TO ASSERTIVO,
NÃO-ASSERTIVO E A G R E S S I VO
ASSERTIVO N Ã O ASSERTIVO AGRESSIVO
Emocionalmente honesto na expressão de Emocionalmente inibido na expressão de Emocionalmente honesto na expressão de
sentimentos negativos. sentimentos negativos. sentimentos negativos.

Expressa sentimentos negativos, controlando a Quando expressa sentimentos negativos, a forma Expressa sentimentos negativos de forma
forma de expressão. é inapropriada. inapropriada.

Procura atingir os objetivos, perseverando, Muito raramente atinge os objetivos e Atinge os objetivos, na maioria das vezes
tanto quanto possível, a relação. usualmente os sacrifica para manter a relação. prejudicando a relação.

Persevera nos objetivos e avalia o próprio Não persevera, recriminando a si e aos outros. Persevera sem avaliar as conseqüências.
comportamento.
Consegue discordar do grupo. Quase sempre concorda com o grupo. Consegue discordar do grupo.

Defendo os próprios direitos, respeitando os Não defende os próprios direitos, mas respeita Defendo os próprios direitos, geralmente
direitos alheios. aos direitos alheios. desrespeitando os direitos alheios.

Valoriza-se sem ferir o outro. Desvaloriza-se. Valoriza-se, ferindo o outro.


Faz as próprias escolhas, considerando opiniões Indeciso nas escolhas, submetendo-se as opiniões Faz escolhas para si e para o outro.
alheias quando necessário. alheias.

Gera, em direção a si, sentimentos de respeito. Gera, em relação a si, sentimentos de pena, Gera, em relação a si, sentimentos de raiva e
irritação e desprezo. vingança.

Sente-se satisfeito consigo mesmo. Sente-se mal consigo mesmo. Pode sentir-se bem ou mal consigo mesmo.

Produz uma imagem positiva de si mesmo. Produz uma imagem negativa de si mesmo. Produz uma imagem negativa de si mesmo.
E S C O LH A

“É convicção nossa que cada pessoa deveria poder escolher como agir. Se alguém pode agir
assertivamente sob determinadas circunstâncias, mas escolhe não fazê-lo, atingimos nosso objetivo (o
de ensinar as pessoas a se comportar de forma assertiva)...Se, ao contrário, você for incapaz de agir
assertivamente (p.ex., não pode escolher como se comportar, mas se acovarda com a não-assertividade
ou explode na agressão), será governado pelos demais e sua saúde mental se ressentirá. Nosso critério
mais importante para seu bem estar é que você faz a escolha”

(Alberti e Emmons, 1978).


R e fe r ê n c i a s

ALBERTI, R. e EMMONS, A. Comportamento Assertivo: um guia de auto-expressão.


Interlivros, 1978.
CABALLO, V. Manual de Técnicas de Modificação do Comportamento. Ed. Santos, 1996.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Habilidades Sociais: Terapia e
Educação. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Relações Interpessoais: vivências para
o trabalho em grupo. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
M A RTINS, V. Seja assertivo. Editora Campos, 2005.
PORTELLA, M. (org.). Estratégias de treinamento em habilidades sociais. CPAF-RJ,
2011. W O LPE, J. Prática da Terapia Comportamental. São Paulo: Editora Brasiliense,
1976.
M u i to obrigada!

Contatos:

contato@jtpsicologia.com

@jtpsicologia

jtpsicologia.com
A s s e r ti v i d a d e
A s s e r ti v i d a d e
A s s e r ti v i d a d e

É uma habilidade verbal que permite ao ser humano ter controle de si mesmo nas relações interpessoais.

O comportamento assertivo é definido como a expressão adequada de qualquer emoção que não a ansiedade com
relação à outra pessoa.

ASSERTIVIDADE – afirmação dos próprios direitos e expressão de pensamento, sentimento e crenças de maneira
direta, honesta e apropriada que não viole o direito do outro. É um tipo de enfrentamento de situações com risco
que requer autocontrole e expressão apropriada de sentimentos negativos.
A s s e r ti v i d a d e

O termo assertividade origina-se de asserção. Fazer asserções quer dizer afirmar, do latim afirmare, tornar
firme, consolidar, confirmar e declarar com firmeza.

Quando falamos da comunicação humana, assertividade significa muito mais do que isso: é uma filosofia de
vida.

Em termos filosóficos, entendemos a assertividade como uma manifestação da possibilidade dialética da


comunicação “eu ganho e você ganha”, ou seja, uma comunicação criativa, transparente, por meio da
qual as pessoas expressam suas necessidades, seus pensamentos e sentimentos de forma honesta e direta,
sem violar os mesmos direitos dos outros.
A s s e r ti v i d a d e

Quando conseguimos expressar nossos pensamentos, sentimentos e vontades sem agredir o outro,
sentimo-nos leves e satisfeitos. Esse bem-estar é o resultado da comunicação assertiva, constituída por
pensamentos, sentimentos e ações que afirmam o nosso eu.
Isto significa que nós só podemos ocupar o espaço a que temos direito sem invadir o espaço do outro.
Podemos atingir nossos objetivos e metas profissionais e pessoais com persistência, porém adotando uma
postura ética.
O significado de assertividade tem sido distorcido, promovendo resistência nas pessoas. Muitos
entendem que ser assertivo é ter apenas uma comunicação sincera e objetiva, sentindo-se com o direito
de dizer muitos “nãos” e poucos “sins” aos outros, “doa a quem doer e custe o que custar”.
A s s e r ti v i d a d e

A assertividade clarifica as relações, propiciando uma comunicação ética entre as pessoas. A linguagem
assertiva, verbal e não-verbal, utiliza signos que exprimem a verdade, auto-respeito e respeito pelos
outros, buscando uma solução para os conflitos que satisfaça aos interesses das partes envolvidas.
No ambiente profissional, o perfil assertivo é cada vez mais valorizado, principalmente em um mercado
de mudanças contínuas, que exige decisões objetivas e focadas nos resultados esperados e que
considera relevante a construção de parcerias. A técnica assertiva “aposta” na mudança do
comportamento passivo ou agressivo para um comportamento maduro e honesto, adaptado a todos
os tipos de personalidade.
A s s e r ti v i d a d e

“O Comportamento assertivo é ativo, direto e honesto, transmitindo uma impressão de auto-respeito e


respeito pelos outros”.
ATIVO porque é um comportamento atuante, incisivo e decidido, ao contrário do reativo, que apenas
surge quando é estimulado pela ação da outra pessoa.
O comportamento assertivo é DIRETO porque faz economia de palavras, não permitindo
rodeios, justificativas e desculpas. Toda mensagem tem uma frase nuclear considerada como foco
principal e
somente ela deve ser comunicada. Quando usamos um excesso de palavras, corremos o risco de assumir a
postura passiva e diluir a força da mensagem entre desculpas e justificativas.
O comportamento assertivo é HONESTO porque não usa artimanhas e manipulações para
exercer influência.
Asserção x Servilismo

Asserção Servilismo

2 tipos de respeito:
O outro está sempre
1- Por si m e s m o certo
2 – A o s direitos e (idade, poder...)
necessidades d o outro
Vanta gen s d o comportamento assertivo

✓ Reforçador e mais adequado.


✓ Ajuda o indivíduo a expressar-se livremente.
✓ Atinge com frequência os objetivos.
✓ Permite maior controle da situação.
✓ Sente-se melhor, por ter sido capaz de emitir suas opiniões.
✓ Consequências favoráveis à pessoa que é objeto do comportamento assertivo.
✓ Satisfação com a vida social.
✓ Confiança em si mesmo para mudar, se necessário.

✓ Vantagem a longo prazo: Maximização das consequências favoráveis e minimização das desfavoráveis.
OBJETIVOS:

1 – Comunicação clara, direta e não ofensiva das próprias necessidades e opiniões;

2– Ter e conseguir respeito;

3 – Pedir jogo limpo;

4 – Não impor suas


exigências sobre o outro;

5 – Respeitar o direito do
outro de não concordar;

6– Maior probabilidade de conseguir seus objetivos, sem negar os direitos dos outros;

7 – Abrir caminho para acordos.


C o m p o r t a m e n t o A s s e r ti v o

✓É o comportamento que torna uma pessoa capaz de agir em seus próprios interesses, a se afirmar sem
ansiedade indevida, a expressar sentimentos sinceros sem constrangimento ou a exercitar seus próprios
direitos sem negar os alheios.

✓Uma pessoa assertiva é capaz de lutar pelos seus próprios interesses com segurança e confiança.
Expressa seus sentimentos e emoções sem ansiedade.

✓ O assertivo nem sempre resolve seus problemas, mas sempre tenta.

✓ O assertivo sabe pedir e ouvir sim ou não e compreende o não.


C o m p o r t a m e n t o A s s e r ti v o

A comunicação assertiva resolve muitos problemas imediatos, minimizando a probabilidade de


problemas futuros, mas não serve para toda situação e nem para obter tudo o que se quer. A
comunicação assertiva, por si só, não garante a qualidade do relacionamento interpessoal. Mas, se o
estilo de se comunicar diretamente for resultante de uma filosofia de vida assertiva, seu
relacionamento interpessoal será construtivo, pois a assertividade não só facilita a expressão clara e
objetiva de seus desejos, ideias e sentimentos, como também engloba os desejos do outro.
Assertividade é mais do que um comportamento, é uma filosofia de vida ganha-ganha, um estado de
espírito que o isenta de alguns sentimentos indesejáveis.
C o m p o r t a m e n t o n ã o - a s s e r ti v o / p a s s i v o

✓ O comportamento passivo é caracterizado pela fuga diante do conflito.

✓ Principais tipos de sujeitos passivos (Martins, 2005):

✓Bloqueador: é aquele que demonstra pessimismo e resistência em aceitar uma mudança, por
medo de ser incompetente;
✓Procrastinador: é aquele que deixa tudo para depois. Sua vida é uma eterna crise, confirmando seu
sentimento de incompetência;
✓ Observador: é aquele que não se posiciona, prefere ouvir e fazer o que os outros decidem;
✓Amável e concordante: é aquele educado, que concorda com tudo que o outro diz. A sensação é que ele
não tem opinião própria, pois normalmente acha a ideia do outro tão adequada que dispensa seus
próprios comentários;
✓ Vítima: é aquele que reclama de tudo, coloca-se no papel de vítima, fazendo o outro se sentir culpado.
C o m p o r t a m e n t o n ã o - a s s e r ti v o / p a s s i v o

✓ Violação dos próprios direitos por não se expressar honestamente ou expressar-se de


forma autoderrotista, com desculpas;

✓ Mensagem: “eu não conto; meus pensamentos e sentimentos não são importantes, mas
somente os seus;

✓ Comportamentos não-verbais passivos: evitar o olhar, fala vacilante etc.

✓ Objetivos: apaziguar os demais e evitar conflitos a todo custo.


C o m p o r t a m e n t o n ã o - a s s e r ti v o / p a s s i v o

✓ Consequências:

Poucas chances de satisfação de suas necessidades e entendimento de suas opiniões;

Falta de comunicação e/ou comunicação incompleta;

Sentir-se-á incompreendida, não levada em conta e manipulada tornando-se hostil ou irritada


com a outra pessoa;

Sentimentos de culpa, ansiedade, depressão e baixa autoestima;


C o m p o r t a m e n t o n ã o - a s s e r ti v o / p a s s i v o

✓ Provável explosão após sucessivas situações não-assertivas;

✓ Para quem recebe o comportamento não-assertivo: algumas consequências desfavoráveis: ter de “ler
os pensamentos do outro”; debilitamento de sentimentos positivos; carga pesada ter de tomar as
decisões pelo outro e perceber a insatisfação;

✓ Traços: costuma ter avaliação de si mesmo inadequada e negativa; sentimentos de inferioridade;


tendência a ser excessivamente carente de apoio emocional; ansiedade interpessoal excessiva; tentam
agradar a todos (camaleões); não expressam o que sentem; acham difícil dizer “não”; tratam de ser
amigáveis para todos, mas emocionalmente são uns mentirosos.
C o m p o r t a m e n t o n ã o - a s s e r ti v o / p a s s i v o

✓ Tende a pensar na resposta apropriada depois que a oportunidade passou.

✓ O passivo não sabe pedir porque não sabe ouvir, receber e dizer não.

“As pessoas que se comportam de forma não assertiva tratam de ser tudo para todo o mundo
e acabam não sendo nada para si mesmos” (Salter, 1949).
Comportamento Agressivo

✓ O sujeito agressivo tenta conseguir a todo custo seu objetivo, afastando as pessoas e os outros
obstáculos no processo.

✓ Principais tipos de sujeitos agressivos (Martins, 2005):

✓Impositor: é aquele que busca o consentimento do outro pelo medo. Para conseguir seu objetivo,
utiliza ameaças que envolvem alguma perda para o agredido e, assim, neutraliza suas forças e
resistências;
✓Rebelde: é aquele que tem o espírito de denúncia, ou seja, que expõe as outras pessoas a
situações embaraçosas;
Comportamento Agressivo

Do contra: é aquele que contradiz tudo e todos. Normalmente, ele não escuta bem e
coloca objeções às ideias dos outros, como uma forma de mostrar seu poder de influência;
✓ Sabotador de ideias e pessoas: é aquele que desvaloriza tudo e todos destruindo as ideias alheias;
✓Vingador: é aquele que guarda rancor e, num dado momento prejudica a pessoa que ele culpa por
sua mágoa;
✓ Pretensioso: é aquele que esmaga o outro com seus conhecimentos;
✓ Susceptível: é aquele que não suporta ser contrariado. Tem dificuldade em aceitar o não do outro.
Comportamento Agressivo

✓ Defende seus direitos pessoais e sua expressão de forma normalmente, desonesta, inapropriada e
sempre viola os direitos da outra pessoa;

✓ Pode ser expresso de maneira direta (verbalizações ofensivas) ou indireta (gestos hostis/ameaçadores,
comentários sarcásticos,...

✓ Consequências:

✓a curto prazo: favoráveis (ating ir objetivos-reforço) ou desfavoráveis


(enérg ica contra- agressão).

✓ longo prazo: sempre negativas (evitação dos outros, tensão na relação, vinganças,...).
Comportamento Agressivo

✓ Mensagem: “isso é o que eu penso e você é estúpido por pensar de forma diferente; o que eu quero é
que importa; os meus sentimentos que importam e não os seus.

✓ Objetivos: dominação e vencer, forçando a outra pessoa a perder.

✓ A vitória é assegurada pela humilhação, degradação, pela minimização ou dominação das pessoas.
✓A pessoa responde muito vigorosamente, causando uma forte impressão negativa e mais tarde
arrepende- se disso.
✓ O agressivo invade o espaço do outro quando deseja algo.
✓ Passa por cima do outro para atingir seus objetivos.
D IF E R E N Ç AS ENTRE CO MP ORTA ME N TO ASSERTIVO,
NÃO-ASSERTIVO E A G R E S S I VO
ASSERTIVO N Ã O ASSERTIVO AGRESSIVO
Emocionalmente honesto na expressão de Emocionalmente inibido na expressão de Emocionalmente honesto na expressão de
sentimentos negativos. sentimentos negativos. sentimentos negativos.

Expressa sentimentos negativos, controlando a Quando expressa sentimentos negativos, a forma Expressa sentimentos negativos de forma
forma de expressão. é inapropriada. inapropriada.

Procura atingir os objetivos, perseverando, Muito raramente atinge os objetivos e Atinge os objetivos, na maioria das vezes
tanto quanto possível, a relação. usualmente os sacrifica para manter a relação. prejudicando a relação.

Persevera nos objetivos e avalia o próprio Não persevera, recriminando a si e aos outros. Persevera sem avaliar as conseqüências.
comportamento.
Consegue discordar do grupo. Quase sempre concorda com o grupo. Consegue discordar do grupo.

Defendo os próprios direitos, respeitando os Não defende os próprios direitos, mas respeita Defendo os próprios direitos, geralmente
direitos alheios. aos direitos alheios. desrespeitando os direitos alheios.

Valoriza-se sem ferir o outro. Desvaloriza-se. Valoriza-se, ferindo o outro.


Faz as próprias escolhas, considerando opiniões Indeciso nas escolhas, submetendo-se as opiniões Faz escolhas para si e para o outro.
alheias quando necessário. alheias.

Gera, em direção a si, sentimentos de respeito. Gera, em relação a si, sentimentos de pena, Gera, em relação a si, sentimentos de raiva e
irritação e desprezo. vingança.

Sente-se satisfeito consigo mesmo. Sente-se mal consigo mesmo. Pode sentir-se bem ou mal consigo mesmo.

Produz uma imagem positiva de si mesmo. Produz uma imagem negativa de si mesmo. Produz uma imagem negativa de si mesmo.
E S C O LH A

“É convicção nossa que cada pessoa deveria poder escolher como agir. Se alguém pode agir
assertivamente sob determinadas circunstâncias, mas escolhe não fazê-lo, atingimos nosso objetivo (o
de ensinar as pessoas a se comportar de forma assertiva)...Se, ao contrário, você for incapaz de agir
assertivamente (p.ex., não pode escolher como se comportar, mas se acovarda com a não-assertividade
ou explode na agressão), será governado pelos demais e sua saúde mental se ressentirá. Nosso critério
mais importante para seu bem estar é que você faz a escolha”

(Alberti e Emmons, 1978).


R e fe r ê n c i a s

ALBERTI, R. e EMMONS, A. Comportamento Assertivo: um guia de auto-expressão.


Interlivros, 1978.
CABALLO, V. Manual de Técnicas de Modificação do Comportamento. Ed. Santos, 1996.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Habilidades Sociais: Terapia e
Educação. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Relações Interpessoais: vivências para
o trabalho em grupo. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
M A RTINS, V. Seja assertivo. Editora Campos, 2005.
PORTELLA, M. (org.). Estratégias de treinamento em habilidades sociais. CPAF-RJ,
2011. W O LPE, J. Prática da Terapia Comportamental. São Paulo: Editora Brasiliense,
1976.
M u i to obrigada!

Contatos:

contato@jtpsicologia.com

@jtpsicologia

jtpsicologia.com
Assertividade

1 ASSERTIVIDADE
É uma habilidade verbal que permite ao ser humano ter controle de si mesmo
nas relações interpessoais.
O comportamento assertivo é definido como a expressão adequada de qualquer
emoção que não a ansiedade com relação à outra pessoa.

Comportamento Não Assertivo

Tende a pensar na resposta apropriada depois que a oportunidade passou.


O passivo não sabe pedir porque não sabe ouvir, receber e dizer não.

Comportamento Assertivo

É o comportamento que torna uma pessoa capaz de agir em seus próprios


interesses, a se afirmar sem ansiedade indevida, a expressar sentimentos sinceros sem
constrangimento ou a exercitar seus próprios direitos sem negar os alheios.
Uma pessoa assertiva é capaz de lutar pelos seus próprios interesses com
segurança e confiança. Expressa seus sentimentos e emoções sem ansiedade.
O assertivo nem sempre resolve seus problemas, mas sempre
tenta. O assertivo sabe pedir e ouvir sim ou não e não se frustra com
o não.

Comportamento Agressivo

A pessoa responde muito vigorosamente, causando uma forte impressão


negativa e mais tarde arrepende-se disso.
O agressivo invade o espaço do outro quando
deseja algo. Passa por cima do outro para atingir seus
objetivos.

Direitos Assertivos (Smith, 1975)

1 – Você tem o direito de julgar seu próprio comportamento, pensamento e


emoções e assumir a responsabilidade por seu início e conseqüências sobre você
mesmo.
2 – Você tem o direito de não apresentar razões ou desculpas para justificar seu
comportamento.
3– Você tem o direito de julgar se é responsável por solucionar problemas de outras
pessoas.
4 – Você tem o direito de mudar de idéia.
5– Você tem o direito de cometer erros e ser responsável por eles.
Conteúdo
6 – 1Vocêexclusivo da JT
tem o direito de Psicologia
dizer: “Nãoesei”.
dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação
desse material, será considerada como plágio.
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
Assertividade

7– Você tem o direito de ser independente da boa vontade de outros antes de lidar com
2
eles.
8 – Você tem o direito de ser ilógico ao tomar decisões.
9 – Você tem o direito de dizer: “Não compreendo”.
10 – Você tem o direito de dizer: “Não me importo”.
ASSERTIVIDADE – afirmação dos próprios direitos e expressão
de

pensamento, sentimento e crenças de maneira direta, honesta e


apropriada

que não viole o direito do outro. É um tipo de enfrentamento de situações

com risco que requer autocontrole e expressão apropriada de sentimentos

negativos.

Conteúdo
2 exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação
desse material, será considerada como plágio.
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
Assertividade

3
DIFERENÇAS ENTRE COMPORTAMENTO ASSERTIVO, NÃO-

ASSERTIVO E PASSIVO

ASSERTIVO NÃO ASSERTIVO AGRESSIVO


Emocionalmente honesto na Emocionalmente inibido na Emocionalmente honesto na
expressão de sentimentos expressão de sentimentos expressão de sentimentos
negativos. negativos. negativos.
Expressa sentimentos negativos, Quando expressa sentimentos Expressa sentimentos
controlando a forma de negativos, a forma é negativos de forma
expressão. inapropriada. inapropriada.
Procura atingir os objetivos, Muito raramente atinge os Atinge os objetivos, na maioria
perseverando, tanto quanto objetivos e usualmente os das vezes prejudicando a
possível, a relação. sacrifica para manter a relação. relação.
Persevera nos objetivos e avalia Não persevera, recriminando a si Persevera sem avaliar as
o próprio comportamento. e aos outros. conseqüências.
Consegue discordar do grupo. Quase sempre concorda com o Consegue discordar do grupo.
grupo.
Defendo os próprios direitos, Não defende os próprios direitos, Defendo os próprios direitos,
respeitando os direitos alheios. mas respeita aos direitos alheios. geralmente desrespeitando os
direitos alheios.
Valoriza-se sem ferir o outro. Desvaloriza-se. Valoriza-se, ferindo o outro.
Faz as próprias escolhas, Indeciso nas escolhas, Faz escolhas para si e para o
considerando opiniões alheias submetendo-se as opiniões outro.
quando necessário. alheias.
Gera, em direção a si, Gera, em relação a si, Gera, em relação a si,
sentimentos de respeito. sentimentos de pena, irritação e sentimentos de raiva e
desprezo. vingança.
Sente-se satisfeito consigo Sente-se mal consigo mesmo. Pode sentir-se bem ou mal
mesmo. consigo mesmo.
Produz uma imagem positiva de Produz uma imagem negativa de Produz uma imagem negativa
si mesmo. si mesmo. de si mesmo.

Conteúdo
3 exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação
desse material, será considerada como plágio.
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
Treino A s s e r t i v o
Treino A s s e r ti v o

TÉCNICAS COMPORTAMENTAIS PARA O TREINO E M ASSERTIVIDADE

A assertividade é uma habilidade social e como toda habilidade social precisa ser
praticada, sem prática e exercícios não existe aquisição de assertividade e de
nenhuma outra habilidade social. Além de técnicas comportamentais, vale lembrar
a necessidade do trabalho com o aspecto cognitivo através da reestruturação
cognitiva e resolução de problemas, bem como do aspecto emocional através da
redução de ansiedade por respiração diafragmática e relaxamento.
Treino A s s e r ti v o

1 – Disco Rachado ou Disco Quebrado (Smith, 1997)

Consiste na repetição contínua do seu ponto de vista com um tom de voz


moderado, tranquilamente, sem responder à argumentação do interlocutor. Não
respondemos às perguntas e questionamentos por parte do interlocutor. A pessoa
repete inúmeras vezes sua posição de forma clara e precisa como se fosse um
disco arranhado. Essa técnica permite-nos ser objetivos e persistentes, repetindo
quantas vezes forem necessárias o que queremos, sem que nos aborreçamos,
irritemos ou levantemos a voz.
Treino A s s e r ti v o

A maioria das pessoas tem o hábito compulsivo de responder a qualquer pergunta, ou reagir a
qualquer declaração e por isso é tão difícil para alguns ignorar as deixas e perguntas das pessoas,
enquanto nos colocamos assertivamente. É muito importante que não respondamos a
nenhuma pergunta, que não ofereçamos desculpas ou razões e para tal devemos fazer
“ouvidos de mercador” para tudo que nos digam no sentido de nos manipular pela culpa ou
pelo medo.
Os grandes vilões da assertividade são os estados de medo e culpa. É sempre difícil comportar-se
assertivamente quando somos manipulados pelo medo ou culpa em nossas relações íntimas e se
não lançarmos mão de uma estratégia e seguirmos persistentes, agiremos, na maioria das
vezes, passivamente.
Treino A s s e r ti v o

A técnica do disco quebrado é um método que, por meio da repetição do que se


deseja dizer, ensina a persistência sem ser preciso ensaiar argumentos ou maus
sentimentos para lidar com os outros. A o praticá-la, aprendemos a não nos importar
com as armadilhas manipuladoras verbais (através do medo e da culpa), a
provocação e a lógica irrelevante enquanto explicitamos nossos desejos.
Treino A s s e r ti v o

2 – Nevoeiro (Smith, 1997)

Nessa técnica, o indivíduo parafraseia o que a outra pessoa acaba de dizer no todo ou em parte,
mas permanece em sua posição. O indivíduo parece estar de acordo com a colocação que
“pode ter razão”, mas não admite que tenha razão de fato e continua com seu próprio juízo.
Usando essa técnica podemos: concordar com a verdade do que está sendo colocado, concordar
em princípio, ou com as possibilidades em situações da vida em casos de manipulação lógica,
argumentativa ou geradora de sentimentos de ansiedade e culpa.
O nevoeiro nos ensina a ouvir com atenção crítica e a respondê-la com uma resposta pensada e
não automática sobre o nosso comportamento e não ao julgamento do crítico.
Treino A s s e r ti v o

Exemplo da técnica para receber críticas de um colega de trabalho sobre o jeito de se vestir
do outro:

Gilberto: Carlos, vejo que você está mal vestido como de costume. (CRÍTICA)
Carlos: Tem razão, hoje estou mesmo mal vestido. (NEVOEIRO concordando com a verdade)
Gilberto: E além do mais, sua roupa está toda amarrotada, parece que foi arrancada da boca de
um cachorro, não é mesmo? (CRÍTICA)
Carlos: É mesmo está um pouco amassada. (NEVOEIRO)
Gilberto: Você não acha que recebe um salário muito bom e que deveria investir um pouco dele
em seu vestuário para se apresentar melhor? (CRÍTICA C O M MANIPULAÇÃO PELA CULPA)
Treino A s s e r ti v o

Carlos: Talvez você tenha razão, Gilberto. Eu de fato poderia reservar uma parcela do
meu salário para investir em roupas novas. (NEVOEIRO, concordando com a
possibilidade)
Gilberto: Se eu fosse você pediria para alguém comprar roupas melhores para mim e não
andaria como um desleixado. (CRÍTICA com sugestão de mudança de comportamento)
Carlos: Isso faz sentido, Gilberto, portanto, quando eu achar necessário, vou procurar
comprar roupas novas ou pedirei a alguém que faça isso por mim. (NEVOEIRO)

A o utilizarmos a técnica do nevoeiro aprendemos a receber calmamente as críticas,


pedidos e colocações sem ansiedade nem atitude defensiva, ao mesmo tempo em
que não reforçamos os que tentam nos manipular.
Treino A s s e r ti v o

3 – Acordo viável (Smith, 1997)


Essa técnica consiste propor um acordo que contemple as duas partes envolvidas na
conversação. Uma parte vai propor um acordo entre duas alternativas onde tanto
quem propôs quanto quem recebeu a proposta se sinta bem. Mas nem sempre é
possível se chegar a um acordo porque nem tudo é negociável. Em situações em que o
auto-respeito está em jogo ou que os valores sejam violados, não há negociação, não
é possível se chegar a um acordo. Por exemplo, o filho de Maria tirou nota baixa nas
provas e está de castigo sem poder ir a casa dos amigos e mesmo assim ele lhe pede
para ir à casa de um amigo no sábado.
Treino A s s e r ti v o

Para Maria o castigo é inegociável, se ela fizer um acordo e permitir que ele saia
apenas no sábado, estará indo contra seus valores e agirá de forma passiva. Mas
quando um pedido pode ser negociado, você propõe um acordo que fique bom
para ambas às partes. Como exemplo de um acordo viável onde pode haver
negociação um marido negocia com sua esposa que não quer viajar, uma viagem de
férias. É possível negociar nossos objetivos materiais, mas se o que for negociado
afetar nossos valores, princípios ou autoestima, não há acordo, neste caso você
estará agindo de forma passiva.
Treino A s s e r ti v o

4 – Separar os temas (Caballo, 2008)

Algumas vezes no decorrer de uma interação diversos temas são apresentados conjuntamente.
Essas mensagens são confusas e tendenciosas e precisam ser separadas e tratadas de maneira
diferenciada para que não deixemos nenhum tema sem resposta.
A o separarmos os diferentes temas, conseguimos discriminar o que está sendo pedido e suas
consequências para que possamos organizar uma resposta adequada e assertiva deixando tudo
esclarecido e respondido.
É comum filhos ou melhores amigos misturarem temas e condicionarem o amor materno ou
paterno a fim de conseguirem o que querem de seus pais. Nada melhor que separar os temas e
respondê-los com clareza, pontuando que resposta ao pedido nada tem a ver com o sentimento.
Treino A s s e r ti v o

Exemplo:
Filho: Mãe, já que você me ama tanto, podia me emprestar seu carro para que eu possa
voltar para casa mais cedo e acompanhá-la à casa dos seus amigos, conforme havia me
pedido.
Mãe: Calma aí rapaz! Temos três fatos diferentes nessa colocação. Primeiro, eu de fato, te
amo muito. Segundo, quanto a te emprestar o meu carro, temos que conversar um pouco
mais - para ir aonde, com quem e por quanto tempo – para ver se é possível e por último, se
você quiser me acompanhar à casa dos meus amigos, ficarei feliz mas se não, tudo bem e não
te emprestarei o carro por esse motivo ou pelo fato de te amar, O K ?
Filho: Ok, mãe.
Treino A s s e r ti v o

5 – Reforço em forma de sanduíche (Caballo, 2008)

Essa técnica consiste em apresentar uma expressão positiva antes e depois de uma
expressão negativa para suavizar a expressão negativa e para aumentar a
probabilidade que o receptor escute claramente a crítica.
Na técnica sanduíche a gente elogia a pessoa, faz a crítica (direcionada ao
comportamento) e elogia de novo. Quando começamos a elogiar, na verdade
baixamos sua defesa e a preparamos para ouvir a nossa crítica e antes que ela possa
pensar em se aborrecer, a elogiamos novamente.
Treino A s s e r ti v o

6 – Técnica do Cheeseburguer (Portella, 2008)

A técnica do cheeseburguer é a junção da técnica do sanduíche e da técnica do pedido


de mudança do comportamento. Ela é um pouco diferente e mais completa, primeiro
nós elogiamos, depois criticamos, pedimos mudança de comportamento colocando
exatamente o que queremos que a pessoa faça e no final elogiamos novamente.
Treino A s s e r ti v o

7 – Afirmação Negativa (Smith, 1997)

A afirmação negativa ensina a aceitar os próprios erros e falhas sem precisar se


desculpar, concordando com a crítica hostil ou construtiva das suas qualidades
negativas.
Como lidar com nossos erros? Da forma mais simples, enfrentando-os verbalmente
como se fossem exatamente o que são: erros. Nessa técnica aceitamos
afirmativamente tudo aquilo que existe de negativo em nós. Enfrentamos nossos
erros e supostos erros sem desmoronar em face da crítica hostil.
Treino A s s e r ti v o

Suponha que você tenha pedido para um colega de trabalho analisar uma pasta
e tenha esquecido de entregar a pasta para ele:

Maria: E aí, Roberto, o que achou do trabalho?


Roberto: Que trabalho? Você me pediu para analisá-lo, mas não me entregou
nada. (CRÍTICA)
Maria: Tem razão, esqueci de entregar o trabalho, mas hoje não esquecerei.
(AFIRMAÇÂO NEGATIVA)
Treino A s s e r ti v o

A o usarmos a afirmação negativa quando nossos erros são criticados, a atitude do crítico vai
determinar a necessidade ou não de usarmos outros métodos, como o nevoeiro e o
questionamento negativo. Se no exemplo Roberto insistisse em criticar a colega de trabalho,
ela precisaria lançar mão de outras técnicas como:
Roberto: “Você realmente precisa se organizar mais para esquecer menos as coisas”. (Crítica)
Maria: “Talvez você tenha razão e eu realmente precise me organizar mais”. (Nevoeiro)
Roberto: “A cho que sua falta de org anização pode comprometer o seu desempenho
profissional”. (Crítica com manipulação pelo medo)
Treino A s s e r ti v o

Maria: “Isso faz sentido, você poderia me dizer aonde especificamente o meu desempenho
profissional foi comprometido pela minha falta de organização?” (Questionamento Negativo)
Roberto: “Na verdade esse comentário é só um toque para que isso não venha a ocorrer.”
(Não soube especificar)
Maria: “Agradeço muitíssimo a sua preocupação, mas quando eu julgar necessário mudo a
forma de organização do meu trabalho”.
Maria não só foi assertiva como colocou o crítico no seu lugar deixando-o sem graça.
A técnica da afirmação negativa permite uma observação mais calma dos pontos negativos do
próprio comportamento sem ansiedade, sem defensivas ou negações em relação ao erro,
reduzindo a hostilidade do crítico. É usada para receber críticas.
Treino A s s e r ti v o

8 – Questionamento negativo (Smith, 1997)

Quando usamos o questionamento negativo não respondemos à crítica com


negativa, atitude defensiva nem com contra manipulação, fazendo críticas também.
Interrompemos o ciclo manipulador provocando ativamente mais críticas a nosso
respeito ou maiores informações sobre o que está sendo criticado. O
questionamento negativo ensina a examinar a opinião da outra pessoa, em vez de
simplesmente aceitá-la ou lutar contra ela. Ensina a provocar a crítica a fim de usar a
informação quando válida ou exauri-la quando manipuladora, fazendo ao mesmo
tempo com que o crítico seja mais específico.
Treino A s s e r ti v o

Essa técnica é muito interessante para distinguirmos críticas construtivas das


destrutivas. Nela, a pessoa não só concorda com a possibilidade de a crítica ser real,
mas pede mais informações sobre a colocação. Se o crítico está se colocando para
ajudar, a crítica for justificada e tiver como objetivo a promoção de mudança de
comportamento, o crítico vai conseguir ser específico e fornecer o material para
que a pessoa mude seu comportamento. Se a crítica for destrutiva, o crítico não
conseguirá ser específico e será “desmascarado” porque não saberá te dar
feedback.
Treino A s s e r ti v o

Como exemplo temos duas amigas de faculdade onde uma critica o trabalho da
outra: Vera: “Teresa, não gostei do seu trabalho, não ficou bom.” (Crítica)
Teresa: “Você tem razão, Vera, realmente meu trabalho não ficou muito bom, você
poderia me dizer especificamente aonde não foi muito bom?” (Questionamento
negativo).
Vera: “Acho que você explorou muito pouco a fundamentação teórica usando apenas
dois livros como referência, o que empobreceu a parte teórica, além do mais, você
podia ter inserido alguns exemplos para facilitar o entendimento” (Feedback
específico).
Treino A s s e r ti v o

Teresa: “Acho que você realmente tem razão, o que você sugere para que eu possa
melhorar?”
Vera: “Se você usar pelo menos mais dois livros como referência e incluir exemplos, seu
trabalho vai ficar legal”.
Teresa: “O brig ada, Vera, sua colocação me ajudou muito. D epois que eu fizer
as modificações você podia dar uma olhada para ver se ficou melhor”?
Vera: “É claro, que sim, Teresa.”
Treino A s s e r ti v o

Neste exemplo a crítica feita era construtiva e ajudou muito. O crítico soube com
detalhes se colocar fundamentando e explicitando o que achava que precisava
melhorar.
Essa técnica é usada para recebermos críticas.
Treino A s s e r ti v o

9 – Técnica do DESC (Bower & Bower, citados por Caballo, 2008)

DESC sig nifica: Descrever, Expressar, eSpecificar e as Consequências. O s autores


explicam os quatro passos da seguinte maneira:
Descreva o comportamento incômodo da pessoa em termos objetivos e concretos.
Expresse seus pensamentos ou sentimentos sobre o comportamento de forma
positiva.
Especifique a mudança de comportamento que quer que a outra pessoa apresente.
Assinale as consequências positivas que você proporcionará se a pessoa mantiver o
acordo para mudar, ou as consequências negativas caso a pessoa não mude.
Treino A s s e r ti v o

Nem sempre é necessário usar as quatro etapas descritas.


O exemplo irá descrever uma situação onde um pai está preocupado com sua filha porque ela está
dormindo muito tarde.
Descrição: “Quando você vai dormir muito tarde...”
Expressão: “Fico preocupado com seu bem estar porque você acorda muito cedo para estudar e seu
rendimento na escola não é o mesmo...”
Especifique: “Gostaria que você fosse dormir mais cedo...”
Consequências: “Dessa forma acordaria mais bem disposta, renderia melhor nos estudos e seu bem
estar estaria assegurado”.
Essa técnica é usada para expressar desagrado ou incômodo de modo justificado ou para pedido de
mudança de comportamento.
Treino A s s e r ti v o

10 – Desarmar Ira (Caballo, 2008)

Agir assertivamente pressupõe clareza e objetividade e é difícil sermos assertivos quando


lidamos com um interlocutor desequilibrado durante uma explosão de raiva.
Essa técnica consiste em ignorar o conteúdo da mensagem irada e concentrar nossa atenção e
conversação no fato de que a pessoa está aborrecida. Devemos, calmamente, expressar que
retornaremos o conteúdo da conversa assim que a outra pessoa se acalme e recusamos
qualquer tentativa de conversa antes que isso aconteça. Para tal, é importante mantermos
contato visual e empregarmos um tom de voz moderado.
Treino A s s e r ti v o

Uma maneira de obtermos esse desarme da ira é tentar fazer com que a pessoa se sente para tomar
um café ou uma água e, enquanto isso conversamos sobre os temas apresentados, mas evitamos
discutir conteúdos específicos até que a pessoa se acalme. A técnica basicamente propõe uma
negociação de um tempo para “esfriar” o clima, acalmar os ânimos para que ambas as partes
possam pensar mais claramente e resolver o problema. Vale ressaltar que esse recurso deve ser
utilizado sendo as acusações verdadeiras ou falsas, e como parte da técnica, não devemos responder
aos insultos nem a outros argumentos, e para tal devemos empregar uma espécie de disco rachado
repetimos que “falaremos disso, depois que você se acalme”. A utilização dessa técnica pressupõe
que aguentemos pacientemente as primeiras explosões de raiva do interlocutor, repetindo quantas
vezes forem necessárias que apenas conversaremos quando a calma e a clareza de raciocínio forem
restabelecidas.
Treino A s s e r ti v o

Como exemplo da técnica, descreveremos uma situação onde um pai recebe sua filha de
madrugada chegando de uma saída com os amigos duas horas depois da hora combinada e
não atendeu ao celular. Como agravante, o pai descobre que sua filha mentiu sobre o
local onde estaria.
Pai (aos berros): “Roberta, posso saber o quê está acontecendo? Quem você pensa que é
para mentir pra mim”?
Filha: “Enquanto você estiver nervoso e gritando comigo, não temos condições de
conversar”. (Desarmando a Ira)
Pai: “E você queria o quê? Você volta depois do horário combinado, mente pra mim e
não atende o celular e quer me encontrar calmo”?
Treino A s s e r ti v o

Filha: “Já disse que enquanto estiver nervoso não poderemos conversar”.
(D isco rachado)
Pai: “Tudo bem, mas não pense que você vai me enrolar mocinha! Quero tudo bem
explicadinho nos mínimos detalhes”.
Filha: “Vem, pai! Senta aqui que eu vou preparar um café quentinho pra você e aí a
gente conversa”. (Desarmando a Ira)
Pai: “Tudo bem”.
Essa técnica pode ser utilizada quando somos criticados, quando nos pedem mudança
de comportamento ou expressam desagrado com raiva.
Treino A s s e r ti v o

11 – Assertividade e racionalidade nos julgamentos e avaliações (Martins,


2005)

O julgamento irracional distorce a realidade e antecipa a consequência de um possível


problema. Quando alguém adota o julgamento irracional, está profundamente preocupado
com o que os outros vão pensar a seu respeito.
O julgamento racional é focado na “situação-problema” e entende que existem muitas
soluções para o mesmo problema. Não é preciso ter medo do que os outros vão pensar. O
máximo que pode acontecer é não concordarem e tudo estará bem. A comunicação assertiva
baseia-se no julgamento racional.
Treino A s s e r ti v o

Pense em uma situação em que você não venha fazendo valer seus direitos. Complete a frase
com os pensamentos que têm dirigido você a usar julgamentos irracionais nessa situação: Se eu
fizer valer meus direitos,

Agora, troque seu julgamento irracional por um julgamento racional, na mesma situação: Se eu
fizer valer meus direitos, o máximo que pode acontecer é

“Isto é o que eu penso”.


“Isto é o que eu
quero”. “Isto é o que
eu sinto”.
Treino A s s e r ti v o

Além disso, existem três condições para ser assertivo:

1 – Saber o que quer e aonde quer chegar


A clareza do objetivo é condição básica para uma comunicação firme, direta e
segura. O autoconhecimento é uma boa forma de obter esclarecimentos sobre seus
sentimentos, pensamentos e desejos.
Treino A s s e r ti v o

2 – Partir de um pensamento positivo

Se suas expectativas forem altas, os resultados também serão altos, mas, se forem
baixas, a dúvida e a insegurança faz com que se hesite, vacile diante da situação.
Porém, essa positividade deve ser um pano de fundo para uma análise dos fatos e
dados com isenção e rigor, transformando a ameaça em oportunidade de sucesso.
Treino A s s e r ti v o

3 – Ser proativo para atingir os resultados

Ser proativo é antecipar possíveis problemas que possam interferir nos


resultados finais, planejando para não permitir que ocorram. Uma pessoa que
sabe o que quer, acredita em sua capacidade e age proativamente assume a
responsabilidade por sua própria vida e por suas escolhas. Assim, está habilitado
a se tornar uma pessoa assertiva.
R e fe r ê n c i a s

ALBERTI, R. e EMMONS, A. Comportamento Assertivo: um guia de auto-expressão.


Interlivros, 1978.
CABALLO, V. Manual de Técnicas de Modificação do Comportamento. Ed. Santos, 1996.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Habilidades Sociais: Terapia e
Educação. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
DEL PRETTE, Z. A. P. e DEL PRETTE, A. Psicologia das Relações Interpessoais: vivências para
o trabalho em grupo. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
M A RTINS, V. Seja assertivo. Editora Campos, 2005.
PORTELLA, M. (org.). Estratégias de treinamento em habilidades sociais. CPAF-RJ,
2011. W O LPE, J. Prática da Terapia Comportamental. São Paulo: Editora Brasiliense,
1976.
M u i to obrigada!

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