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Fátima Vasques, Psicóloga

Um tema ou padrão amplo, difuso.

Formado por memórias, emoções e sensações corporais.

Relacionado a si próprio ou aos relacionamentos com outras pessoas.

Desenvolvido durante a infância ou adolescência.

Elaborado ao longo da vida do indivíduo.

Disfuncional em nível significativo.


Em síntese: esquemas desadaptativos remotos são padrões emocionais e cognitivos


autoderrotistas iniciados em nosso desenvolvimento desde cedo e repetidos ao longo
da vida.

Os comportamentos desadaptativos desenvolvem–se como resposta a um esquema.


Os comportamentos são provocados pelos esquemas, mas não se constituem em
partes dele.

Esquemas resultam de necessidades emocionais não satisfeitas na infância.

Cinco necessidades emocionais fundamentais para os seres humanos:

1. Vínculos seguros com outros indivíduos (inclui segurança, estabilidade, cuidado e aceitação).

2. Autonomia, competência e sentido de identidade.

3. Liberdade de expressão, necessidades e emoções válidas.

4. Espontaneidade e lazer.

5. Limites realistas e autocontrole.

Temperamento inato.

Influências culturais (etnia, religião, situação socioeconômica).


Conforme, Young et. al.(2008), EIDS são padrões emocionais e
cognitivos, compostos por crenças profundamente enraizadas a
respeito de si mesmo e do mundo, memórias, sensações corporais
e experiências emocionais, sendo considerados multifacetados por
possuírem componentes cognitivos, emocionais, interpessoais e
comportamentais, de acordo com Gluhoski e Young (1997).
Necessidades
emocionais
básicas

EIDs

Experiências
Temperamento
de vida
emocional
precoces
São esquemas elaborados ao longo da vida.

Desenvolvidos na infância.

Significativamente disfuncionais.

Modelo para o processamento de experiências futuras.

Não necessariamente fruto de experiências traumáticas.

Experiências continuadas e cotidianas já são suficientes para sua formação.


Verdades incondicionais (absolutas).

Autoperpetuadas.

Disfuncionais.

Com altos níveis de afetos.

Ativados por acontecimentos relevantes.


18 esquemas iniciais desadaptativos.

Agrupados em 5 domínios:

1. Desconexão e rejeição.

2. Autonomia e desempenho prejudicados.

3. Limites prejudicados.

4. Direcionamento para o outro.

5. Supervigilância e Inibição.
Esse domínio está relacionado à dificuldade com vínculos. Mostra uma quebra relacionada à
confiabilidade e à segurança nas relações interpessoais. O indivíduo que apresenta escore alto
no inventário de Young nesse domínio sente que não pode contar com os outros. Questões
como empatia, suporte e respeito foram negligenciados. Possivelmente as figuras principais
de apego tenham sido imprevisíveis, desinteressadas ou abusivas.

Características da família de origem: fria, desligada, rejeitadora, isoladora, imprevisível ou


abusadora.

Características do paciente: inseguro, defectivo, desconfiado, isolado.

Medrosos / Dependentes
Abandono / Instabilidade.

Desconfiança / Abuso.

Privação emocional.
Necessidades emocionais

Defectividade / Vergonha.

Isolamento social / Alienação. Vínculo seguro


Abandono / Instabilidade

Expectativa de perder as pessoas com quem tem um


vínculo emocional. As pessoas importantes são vistas
como imprevisíveis ou inábeis na capacidade de nutrição
das suas necessidades emocionais. Os relacionamentos
íntimos podem eventualmente acabar e o parceiro ou
parceira abandoná-lo ou morrer.

( Arnstz & Jacob, 2003; Young et al, 2009; DiFrancesco,


Roediger & Stevens, 2015)
Principais pensamentos: exemplos

Tenho medo de perder as pessoas que amo e me


preocupo com a possibilidade de que possam morrer.

As pessoas sempre se afastam de mim por alguma razão,


isso me causa muito sofrimento. Por isso prefiro não me
relacionar.

Acho que sempre serei só.

Eu nunca vou ter alguém confiável.

Não suporto ficar só, preciso de alguém que me dê


segurança.
Desconfiança / Abuso

O indivíduo está convencido de que as pessoas, de


uma maneira ou de outra, irão se aproveitar ou
tirar vantagem dele. O que é esperado é a dor, ser
traído, manipulado ou humilhado. Estão sempre
hipervigilantes e não confiam em ninguém.
Principais pensamentos: exemplos

Preciso me proteger e estar vigilante porque as pessoas


não são confiáveis.

Sei que as pessoas sempre querem tirar proveito de mim


ou me prejudicar

As pessoas que se aproximam de mim sempre querem


algo em troca

Não posso confiar nem nas pessoas mais próximas, pois


é só uma questão de tempo para que elas me traiam.
Privação emocional

Acredita que suas necessidades básicas


emocionais não serão nutridas ou serão nutridas
inadequadamente pelos outros. Isso inclui
cuidados físicos, empatia, afeição, compaixão,
proteção, nutrição e cuidados emocionais. Os tipos
mais comuns de falhas na privação estão
relacionados com a nutrição das necessidades
emocionais, empatia e proteção.

(Arnstz & Jacob, 2003; Young et al., 2009;


DiFrancesco, Roediger & Stevens, 2015)
Principais pensamentos: exemplos

Não tenho e nunca terei ninguém que me dê carinho, que


cuide de mim.

Ninguém entende o que sinto e penso.

As pessoas não se importam com o que me acontece.

Sempre dou mais do que recebo, principalmente nos


meus relacionamentos amorosos.

Eu estou sozinho a maior parte do tempo, não conto com


ninguém.
Defectividade / Vergonha

Sente-se intrinsicamente incompleto. Tem medo


que na medida que as pessoas o conheçam
profundamente, seus defeitos sejam descobertos.
Isso o leva à acreditar que ninguém vai amá-lo ao
saber dos seus defeitos e falhas. Esse indivíduo
tem uma grande preocupação com o julgamento
das outras pessoas. O sentimento de vergonha
está constantemente presente.

(Arnstz & Jacob, 2003; Young et al., 2009;


DiFrancesco, Roediger & Stevens, 2015)
Principais pensamentos: exemplos

As pessoas vão perceber que sou cheio de defeitos.

Ninguém vai me amar se conhecer meus defeitos.

Sou burro, sou idiota, não sou inteligente como meus


amigos.

Ninguém vai me querer ou aceitar como sou.

Não tenho qualidades.

Preciso esconder meus defeitos, ninguém vai me aceitar


se descobri-los.
Isolamento social

Sente-se isolado do resto do mundo e diferente das


outras pessoas; não encaixa em nenhum lugar. O
sentimento primário é a solidão, e a pessoa pode
ter a sensação de não pertencer ao grupo social, e
tampouco ao grupo familiar.

(Arnstz & Jacob, 2003; Young et al., 2009;


DiFrancesco, Roediger & Stevens, 2015)
Principais pensamentos: exemplos

Não gosto de reuniões sociais porque tenho medo do que


as pessoas podem pensar sobre mim.

As pessoas à minha volta são sempre melhores que eu –


mais bonitas, mais importantes, mais bem sucedidas etc.

Eu sempre me sinto excluído dos grupos, sou só.

Sinto-me desconectado de tudo e de todos.

Sou uma pessoa desinteressante e fundamentalmente


diferente das outras pessoas.
Esquemas Esquema Inicial
Domínio Necessidades Básicas Estratégia de enfrentamento adaptativa
desadaptativos adaptativo
Desconexão e Busca e mantém relação estável com
Base emocional estável Abandono Apego Seguro
Rejeição outros
Honestidade, verdade, senso de Acredita em intenções e propósitos alheios
Desconexão e Abuso /
lealdade e ausência de situações de Confiança básica e dá o benefício da dúvida em situações
Rejeição Desconfiança
abuso ambíguas
É capaz de formar relações de intimidade
Desconexão e Afeto e amorosidade nas relações. Privação Completude com pessoas significativas, que incluem
Rejeição Empatia e proteção nas relações Emocional emocional espontaneidade, expressão de
necessidades e troca amorosa
Aceitação amorosa incondicional dos
cuidadores. Encorajamento para
Desconexão e Defectividade / Autoaceitação e Demonstra autoaceitação e é genuína e
compartilhar áreas de conflito pessoal
Rejeição Vergonha amor próprio honesta com os outros
e garantia de confidencialidade.
Ausência de criticismo e rejeição
Sentimento de aceitação e inclusão Isolamento
Desconexão e Pertencimento Tem interesse e conexão com grupos
nos valores e interesse de sua Social /
Rejeição Social sociais e compartilha interesses
comunidade (amigos) alienação
Acreditam que são incapazes de funcionar independentemente. Expectativas sobre si mesmo
e sobre o ambiente, que interferem na própria capacidade de se separar, sobreviver, funcionar
de forma independente ou ter bom desempenho.

Características da família de origem: superprotetora, emaranhada, destruidora da confiança da


criança; não consegue reforçar a criança a ter um desempenho competente fora da família.

Características do paciente: dependente, medroso, vulnerável, procrastinador.

Medrosos / Dependentes
Dependência/Incompetência.

Vulnerabilidade ao dano ou à doença.

Emaranhamento / Self subdesenvolvido.


Necessidades emocionais

Fracasso.
Autonomia e
competência
Dependência / Incompetência

Crença de que se é incapaz de exercer


as responsabilidades do dia a dia de
uma maneira competente, sem à ajuda
dos outros; não se sente confiante,
sensação de completo desamparo.
Principais pensamentos: exemplos

Não consigo fazer nada só, preciso de alguém para me


ajudar.

Não posso resolver qualquer problema ou tomar decisões


sozinho.

Preciso de alguém que tome conta de mim e me direcione


em relação as questões da minha vida

Não confio no meu senso de julgamento, preciso de


alguém que me diga o que fazer.
Vulnerabilidade ao dano ou à doença

O indivíduo sente que a qualquer momento algo


terrível pode acontecer e ele não ser protegido.
Sente medo tanto de catástrofes físicas quanto
psicológicas. Esse indivíduo vai sempre tomar
precaução para que isso não ocorra.

(Arnstz & Jacob, 2003; Young et al., 2009;


DiFrancesco, Roediger & Stevens, 2015)
Principais pensamentos: exemplos

Algo ruim está para acontecer a qualquer momento.

Posso ficar sem dinheiro e ir à falência.

Há perigo em todos os lugares, posso ser roubado ou


atacado a qualquer momento.

Melhor não viajar só, é perigoso.

Tenho medo de perder o controle em público.


Emaranhamento / Self subdesenvolvido

É excessivamente envolvido com um ou ambos os


pais. Em função dessa relação simbiótica, é
incapaz de desenvolver sua própria identidade. Em
muitos momentos, o indivíduo imagina que não
consegue viver sem a outra pessoa. Pode se sentir
vazio e sem objetivos. Sua sensação é a de que
tem uma relação muito próxima e se sente apoiado
pela pessoa com quem se acha emaranhada.

(Arnstz & Jacob, 2003; Young et al., 2009;


DiFrancesco, Roediger & Stevens, 2015)
Principais pensamentos: exemplos

Não consigo ficar longe dos meus pais / parceiro.

Eu e meus pais / parceiro pensamos exatamente da


mesma forma.

Estou tão envolvida com meus pais / parceiro, que não


consigo saber realmente quem sou.

Meus pais ficariam muito magoados se eu fosse morar


sozinha ou longe deles. Somos muito apegados, e tenho
medo de ferir seus sentimentos.
Fracasso

Convencido de que não pode ter uma


performance no mesmo nível de seus
pares na sua carreira, educação, esporte
ou em qualquer atividade, e de que não
será valorizado em razão disso. Sente-se
estúpido, ignorante, bobo e sem talento.

(Arnstz & Jacob, 2003; Young et al., 2009;


DiFrancesco, Roediger & Stevens, 2015)
Principais pensamentos: exemplos

Sou incompetente, as pessoas à minha volta conseguem


realizar muito mais coisas do que eu e ter mais sucesso.

Sempre irei fracassar.

Eu era um fracasso na escola.

Eu sinto que não tenho nenhum talento.

As pessoas acham que sou competente, mas isso não é


verdade.
Esquemas Esquema inicial Estratégia de enfrentamento
Domínio Necessidades básicas
desadaptativos adaptativo adaptativa
Maneja as demandas diárias de
Autonomia e Desafios, suporte, orientação Competência modo decidido e sem utilização
Dependência e
Desempenho para o aprendizado de como racional e senso exagerada do auxílio dos outros.
Incompetência
prejudicado manejar com o cotidiano de autonomia Mostra-se independente, mas
conectada
Auxílio por parte dos cuidadores Tem um senso realístico de
Autonomia e
no equilíbrio entre indicadores de Vulnerabilidade ao Segurança e segurança e resiliência e enfrenta
desempenho
doença ou problemas versus dano e a doença força pessoal situações problemáticas de
prejudicado
habilidades de enfrentamento forma pró-ativa e racional
Convivência com pessoas Demonstra um sentido e
Autonomia e
significativas que a aceitam de direcionamentos para a sua vida,
desempenho Emaranhamento Self desenvolvido
seu modo e respeitem seus tendo limites bem definidos entre
prejudicados
limites e direcionamentos si e os outros
Suporte e orientação no
Autonomia e É capaz de gerar significado às
desenvolvimento de habilidades
desempenho Fracasso Sucesso suas escolhas profissionais,
em diversas áreas ( lazer,
prejudicados educacionais, etc
educacional, esportiva, etc)
Este domínio está relacionado com a falta de responsabilidade, falta limites e pouca
tolerância à frustração. Dificuldade de trabalhar com outras pessoas e de definir objetivos
realistas.

Características da família de origem: não oferecem direcionamento e orientação, ou de ter


dado à impressão de serem superiores ao resto do mundo.

Características do paciente: irresponsável, narcisista, impulsivo, insensível.

Individualistas
Arrogo / Grandiosidade

Autocontrole / Autodisciplina insuficientes

Necessidades emocionais

Limites realistas e
autocontrole
Arrogo / Grandiosidade

O indivíduo julga ser superior às outras pessoas


e possuir direitos especiais. Imagina que não
precisa seguir as regras ou as expectativas da
sociedade. Toma o que quer para si e se
comporta sem considerar as pessoas à sua
volta. Vive em função de poder e controle sobre
as situações e sobre as pessoas. Raramente é
capaz de sentir empatia.

(Arnstz & Jacob, 2003; Young et al., 2009;


DiFrancesco, Roediger & Stevens, 2015).

.
Principais pensamentos: exemplos

Estou sempre certo e sinto raiva quando não concordam


comigo.

Não aceito não como resposta.

Às vezes sou impulsivo e agressivo, e isso pode me causar


problemas.

Tudo tem de ser feito do meu jeito, do contrário, fico com


raiva.

Minhas necessidades e desejos devem ser priorizados,


estou em primeiro lugar.
Autocontrole / Autodisciplina insuficientes

Pouca tolerância à frustração relacionada com o


atendimento de suas metas e objetivos. Não tem
capacidade de suprimir sentimentos e impulsos.
Tenta evitar qualquer tipo de desconforto em
qualquer das dimensões da sua vida

(Arnstz & Jacob, 2003; Young et al., 2009;


DiFrancesco, Roediger & Stevens, 2015).

.
Principais pensamentos: exemplos

Não gosto de regras ou de responsabilidades. Tenho


dificuldade para finalizar as tarefas chatas do dia a dia.

Não gosto de ser obrigado a fazer nada.

Sou impulsivo, e isso às vezes me causa problemas com


as pessoas à minha volta.

Tenho dificuldade de controlar a raiva, posso perder o


controle com facilidade.
Esquemas Esquema Inicial Estratégia de enfrentamento
Domínio Necessidades Básicas
desadaptativos adaptativo adaptativa
Orientação e imposição de limites Consegue colocar-se no lugar dos
Limites afetivos para o aprendizado do Arrogo / Consideração empática e outros, mostrando consideração e
Prejudicados efeito das ações dos outros para si Grandiosidade respeito pelos outros respeito por necessidades e
e vice-versa sentimentos alheios
Orientação e firmeza empática e
afetiva no adiamento das
É capaz de tolerar a frustração,
gratificações quando de tarefas
Limites Autocontrole / Autocontrole e adiando gratificações para a
diárias. Limites expressos quando
Prejudicados Autodisciplina autocontrole saudáveis conquista de objetivos mais
emoções se mostram fora de
complexos
controle ou inapropriados para os
contextos
A característica desse domínio é tomar as necessidades das outras pessoas em primeiro lugar,
em detrimento das próprias necessidades. O que leva as pessoas que tem esses esquemas
relacionados a esse domínio a funcionarem assim é a necessidade de receber amor e aprovação.

Características da família de origem: aceitação condicional, onde as crianças devem suprimir


aspectos importantes de si próprio para obterem amor, aceitação social ou status. As vontades
dos pais são mais importantes que os desejos e necessidades das crianças.

Características do paciente: submisso, altruísta, contido, preocupado.

Reativos / Angustiados
Subjugação

Autossacrifício

Busca de aprovação / Busca de reconhecimento


Necessidades emocionais

Validação de
necessidades
emocionais
Subjugação

Doa-se e entrega-se aos outros para evitar


consequências negativas. Isso inclui negar
todas as suas necessidades emocionais. Pensa
que seus desejos, opiniões e sentimentos não
são importantes para as outras pessoas.
Comumente evita entrar em contato com a
raiva, que é explicitada de maneira inadequada
apresentando comportamento passivo-
agressivo ou tendo sintomas somatizados.

(Arnstz & Jacob, 2003; Young et al., 2009;


DiFrancesco, Roediger & Stevens, 2015).
Principais pensamentos: exemplos

Eu me preocupo em ter a aprovação das pessoas.

Quando alguém sofre, eu sofro igualmente e sempre


procuro ajudar.

Não gosto de exigir, confrontar ou questionar as pessoas.


Tenho medo de que me rejeitem ou que fiquem com raiva.

Gosto de ser uma pessoa que coloca as outras em


primeiro lugar.
Autossacrifício

Voluntariamente sacrifica suas necessidades


pelas outras pessoas, que tem na conta de
frágeis. Quando presta atenção às suas
necessidades, sente-se culpada a respeito. É
hipersensível à dor do outro. No longo prazo,
sente ressentimento para com as pessoas
pelas quais se sacrificou.

(Arnstz & Jacob, 2003; Young et al., 2009;


DiFrancesco, Roediger & Stevens, 2015).
Principais pensamentos: exemplos

Prefiro ajudar o outro a fazer algo por mim mesmo.

Tenho dificuldade de pedir ajuda.

Quando me coloco em primeiro lugar, me sinto mal e


culpado.

Para mim é mais importante dar do que receber.

Sempre tenho tempo para ajudar as pessoas. Por vezes,


deixo de fazer as minhas coisas para ajudá-las.
Busca de aprovação / Reconhecimento

Busca aprovação, apreciação, admiração e


reconhecimento das pessoas à sua volta.
Isso ocorre porque visa a ter suas
necessidades emocionais atendidas.
Comumente resulta em excessivo desejo
de status, beleza e aprovação social.

(Arnstz & Jacob, 2003; Young et al., 2009;


DiFrancesco, Roediger & Stevens, 2015).
Principais pensamentos: exemplos

Preciso ser constantemente reconhecido. Se isso não


acontecer, fico angustiado.

Gosto muito de ser admirado, isso é importante para mim.

Preocupo-me muito com o que as pessoas pensam de


mim, e às vezes isso me causa ansiedade.

É bom competir, gosto de estar sempre em primeiro lugar.


Esquemas Esquema Inicial
Domínio Necessidades Básicas Estratégia de enfrentamento adaptativa
desadaptativos adaptativo
Liberdade para expressar suas Demonstra assertividade e capacidade de
Direcionamento necessidades, sentimentos e expressão de necessidades, opiniões,
Subjugação Assertividade
para o outro opiniões, sem sofrer rejeição ou sentimentos e desejos nas relações,
punição mesmo quando estes diferem dos demais
Equilíbrio na avaliação da
importância das necessidades de Autocuidado e Encontra um balanço harmônico entre suas
Direcionamento
cada pessoa. Não utilização de Autos sacrifício auto interesse necessidades e a dos outros, sendo gentil e
para o outro
culpa para controlar a expressão saudáveis útil para com a comunidade
das necessidades da criança
Direcionamento *Busca de
para o outro Reconhecimento

* EIDS definidos mais recentemente e ainda sem estudos confirmatórios de sua relação com carência das necessidades
emocionais. Fonte: adaptada de Lockwood e Perris (2011).
À custa da autoexpressão e do cuidado consigo mesmo, o indivíduo que tem esquemas
relacionados, com esse domínio suprime sua espontaneidade, sentimentos e necessidades,
seguindo suas próprias regras e valores.

Características da família de origem: repressora, perfeccionista, crítica ou moralista, que tem altas
e irrazoáveis expectativas quanto aos seus filhos.

Características do paciente: triste, reprimido, preocupado.

Hipervigilantes
Necessidades emocionais

Negativismo / Pessimismo.

Inibição emocional.

Padrões inflexíveis / Postura crítica exagerada. Necessidades emocionais

Postura punitiva.

Espontaneidade
Negativismo / Pessimismo

Sempre vê o lado negativo das coisas, enquanto


ignora o lado positivo. Eventualmente sente que
tudo está acontecendo de maneira errada, mesmo
que esteja acontecendo de maneira positiva. A
preocupação é uma constância e essa pessoa
estará sempre alerta, tendo por hábito a
reclamação e a dificuldade de tomar decisões.

(Arnstz & Jacob, 2003; Young et al., 2009;


DiFrancesco, Roediger & Stevens, 2015).
Principais pensamentos: exemplos

Sei que algo vai dar errado, isso sempre acontece.

Se cometer um erro, isso vai desencadear uma série de


problemas que poderão ser insolúveis.

Se tiver uma chance de dar errado, sei que vai dar errado.

Sou pessimista, sempre espero o pior.

Sempre vejo o lado negativo das coisas.


Inibição emocional

O indivíduo tem um supercontrole sobre suas


emoções e impulsos e imagina que, se expressar
suas emoções, machucará as pessoas. Expressar
as emoções o leva a experimentar uma sensação
de vergonha e baixa autoestima. Isso faz com que
evite a espontaneidade na expressão emocional
assim como raiva, tristeza e alegria. Isto também
envolve a evitação de conflitos. Normalmente se
apresenta muito desconectado e super-racional.

(Arnstz & Jacob, 2003; Young et al., 2009;


DiFrancesco, Roediger & Stevens, 2015).
Principais pensamentos: exemplos

Não gosto de exposição.

As pessoas não devem expressar o que sentem; eu não


expresso meus sentimentos.

Sou muito reservado, não demonstro o que sinto.

Tenho dificuldade e / ou não gosto de expressar a raiva.

Não me sinto confortável em abraçar e tocar as pessoas,


pois tenho dificuldade de contato físico.
Padrões inflexíveis

Acredita que nunca será bom o suficiente e irá


tentar fazer tudo de maneira mais perfeita.
Tentará satisfazer padrões irrealistas para
evitar críticas. É excessivamente crítico consigo
mesmo e com as pessoas que estão à sua
volta. Isso resulta em perfeccionismo e rigidez.

(Arnstz & Jacob, 2003; Young et al., 2009;


DiFrancesco, Roediger & Stevens, 2015).
Principais pensamentos: exemplos

Tudo precisa estar perfeito nos mínimos detalhes.

Estou sempre fazendo coisas e realizando tarefas, não


tenho tempo para relaxar e não sinto muito prazer nisso.

Nada está bom o suficiente, sempre se pode fazer melhor.

Não admito erros; quando erro me critico muito. Quem erra


merece ser criticado.
Postura punitiva

Julga que as pessoas precisam ser


severamente punidas pelos seus erros. É
agressivo, intolerante e impaciente. Não
desculpa os seus próprios erros nem os
das pessoas à sua volta. As circunstâncias
individuais envolvidas nas questões não
são levadas em consideração.

(Arnstz & Jacob, 2003; Young et al., 2009;


DiFrancesco, Roediger & Stevens, 2015).
Principais pensamentos: exemplos

Quem erra tem que pagar.

Não tenho paciência com erros; quem erra deve ser punido.

Não me interessam os motivos pelos quais o erro foi


cometido.

Não tenho pena de quem erra.

Fico com raiva quando alguém comete um erro, mesmo


que seja eu mesmo.
Esquemas Esquema Inicial Estratégia de enfrentamento
Domínio Necessidades Básicas
desadaptativos adaptativo adaptativa
Cuidadores que sejam espontâneos
e honestos com a expressão Expressa e discute livremente
Supervigilância e Espontaneidade e
emocional e que incentivem a Inibição Emocional sobre a vida emocional e
Inibição expressão emocional
criança e expressar e falar sobre sentimentos
sentimentos
Orientação no desenvolvimento de Apresenta flexibilidade para
Supervigilância e padrões equilibrados entre metas e Padrões inflexíveis / adaptar padrões a suas
Padrões Realísticos
Inibição outros aspectos relevantes da vida, Hipercriticidade habilidades e aos contextos
com perdão por erros ocasionais vividos
Supervigilância e
*Negativismo
Inibição
Supervigilância e
*Caráter Punitivo
Inibição

* EIDS definidos mais recentemente e ainda sem estudos confirmatórios de sua relação com carência das necessidades
emocionais. Fonte: adaptada de Lockwood e Perris (2011).
EDR NEC não atendidas Temas Subjacentes Sentimentos

Acolhimento, afeição, empatia, Expectativas de jamais atingir


Privação Emocional orientação, compartilhamento necessidades de apoio, Isolamento e solidão
de experiência pessoal cuidado, empatia e proteção
Expectativas de ser
Figura de apego emocionais abandonado por significantes.
Abandono/Instabilidade Mágoa, ansiedade e raiva
estáveis Os outros são imprevisíveis e
não disponíveis

Honestidade, Confiabilidade, Expectativas de ser humilhado, Estado de Alarme, Ansiedade,


Desconfiança/Abuso
lealdade e ausência de abuso prejudicado ou abusado Raiva

Inclusão e aceitação por uma


Crença de estar de fora do
Isolamento Social/Alienação comunidade que compartilhe Ansiedade
grupo
interesse e valores
EDR NEC não atendidas Temas subjacentes Sentimentos
Defectividade e Aceitação e amor incondicionais, Crença de ser defeituoso, mau e indigno Vergonha e
Vergonha ausência de crítica /inferior ansiedade
Apoio e orientação no
Senso de ser incapaz de desempenhar Sentimento de ser
Fracasso desenvolvimento de competências e
bem em relação aos pares estúpido e medíocre
na escolha de áreas de conquista
Apoio e orientação no confronto com
Dependência/ Incapacidade de funcionar de forma
desafios diários, tomada de decisão, Ansiedade e tensão
Incompetência autônoma como tomar decisões
sem ajuda excessiva
Modelo que equilibra preocupações
Expectativas de ser devastado por
Vulnerabilidade a danos/ razoáveis com enfrentamento de
catástrofes, bem como os parentes e de Ansiedade
doenças riscos, sem preocupação ou
ser incapaz de prevenir
superproteção indevidas
Promoção e aceitação de uma Envolvimento e proximidade excessivos
Emaranhamento / Self
identidade separada e de direção na com significantes; incapacidade para Ansiedade
subdesenvolvido
vida. Respeito aos limites pessoais. desenvolver a própria identidade
EDR NEC não atendidas Temas subjacentes Sentimentos
Liberdade de expressão das necessidades,
Submissão aos outros por medo de
Subjugação sentimentos e opiniões nas relações, sem Ansiedade e raiva
conflito e punição
medo de punição ou rejeição
Equilíbrio na importância das
necessidades de cada pessoa , sem uso Foco excessivo nas necessidades
Auto-sacrificío Culpa, raiva
da culpa como controle da expressão e da dos outros para evitar a culpa
consideração com os outros
Busca excessiva de atenção, Ansiedade
Busca de aprovação Necessidades ainda em estudo ***
reconhecimento e aprovação
Figuras significantes que estimulem e
Expectativa de que a expressão de
ajam com espontaneidade, que falem de Inibição das emoções/
Inibição Emocional sentimentos e a espontaneidade
sentimentos e encorajem expressões de racionalidade excessiva
leva a embaraço e retaliação
emoções
EDR NEC não atendidas Temas subjacentes Sentimentos

Orientação apropriada no desenvolvimento de


Busca excessiva de perfeição,
padrões e ideais, assim como o equilíbrio nas
Padrões Inflexíveis / hipercrítico com os outros e consigo,
metas e no desempenho, valorização de saúde, Ansiedade
Crítica exagerada abandono do lazer em prol das
intimidade, lazer, assim como o perdão frente
obrigações
aos erros e imperfeições
Foco excessivo nos aspectos
Negativismo / Ansiedade e estado
Necessidades ainda em estudo *** negativos da vida, ignorando os
Pessimismo de alerta
positivos
Expectativas de que os erros devem
Postura Punitiva Necessidades ainda em estudo *** ser punidos. Agressividade, Irritabilidade
intolerância, impaciência
Orientação e limite empático para o
Merecimento / aprendizado da empatia com a perspectiva, Crença de ser superior e de ter mais
Raiva
Arrogo direitos e necessidades dos outros, bem como direitos do que os outros
do respeito a igualdade
NEC- não atendidas
EDR Temas Subjacentes Sentimentos

Orientação e limite empático com relação as


competências diárias de rotina, Intolerância a frustração e
Autocontrole / Autodisciplina
responsabilidades e metas de longo prazo. incapacidade para Raiva
Insuficientes
Limites frente a expressões descontroladas controlar impulsos
de emoções ou impulsividade

*** Necessidades ainda em estudo (Lockwwood & Perris, 2012).


Young et al (2008) dividiu os esquemas em: condicionais e incondicionais.

Os Esquemas Incondicionais são mais remotos e nucleares, configurando-se como crenças a


respeito de si mesmo e dos outros.

Os Esquemas Condicionais se desenvolvem tardiamente, como uma tentativa de lidar com as


crenças mais remotas.

Os esquemas condicionais tendem a gerar menos prejuízos à vida do indivíduo do que os


esquemas incondicionais (Cazassa & Oliveira, 2008).
Esquemas condicionais Esquemas Incondicionais
Abandono/Instabilidade Subjugação
Desconfiança /abuso Autossacrifício
Privação emocional Busca de aprovação
Defectividade Inibição Emocional
Isolamento Social Padrões Inflexíveis / postura
crítica exagerada
Dependência/Incompetência
Vulnerabilidade ao dano e a doença
Emaranhamento do self
Fracasso
Negativismo/pessimismo
Postura Punitiva
Arrogo/Grandiosidade
Autocontrole/autodisciplina insuficientes
Exemplos:

Padrões inflexíveis em resposta à defectividade. A pessoa acredita “Se for perfeito, então vou
merecer amor”.

Subjugação em resposta a abandono. O indivíduo acredita que “Se fizer tudo o que a outra
pessoa quer e nunca ficar com raiva por isso, ela ficará comigo”.

Autossacrifício em resposta à defectividade. “Se atender todas as necessidades dessa pessoa e


ignorar as minhas próprias, então ela vai me aceitar, apesar de meus defeitos, e não vou me
sentir tão indignado de amor”.
Hipercompensação, evitação e resignação

Resignação (paralisação): aceitação que o esquema é verdadeiro.

Evitação (fuga): organizam a vida de tal forma para que o esquema nunca seja ativado.

Hipercompensação (luta): lutam contra o esquema pensando, sentindo, comportando-


se e relacionando-se, como se o oposto do esquema fosse verdadeiro.
Nível cognitivo Reagir de modo previsível
MANUTENÇÃO Complacência,
ao conteúdo dos
(resignação) Nível dependência
esquemas
comportamental

Cognitivo Abuso de substâncias


Busca evitar a qualquer
afastamento,
custo o contato com
EVITAÇÃO Afetivo desligamento psicológico,
informações, situações
isolamento social,
e/ou afetos da ativação
evitação, estimulação,
Comportamental dos EIDS
tornar-se um workaholic

Agressão, hostilidade,
manipulação, exigência,
Age de modo oposto aos
HIPERCOMPENSAÇÃO Inconsciente perfeccionismo, controle
conteúdos dos EIDS
excessivo, autoconfiança
excessiva
São os comportamentos específicos, por meio dos quais os três estilos de
enfrentamento são expressados.

Estilo de enfrentamento é um traço, ao passo que resposta de enfrentamento é


um estado.

Um estilo de enfrentamento consiste em um conjunto de respostas de


enfrentamento que um indivíduo costuma usar a fim de evitar a resignação ou a
hipercompensação.
Estilos de enfrentamento Comportamento Pensamento Sentimentos
Processamento seletivo, vendo as
Resignação ao esquema Repetir os padrões interacionais da A dor emocional do
informações que confirmam o
(Entregar-se ao esquema e infância, escolhendo pessoas esquema é sentida
esquema e ignorando as que
adaptar-se a ele) semelhantes aos seus cuidadores diretamente
desconfirmam
Evitação do esquema (esquiva de
Evitação ativa e passiva de Negação de eventos ou de
atividades, que disparam os Encobrir ou negar
situações disparadoras do memórias, despersonalização ou
esquemas, impedindo experiências sentimentos
esquema dissociação
corretivas)
Hipercompensação do esquema
Mascarar sentimentos
(ações opostas ao tema central
desconfortáveis
para não ser atingido por ele; Comportar-se de forma opositora
Os pensamentos são opositores relacionados ao esquema
superestimativa da influência do ao esquema (geralmente
ao esquema, negação do esquema (por ex: arrogância para
esquema, atitude excessivamente exagerada)
esconder sentimento de
assertiva, agressiva ou
inferioridade
independente)
Esquemas
Exemplos de
desadaptativos Exemplos de resignação Exemplos de evitação
hipercompensação
Remotos
Escolhe parceiros com os Agarra-se ao parceiro e o
quais não consegue sufoca a ponto de afastá-lo.
Abandono/ Evita relacionamentos
estabelecer compromisso e Ataca veementemente o
instabilidade íntimos
se mantém no parceiro até mesmo por
relacionamento pequenas separações
Evita se tornar vulnerável Usa e abusa de outros
Desconfiança / Escolhe parceiros abusivos e e acreditar em qualquer
permite o abuso pessoa, mantém (“pegue-os antes que eles lhe
Abuso
segredo peguem“)
Esquemas
Exemplos de
desadaptativos Exemplos de resignação Exemplos de evitação
hipercompensação
Remotos
Age de forma
Escolhe parceiros que lhe privam
Privação Evita totalmente emocionalmente
emocionalmente e não lhes pede
emocional relacionamentos íntimos exigente com parceiros
que atendam suas necessidades
e amigos íntimos
Evita expressar os
Critica e rejeita os
Defectividade / Escolhe amigos que o criticam e verdadeiros pensamentos
outros, enquanto
Vergonha rejeitam; diminui a si próprio e sentimentos e deixar que
aparenta ser perfeito
os outros se aproximem
Em reuniões sociais, concentra-
Isolamento
se exclusivamente nas Evita situações sociais e Torna-se um camaleão
social /
diferenças em relação a outros, grupos para ajustar-se a grupos
Alienação
em vez de nas semelhanças
Esquemas
Exemplos de
desadaptativos Exemplos de resignação Exemplos de evitação
hipercompensação
Remotos
Pede a pessoas importantes Torna-se tão autossuficiente
Evita assumir novos
Dependência / (pais, cônjuge) que tomem que não pede nada a ninguém
desafios, como
Incompetência todas as suas decisões
aprender a dirigir (“contradependente”)
financeiras
Vulnerabilidade Lê obsessivamente sobre Evita ir a lugares que Age de forma negligente, sem
ao dano ou catástrofes em jornais e as não pareçam consideração pelo perigo
doença prevê em situações cotidianas totalmente seguros (“contrafóbico”)
Faz as coisas com pouca Evita Completamente Torna-se uma pessoa muito
Fracasso dedicação ou de forma desafios profissionais. bem-sucedida, estimulando-
descuidada Posterga as tarefas se ininterruptamente
Esquemas
Exemplos de
desadaptativos Exemplos de resignação Exemplos de evitação
hipercompensação
Remotos
Pressiona as outras pessoas
Arrogo / para que tudo aconteça à sua Evita situações nas quais é Presta atenção excessiva
Grandiosidade maneira. Jacta-se de suas médio, e não superior às necessidades alheias
próprias realizações
Torna-se
Autocontrole /
Desiste rapidamente de tarefas Evita empregos e não exageradamente
Autodisciplina
de rotina aceita responsabilidade autocontrolado ou
insuficientes
autodisciplinado
Deixa que outros indivíduos Evita situações que
Rebela-se contra a
Subjugação controlem situações e tomem possam envolver conflito
autoridade
decisões com outros indivíduos
Esquemas
Exemplos de
desadaptativos Exemplos de resignação Exemplos de evitação
hipercompensação
Remotos
Faz o que pode para
Busca de Evita interagir com
Age para impressionar outras conseguir a desaprovação
aprovação / Busca aqueles cuja
pessoas. de outros. Mantém-se em
de reconhecimento aprovação é cobiçada.
segundo plano.
Concentra-se no negativo.
Bebe para dissipar É exageradamente
Ignora o positivo. Preocupa-se
Negativismo / sentimentos otimista (do tipo
constantemente. Faz muitos
Pessimismo pessimistas e “Poliana”). Nega
esforços para evitar qualquer
infelicidade. realidades desagradáveis.
resultado negativo possível.
Esquemas
desadaptativos Exemplos de resignação Exemplos de evitação Exemplos de hipercompensação
Remotos
Mantém uma conduta Evita situações nas quais as Tenta, de forma desajeitada, ser
Inibição
calma, sem intensidade pessoas discutem ou “a animação da festa”, ainda
emocional
emocional expressam sentimentos que pareça pouco natural

Padrões Não se importa nem um pouco


Evita ou posterga situações
inflexíveis / Gasta muito tempo com os padrões – cumpre
e tarefas em que o
Postura crítica tentando ser perfeito tarefas de maneira apressada e
desempenho será julgado
exagerada descuidada
Trata a si mesmo e a
Evita outros por medo de Comporta-se de maneira
Postura punitiva outros de maneira dura
punição exageradamente clemente.
e punitiva
Perpetuação do esquema  três mecanismos básicos: distorções cognitivas, padrões
de vida autoderrotistas, estilos de enfrentamento.

Cura dos esquemas  finalidade última da terapia do esquema.

Esquema  conjunto de memórias, emoções, sensações corporais e cognitivas.

Cura do esquema  envolve a redução de todos estes: a intensidade das memórias


conectadas ao esquema, sua carga emocional, a força das sensações corporais e as
soluções desadaptativas e também a mudança comportamental.
Ativação simultânea de um conjunto de esquemas que provoca um estado determinado
em um dado momento.

Quando utilizamos os modos:

1. Quando há um conjunto de EIDS ativados.

2. Pacientes com Transtorno de Personalidade.

3. Pacientes resistentes.

4. Psicoterapia não avança

5. Pacientes muito rígidos e evitativos.

6. Pacientes autopunitivos e autocríticos.


Conjunto de esquemas ou operações de esquemas
(adaptativos ou desadaptativos) que estão ativados no
indivíduo em um determinado momento.
Conjunto de esquemas

Estados Emocionais

Respostas de enfrentamento

Ativados simultaneamente
“As emoções, as cognições e os comportamentos específicos que são ativados no
momento”.

O modo é o estado predominante em um determinado momento.

Existem modos funcionais.


Modos incluem sentimentos, enfrentamentos, cognições e reações saudáveis que
experimentamos no momento.

São estados transitórios.


Associados a emoções negativas e formas de lidar com essas emoções.

Ativados por nossos “botões” – mudamos para modos desadaptativos quando


necessidades primordiais não são supridas e nossos esquemas são ativados.
Os modos esquemáticos são desenvolvidos como um padrão para lidar com as
contingências ambientais, onde busca-se entender com estes suas necessidades
emocionais básicas.
Modos Inatos da Criança.

Modos Desadaptativos de Enfrentamento.

Modos Internalizados de pais Disfuncionais.

Modo Adulto Saudável.


Vulnerável

Impulsiva / Indisciplinada
Criança zangada

Modo Criança Feliz


Protetor desligado Resignação Hipercompensação
Mãe / Pai críticos Pai / Mãe punitivos
Grupo Modos Esquemas Associados
Abandono / Instabilidade, Privação Emocional, Desconfiança
e abuso, Defectividade, Isolamento Social, Dependência /
Criança Vulnerável – considerado
Modos Criança Incompetência, Fracasso, Emaranhamento / Self
o modo mais importante
Subdesenvolvimento, Vulnerabilidade ao Dano e à Doença,
Negatividade / Pessimismo
Abandono / Instabilidade, Privação Emocional, Desconfiança
e abuso, Defectividade, Isolamento Social, Dependência /
Criança Zangada Incompetência, Fracasso, Emaranhamento / Self
Subdesenvolvimento, Vulnerabilidade ao Dano e à Doença,
Negatividade / Pessimismo
Arrogo/grandiosidade; autocontrole / autodisciplina
Criança Impulsiva / Indisciplinada
Insuficiente
Criança Feliz Nenhum
Grupo Modos Esquemas Associados
Modos de Enfrentamento A forma de enfrentamento é caracterizada
Capitulador Complacente
Disfuncional por obediência e dependência
A forma de enfrentamento é caracterizada
Protetor Desligado por retraimento, desconexão , isolamento e
evitação
A forma de enfrentamento é caracterizada
Hipercompensador
por contra-ataque e controle
Grupo Modos Esquemas Associados
Modo Pais Subjugação, postura punitiva, defectividade,
Pai/Mãe Punitivo/Crítico
Disfuncionais desconfiança/abuso ( como abusador)
Padrões Inflexíveis, Postura Punitiva,
Pai/ Mãe Exigente
Autossacrifício

Grupo Modos Esquemas Associados


Protege a criança vulnerável, estabelece limites
Adulto Saudável para a criança zangada e impulsiva e combate os
modos pai/mãe disfuncionais
Baseado em Farrell, J.M., Reis, N., & Shaw, J. (2014). The schema therapy clinician’s guide. Chichester: Wiley-Blackwell
Abreu, C.N. Teoria do Apego: fundamentos, pesquisas e implicações clínicas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.

Callegaro, M. M., & Landeira Fernandez, J. Pesquisas em neurociências e suas implicações na prática psicoterápica.
In: A. V. Cordioli (Org.), Psicoterapia: Abordagens atuais (3 ed). Porto Alegre: Artmed, 2008.

Falcone, Eliane & Cols. Produções em Terapia Cognitivo-Comportamental. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2012.

Young, J. E. ; Klosko, J.S.; & Weishaar, M. E. Terapia do esquema. Guia de técnicas cognitivo-comportamentais
inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008.

Young, Jeffrey & Klosko, Janet. Reinventa tu vida: como superar las actitudes negativas y sentir-se bien de nuevo.
Argentina: Paidós , 2012.

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