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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
O apagão registrado na manhã de hoje, que atingiu quase todos os estados do país, foi
encerrado e a energia foi restabelecida no início da tarde em todo o país. O governo acionou a
Polícia Federal e a Abin para apurar as causas do problema. Ao todo, 25 estados mais Distrito
Federal foram atingidos pelo apagão. Apenas Roraima, que não é interligada ao SIN (Sistema
Interligado Nacional), não foi afetada.
Dados de ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) mostraram uma queda abrupta
na carga e geração de energia entre 8h30 e 8h44. O ONS é o órgão responsável pela
coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de
energia elétrica no SIN.
Segundo o governo, a situação foi normalizada completamente no país ás 14h47,
pouco mais de seis horas após o início do apagão. “A normalização das cargas da
região Sul foi concluída ás 9h05 e nas regiões Sudeste/Centro – Oeste, ás 9h33. O SIN
foi 100% recomposto ás 14h49”, informou o ONS.
DESENVOLVIMENTO
Em casos de problema mais graves, como hoje, essa conexão é uma desvantagem porque
facilita a propagação de blecautes no sistema, num “efeito dominó”. Uma pane em
determinada estação pode ser espalhar rapidamente para as demais, afetando todo o
território nacional. Por isso, quando uma ocorrência maior é registrada há um desligamento de
outras regiões, para evitar que o problema se alastre até que suas causas sejam apuradas.
Esse desligamento de regiões ocorreu hoje. O ONS informou que a ocorrência no SIN provocou
a separação elétrica das regiões Norte e Nordeste das regiões Sul e Sudeste, “com abertura
das interligações entre essas regiões”. A interrupção no Sul e no Sudeste foi uma ação
controlada (proposital) justamente para evitar a propagação do problema.
“Houve um problema de geração em usinas que estão localizadas no Nordeste, então foi
preciso interromper o circuito para que esse problema não se propagasse e essas usinas
saíram do SIN nesse momento que houve a interrupção. Essas energias que elas geravam
foram perdidas.”
Imagina que você está na sua casa e tem um curto-circuito numa tomada. Para não propagar
essa corrente que está naquela tomada o disjuntor é acionado. O ONS desligou essa chave – de
forma metafórica – para não comprometer tecnicamente o sistema.
CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA RESIDENSIAL
Chart Title
16,000
14,000
12,000
10,000
8,000
6,000
4,000
2,000
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Cidades de 25 estados mais o Distrito Federal, nas cinco regiões, foram afetadas. Apenas em
Roraima não houve registro.
Ás 10h45, o ONS informou que os estados da região Sul e Sudeste já tiveram o fornecimento
normalizado. A região Centro – Oeste teve normalização ás 10h22. O ONS informou ás 12h36
que 55% das cargas do Norte e 81% do Nordeste estavam restabelecidas. O MME acrescentou
que todas as capitais já tiveram o serviço retomado.
Centro – Oeste: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Nordeste: Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco,
Alagoas, Sergipe e Bahia.
Norte: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins.
CONCLUSÃO
O diretor editorial da CNN em Brasília, Daniel Rittner, apurou com técnicos do setor elétrico
que a falha na interligação aconteceu em um circuito perto de Imperatriz, no Maranhão – uma
falha que, na prática, dividiu o país ao meio.
“Houve pelo menos 16 mil MW de interrupção de energia. O Operador, assim que identificou a
situação, iniciou ação conjunta com os agentes para restabelecer a energia nas regiões”, disse
o ONS.
O ONS afirmou que as causas da ocorrência – ou seja, o que provocou essa falha nas
interligações dos subsistemas Norte e Nordeste com o Sul e Sudeste/Centro – Oeste – ainda
estão sendo apuradas.
O vice – presidente Geraldo Alckmin disse mais cedo que a investigação da causa da perda de
carga no sistema seria feita após a normalização completa.
A retomada da carga tem sido lenta no Norte e Nordeste. No Norte, a carga ás 9h45 ainda era
77% menor que a vista antes do apagão. No Nordeste, a energia também volta lentamente e
no mesmo horário a região tinha 36% menos carga elétrica que o visto antes do problema.
Squadra
Opportunity Blackrock CPPIB Outros
Investimentos
9,7% 5,7% 5,0% 68,9%
9,8%
Equatorial
Distribuição
99,95
Equatorial
CELPA Maranhão
96,5% 65,1%
REFERÊNCIAS
Abbud, O. (2014). Por que o Brasil está correndo risco de racionamento de energia elétrica?
Instituto Braudel. São Paulo. Disponível em:
http://www.brasil-economiagoverno.org.br/2014/04/23/por-que-o-brasil-esta-correndo-risco-
de-racionamento-de-energia-eletrica/
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL (2001). ANEEL Apresenta Saída ao Impasse entre
Furnas e MAE. Disponível em: http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/noticias_area/arquivo.cfm?
tipo=PDF&idNoticia=570&idAreaNoticia=1