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Energia Elétrica
Profa. Ma. Thaissa de Melo Cesar
http://www.ons.org.br/paginas/sobre-o-sin/mapas 2
1:13
3
http://www.ons.org.br/paginas/energia-
agora/balanco-de-energia
1:13
Programação da Operação
Elaborado pelo ONS com a participação dos
agentes, os estudos de otimização e simulação
da operação do SIN são realizados em base
mensal, com etapas semanais e por patamar de
carga.
Estabelecem políticas de geração térmica e
intercâmbios inter-regionais para as semanas
analisadas e fornecem metas e diretrizes a
serem seguidas pela Programação Diária da
Operação Eletroenergética e pela Operação em
Tempo Real.
1:13
Programação da Operação
São realizadas regularmente revisões semanais que incorporam
informações atualizadas sobre o estado do sistema, as condições
meteorológicas e as previsões de carga e afluências.
http://www.ons.org.br/AcervoDigitalDocumentosEPu 5 1:13
blicacoes/SUMARIO-PMO-06_08%20a%2012_08.pdf
Programação da Operação
A programação da operação tem como insumo as estratégias de
operação calculadas no planejamento da operação energética,
informações atualizadas sobre o cronograma de expansão da geração e
transmissão, o estado atual de armazenamento dos reservatórios,
previsões atualizadas de carga de energia por patamar, a análise das
condições meteorológicas verificadas e previstas nas principais bacias
do SIN e previsões de afluências aos aproveitamentos hidrelétricos.
6
1:13
Programação da Operação
Programa Mensal da Operação (Pmo)
Revisão Semana da Semana Operativa
Programação Diária
Programa de Resposta da Demanda
Balanço de Energia
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Procedimentos de Rede
Módulo 3 - Planejamento da Operação
Módulo 4 - Programação da Operação
Módulo 5 - Operação do Sistema
Módulo 6 - Avaliação da Operação
https://www.ons.org.br/paginas/sobre-o-ons/procedimentos-de-rede/vigentes
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1:13
Falhas no sistema elétrico
As falhas no sistema elétrico podem distribuir-se,
aproximadamente, em:
Falhas devido
a erros de
pessoal
15%
Falhas de
atuação de
relés e outros
dispositivos
automáticos
12% Falha devida a
natureza
elétrica 9
diversa
73%
Blecaute parcial no Brasil
21/03/2018
10
11
12
13
14
15
16
17
Causas
Fonte: ONS18
Causas: Região Norte
20
Causas: Região Nordeste
21
Causas: Região Nordeste
22
Causas: Região Nordeste
23
Consequências no restante
das regiões
Houve atuação do ERAC – Esquema Regional
de Alívio de Carga, com corte de 3.665 MW
de carga, 5% do total no momento da
ocorrência.
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Estudos em Sistemas Elétricos de
Potência
Os estudos em Sistemas Elétricos de Potência (SEP) tem como
objetivo analisar o comportamento da rede em condições nominais
e/ou sob condições de falta.
25
1:13
Estudos em Sistemas Elétricos de
Potência
Podem ser divididos de acordo com o período de análise:
26
1:13
Estudos em Sistemas Elétricos de
Potência
Estudos em regime permanente:
Fluxo de potência;
Estabilidade de tensão;
Curto-circuito.
1:13 27
Fluxo de potência
28
1:13
Fluxo de potência
Utilização do estudo de fluxo de potência:
Análise do comportamento do sistema em carga leve,
média e pesada;
Determinação da compensação shunt (em derivação)
capacitiva necessária em carga pesada, para manter a
tensão dentro de limites aceitáveis;
Determinação da compensação shunt indutiva necessária
em carga leve a fim de manter a tensão terminal das linhas
dentro de limites aceitáveis;
29
1:13
Fluxo de potência
Utilização do estudo de fluxo de potência:
Determinação da compensação série capacitiva necessária
em carga pesada, de modo a aumentar a capacidade de
transmissão da linha;
Verificação do intercâmbio de potência entre áreas;
Determinação da máxima transação de potência entre duas
barras;
Análise do colapso de tensão correspondente ao aumento
da carga do sistema, curva P-V.
30
1:13
Curto-circuito
31
1:13
Curto-circuito
Serão estudadas as faltas simétricas e assimétricas.
32
1:13
Curto-circuito
33
1:13
Curto-circuito
34
1:13
Curto-circuito
Segundo o submódulo 2.3/2020 do procedimento de rede elaborado
pelo ONS, os estudos de curto-circuito dão subsídios para:
o cálculo de equivalentes da rede;
o dimensionamento elétrico e mecânico de disjuntores, chaves
seccionadoras, barramentos, linhas de transmissão,
transformadores, aterramento de instalações e outros
equipamentos;
a especificação de transformadores de corrente, bobinas de
bloqueio e sistemas de proteção; e
os estudos relativos ao ajuste e coordenação da proteção.
1:13 35
Curto-circuito
Em geral os objetivos específicos são:
Ajustar relés de proteção e selecionar fusíveis;
Dimensionar os equipamentos de chaveamento que irão
interromper as correntes de curto;
Seleção de reatores limitadores de corrente;
Estimar as consequências das correntes de curto, como esforços
mecânicos e térmicos sobre cabos, transformadores,
seccionadoras, para-raios, barramentos e outros equipamentos
elétricos;
36
1:13
Curto-circuito
Em geral os objetivos específicos são:
Determinar sobretensões em vários pontos do sistema;
Permitir o dimensionamento de malhas de terra e de cabos para-
raios;
Determinar as impedâncias corretas dos transformadores de força;
Determinar as correntes e tensões máximas e mínimas, afim de
ajustar a coordenação da proteção (relés temporizados).
37
1:13
Curto-circuito
Essas faltas podem ser de vários tipos, envolvendo um ou mais
elementos do sistema de potência.
As ocorrências de curto-circuito variam de acordo com o setor do
sistema elétrico. O setor de transmissão é o mais propício a sofrer
faltas, por se estender por todo o sistema elétrico.
38
1:13
39
1:13
Curto-circuito
A Tabela, mostra alguns índices de ocorrências dos tipos de faltas em
linhas de transmissão, com diferentes níveis de tensão nominal.
1:13 40
Curto-circuito
As causas dos curtos-circuitos são diversas.
Em linhas de transmissão as causas mais comuns são
quedas de árvores, vendavais, descargas atmosféricas e
vandalismo.
No período seco, quando as queimadas se tornam comuns,
o ar pode se ionizar, provocando uma falta fase-fase
resultando em desligamento de sistemas.
41
1:13
Curto-circuito
42
1:13
Curto-circuito
Os curtos-circuitos podem ser classificados em: curtos-circuitos
temporários e curtos-circuitos permanentes.
43
1:13
Curto-circuito: fontes de corrente
Em um sistema elétrico, considera-se como "fontes da corrente de
curto-circuito" a qualquer dispositivo que, a partir da ocorrência
da falta, passa a alimentar o sistema com a corrente de curto-
circuito.
44 1:13
Curto-circuito: fontes de corrente
1:13 45
Curto-circuito: fontes de corrente
46
1:13
Curto-circuito: Trifásico
Quando ocorre um curto-circuito trifásico ou curto-circuito
trifásico-terra, dizemos que esta é uma falta simétrica,
equilibrada, pois as correntes de curto-circuito das fases possuem
o mesmo valor eficaz.
49
1:13
Curto-circuito: Trifásico
Admite-se em princípio, curto-circuito franco, isto é, com
impedância de falta zero, isso simplifica os cálculos, e também
introduz um fator de segurança, já que conduz a valores
máximos. Os valores reais são usualmente inferiores aos
decorrentes de um curto-circuito trifásico franco.
50
1:13
Curto-circuito: Trifásico
A equação básica para o cálculo da corrente de falta é:
𝐸
𝐼=
𝑍
Em que:
𝐼 é a corrente a determinar;
𝐸 é a tensão no ponto de falta, imediatamente antes da
ocorrência da falta (é a tensão de pré-falta - 𝑽𝒑𝒇 );
𝑍 é o resultado da redução das várias impedâncias que
representam todos os elementos significativos do sistema.
51
1:13
Curto-circuito: Trifásico
52
1:13
Curto-circuito: Trifásico
A mudança no estado da corrente de carga para a corrente de
curto-circuito ocorre rapidamente. Sabemos que a magnitude da
corrente em um indutor não pode variar instantaneamente.
Esse conflito pode ser resolvido considerando-se que a corrente de
curto-circuito consiste em dois componentes:
Uma corrente CA simétrica como a maior magnitude da
corrente de curto-circuito;
Uma corrente transitória CC com uma magnitude inicial, mas
que se decompõe rapidamente.
53
1:13
Curto-circuito: Trifásico
Circuito RL
Um sistema elétrico é constituído de resistências, indutâncias e
capacitâncias. Os capacitores shunt afetam pouco os valores das
correntes de curto-circuito. Portanto um circuito RL, é um bom
modelo para análise de curto-circuito. Desta forma, um curto-
circuito pode ser representado pelo fechamento da chave “S” no
circuito da Figura.
54
1:13
Curto-circuito: Trifásico
Circuito RL
𝑑𝑖 𝑡
𝑒 𝑡 =𝑅∙𝑖 𝑡 +𝐿∙
𝑑𝑡
Ou,
𝑑𝑖 𝑡
2 ∙ 𝑉𝑒𝑓 ∙ sen 𝜔𝑡 + 𝛼 = 𝑅 ∙ 𝑖 𝑡 + 𝐿 ∙
𝑑𝑡 55
1:13
Curto-circuito: Trifásico
Circuito RL
𝑑𝑖 𝑡
2 ∙ 𝑉𝑒𝑓 ∙ sen 𝜔𝑡 + 𝛼 = 𝑅 ∙ 𝑖 𝑡 + 𝐿 ∙
𝑑𝑡
A solução da equação diferencial será:
𝜔𝑡
−
𝑖 𝑡 = 𝐼𝑚á𝑥 ∙ sen 𝜔𝑡 + 𝛼 − 𝜑 − 𝐼𝑚á𝑥 ∙ sen 𝛼 − 𝜑 ∙ 𝑒 𝑋/𝑅
2𝑉𝑒𝑓
𝐼𝑚á𝑥 =
𝑅 2 +𝑋 2 56
1:13
Curto-circuito: Trifásico
Circuito RL
𝜔𝑡
−
𝑖 𝑡 = 𝐼𝑚á𝑥 ∙ sen 𝜔𝑡 + 𝛼 − 𝜑 − 𝐼𝑚á𝑥 ∙ sen 𝛼 − 𝜑 ∙ 𝑒 𝑋/𝑅
𝒊𝑪𝑨 𝒕 𝒊𝑪𝑪 𝒕
Observando a equação, conclui-se que a corrente de curto-circuito
é composta de duas parcelas.
57
1:13
Curto-circuito: Trifásico
Circuito RL
𝜔𝑡
−
𝑖 𝑡 = 𝐼𝑚á𝑥 ∙ sen 𝜔𝑡 + 𝛼 − 𝜑 − 𝐼𝑚á𝑥 ∙ sen 𝛼 − 𝜑 ∙ 𝑒 𝑋/𝑅
𝒊𝑪𝑨 𝒕 𝒊𝑪𝑪 𝒕
Nestas condições, a corrente de curto-circuito tem a forma de onda típica
ilustrada na Figura:
58
1:13
Curto-circuito: Trifásico
A corrente de curto-circuito é normalmente assimétrica nos
primeiros ciclos, e depois torna-se simétrica. A máxima assimetria
ocorre no instante do curto-circuito e gradualmente torna-se
simétrica alguns ciclos depois, porque a componente contínua
decresce exponencialmente.
59
1:13
Curto-circuito: Trifásico
Além disso, a relação 𝑿/𝑹 não é constante e com o passar do
tempo ela diminui seu valor. Esta diminuição encontra explicação
na teoria de máquinas elétricas, onde suas reatâncias apresentam
valores diferentes no início e no fim de um curto-circuito.
60
1:13
Curto-circuito: Trifásico
Análise da relação 𝑿/𝑹
𝑋
=∞
𝑅
𝑋
=∞
𝑅
1:13 62
Curto-circuito: Trifásico
Análise da relação 𝑿/𝑹
𝑋
=0
𝑅
1:13 63
Curto-circuito: Trifásico
Análise da relação 𝑿/𝑹
𝑋
=0
𝑅
1:13 64
Curto-circuito: Trifásico
Análise da relação 𝑿/𝑹
𝑋
= valor definido
𝑅
1:13 65
Curto-circuito: Trifásico
Análise da relação 𝑿/𝑹
1:13 66
Curto-circuito: Trifásico
Análise da relação 𝑿/𝑹
67
1:13
Curto-circuito: Trifásico
Análise da relação 𝑿/𝑹
Transmissão de Energia:
Nas linhas de transmissão de alta tensão, o principal objetivo é
transmitir grandes quantidades de energia a longas distâncias.
Essas linhas operam em tensões muito elevadas, como centenas
de kV ou mesmo mais. Quando a tensão é aumentada, a
resistência (R) das linhas continua a ser uma parte relativamente
pequena da impedância total, enquanto a reatância (X) devido à
indutância das linhas se torna mais significativa. Isso ocorre
porque a resistência das linhas não aumenta significativamente
com o aumento da tensão, mas a indutância é influenciada pela
corrente, que por sua vez é influenciada pela tensão.
68
1:29
Curto-circuito: Trifásico
Análise da relação 𝑿/𝑹
Distribuição de Energia:
Nas redes de distribuição de energia, a tensão é reduzida para
níveis mais baixos, como 13,8 kV ou 34,5 kV, para fornecer
energia às áreas residenciais, comerciais e industriais. Nesse caso,
a distância percorrida pelas linhas é menor e a quantidade de
energia transmitida é geralmente menor em comparação com a
transmissão de longa distância. O efeito da reatância (X) das
linhas é menos pronunciado, pois a distância é menor e a corrente
é relativamente menor devido à menor quantidade de energia
transmitida.
69
1:31
Curto-circuito: Trifásico
Análise da relação 𝑿/𝑹
1:28
Correntes de faltas transitórias
71 1:13
Correntes de faltas transitórias em
gerador síncrono
O gerador síncrono é o elemento mais importante do sistema de
energia elétrica. Ele supre, de acordo com sua capacidade, a energia
solicitada pelas cargas, mantendo os níveis de tensão dentro de uma
faixa estreita, de maneira a garantir continuidade e estabilidade do
sistema.
No entanto, quando da ocorrência de um curto-circuito no sistema,
a impedância vista pelo gerador síncrono cai violentamente. Em
consequência o gerador, tentando garantir as condições acima, injeta
uma elevada corrente de curto.
72
1:13
Correntes de faltas transitórias em
gerador síncrono
Quando uma falta trifásica simétrica ocorre nos terminais de um
gerador síncrono, a corrente resultante que flui nas fases do gerador
imediatamente após a falta é diferente daquela após alguns poucos
ciclos e diferente da que persiste, podem se parecer com as correntes
apresentadas nas figuras.
73
1:13
Correntes de faltas transitórias em
gerador síncrono
A corrente em cada fase pode ser representada por uma componente
contínua decrescente adicionada a uma componente alternada.
Imediatamente após um curto-circuito, as componentes CC aparecem
em todas as três fases, cada fase apresentando uma corrente
diferente, pois no momento da ocorrência do curto-circuito a
magnitude de tensão é diferente para cada fase
74
1:13
Correntes de faltas transitórias em
gerador síncrono
75
1:13
Correntes de faltas transitórias em
gerador síncrono
A componente contínua, decrescente, aparece devido à importante
propriedade do fluxo magnético não poder variar instantaneamente,
obrigando as correntes de curto das três fases iniciar do zero.
76
1:13
Correntes de faltas transitórias em
gerador síncrono
Componente CA
Vamos considerar inicialmente somente a componente simétrica CA.
77
1:13
Correntes de faltas transitórias em
gerador síncrono
Observando somente a parte CA da corrente, percebe-se a simetria em
relação ao eixo do tempo, sendo conhecida como corrente simétrica
de curto.
Nota-se também que a corrente de cada uma das fases está contida
por uma envoltória, a forma de onda da corrente de curto proveniente
do gerador não é fixa!
Seus valores de pico, inicialmente grandes, no período denominado de
subtransitório, vão caindo ciclo a ciclo, passando pelo período
transitório até se estabilizar, atingindo o regime permanente de
curto-circuito.
78
1:13
Correntes de faltas transitórias em
gerador síncrono
Analisando o comportamento da envoltória, que representa todas as
correntes de curto-circuito:
79
1:13
Correntes de faltas transitórias em
gerador síncrono
Representa-se o gerador como tendo uma reatância interna
variável, desde um valor pequeno até a sua tradicional reatância
síncrona de regime permanente, isto é:
𝑋” < 𝑋’ < 𝑋𝑠
onde:
X” é a reatância representativa do período inicial, isto é, a reatância subtransitória;
X’ é a reatância transitória;
Xs é a reatância síncrona de regime permanente.
81
1:13
Correntes de faltas transitórias em
gerador síncrono
82
1:13
Correntes de faltas transitórias em
gerador síncrono
83
1:13
Correntes de faltas transitórias em
gerador síncrono
Componente CA
Após o período transitório, a corrente de falta chega a condição de
regime permanente. A corrente de regime permanente durante uma
falta é representada pelo símbolo 𝐼𝑠 .
Seu valor é dado aproximadamente pela componente de frequência
fundamental da tensão gerada interna 𝐸𝑔 , no interior da máquina,
pela reatância síncrona:
𝐸𝑔
𝐼𝑠 =
𝑋𝑠
84
1:13
Correntes de faltas transitórias
em gerador síncrono
Componente CA
É costume definir reatâncias subtransitória e transitória
para uma máquina síncrona como uma maneira
conveniente de descrever as componentes subtransitória e
transitória da corrente de falta. Tais reatâncias são obtidas
pelas seguintes equações:
𝐸𝑔
𝑋𝑑′′ = (𝑠𝑢𝑏𝑡𝑟𝑎𝑠𝑖𝑡ó𝑟𝑖𝑎)
𝐼 ′′
𝐸𝑔
𝑋𝑑′ = (𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑖𝑡ó𝑟𝑖𝑎)
𝐼′ 85 1:13
Correntes de faltas transitórias
em gerador síncrono
𝐸𝑔
𝑋𝑑′′ = ′′ (𝑠𝑢𝑏𝑡𝑟𝑎𝑠𝑖𝑡ó𝑟𝑖𝑎)
𝐼
𝐸𝑔
𝑋𝑑′ = 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑖𝑡ó𝑟𝑖𝑎
𝐼′
Onde:
𝐸𝑔 - valor eficaz da tensão fase-neutro nos terminais do gerador
síncrono, antes do curto-circuito;
𝐼 ′ e 𝐼 ′ ′ - valor eficaz da corrente de curto do período. O valor é
dado por:
𝐼 ′ 𝐼′′𝑚á𝑥
𝑚á𝑥 86
𝐼′ = ; 𝐼′′ = 1:13
2 2
Correntes de faltas transitórias
em gerador síncrono
Componente CA
A magnitude do valor eficaz da corrente de falta CA em um gerador síncrono
varia continuamente como uma função do tempo. O valor RMS da corrente
em qualquer tempo depois da falta que ocorre nos terminais do gerador é:
𝑡 𝑡
− ′′ − ′
𝐼 𝑡 = 𝐼 ′′ − 𝐼′ ∙ 𝑒 𝜏 + 𝐼′ − 𝐼𝑠 ∙ 𝑒 𝜏 + 𝐼𝑠
Ou, o valor instantâneo:
1 1 𝑡 1 1 𝑡 1
− ′′ − ′
𝑖𝐶𝐴 𝑡 = 2 ∙ 𝐸𝑔 ∙ − ∙ 𝑒 𝜏 + ′− ∙ 𝑒 𝜏 + . sen 𝜔𝑡 + 𝛼 − 𝜑
𝑋𝑑′′ 𝑋𝑑′ 𝑋𝑑 𝑋𝑠 𝑋𝑠
87
1:13
Correntes de faltas transitórias
em gerador síncrono
Componente CC
88
1:13
Correntes de faltas transitórias
em gerador síncrono
Componente CC
1 𝑋𝑑′′ + 𝑋𝑞′′
𝜏𝑎 = ∙
𝜔𝑅𝑎 2
89
1:13
Correntes de faltas transitórias
em gerador síncrono
Componente CC
Uma vez que as tensões trifásicas são defasadas 120º uma da outra, a
magnitude da componente CC da corrente de armadura é diferente
em cada fase e depende do ponto do ciclo da tensão no qual o curto-
circuito ocorreu. A componente CC para a fase a é dada por:
𝐸𝑔 𝑡
−𝜏
𝑖𝐶𝐶 𝑡 = 2 ∙ ′′ ∙ sen 𝛼 − 𝜑 ∙ 𝑒 𝑎
𝑋𝑑
90
1:13
Correntes de faltas transitórias
em gerador síncrono
A superposição da componente CC na componente fundamental de
frequência da corrente CA nos dá uma onda assimétrica, representada pela
equação:
𝑖 𝑡 =
1 1 𝑡 1 1 𝑡 1
− ′′ − ′
2 ∙ 𝐸𝑔 ∙ − ∙𝑒 𝜏 + ′− ∙𝑒 𝜏 + . sen 𝜔𝑡 + 𝛼 − 𝜑
𝑋𝑑′′ 𝑋𝑑′ 𝑋𝑑 𝑋𝑠 𝑋𝑠
𝐸𝑔 𝑡
−
+ 2 ∙ ′′ ∙ sen 𝛼 − 𝜑 ∙ 𝑒 𝜏𝑎
𝑋𝑑
91
1:13
Modelo do gerador síncrono
Do ponto de vista do curto-circuito, o circuito equivalente por fase do
gerador síncrono em Y, para a sequência positiva (sequência abc), é
mostrado na figura, tendo sido escolhida a fase a como referência.
Como o sistema é equilibrado, a modelagem é a mesma caso o gerador
esteja ligado em Y isolado ou Y aterrado, diretamente ou através de uma
impedância. Pode ser representado por uma fem em série com uma das
reatâncias sub-transitória, transitória ou de regime permanente, conforme
for o momento do estudo a ser considerado. Ea é a fem de fase induzida e
Va a tensão terminal de fase do gerador.
92
1:13
𝑡 𝑡
− ′′ − ′
𝐼 𝑡 = 𝐼 ′′ − 𝐼′ ∙ 𝑒 𝜏 + 𝐼′ − 𝐼𝑠 ∙ 𝑒 𝜏 + 𝐼𝑠
Exemplo 1
Um gerador síncrono de 100MVA, 13,8kV, conexão Y, 60Hz, está operando na
tensão nominal e sem carga quando uma falta trifásica ocorre em seus
terminais. Suas reatâncias em p.u. na sua própria base são:
𝑋𝑠 =1,0 p.u. 𝑋′=0,25 p.u. 𝑋"=0,12 p.u.
E suas constantes de tempo são:
𝜏′=1,1s 𝜏"=0,04s
A componente inicial CC é cerca de 50% da componente inicial CA.
a) Qual o valor RMS da componente CA de corrente neste gerador no
instante inicial após a falta ocorrer?
b) Qual o valor RMS da corrente total fluindo no gerador no instante inicial
após a falta ocorrer?
c) Qual será o valor RMS da componente CA de corrente depois de 2 ciclos?
Depois de 5 ciclos?
d) Plote os valores instantâneos da componente CA no tempo.93
1:13
Exemplo 1- solução
d) Plote os valores instantâneos da componente CA no tempo.
1 1 𝑡 1 1 𝑡 1
− ′′ − ′
𝑖𝐶𝐴 𝑡 = 2 ∙ 𝐸𝑔 ∙ − ∙ 𝑒 𝜏 + − ∙ 𝑒 𝜏 + . sen 𝜔𝑡 + 𝛼 − 𝜑
𝑋𝑑′′ 𝑋𝑑′ 𝑋𝑑′ 𝑋𝑠 𝑋𝑠
97
1:13
1:13 98
𝑡 𝑡
′′ ′ − ′′ ′ − ′
𝐼 𝑡 = 𝐼 −𝐼 ∙ 𝑒 𝜏 + 𝐼 − 𝐼𝑠 ∙ 𝑒 𝜏 + 𝐼𝑠
1 𝑋𝑑′′ + 𝑋𝑞′′
𝜏𝑎 = ∙
𝜔𝑅𝑎 2
Exemplo 2 𝑖𝐶𝐶
𝐸𝑔 −
𝑡
𝑡 = 2 ∙ ′′ ∙ sen 𝛼 − 𝜑 ∙ 𝑒 𝜏𝑎
𝑋𝑑
a) Qual o valor RMS da componente CA de corrente neste
gerador no instante inicial após a falta ocorrer e depois
de 10 ciclos?
b) Qual o valor da componente CC de corrente neste
gerador no instante inicial após a falta ocorrer e depois
de 10 ciclos?
c) Mostre as três correntes no circuito: 𝑖𝐶𝐴, 𝑖𝐶𝐶 e 𝑖𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙,
em função do tempo após a falta.
Dados da máquina (os valores em p.u. estão na base de
potência e tensão da máquina):
𝑆𝑔=100 𝑀𝑉𝐴 𝐸𝑔=13,8 𝑘𝑉 𝑓=60 𝐻𝑧 𝑋𝑑′′=0,14 𝑝.𝑢. 𝑋𝑞′′=0,15
𝑝.𝑢. 𝑋𝑑′ =0,25 𝑝.𝑢. 𝑋𝑠=1,0 𝑝.𝑢. 𝑟𝑎=0,02 𝑝.𝑢. 𝜏′′=0,04 𝑠
𝜏′=0,12 𝑠
No momento do curto-circuito, a máquina operava com um
fator de potência igual a 0,8. Considere o ângulo no 99
100
1:13
𝑡 𝑡
′′ ′ − ′′ ′ − ′
𝐼 𝑡 = 𝐼 −𝐼 ∙ 𝑒 𝜏 + 𝐼 − 𝐼𝑠 ∙ 𝑒 𝜏 + 𝐼𝑠
1 𝑋𝑑′′ + 𝑋𝑞′′
𝜏𝑎 = ∙
𝜔𝑅𝑎 2
Exercício 𝑖𝐶𝐶
𝐸𝑔 −
𝑡
𝑡 = 2 ∙ ′′ ∙ sen 𝛼 − 𝜑 ∙ 𝑒 𝜏𝑎
𝑋𝑑
101
1:13
Motor síncrono
102
1:13
Motor síncrono
104
1:13
Motor de indução
Se os dispositivos de proteção atuam com tempo maior que dois ciclos,
a contribuição do motor de indução pode ser desconsiderada após este
período. O circuito equivalente e os valores típicos para a reatância
equivalente:
105
1:13
Exemplo 3 – Motor de indução
Um motor de indução de 25 hp está funcionando a plena
carga, com tensão de alimentação nominal. Calcule sua
contribuição, em pu, para a corrente de um curto-circuito
trifásico próximo aos seus terminais. (Considere a reatância
de 0,16 pu)
106
1:13
Considerações práticas de cálculo
de curto circuito
Os dados obtidos de tais estudos de curto-circuito são usados
para levantamentos da atuação de disjuntores e/ou para
determinar ajustes de relés. As margens de erro podem ser
aceitas na maioria dos casos.
109
1:13
Obrigada!