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DOI:10.5585/ Con sSau d e.v15n 2.6245 Recebid o em 7 jan .

2016 / ap rovad o em 24 m aio 2016

Efeitos d a ma g ne tote ra pia no


tra ta m e nto da dor n a os te oa rtros e
d e joe lho
Effe cts of m a g n e toth e ra p y n o p a in tre a tm e nt in kn e e oste oa rth rosis

Rod rig o Ma rce l Va le ntim d a Silva 1, Willia m Je ffe rson C ord e iro Xa vie r 2 , Riva ld o G a rcia Da n ta s
Ne to 3, Vin íciu s Me d e iros d e Aze ve do 3, Bru n o Ja rd e l Re g o d o Na scim e nto 4, Joh n a ta s Fe rn a n d e s de
O liveira 4, Pa trícia Froe s Me ye r 5.
1
Doutora nd o em Fisioterap ia Un iver sid ad e Fed eral d o Rio Gra nd e d o N orte – UFRN . N atal, RN – Brasil.
2
Fisioterap eu ta grad u ad o p elo Cent ro Un iver sitár io d o Rio Gra nd e d o N orte - Un ir n . Natal, RN – Brasil.
3
Acadêm ico d o Cu rso d e Fisioterap ia d a Un iversid ad e Pot igu ar – Un P. N atal, RN – Brasil.
4
Fisioterap eu ta s grad u ad os p ela Un iversid ad e Pot igu ar – Un P. N at al, RN – Brasil.
5
Doutora em Ciências d a Saú d e. Docente d o Cu rso d e Fisioterapia d a Un iversid ad e Pot igu ar – Un P. N at al, RN – Brasil.

En d er eço d e C or r esp on d ên cia:


Rod r igo Ma rcel Valent im d a Silva
Ru a Nossa Sen hora d e Fát im a, 312b – A lecr im
59030080 – N atal – RN [Brasil]
m arcelvalent im @hotm ail.com

Artig os
Resu m o
In trod u ção: A osteoartrose d e joelho é caracterizad a p ela p resença d e d or. A
m agnetoterapia é u m recu rso utilizado p ara alívio d e d or. O b jetivo: O objetivo

d e lite ra tu ra
d esse est ud o foi investigar os efeitos d a m agnetoterapia no tratam ento d a d or em

Re vis õe s
pacientes com osteoartrose d e joelho. M étod os: Trata-se d e u m a p esqu isa exp eri-
m ental, n a qu al foram selecionad os 2 gru p os d e 10 volu ntários, com d iagnóstico
clín ico d e OA. Foram su bm etid os à 7 sem an as d e inter venção, G1 associado a
u m p rogram a d e exercícios terap êu ticos e G2 com o p rogram a d e exercícios
associados a m agnetoterapia. A avaliação foi realizad a através “Western Ontario
and McMaster Un iversities” (WOMAC), d o “Tim ed up and go” (TUG) e d a escala
an alógica (EVA). Resu ltad os: Observou -se qu e o est ud o apresentou d iferença
estática sign ificativa ent re as variáveis *p<0,05 e **p<0,01 p ara d im inu ição d a
d or, rigid ez e m elhoria d a capacid ade fu ncion al d os pacientes. Con clu são: A
m agnetoterapia p rom ove redu ção d a d or e m elhora d a capacid ad e fu ncional d e
pacientes com osteartrose d e joelho.
D escritores: Terap ia d e Cam p o Magnético; Osteoartrite; Joelho.

Ab st ract
In trod u ct ion : The knee osteoarth rit is is ch aracterized by the p resence of pain.
The m ag neto therapy is a resou rce u sed for p ain relief. O b ject ive: The objective
of t h is st u dy w as to investigate the effects of m agnet ic therapy in the treatm ent
of pain in p atients w it h osteoarth ritis of the knee. M eth od s: Th is is a clin ical
trial, w h ich were selected two group s of 10 volu nteers w ith a clin ical d iagno-
sis of osteoarth r istis. They u nd er went seven weeks of intervention, G1 w ith a
therap eut ic exercise program and G2 w ith the exercise program associated
w ith m agnet t herapy. The evalu ation w as cond u cted by “Western Ontario and
McMaster Un iversities” (WOMAC), the “Tim ed up and go” (TUG) and an alog
scale (VAS). Resu lts: It w as observed th at the stud y showed sign ificant stat ic
d ifference between the variables * p <0.05 and ** p <0.01 for d ecrease in pain,
stiffness and im p roving the fu nctional capacity of p atients. Con clu sion : the
m agnet ic therapy prom otes red u cing pain and im p roving fu nction al capacity of
patients w ith osteoarth rosis of knee.
Keyw ord s: Magnet ic Field Therapy; Osteoar th ritis; Knee.

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Efe itos d a m a g n e tote ra p ia n o tra ta m e n to d a d or n a oste oa rtrose d e joe lh o

In trodu çã o d o efeito nor m a liza o p otencial d e m em bran a


e estim u la o m etabolism o celu lar; no tecid o, é
A osteoar trose (OA) tem sid o con sid erad a u m p otente est im u lad or m etabólico d e célu las,
com o a en fer m id ad e art icu lar m ais frequ ente n a tecid os e órgãos, regenera as célu las lesion ad as
p opu lação m u n d ial, com p revalência su p erior a m elhora ndo a cinética en zim át ica e rep olar izan-
10% ap ós a qu inta d écad a d e vid a. Afeta cerca d o a s m em bra n as celu lares; além d isso p rod u z
d e 50% d as p essoas com id ad e acim a d e 65 anos. u m a ação ant i-stress e p rom ove u m a aceleração
N o Brasil, é a segu nd a d oen ça qu e m ais resu lta d e tod os os fenóm enos rep arad ores com n ítid a
em au xílio d oença (10,5%) e a qu ar ta qu e m ais ação bio-regen era nte, ant i-in flam atória, antied e-
d eterm in a ap osentad or ias (6,2%). Isso d em on s- m atosa, sem efeitos colaterais 5-8.
tra o qu anto essa p atologia p od e afetar a CF. Sen do assim a m agn etoterap ia seria u m
Ad icion alm ente, a osteoar trose é u m d os p rin- d os recu rsos d a fisioterap ia qu e p od eriam ser
cip a is m otivos d e p rocu ra d os ser viços m éd icos ut ilizad os p ara o t rata m ento d a d or n a osteo-
e fisioterap êuticos, d e m od o que su a p revalên- art rose no joelho. Entretanto, aind a n ão h á in-
cia tem au m entad o cad a vez m ais nos ú lt im os for m ações con cretas n a literat u ra sobre seu s
anos. A d or é a p rincip al qu eixa relatad a p elos reais efeitos n a d or e cap acid ad e fu ncional em
pacientes qu e p ossu em este t ip o d e p atolog ia, d e p acientes com OA. Assim , a p rop osta d o p resen-
m a neira qu e piora ao m ovim ento ar ticu lar e ao te estu d o foi investigar os p ossíveis efeitos d a
fim d o d ia. A d im inu ição d a força está sem p re m ag netoterap ia em relação à d or d e su jeitos qu e
presente nos gr u p os m u scu lares, princip alm en- apresentam osteoa rtrose, v isa nd o elu cid ar seu s
te nos flexores e exten sores d e joelho, qu e são resu ltad os e introdu zir esse recu rso n a prática
extrem a m ente im p ortantes n a estabilização d es- clín ica d a fisioterap ia.
ta art icu lação. As estratég ias terap êuticas são
essencialm ente d estin ad as ao cont role d a d or e
m elh ora d a fu nção m u scu lar com o objetivo d e Ma te ira is e m é tod os
m in im izar a incap acid ad e1-3.
As m od alid ad es fisioterap êu ticas m ais De s e n ho d o Es tu d o
utilizad as no tratam ento d essa sintom atologia Trata-se d e u m en saio clín ico controlad o,
inclu em cr ioterap ia, m a ssoterapia, h id roterap ia qu e foi su bm et id o ao com itê d e ética e p esqu i-
e u so d e órtese 4. A utilização d e novas técn ica s sa d a Un iversid ad e Pot igu ar, send o aprovad o
d e elet roterap ia tem gan h ad o d estaqu e no tra- com o p arecer d e nº 099/ 2011, con for m e p rescre-
tam ento d a osteoa rtrose. Recentem ente, novas ve a resolução 196/ 69 d o Con selho N aciona l d e
alter n ativas terap êuticas têm sid o p rop ostas Saú d e, obed ecen d o a d eclaração d e H elsinqu e.
para o trata m ento d e d iversas p atologias, d entre
os recu rsos d isp on íveis encontra m os o Ca m p o Loca l d a Pe s q u is a
Eletrom agnético Pu lsad o - (CEMP), tam bém co- A p esqu isa foi realizad a n a Clín ica
n hecid o com o m agnetoterap ia. Trata-se d e u m Integrad a d e Saú d e (CIS), d a Un iversid ad e
m étod o n ão invasivo, qu e envolve a aplicação d e Potigu ar, Natal/ RN.
cam p os eletrom agnéticos pu lsad os d e ba ixa fre-
qu ência - CEMP-BF 5,6. Pop u la çã o e Am os tra
O CEMP tem com o su as ações pr in cip ais A p op u lação d essa p esqu isa é com p ost a
o d esvio d e p artícu las com cargas elétr icas em d e p acientes d o sexo fem in ino com fa ixa etá-
m ovim ento, p rod u ção d e correntes indu zid as r ias acim a d os 45 a nos, resid entes n a cid ad e d e
através d o efeito p iezoelétr ico em ossos e tecid o N ata l-RN, qu e obt in h a m o d iag nóst ico clín ico
colágeno, e au m entad o a solu bilid ad e d e su bs- d e OA e qu e se en qu ad ra ra m nos cr itér ios d o
tân cias, ag in d o tam bém ao n ível celu la r, ten- College Am er ica n Rh eu m atolog y. A seleção

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Silva RMV, Xa vie r W JC , Da n ta s Ne to RG , A ze ve d o VM, Na scim e nto BJR, O live ira JF, Me ye r PF.

foi r ea lizad a d e m a n eira n ão aleatór io p or con- qu estion ár io valid ad o WOMAC, qu e avalia: dor,
ven iência, for m ad a p or p acien tes d o Cent ro rigid ez e ativ id ad es fu ncion ais. O escore tradu z
Integrad o d e Saú d e (CIS) d a Un iversid ad e a gravid ad e dos sintom as, e varia em 0 – ne-
Pot igu a r (UN P), em N atal-RN . A a m ost ra foi n hu m , 25 – p ou co, 50 – m od erad o, 75 – inten so e
com p osta p or 20 volu ntá r ios qu e p ossu ía m 100 – m u ito inten so. Cad a d im en são foi avaliad a
d iagnóst ico clin ico d e AO entr e os g rau s I a III e em segu id a realizad a a som atór ia, o qu e gera
d e acord o com o Score d e A h lback. Ap ós a sele- u m a p ont u ação global. Essa p ont u ação foi d ivi-
ção d a a m ost ra, os su jeitos fora m sep arad os p or d id a p or 24, resu ltand o no escore fin al.
conven iên cia em d ois g r u p os, o cont role (G1) e A avaliação d a cap acid ad e fu ncion al foi
o tratad o (G2). realizad a p elo Tim e Up and Go-TUG, , ond e, o
Exclu i-se d a p esqu isa os p acientes com tem p o gasto na tarefa é cronom etrad o, o teste
outras d oenças a rticu lares (ar tr ite reu m atoid e, con siste d e levantar-se d e u m a cad eira (a p ar-
p oliar trite), graves com orbid ad es (h ip erten- tir d a p osição encostad a), and ar 3 m etros até u m
são arteria l sistólica grave (H AS), d iabetes n ão d em arcad or no solo, girar e voltar an d a nd o no
controlad a, d oença p u lm on ar obst rut iva crôn i- m esm o p ercu rso, sentand o-se novam ente com
ca (DPOC), problem as neu rológicos, e qu e n ão as costas ap oiad as no encosto d a cad eira.
com pareceram ao t ratam ento, d esistiram , falta-
A avaliação d a Dor foi reg istrad a através
ram m ais d e 3 vezes ou n ão foram cap azes d e
d a Escala Visu al a n alógica-EVA, qu e con siste

Artig os
execu tar os com and os.
em o p aciente g rad u ar su a Dor d e acord o com
Os in str u m entos ut ilizad os para a coleta
u m a escala Visu al, qu e vai d e 0 a 10, on d e, zero
d os d ad os d esta p esqu isa foram o qu estion ário
refere-se a nen hu m a d or e d ez se refere a u m a
d e WOMAC, valid ad o p or MARX et,al., (2006)
d or in su p or tável.
p ara a versão brasileira, qu e avalia a qu alid a-
A abord agem fisioterap êu t ica foi d e-
d e d e vid a d os p acientes. Em segu id a, foi apli-
senvolv id a em u m p er íod o d e 7 sem a n as, 22
cad o o teste “Tim ed u p and go”-TUG, valid ad o

d e lite ra tu ra
en cont ros, send o no p rim eiro en cont ro p ara

Re vis õe s
p or CABRAL, (2011), para a valid ação d a cap a-
a ava liação in icial, d o seg u nd o ao v igésim o
cid ad e Fu n cion al. Fin aliza nd o com a aplicação
p rim eiro o t rata m en to e n o v igésim o segu nd o
d a Escala Visu al An alógica –EVA, valid ad a p or
a ava liação fin al d e a m bos os g r u p os. O s pa-
ALVEZ (2007), qu e qu a ntifica o grau d a Dor re-
cientes fora m d iv id id os em 02 g r u p os, o g r u p o
ferid a p elo p aciente.
cont role e gr u p o t ratad o, no g r u p o t ratad o fo-
ram realizad os os exercícios terap êu t icos con s-
Proce d im e ntos t itu íd os d e for t alecim ento m u scu lar, t r eino
Os p acientes, ap ós a seleção, foram orien - d e equ ilíbr io, t rein o d e at iv id ad es fu n cion ais
tad os qu a nto ao p roced im ento qu e seria realiza- e exercícios p r op r iocep t ivos, p oster ior m ente
d o e assin aram o Term o d e Con sentim ento Livre aplicad o a m ag n etoterap ia com o equ ip a m ento
e Esclarecid o-TCLE. Em segu id a, foram su bm e- M AGN ETH ERAP®, u tiliza nd o u m p rog ra m a
tid os à avaliação para a coleta d e d ad os gerais p ré-d efin id o p elo equ ip am ento “t rat am ento d a
(id ad e, p eso, altu ra, p rofissão, estado fu ncion al) d or ” em it ind o u m ca m p o elet rom ag n ét ico d e
su a qu eixa princip al, a h istória d a m oléstia atu al 200 Gau ss n a á rea t ratad a com a u t ilização d e
(H MA), com rigid ez m atin al m aior qu e 30 m inu - u m a bobin a ch at a com ap licações d e 25 H Z p or
tos e m ed icam entos em u so, em segu id a realiza- 30 m inu tos, p or 3 vezes p or sem a n a, e o g r u p o
d a a in sp eção, p a lp ação, Gon iôm étria d e flexão cont role foi r ea lizad o ap en as os exercícios te-
e exten são d e joelho. rap êu t icos su pracit ad o p or 3 vezes n a sem an a
Para a avaliação d a qu alid ad e d e vid a d os no Cent ro Integ rad o d e Saú d e d a Un iversid ad e
p acientes foi realizad a p or m eio d a aplicação d o Potig u ar-UN P.

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Efe itos d a m a g n e tote ra p ia n o tra ta m e n to d a d or n a oste oa rtrose d e joe lh o

Aná lis e dos d a d os


A a n álise d os d ad os foi realizad a d a es-
tat ística d escr itiva e in ferencial u tilizand o o
progra m a SPSS 20.0 (Stat istical Package for th e
Social Science - Ver sion 20.0). A norm alid ad e d os
d ad os foi obser vad a p elo teste d e Kolm ogorov–
Sm irnov (KS). Obser vou -se qu e os d ad os fora m
para m étricos, aplicou -se o teste d e t-p aread o,
para com p aração intragru p os. Ap ós isso foi re-
alizad o o teste t d e stu d ent, p ara com p aração
ent re os gr up os. Foi ad otad o o n ível d e sign ifi-
Fig u ra 2: Ap re s e nta o re s u lta d o d a
cância d e 5% (p<0,05). ca p a cid a d e fu n cion a l a va lia d os p ré e
p ós -tra ta m e n to a tra vé s d o te s te Tim e UP
a n d G o-TUG
Re s u lta d os * p < 0,05. Existe diferença estatística significativa
intragrupos. † p<0,05.Existiu diferença estatística
significativa intergrupos.
A fig u ra 1 ap resenta o resu ltad o d a d or
através esca la visu al a n alógica-EVA antes e ap ós liação in icial e final do TUG d e am bos os grup os,
a inter ven ção d os gr up os controle e tratad o. para o controle houve u m a redu ção de 21,93±8,46
para 17,00±6,79 e no tratado houve u m a red ução
d e 14,87±1,91 para 10,68±1,34, com red ução sig n i-
ficativa d e *p<0,05 para am bos os grup os. Existiu
d iferença intergrup os na avaliação fin al.
A figu ra 3 ap resenta resu ltad o d a avalia-
ção d a Dor d e acord o com o qu estion ár io d e
WOMAC antes e ap ós a inter venção d o cont role
e t ratad o.
Foi obser vad o n a figu ra 3 u m a redu ção
sig n ificativa d o n ível d e d or con for m e o qu es-

Fig u ra 1: Re s u lta d o d a a va lia çã o d a Dor p ré


e p ós -tra ta m e nto a tra vé s d a Es ca la vis u a l
a n a lóg ica EVA
* p < 0,05. Existiu diferença estatística significativa
intragrupos. † p<0,05. Existe diferença estatística
significativa intergrupos.

Foi observad a a red u ção no n ível d a d or


dos p acientes con for m e a EVA, com u m a red u -
ção no controle d e 7,10±2,55 p ara 5,20±2,44 e no
tratad o d e 6,80±0,91 p ara 2,30±1,76 n a avaliação
fin a l (p < 0,05). Existiu d iferen ça estatíst ica sig-
n ificat iva para entre a avaliação in icia l e fin al Fig u ra 3: Níve l d e d or Wom a c a va lia d os p ré
do gr u p o t ratad o e ent re as avaliações fin ais in- e p ós -tra ta m e nto a tra vé s d o te s te Tim e UP
a n d G o-TUG
terg rup os. * p < 0,05. Existe diferença estatística significativa
Foi observado n a figu ra 2 u m a redu ção nos intragrupos. † p<0,05.Existiu diferença estatística
tem pos d e execução d o teste, d e acordo com a ava- significativa intergrupos.

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Silva RMV, Xa vie r W JC , Da n ta s Ne to RG , A ze ve d o VM, Na scim e nto BJR, O live ira JF, Me ye r PF.

tion ário d e WOM AC, u m a red u ção de 14,37±3,05


p ara 8,10±2,69 p ara o gr u p o controle, p ara o
gr u p o t ratad o ocor reu a red u ção d o n ível d a
d or d e12,62±4,56 p ara 5,47±3,27 hou ve d iferença
sign ificat iva n as avaliações fin ais intergr u p o d e
*p<0,01.
A figu ra 4 ap resenta o resu ltado d a avalia-
ção d a rig id ez d e acord o com o qu estion ár io d e
WOMAC antes e ap ós a interven ção d o controle
e tratad o.

Fig u ra 5: Ava lia çã o d a C a p a cid a d e


Fu n cion a l d e a cord o com o q u e s tion á rio d e
WO MAC a nte s e a p ós a inte r ve n çã o d os
g ru p os con trole e tra ta d o
* p < 0,05. Existe diferença estatística significativa.
* * p < 0,01. Existiu diferença estatística significativa.

avaliação fin al d o cont role e m elhora d a capa-

Artig os
cid ad e fu ncional d e 43,12±11,25 p ara 21,95±12,74
no gr u p o tratad o ap ós avaliação fin al, com d i-
feren ça estatíst ica d e *p <0,05 am bos os gr u p os
Fig u ra 4: Ava lia çã o d a rig id e z d e a cord o entre as avaliações in icial e fin al.
com o q u e s tion á rio d e WO MAC a nte s e
a p ós a inte rve n çã o d o controle e tra ta d o
* p < 0,05. Existiu diferença estatística significativa
Dis cu s s ã o

d e lite ra tu ra
Re vis õe s
intragrupos. † p<0,05. Existe diferença estatística
significativa intergrupos.
Foi observad o no est u d o a d im inu ição sig-
n ificat iva d a dor, r igid ez articu lar e m elhora d a
Obser vou -se u m a red u ção d o n ível d e ri-
Cap acid ad e Fu n cion al p a ra am bos os gr up os.
gid ez no gr u p o qu e rea lizou o program a d e
N o entanto, hou ve d iferença sign ificativa para
exercícios associad o à m agn etoterap ia, con for-
o gr u p o tratad o com o CEMP e os exercícios te-
m e o qu est ion ár io d e WOM AC, u m a red u ção d a
rap êu t icos, qu and o com p arad o ao gr u p o qu e só
rigidez d e 4,69±1,85 p ara 3,98±2,24 ap ós a ava-
realizou os exercícios. A d or e r igid ez no nosso
liação fin al d o g rup o controle e n o g ru p o t ra-
est u d o foi apresentad o m elhora con firm and o
tad o ap resentou redu ção no n ível d a r igid ez d e
p ossíveis os ach ad os d e alg u n s estu d os, qu e uti-
5,09±1,91 pa ra 1,95±1,70, com d iferença estatís-
liza ra m a CEMP-BF p or 5 m inu tos d iários, d u -
tica d e *p <0,05. Obser vou -se tam bém d iferença
sign ificat iva entre as avaliações fin ais d o gru p o rante 18 d ias, com o p arâm et ros d o cam p o m ag-
controle e tratad o. nético, variand o a frequ ência ent re 4 a 12 H z e
A Fig u ra 5 apresenta o resu ltad o d a ava- d en sid ad e d e flu xo d e 105 mT, apresentou eficá-
liação d a Cap acid ad e Fu ncion al d e acord o com cia no tratam ento d a osteoart rose, com resu ltad o
o quest ion ário d e WOMAC a ntes e ap ós a inter- sign ificativo para red u ção d a d or e rig id ez 9-11.
ven ção d os gr u p os controle e tratado. O u so d a m agnetoterap ia d em on stra u m a
Obser vou -se u m a m elhora sig n ificat iva d a d im inu ição d a d or, d e m od o qu e, au xiliria a
cap acid ad e fu ncion al, con for m e o qu est ion ário p reser vação d a m orfolog ia d a car tilagem e re-
d e WOM AC d e 41,99±13,28 p ara 28,32±11,99 n a tard an d o o d esenvolvim ento d e lesões osteo-

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Efe itos d a m a g n e tote ra p ia n o tra ta m e n to d a d or n a oste oa rtrose d e joe lh o

artríticas p or m eio d a su pressão d e en zim as e u m a ráp id a red u ção d o p rocesso in flam atório,
d egrad ação d a m atriz colágen a 12,13. in ibind o as su bsta ncias in flam atór ia, bem com o
Obser va-se qu e o u so d a m agn etoterap ia a aceleração d a fase crôn ica 15,16.
favorece a red u ção d a rigid ez a rticu lar. Esse re- A capacid ad e fu n cion al está d iretam ente
su ltad o cor robora com ou tros est u d osvisto qu e relacion ad a com o qu ad ro á lgico referid o p elos
a d im inu ição d a d egrad ação articu lar, associa- p acientes, qu anto m aior a d or m enor será a cap a-
do à u m a m aior p rodu ção d e líqu id o sin ovial cid ad e fu ncion al d o p aciente. Am bos os gr u p os
p ela cinesioterap ia realizad a no p rotocolo d e apresentara m m elhora sign ificat ivas, p orém , o
exercícios, favorece u m a m elh or m obilid ad e ar- gr u p o t ratad o ap resentou red u ção m aior d o n í-
ticu lar.9,10,7. Os exercícios terap êu ticos d e forta- vel d e d or, qu a nd o com p arad o o gr u p o cont role,
lecim ento m u scu lar, trein o d e equ ilíbrio e p ro- p elo p rovável efeito d a m agnetoterap ia sobre o
pr iocep ção, prom overam m elhora d a cap acid ad e tecid o colágeno, reorgan izand o o tecid o em d e-
fu ncion al, d im inu ição d a rig id ez e d or art icu lar, grad ação p ela osteoartrose, o qu e p od e tam bém
para a m bos os gr u p os. Corrobora nd o com ou - in flu enciar a cap acid ad e fu ncion al 17-20 .
tro estu d o13 d e revisão, m ostrou qu e os exercí- O presente est u d o ap resentou algu m as
cios d e for talecim ento m u scu lar exercícios físico lim itações, tais com o a d ificu ld ad e p ara con -
aeróbicos e t reino propr iocep tivo, apresentara m
seg u ir in stru m entos esp ecíficos p ara avaliar o
resu ltad os sig n ificativos p ara m elh ora d a cap a-
grau d e força d e M MII (d in am ôm et ro) e o grau
cid ad e fu ncion al em p acientes com osteoar trose
d e d or (algôm et ro). Sugerim os m ais est u d os so-
d e joelho.
bre o resp ectivo assu nto, ta is com o o acréscim o
Obser va m os qu e red u ção do qu ad ro álgico
d e u m g ru p o placebo, aos gru p os controle e
ap ós aplicação d o qu est ion ário d e WOMAC e d a
tratad o, inclu ind o a am ostra p acientes d o sexo
EVA nos gr up os G1 e G2, p od e ter acontecid o
m ascu lino.
p elo provável efeito ant i-in flam atório p rom ovi-
do p ela m ag netoterapia qu e p rom ove a red u ção
d a ativ id ad e in flam atória, send o este o p rincip al
lim itad or d o p aciente com AO 14 .
C on clu s ã o
O p ossível efeito d a m elh ora d a d or se d eu
A p ar tir d os d ad os ach ad os n o estud o foi
p or ação d o cam p o elet rom ag nét ico n a célu la.
p ossível obser var qu e o CEMP-BF ap resentou
Os p acientes com OA, os con d rócitos, e a s cé-
resu ltad os sign ificativos p ara a d im inu ição d a
lu la s sinoviais, p rod u zem n íveis au m entad os
d e citocin a in fla m atórias, com o a interleu ci- d or, rigid ez e m elhora d a Capacid ad e Fu ncion al,
n a 1β (IL-1β) e o fator d e n ecrose tu m ora l alfa obser vad os tanto n a avaliação d o qu est ion ário
(TN F-α), qu e, p or su a vez, d im inu em a síntese d o WOM AC, com o tam bém no TUG e n a Escala
d e colágen o e au m enta m m ed iad ores catabóli- visu al a n alógica d a d or, p ara os gr up os t ratad o e
cos, com o m eta lop rotein ases (MM Ps) e ou tras gr u p o controle, p orém o gru p o tratad o ap resen-
su bstân cia s in flam atór ias com o interleu cin a 8 tou resu ltad os m ais sign ificat ivos qu and o com -
(IL-8), interleu cin a 6 (IL-6), p rost aglan d in a E2 p arad o ao gr u p o controle.
(PGE2) e óxid o n ít rico. Além d isso, o estresse
m ecâ n ico, ta nto p or com p ressão estática qu a n-
to p or d in â m ica, au m enta a p rod u ção d o oxi- Re fe rê n cia s
d o n ítrico p elos cond rócitos, assim com o a ex-
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