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IGREJA PRESB
PRESB ITERIANA
ITERIANA EM JARDIM
J ARDIM CAMBURI
IPJC
Panorama
Bíblico
Antigo Testamento
E xtraído
xtraído da Apostila
Apostila do pastor
pastor Rev. Hélio O. S ilva,
ilva, BTh.
BT h.
1
Sumário
Introdução ............................................................................................................................................ 5
I. EU SOU IMP
IMP ORTANTE? ..................................................................................................... 6
II.
II. SERÁ
SER Á QUE DEUS
DEUS SE IMPORTA?
IMPORTA? ...................................................................................... 7
III. P OR QUE DEUS NÃO AGE?
AGE? ........................................................................................... 7
INTRODUÇÃO BÍBLICA ...................................................................................................................... 8
II. MANUSE
MANUSEIO:
IO: ................................................................................................................................ 12
Introdução: ....................................................................................................................................... 15
P ANORAMA
ANORAMA GERAL DO PENTATEUCO ........................................................................................ 21
Introdução: ....................................................................................................................................... 21
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO AOS LIVROS HISTÓRICOS
HISTÓRICOS.. .................................................................................. 25
I. Composição:
Composição: ................................................................................................................................ 25
2
II. Autoria:
Autoria: ........................................................................................................................................ 25
IV. Divisão
Divisão Lit
L iterár
erária
ia do Período
P eríodo ..................................................................................................... 26
VI.
VI. J OSUÉ, J UÍZ
UÍZES E RUTE:........................................................................................................ 27
I. O Liv
L ivro
ro de J osué.
osué...................................................................................................................... 27
Introdução: ....................................................................................................................................... 32
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO AOS
AOS PROFETAS
PR OFETAS MENORES ................................................................................. 35
I. Quadro dos
dos P rofet
rofetas
as Menores:
Menores: .................................................................................................. 35
A POESIA
POES IA HEBRAICA
HEBRAICA ....................................................................................................................... 37
Introdução: ....................................................................................................................................... 37
A QUESTÃO DOS
DOS APÓCRIFOS
APÓCR IFOS ...................................................................................................... 39
I. Definição:...................................................................................................................................... 39
P ERÍOD
ER ÍODO
O INTERBÍBLICO ................................................................................................................ 41
PORQUE ESTUD
E STUDAR
AR ESTE P ERÍODO
ERÍODO ........................................................................................ 41
AS DIVISÕES
DIVISÕES DO PERÍODO
PE RÍODO INTER
INTERBÍB
BÍBLICO.
LICO. ........................................................................... 41
O FIM DO PERÍODO
PE RÍODO DO
DO ANTIGO
ANTIGO TESTAM
TES TAMENTO
ENTO E O INÍCIO
INÍCIO DO PERÍODO
PE RÍODO PERSA.
PER SA. ....... 41
AS RESTAURA
RE STAURAÇÕES
ÇÕES .................................................................................................................... 42
CARACTERÍSTICAS
CARACTERÍSTICAS DO PERÍOD
P ERÍODO
O PERSA.
P ERSA. ............................................................................. 43
O PERÍOD
P ERÍODO
O GREGO ..................................................................................................................... 43
A PALESTINA
PALE STINA SOB O DOMÍNI
DOMÍNIO
O DOS PTOLOMEUS (P ERÍOD
ER ÍODO
O EGÍPCIO)
EGÍP CIO).......................... 44
3
A PALESTINA
P ALESTINA SOB O DOMÍNIO
DOMÍNIO DOS
DOS SELE
S ELEUCID
UCIDAS
AS (PERÍOD
(PE RÍODO
O SÍRIO)
S ÍRIO).......................... ..... 44
44
O Surgim
Surgiment
ento
o das
das Sinago
S inagogas.
gas. Vd. Baxter, pgs.36-40................................................................ 47
Observações
Observações import
important
antes:
es: ............................................................................................................. 48
CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 50
Anexo................................................................................................................................................... 51
4
MAIO 2012
Introdução
O objetivo desse curso é proporcionar uma visão panorâmica do Antigo Testamento.
Passaremos de maneira rápida os 39 livros, apresentaremos os destaques de cada
livro, proporcionando ao aluno um auxilio na sua leitura da Bíblia. Não temos a intenção
de esgotá-los neste estudo.
5
O Antigo Testamento
O Antigo testamento expressa de forma muito precisa meus anseios interiores. Encontro nele um
realismo a respeito da natureza humana que lamentavelmente está ausente em tanta propaganda cristã
do tipo “S
“S orria, J esus te ama”.
ama”. E,
E , mesmo
mesmo assim, os autores
autores do Antigo
Antigo Testamento,
Testamento, especialmente
especialmente os
salmistas e os profetas, apontam adiante para um tempo em que Deus promete tratar desses anseios,
responder às perguntas que nunca cessam de incomodar. Essas perguntas angustiantes prometem os
autores, encontrarão solução pelo menos parcial quando o Messias vier.
Deuteronômio prefigura o fracasso da aliança de Deus com seu povo, expressando em detalhes
aterrorizantes
aterrorizantes o que acontecerá
acontecerá quando
quando os Hebreus voltarem
voltarem as costas a Deus. As repetições tristes
que os profetas fazem do canto do cisne de Moises sublinham esse fracasso. Não só a nação fracassa,
mas cada individuo deixa de guardar a aliança. Os livros sapienciais, especialmente Eclesiastes,
demonstram cabalmente a impotência do conhecimento, da riqueza e dos genes na transformação da
base do caráter humano. Assim, no final do Antigo Testamento o abismo entre Deus e os seres humanos
está maior do que nunca.
O Antigo Testamento conta a historia da criação e da queda, depois os esforços incansáveis de
Deus para edificar uma nação a partir dos escombros do fracasso humano. O Novo Testamento mantém
a trama
trama básica
básica intacta, mas
mas reinterpreta
reinterpreta a moral da história. IIdent
dentifica
ifica J esus como o “descendente da
mulher” prometido no jardim do Éden, e então o vincula a outras personagens centrais: o “Segundo
Adão”, o “Filho de Abraão”, o “Filho de Davi”.
Em certo
certo sentido, toda a histór
história
ia do Antigo Testamento
Testamento serve de preparo
preparo para J esus, e as
personagens de suas páginas proporcionaram uma família, uma identidade e uma raça na qual jesus
pudesse nascer. O que Deus tinha com a longa e tortuosa historia dos Hebreus? A resposta do Novo
Test
Testame
amento é ineq
inequuívo
ívoca:
ca: J esu
esus é o que DeuDeuss tin
tinh
ha em
em mente. Ele
Ele ve
veio reco
econcili
cilia
ar a humanid
anidaade co
com
Deus, estendendo o reino divino além das fronteiras da raça para o mundo todo.
Ao pensar no Antigo testamento, três perguntas continuam me incomodando. Porem o Antigo
testamento trata destas questões:
Eu sou impor tante?
Será
Será que Deus se impo rta?
Porque ele não age?
I. EU SOU IMPORTANTE?
“Quando contemplo os teus céus”, diz um salmista (que talvez enxergasse as coisas como eu)
ao admirar as estrelas, “que é o homem, que dele te lembres?”. Cada livro do Antigo Testamento que
analisei gira em torno dessa questão. Sofrendo no Egito, os Hebreus quase não conseguiam acreditar na
confiança que Moises tinha de que o próprio Deus estava se importando coma causa deles. Os amigos
de J ó se riram da noção absurda de que que o ínfimo
ínfimo J ó era importan
importante
te para
para o Senhor
Senhor dodo universo. O
pregador de Eclesiastes teria formulado a frase de forma mais sarcástica: “Será que existe alguma coisa
debaixo do sol que importe? A vida não é completamente sem sentido?”.
Os J udeus estavam esperando
esperando com temor
temor,, não somente com esperança a vinda do Messias.
Mess ias.
“Mas que suportará o dia da sua vinda?”, clama o profeta Malaquias em angustia, ”... Porque ele é como
fogo do ourives e como sabão dos lavadeiros”. Se o Senhor dos Exércitos fizesse uma visita pessoal ao
corrupto planeta terra, será que algum de sus habitantes sobreviveria? Será que a terra sobreviveria?
No entanto, como esclarece Isaias, o Deus que visita a terra não surge num vento violento, nem
num fogo devastador. “A virgem conceberá e dará à luz um filho, e será seu nome Emanuel [que quer
6
dizer Deus conosco]”. Em vez disso, aparece na forma menor e menos ameaçadora possível:... um bebe
salta do ventre de Maria pra unir ínfimos seres humanos....
Para a pergunta Será
Será que sou importante? Jesus de fato é a resposta .
7
INTRODUÇÃO BÍBLICA
A Sin
Si n g u l ari
ar i d ade da
d a Bíbl
Bíb l i a
a) Conteúdo:
A Bíblia é a revelação escrita do único Deus verdadeiro ao homem.
b) Propósito:
Ela tem por propósito a glorificação do nome de Deus e o anúncio da salvação do homem por meio do
sacrifício substitut
substitutivo
ivo de J esus Cristo
Cristo realizado
realizado na Cruz.
c) Historicidade comprovada:
Autoria Divina – II Tm 3.16,17; Sl 19; Ex 20.
Profecias cumpridas :
1. De Micaías quanto
quanto a J osias – c. de 250
250 anos
anos antes
antes (II Rs).
R s).
2. De Isaías quanto a Ciro – c. de 250 anos antes (Is). Quanto ao Messias – C. de 700 anos antes (Is
42; 45; 53; 61 etc.).
3. De Daniel quanto aos impérios mundiais (Dn).
4. De J eremias
eremias quanto ao Cative
C ativeiro
iro Babilônico (70 anos). O cumprim
cumpriment
ento
o é citado em Daniel.
5. O Messias – Sl 16; 22; Is 42; 45; 53; 61; Mq 5; Ag 2.
6. O derram
derramamament
entoo do Espírito Santo – E
Ezz 36; J r 33;
33; J l 2.
Descobertas arqueológicas :
1. Nínive – Bota (1.843) – O trono de Sargão II (Is 20.1). as inscrições contendo o nome de reis de
Israel (Acabe, Onri e J eú).
2. Ugarite – (1.929-37) – Os heteus; a poesia dos Salmos. A gramática do Hebraico do AT.
3. Qunran – Os Manuscritos do Mar Morto (1.948) – A datação dos livros do AT foi recuada mais
1.000 anos, entre 400 a.C. e 100 d.C.
4. Ebla – (1.964) – 350 tabuinhas de argila – comprovando o período de Abraão.
5. Egito – As cartas de Amarna. Túmulo de uma menina (anos 90) – um manuscrito de Salmos
datado de c. 450 a.C.
8
III. A INSPIRAÇÃO DAS
DA S ESCRITURAS
ESCRITURAS
Este campo é da Apologética, porém, é determinante na formação de nosso conceito acerca das
Escrituras como um todo. Apresentamos a seguir algumas razões para a fé na Inspiração Bíblia.
1. Unidade Interna
Há uma unidade de propósito e programa marcante, evidenciando a atuação de uma mente única, a
mente de Deus.
2. Epistemologi
Epist emologi a Logic amente Defensível
Defensível
De todas as religiões universais, só a hebreia-cristã oferece uma ciência do Conhecimento religioso
logicamente defensível. Nenhuma proposta de salvação é tão clara e incisiva quanto a da Bíblia.
Os textos bíblicos exigem a exclusividade de Deus e de sua revelação. A pessoa de Deus e a revelação
que faz de si mesmo são inegociáveis.
A pesquisa científica não pode chegar a Deus sem a Revelação. O conhecimento de Deus é revelado
(Mt 16; Sl 19) e não deduzido pura e simplesmente da observação empírica das leis da natureza.
A Bíblia é a revelação escrita (especial) de Deus. “Revelação em li nguagem humana”, para que
Revelação divin a em
o homem possa conhecer a Deus.
3. O Cumpr
Cumpr imento de Suas Profeci as, e a Clareza
Clareza de Suas Propo siçõ es
Historicamente Colocadas.
Os demais livros religiosos estão salpicados de inconsistências, inexatidões e Incoerências históricas.
(ex. O Livro
L ivro de Moroni;
Moroni; O Corão
C orão).
).
9
J onas
onas e a baleia
leia ( Mt 12.40
.40).
b) Que a teologia e a ética são inseparáveis.
Rm 5.14-19 depende da veracidade de Adão.
Se há erros históricos, haverá erros doutrinários.
V. DEFININDO A INSPIRAÇÃO:
O termo INSPIRAÇÃO é usado para denotar a operação de Deus na formação das Escrituras Sagradas
(a Bíblia). Expressa o pensamento da origem e qualidades divinas da Bíblia, sendo usado para indicar a
influência divina e sobrenatural que capacitou as mentes humanas para receberem a Revelação de Deus
e escrevê-la
escrevê-la fielmente.
fielmente.
O que é a Inspiração 1:
Num sentido amplo, a inspiração “inclui o processo total por que alguns homens, movidos pelo Espírito
Santo, enunciaram e escreveram palavras emanadas da boca do Senhor; e, por isso mesmo, palavras
dotadas da autoridade divina”2. Esse processo contém três elementos:
1. Causalid
Causalid ade Divin
Divinaa . Deus é a fonte originadora da Bíblia.
2. Mediação Profética . “Deus usou personalidades humanas para comunicar proposições divinas” 3. A
Bíblia é um livro divino-humano.
3. Aut orid
or idade
ade Escri ta . A Bíblia é a última palavra em assuntos doutrinários e religiosos.
Esc rita
A inspiração é verbal, plena e autoritativa, ou seja, todas as palavras são inspiradas por Deus para
cumprir os propósitos de Deus. II Tm 3.16 ( TODA, ESCRITURA, ÚTIL).
1
Norman Geisler & W. Nix., Introdução Bíblica , p. 11.
2
Ibid., p.10.
3
Ibid., p.11.
10
que os autores bíblicos, sendo pecadores humanos, trouxeram erro para dentro das Escrituras, o texto
bíblico. Para eles, não importa os erros de transmissão e escrita, mas somente a mensagem que foi
transmitida (o Kerigma – pregação, mensagem).
Observação: Esse tipo de interpretação é muito bem elaborado no filme: “A Última Tentação de Cristo”.
Para os neo-ortodoxos, Deus usa o texto mesmo cheio de erros e entra num relacionamento salvador
com os homens. Querendo salvaguardar a mensagem das Escrituras dos ataques à sua historicidade,
acabaram por negar a revelação proposicional das Escrituras (que Deus se revela por meio de palavras
formuladas em sentenças). Segundo eles, a revelação não passa de apenas um encontro direto entre
Deus e o homem através de uma crise existencial. A veracidade do que está escrito não tem importância
histórica, apenas religiosa. São “lendas piedosas”, que Deus usa para falar a nós.
A grande dificuldade desse ponto de vista é colocar a autoridade das Escrituras num nível de fé que não
se pode averiguar objetivamente. A fé aceita ser inconsistente e incoerente, pois a verdadeira base dela
fica sendo a subjetividade da experiência pessoal de cada um.
11
O Manus
Manuseio
eio da
d a Bíblia.
I. NOMES E SIGNIFICADO:
1. Bíblia (ta biblia = livros) = plural de livro (bibloj).
2. Escrit
E scritura
uras.
s.
3. Palavra de Deus.
4. A Lei de Deus.
A Bíblia é a Palavra de Deus. Ele falou (e fala) através dos livros que Ele mandou escrever.
II. MANUSEIO:
Todos
Todos os liv
livros da Bíbli
Bíblia
a são
são divid
ividid
idos
os em cap
capítu
ítulos
los e versículo
sículos:
s:
Salmo
almo (Sl)
(S l) 91.2
91.2
Nome do livro ou abreviatura (Sl).
Número do capítulo (grande). 91
Número do versículo (pequeno). 2
As Bíblias são divididas em capítulos e versículos. As versões mais modernas contêm também divisão
de parágrafos, titulações e notas auxiliares. Seu objetivo é auxiliar na leitura, contudo é bom lembrar que
esses auxílios não estão contidos nos textos originais inspirados.
Exemplos:
Versículo mal dividido: Ef 1.4.
Titulação incorreta:
incorreta:
o I Co 13 – O amor é o dom
do m supremo. Na verdade o amor é fruto do Espírito
Espí rito..
Parágrafo mal dividido: Mt 5.13,14. Sal e luz são assuntos interligados. Essa divisão pode conduzir a
uma interpretação fragmentada pelo leitor desatento.
III. DIVISÕES:
1. Antigo Testamento
Testamento (AT) = Escrito antes
antes do nascimento
nascimento de J esus Cristo.
C risto.
2. Novo Testamento
Testamento (NT) = Escrito Após a ressurreição
ressurreição e ascensão de J esus Cristo.
C risto. A palavra
testamento significa aliança ou pacto. Não são duas alianças distintas, uma nova e outra velha, mas uma
mesma aliança em duas dispensações distintas. O NT está escondido no AT e o AT está revelado
plenamente no NT. O AT é sombra ou figura do NT (Hb 8.5; Cl 2.16,17). Veja o gráfico:
12
O gráfico acima demonstra que a revelação divina nas Escrituras é:
Histórica = Acontece dentro da história humana.
Progressiva =À medida que acontece a sua compreensão se torna maior
Orgânica = É perfeita em todos os seus estágios.
Adaptável = Sua linguagem é compreensível a quem a recebe.
A Bíblia possui ao todo 66 (protestantes = 39 + 27) ou 73 livros (católicas =46 + 27).
Em algumas seitas chamadas de igrejas para-cristãs podem chegar a mais ainda (Ex. Mórmons – livro
de Moroni). Essas diferenças todas têm a ver com livros do AT. No NT são todas iguais.
5 Livros 7 livros
liv ros I e II Macabeus,
Macabeus, Tobias, Judit e, Baruque,
Deuterocanônicos Sabedoria, Eclesiástico; acréscimos a
(ou Apócrifos.) Daniel e a Ester.
(Presentes
(Presentes so mente nas versões
católicas).
13
O NT também possui 4 divisões principais:
No DIVISÀO QUANTIDADE LIVROS
1 Evangelh
vangelhos os 4 livros
livros Mateus,
Mateus, Marcos, Lucas e J oão.
2 Hist
His tórico 1 livro Atos dos Apóst
Apóstolos.
3 Epístolas 21 livros
livros a) Epístolas Paulinas :
Romanos, I e II Coríntios, Gálatas,
Efésios, Filip
F ilipenses,
enses, Colossenses,
Colossenses, I e II
Tessa
Tessalo
lonnicen
icenseses,
s, I e II Tim
Timót
óteo
eo,, Tito
Tito e
Filemon.
b) Epístolas Gerais :
Hebreus4, Tiago, I e II Pedro, I, II e III
J oão
oão e J udas.
as.
4 P rofético
rofético 1 livro
livro Apocalipse de J oão.
4
Alguns estudiosos creditam a autoria de Hebreus ao apóstolo Paulo
14
As Ver
Verss õ es d a Bíb
B íbll i a
Introdução:
Existem hoje no mercado várias edições da Bíblia. Não é difícil perceber algumas diferenças nelas. Isso
se deve na maioria dos casos a questões de estilo e tradução. Nessa aula vamos entender um pouco
melhor
melhor porque isso
isso acontece.
acontece.
I. Os Idiomas da Bíblia:
A Bíblia não foi escrita originalmente em Português, mas ela veio até nós por meio de traduções e
revisões dessas traduções. As línguas nas quais a Bíblia foi escrita originalmente são:
1. O Antigo Testamento : Na sua maioria em HEBRAICO (semítica) e pequenas partes em
ARAMA ICO (partes de Esdras, Neemias e Daniel).
ARAMAICO
O hebraico originalmente era uma língua não vocalizada na escrita. Por isso tornou-se uma língua
morta, ou seja não falada. Somente com o trabalho dos Massoretas, que vocalizaram a língua é que o
hebraico voltou a ser falado.
O Alfabeto hebraico:
2. O Novo Testamento : Escrito em grego (indo-germânico) “koinê” (comum). Esse era o grego falado
pela população comum. Na época do NT, o grego exercia a função globalizante que o inglês exerce
hoje.
O Alfabeto grego:
15
II
II.. O Valor
Valor d e se Conhecer as Línguas Orig inais:
Nenhuma tradução pode substituir o original, principalmente no caso da Bíblia, pois cremos na
inspiração dos originais bíblicos, e não de suas traduções. Os tradutores, embora cristãos fiéis não são
inspirados, mas somente os escritores o foram.
Note o que está escrito no prefácio
prefácio da edição J oão Ferreira Almeida, 2ª edição 5: “É certo que toda
Ferreira de Almeida,
tradução ou revisão da Bíblia Sagrada, ainda que levada a termo por íntegros peritos bíblicos é sempre
trabalho humano e, como tal, sujeito a falhas; por outro lado, no entanto, suscetível de melhoria”.
É importante para o cristianismo que suas Igrejas mantenham uma ligação viva com as Escrituras
através do estudo das línguas originais. Se esse estudo cair em desuso, abrir-se á a porta para todo tipo
de interpretações particulares e heréticas da fé, colocando em risco a comunhão viva que temos com
Deus 7.17)6.
Deus (J o 7.17)
II
III.
I. As Versões An tigas:
tig as:
1. Antigo Testamento:
a) A Septuaginta (LXX): A mais importante tradução grega do AT, datada de cerca de 250 a.C. É a base
da tradução
tradução da Vulgata Latina de J erônimo.
erônimo. Conté
Contém m os
os livros Apócrifos
Apócrifos ou Deuterocanônicos.
Deuterocanônicos.
b) Versão de Áquila: 2ª séc. d.C. feita para substituir a LXX, mais usada pelos cristãos.
c) Versão de Teodócio: 2º séc. d.C. . Procurou corrigir muitas inexatidões da LXX.
d) Versão de Símaco: 200 d.C. Uma paráfrase (tradução livre) muito elegante da LXX.
5
Bíblia, Edição Revista e Atualizada , 2ª edição, p.5.
6
TIDWELL,
TIDWELL, J .B.,
.B., Visão Panorâmica da Bíblia , p.30.
16
Só do NT, existem mais de 5.000 manuscritos. Esses manuscritos foram estudados e
catalogados, produzindo alguns textos completos que são utilizados para tradução: Exemplos: A LXX, o
TM par
para
a o AT. O Text
Texto
o Receb
Recebid
ido
o (Rece
(Recep
ptus),
s), o Tex
Texto do Vat
Vatica
icano, o Tex
Texto Majo
Majorritá
itário (Biza
Bizan
ntino)
ino)..
Lembre-se de que:
Embora haja diferenças nos manuscritos, elas não atingem nenhuma doutrina básica das
Escrituras.
Muitos manuscritos continuam sendo achados e catalogados para estudo.
Ex.: O Códice Alepo, encontrado em 1.947, na Síria. Os Manuscritos do Mar Morto, cerca de
200 manuscritos
manuscritos hebraicos encontrados
encontrados em Israel
Israel de 1.948-1.956.
2. Diferenças
Diferenças de signif icados em vir tude de ambiguidades .
Existem palavras que podem ter mais de um significado (ambíguas).
Na tradução da Bíblia isso também acontece e geram algumas diferenças. Nesses casos, um estudo
mais detalhado do contexto ajuda a resolvera melhor tradução.
Ex.: “Os pais das crianças chegaram”. Pais podem ser:
a) Dois homens.
b) Marido e esposa.
c) Dois casais que são pais.
3. Mudanças
Mudanças na forma vi sando uma boa comuni cação .
A tradução leva em conta o significado e a forma da linguagem. Às vezes a tradução não fica natural se
for feita literalmente. Você não traduz “good morning” por “boa manhã”, mas por “bom dia”.
4. Mudanças
Mudanças na for ma quanto ao uso d e linguagem figur ada .
Uma palavra pode ser empregada de forma literal numa frase e de forma figurada em outra. Numa
tradução, é possível que o sentido não seja entendido se não for feita mudanças na forma.
Ex.: A sede das
das emoções
emoções para nósnós é o coração,
coração, mas
mas para os
os gregos
gregos eram as entranh
entranhas
as (intestinos).
(intestinos).
(Fm 7).
5. Mudança
Mudança na forma para tornar mais claro o s ignifi cado .
Uma Bíblia
Bí blia diz: “quinze
“quinze estádios, outra:
outra: “três
“três quilômetros”
quilômetros” (J o 11.18). Isso
Isso se
s e aplica principalmente
principalmente a
pesos e medidas desconhecidas e/ou não usadas por nós hoje. É a mesma questão entre usar
quilômetros (Brasil) e milhas (EUA) para medir a velocidade dos carros.
6. Mudança
Mudança na form a a fim de tornar o t exto mais natural em Port uguês .
Algumas expressões podem não soar muito bem em outra língua, e por isso algumas versões as
modificam a fim da tradução ficar mais natural e bonita. Ex.: Cão, filho de Noé: revisado na ARA para
Cam.
VI.
VI. Conclus ão:
As novas versões são sempre bem vindas, desde que expressem o sentido original do texto bíblico,
numa linguagem acessível, mas fiel ao original.
Existem cerca de 6.900 línguas faladas no mundo de hoje. Cerca de 475 têm a Bíblia completa. 1241
têm somente o NT. Aproximadamente 823 têm apenas porções traduzidas e cerca de 4300 a 4.400 não
têm nada da Bíblia em sua língua 7.
7
Essa estatística é de 2011. Bíblia no Brasil, A no 235, Abril a julho 2012.
17
A Geog
Geo g r afi
af i a da
d a Pales
Pal estt i n a:
A Palestina se divide naturalmente em quatro áreas:
Planície Marí
Marítima
tima Região
Região Montanhosa Vale
Vale do Jordão Platô Oriental
18
Principais Planícies:
Planície Marítima ou da Filístia. Nela ficavam as cinco cidades dos filisteus (Gaza,
Ecrom, Azoto, Ascalom e Gate);
Planície da Fenícia: Entre Tiro e Sidom.
P lanície de Sarom
S arom;; Ent
E ntre
re o Monte
Monte Carm
C armelo
elo e J ope (I Cr
C r 27.29;
27.29; Ct 2.1,2).
2.1,2).
P lanície do Acre (J esreel ou Esdraelon):
sdraelon): Entre
Entre os mont
monteses de Samaria
Samaria e Galiléia (J s
17.16; J z 1.31; 6.33) . Muit
Muitas batalhas
batalhas imimportant
portantes
es aconteceram
aconteceram ali: Gideão venceu
venceu
os midiani
midianittas (J z 6.33; 7.1);
7.1); a derr
derrot
ota
a de Sísera
Sí sera (J z 4); Morte
Morte de Saul e seus filhos (I
S m 31); Morte
Morte de reirei J osias (II Rs 23); vitória
vitória de
de J eú sobre
sobre Acabe (II Rs
R s 10).
Planície do Sefelá (terras baixas): Entre a Planície da Filístia e as montanhas de
J udá. “É um
uma regiã
egião o polit
liticam
icamen
entte est
estratég
atégic
ica
a e econ
economomicicam
amen
entte imp
importante”8.
ortant
Principais Planaltos:
P lanalto
lanalto de Basã: Sl 22.12,
22.12, 68.15,
68.15, Ez
Ez 39.18.
39.18.
P lanalto
lanalto de Gileade: J r 8.22.
8.22. Na época do NT é conhecido como
como Peréia.
P eréia.
Principais Montes:
Líbano: 3060 m. (I rs 5.1,6,9,13-15,18). De lá foi tirada a madeira de cedro para a
construção do templo de Salomão.
Tabor:
Tabor: J s 19.2
19.22,
2, J z 4.6,14
4.6,14..
Carmelo: è citado 21 vezes no AT. Lugar onde Elias confrontou os profetas de Baal
(I Rs
R s 18.17-40).
18.17-40).
Ebal (924 m.) e Gerizim (853 m.): Dt 11.29. situados na Samaria e separados por
um pequeno vale.
Sião (800 m.): Leste
Leste de J erusalém.
erusalém. Citado
Citado 151 vezes na Bíblia.
Bíblia. Sl 48.2.
Moriá (744 m.): monte do templo de Salomão (II Cr 3.1). Fica a leste do Monte Sião.
Hermom
Hermom:: J z 3.3; I Cr
C r 5.23;
5.23; Sl 133.3.
133.3. O rio J ordão
ordão nasce entre
entre as suas cordilheiras.
cordilheiras.
Principais Rios:
J ordão (“declive”
(“declive” ou “o
“o que desce”):
desce”): Principal
P rincipal rio da P alestina, divide-a em duas
duas
partes distintas: Canaã e Transjordânia. Tem três trechos distintos: (1) Da nascente
ao Lago Merom. Profundidade de 3 a 4 m. (2) Do Lago Merom ao Mar da Galiléia.
Profundidade de 8 a 15 m. (3) Do Mar da Galiléia ao Mar Morto. Região de muitas
corredeiras. Percirre uma distância de 117 Km, atingindo 25 a 35 m. de largura e
somente 1 a 4 m. de profundidade.
Quisom:
Quisom: O mais im important
portante
e depois do J ordão
ordão (J z 5.21; I Rs
R s 18.40). nasce das
torrentes do Monte Gilboa e do Tabor.
Soreque:
oreque: nasce a sudoeste
sudoeste de
de J erusalém
erusalém e desemboca
desemboca entre
entre J ope e Ascalom (J z
16.4). Seu
Seu vale
vale é famoso
famoso por seus vinhedos
vinhedos (J z 14.1-5).
8
Ivete M. Pereira, Geografia Bíblica , Seminário Betel Brasileiro, 1998, p. 7. Trabalho não publicado.
19
Besor: deságua ao sul de Gaza (I Sm 30.9,10).
Principais Desertos:
Desertos:
Neguebe:
Neguebe: Sl Sl 126.4.
126.4. Fica
F ica ao sul
sul da Palest
P alestina.
ina.
Deserto
Deserto da J udéia:
udéia: J z 1.16,
1.16, Mt 3.1.
J ericó: Lc 10.30-35
10.30-35..
Principais Estradas:
Real: Mencionada em Nm 20.17; 21.22.
Via Maris: saía de Damasco em direção a Ptolemaida no Mediterrâneo.
Estrada do Centro: Eram duas est
estradas que saiam de J erusalém,
erusalém, uma
uma para o norte
norte
e outra para o sul. A estrada do sul se bifurcava, indo um ramal para Gaza (Filipe
evangelizou o eunuco nessa estrada) e o outro para Berseba.
Estrada da Costa: saía do delta do Nilo no Egito e seguia por uma região deserta
por 120 Km até chegar no Mediterrâneo. É chamada do “caminho dos filisteus” em
Ex 13.17.
Estrada do
do Leste:
Leste: saía de J erusalém em direção a Damasco
Damasco pelo caminho
caminho de
Betânia. Nessa estrada, Paulo foi encontrado por Cristo (At 9).
20
PANORAMA GERAL
GERA L DO PENTATEUCO
PENTATEUCO9
Introdução:
O Pentateuco diz respeito aos primeiros cinco livros da Bíblia atribuídos a Moisés (Gn, Ex, Lv, Nm, Dt). A
palavra significa literalmente “livro de cinco volumes”. É designado no TM como “a Lei – hattôrâ”.
Embora não possamos afirmar categoricamente que todas estas referências e outras mais sejam
explícitas ao Pentateuco é difícil fazer tal ligação.
O termo
termo Pentat
Pentateuco
euco foi utilizado a primeira vez vez por Orígenes
O rígenes em seu comentário
comentário de J o 4.25 “do
“do
Pentateuco de Moisés”; e Tertuliano em sua obra “Contra Márcion 1.10 ”.
9
Ângelo Gagliardi, Panorama do VT , p.
21
LIVRO AUTOR DATA AÇÃO VERSO TEMA DIVISÃO
CHAVE
G NESIS Moisés 1.445 4.004 a 1.1 Os Primórdios.
1.805 princípios. Patriarcas.
a.C. Providência.
ÊXODO Moisés 1.444 1.525 a 3.10 Libertação Libertação.
1.444 pelo Locomoção.
a.C. sangue. Legislação.
LEVÍTICO Moisés 1.444 1.444 19.2 Santidade
antidade.. Sacrifício.
a.C. Sacerdócio.
Saúde.
Separação.
Solenidade.
NÚMEROS Moisés 1.445 1.444 a 33.1 P eregrina
eregrinação
ção Sinai.
1.405 Sinai a Cades.
a.C A Moabe.
DEUTERONÔMIO Moisés 1.445 1.405 12.1 Obediência. Recorda !
a.C. Obedece!
II
II.. Análise
Anális e de Gênesis:
Informações Gerais:
a) Nome, Autor
Aut oria
ia e Data:
Na Torá (TM): Bereshit – “No Princípio”. Na LXX: Genesij (Gênesis – origem,
origem, fonte,
fonte, geração). Autor
Autor
e data: Moisés, cerca de 1.450 a.C.
b) Propósito:
Fornecer um breve sumário da história da revelação divina, desde o princípio até que os israelitas
foram levados para o Egito e estavam prontos para se tornarem uma nação teocrática.
c) Esboços:
Capítulo
Capítulo Person
Person agens
agens Assun tos Lições
Liç ões
1-2 Deus Criação Deus é o criador de tudo.
3-5 Adão Queda Deus é santo.
6-10 Noé
Noé Dilúvio Deus
Deus é J usto.
usto.
11 Os povos Babel Deus é o governante dos povos.
12-25 Abraão A Aliança Deus elege.
26-27 Isaque A promessa Deus é fiel.
28-36 J acó Israel Deus cuida com paciência.
37-50 J osé Conservação da promessa Deus Intervêm.
A Cri ação:
22
Eles nunca existiram – evolucionista.
Os dias representam eras (Evolucionista-Teísta).
Os dias são literais – 24 horas.
A Queda:
Qu eda:
O pecado da queda foi a desobediência motivada por um desejo de tornar-se como Deus. “Deus proveu
peles de animais para lhes servirem de vestes, o que envolveu o abate de animais, em favor do homem
pecaminoso”10.
.
.
Dilúvio:
Medida da Arca. Tomando-se o côvado como 46 cm = !37 m. (comprimento) / 22,5 m. (largura) e 13,5 m.
(altura). Deslocamento de água de 50 mil toneladas.
Novo Começo:
Term
Terminad
inado
o o dilú
ilúvio,
vio, com
começa
eçam as ofer
ofere
endas sacr
sacrif
ific
iciais 11. Deus estabelece a pena de morte para o
iais
homicídio e estabeleceu o arco-íris como promessa de mais destruir a terra com dilúvio.
Destaque para a construção da torre de Babel, quando Deus confundiu as línguas para que o povo se
dispersasse pelo mundo.
Sem Cão J af
afé
é
Região
Região do Golf o África e Palestina. Costa do Europa e Ásia.
Pérsico Mar Mediterrâneo.
Mediterrâneo.
A lição que aprendemos desse período é que a corrupção do pecado se espalhou e contaminou a todos
de forma crescente.
10
S amuel
amuel J . Shultz,
Shultz, A História Israel no AT , p. 14.
História de Israel
11
Ibid., p. 16.
23
Fértil” (Mesopotâmia, Palestina e Egito). Sua história está associada aos desenvolvimentos dos
Sumérios e acadianos na Mesopotâmia e dos Egípcios no Egito.
Quatro
Quatro personagen
personagenss bíblicos
bíblicos recebem
recebem desta
destaque:
que: Abraão,
Abraão, Isaque, J acó e J osé.
A vi da de
d e Abr aão tem três
tr ês fases
f ases d isti
is tint
ntas:
as:
1. Partida de Ur e estabelecimento em Canaã (12.1 – 14.24).
2. Espera do filho prometido (15.1 –22.24).
3. Provimento para sua posteridade (23.1 – 25.18).
A vi da de
d e Isaqu e se mi stu ra ao r elato da vi da de Jacó
J acó (25.19 – 35.29).
35.29).
A vi da de
d e Jacó :
1. J acó adquire
adquire de
de Esaú
E saú a Prim
P rimogen
ogenitur
itura
a – cap. 25.
2. J acó rouba
rouba a Benção dede Esaú – cap.27.
cap.27.
3. J acó e Labão
Labão – cap. 28
28 – 32.
32.
4. J acó retor
retorna
na a Canaã – cap.32 – 35.
Os Filh os d e Jacó (Gn 35.23-26)
35.23-26)::
Implicações do Livro :
Gênesis questiona:
1. O ateísmo – Existe um Deus que é criador de tudo.
2. O Panteísmo – Deus, embora imanente (presente na criação), é transcendente a ela (é
separado da criação). Deus não é a criação, a natureza.
3. O politeísmo – Exist
E xiste
e apenas
apenas um
um Deus, que
que é o S ENHOR (J avé).
avé).
4. O Deísmo – Esse Deus intervém na história da sua criação e a governa.
5. O materialismo – Deus não é a matéria, mas o seu criador ( Ex nihilo – do nada).
A queda do homem explica:
1. A miséria do homem.
homem.
2. O vazio existencial do homem
homem (quem sou? Donde vim ? Para
P ara onde
onde vou ?).
3. A perdição e corrupção humana.
humana.
4. A existência
existência da morte.
morte.
24
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO A OS LIVROS HISTÓRICOS.
I. Composição:
Os livros
livros históricos compreend
compreendem
em doze
doze livros, que vão de J osué a Ester.
E ster. A organização do TM segue
uma linha diferente. Diferem do Pentateuco quanto à sua ênfase. O Pentateuco traça a história redentora
da criação à morte de Moisés, destacando à aliança da Lei e aos alicerces legislativos de Israel como
povo da aliança. Os livros históricos, por outro lado demonstram o movimento histórico de Israel na
Palestina na sua obediência ou não à Lei e à aliança divina.
J osué,
osué, J uízes,
uízes, I e II Samue
Samuel,l, I e II Reis = Os Profetas Anteriores (Primeiros Profetas). Essa
designação é feita para contrastar
contrastar com
com os profetas posteriores
posteriores (Isaías,
(Isaí as, J eremias,
eremias, Ezequiel
E zequiel e os doze
profetas menores). O termo não se refere a uma cronologia histórica, mas simplesmente ao seu
lugar no cânon. “Enfatiza o fato de que apresentam uma história religiosa ou com um objetivo
religioso. Eles “contém dados históricos escolhidos numa perspectiva profética” 12. O elemento
histórico está sempre ligado à mensagem espiritual. Os primeiros Profetas são históricos; os Últimos
são exortativos”13 Os Profetas Anteriores enfatizam o assentamento em Canaã e à Monarquia, os
P rofetas P osteriores enfatizam
enfatizam os séculos finais
finais dos dois reinos,
reinos, especialmen
especialmente te J udá. A diferença
fundamental entre ambos está no fato de os Anteriores serem “constituídos de narrativas” 14.
Esdras, Neemias, Ester, I e II Crônicas = OOss Escrito s.
Rute é contado entre os cinco Rolos.
II
II.. Auto ria:
Os livros históricos têm em sua maioria autoria anônima, porém certamente foram compilados por:
J osu
osué, Sam
Samuel, J ere
eremias
ias e Esdr
Esdras.
as. Tamb
Também ha havia
viam cron
cronis
isttas que
que er
eram ofi
oficcialm
ialmen
entte en
encar
carregados
ados de
de
relatar os fatos históricos para registro oficial; além do que, há outros escritores que narraram histórias
específicas.
Davi = Samuel, Natã e Gade (I Cr 29.29).
Salomão = Natã, Aías e Ido (II Cr 9.29).
Roboão = Semaías e Ido (II Cr 12.15).
Baruque era o escrivão de J eremias.
eremias. Out
O utros
ros document
documentos os históricos, não inspi
inspirados,
rados, foram
utilizados
utilizados como
como fonte
fonte (J s 10.13 – O livro dos
dos J ustos.
ustos. I Rs
R s – A História dos
dos Reis de Israel e J udá).
udá).
12
Leslie C. Allen, “Os Profetas Anteriores”. Em: Introdução ao AT , p.143.
13
Stanley A. Ellisen, Conheça Melhor o AT , p.63.
14
Leslie C. Allen, op.cit., p.143.
25
II
III.
I. Divisão Hist óri ca do Período:
IV.
IV. D
Divi
ivisão
são Literária
L iterária do Período
Período
15
Ellisen aponta a data de 1.075 a.C. Conheça Melhor o AT , p.64.
16
Ibid., p. 65.
26
V. Auxílios
Auxílios Gráficos:
Gráficos:
1. Livros do AT, Conheça Melhor o AT , Stanley A. Ellisen, p.10.
2. Os Livros Históricos - Mapas, Gráficos, Cronologias e Ilustrações , p.22.
3. Esboço Básico:
ENTRADA
ENTRADA CONQUI
CONQUISTA
STA DIVIS
DIVIS O
1 – Preparação 6 – Centro 13 – Herança das tribos
3 – Travessia
Travessia do
do J ordão.
ordão. 10 – Sul. 20 – Cidades de refúgio.
5 – Circuncisão: 11 – Norte. 22 – Despedida
Despedida de J osué.
(Renovação da Aliança).
27
Eúde Canhoto
Sangar Arma insignificante (queixo de boi).
Débora Uma mulher
Gideão Medroso
J eft
efté Filho
Filho de uma prost
ostitu
ituta
J air
air Políga
Polígamo
Sansão Polígamo
4. A Explicação da Decadência.
Eles não expulsaram os inimigos como Deus ordenara, mas se conformaram com o que já tinham
conquistado e se acomodaram satisfeitos, perdendo o ânimo para completar a obra (1.19,21, 27,29-31,
33,34).
Há um padrão
padrão notável
notável na narrativa
narrativa de J uízes:
uízes:
PECADO LIVRAMENTO
CASTIGO SUPLICA
5. Teologia.
1. Deus é J usto. Uma nação que abandona
abandona o Senhor,
Senhor, rebaixa e com
comprom
promete
ete os seus padrões, não pode
Esperar a benção de Deus.
2. Deus é Soberano. Ele não depende do poder humano para atuar, mas humilha-o utilizando-se de
Instrumentos desprezíveis a seus olhos. A vitória é sempre de Deus no final!
3. Deus é magnânimo e Cheio de Graça. “A paciência de Deus e a maravilhosa possibilidade de um
novo começo, mediante S ua graça faz ressoar uma nota alegre neste livro”17 (Cundall & Morris).
mediante Sua
4. A Fé
F é é Importante.
Importante. Os J uízes
uízes não tinham grandezas
grandezas morais que nos inspire, mas notamos
notamos que há
neles um tipo de fé que coopera com Deus, através da qual Ele revela o seu poder (Hb 11.32,33).
17
Cundall & Morris, J uízes,
uízes, Introdução e Comentário,
Comentário, Vida Nova / Mundo Cristão, p. ?
28
III. O Livro de Rute:
1. Nome, Autor ia e Data.
Data.
TM = t w r - Rute = Amizade, Associação. LXX = Rouq - Rute.
S ua autoria
autoria tem
tem sido atribuída
atribuída a Sam
Samuel
uel pelo Talmude.
Talmude. Seu
S eu pano de
de fundo é o período
período dos J uízes
uízes (1.1).
Uma vez que Rute é bisavó de Davi, deve ser datado por volta de 1.100 a.C.
Está contado entre os “Cinco Rolos”. É lido anualmente em Israel durante a festa de Pentecostes
(J unho)
unho)..
2. Objetivo
Objetivo e Tema do Li vro.
Seu objetivo é explicar a introdução de sangue gentio na linhagem do rei Davi e mostrar a providência da
Deus na vida daqueles que confiam Nele.
3. Mensagens.
1. As circunstâncias não criam e nem destroem os crentes.
2. A fé é o segredo ou o teste do verdadeiro discípulo.
3. A pessoa que confia em Deus torna-se um instrumento em Suas mãos.
4. Teologia.
1. Deus acolhe não israelitas na aliança. “Rute, a moabita”.
2. A benevolência é o estilo de vida correto para o povo de Deus. Rute nos mostra de modo prático o
que o estilo de vida hesed (Benevolência - dispor-se a ir “além da obrigação”).
3. Deus é providente e sempre cumpre seus decretos. A linhagem real de Davi e a linhagem do Messias.
4. O parente redentor (go’el) como tipo ou prenúncio do Messias.
1. Ser
Ser um parente de sangue Cristo se aparentou
aparentou com a raça humana por
meio de um nascimento virginal.
2. Possuir o valor necessário para adquirir a Só Cristo possuía o mérito suficiente para pagar o
Herança
Herança p erdida. preço em prol dos pecadores.
3. Dispor-se a resgatar a herança perdida. Cristo entregou sua vida livremente.
4. Dispo
Dispo r-se a casar-se com a esposa do Tipif
Tipific
ica
a o relac
lacion
ionamento de noivo
ivo e noiva
iva ent
entre
parente falecido. Cristo e a Igre
I greja.
ja.
5. Esbo
Esbo ço Básico.
A Vida de Rute, a Moabita.
29
3.Rute descansa 4.Rute
1.Rute decide 2.Rute serve a
resgatada, Casa-
voltar. Noemi. aos pés de Boaz. se com Boaz.
http://www.fatheralexander.org/booklets/portuguese/biblia_sept_3.htm
30
REIS E PROFETAS
PROFETAS DE ISRAEL E J UD
DATA REIS PROFETAS REIS ASS RIA S RIA
REINO UNIDO
1044 Saul
1011 Davi Natã
971 Salomão
JUD ISRAEL
931 Roboão Aías J erob
roboão
oão Rezom
Abias Semaías
Asa Ido
Nadabe
909 Aazarias / Baasa
Hanani
J eú Elá
(Zinri)
885 J osaf
osafá Elias
Elias Onri
Onri Ben
Ben-Had
-Hadade
ade
Micaías (Tibn
(Tibni)i) Assurna
Ass urnasirpal
sirpal
Eliezer Acabe
J orão
orão Elise
Eliseuu Acazi
Acazias as
Acazias
Acazias J oiada
oiada J orão
orão
Atalia Salmaneser
Salmaneser III
841 J oás
oás Zaca
Zacarrias
ias J eú Haza
Hazae
el
Amazias
Azarias J onas J eocaz Ben-Hadade
Ben-Hadade
Oséias J eoás
eoás
Amós
Amós J eroboão
eroboão II
752 Zacarias
J otão
otão Salum
Salum
Isaías
Isaías Menaém Tiglate-Pileser
Tiglate-Pileser III Rezim
Salmaneser V
Acaz Odede
Odede P ecaías Sargão II
Peca Senaqueribe
Oséias Esaradom
Assurbanípal
722 Ezequias Miquéias Queda de
Samaria
Manassés Babilônia
Amom Nabopolassar
J osia
osias Nab
Nabucod
ucodon
ono
osor
J eocaz
ocaz J erem
remias
ias
640 J eoaq
oaquim Huld
Hulda
a
J oaq
oaquim
Zedequias
(Ezequiel)
586 Queda de (Daniel)
J erusal
rusalé
ém
18
S amuel
amuel J . Shultz,
Shultz, História de Israel no AT , Vida Nova, p.150.
31
O Mini
Ministério
stério Profético
Introdução:
O TM
T M divide
divide os profetas
profetas em P rofetas
rofetas Anterior
Anteriores
es (J osué, J uízes, S amuel
amuel e Reis) e os P rofetas
rofetas
Posteriores, que são os profetas propriamente ditos, indo do livro de Isaías até Malaquias. Estes, por sua
vez, são divididos em Profetas Maiores (Isaías a Ezequiel) e Profetas Menores (Os doze). Essa
subdivisão está baseada unicamente no tamanho dos livros.
Nessa aula vamos tratar mais especificamente do movimento profético de Israel, uma vez que é tema de
grande importância e debate nos dias atuais. Nossa intenção é refletir sobre sua importância para o AT.
II
II.. A Natureza do Ofício Pro fético:
A principal responsabilidade dos profetas no AT era anunciar a vontade de Deus comunicada na Sua
revelação. Isso podia conter elementos preditivos, mas não era a essa a principal marca distintiva do
profeta. Seu ministério tinha notadamente um caráter reformador (abandonar o pecado e retornar à
obediência ao pacto da Lei) Três termos estão ligados ao profetismo do AT:
1. Nãbhi: Profeta, pessoa chamada. Geralmente o profeta desse tipo fazia parte de um grupo de
profetas.
2. Rõ’eh: Um particípio ativo do verbo “ver”, traduzido por “vidente. O vidente costumava andar
sozinho21. O termo é usado 10 vezes, sendo seis aplicadas a Samuel.
3. Hõzeh: Um particípio ativo de outro verbo que significa “ver”. É traduzido ou por “profeta” ou por
“vidente”. Esse termo é aplicado a Gade, e geralmente associado com o rei (exceto II Cr 29.30).
O profeta também podia ser chamado de “homem de Deus” (‘ish Elõhim ), ressaltando o grau de
intimidade do profeta com Deus.
Uma passagem importante na definição desses termos é I Samuel 9.9, onde é dito claramente que
houve mudança no uso dos termos profeta e vidente.
19
G. L. Archer
Archer J r., Merece Confiança o AT? P. 222
20
Ibid., p.223.
21
J . A. Mot
Motyer,
er, “Profe
Profeccia,
ia, Profe
Profettas”
as”. NDB II, p.1.319.
32
II
III.
I. A Função d a Profecia Hebraica:
São quatro elementos
elementos principais.
1. Encorajar o povo de Deus a confiar exclusivamente na graça de Deus, e no seu poder libertador, e
não nos seus próprios méritos.
2. Lembrar o seu povo que a segurança e a bem-aventurança dependiam da sua fidelidade à aliança,
demonstrada em vida piedosa e consagrada. “A conduta segundo a vontade de Deus era o resultado
infalível de uma fé salvadora”22. Deus não aceitaria qualquer
substitutivo à obediência à sua palavra.
IV.
IV. Profetas Falsos e Verdadeiro
Verdadeiro s:
Vemos no AT vários confrontos de profetas de Deus com falsos profetas:
Micaías e Zedequias em I Rs 22.
J eremias
eremias e Hananias
Hananias em J r 28.
28.
O homem de Deus e o profeta velho em I Rs 13.
Elias e os profetas de Baal em I Rs 18.
Uma pergunta surge: Como podemos discernir o falso profeta do verdadeiro profeta?
Os textos
textos bíblicos
bíblicos que tratam
tratam do
do assunto são: Deuteronômio
Deuteronômio 13 e 18.9-18; J eremias
eremias 23 e Ezequiel
E zequiel
12.21-14.11.
Para Moisés, não era somente o cumprimento objetivo da profecia que caracterizava o verdadeiro
profeta, mas qual a sua postura frente à Lei. Poderia acontecer de uma profecia falsa se cumprir, e então
o falso profeta conclamar o povo a se afastar de Deus e adorar falsos deuses, pregando rebeldia contra
o Senhor (Dt 13.2). outro critério demonstrado Dt 13.5-10 é que o falso profeta não reconhece a
autoridade de Moisés e as doutrinas do Êxodo.
P ara J eremias
eremias (J r 23), o falso profeta é um homem
homem de vida
vida imoral
imoral (v.10-14), que não coloca qualquer
barreira à imoralidade dos outros, pois sua regra é a conformidade (v.17); enquanto que o profeta
verdadeiro conclamava o povo à santidade denunciando o pecado (v.22).
22
G. L. Arche
Archerr J r, op. cit., p.225.
23
J . A. Mot
Motyer,
er, op. cit., p.1.320.
33
O grande problema era a pregação mascarada da paz (profetizar o que o povo queria ouvir). Os profetas
de Deus sempre proclamaram a paz, mas aquela que era encontrada dentro do relacionamento correto
com Deus por meio da obediência à Lei (Aliança).”A paz só pode sobrevir quando a santidade é
satisfeita no tocante ao pecado”24. Para jeremias, os falsos profetas tinha um testemunho emprestado,
uma autoridade fingida e de um ministério auto-declarado (v.30-32).
Ezequiel concorda com J eremias
eremias substancialm
substancialmente,
ente, acrescentando
acrescentando que ao crer em mentiras
mentiras o povo
ficava desprotegido em tempos de tribulação (13.4-7). Uma vez que a falsa profecia procura ser isenta
de conteúdo moral, se torna insultuosa para os justos e encorajadora para os ímpios.
V. A Mensagem
Mensagem Proféti ca:
Pode ser classificada em três grupos principais 25:
Profeci as a respeito do d estino in terno de Israel . Declaram o juízo divino contra o pecado (falta de
1. Profeci
fé e iniqüidade) e a promessa de restauração após o exílio.
2. Profecias Messiânicas . Proclamam a vinda do redentor.
Profecias Escatol ógic as . Referem-se aos últimos dias, quando o reino de Deus será estabelecido na
3. Profecias
terra.
Quadro
Quadro dos Profetas
Tempo e Lugar Judá Israel
Maior Menor
Antes
An tes do cativ
cat iveiro
eiro Isaías
Isaías J oel
oel
722 a.C. e 586 a.C. Obadias Oséias
Miquéias Amós
J erem
eremia
iass Nau
Naum J onas
onas
Habacuque
Sofonias
Durante o Cativeiro Ezequiel
Daniel
Apó s o Cativ eiro
eir o Ageu
Zacarias
Malaquias
24
Ibid., p.1.324.
25
A Lamorte e G.F. Hawtorne.Profecia, “Profeta”; Enc. Histórico teológica da Igreja Cristã, vol.III , p.189.
34
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO AOS PROFETAS MENORES
Os profetas eram porta vozes de Deus ao seu povo, para fazê-lo cumprir a aliança, relembrando o povo
do seu compromisso diante de Deus. Ressaltavam as bênçãos decorrentes da obediência e os castigos
da desobediência como selo da soberania Divina.
Invariavelmente, sua mensagem era marcada por:
1) Confro
Confro ntação do pecado.
2) Chamada ao arrependimento.
3) Convite para se vo ltar p ara Deus.
Deus.
Atestavam que “uma fé salvadora incluía uma vida santificada”.
Como vimos antes, a mensagem profética não visava apresentar uma mensagem voltada somente para
a revelação do futuro (embora isso acontecia), antes almejavam o retorno da nação à obediência à Lei
de Deus, a fim de viver em comunhão com Ele.
Na boca dos profetas “Deus falou na história e acerca da história”, por isso, “o conhecimento das
condições sócio-econômicas, políticas e religiosas da época dos profetas é indispensável à
compreensão da mensagem profética”26. Os profetas queriam falar em prol de Deus aos seus
contemporâneos.
PROFE
PR OFETAS
TAS SIGNIFICADO DO TEMPO LUGAR MENSAGEM VERSO ESBOÇO
NOME A.C. CHAVE BÁSICO
Oséias Yawe
Yaweh sal
salv
va 725 Israe
Israell O Sen
Senhor te ama 6.7
Joel Yawe
Yaweh é De
Deu
us 722 J ud
udá
á O dia
dia do Se
Sen
nho
horr 2.1
vem!
Amós
Am ós Carregador (?) 722 Israel
Is rael P repar
repara-te
a-te 4.12
fardo28 Ó Israel !
Obadias Servo de Y awe
awehh 722(?) J udá Edom 1.21
Jonas P omb
omboo 722 Israel
Is rael Nínive 4.11
Miquéias Quem é como 722 J udá Quem é comcomooo 7.18
Yawe
Yaw eh Senhor ? I.Juízo
Naum Consolação
Cons olação 586 J udá Nínive 1.15 II. Graça
Habacuque Abraço Ardente 586 J udá O justo viverá 2.4
dafé
Sofonias O Senhor 586 J udá Está
Es tá pert
perto
o o Dia 1.7
Escondeu do Senhor
Ageu
Ag eu Festivo 538 J udá A glór
glória
ia 2.9
do Senhor
Zacarias Yaweh se
Yawe 538 J udá Não por força 4.6
Lembrou
Malaquias Mensagem 538 J udá O anjo da aliança 3.1
de Yaweh
26
Dionísio Pape, Justiça e Esperança Para Hoje , ABU, p. ?
27
Anotações em sala de aula do Rev. Geraldo Silveira Filho, datada de 22/06/1988, no SPBC.
28
Stanley Ellisen, Conheça Melhor o AT , p.286.
35
II.
II. Quadr
Quadro
o dos Prof
P rofet
etas
as Menores29:
29:
29
Stanley Ellisen, Conheça Melhor o AT , p.272.
36
A POESIA
POESI A HEBRAI
HEB RAICA
CA
Introdução:
A poesia bíblica não está limitada aos livros poéticos do AT, mas uma boa parte dos outros livros,
também se apresentam na forma poética ou contém textos poéticos, especialmente os livros proféticos.
É preciso estar consciente de que “a poesia apela mais à imaginação e à emoção que à razão 30”,
portanto, o entendimento da forma determinará, até certo ponto, a interpretação da mensagem. Também
é preciso estar cônscio do fato de que a poesia Bíblia é realista, pois dá testemunho de experiências
reais, acontecidas na vida de seus autores.
I. A Poesia Hebraica:
A poesia hebra
hebraica lírica31 por definição, podendo ser classificada nos seguintes termos 32: Shir : Com ou
ica é lírica
sem instrumento acompanhante. Mizmôr : Salmo ou hino (acompanhada com instrumentos). Qinäh :
Elegia ou lamento. Tehillâ: Hino de louvor. Mãshãl : Provérbio ou “cântico satírico”.
Os salmos são a maior coleção de poesia hebraica conhecida.
II
II.. Formas Poéti cas.
A principal característica da poesia hebraica é o Paralelismo. O paralelismo é uma forma de
compensação da rima por “um ritmo de pensamento ou de sentido 33”, que se refere “à prática de
contrabalançar um pensamento ou frase por outro que contenha aproximadamente o mesmo número de
palavras, ou, pelo menos, uma correspondência de idéias 34”.
O paralelismo pode se manifestar de inúmeras formas, e os estudiosos cada dia inventam ou descobrem
uma
uma nova; contudo destacamos as seguintes formas básicas:
b) Ant itéti co : No paralelismo antitético, a segunda reitera a primeira pelo contraste. Uma das partes é
it ético
contrária
contrária à outra. Exem
E xemplos:
plos:
30
Robert L. Hubbard, “A Poesia Hebraica”. Em: Introdução ao AT (IAT) , p.249.
31
W. J . Martin,
Martin, “P
“P oesia”.
oesia”. Em
E m: Novo Dicionário da Bíblia (NDB), vol. II, p.1299.
32
Ibid.
33
F. F. Bruce, “A Poesia do Velho Testamento”. Em: Novo Comentário da Bíblia (NCB), vol. I, p.42.
34
G. L. Archer
Archer J r., Merece Confiança o AT?, p.383.
37
c) Sintético: No paralelismo sintético a segunda linha especifica ou completa a primeira. Hubbard 35 o
chama de “Paralelismo de Especificação”, enquanto que Archer diz que pode se chamar também de
“Construtivo”, subdividindo-o em três categorias: De completação (Sl 2.6); de comparação (Pv 15.17) e
de raciocínio (Pv 26.4)36.Exemplos:
d) Climático : No Climático, há uma intensificação do efeito na segunda linha. A segunda linha repete
parte das palavras da primeira para então completar o pensamento. A frase repetida é o ponto de partida
para o clímax. F. F. Bruce o chama de Paralelismo Gradativo 37.
Exemplos:
e) Emblemático 38 ou simbólico 39 : Uma das partes usa o sentido literal e a outra o figurado. As idéias
não comparadas ou completadas, mas justapostas. Segundo Archer demonstra 40, isso é mais
perceptível no hebraico, que no português, onde o tradutor faz uso da comparação. Exemplos:
35
Robert L. Hubbard, “A Poesia Hebraica”. Em: IAT, p.252.
36
G. L. Archer
Archer J r., Merece Confiança o AT?, p.384.
37
F. F. Bruce, “A Poesia do VT”. Em: NCB, vol I., p.43.
p.43.
38
ibid, p.384.
39
F. F.
F . Bruce, “A
“A P oesia Hebraica”
Hebraica”,, NCB, vol. II, p.42.
40
G. L. Archer
Archer J r., Merece Confiança o AT? p.384, 385.
41
Robert L. Hubbard, “A Poesia Hebraica”. Em: IAT, p.258.
38
A QUESTÃO
QUESTÃ O DOS APÓCRIFOS
A PÓCRIFOS
I. Definição 42:
O termo apócrifo quer dizer “oculto”, sendo um termo técnico aplicado à relação de um certo grupo de
livros para com o Cânon do AT. Estes livros não foram aprovados, mas são importantes para auxiliar-nos
na compreensão do contexto do período intertestamentário. Os apócrifos dizem respeito aos livros
constantes em manuscritos da Septuaginta, bem como a outros lendários, históricos e teológicos, muitos
escritos originalmente em hebraico e aramaico e posteriormente traduzidos para o grego, que é a forma
nas quais chegaram até nós.
Sua posição diante da Igreja Cristã era meio ambígua, até o séc. XVI, quando o Concílio de Trento
(instalado em 1545), incluiu alguns deles no cânon Católico Romano.
Os que constam nas versões católicas são:
I e II Macabeus, Baruque, Eclesiástico, Sabedoria, Judite, Tobias. Acréscimos a Daniel (Bel e o Dragão,
Suzana, Cântico dos Três Jovens e a Oração de azarias), Acréscimos a Esdras ( O Debate dos Três
Jovens – entre 3.1 – 5.6) e Acréscimos a Ester (6 passagens).
II
II.. Canonic idade:
Os principais argumentos em favor da inclusão dos Apócrifos no Cânon do AT estão relacionados com a
autoridade atribuída aos manuscritos da LXX.
Observamos, porém, que os Targuns aramaicos e a Pesita siríaca e os grandes unciais do quarto e
quinto séculos não contém os Apócrifos em seus manuscritos, mas somente a LXX.
Mesmo na LXX sua presença é incerta.
Defende-se um “Cânon Alexandrino” paralelo ao “Palestiniano”, contudo é certo que nem todos os livros
da LXX eram considerados canônicos entre os cristãos de fala grega. Filo de Alexandria era contrário à
sua inclusão.
Apela-se às citações que o NT faz do AT, usando a LXX, mas percebe-se que nenhum Apócrifo é citado.
Tam
Também é im important
ante col
colo
ocar
car qu
que a mera cit
citaç
açã
ão não
não ates
atestta a in
inspir
spiraç
ação
ão,, vist
visto
o qu
que liv
livrros pagãos
ãos ( At
17.28 - Phaenomena de Arato; I Co 15.33 – Thaís de Menander) e até Pseudoepígrafos também são
citados
citados ( J d 14,15
14,15 - I Enoque).
I E sdras
sdras – não canônico.
canônico. IV Macabeus
Macabeus – não canônico
canônico I Esdras – não canônico.
canônico.
III Macabeus – não canônico.
IV Macabeus – não
42
Veja mais em NDB I, J . N. Birdsa
Birdsall,
ll, “Apócrifo
“Apócrifos”
s”,, p. 91-94.
91-94.
39
Pelo quadro acima, percebe-se que até mesmo entre os três manuscritos mais antigos da LXX há
incerteza quanto à canonicidade dos Apócrifos.
Outro argumento são as citações dos Apócrifos feitas por alguns dos Pais Apostólicos.
Contudo, a mera citação não garante que defendiam sua canonicidade. I Clemente, a Epístola de
Barnabé e Agostinho de Hipona os defendiam. Agostinho de uma forma um tanto ambígua, ora
defendendo,
defendendo, ora depreciando. Atanásio
Atanásio e o próprio J erônimo
erônimo eram contrários
contrários à inclusão.
Os Apócrifos recebem um tratamento contrário em muitos documentos importantes:
1) Contra Apionem 1.8 de Josefo : “Desde Artaxerxes até nossos dias, tudo tem sido registrado, mas
não tem sido considerado digno de tento crédito quanto aquilo que precedeu esta época”.
2) Prólogo Galeatus de Jerônimo : “Este prólogo, pode ser aplicado a todos os livro que traduzimos do
Hebraico para o Latim, de tal maneira que possamos saber que tudo que é separado destes deve ser
colocado entre os apócrifos. P ortanto,
ortanto, a Sabedoria
S abedoria comum
comumentente
e chamada
chamada de Salomão
Salomão,, o livro de J esus
bem Siraque, e J udite e Tobias e o pastor (supõem-se
(supõem-se ser o de Hermas)
Hermas) não fazem parte
parte do Cânon... e
assim
assim, da mesma
mesma maneira
maneira pela qual a Igreja lê J udite,
udite, Tobias e Macabeus (no culto público) mas não os
recebe entre as Escrituras
E scrituras canônicas, assim também
também sejam estes dois (S (Sabedoria e Eclesiástico
E clesiástico {?})
úteis para a edificação do povo, mas não para estabelecer as doutrinas da Igreja”.
3) A Li sta
st a do Bis
B ispo
po Melito d e Sardes : com a exceção da Sabedoria (que também pode ser
Melit o de
Provérbios), não cita nenhum Apócrifo.
4) História Eclesiástica de Eusébio de Cesaréia : Cita em VI.25 uma lista feita por Orígenes de
Alexandria, onde com a exceção
exceção da aparente
aparente inclusão da Epístola
Epí stola de J eremias
eremias é igual à de J osefo.
Um fato interessante é que a Igreja grega, em 1672, reduziu a quatro o número dos Apócrifos
reconhecido
reconhecidoss por ela ( Eclesiástico
E clesiástico,, Sabed
S abedoria
oria,, Tobias
Tobias e J udite).
udite).
II
IIII. Alguns Erros Encontrados nos Apócri fos:
1. Salvação pelas obras: Tb 4.7-12; 12.8,9.
2. Aprovação do suicídio: II Mc 14.41-46.
3. Feitiçaria: Tb 6.4-8 (Tobias e o anjo).
4. Intercessão pelos mortos: II Mc 12.39-46 (purgatório).
5. Ausência de Inspiração: II Mc 15.38,39; I Mc 9.27.
6. No Livro de Sabedoria:
A) Vingança.
B) O egoísmo: 38.16-24.
C) O gozar da vida: 14.14-17.
D) Panteísmo: 43; 29.
E) Tratamento cruel dos escravos: 33.26,30; 42.1,5.
F) Ódio aos samaritanos: 50.27,28.
G) Esmolas que expiam pecados: 3.33.
7. Mediação dos santos: Tb 12.12; II Mc 7.28; 15.14.
8. J ustificação
ustificação pelas
pelas obras: Tb 4.7-11; 12.8.
9. Os fins justificam os meios:
meios: J udite.
udite.
10. O corpo como prisão da alma (Pensamento grego): Sb 9.15.
11. Origem e destinos estranhos da alma: Sb 8.19,20.
12. A sabedoria salva: Sb 9.18.
40
PERÍODO INTERBÍBLICO
E ntre
ntre as profecias de Malaquias e J oão Batista se esten
estende
de um período de 400
400 anos, ou seja,
entre as palavras de Malaquias: "Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante
de mim: e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais...", e as palavras de
J oão
oão Bat
Batist
ista: "E naqueles
eles dias aparec
areceu
eu J oão
oão Bati
Batista
sta pregando no deser
esertto da J udéia,
éia, e
dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus". Neste período há um profundo
silêncio divino de 400 anos, sem uma voz profética.
AS DIVISÕES DO PERÍODO
PERÍODO INTERBÍB
INTERBÍBLICO.
LICO.
Hist. Gentios - Referem-se apenas superficialmente aos assuntos judeus daqueles dias,
provavelmente por não apreciarem o povo da aliança e devido a sua incapacidade para avaliar
corretamente os aspectos espirituais dos conflitos entre os judeus e os povos idólatras.
Depois de um longo período de apostasia, o Reino do Norte foi conquistado e levado para o
cativeiro pelos assírios em 721AC, lá desapareceu misturando-se. Igual tratamento recebeu o
Reino do Sul nas mãos dos babilônios sob Nabucodonosor em 586 AC.
41
J á em
em 597 AC.
AC. Nab
Nabucodon
odonososor
or tinh
inha col
coloc
ocad
ado
o fifim ao Estad
Estado
o ju
judaic
aico on
onde o rei J oaq
oaquim e os
os
principais tinham sido levados cativos 2Rs. 24:10-17. Nabucodonosor nomeou Matanias, em
lugar de J oaquim,
oaquim, seu
seu tio, e lhe mudou
mudou o nome
nome para Zedequias.
Zedequias. J udéia ficou como
como um reino
reino
tributário.
Em 590 Zedequias tenta aliar-se ao Egito, mas Nabucodonosor novamente sitia a cidade até
ser
ser tomada
tomada totalm
totalmente
ente e ser destruída, e o seu
seu templo
templo profanado
profanado (J r:39:4-10).
AS RESTAURAÇÕES
A queda da Babilônia deu-se aproximadamente em 538 AC. Ciro rei da Pérsia tomou-a por
meio do estratagem
estratagemaa de afastar as águas do Eufrates
ufrates que passavam
pass avam pela
pela cidade.
Ciro publicou um decreto (536AC) que autorizava os judeus voltarem a sua pátria com os
despojos do seu templo e a sua reconstrução seria financiada pelo tesouro real (Ed:6:1-5).
Nesta primeira leva nem todos voltaram, alguns preferiram ficar com os seus negócios. Cerca
de 50.000 exilados
exilados voltaram
voltaram,, principalment
principalmente
e das tribos de J udá, Benjamim e Leví
L eví sob
s ob a direção
de Zorobabel. Começaram com a reconstrução do templo e o povo que tinha ficado na terra fez
oposição para retardar a reconstrução (Ed:1:3,5-11 e 4:1-5). Nada mais se fez durante quase
20 anos embora que tiveram prosperidade (Ag:1-4).
Sob a pregação de Ageu e Zacarias (Ed:5:1-2) a obra foi recomeçada, havendo oposição mas
os judeus apelaram para Dario Ed:6:1-15 ficando pronto em 516 AC.
Há um período de quase 60 anos
anos onde a história se conserva em silêncio a respeito do estado
estado
dos judeus na Palestina. Em 495 AC (Ed:7:7) uma nova migração deixou a Babilônia sob a
direção de Esdras, esta segunda leva foi absorvida pelo povo e nada aportou.
Em 446 AC (Ne:2:1) Neemias dirige-se ao rei ao ser informado da situação das muralhas de
J eru
erusalém
salém (parec
arece
e ter sid
sido uma recen
ecentte devas
evasttação
ação e não alg
algo que ocor
ocorrreu a um sécu
século meio
eio
antes)
A part
p art ic ip ação
aç ão d e Neemias
Neemi as::
42
a quebra do sábado condenada (10:31) e foi estabelecida a administração regular dos
dízimos (Ne:12:44).
e) E stas reformas deixaram efeitos perduráveis até o tempo
tempo dos Macabeus,
Macabeus, criando
criando um povo
fiel a Deus que resistiu ao paganismo.
f) Dois aspectos
aspectos da vida
vida judaica desapareceram durante
durante o período persa e grego: a
monarquia e a função profética. As pretensões de independência foram centralizadas no
sacerdócio
sacerdócio e a função profética
profética findou com Malaquias.
No final de Malaquias os judeus se achavam ainda sob o reinado persa e permanecerem nessa
situação durante praticamente sessenta anos da era intertestamentária.
A forma sacerdotal do governo judeu foi respeitada e sumo sacerdote recebeu ainda maior
poder civil além de seus ofícios religiosos, embora tivesse de, naturalmente, prestar contas ao
governador persa da Síria.
Em 2Reis 17:24-4, lemos que bem antes, em 721 AC, depois destruir o reino das dez tribos de
Israel e dispersar os israelitas através das cidades dos medos, o rei da Assíria repovoou as
cidades de Israel com um povo misto que veio a ser chamado de “samaritanos”, seu território
sendo conhecido como Samaria, o nome da cidade principal, ex-capital de Israel.
O PERÍODO GREGO
Assim com Daniel tinha profetizado (Dn:8:1-7 “chifre notável”), o império persa caiu perante o
rei da Grécia. Este era Alexandre o Grande. Ele expandiu o helenismo com maior ímpeto já que
praticamente se tornou o senhor do antigo oriente médio.
O idioma grego se tornou a língua franca, foi a língua que foi usada no comércio e na
diplomacia. Ao se aproximar a época do Novo Testamento, o grego era a língua comumente
falada nas ruas de Roma, onde o proletariado indígena falava latim, mas onde os escravos
libertos
libertos falavam gregos.
gregos.
Alexandre o Grande fundou setenta cidades moldando-as ao estilo grego. Ele e os seus
soldados se casaram com mulheres orientais misturando as culturas grega e oriental.
Com a morte de Alexandre o império se divide em quatro partes, governadas pelos quatro
generais de Alexandre (Ptolomeu, Lisímaco, Cassandro e Seleno, Cf. Dn:8:21-22). As partes
que influenciam o pano de fundo do Nono Testamento são: Ptolomeu( os Ptolomeus) e Seleno
ou Seleuco (os Seleucidas). O primeiro centralizava-se no Egito, tendo Alexandria como
43
capital. Os seleucidas tinham por centro a Síria e Antioquia era a sua capital. Espremida entre
o Egito e a Síria, a Palestina tornou-se vítima da rivalidade destes dois.
A PALESTINA
PAL ESTINA SOB O DOMÍNIO DOS PTOLOMEUS
PTOLOMEUS (PERÍODO EGÍPCIO)
Apesar das vantagens do povo judeu, este era um povo relativamente pobre, pagava um
imposto baixo, pois as guerras constantes tinham empobrecido a terra.
A PALESTINA
PALEST INA SOB O DOMÍNIO DOS
DOS SELEUCIDAS (PERÍODO SÍRIO)
Houve constantes lutas até que a Palestina caiu sob o domínio da Síria, mas o que mais
import
importa
a para compreensão
compreensão do Novo Testam
T estament
entoo é a figura de Antíoco Epifanio
E pifanio (176-164)
(176-164) e os
seus atos. O seu nome significa “deus manifesto”.
Quando o rei anterior à Antíoco IV, chamado Antíoco III tinha derrotado os egípcios
(Ptolomeus), já os judeus estavam divididos em duas facções: A casa de Onias (Pró-Egito) e a
casa de Tobias (Pró-Siria). Quando subiu Antíoco IV, rei da Síria, substituiu o sumo sacerdote
jud
judeu Onia
Oniass III,
III, pelo
pelo irirmão dest
deste
e J asom
asom,, hel
hele
enizan
izantte, o qu
qual pl
planej
anejav
ava
a tr
transf
ansfor
orm
mar J eru
erusalé
salém
m
em uma cidade grega.
Foi erigido um ginásio com pista de corrida. Ali se praticavam corridas despidos, à moda grega,
isto era um ultraje para os judeus piedosos. As competições eram inauguradas com invocações
44
feitas as divindades pagãs, participando até sacerdotes judeus. A helenização incluía a
frequência aos teatros gregos, vestes aos estilo grego, a cirurgia que removia a marcas da
circuncisão e a mudança
mudança dede nomes
nomes hebreus
hebreus por gregos. Os que se opunham a esta
paganização eram os “hasidim” ou “os piedosos”, a grosso modo seriam os puritanos.
J asom
asom o sac
sacerd
erdote
ote hel
helen
eniz
izan
antte foi
foi su
substit
stitu
uído
ído po
por ou
outro ju
judeu helen
eleniz
izan
antte qu
que par
parec
ece
e não
não ter
pertencido a uma família sacerdotal, este pagou um tributo mais elevado (simonia), o nome
deste era Melenau.
Antíoco tenta anexar o Egito ao seu domínio mas termina falhando. Isto chega aos ouvidos de
J asom
asom de qu
que Ant
Antíoco
íoco era
era mor
mortto. J asom
asom retor
etornnou a J eru
erusal
salém retir
etirou
ou Mele
Melennau do co
controle
ole da
da
cidade. Antíoco na sua volta
volta interpret
interpretou
ou ist
isto como umauma revolta de J asom e enviou seus
soldados a reintegrarem
reintegrarem Melenau e saquearam
saquearam a cidade e o templo
templo de J erusalém e passaram
ao fio de espada os seus habitantes.
Dois anos mais tarde (168 AC), Antíoco enviou seu general Apolônio com um exército de 22 mil
homens para coletar tributo, tornar ilegal o judaísmo e estabelecer o paganismo à força e assim
consolidar o seu império
império e refazer
refazer o seu tesouro. Os soldados saquearam
saquearam J erusalém,
incendiaram a cidade, os homens mortos e as mulheres escravizadas.
Novas leis e Proibições: Ofensa capital é circuncidar-se; proibido observar o sábado; celebrar
festas judaicas, possuir copias do Antigo Testamento. Os sacrifícios pagãos tornaram-se
compulsórios. Foi erigido um altar consagrado a Zeus, possivelmente no templo. Foram
sacrificados animais imundos no altar e a prostituição sagrada passou a ser praticada no
templo
templo de
de J erusalém.
Neste
Neste período houve
houve em torno
torno de oito guerras.
guerras. J udas Macabeus
Macabeus morreu
morreu na sétima
sétima luta sendo
sucedido por J ônatas
ônatas o quinto
quinto mais jovem filho de Matatias.
Matatias.
A revolta
revolta começou com Matatias,
Matatias, sacerdote de Modim ((167).
167). Após a sua morte
morte seu
seu filho J udas
(166-161) continuou a luta com seis mil homens. Quando Antíoco mandou sessenta mil
homens
homens para subjugá-lo, J udas mandou
mandou os temerosos
temerosos para a casa.
casa. Com
C om três
três mil homens
homens
derrotaram os sírios.
E m seguida J udas entrou
entrou em J erusalém e reedificou o tem
templo
plo (25 de
de dezembro
dezembro de 166
166 AC).
AC ). A
festa da dedicação
dedicação foi instituída
instituída no ano 164 (Cf.J o:10:22).
o:10:22).
O significado da opressão Síria e a revolta dos Macabeus: restaurou a nação da decadência
política e religiosa. Criou um espírito nacionalista, uniu a nação e suscitou virilidade. Deu um
novo impulso ao judaísmo, isto pode ser percebido na purificação moral e espiritual do povo; na
onda da literatura apocalíptica e numa nova e intensa esperança messiânica.
45
Intensificou-se o desenvolviment
desenvolvimento
o dos dois moviment
ovimentos
os que se tornaram os fariseus e os
saduceus. Os primeiros surgiram do grupo purista e nacionalista e os saduceus surgiram do
grupo que se aliou com os helenistas.
Houve um ímpeto maior da diáspora onde muitos judeus queriam ausentar-se durante as
perseguições de Antíoco.
O Período
Período Romano.
O General Pompeu subjuga a Palestina (63AC) e o período do Novo Testamento fica sob o
domínio do Império Romano.
Imperadores ligados às narrações do Novo Testamento: Augusto (27AC-14DC), sob quem
ocorreram o nascimento de Cristo, o recenseamento e os primórdios do culto ao Imperador.
Tib
Tibéri
ério (1
(14-37
-37DC),
DC), min
minis
isttéri
ério e mort
orte de
de J esu
esus. Calí
Calíg
gula (37
(37-41
-41DC) exigexigiu
iu que lh
lhe pr
prestass
stassem
em
culto e ordenou
ordenou que sua estátua
estátua fosse
fosse colocada no templo
templo de J erusalém, mas mas veio a falecer
antes que sua ordem fosse cumprida. Cláudio (41-54DC), expulsou de Roma os residentes
jud
judeus por
por distú
stúrbios civ
civis, ent
entre osos qu
quais
ais est
estav
ava
am Áqu
Áquila
ila e P risci
iscilla. Ner
Nero (5
(54-6
4-68DC) perse
erseg
guiu
os cristãos, embora provavelmente nas cercanias de Roma, e sob quem Pedro e Paulo foram
martirizados. Vespasiano (69-79DC), ainda general romano começou a esmagar uma revolta
dos judeus, tornou-se imperador e deixou o restante da tarefa ao seu filho Tito, numa
campanha queque atingiu o seu clímax
clí max com a destruição de J erusalém
erusalém e seu seu templo,
templo, em 70DC.
70DC.
Domiciano (81-96DC), cuja perseguição contra a Igreja provavelmente serviu de pano de fundo
para a escrita o Apocalipse, como encorajamento para os cristãos oprimidos.
Herod
Herodes
es o Grande
A Dinas
Di nastitia
a de Hero des
a) Arquelau tornou-se
tornou-se etnarca
etnarca da
da J udéia , Sam
Samária e Idumeia
Idumeia
b) Herodes Filipe,
F ilipe, tetrarc
tetrarca
a da Itúreia,
Itúreia, Traconites, Gaulanites, Auranites
Auranites e
c) Bataneia
d) Herodes Antipas,
Antipas, tetrarca
tetrarca da Galiléia e P ereia
e) Herodes Agripa
Agripa I, neto
neto de Herodes
Herodes o Grand
Grande,e, executou
executou Tiago e tam
também
bém
46
f) encarcerou P edro
g) Herodes Agripa II, bisneto de Herodes
Herodes o Grande, ouviu
ouviu P aulo em sua
h) autodefesa
Antecedentes
Antecedentes na vida
vida de Herodes: mostrou grande
grande zelo no seu
seu governo,
governo, erradicando
erradicando os
bandidos que tinham infiltrado a Galiléia. Os primeiros 12 anos (37-25AC) foram gastos na luta
pelo poder. Os segundo doze anos (25-13AC) foram os seus melhores anos. Os últimos nove
anos (13-4AC) se caracterizaram pela crueldade e amargura.
Os sucessos de Herodes: usou de muito mais tato na sua tentativa de helenizar os judeus, que
Antíoco Epifanio. Com espetáculos, jogos, etc. ganhou a lealdade dos jovens que se tornaram
herodianos.
herodianos. Aumentou
Aumentou a fortaleza de J erusalém
erusalém denominada “Antonia”(A
Antonia”(At:21:34).
t:21:34). E dificou a
Cesaréia (At:10:1); 23:23-24). Reconstruiu o templo de Zorobabel, cuidando de não ofender os
jud
judeus. Com
Começouçou em 20AC. com
comppleta
etando o san
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ário em
em 18 mes
meses
es e o tem
tempplo to
todo só em 64
DC) (Cf.J o:2:2
o:2:20
0
O Surgi
Surgi mento das Sinagogas. Vd. Baxter, pgs.36-40
pgs.36-40
47
No período Inter bíblico foi o tempo que Deus preparou o mundo
para a chegada de Jesus, preparação esta que envolveu todas as
áreas, e todos os povos, de forma que a sua mensagem ao ser
pregada fosse entendida por todos os povos. E o evangelho pudesse
alcançar o mundo.
Observações
Observações importantes:
1. Escribas - Com a ânsia de aprender a palavra, aparece uma classe de pessoas que foram
os responsáveis por guardar copiar e organizar a Bíblia da época. Estes foram os
Escribas. (Ed 7.11). Eles tinham a responsabilidade de estudar e interpretar a lei e os
profetas, e ensiná-lo ao povo.
2. Fariseus - Quando a cultura e a vida religiosa dos judeus começaram a sofre a influencia
dos gregos, surgiu no meio do povo um grupo de pessoas denominadas Fariseus , que
foram contra tais costumes, procurando preservar a tradição judaica. Eles foram
extremamente legalistas, defendiam a prática de toda a tradição judaica, embora muitas
vezes nem eles fossem capazes de seguir.
Do tempo
tempo de Esdras
Esdras e Neem
Neemiasias até J esus, muita
uita coisa mudou no que
que diz respeito a Lei.
Com o objetivo
objetivo de fazer com que
que cada J udeu fosse
fosse um fiel cumpridor
cumpridor da lei, foi se criando
um código de normas baseado nas interpretações da lei, que foi assumindo maior
importância do que a própria lei. Mt 23.13-14; 23-24; 27-28;
3. Sinagoga - Onde houvesse judeu ali haveria uma, com o objetivo de ensinar a palavra de
Deus – No cativeiro supria a necessidade do estudo da palavra.
5. Diáspora - Nos dias do Novo Testamento, a população judaica encontrava-se dispersa por
vários lugares. Além da própria Palestina, havia inúmeros judeus em Roma, Egito, Ásia
Menor, etc. (Atos 2.9-11; Tiago 1.1; I Pedro 1.1). Tal dispersão, que recebe o nome de
Diáspora, tem razões diversas, começando pelos exílios para a Assíria e Babilônia, e se
completando por interesses comerciais dos judeus, e até mesmo em função das
48
dificuldades que se verificavam em sua terra natal. Esse quadro se apresenta como
cumprimento claro dos avisos divinos acerca da dispersão que viria como conseqüência do
pecado de Israel (Dt.28.64).
49
CONCLUSÃO
O estudo do Antigo Testamento é tanto uma viagem na história da fé quanto uma
reflexão sobre aquilo que nós somos. Compreender que o Antigo Testamento é muito
mais que uma coleção de livros judaicos, mas a revelação proposicional de nosso Deus
é um forte alento e incentivo para nossa leitura e entendimento das Escrituras
Sagradas.
Que o estudo tenha sido enriquecedor. Que ao ler o Antigo Testamento a partir de
agora, muito mais que as histórias dos patriarcas, você possa ver a ação de um Deus
soberano escrevendo a história da salvação.
50
Anex
An exo
o
ORDEM CRONOLÓGICA DOS EVENTOS BÁSICOS DO VELHO TESTAMENTO
Nota: O período de tempo do início da peregrinação de Abrão (Gn. 12:1) até a entrada de Jacó no
Egito (Gn. 46:26-27) é de 215 anos. O tempo de Israel na escravidão egípcia é de 215 anos,
perfazendo o total de 430 anos. Compare Êxodo 12:40-41 a Gálatas 3:16-17.
O período dos juízes estende-se da morte de Josué à unção de Saul e cobre cerca de 332 anos.
51
Salomão morreu em 931 a.C. e o reino foi dividido em Israel (o Reino do Norte) e Judá (o Reino do
Sul). A seguir, cronologia de Reis, Profetas e eventos principais pertencentes a seus respectivos
reinos.
52
Data Profetas em Profetas em Principais Eventos na História Contemporânea
Judá Israel
931 a.C. Sisaque, rei do Egito, saqueou Jerusalém (I Reis
14:25-26)
931 a.C. Jeroboão corrompe a religião de Moisés, funda um
relicário em Dã e Betel (I Reis 12:26-29)
913 a.C. O reino Aramean de Damasco (Síria) expande-
se.
909 a.C. Ben-Hadade I de Damasco (Síria) faz aliança com
Asa; Baasa resiste (I Rei 15:16-22)
884 a.C. Elias Ben-Hadade I (Síria) conduz três campanhas mal
sucedidas contra Acabe
873 a.C. Assíria levanta-se sob Asurbanipal II (883-859
a.C.)
853 a.C. Salmaneser III da Assíria registra vitórias
sucessivas contra Síria (854-849 a.C.)
853 a.C.
852 a.C. Eliseu Samaria é sitiada por Ben-Hadade I da Síra (II
Reis 6:24-25)
841 a.C. Jeú submete-se ao rei Assírio invasor, Salmaneser
III (841 a.C.)
835 a.C. Jeoás paga tributo a Hazel, rei da Síria, com os
tesouros do Templo (II Reis 12:17-18)
814 a.C. Jeoacaz é derrotado pelo rei Sírio, Ben-Hadade II
(II Reis 13:3)
798 a.C. Jeoás tem três vitórias sucessivas sobre o exército
Sírio (II Reis 13:17)
796 a.C. O Império Assírio começa a declinar
793 a.C. Amós Jeroboão salva o Reino do Norte da opressão síria
(II Reis 13:4; 14:26-27)
753 a.C. Tiglath Pileser III da Assíria conquista a Síria e
a Palestina (745-727 a.C.)
735 a.C. Isaías Acaz obtém ajuda de Tiglath Pileser IIIpara
IIIpara
libertar Judá da Síria invasora; esse ato inicia o
período de tributos pagos para a Assíria.
53
Referencia Bíblica Reis no Judá Reis no Israel Data
II Reis 15:13 Salum 752 a.C.
II Reis 15:17 *Menaém 752 a.C.
II Reis 15:23 *Pecaías 742 a.C.
II Reis 15:27 *Peca 740 a.C.
II Reis 17:1 Hoséias 732 a.C.
II Reis 18:9 722 a.C.
II Reis 18:1 *Ezequias 715 a.C.
II Reis 21:1 *Manasses 686 a.C.
II Reis 21:18 Amon 642 a.C.
II Reis 22:1 Josias 640 a.C.
II Reis 23:31 Joacaz 609 a.C.
(Salum)
II Reis 23:34 Jeoiaquim 609 a.C.
(Eliaquim)
II Reis 24:8 Joaquim 597 a.C.
(Conias)
II Reis 24:18 Zedequias 597 a.C.
(Matanias)
II Reis 25:1-21 586 a.C.
Daniel 5:31 539 a.C.
II Crônicas 36:22-23 538 a.C.
Esdras 1:2-3
Esdras 6:3 536 a.C.
Ageu 1:1-15 520 a.C.
516 a.C.
476 a.C.
Neemias 2:1-10 445 a.C.
Malaquias 1:8 ?400 a.C.
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Data Profeta em Judá Profeta em Israel Eventos Principais na História
Contemporânea
752 a.C.
752 a.C. Oséias
742 a.C. Miquéias A Síria captura Trans-Jordania e Galilea
(742-740 a.C.)
740 a.C. Damasco (Síria) cai a Salmaneser V o
rei da Assíria (732 a.C.)
732 a.C.
722 a.C. Sargom II o rei Assírio toma Samaria
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