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IGREJA

IGREJA PRESB
PRESB ITERIANA
ITERIANA EM JARDIM
J ARDIM CAMBURI
IPJC

Panorama
Bíblico
Antigo Testamento

E xtraído
xtraído da Apostila
Apostila do pastor
pastor Rev. Hélio O. S ilva,
ilva, BTh.
BT h.

1
Sumário
Introdução ............................................................................................................................................ 5

O Antigo Testamento ........................................................................................................................... 6

I. EU SOU IMP
IMP ORTANTE? ..................................................................................................... 6

II.
II. SERÁ
SER Á QUE DEUS
DEUS SE IMPORTA?
IMPORTA? ...................................................................................... 7
III. P OR QUE DEUS NÃO AGE?
AGE? ........................................................................................... 7
INTRODUÇÃO BÍBLICA ...................................................................................................................... 8

I. O QUE É UMA INTRODUÇÃO


INTRODUÇÃO BÍBLICA? ................................................................................... 8
II. A SINGULARIDADE
SINGULARIDADE HISTÓRICA
HISTÓRIC A DA BÍBLIA:
BÍBLIA: .......................................................................... 8
III.
III. A INSP
INSPIRAÇÃO
IRAÇÃO DAS ESCRITURAS
ESCR ITURAS ......................................................................................... 9
IV. A DOUTRINA
DOUTRINA DA
DA INSPIRAÇÃO NAS ESCRITURAS:
ES CRITURAS: ............................................................ 9
V. DEFININDO A INSPIRAÇÃO: ................................................................................................... 10

VI. Conceitos Errôneos Sobre a INSPIRAÇÃO: .......................................................................... 10


VI. LEITURAS SUPLEMENTARES: ............................................................................................. 11

I. NOMES E SIGNIFICADO: .......................................................................................................... 12

II. MANUSE
MANUSEIO:
IO: ................................................................................................................................ 12

III. DIVISÕES: ................................................................................................................................. 12

As Versões da Bíblia .......................................................................................................................... 15

Introdução: ....................................................................................................................................... 15

I. Os Idiomas da Bíblia: .................................................................................................................. 15

II. O Valor de se Conhecer as Línguas Originais: ........................................................................ 16


III. As Versões Antigas: .................................................................................................................. 16

V. Razões das Diferenças Nas Versões:...................................................................................... 16


VI. Conclusão: ................................................................................................................................. 17

A Geografia da Palestina: .................................................................................................................. 18

P ANORAMA
ANORAMA GERAL DO PENTATEUCO ........................................................................................ 21
Introdução: ....................................................................................................................................... 21

I. A Autoria do Pentateuco: ............................................................................................................ 21

II. Análise de Gênesis: ................................................................................................................... 22

Implicações do Livro: ...................................................................................................................... 24

INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO AOS LIVROS HISTÓRICOS
HISTÓRICOS.. .................................................................................. 25
I. Composição:
Composição: ................................................................................................................................ 25

2
II. Autoria:
Autoria: ........................................................................................................................................ 25

III. Divisão Histórica do Período: ................................................................................................... 26

IV. Divisão
Divisão Lit
L iterár
erária
ia do Período
P eríodo ..................................................................................................... 26

V. Auxílios Gráficos: ....................................................................................................................... 27

VI.
VI. J OSUÉ, J UÍZ
UÍZES E RUTE:........................................................................................................ 27

I. O Liv
L ivro
ro de J osué.
osué...................................................................................................................... 27

II. O Livro de J uízes: ................................................................................................................... 27

III. O Livro de Rute: ..................................................................................................................... 29

O Ministério Profético ......................................................................................................................... 32

Introdução: ....................................................................................................................................... 32

I. A Natureza da Profecia Hebraica: .............................................................................................. 32

II. A Natureza do Ofício Profético: ................................................................................................. 32

III. A Função da Profecia Hebraica: .............................................................................................. 33

IV. Profetas Falsos e Verdadeiros:................................................................................................ 33

V. A Mensagem Profética: ............................................................................................................. 34

INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO AOS
AOS PROFETAS
PR OFETAS MENORES ................................................................................. 35
I. Quadro dos
dos P rofet
rofetas
as Menores:
Menores: .................................................................................................. 35

A POESIA
POES IA HEBRAICA
HEBRAICA ....................................................................................................................... 37

Introdução: ....................................................................................................................................... 37

I. A Poesia Hebraica: ...................................................................................................................... 37

II. Formas Poéticas. ........................................................................................................................ 37

A QUESTÃO DOS
DOS APÓCRIFOS
APÓCR IFOS ...................................................................................................... 39

I. Definição:...................................................................................................................................... 39

P ERÍOD
ER ÍODO
O INTERBÍBLICO ................................................................................................................ 41

PORQUE ESTUD
E STUDAR
AR ESTE P ERÍODO
ERÍODO ........................................................................................ 41
AS DIVISÕES
DIVISÕES DO PERÍODO
PE RÍODO INTER
INTERBÍB
BÍBLICO.
LICO. ........................................................................... 41
O FIM DO PERÍODO
PE RÍODO DO
DO ANTIGO
ANTIGO TESTAM
TES TAMENTO
ENTO E O INÍCIO
INÍCIO DO PERÍODO
PE RÍODO PERSA.
PER SA. ....... 41
AS RESTAURA
RE STAURAÇÕES
ÇÕES .................................................................................................................... 42

A participação de Neemias: ....................................................................................................... 42

CARACTERÍSTICAS
CARACTERÍSTICAS DO PERÍOD
P ERÍODO
O PERSA.
P ERSA. ............................................................................. 43
O PERÍOD
P ERÍODO
O GREGO ..................................................................................................................... 43

A PALESTINA
PALE STINA SOB O DOMÍNI
DOMÍNIO
O DOS PTOLOMEUS (P ERÍOD
ER ÍODO
O EGÍPCIO)
EGÍP CIO).......................... 44
3
A PALESTINA
P ALESTINA SOB O DOMÍNIO
DOMÍNIO DOS
DOS SELE
S ELEUCID
UCIDAS
AS (PERÍOD
(PE RÍODO
O SÍRIO)
S ÍRIO).......................... ..... 44
44

A REVOLTA DOS MACABEUS (1A.MACABEUS:2:23-28; 42SS) ............................................ 45


O Período Romano. ........................................................................................................................ 46

Herodes o Grande .......................................................................................................................... 46

O Surgim
Surgiment
ento
o das
das Sinago
S inagogas.
gas. Vd. Baxter, pgs.36-40................................................................ 47
Observações
Observações import
important
antes:
es: ............................................................................................................. 48

CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 50

Anexo................................................................................................................................................... 51

ORDEM CRONOLÓGICA DOS EVENTOS


EVE NTOS BÁSICOS DO VELHO TESTAMENTO ............... 51

4
MAIO 2012

Introdução
O objetivo desse curso é proporcionar uma visão panorâmica do Antigo Testamento.
Passaremos de maneira rápida os 39 livros, apresentaremos os destaques de cada
livro, proporcionando ao aluno um auxilio na sua leitura da Bíblia. Não temos a intenção
de esgotá-los neste estudo.

Na bibliografia alistamos vários livros onde o aluno da Escola Dominical poderá


encontrar farto material de análise de cada livro da Bíblia. Aqui apresentaremos
aquelas questões que o ajudarão a olhar por detrás do texto e assim entender melhor a
linguagem e os métodos empregados por esses autores.

5
O Antigo Testamento
O Antigo testamento expressa de forma muito precisa meus anseios interiores. Encontro nele um
realismo a respeito da natureza humana que lamentavelmente está ausente em tanta propaganda cristã
do tipo “S
“S orria, J esus te ama”.
ama”. E,
E , mesmo
mesmo assim, os autores
autores do Antigo
Antigo Testamento,
Testamento, especialmente
especialmente os
salmistas e os profetas, apontam adiante para um tempo em que Deus promete tratar desses anseios,
responder às perguntas que nunca cessam de incomodar. Essas perguntas angustiantes prometem os
autores, encontrarão solução pelo menos parcial quando o Messias vier.
Deuteronômio prefigura o fracasso da aliança de Deus com seu povo, expressando em detalhes
aterrorizantes
aterrorizantes o que acontecerá
acontecerá quando
quando os Hebreus voltarem
voltarem as costas a Deus. As repetições tristes
que os profetas fazem do canto do cisne de Moises sublinham esse fracasso. Não só a nação fracassa,
mas cada individuo deixa de guardar a aliança. Os livros sapienciais, especialmente Eclesiastes,
demonstram cabalmente a impotência do conhecimento, da riqueza e dos genes na transformação da
base do caráter humano. Assim, no final do Antigo Testamento o abismo entre Deus e os seres humanos
está maior do que nunca.
O Antigo Testamento conta a historia da criação e da queda, depois os esforços incansáveis de
Deus para edificar uma nação a partir dos escombros do fracasso humano. O Novo Testamento mantém
a trama
trama básica
básica intacta, mas
mas reinterpreta
reinterpreta a moral da história. IIdent
dentifica
ifica J esus como o “descendente da
mulher” prometido no jardim do Éden, e então o vincula a outras personagens centrais: o “Segundo
Adão”, o “Filho de Abraão”, o “Filho de Davi”.
Em certo
certo sentido, toda a histór
história
ia do Antigo Testamento
Testamento serve de preparo
preparo para J esus, e as
personagens de suas páginas proporcionaram uma família, uma identidade e uma raça na qual jesus
pudesse nascer. O que Deus tinha com a longa e tortuosa historia dos Hebreus? A resposta do Novo
Test
Testame
amento é ineq
inequuívo
ívoca:
ca: J esu
esus é o que DeuDeuss tin
tinh
ha em
em mente. Ele
Ele ve
veio reco
econcili
cilia
ar a humanid
anidaade co
com
Deus, estendendo o reino divino além das fronteiras da raça para o mundo todo.
Ao pensar no Antigo testamento, três perguntas continuam me incomodando. Porem o Antigo
testamento trata destas questões:
 Eu sou impor tante?
 Será
Será que Deus se impo rta?
 Porque ele não age?

I. EU SOU IMPORTANTE?
“Quando contemplo os teus céus”, diz um salmista (que talvez enxergasse as coisas como eu)
ao admirar as estrelas, “que é o homem, que dele te lembres?”. Cada livro do Antigo Testamento que
analisei gira em torno dessa questão. Sofrendo no Egito, os Hebreus quase não conseguiam acreditar na
confiança que Moises tinha de que o próprio Deus estava se importando coma causa deles. Os amigos
de J ó se riram da noção absurda de que que o ínfimo
ínfimo J ó era importan
importante
te para
para o Senhor
Senhor dodo universo. O
pregador de Eclesiastes teria formulado a frase de forma mais sarcástica: “Será que existe alguma coisa
debaixo do sol que importe? A vida não é completamente sem sentido?”.
Os J udeus estavam esperando
esperando com temor
temor,, não somente com esperança a vinda do Messias.
Mess ias.
“Mas que suportará o dia da sua vinda?”, clama o profeta Malaquias em angustia, ”... Porque ele é como
fogo do ourives e como sabão dos lavadeiros”. Se o Senhor dos Exércitos fizesse uma visita pessoal ao
corrupto planeta terra, será que algum de sus habitantes sobreviveria? Será que a terra sobreviveria?
No entanto, como esclarece Isaias, o Deus que visita a terra não surge num vento violento, nem
num fogo devastador. “A virgem conceberá e dará à luz um filho, e será seu nome Emanuel [que quer

6
dizer Deus conosco]”. Em vez disso, aparece na forma menor e menos ameaçadora possível:... um bebe
salta do ventre de Maria pra unir ínfimos seres humanos....
Para a pergunta Será
Será que sou importante? Jesus de fato é a resposta .

II. SERÁ QUE DEUS SE IMPORTA?


Sempre que leio a Bíblia de ponta a ponta, uma diferença enorme entre o Antigo e o Novo
Test
Testame
amento vem
vem a tonaona. No Ant
Antigo
igo test
estament
ento posso
osso enco
enconntrar muitas
itas exp
expressõ
essões
es de duvidvidas e
decepção. Livros inteiros – J eremias,
eremias, Habacuque, J ó – focalizam
focalizam o mesmo
mesmo tema.
tema. Como já disse boa
parte dos Salmos tem um tom sombrio. Em marcante contraponto, as epistolas do Novo testamento
contem pouco desse tipo de angustia. O problema do sofrimento com certeza não desapareceu: Tiago1,
Romanos 5 e 8, todo o livro de I Pedro e grande parte do Apocalipse tratam do problema em detalhes.
Não obstante, não acho em nenhum lugar a indagação angustiante Será que Deus se importa? Não vejo
nada da acusação do Salmo 77: “Esqueceu-se Deus de ter misericórdia?”
Quando J esus enfrentou a dor,
dor, reagiu como a maioria
maioria de nós.
Talve
Talvezz não en
encon
contremos em J esussus a resp
respos
ostta par
para o prob
proble
lem
ma do sofr
sofrim
imen
entto. Em
E m ve
vez disso
isso
recebemos a misteriosa resposta de que Deus sofre conosco. Não estamos sós. Por meio do seu corpo,
J esus
esus recons
consttrói a con
confia
fiança em Deu
Deus. Por cau
causa de J esus
esus,, pos
posso
so con
confia
fiar qu
que De
Deus rea
realm
lmeente en
entend
ende
minha condição. Posso ter certeza de que sou importante para Deus, e que Deus se importa comigo,
independente das aparências a minha volta. Quando começo a duvidar, volto-me de novo para o rosto
de J esus, e lá vejo o amor comp
compassivo
assivo de um Deus que conhece bem a tristeza.

III. POR QUE DEUS NÃO AGE?


Malaquias é a ultima voz do Antigo testamento, e seu livro serve de bom prelúdio para os
quatrocentos anos seguintes de silencio bíblico. Da perspectiva dos israelitas, aqueles eram anos de
poucas expectativas. Tinham retornado do cativeiro babilônico para a sua terra, mas aquela terra ainda
era uma província de fundo de quintal para os persas (depois os gregos e romanos – exércitos desses
impérios faziam fila para marchar por Israel). O templo reconstruído era uma triste imitação da maravilha
arquitetônica de Salomão. O alivio futuro de triunfo e paz mundial descrito pelos profetas parece um
sonho distant
distante.
e.
Uma melancolia geral tomou conta dos judeus, uma decepção para com Deus visível nas
reclamações e também nos atos. Como as pessoas diziam na época: “Inútil é servir a Deus; que nos
aproveitou termos cuidado em guardar os seus preceitos...?”. Essa ultima indagação incomodou os
jud
judeus
eus duran
rante sécu
século
loss de
depois
ois qu
que Mala
Malaq
quias
ias e os out
outros últim
ltimos
os profet
fetas tinh
inham desap
esapaarecid
ecido
o de cena
cena..
Eles já não viam milagres, intervenções espetaculares e não ouviam palavras novas do Senhor. Será
que Deus tinha se esquecido de ser misericordioso? Tinha tapado os ouvidos aos seus gemidos? O
Antigo Testamento termina com um tom de frustração, de anseios não satisfeitos e de fraca esperança.
P ara a pergunta
pergunta por que
que Deus não age? J udeus e cristãos têm a mesmamesma resposta,
resposta, com uma
uma
diferença fundamental. Os judeus creem que Deus agirá enviando o Messias. Os cristãos creem que
Deus já agiu enviando o Messias, e agirá mais uma vez enviando-o de novo, desta vez em poder e
glória, não em fraqueza e humildade.

7
INTRODUÇÃO BÍBLICA

A Sin
Si n g u l ari
ar i d ade da
d a Bíbl
Bíb l i a

I. O QUE É UMA INTRODUÇÃO


INTRODUÇÃO BÍBL ICA?
Definição:
É o estudo sistemático do pano de fundo dos livros bíblicos, dentro do qual se deve entender os livros da
Bíblia de forma correta.

II. A SINGULARIDADE HISTÓRICA DA BÍBLIA:

a) Conteúdo:
A Bíblia é a revelação escrita do único Deus verdadeiro ao homem.

b) Propósito:
Ela tem por propósito a glorificação do nome de Deus e o anúncio da salvação do homem por meio do
sacrifício substitut
substitutivo
ivo de J esus Cristo
Cristo realizado
realizado na Cruz.

c) Historicidade comprovada:
 Autoria Divina – II Tm 3.16,17; Sl 19; Ex 20.
 Profecias cumpridas :
1. De Micaías quanto
quanto a J osias – c. de 250
250 anos
anos antes
antes (II Rs).
R s).
2. De Isaías quanto a Ciro – c. de 250 anos antes (Is). Quanto ao Messias – C. de 700 anos antes (Is
42; 45; 53; 61 etc.).
3. De Daniel quanto aos impérios mundiais (Dn).
4. De J eremias
eremias quanto ao Cative
C ativeiro
iro Babilônico (70 anos). O cumprim
cumpriment
ento
o é citado em Daniel.
5. O Messias – Sl 16; 22; Is 42; 45; 53; 61; Mq 5; Ag 2.
6. O derram
derramamament
entoo do Espírito Santo – E
Ezz 36; J r 33;
33; J l 2.
 Descobertas arqueológicas :
1. Nínive – Bota (1.843) – O trono de Sargão II (Is 20.1). as inscrições contendo o nome de reis de
Israel (Acabe, Onri e J eú).
2. Ugarite – (1.929-37) – Os heteus; a poesia dos Salmos. A gramática do Hebraico do AT.
3. Qunran – Os Manuscritos do Mar Morto (1.948) – A datação dos livros do AT foi recuada mais
1.000 anos, entre 400 a.C. e 100 d.C.
4. Ebla – (1.964) – 350 tabuinhas de argila – comprovando o período de Abraão.
5. Egito – As cartas de Amarna. Túmulo de uma menina (anos 90) – um manuscrito de Salmos
datado de c. 450 a.C.

Concluímos que a mensagem bíblica é historicamente comprovada e tem relevância e valor


históricos.

8
III. A INSPIRAÇÃO DAS
DA S ESCRITURAS
ESCRITURAS

Este campo é da Apologética, porém, é determinante na formação de nosso conceito acerca das
Escrituras como um todo. Apresentamos a seguir algumas razões para a fé na Inspiração Bíblia.

1. Unidade Interna
Há uma unidade de propósito e programa marcante, evidenciando a atuação de uma mente única, a
mente de Deus.

2. Epistemologi
Epist emologi a Logic amente Defensível
Defensível
De todas as religiões universais, só a hebreia-cristã oferece uma ciência do Conhecimento religioso
logicamente defensível. Nenhuma proposta de salvação é tão clara e incisiva quanto a da Bíblia.
Os textos bíblicos exigem a exclusividade de Deus e de sua revelação. A pessoa de Deus e a revelação
que faz de si mesmo são inegociáveis.
A pesquisa científica não pode chegar a Deus sem a Revelação. O conhecimento de Deus é revelado
(Mt 16; Sl 19) e não deduzido pura e simplesmente da observação empírica das leis da natureza.
A Bíblia é a revelação escrita (especial) de Deus. “Revelação em li nguagem humana”, para que
Revelação divin a em
o homem possa conhecer a Deus.

3. O Cumpr
Cumpr imento de Suas Profeci as, e a Clareza
Clareza de Suas Propo siçõ es
Historicamente Colocadas.
Os demais livros religiosos estão salpicados de inconsistências, inexatidões e Incoerências históricas.
(ex. O Livro
L ivro de Moroni;
Moroni; O Corão
C orão).
).

4. A Transfo rmação de Vidas .


Através da Bíblia, Deus tem transformado vidas de forma real, clara e definitiva.
O que pode mudar a personalidade ? A conversão cristã é uma incógnita para a Psicologia.

IV. A DOUTRINA DA INSPIRAÇÃO NAS


NA S ESCRITURAS:
ESCRITURAS:
A própria Bíblia reivindica sua INFABILIDADE.
 Mt 5.18 – a inspiração abrange mais que pensamentos, até palavras individuais.
 J o 10.35 – “F alhar” =invalidado, colocado de lado, ignorado.
ignorado.
 II Tm
T m 3.16
3.16 – TODA a escrit
escritur
ura
a É INSP
INS P IRADA
IR ADA – Todo o AT e todo
todo o NT.
 II Pe 3.16 – Pedro considera os escritos de Paulo inspirados por Deus.
 Hb 1.1,2 – Os profetas do AT falaram movidos por Deus.
 I Pe 1.10,11 – A intenção de Deus ultrapassava até mesmo o entendimento dos autores humanos.
 II Pe 1.21 – “Movidos” = levados adiante como um navio é levado pelo vento.
 Is 8.20 – a palavra escrita é superior a pretensas manifestações espirituais revelatórias (confira com I
Co 14.36).
 Sl 19 – A Lei (escrita) é perfeita.
“A Bíblia
Bí blia é infalível quanto
quanto à sua verdade, e final quanto
quanto à sua autoridade”
autoridade”(Archer
(Archer J r. p.23).
O que isso quer dizer ?
a) Que a Bíblia possui exatidão histórica.
Adão e EvaE va (I Co
C o 11.8,9;
11.8,9; I Tm 2.13,14).
2.13,14).

9
J onas
onas e a baleia
leia ( Mt 12.40
.40).
b) Que a teologia e a ética são inseparáveis.
Rm 5.14-19 depende da veracidade de Adão.
Se há erros históricos, haverá erros doutrinários.

V. DEFININDO A INSPIRAÇÃO:

O termo INSPIRAÇÃO é usado para denotar a operação de Deus na formação das Escrituras Sagradas
(a Bíblia). Expressa o pensamento da origem e qualidades divinas da Bíblia, sendo usado para indicar a
influência divina e sobrenatural que capacitou as mentes humanas para receberem a Revelação de Deus
e escrevê-la
escrevê-la fielmente.
fielmente.

O que a Inspiração não é:


1. Não é um ditado
ditado mecânico.
mecânico. Deus fez mais
mais que ditar; Ele
Ele trabalhou
trabalhou internam
internamente
ente nos
nos autores que
escolheu.
2. Embora
mbora a Inspiração não obliterasse
obliterasse as personalidades dos autores
autores humanos,
humanos, isso não significa que
que
os mesmos tenham distorcido o conteúdo que receberam.
3. A Inspiração
Inspiração não é aplicada à transm
transmissão
issão do texto em suas cópias e traduções, mas somente
somente à
escrita dos primeiros originais (autógrafos).
4. Não pode ser equiparada
equiparada à inspiração de autores
autores literários profanos, nem mesmo
mesmo ser considerada
como uma grande literatura de produção humana. A Inspiração não está presa à qualidade do
caráter literário comum, mas ao de ser Revelação direta e exclusiva de Deus.

O que é a Inspiração 1:
Num sentido amplo, a inspiração “inclui o processo total por que alguns homens, movidos pelo Espírito
Santo, enunciaram e escreveram palavras emanadas da boca do Senhor; e, por isso mesmo, palavras
dotadas da autoridade divina”2. Esse processo contém três elementos:
1. Causalid
Causalid ade Divin
Divinaa . Deus é a fonte originadora da Bíblia.
2. Mediação Profética . “Deus usou personalidades humanas para comunicar proposições divinas” 3. A
Bíblia é um livro divino-humano.
3. Aut orid
or idade
ade Escri ta . A Bíblia é a última palavra em assuntos doutrinários e religiosos.
Esc rita

A inspiração é verbal, plena e autoritativa, ou seja, todas as palavras são inspiradas por Deus para
cumprir os propósitos de Deus. II Tm 3.16 ( TODA, ESCRITURA, ÚTIL).

VI. Conceitos Errôneos Sobre a INSPIRAÇÃO:


Com o advento da Neo-ortodoxia (início do séc. XX), propôs-se que o homem fosse o juiz do que é certo
ou errado na Bíblia . Há dois conceitos básicos:
1. O Modernismo: a Bíblia contém a palavra de Deus . Partes da Bíblia é divina e verdadeira, outras
são humanas e possuem erros.
2. A Neo-Ortodoxia . A B íblia
íbl ia torn
to rna-se d e Deus . Na visão de Karl Barth, a palavra de Deus
a-se a Palavr a de
seria um princípio dinâmico divino que opera somente quando há um encontro vivo ou existencial entre o
crente e Deus. a verdade é considerada mais relacional que PROPOSICIONAL . A implicação é declarar

1
Norman Geisler & W. Nix., Introdução Bíblica , p. 11.
2
Ibid., p.10.
3
Ibid., p.11.
10
que os autores bíblicos, sendo pecadores humanos, trouxeram erro para dentro das Escrituras, o texto
bíblico. Para eles, não importa os erros de transmissão e escrita, mas somente a mensagem que foi
transmitida (o Kerigma – pregação, mensagem).
Observação: Esse tipo de interpretação é muito bem elaborado no filme: “A Última Tentação de Cristo”.

Para os neo-ortodoxos, Deus usa o texto mesmo cheio de erros e entra num relacionamento salvador
com os homens. Querendo salvaguardar a mensagem das Escrituras dos ataques à sua historicidade,
acabaram por negar a revelação proposicional das Escrituras (que Deus se revela por meio de palavras
formuladas em sentenças). Segundo eles, a revelação não passa de apenas um encontro direto entre
Deus e o homem através de uma crise existencial. A veracidade do que está escrito não tem importância
histórica, apenas religiosa. São “lendas piedosas”, que Deus usa para falar a nós.
A grande dificuldade desse ponto de vista é colocar a autoridade das Escrituras num nível de fé que não
se pode averiguar objetivamente. A fé aceita ser inconsistente e incoerente, pois a verdadeira base dela
fica sendo a subjetividade da experiência pessoal de cada um.

VI. LEITURAS SUPLEMENTARES


SUPL EMENTARES::
1. Merece Confiança o AT ? G. L. L. Archer
Archer J r. p.14-31
p.14-31..
2. Introdução Bíblica . Norman Geisler & e William Nix. Ed. Vida, p.5-37.
3. Novo Dicionário da Biblia vol. I . “Inspiração
“Inspiração””. J . I.
I. Packe
P acker,
r, p. 747-51.
747-51.
4. A Origem da Bíblia . “A Inerrância e a Infalibilidade da Bíblia ”. Harold O. J . Brown,
da Bíblia Brown, p. 61-78.
61-78.
5. O Alicerce da Autoridade Bíblica . “A Declaração de Chicago Sobre a Inerrância da Bíblia”. P. 183-96.
6. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã, vol. II. “Inspiração Plenária e Inspiração Verbal”. I. S.
Rennie. P.333-37.

11
O Manus
Manuseio
eio da
d a Bíblia.
I. NOMES E SIGNIFICADO:
1. Bíblia (ta biblia = livros) = plural de livro (bibloj).
2. Escrit
E scritura
uras.
s.
3. Palavra de Deus.
4. A Lei de Deus.
A Bíblia é a Palavra de Deus. Ele falou (e fala) através dos livros que Ele mandou escrever.

II. MANUSEIO:
Todos
Todos os liv
livros da Bíbli
Bíblia
a são
são divid
ividid
idos
os em cap
capítu
ítulos
los e versículo
sículos:
s:
Salmo
almo (Sl)
(S l) 91.2
91.2
 Nome do livro ou abreviatura (Sl).
 Número do capítulo (grande). 91
 Número do versículo (pequeno). 2

As Bíblias são divididas em capítulos e versículos. As versões mais modernas contêm também divisão
de parágrafos, titulações e notas auxiliares. Seu objetivo é auxiliar na leitura, contudo é bom lembrar que
esses auxílios não estão contidos nos textos originais inspirados.
Exemplos:
 Versículo mal dividido: Ef 1.4.
 Titulação incorreta:
incorreta:
o I Co 13 – O amor é o dom
do m supremo. Na verdade o amor é fruto do Espírito
Espí rito..
 Parágrafo mal dividido: Mt 5.13,14. Sal e luz são assuntos interligados. Essa divisão pode conduzir a
uma interpretação fragmentada pelo leitor desatento.

III. DIVISÕES:
1. Antigo Testamento
Testamento (AT) = Escrito antes
antes do nascimento
nascimento de J esus Cristo.
C risto.
2. Novo Testamento
Testamento (NT) = Escrito Após a ressurreição
ressurreição e ascensão de J esus Cristo.
C risto. A palavra
testamento significa aliança ou pacto. Não são duas alianças distintas, uma nova e outra velha, mas uma
mesma aliança em duas dispensações distintas. O NT está escondido no AT e o AT está revelado
plenamente no NT. O AT é sombra ou figura do NT (Hb 8.5; Cl 2.16,17). Veja o gráfico:

12
O gráfico acima demonstra que a revelação divina nas Escrituras é:
 Histórica = Acontece dentro da história humana.
 Progressiva =À medida que acontece a sua compreensão se torna maior
 Orgânica = É perfeita em todos os seus estágios.
 Adaptável = Sua linguagem é compreensível a quem a recebe.
A Bíblia possui ao todo 66 (protestantes = 39 + 27) ou 73 livros (católicas =46 + 27).

Em algumas seitas chamadas de igrejas para-cristãs podem chegar a mais ainda (Ex. Mórmons – livro
de Moroni). Essas diferenças todas têm a ver com livros do AT. No NT são todas iguais.

O AT possui 4 divisões principais:


Nº DIVISÃO QUANTIDADE LIVROS
1 Lei ou P entateuco
entateuco 5 livros Gênesis,
Gênesis, Ê xodo, Levítico,
Leví tico, Números
Números e
Deuteronômio.
2 Histór
Históricos
icos J osué,
osué, 12 livro
livross J uízes, Rute,
Rute, I e II S amuel
amuel,, I e II Reis, I e II
Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.
3 P oéticos
oéticos 5 livros
livros J ó, Salmos,
almos, P rovérb
rovérbios,
ios, Eclesiastes
clesiastes e
Cantares.
4 P roféticos
roféticos 17 livros a) Profetas Maiores:
Isaías,
Isaías, J eremias,
eremias, Lamentaçõ
Lamentações, es, Ezequiel
E zequiel e
Daniel.
b) Profetas Menores:
Oséias, J oel, Amós,
Amós, Obadia
Obadias, s, J onas,
onas,
Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias,
Ageu, Zacarias e Malaquias.

5 Livros 7 livros
liv ros I e II Macabeus,
Macabeus, Tobias, Judit e, Baruque,
Deuterocanônicos Sabedoria, Eclesiástico; acréscimos a
(ou Apócrifos.) Daniel e a Ester.
(Presentes
(Presentes so mente nas versões
católicas).

13
O NT também possui 4 divisões principais:
No DIVISÀO QUANTIDADE LIVROS
1 Evangelh
vangelhos os 4 livros
livros Mateus,
Mateus, Marcos, Lucas e J oão.
2 Hist
His tórico 1 livro Atos dos Apóst
Apóstolos.
3 Epístolas 21 livros
livros a) Epístolas Paulinas :
Romanos, I e II Coríntios, Gálatas,
Efésios, Filip
F ilipenses,
enses, Colossenses,
Colossenses, I e II
Tessa
Tessalo
lonnicen
icenseses,
s, I e II Tim
Timót
óteo
eo,, Tito
Tito e
Filemon.
b) Epístolas Gerais :
Hebreus4, Tiago, I e II Pedro, I, II e III
J oão
oão e J udas.
as.
4 P rofético
rofético 1 livro
livro Apocalipse de J oão.

4
Alguns estudiosos creditam a autoria de Hebreus ao apóstolo Paulo
14
As Ver
Verss õ es d a Bíb
B íbll i a

Introdução:
Existem hoje no mercado várias edições da Bíblia. Não é difícil perceber algumas diferenças nelas. Isso
se deve na maioria dos casos a questões de estilo e tradução. Nessa aula vamos entender um pouco
melhor
melhor porque isso
isso acontece.
acontece.

I. Os Idiomas da Bíblia:
A Bíblia não foi escrita originalmente em Português, mas ela veio até nós por meio de traduções e
revisões dessas traduções. As línguas nas quais a Bíblia foi escrita originalmente são:
1. O Antigo Testamento : Na sua maioria em HEBRAICO (semítica) e pequenas partes em
ARAMA ICO (partes de Esdras, Neemias e Daniel).
ARAMAICO
O hebraico originalmente era uma língua não vocalizada na escrita. Por isso tornou-se uma língua
morta, ou seja não falada. Somente com o trabalho dos Massoretas, que vocalizaram a língua é que o
hebraico voltou a ser falado.
O Alfabeto hebraico:

2. O Novo Testamento : Escrito em grego (indo-germânico) “koinê” (comum). Esse era o grego falado
pela população comum. Na época do NT, o grego exercia a função globalizante que o inglês exerce
hoje.

O Alfabeto grego:

15
II
II.. O Valor
Valor d e se Conhecer as Línguas Orig inais:
Nenhuma tradução pode substituir o original, principalmente no caso da Bíblia, pois cremos na
inspiração dos originais bíblicos, e não de suas traduções. Os tradutores, embora cristãos fiéis não são
inspirados, mas somente os escritores o foram.
Note o que está escrito no prefácio
prefácio da edição J oão Ferreira Almeida, 2ª edição 5: “É certo que toda
Ferreira de Almeida,
tradução ou revisão da Bíblia Sagrada, ainda que levada a termo por íntegros peritos bíblicos é sempre
trabalho humano e, como tal, sujeito a falhas; por outro lado, no entanto, suscetível de melhoria”.
É importante para o cristianismo que suas Igrejas mantenham uma ligação viva com as Escrituras
através do estudo das línguas originais. Se esse estudo cair em desuso, abrir-se á a porta para todo tipo
de interpretações particulares e heréticas da fé, colocando em risco a comunhão viva que temos com
Deus 7.17)6.
Deus (J o 7.17)

II
III.
I. As Versões An tigas:
tig as:
1. Antigo Testamento:
a) A Septuaginta (LXX): A mais importante tradução grega do AT, datada de cerca de 250 a.C. É a base
da tradução
tradução da Vulgata Latina de J erônimo.
erônimo. Conté
Contém m os
os livros Apócrifos
Apócrifos ou Deuterocanônicos.
Deuterocanônicos.
b) Versão de Áquila: 2ª séc. d.C. feita para substituir a LXX, mais usada pelos cristãos.
c) Versão de Teodócio: 2º séc. d.C. . Procurou corrigir muitas inexatidões da LXX.
d) Versão de Símaco: 200 d.C. Uma paráfrase (tradução livre) muito elegante da LXX.

2. Versões Completas (AT e NT):


a) Pesita
P esita (Peshit
(Peshitaa =sim
=simples):
ples): 2ºséc.
2ºséc. d.C.
d.C . É a melhor
melhor versão
versão siríaca das Escritu
E scrituras.
ras.
b) Vulgata Latina : Traduzida por J erônimoerônimo (383-405 d.C.).d.C.). Feita
F eita para
para substituir
substituir as versões latinas
anteriores
anteriores que eram baseadas somente somente na LXX.L XX. J erônimo
erônimo traduziu
traduziu direto do hebraico, usando o Texto
T exto
Massorético (TM). Mais inclui os deuterocanônicos, que não têm no TM.
IV. As Versões
Versões em Português:
As mais conhecidas são:
a) Figueiredo: Produzida pelo Pd. Antônio Pereira de Figueiredo a partir da Vulgata. Usada pelos
católicos.
b) Bíblia
Bíblia de J erusalém:
erusalém: Versão católica com notas.
c) Almeida: Traduzida pelo Pr.P r. J oão Ferreira
Ferreira dede Almeida
Almeida (1748). Atualmente
Atualmente consta de duasduas edições
mais
mais conhecidas:
conhecidas: A Atualizada
Atualizada (ARA)
(ARA ) e a Corr
C orrigida
igida (ARC).
(ARC ). Usadas
U sadas pelos Prot
P rotesta
estant
ntes.
es.
d) Nova Versão Inter
I nternacional
nacional (NIV):
(NIV ): J á foi lançado o NT em portug
português,
uês, e o AT
AT está em preparação.
preparação. É
traduzida do inglês em comparação com os originais gregos e hebraicos.

V. Razões das Diferenças Nas Versões:


Elas surgem com base nas seguintes razões básicas:

1. Diferenças de significado quanto ao uso dos textos gregos e hebraicos .


Nós não temos os originais (autógrafos = escritos pelos próprios autores bíblicos), mas apenas
cópias. Com o passar dos anos muitas cópias foram feitas e, como eram feitas à mão, começaram a
surgir as variantes (expressões diferentes nos manuscritos).

5
Bíblia, Edição Revista e Atualizada , 2ª edição, p.5.
6
TIDWELL,
TIDWELL, J .B.,
.B., Visão Panorâmica da Bíblia , p.30.
16
Só do NT, existem mais de 5.000 manuscritos. Esses manuscritos foram estudados e
catalogados, produzindo alguns textos completos que são utilizados para tradução: Exemplos: A LXX, o
TM par
para
a o AT. O Text
Texto
o Receb
Recebid
ido
o (Rece
(Recep
ptus),
s), o Tex
Texto do Vat
Vatica
icano, o Tex
Texto Majo
Majorritá
itário (Biza
Bizan
ntino)
ino)..
Lembre-se de que:
 Embora haja diferenças nos manuscritos, elas não atingem nenhuma doutrina básica das
Escrituras.
 Muitos manuscritos continuam sendo achados e catalogados para estudo.
Ex.: O Códice Alepo, encontrado em 1.947, na Síria. Os Manuscritos do Mar Morto, cerca de
200 manuscritos
manuscritos hebraicos encontrados
encontrados em Israel
Israel de 1.948-1.956.

2. Diferenças
Diferenças de signif icados em vir tude de ambiguidades .
Existem palavras que podem ter mais de um significado (ambíguas).
Na tradução da Bíblia isso também acontece e geram algumas diferenças. Nesses casos, um estudo
mais detalhado do contexto ajuda a resolvera melhor tradução.
Ex.: “Os pais das crianças chegaram”. Pais podem ser:
a) Dois homens.
b) Marido e esposa.
c) Dois casais que são pais.

3. Mudanças
Mudanças na forma vi sando uma boa comuni cação .
A tradução leva em conta o significado e a forma da linguagem. Às vezes a tradução não fica natural se
for feita literalmente. Você não traduz “good morning” por “boa manhã”, mas por “bom dia”.

4. Mudanças
Mudanças na for ma quanto ao uso d e linguagem figur ada .
Uma palavra pode ser empregada de forma literal numa frase e de forma figurada em outra. Numa
tradução, é possível que o sentido não seja entendido se não for feita mudanças na forma.
Ex.: A sede das
das emoções
emoções para nósnós é o coração,
coração, mas
mas para os
os gregos
gregos eram as entranh
entranhas
as (intestinos).
(intestinos).
(Fm 7).

5. Mudança
Mudança na forma para tornar mais claro o s ignifi cado .
Uma Bíblia
Bí blia diz: “quinze
“quinze estádios, outra:
outra: “três
“três quilômetros”
quilômetros” (J o 11.18). Isso
Isso se
s e aplica principalmente
principalmente a
pesos e medidas desconhecidas e/ou não usadas por nós hoje. É a mesma questão entre usar
quilômetros (Brasil) e milhas (EUA) para medir a velocidade dos carros.

6. Mudança
Mudança na form a a fim de tornar o t exto mais natural em Port uguês .
Algumas expressões podem não soar muito bem em outra língua, e por isso algumas versões as
modificam a fim da tradução ficar mais natural e bonita. Ex.: Cão, filho de Noé: revisado na ARA para
Cam.

VI.
VI. Conclus ão:
As novas versões são sempre bem vindas, desde que expressem o sentido original do texto bíblico,
numa linguagem acessível, mas fiel ao original.
Existem cerca de 6.900 línguas faladas no mundo de hoje. Cerca de 475 têm a Bíblia completa. 1241
têm somente o NT. Aproximadamente 823 têm apenas porções traduzidas e cerca de 4300 a 4.400 não
têm nada da Bíblia em sua língua 7.

7
Essa estatística é de 2011. Bíblia no Brasil, A no 235, Abril a julho 2012.
17
A Geog
Geo g r afi
af i a da
d a Pales
Pal estt i n a:
A Palestina se divide naturalmente em quatro áreas:
Planície Marí
Marítima
tima Região
Região Montanhosa Vale
Vale do Jordão Platô Oriental

Área costeira ao Entre o vale do Corta a palestina de · Engloba a


Mediterrâneo. Três J ord
ordão e a Plan
Planície
ície Norte a sul a partir Tra
Transjor
sjord
dânia
ânia..
divisões: Marítima.Três divisões: do Monte Hermon. · Quatro divisões:
1. Planície do Aco 1. Galilé
G aliléia
ia – norte.
norte. · Suas águas formam 1. Basã . Sul do Hermon
(Acre). Norte do · Vale
V ale de J ezreel
ezreel ou
ou o até o Rio J armu
armuque
que..
Monte Carm
C armelo.
elo. Esdrelom (oriente) e Mar da Galiléia ao 2. Gileade
Gileade . Rio J aboque.
aboque.
2. Planície de Sarom . o Vale de Megido norte e deságuam no 3. Amom . Nordeste do
Sul do Carmelo. (ocidente). Mar Morto ao sul Mar Morto.
3. Planície da Filístia 2. Samaria – centro. (389 m. abaixo do 4. Moabe . Leste do Mar
· Região montanhosa. nível do mar). Morto, sul do Rio
3. J udéia
udéia – sul. · Ao sul está o deserto Arnom.
· Terras Altas – norte. de Arabá.
· Sefelá (terras baixas) –
sul.
· Deserto do Neguebe.

18
Principais Planícies:
 Planície Marítima ou da Filístia. Nela ficavam as cinco cidades dos filisteus (Gaza,
Ecrom, Azoto, Ascalom e Gate);
 Planície da Fenícia: Entre Tiro e Sidom.
 P lanície de Sarom
S arom;; Ent
E ntre
re o Monte
Monte Carm
C armelo
elo e J ope (I Cr
C r 27.29;
27.29; Ct 2.1,2).
2.1,2).
 P lanície do Acre (J esreel ou Esdraelon):
sdraelon): Entre
Entre os mont
monteses de Samaria
Samaria e Galiléia (J s
17.16; J z 1.31; 6.33) . Muit
Muitas batalhas
batalhas imimportant
portantes
es aconteceram
aconteceram ali: Gideão venceu
venceu
os midiani
midianittas (J z 6.33; 7.1);
7.1); a derr
derrot
ota
a de Sísera
Sí sera (J z 4); Morte
Morte de Saul e seus filhos (I
S m 31); Morte
Morte de reirei J osias (II Rs 23); vitória
vitória de
de J eú sobre
sobre Acabe (II Rs
R s 10).
 Planície do Sefelá (terras baixas): Entre a Planície da Filístia e as montanhas de
J udá. “É um
uma regiã
egião o polit
liticam
icamen
entte est
estratég
atégic
ica
a e econ
economomicicam
amen
entte imp
importante”8.
ortant

Principais Planaltos:
 P lanalto
lanalto de Basã: Sl 22.12,
22.12, 68.15,
68.15, Ez
Ez 39.18.
39.18.
 P lanalto
lanalto de Gileade: J r 8.22.
8.22. Na época do NT é conhecido como
como Peréia.
P eréia.

Principais Montes:
 Líbano: 3060 m. (I rs 5.1,6,9,13-15,18). De lá foi tirada a madeira de cedro para a
construção do templo de Salomão.
 Tabor:
Tabor: J s 19.2
19.22,
2, J z 4.6,14
4.6,14..
 Carmelo: è citado 21 vezes no AT. Lugar onde Elias confrontou os profetas de Baal
(I Rs
R s 18.17-40).
18.17-40).
 Ebal (924 m.) e Gerizim (853 m.): Dt 11.29. situados na Samaria e separados por
um pequeno vale.
 Sião (800 m.): Leste
Leste de J erusalém.
erusalém. Citado
Citado 151 vezes na Bíblia.
Bíblia. Sl 48.2.
 Moriá (744 m.): monte do templo de Salomão (II Cr 3.1). Fica a leste do Monte Sião.
 Hermom
Hermom:: J z 3.3; I Cr
C r 5.23;
5.23; Sl 133.3.
133.3. O rio J ordão
ordão nasce entre
entre as suas cordilheiras.
cordilheiras.

Principais Rios:
 J ordão (“declive”
(“declive” ou “o
“o que desce”):
desce”): Principal
P rincipal rio da P alestina, divide-a em duas
duas
partes distintas: Canaã e Transjordânia. Tem três trechos distintos: (1) Da nascente
ao Lago Merom. Profundidade de 3 a 4 m. (2) Do Lago Merom ao Mar da Galiléia.
Profundidade de 8 a 15 m. (3) Do Mar da Galiléia ao Mar Morto. Região de muitas
corredeiras. Percirre uma distância de 117 Km, atingindo 25 a 35 m. de largura e
somente 1 a 4 m. de profundidade.
 Quisom:
Quisom: O mais im important
portante
e depois do J ordão
ordão (J z 5.21; I Rs
R s 18.40). nasce das
torrentes do Monte Gilboa e do Tabor.
 Soreque:
oreque: nasce a sudoeste
sudoeste de
de J erusalém
erusalém e desemboca
desemboca entre
entre J ope e Ascalom (J z
16.4). Seu
Seu vale
vale é famoso
famoso por seus vinhedos
vinhedos (J z 14.1-5).
8
Ivete M. Pereira, Geografia Bíblica , Seminário Betel Brasileiro, 1998, p. 7. Trabalho não publicado.
19
 Besor: deságua ao sul de Gaza (I Sm 30.9,10).

Principais Desertos:
Desertos:
 Neguebe:
Neguebe: Sl Sl 126.4.
126.4. Fica
F ica ao sul
sul da Palest
P alestina.
ina.
 Deserto
Deserto da J udéia:
udéia: J z 1.16,
1.16, Mt 3.1.
 J ericó: Lc 10.30-35
10.30-35..
Principais Estradas:
 Real: Mencionada em Nm 20.17; 21.22.
 Via Maris: saía de Damasco em direção a Ptolemaida no Mediterrâneo.
 Estrada do Centro: Eram duas est
estradas que saiam de J erusalém,
erusalém, uma
uma para o norte
norte
e outra para o sul. A estrada do sul se bifurcava, indo um ramal para Gaza (Filipe
evangelizou o eunuco nessa estrada) e o outro para Berseba.
 Estrada da Costa: saía do delta do Nilo no Egito e seguia por uma região deserta
por 120 Km até chegar no Mediterrâneo. É chamada do “caminho dos filisteus” em
Ex 13.17.
 Estrada do
do Leste:
Leste: saía de J erusalém em direção a Damasco
Damasco pelo caminho
caminho de
Betânia. Nessa estrada, Paulo foi encontrado por Cristo (At 9).

20
PANORAMA GERAL
GERA L DO PENTATEUCO
PENTATEUCO9
Introdução:
O Pentateuco diz respeito aos primeiros cinco livros da Bíblia atribuídos a Moisés (Gn, Ex, Lv, Nm, Dt). A
palavra significa literalmente “livro de cinco volumes”. É designado no TM como “a Lei – hattôrâ”.

No AT o Pentateuco é chamado de:


(1) Lei – J s 8.34;
8.34; Ed 10.3.
10.3.
(2) Livro
Livro da Lei – J s 1.8;
1.8; II Rs
R s 22.8.
22.8.
(3) Livro da Lei de Moisés – J s 8.31; Ne 8.1.
8.1.
(4) Livro de Moisés – Ed 6.18; II Cr 25.4.
(5) Lei do Senhor – Ed 7.10; I Cr 16.40.
(6) Lei de Deus - Ne 10.28,29.
(7) Livro da Lei de Deus
Deus – J s 24.26;
24.26; Ne 8.18.
(8) Livro da Lei do Senhor – II Cr 17.9; 34.14
(9) Livro da Lei do Senhor seu Deus – Ne 9.3.
(10) Lei de Moisés, servo de Deus – Dn 9.11;Ml 4.4.

No NT o Pentateuco é chamado de:


(1) Livro da Lei – Gl 3.10.
(2) Livro de Moisés – Mc 12.26.
(3) Lei – Mt 12.5;
12.5; Lc 16.16;
16.16; J o 7.19.
7.19.
(4) Lei de Moisés – Lc
L c 2.22; J o 7.23.
7.23. (5) Lei do Senhor
Senhor – Lc
L c 2.23,24.
2.23,24.

Embora não possamos afirmar categoricamente que todas estas referências e outras mais sejam
explícitas ao Pentateuco é difícil fazer tal ligação.
O termo
termo Pentat
Pentateuco
euco foi utilizado a primeira vez vez por Orígenes
O rígenes em seu comentário
comentário de J o 4.25 “do
“do
Pentateuco de Moisés”; e Tertuliano em sua obra “Contra Márcion 1.10 ”.

I. A Auto ria do Pentateuco:


Há evidência Bíblica suficiente para crermos que Moisés foi o autor humano do Pentateuco. Isso não
quer dizer que Moisés tenha escrito cada palavra como temos hoje, mas que é seu autor fundamental e
real. É possível que Moisés tenha se utilizado de fontes anteriores e que revisões posteriores tenham
ocorrido debaixo da inspiração do Espírito Santo, atualizando informações geográficas e históricas para
facilitar sua leitura e entendimento.
a. No próprio Pentateuco: Ex 17.14, 24.4-8, 34.27; Nm 33.1,2; Dt 31.9,22 e ainda Dt 1.1,5.
b. No restante do AT: J osué está repleto (8.31,32,34;11.15,20;
(8.31,32,34;11.15,20; 14.2; 21.2, 22.5,9; 23.6 dentre
dentre
outras);
outras); J z 3.4, I Rs 2.3; II Rs
R s 14.6; II Rs
R s 21.8; E d 6.18;
6.18; II Cr
Cr 34.14;
34.14; Dn 9.11-13.
9.11-13.
c. No NT: Mt 10.5; Mt 19.8; Mc 1.44; Lc 5.14; At 3.22; Rm 10.5-9; I Co 9.9; Ap 15.3.

9
Ângelo Gagliardi, Panorama do VT , p.
21
LIVRO AUTOR DATA AÇÃO VERSO TEMA DIVISÃO
CHAVE
G NESIS Moisés 1.445 4.004 a 1.1 Os Primórdios.
1.805 princípios. Patriarcas.
a.C. Providência.
ÊXODO Moisés 1.444 1.525 a 3.10 Libertação Libertação.
1.444 pelo Locomoção.
a.C. sangue. Legislação.
LEVÍTICO Moisés 1.444 1.444 19.2 Santidade
antidade.. Sacrifício.
a.C. Sacerdócio.
Saúde.
Separação.
Solenidade.
NÚMEROS Moisés 1.445 1.444 a 33.1 P eregrina
eregrinação
ção Sinai.
1.405 Sinai a Cades.
a.C A Moabe.
DEUTERONÔMIO Moisés 1.445 1.405 12.1 Obediência. Recorda !
a.C. Obedece!

II
II.. Análise
Anális e de Gênesis:

Informações Gerais:
a) Nome, Autor
Aut oria
ia e Data:
Na Torá (TM): Bereshit – “No Princípio”. Na LXX: Genesij (Gênesis – origem,
origem, fonte,
fonte, geração). Autor
Autor
e data: Moisés, cerca de 1.450 a.C.
b) Propósito:
Fornecer um breve sumário da história da revelação divina, desde o princípio até que os israelitas
foram levados para o Egito e estavam prontos para se tornarem uma nação teocrática.
c) Esboços:

Capítulo
Capítulo Person
Person agens
agens Assun tos Lições
Liç ões
1-2 Deus Criação Deus é o criador de tudo.
3-5 Adão Queda Deus é santo.
6-10 Noé
Noé Dilúvio Deus
Deus é J usto.
usto.
11 Os povos Babel Deus é o governante dos povos.
12-25 Abraão A Aliança Deus elege.
26-27 Isaque A promessa Deus é fiel.
28-36 J acó Israel Deus cuida com paciência.
37-50 J osé Conservação da promessa Deus Intervêm.

CRIAÇ O QUEDA DIL VIO NOVO COMEÇO


1- 2 3-6.10 6.11-8.19 8.20 – 11

A Cri ação:

A duração dos dias da criação ainda é ponto discutido:

22
 Eles nunca existiram – evolucionista.
 Os dias representam eras (Evolucionista-Teísta).
 Os dias são literais – 24 horas.

1º dia 2º dia 3º dia. 4º dia


di a 5º dia
di a 6º dia
di a 7º dia
di a
Luz Firmam
irmamento
ento S eparação de Luminárias Criaturas Os animais Deus terminou
terra e mar. nos céus. marinhas terrestres e o seus atos criativos
e as aves. homem. e descansou.

 A Queda:
Qu eda:
O pecado da queda foi a desobediência motivada por um desejo de tornar-se como Deus. “Deus proveu
peles de animais para lhes servirem de vestes, o que envolveu o abate de animais, em favor do homem
pecaminoso”10.

Caim O primeiro homicida.


Lameque O primeiro polígamo
Enos Começa-se a invocar a Deus (oração)
Enoque Foi arrebatado
Jubal Invenção da música através de instrumentos
musicais

.
.
 Dilúvio:
Medida da Arca. Tomando-se o côvado como 46 cm = !37 m. (comprimento) / 22,5 m. (largura) e 13,5 m.
(altura). Deslocamento de água de 50 mil toneladas.

 Novo Começo:
Term
Terminad
inado
o o dilú
ilúvio,
vio, com
começa
eçam as ofer
ofere
endas sacr
sacrif
ific
iciais 11. Deus estabelece a pena de morte para o
iais
homicídio e estabeleceu o arco-íris como promessa de mais destruir a terra com dilúvio.
Destaque para a construção da torre de Babel, quando Deus confundiu as línguas para que o povo se
dispersasse pelo mundo.

 Distribuição dos povos:

Sem Cão J af
afé
é
Região
Região do Golf o África e Palestina. Costa do Europa e Ásia.
Pérsico Mar Mediterrâneo.
Mediterrâneo.

A lição que aprendemos desse período é que a corrupção do pecado se espalhou e contaminou a todos
de forma crescente.

 A Era Patr iarcal


iar cal::
A narrativa desse período está contida em Gênesis 12-50. Novas descobertas arqueológicas (Mari, Nuzi
e Ugarite) têm trazido luz para esse período. O mundo patriarcal está identificado com o “Crescente

10
S amuel
amuel J . Shultz,
Shultz, A História Israel no AT , p. 14.
História de Israel
11
Ibid., p. 16.
23
Fértil” (Mesopotâmia, Palestina e Egito). Sua história está associada aos desenvolvimentos dos
Sumérios e acadianos na Mesopotâmia e dos Egípcios no Egito.

Quatro
Quatro personagen
personagenss bíblicos
bíblicos recebem
recebem desta
destaque:
que: Abraão,
Abraão, Isaque, J acó e J osé.
A vi da de
d e Abr aão tem três
tr ês fases
f ases d isti
is tint
ntas:
as:
1. Partida de Ur e estabelecimento em Canaã (12.1 – 14.24).
2. Espera do filho prometido (15.1 –22.24).
3. Provimento para sua posteridade (23.1 – 25.18).

A vi da de
d e Isaqu e se mi stu ra ao r elato da vi da de Jacó
J acó (25.19 – 35.29).
35.29).
A vi da de
d e Jacó :
1. J acó adquire
adquire de
de Esaú
E saú a Prim
P rimogen
ogenitur
itura
a – cap. 25.
2. J acó rouba
rouba a Benção dede Esaú – cap.27.
cap.27.
3. J acó e Labão
Labão – cap. 28
28 – 32.
32.
4. J acó retor
retorna
na a Canaã – cap.32 – 35.
Os Filh os d e Jacó (Gn 35.23-26)
35.23-26)::

Ruben, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom Filhos de Lia


Gade e Aser Filhos de Zilpa, serva de Lia
José e Benjamim Filhos de Raquel
Dã e Naftal
Naftalii Filhos de Bila, serva de Raquel

Implicações do Livro :
Gênesis questiona:
1. O ateísmo – Existe um Deus que é criador de tudo.
2. O Panteísmo – Deus, embora imanente (presente na criação), é transcendente a ela (é
separado da criação). Deus não é a criação, a natureza.
3. O politeísmo – Exist
E xiste
e apenas
apenas um
um Deus, que
que é o S ENHOR (J avé).
avé).
4. O Deísmo – Esse Deus intervém na história da sua criação e a governa.
5. O materialismo – Deus não é a matéria, mas o seu criador ( Ex nihilo – do nada).
A queda do homem explica:
1. A miséria do homem.
homem.
2. O vazio existencial do homem
homem (quem sou? Donde vim ? Para
P ara onde
onde vou ?).
3. A perdição e corrupção humana.
humana.
4. A existência
existência da morte.
morte.

Para mais informação sobre o Pentateuco veja o link abaixo:


http://www.fatheralexander.org/booklets/portuguese/biblia_sept_2.htm

24
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO A OS LIVROS HISTÓRICOS.

I. Composição:
Os livros
livros históricos compreend
compreendem
em doze
doze livros, que vão de J osué a Ester.
E ster. A organização do TM segue
uma linha diferente. Diferem do Pentateuco quanto à sua ênfase. O Pentateuco traça a história redentora
da criação à morte de Moisés, destacando à aliança da Lei e aos alicerces legislativos de Israel como
povo da aliança. Os livros históricos, por outro lado demonstram o movimento histórico de Israel na
Palestina na sua obediência ou não à Lei e à aliança divina.

 J osué,
osué, J uízes,
uízes, I e II Samue
Samuel,l, I e II Reis = Os Profetas Anteriores (Primeiros Profetas). Essa
designação é feita para contrastar
contrastar com
com os profetas posteriores
posteriores (Isaías,
(Isaí as, J eremias,
eremias, Ezequiel
E zequiel e os doze
profetas menores). O termo não se refere a uma cronologia histórica, mas simplesmente ao seu
lugar no cânon. “Enfatiza o fato de que apresentam uma história religiosa ou com um objetivo
religioso. Eles “contém dados históricos escolhidos numa perspectiva profética” 12. O elemento
histórico está sempre ligado à mensagem espiritual. Os primeiros Profetas são históricos; os Últimos
são exortativos”13 Os Profetas Anteriores enfatizam o assentamento em Canaã e à Monarquia, os
P rofetas P osteriores enfatizam
enfatizam os séculos finais
finais dos dois reinos,
reinos, especialmen
especialmente te J udá. A diferença
fundamental entre ambos está no fato de os Anteriores serem “constituídos de narrativas” 14.
 Esdras, Neemias, Ester, I e II Crônicas = OOss Escrito s.
 Rute é contado entre os cinco Rolos.

II
II.. Auto ria:
Os livros históricos têm em sua maioria autoria anônima, porém certamente foram compilados por:
J osu
osué, Sam
Samuel, J ere
eremias
ias e Esdr
Esdras.
as. Tamb
Também ha havia
viam cron
cronis
isttas que
que er
eram ofi
oficcialm
ialmen
entte en
encar
carregados
ados de
de
relatar os fatos históricos para registro oficial; além do que, há outros escritores que narraram histórias
específicas.
 Davi = Samuel, Natã e Gade (I Cr 29.29).
 Salomão = Natã, Aías e Ido (II Cr 9.29).
 Roboão = Semaías e Ido (II Cr 12.15).
 Baruque era o escrivão de J eremias.
eremias. Out
O utros
ros document
documentos os históricos, não inspi
inspirados,
rados, foram
utilizados
utilizados como
como fonte
fonte (J s 10.13 – O livro dos
dos J ustos.
ustos. I Rs
R s – A História dos
dos Reis de Israel e J udá).
udá).

12
Leslie C. Allen, “Os Profetas Anteriores”. Em: Introdução ao AT , p.143.
13
Stanley A. Ellisen, Conheça Melhor o AT , p.63.
14
Leslie C. Allen, op.cit., p.143.
25
II
III.
I. Divisão Hist óri ca do Período:

No Periodo Duração Data


Data
1 J uizad
izado Da ent
entrada
ada em Canaã
Canaã até o est
estabelec
elecim
imen
entto da 1.406 – 1.044 a.C.
Monarquia.
2 Monarquia 1) O Reino Unido: Saul, Davi e S alomão.
alomão. 1.044 – 536 a.C.
1.044 – 931 a.C.
2) O Reino Divido ou Período Profético.
931 – 536 a.C.
3 Restauração Do Cativeiro Babilônico até o Silêncio P rofético
rofético 536 – 400 a.C.
a.C .

IV.
IV. D
Divi
ivisão
são Literária
L iterária do Período
Período

LIVRO DATA TEMA OUTROS POVOS


APROXIM ADA
APROXIMADA
ANTES DO REINADO – 1.406 1.406 – 1.044
1.044 a.C.
a.C.
JOSUÉ 1.406 - 1.375 Ocupação da terraterra prometida
prometida.. P ouca influência egípcia na
Palestina.
JUÍZES 1.375 – Bênçãos pela obediência e Chegada dos Filisteus à
15
1.044 castigo pela desobediência Palestina.
conforme
conforme a aliança.
RUTE 1.330 A linha davídica abrange
abrange os Período de paz entre Israel e
gentios por intermédio de Rute Moabe.
Moabe. Época dos dos J uízes.
ASCENS O E QUEDA DO REINO REINO - 1.044 – 586 a.C.
a.C.
I e II SAMUEL 1.100 – 970 Estabelecimento
stabelecimento do Reinado F ilisteus: Os maiores inimigos
inimigos
de Israel.
I e II REIS 970 – 586 A história do reino pelo prisma
prisma Cativeiro
Cativeiro sob a Assíria
Assíria (Israel)
(I srael)
da aliança e Babilônia
Babilônia (J(J udá).
udá).
I e II Adão – 586.
586. A história do reino com ênfase “Reinos e impérios vizinhos
CRÔNICAS em J udá.
udá. O Templo
Templo de Salom
S alomão.
ão. erguem-se e caem conforme o
desígnio de Deus para o reino
davídico”16
P S-EX
S-EX LIO (PER
(PERIOD
IODOO PERSA
PERSA)) – 537
537 – 432
432 a.C.
a.C.
E SDRAS
DRA S 537 – 458 Reconstrução
Reconstrução do templo
templo e O Novo Império Persa.
reforma do culto Retorno dos exilados
NEE
NE EMIAS
MIA S 445 – 430 Reconstrução
Reconstrução dos murosuros de A boa vontade dos governos
J eru
erusalé
salémm e rest
estabelec
elecim
imeento persas permitem uma relativa
de um governo limitado. paz.
E STER
TE R 483 - 473 Deus é providente
providente para com seu A Pérsia governa da Índia ao
povo mesmo longe da terra Helesponto.
prometida.

15
Ellisen aponta a data de 1.075 a.C. Conheça Melhor o AT , p.64.
16
Ibid., p. 65.
26
V. Auxílios
Auxílios Gráficos:
Gráficos:
1. Livros do AT, Conheça Melhor o AT , Stanley A. Ellisen, p.10.
2. Os Livros Históricos - Mapas, Gráficos, Cronologias e Ilustrações , p.22.

VI. JOSUÉ, JUÍZES E RUTE:


I. O Livro
Liv ro de Jos ué.
1. Nome, Autor ia e Data:
Data:
TM =Iesh
Ieshu uá ( u w h y ) – J osu
osué = Deu
Deus é salv
salvaç
açãoão.. LXX =Ihso
Ihsouuj – J osu
osué.
P rovavelmen
rovavelmente te foi escrito pelo
pelo próprio
próprio J osué (J s 24.26) entre
entre 1.406 – 1.380 a.C.

3. Esboço Básico:

ENTRADA
ENTRADA CONQUI
CONQUISTA
STA DIVIS
DIVIS O
1 – Preparação 6 – Centro 13 – Herança das tribos
3 – Travessia
Travessia do
do J ordão.
ordão. 10 – Sul. 20 – Cidades de refúgio.
5 – Circuncisão: 11 – Norte. 22 – Despedida
Despedida de J osué.
(Renovação da Aliança).

Palavra Chave: Redenção. Verso Chave: 1.2


3. Teologia:
1. A fidelidade de Deus: Deus sempre cumpre as suas promessas, apesar dos nossos pecados (21.45).
Ele também nos dá a vitória e ela é pela fé somente.
2. A santidade de Deus: Deus castiga a iniquidade dos cananeus através de Israel, mas também exige
santidade de seu povo para executar a sua vontade (Cap. 7 – O pecado de Acã).
3. A salvação de Deus: J osué significa “J“J EOVÁ
EO VÁ é salvação”. Ele
E le é um tipo de Cristo no AT, no sentido
sentido
que levou o povo de Deus ao descanso da terra prometida (Cf. Hb 3.7-4.11).

II. O Livr o de Juízes:

1. Nome, Autor ia e Data.


Data.
TM =Shop
Shophetim
etim – J uízes
ízes = “julg
julgad
ador
ores
es””, “líde
líderes exec
execu
utivos
ivos””. LXX = krita
itai (kr
(krita
itai) – J uízes.
ízes.
Embora sua autoria seja desconhecida, a maioria dos estudiosos a credita a Samuel.
Escrito por volta
volta de 1.000 a.C. , abrange o período que vai da morte morte de
de J osué ao estabelecimen
estabelecimento
to do
J uizad
izado de Samu
Samuel (1.3
(1.3880 – 1.0
1.06
60 a.C.)
a.C.)..
2. Tema.
O tema é “Opressão e Livramento”. 7 apostasias; 7 opressões e 7 livramentos. O livro narra os fracassos
de Israel por causa da transigência (conformação).
Verso chave: 17.6 ou 21.25 – “Naqueles dias não havia rei em Israel; Cada um fazia o que achava mais
Verso
reto”.
3. O Perfil
Perfil do s Juíze
Ju ízes:
s:
I Co 1.26-31: “Deus escolheu... aquelas (coisas) que não são para reduzir a nada as que
são...”. Mas o Senhor ... (3.10; 6.11-34; 11.29; 14.19 ...).

27
Eúde Canhoto
Sangar Arma insignificante (queixo de boi).
Débora Uma mulher
Gideão Medroso
J eft
efté Filho
Filho de uma prost
ostitu
ituta
J air
air Políga
Polígamo
Sansão Polígamo

 Como explicar a derrota de Sansão?


(1)Desperdiçou seus dons. (2) Buscou seus próprios interesses. (3) Entregou-se a desejos carnais.

4. A Explicação da Decadência.
Eles não expulsaram os inimigos como Deus ordenara, mas se conformaram com o que já tinham
conquistado e se acomodaram satisfeitos, perdendo o ânimo para completar a obra (1.19,21, 27,29-31,
33,34).
Há um padrão
padrão notável
notável na narrativa
narrativa de J uízes:
uízes:

PECADO LIVRAMENTO

CASTIGO SUPLICA

5. Teologia.
1. Deus é J usto. Uma nação que abandona
abandona o Senhor,
Senhor, rebaixa e com
comprom
promete
ete os seus padrões, não pode
Esperar a benção de Deus.
2. Deus é Soberano. Ele não depende do poder humano para atuar, mas humilha-o utilizando-se de
Instrumentos desprezíveis a seus olhos. A vitória é sempre de Deus no final!
3. Deus é magnânimo e Cheio de Graça. “A paciência de Deus e a maravilhosa possibilidade de um
novo começo, mediante S ua graça faz ressoar uma nota alegre neste livro”17 (Cundall & Morris).
mediante Sua
4. A Fé
F é é Importante.
Importante. Os J uízes
uízes não tinham grandezas
grandezas morais que nos inspire, mas notamos
notamos que há
neles um tipo de fé que coopera com Deus, através da qual Ele revela o seu poder (Hb 11.32,33).

17
Cundall & Morris, J uízes,
uízes, Introdução e Comentário,
Comentário, Vida Nova / Mundo Cristão, p. ?
28
III. O Livro de Rute:
1. Nome, Autor ia e Data.
Data.
TM = t w r - Rute = Amizade, Associação. LXX = Rouq - Rute.
S ua autoria
autoria tem
tem sido atribuída
atribuída a Sam
Samuel
uel pelo Talmude.
Talmude. Seu
S eu pano de
de fundo é o período
período dos J uízes
uízes (1.1).
Uma vez que Rute é bisavó de Davi, deve ser datado por volta de 1.100 a.C.
Está contado entre os “Cinco Rolos”. É lido anualmente em Israel durante a festa de Pentecostes
(J unho)
unho)..

2. Objetivo
Objetivo e Tema do Li vro.
Seu objetivo é explicar a introdução de sangue gentio na linhagem do rei Davi e mostrar a providência da
Deus na vida daqueles que confiam Nele.

Verso chave: 1.16.


O livro mostra de forma muito bela como Deus age nos bastidores mais comuns de nossas vidas (fome;
gravidez; a Lei), não precisando se utilizar somente de atos sobrenaturais.

3. Mensagens.
1. As circunstâncias não criam e nem destroem os crentes.
2. A fé é o segredo ou o teste do verdadeiro discípulo.
3. A pessoa que confia em Deus torna-se um instrumento em Suas mãos.

4. Teologia.
1. Deus acolhe não israelitas na aliança. “Rute, a moabita”.
2. A benevolência é o estilo de vida correto para o povo de Deus. Rute nos mostra de modo prático o
que o estilo de vida hesed (Benevolência - dispor-se a ir “além da obrigação”).

Rute Sacrifício e obediência.


obediência.
Noemi P erseverança e inteligência.
inteligência.
Boaz Generosidade e integridade.
integridade.

3. Deus é providente e sempre cumpre seus decretos. A linhagem real de Davi e a linhagem do Messias.
4. O parente redentor (go’el) como tipo ou prenúncio do Messias.

1. Ser
Ser um parente de sangue Cristo se aparentou
aparentou com a raça humana por
meio de um nascimento virginal.
2. Possuir o valor necessário para adquirir a Só Cristo possuía o mérito suficiente para pagar o
Herança
Herança p erdida. preço em prol dos pecadores.
3. Dispor-se a resgatar a herança perdida. Cristo entregou sua vida livremente.
4. Dispo
Dispo r-se a casar-se com a esposa do Tipif
Tipific
ica
a o relac
lacion
ionamento de noivo
ivo e noiva
iva ent
entre
parente falecido. Cristo e a Igre
I greja.
ja.

5. Esbo
Esbo ço Básico.
A Vida de Rute, a Moabita.

29
3.Rute descansa 4.Rute
1.Rute decide 2.Rute serve a
resgatada, Casa-
voltar. Noemi. aos pés de Boaz. se com Boaz.

Para mais informação sobre os livros Históricos veja o link abaixo:

http://www.fatheralexander.org/booklets/portuguese/biblia_sept_3.htm

30
REIS E PROFETAS
PROFETAS DE ISRAEL E J UD
DATA REIS PROFETAS REIS ASS RIA S RIA
REINO UNIDO
1044 Saul
1011 Davi Natã
971 Salomão
JUD ISRAEL
931 Roboão Aías J erob
roboão
oão Rezom
Abias Semaías
Asa Ido
Nadabe
909 Aazarias / Baasa
Hanani
J eú Elá
(Zinri)
885 J osaf
osafá Elias
Elias Onri
Onri Ben
Ben-Had
-Hadade
ade
Micaías (Tibn
(Tibni)i) Assurna
Ass urnasirpal
sirpal
Eliezer Acabe
J orão
orão Elise
Eliseuu Acazi
Acazias as
Acazias
Acazias J oiada
oiada J orão
orão
Atalia Salmaneser
Salmaneser III
841 J oás
oás Zaca
Zacarrias
ias J eú Haza
Hazae
el
Amazias
Azarias J onas J eocaz Ben-Hadade
Ben-Hadade
Oséias J eoás
eoás
Amós
Amós J eroboão
eroboão II
752 Zacarias
J otão
otão Salum
Salum
Isaías
Isaías Menaém Tiglate-Pileser
Tiglate-Pileser III Rezim
Salmaneser V
Acaz Odede
Odede P ecaías Sargão II
Peca Senaqueribe
Oséias Esaradom
Assurbanípal
722 Ezequias Miquéias Queda de
Samaria
Manassés Babilônia
Amom Nabopolassar
J osia
osias Nab
Nabucod
ucodon
ono
osor
J eocaz
ocaz J erem
remias
ias
640 J eoaq
oaquim Huld
Hulda
a
J oaq
oaquim
Zedequias
(Ezequiel)
586 Queda de (Daniel)
J erusal
rusalé
ém

18
S amuel
amuel J . Shultz,
Shultz, História de Israel no AT , Vida Nova, p.150.
31
O Mini
Ministério
stério Profético

Introdução:
O TM
T M divide
divide os profetas
profetas em P rofetas
rofetas Anterior
Anteriores
es (J osué, J uízes, S amuel
amuel e Reis) e os P rofetas
rofetas
Posteriores, que são os profetas propriamente ditos, indo do livro de Isaías até Malaquias. Estes, por sua
vez, são divididos em Profetas Maiores (Isaías a Ezequiel) e Profetas Menores (Os doze). Essa
subdivisão está baseada unicamente no tamanho dos livros.
Nessa aula vamos tratar mais especificamente do movimento profético de Israel, uma vez que é tema de
grande importância e debate nos dias atuais. Nossa intenção é refletir sobre sua importância para o AT.

I. A Natureza da Profecia Hebraica:


A profecia bíblica se define, num sentido mais amplo, por ser uma revelação oral ou escrita, em
linguagem humana, dada por meio de um porta-voz humano, transmitindo e esclarecendo a vontade
Deus19. A profecia do AT inclui também eventos proféticos, como a travessia do Mar Vermelho, a
Serpente de Bronze, ambos com significado profético para o NT.
As ordenanças do Tabernáculo e do sacerdócio também estão repletos de significados proféticos por
causa das tipificações.
Num sentido mais específico, o termo é utilizado para referir-se “aos discursos de homens especialmente
escolhidos e ungidos para ocupar o ofício profético”20.
Contudo, é preciso deixar claro, que nem todos os profetas do AT foram escritores
Os escritos proféticos que temos são aqueles que o Espírito Santo preservou por causa de suas
implicações para o futuro, em relação àquela época e também com relação à nossa época.

II
II.. A Natureza do Ofício Pro fético:
A principal responsabilidade dos profetas no AT era anunciar a vontade de Deus comunicada na Sua
revelação. Isso podia conter elementos preditivos, mas não era a essa a principal marca distintiva do
profeta. Seu ministério tinha notadamente um caráter reformador (abandonar o pecado e retornar à
obediência ao pacto da Lei) Três termos estão ligados ao profetismo do AT:
1. Nãbhi: Profeta, pessoa chamada. Geralmente o profeta desse tipo fazia parte de um grupo de
profetas.
2. Rõ’eh: Um particípio ativo do verbo “ver”, traduzido por “vidente. O vidente costumava andar
sozinho21. O termo é usado 10 vezes, sendo seis aplicadas a Samuel.
3. Hõzeh: Um particípio ativo de outro verbo que significa “ver”. É traduzido ou por “profeta” ou por
“vidente”. Esse termo é aplicado a Gade, e geralmente associado com o rei (exceto II Cr 29.30).

O profeta também podia ser chamado de “homem de Deus” (‘ish Elõhim ), ressaltando o grau de
intimidade do profeta com Deus.
Uma passagem importante na definição desses termos é I Samuel 9.9, onde é dito claramente que
houve mudança no uso dos termos profeta e vidente.

19
G. L. Archer
Archer J r., Merece Confiança o AT? P. 222
20
Ibid., p.223.
21
J . A. Mot
Motyer,
er, “Profe
Profeccia,
ia, Profe
Profettas”
as”. NDB II, p.1.319.
32
II
III.
I. A Função d a Profecia Hebraica:
São quatro elementos
elementos principais.
1. Encorajar o povo de Deus a confiar exclusivamente na graça de Deus, e no seu poder libertador, e
não nos seus próprios méritos.

2. Lembrar o seu povo que a segurança e a bem-aventurança dependiam da sua fidelidade à aliança,
demonstrada em vida piedosa e consagrada. “A conduta segundo a vontade de Deus era o resultado
infalível de uma fé salvadora”22. Deus não aceitaria qualquer
substitutivo à obediência à sua palavra.

Encorajar Israel quanto às coisas fut uras . A desobediência só poderia


3. Encorajar
redundar na ira de Deus (Lv 26 e Dt 28).

4. Selar a qualidade autorizada da mensagem de Deus, quando a profecia se cumpria de maneira


objetivamente averiguável. O que o profeta falasse quanto ao futuro deveria se cumprir do jeito que
dissera (Dt 18). Isso era aplicável tanto às profecias de cumprimento breve, quanto às de longo alcance.
Alguns fundamentos são importantes 23:
1º. Para exercer a devida responsabilidade moral no presente é preciso estar consciente do futuro. A
predição não implicava apenas em saber sobre o futuro, mas saber por causa do plano que Deus está
executando e do qual a nação fazia parte. A visão de bênçãos ou maldições futuras apelava para que no
presente se andasse na luz.
2º. Os profetas falavam em nome de Deus e não de si mesmos.
3º. A predição está ligada à essência do ministério profético (Dt 18.9). Israel foi advertido não somente
sobre as abominações dos cananeus, mas também sobre as suas adivinhações.
Assim sendo, o profeta que falasse em nome do senhor deveria ser julgado através da exatidão de suas
predições (Dt 18.22).

IV.
IV. Profetas Falsos e Verdadeiro
Verdadeiro s:
Vemos no AT vários confrontos de profetas de Deus com falsos profetas:
 Micaías e Zedequias em I Rs 22.
 J eremias
eremias e Hananias
Hananias em J r 28.
28.
 O homem de Deus e o profeta velho em I Rs 13.
 Elias e os profetas de Baal em I Rs 18.
Uma pergunta surge: Como podemos discernir o falso profeta do verdadeiro profeta?
Os textos
textos bíblicos
bíblicos que tratam
tratam do
do assunto são: Deuteronômio
Deuteronômio 13 e 18.9-18; J eremias
eremias 23 e Ezequiel
E zequiel
12.21-14.11.
Para Moisés, não era somente o cumprimento objetivo da profecia que caracterizava o verdadeiro
profeta, mas qual a sua postura frente à Lei. Poderia acontecer de uma profecia falsa se cumprir, e então
o falso profeta conclamar o povo a se afastar de Deus e adorar falsos deuses, pregando rebeldia contra
o Senhor (Dt 13.2). outro critério demonstrado Dt 13.5-10 é que o falso profeta não reconhece a
autoridade de Moisés e as doutrinas do Êxodo.
P ara J eremias
eremias (J r 23), o falso profeta é um homem
homem de vida
vida imoral
imoral (v.10-14), que não coloca qualquer
barreira à imoralidade dos outros, pois sua regra é a conformidade (v.17); enquanto que o profeta
verdadeiro conclamava o povo à santidade denunciando o pecado (v.22).

22
G. L. Arche
Archerr J r, op. cit., p.225.
23
J . A. Mot
Motyer,
er, op. cit., p.1.320.
33
O grande problema era a pregação mascarada da paz (profetizar o que o povo queria ouvir). Os profetas
de Deus sempre proclamaram a paz, mas aquela que era encontrada dentro do relacionamento correto
com Deus por meio da obediência à Lei (Aliança).”A paz só pode sobrevir quando a santidade é
satisfeita no tocante ao pecado”24. Para jeremias, os falsos profetas tinha um testemunho emprestado,
uma autoridade fingida e de um ministério auto-declarado (v.30-32).
Ezequiel concorda com J eremias
eremias substancialm
substancialmente,
ente, acrescentando
acrescentando que ao crer em mentiras
mentiras o povo
ficava desprotegido em tempos de tribulação (13.4-7). Uma vez que a falsa profecia procura ser isenta
de conteúdo moral, se torna insultuosa para os justos e encorajadora para os ímpios.

V. A Mensagem
Mensagem Proféti ca:
Pode ser classificada em três grupos principais 25:
Profeci as a respeito do d estino in terno de Israel . Declaram o juízo divino contra o pecado (falta de
1. Profeci
fé e iniqüidade) e a promessa de restauração após o exílio.
2. Profecias Messiânicas . Proclamam a vinda do redentor.
Profecias Escatol ógic as . Referem-se aos últimos dias, quando o reino de Deus será estabelecido na
3. Profecias
terra.

Quadro
Quadro dos Profetas
Tempo e Lugar Judá Israel
Maior Menor
Antes
An tes do cativ
cat iveiro
eiro Isaías
Isaías J oel
oel
722 a.C. e 586 a.C. Obadias Oséias
Miquéias Amós
J erem
eremia
iass Nau
Naum J onas
onas
Habacuque
Sofonias
Durante o Cativeiro Ezequiel
Daniel
Apó s o Cativ eiro
eir o Ageu
Zacarias
Malaquias

Para mais informações sobre os livros profeticos, veja o link abaixo:


http://www.fatheralexander.org/booklets/portuguese/biblia_sept_5.htm

24
Ibid., p.1.324.
25
A Lamorte e G.F. Hawtorne.Profecia, “Profeta”; Enc. Histórico teológica da Igreja Cristã, vol.III , p.189.
34
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO AOS PROFETAS MENORES
Os profetas eram porta vozes de Deus ao seu povo, para fazê-lo cumprir a aliança, relembrando o povo
do seu compromisso diante de Deus. Ressaltavam as bênçãos decorrentes da obediência e os castigos
da desobediência como selo da soberania Divina.
Invariavelmente, sua mensagem era marcada por:
1) Confro
Confro ntação do pecado.
2) Chamada ao arrependimento.
3) Convite para se vo ltar p ara Deus.
Deus.
Atestavam que “uma fé salvadora incluía uma vida santificada”.
Como vimos antes, a mensagem profética não visava apresentar uma mensagem voltada somente para
a revelação do futuro (embora isso acontecia), antes almejavam o retorno da nação à obediência à Lei
de Deus, a fim de viver em comunhão com Ele.
Na boca dos profetas “Deus falou na história e acerca da história”, por isso, “o conhecimento das
condições sócio-econômicas, políticas e religiosas da época dos profetas é indispensável à
compreensão da mensagem profética”26. Os profetas queriam falar em prol de Deus aos seus
contemporâneos.

I. Quadro d os Profetas Menores 27:

PROFE
PR OFETAS
TAS SIGNIFICADO DO TEMPO LUGAR MENSAGEM VERSO ESBOÇO
NOME A.C. CHAVE BÁSICO

Oséias Yawe
Yaweh sal
salv
va 725 Israe
Israell O Sen
Senhor te ama 6.7

Joel Yawe
Yaweh é De
Deu
us 722 J ud
udá
á O dia
dia do Se
Sen
nho
horr 2.1
vem!
Amós
Am ós Carregador (?) 722 Israel
Is rael P repar
repara-te
a-te 4.12
fardo28 Ó Israel !
Obadias Servo de Y awe
awehh 722(?) J udá Edom 1.21
Jonas P omb
omboo 722 Israel
Is rael Nínive 4.11
Miquéias Quem é como 722 J udá Quem é comcomooo 7.18
Yawe
Yaw eh Senhor ? I.Juízo
Naum Consolação
Cons olação 586 J udá Nínive 1.15 II. Graça
Habacuque Abraço Ardente 586 J udá O justo viverá 2.4
dafé
Sofonias O Senhor 586 J udá Está
Es tá pert
perto
o o Dia 1.7
Escondeu do Senhor
Ageu
Ag eu Festivo 538 J udá A glór
glória
ia 2.9
do Senhor
Zacarias Yaweh se
Yawe 538 J udá Não por força 4.6
Lembrou
Malaquias Mensagem 538 J udá O anjo da aliança 3.1
de Yaweh

26
Dionísio Pape, Justiça e Esperança Para Hoje , ABU, p. ?
27
Anotações em sala de aula do Rev. Geraldo Silveira Filho, datada de 22/06/1988, no SPBC.
28
Stanley Ellisen, Conheça Melhor o AT , p.286.
35
II.
II. Quadr
Quadro
o dos Prof
P rofet
etas
as Menores29:
29:

1. Antes do cativeiro do Norte (722 a.C.)


PROFETA DATA CARÁTER MENSAGEM
DE DEUS DA ALIANÇA
Oséias 740 Amor Aliança violada por
Israel.
Joel 835 J ulga
ulgame
ment
nto
o Aviso a J udá do
julg
julgaamen
entto
devido ao pecado.
Amó s 760 J ust
ustiça
iça Aviso a Israel do
julg
julgaamen
entto
amadurecido.
Obadias 845 Vingança Advertência
Advertên cia a J udá
acerca da proteção da
aliança.
Jonas 765 Misericórdia
Mis ericórdia Censura a Is Israel
rael pelo
egoísmo da nação.
Miquéias 735 P erdão para com o Censura a J udá pelas
mundo injustiças sociais.
2. Antes do cativeiro do sul (606-585 a.C.)
Naum
Naum c.
c. 710 Zelo Terror de Deus sobre os
atacant
ata cantes
es de J udá.
Habacuque 608 Santidad
antidade
e Uso divino de
estrangeiros
estrang eiros para a
disciplina.
Sofonias 625 Indignação Cumpr
umprimento
imento da aliança
no dia do Senhor.
3. Depois do regresso do Cativeiro (536-525 a.C.)
Ageu 520 Glória
Gl ória Glória verdadeir
verdadeira
a na
presença de Deus.
Zacarias 520 Livramento
Li vramento Cumpr
umprimento
imento da aliança
através do Messias.
Malaquias 430 Grandeza Obrigações da aliança
até que o Messias
venha.

29
Stanley Ellisen, Conheça Melhor o AT , p.272.
36
A POESIA
POESI A HEBRAI
HEB RAICA
CA
Introdução:
A poesia bíblica não está limitada aos livros poéticos do AT, mas uma boa parte dos outros livros,
também se apresentam na forma poética ou contém textos poéticos, especialmente os livros proféticos.
É preciso estar consciente de que “a poesia apela mais à imaginação e à emoção que à razão 30”,
portanto, o entendimento da forma determinará, até certo ponto, a interpretação da mensagem. Também
é preciso estar cônscio do fato de que a poesia Bíblia é realista, pois dá testemunho de experiências
reais, acontecidas na vida de seus autores.

I. A Poesia Hebraica:
A poesia hebra
hebraica lírica31 por definição, podendo ser classificada nos seguintes termos 32: Shir : Com ou
ica é lírica
sem instrumento acompanhante. Mizmôr : Salmo ou hino (acompanhada com instrumentos). Qinäh :
Elegia ou lamento. Tehillâ: Hino de louvor. Mãshãl : Provérbio ou “cântico satírico”.
Os salmos são a maior coleção de poesia hebraica conhecida.

II
II.. Formas Poéti cas.
A principal característica da poesia hebraica é o Paralelismo. O paralelismo é uma forma de
compensação da rima por “um ritmo de pensamento ou de sentido 33”, que se refere “à prática de
contrabalançar um pensamento ou frase por outro que contenha aproximadamente o mesmo número de
palavras, ou, pelo menos, uma correspondência de idéias 34”.
O paralelismo pode se manifestar de inúmeras formas, e os estudiosos cada dia inventam ou descobrem
uma
uma nova; contudo destacamos as seguintes formas básicas:

a) Sinônimo : No paralelismo sinônimo, cada linha poética expressa o mesmo pensamento em


linguagem equivalente. Exemplos:

Salmo 24. 1 Salmo 92.12 Isaías 1.3


Salmo 103.10 Salmo 19.3,7 Salmo 46.1
Salmo 30.11

b) Ant itéti co : No paralelismo antitético, a segunda reitera a primeira pelo contraste. Uma das partes é
it ético
contrária
contrária à outra. Exem
E xemplos:
plos:

Salmo 1. 6 Provérbios 10.1 Provérbios 15.20


Salmo 30.5 Provérbios 14.11 Provérbios 27.6
Salmo 32.10 P rovérb
rovérbios
ios 3.5 Isaías 65.13

30
Robert L. Hubbard, “A Poesia Hebraica”. Em: Introdução ao AT (IAT) , p.249.
31
W. J . Martin,
Martin, “P
“P oesia”.
oesia”. Em
E m: Novo Dicionário da Bíblia (NDB), vol. II, p.1299.
32
Ibid.
33
F. F. Bruce, “A Poesia do Velho Testamento”. Em: Novo Comentário da Bíblia (NCB), vol. I, p.42.
34
G. L. Archer
Archer J r., Merece Confiança o AT?, p.383.
37
c) Sintético: No paralelismo sintético a segunda linha especifica ou completa a primeira. Hubbard 35 o
chama de “Paralelismo de Especificação”, enquanto que Archer diz que pode se chamar também de
“Construtivo”, subdividindo-o em três categorias: De completação (Sl 2.6); de comparação (Pv 15.17) e
de raciocínio (Pv 26.4)36.Exemplos:

Salmo 55.6 Isaías 1.16c,17 Amós 1.7


Salmo 21.1,2 Isaías 55.6,7 Provérbios 30.17
Salmo 20.7,8

d) Climático : No Climático, há uma intensificação do efeito na segunda linha. A segunda linha repete
parte das palavras da primeira para então completar o pensamento. A frase repetida é o ponto de partida
para o clímax. F. F. Bruce o chama de Paralelismo Gradativo 37.
Exemplos:

Salmo 29.1 Salmo 55.12,13 Salmo 92.9


Salmo 1.1 Salmo 25.1-7

e) Emblemático 38 ou simbólico 39 : Uma das partes usa o sentido literal e a outra o figurado. As idéias
não comparadas ou completadas, mas justapostas. Segundo Archer demonstra 40, isso é mais
perceptível no hebraico, que no português, onde o tradutor faz uso da comparação. Exemplos:

Salmo 103.13. Provérbios 11.22 Provérbios 25.25.


Salmo 11.4 Salmo 129.5-8

f) Quiástico ou Cruzado : A primeira parte corresponde à quarta e a segunda à terceira. O paralelo


reverte a Ordem dos hemistíquios (metade de um verso) do verso inicial. Costuma ser mais extenso que
os demais. Exemplos:

Salmo 2.9 Salmo 51.1 Isaías 40.3


Salmo 30. 8-10 Oséias 13.14

Outra forma da poesia hebraica digna de nota é o Acró Ac róst


stic o ; Aplicado como ajuda mnemônica, onde
ico
cada letra do alfabeto hebraico encabeça um dos versos. Seus exemplos mais conhecidos são o Salmo
119, organizado no padrão 8 X 1, e Lamentações 3, organizado no padrão 3 X 1.
Na Seqüência Numérica, acontece o padrão (x, x + 1). Seu efeito literário é destacar um item crucial,
específico; “a gota que fez o copo transbordar”41. Exemplos:

Salmo 62.11 Miquéias 5.5 Amós 1.3


Provérbios 6.16

35
Robert L. Hubbard, “A Poesia Hebraica”. Em: IAT, p.252.
36
G. L. Archer
Archer J r., Merece Confiança o AT?, p.384.
37
F. F. Bruce, “A Poesia do VT”. Em: NCB, vol I., p.43.
p.43.
38
ibid, p.384.
39
F. F.
F . Bruce, “A
“A P oesia Hebraica”
Hebraica”,, NCB, vol. II, p.42.
40
G. L. Archer
Archer J r., Merece Confiança o AT? p.384, 385.
41
Robert L. Hubbard, “A Poesia Hebraica”. Em: IAT, p.258.
38
A QUESTÃO
QUESTÃ O DOS APÓCRIFOS
A PÓCRIFOS

I. Definição 42:

O termo apócrifo quer dizer “oculto”, sendo um termo técnico aplicado à relação de um certo grupo de
livros para com o Cânon do AT. Estes livros não foram aprovados, mas são importantes para auxiliar-nos
na compreensão do contexto do período intertestamentário. Os apócrifos dizem respeito aos livros
constantes em manuscritos da Septuaginta, bem como a outros lendários, históricos e teológicos, muitos
escritos originalmente em hebraico e aramaico e posteriormente traduzidos para o grego, que é a forma
nas quais chegaram até nós.
Sua posição diante da Igreja Cristã era meio ambígua, até o séc. XVI, quando o Concílio de Trento
(instalado em 1545), incluiu alguns deles no cânon Católico Romano.
Os que constam nas versões católicas são:
I e II Macabeus, Baruque, Eclesiástico, Sabedoria, Judite, Tobias. Acréscimos a Daniel (Bel e o Dragão,
Suzana, Cântico dos Três Jovens e a Oração de azarias), Acréscimos a Esdras ( O Debate dos Três
Jovens – entre 3.1 – 5.6) e Acréscimos a Ester (6 passagens).

II
II.. Canonic idade:
Os principais argumentos em favor da inclusão dos Apócrifos no Cânon do AT estão relacionados com a
autoridade atribuída aos manuscritos da LXX.
Observamos, porém, que os Targuns aramaicos e a Pesita siríaca e os grandes unciais do quarto e
quinto séculos não contém os Apócrifos em seus manuscritos, mas somente a LXX.
Mesmo na LXX sua presença é incerta.
Defende-se um “Cânon Alexandrino” paralelo ao “Palestiniano”, contudo é certo que nem todos os livros
da LXX eram considerados canônicos entre os cristãos de fala grega. Filo de Alexandria era contrário à
sua inclusão.
Apela-se às citações que o NT faz do AT, usando a LXX, mas percebe-se que nenhum Apócrifo é citado.
Tam
Também é im important
ante col
colo
ocar
car qu
que a mera cit
citaç
açã
ão não
não ates
atestta a in
inspir
spiraç
ação
ão,, vist
visto
o qu
que liv
livrros pagãos
ãos ( At
17.28 - Phaenomena de Arato; I Co 15.33 – Thaís de Menander) e até Pseudoepígrafos também são
citados
citados ( J d 14,15
14,15 - I Enoque).

Códex Vaticano (B) Códex Sinaítico (Alef) Códex Alexandrino (A)


canônico.
I Macabeus – não tem. Baruque – não tem.
II Macabeus – não tem.

I E sdras
sdras – não canônico.
canônico. IV Macabeus
Macabeus – não canônico
canônico I Esdras – não canônico.
canônico.
III Macabeus – não canônico.
IV Macabeus – não

42
Veja mais em NDB I, J . N. Birdsa
Birdsall,
ll, “Apócrifo
“Apócrifos”
s”,, p. 91-94.
91-94.
39
Pelo quadro acima, percebe-se que até mesmo entre os três manuscritos mais antigos da LXX há
incerteza quanto à canonicidade dos Apócrifos.
Outro argumento são as citações dos Apócrifos feitas por alguns dos Pais Apostólicos.
Contudo, a mera citação não garante que defendiam sua canonicidade. I Clemente, a Epístola de
Barnabé e Agostinho de Hipona os defendiam. Agostinho de uma forma um tanto ambígua, ora
defendendo,
defendendo, ora depreciando. Atanásio
Atanásio e o próprio J erônimo
erônimo eram contrários
contrários à inclusão.
Os Apócrifos recebem um tratamento contrário em muitos documentos importantes:

1) Contra Apionem 1.8 de Josefo : “Desde Artaxerxes até nossos dias, tudo tem sido registrado, mas
não tem sido considerado digno de tento crédito quanto aquilo que precedeu esta época”.

2) Prólogo Galeatus de Jerônimo : “Este prólogo, pode ser aplicado a todos os livro que traduzimos do
Hebraico para o Latim, de tal maneira que possamos saber que tudo que é separado destes deve ser
colocado entre os apócrifos. P ortanto,
ortanto, a Sabedoria
S abedoria comum
comumentente
e chamada
chamada de Salomão
Salomão,, o livro de J esus
bem Siraque, e J udite e Tobias e o pastor (supõem-se
(supõem-se ser o de Hermas)
Hermas) não fazem parte
parte do Cânon... e
assim
assim, da mesma
mesma maneira
maneira pela qual a Igreja lê J udite,
udite, Tobias e Macabeus (no culto público) mas não os
recebe entre as Escrituras
E scrituras canônicas, assim também
também sejam estes dois (S (Sabedoria e Eclesiástico
E clesiástico {?})
úteis para a edificação do povo, mas não para estabelecer as doutrinas da Igreja”.

3) A Li sta
st a do Bis
B ispo
po Melito d e Sardes : com a exceção da Sabedoria (que também pode ser
Melit o de
Provérbios), não cita nenhum Apócrifo.

4) História Eclesiástica de Eusébio de Cesaréia : Cita em VI.25 uma lista feita por Orígenes de
Alexandria, onde com a exceção
exceção da aparente
aparente inclusão da Epístola
Epí stola de J eremias
eremias é igual à de J osefo.
Um fato interessante é que a Igreja grega, em 1672, reduziu a quatro o número dos Apócrifos
reconhecido
reconhecidoss por ela ( Eclesiástico
E clesiástico,, Sabed
S abedoria
oria,, Tobias
Tobias e J udite).
udite).

II
IIII. Alguns Erros Encontrados nos Apócri fos:
1. Salvação pelas obras: Tb 4.7-12; 12.8,9.
2. Aprovação do suicídio: II Mc 14.41-46.
3. Feitiçaria: Tb 6.4-8 (Tobias e o anjo).
4. Intercessão pelos mortos: II Mc 12.39-46 (purgatório).
5. Ausência de Inspiração: II Mc 15.38,39; I Mc 9.27.
6. No Livro de Sabedoria:
A) Vingança.
B) O egoísmo: 38.16-24.
C) O gozar da vida: 14.14-17.
D) Panteísmo: 43; 29.
E) Tratamento cruel dos escravos: 33.26,30; 42.1,5.
F) Ódio aos samaritanos: 50.27,28.
G) Esmolas que expiam pecados: 3.33.
7. Mediação dos santos: Tb 12.12; II Mc 7.28; 15.14.
8. J ustificação
ustificação pelas
pelas obras: Tb 4.7-11; 12.8.
9. Os fins justificam os meios:
meios: J udite.
udite.
10. O corpo como prisão da alma (Pensamento grego): Sb 9.15.
11. Origem e destinos estranhos da alma: Sb 8.19,20.
12. A sabedoria salva: Sb 9.18.

40
PERÍODO INTERBÍBLICO

E ntre
ntre as profecias de Malaquias e J oão Batista se esten
estende
de um período de 400
400 anos, ou seja,
entre as palavras de Malaquias: "Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante
de mim: e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais...", e as palavras de
J oão
oão Bat
Batist
ista: "E naqueles
eles dias aparec
areceu
eu J oão
oão Bati
Batista
sta pregando no deser
esertto da J udéia,
éia, e
dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus". Neste período há um profundo
silêncio divino de 400 anos, sem uma voz profética.

PORQUE ESTUDAR ESTE PERÍODO

1. Razões históricas - Explicam


E xplicam o fundo
fundo histórico do
do Novo Testament
Testamento; o;
2. Razões culturais
culturais - Expl
E xplicam
icam a origem e desenvolvim
desenvolvimento
ento dos
dos cost
cos tumes,
umes, instit
instituições
uições e vida
religiosa do povo judaico do período do Novo Testamento;
3. Razão Messiânica
Messiânica - Demonstra
Demonstra como
como Deus preparou
preparou o mund
mundo o para o advento.
advento.

AS DIVISÕES DO PERÍODO
PERÍODO INTERBÍB
INTERBÍBLICO.
LICO.

1. P eríodo P ersa 536-331


536-331AC
AC
2. P eríodo Grego 331-167AC
331-167AC
a) P eríodo Grego próprio
próprio 331-323AC
331-323AC
b) P eríodo Egípcio 323-198
323-198AC
AC
c) P eríodo S írio 198-16
198-167AC
7AC
3. P eríodo Macabeus
Macabeus 167-63
167-63AC
AC
4. P eríodo R omano
omano 63-5AC
63-5AC

Hist. Gentios - Referem-se apenas superficialmente aos assuntos judeus daqueles dias,
provavelmente por não apreciarem o povo da aliança e devido a sua incapacidade para avaliar
corretamente os aspectos espirituais dos conflitos entre os judeus e os povos idólatras.

O FIM DO PERÍODO DO ANTIGO TESTAMENTO E O INÍCIO DO PERÍODO PERSA.

Depois de um longo período de apostasia, o Reino do Norte foi conquistado e levado para o
cativeiro pelos assírios em 721AC, lá desapareceu misturando-se. Igual tratamento recebeu o
Reino do Sul nas mãos dos babilônios sob Nabucodonosor em 586 AC.

41
J á em
em 597 AC.
AC. Nab
Nabucodon
odonososor
or tinh
inha col
coloc
ocad
ado
o fifim ao Estad
Estado
o ju
judaic
aico on
onde o rei J oaq
oaquim e os
os
principais tinham sido levados cativos 2Rs. 24:10-17. Nabucodonosor nomeou Matanias, em
lugar de J oaquim,
oaquim, seu
seu tio, e lhe mudou
mudou o nome
nome para Zedequias.
Zedequias. J udéia ficou como
como um reino
reino
tributário.
Em 590 Zedequias tenta aliar-se ao Egito, mas Nabucodonosor novamente sitia a cidade até
ser
ser tomada
tomada totalm
totalmente
ente e ser destruída, e o seu
seu templo
templo profanado
profanado (J r:39:4-10).

AS RESTAURAÇÕES

A queda da Babilônia deu-se aproximadamente em 538 AC. Ciro rei da Pérsia tomou-a por
meio do estratagem
estratagemaa de afastar as águas do Eufrates
ufrates que passavam
pass avam pela
pela cidade.
Ciro publicou um decreto (536AC) que autorizava os judeus voltarem a sua pátria com os
despojos do seu templo e a sua reconstrução seria financiada pelo tesouro real (Ed:6:1-5).
Nesta primeira leva nem todos voltaram, alguns preferiram ficar com os seus negócios. Cerca
de 50.000 exilados
exilados voltaram
voltaram,, principalment
principalmente
e das tribos de J udá, Benjamim e Leví
L eví sob
s ob a direção
de Zorobabel. Começaram com a reconstrução do templo e o povo que tinha ficado na terra fez
oposição para retardar a reconstrução (Ed:1:3,5-11 e 4:1-5). Nada mais se fez durante quase
20 anos embora que tiveram prosperidade (Ag:1-4).
Sob a pregação de Ageu e Zacarias (Ed:5:1-2) a obra foi recomeçada, havendo oposição mas
os judeus apelaram para Dario Ed:6:1-15 ficando pronto em 516 AC.
Há um período de quase 60 anos
anos onde a história se conserva em silêncio a respeito do estado
estado
dos judeus na Palestina. Em 495 AC (Ed:7:7) uma nova migração deixou a Babilônia sob a
direção de Esdras, esta segunda leva foi absorvida pelo povo e nada aportou.
Em 446 AC (Ne:2:1) Neemias dirige-se ao rei ao ser informado da situação das muralhas de
J eru
erusalém
salém (parec
arece
e ter sid
sido uma recen
ecentte devas
evasttação
ação e não alg
algo que ocor
ocorrreu a um sécu
século meio
eio
antes)

A part
p art ic ip ação
aç ão d e Neemias
Neemi as::

a) E m menos de dois meses


meses foram feitas
feitas as reparações e as muralhas
muralhas da cidade levant
levantadas
adas
(Ne:6:15-16)
b) P romoveu
romoveu também
também reformas
reformas econômicas
econômicas e sociais
sociais (Ne:5:1-12)
c) Foi renovado
renovado o conheciment
conhecimento o da lei sob a direção
direção do escriba Esdras,
E sdras, que leu e interpret
interpretou
ou
as Escrituras (Ne:8:2,7,8; 8:9,13-18)
d) Fazia aplicação rigorosa dos princípios da Lei. Lei. O culto
culto do tem
templo
plo foi renovado
renovado e as
contribuições para o sustento foram exigidas. Os casamentos mistos proibidos (Ne:10:30),

42
a quebra do sábado condenada (10:31) e foi estabelecida a administração regular dos
dízimos (Ne:12:44).
e) E stas reformas deixaram efeitos perduráveis até o tempo
tempo dos Macabeus,
Macabeus, criando
criando um povo
fiel a Deus que resistiu ao paganismo.
f) Dois aspectos
aspectos da vida
vida judaica desapareceram durante
durante o período persa e grego: a
monarquia e a função profética. As pretensões de independência foram centralizadas no
sacerdócio
sacerdócio e a função profética
profética findou com Malaquias.

CARACTERÍSTICAS DO PERÍODO PERSA.

No final de Malaquias os judeus se achavam ainda sob o reinado persa e permanecerem nessa
situação durante praticamente sessenta anos da era intertestamentária.
A forma sacerdotal do governo judeu foi respeitada e sumo sacerdote recebeu ainda maior
poder civil além de seus ofícios religiosos, embora tivesse de, naturalmente, prestar contas ao
governador persa da Síria.
Em 2Reis 17:24-4, lemos que bem antes, em 721 AC, depois destruir o reino das dez tribos de
Israel e dispersar os israelitas através das cidades dos medos, o rei da Assíria repovoou as
cidades de Israel com um povo misto que veio a ser chamado de “samaritanos”, seu território
sendo conhecido como Samaria, o nome da cidade principal, ex-capital de Israel.

O PERÍODO GREGO

Assim com Daniel tinha profetizado (Dn:8:1-7 “chifre notável”), o império persa caiu perante o
rei da Grécia. Este era Alexandre o Grande. Ele expandiu o helenismo com maior ímpeto já que
praticamente se tornou o senhor do antigo oriente médio.

O idioma grego se tornou a língua franca, foi a língua que foi usada no comércio e na
diplomacia. Ao se aproximar a época do Novo Testamento, o grego era a língua comumente
falada nas ruas de Roma, onde o proletariado indígena falava latim, mas onde os escravos
libertos
libertos falavam gregos.
gregos.
Alexandre o Grande fundou setenta cidades moldando-as ao estilo grego. Ele e os seus
soldados se casaram com mulheres orientais misturando as culturas grega e oriental.
Com a morte de Alexandre o império se divide em quatro partes, governadas pelos quatro
generais de Alexandre (Ptolomeu, Lisímaco, Cassandro e Seleno, Cf. Dn:8:21-22). As partes
que influenciam o pano de fundo do Nono Testamento são: Ptolomeu( os Ptolomeus) e Seleno
ou Seleuco (os Seleucidas). O primeiro centralizava-se no Egito, tendo Alexandria como

43
capital. Os seleucidas tinham por centro a Síria e Antioquia era a sua capital. Espremida entre
o Egito e a Síria, a Palestina tornou-se vítima da rivalidade destes dois.

A PALESTINA
PAL ESTINA SOB O DOMÍNIO DOS PTOLOMEUS
PTOLOMEUS (PERÍODO EGÍPCIO)

No começo dominaram a Palestina durante 122


anos (320-198). Os judeus gozaram de uma
boa condição de vida. O sumo sacerdote era o
governador e aplicava as leis. O templo era o
centro da vida nacional, a festa da Páscoa, das
Semanas e dos Tabernáculos eram realizadas
no próprio templo. Mantinha-se o estudo da lei
e durante este período a interpretação da
mesma se desenvolveu com pormenores.

Foi sob o reinado de Ptolomeu Filadelfo que se


realizou a versão do Antigo Testamento para o
grego. Esta ficou conhecida como Septuaginta
(LXX). A obra foi realizada no Egito
(Alexandria), onde setenta e dois eruditos
fizeram esta tradução.

Apesar das vantagens do povo judeu, este era um povo relativamente pobre, pagava um
imposto baixo, pois as guerras constantes tinham empobrecido a terra.

A PALESTINA
PALEST INA SOB O DOMÍNIO DOS
DOS SELEUCIDAS (PERÍODO SÍRIO)

Houve constantes lutas até que a Palestina caiu sob o domínio da Síria, mas o que mais
import
importa
a para compreensão
compreensão do Novo Testam
T estament
entoo é a figura de Antíoco Epifanio
E pifanio (176-164)
(176-164) e os
seus atos. O seu nome significa “deus manifesto”.
Quando o rei anterior à Antíoco IV, chamado Antíoco III tinha derrotado os egípcios
(Ptolomeus), já os judeus estavam divididos em duas facções: A casa de Onias (Pró-Egito) e a
casa de Tobias (Pró-Siria). Quando subiu Antíoco IV, rei da Síria, substituiu o sumo sacerdote
jud
judeu Onia
Oniass III,
III, pelo
pelo irirmão dest
deste
e J asom
asom,, hel
hele
enizan
izantte, o qu
qual pl
planej
anejav
ava
a tr
transf
ansfor
orm
mar J eru
erusalé
salém
m
em uma cidade grega.
Foi erigido um ginásio com pista de corrida. Ali se praticavam corridas despidos, à moda grega,
isto era um ultraje para os judeus piedosos. As competições eram inauguradas com invocações
44
feitas as divindades pagãs, participando até sacerdotes judeus. A helenização incluía a
frequência aos teatros gregos, vestes aos estilo grego, a cirurgia que removia a marcas da
circuncisão e a mudança
mudança dede nomes
nomes hebreus
hebreus por gregos. Os que se opunham a esta
paganização eram os “hasidim” ou “os piedosos”, a grosso modo seriam os puritanos.
J asom
asom o sac
sacerd
erdote
ote hel
helen
eniz
izan
antte foi
foi su
substit
stitu
uído
ído po
por ou
outro ju
judeu helen
eleniz
izan
antte qu
que par
parec
ece
e não
não ter
pertencido a uma família sacerdotal, este pagou um tributo mais elevado (simonia), o nome
deste era Melenau.
Antíoco tenta anexar o Egito ao seu domínio mas termina falhando. Isto chega aos ouvidos de
J asom
asom de qu
que Ant
Antíoco
íoco era
era mor
mortto. J asom
asom retor
etornnou a J eru
erusal
salém retir
etirou
ou Mele
Melennau do co
controle
ole da
da
cidade. Antíoco na sua volta
volta interpret
interpretou
ou ist
isto como umauma revolta de J asom e enviou seus
soldados a reintegrarem
reintegrarem Melenau e saquearam
saquearam a cidade e o templo
templo de J erusalém e passaram
ao fio de espada os seus habitantes.
Dois anos mais tarde (168 AC), Antíoco enviou seu general Apolônio com um exército de 22 mil
homens para coletar tributo, tornar ilegal o judaísmo e estabelecer o paganismo à força e assim
consolidar o seu império
império e refazer
refazer o seu tesouro. Os soldados saquearam
saquearam J erusalém,
incendiaram a cidade, os homens mortos e as mulheres escravizadas.
Novas leis e Proibições: Ofensa capital é circuncidar-se; proibido observar o sábado; celebrar
festas judaicas, possuir copias do Antigo Testamento. Os sacrifícios pagãos tornaram-se
compulsórios. Foi erigido um altar consagrado a Zeus, possivelmente no templo. Foram
sacrificados animais imundos no altar e a prostituição sagrada passou a ser praticada no
templo
templo de
de J erusalém.

A REVOLTA DOS MACABE


MAC ABEUS
US (1A.MACABEUS:2:
(1A.MACAB EUS:2:23-28;
23-28; 42SS)

Neste
Neste período houve
houve em torno
torno de oito guerras.
guerras. J udas Macabeus
Macabeus morreu
morreu na sétima
sétima luta sendo
sucedido por J ônatas
ônatas o quinto
quinto mais jovem filho de Matatias.
Matatias.
A revolta
revolta começou com Matatias,
Matatias, sacerdote de Modim ((167).
167). Após a sua morte
morte seu
seu filho J udas
(166-161) continuou a luta com seis mil homens. Quando Antíoco mandou sessenta mil
homens
homens para subjugá-lo, J udas mandou
mandou os temerosos
temerosos para a casa.
casa. Com
C om três
três mil homens
homens
derrotaram os sírios.
E m seguida J udas entrou
entrou em J erusalém e reedificou o tem
templo
plo (25 de
de dezembro
dezembro de 166
166 AC).
AC ). A
festa da dedicação
dedicação foi instituída
instituída no ano 164 (Cf.J o:10:22).
o:10:22).
O significado da opressão Síria e a revolta dos Macabeus: restaurou a nação da decadência
política e religiosa. Criou um espírito nacionalista, uniu a nação e suscitou virilidade. Deu um
novo impulso ao judaísmo, isto pode ser percebido na purificação moral e espiritual do povo; na
onda da literatura apocalíptica e numa nova e intensa esperança messiânica.

45
Intensificou-se o desenvolviment
desenvolvimento
o dos dois moviment
ovimentos
os que se tornaram os fariseus e os
saduceus. Os primeiros surgiram do grupo purista e nacionalista e os saduceus surgiram do
grupo que se aliou com os helenistas.
Houve um ímpeto maior da diáspora onde muitos judeus queriam ausentar-se durante as
perseguições de Antíoco.

O Período
Período Romano.

O General Pompeu subjuga a Palestina (63AC) e o período do Novo Testamento fica sob o
domínio do Império Romano.
Imperadores ligados às narrações do Novo Testamento: Augusto (27AC-14DC), sob quem
ocorreram o nascimento de Cristo, o recenseamento e os primórdios do culto ao Imperador.
Tib
Tibéri
ério (1
(14-37
-37DC),
DC), min
minis
isttéri
ério e mort
orte de
de J esu
esus. Calí
Calíg
gula (37
(37-41
-41DC) exigexigiu
iu que lh
lhe pr
prestass
stassem
em
culto e ordenou
ordenou que sua estátua
estátua fosse
fosse colocada no templo
templo de J erusalém, mas mas veio a falecer
antes que sua ordem fosse cumprida. Cláudio (41-54DC), expulsou de Roma os residentes
jud
judeus por
por distú
stúrbios civ
civis, ent
entre osos qu
quais
ais est
estav
ava
am Áqu
Áquila
ila e P risci
iscilla. Ner
Nero (5
(54-6
4-68DC) perse
erseg
guiu
os cristãos, embora provavelmente nas cercanias de Roma, e sob quem Pedro e Paulo foram
martirizados. Vespasiano (69-79DC), ainda general romano começou a esmagar uma revolta
dos judeus, tornou-se imperador e deixou o restante da tarefa ao seu filho Tito, numa
campanha queque atingiu o seu clímax
clí max com a destruição de J erusalém
erusalém e seu seu templo,
templo, em 70DC.
70DC.
Domiciano (81-96DC), cuja perseguição contra a Igreja provavelmente serviu de pano de fundo
para a escrita o Apocalipse, como encorajamento para os cristãos oprimidos.

Herod
Herodes
es o Grande

Os romanos permitiam a existência de governantes nativos vassalos de Roma, na Palestina.


Um deles foi Herodes o Grande, que governou o pais sob os romanos de 37-4AC. O senado
aprovou o oficio real de Herodes, mas ele foi forçado a obter o controle da Palestina mediante o
poder das armas.

 A Dinas
Di nastitia
a de Hero des

a) Arquelau tornou-se
tornou-se etnarca
etnarca da
da J udéia , Sam
Samária e Idumeia
Idumeia
b) Herodes Filipe,
F ilipe, tetrarc
tetrarca
a da Itúreia,
Itúreia, Traconites, Gaulanites, Auranites
Auranites e
c) Bataneia
d) Herodes Antipas,
Antipas, tetrarca
tetrarca da Galiléia e P ereia
e) Herodes Agripa
Agripa I, neto
neto de Herodes
Herodes o Grand
Grande,e, executou
executou Tiago e tam
também
bém

46
f) encarcerou P edro
g) Herodes Agripa II, bisneto de Herodes
Herodes o Grande, ouviu
ouviu P aulo em sua
h) autodefesa

Antecedentes
Antecedentes na vida
vida de Herodes: mostrou grande
grande zelo no seu
seu governo,
governo, erradicando
erradicando os
bandidos que tinham infiltrado a Galiléia. Os primeiros 12 anos (37-25AC) foram gastos na luta
pelo poder. Os segundo doze anos (25-13AC) foram os seus melhores anos. Os últimos nove
anos (13-4AC) se caracterizaram pela crueldade e amargura.
Os sucessos de Herodes: usou de muito mais tato na sua tentativa de helenizar os judeus, que
Antíoco Epifanio. Com espetáculos, jogos, etc. ganhou a lealdade dos jovens que se tornaram
herodianos.
herodianos. Aumentou
Aumentou a fortaleza de J erusalém
erusalém denominada “Antonia”(A
Antonia”(At:21:34).
t:21:34). E dificou a
Cesaréia (At:10:1); 23:23-24). Reconstruiu o templo de Zorobabel, cuidando de não ofender os
jud
judeus. Com
Começouçou em 20AC. com
comppleta
etando o san
santtuári
ário em
em 18 mes
meses
es e o tem
tempplo to
todo só em 64
DC) (Cf.J o:2:2
o:2:20
0

O Surgi
Surgi mento das Sinagogas. Vd. Baxter, pgs.36-40
pgs.36-40

A sinagoga veio em consequência da suspensão do serviço do templo em 586AC. Era o local


para a adoração e instrução. Era uma das mais importantes instituições na época de Cristo.
A sinagoga era dividida em duas partes. Numa parte ficava a arca com o livro da lei. Diante
desta seção estava o lugar para os adoradores. No centro do auditório ficava o palco onde o
leitor lia as Escrituras em pé e sentava-se para ensinar. Assentos foram colocados em volta do
palco - os homens dum lado e as mulheres do outro.
Os líderes principais
principais da sinagog
sinagoga
a eram:
eram: o chefe da sinagoga com poderes de excomung
excomungacão,
acão,
superintendência dos cultos e presidência sobre o colégio dos anciãos. O Shaliach que oficiou
nos cultos lendo as orações e a Lei. O Chazzan que cuidou da sinagoga como zelador, abriu as
portas, preparou a sala e auditório, manteve a ordem e açoitou os condenados. O
Methurgeman ou Targoman que traduziu as escrituras lidas em hebraico para o aramaico. Daí
surgiram os Targuns. O Blatanim eram dez homens que assistiram todas as reuniões da
congregação e levantaram as esmolas.

O Culto na sinagoga: Oração e o hino (incluindo o Shema, Dt:6:4-9) sem instrumentos. O


Chazzan trazia a lei da
da arca. O Shaliach
Shaliach se levantava
levantava e lia a porção
porção marcada
marcada num ciclo já
previsto. O Methurgoman ou Targoman traduzia o trecho para o aramaico. Em seguida havia a
palavra de exortação dum ancião sentado. A lei novamente era levada para a arca e orações
eram feitas.

47
No período Inter bíblico foi o tempo que Deus preparou o mundo
para a chegada de Jesus, preparação esta que envolveu todas as
áreas, e todos os povos, de forma que a sua mensagem ao ser
pregada fosse entendida por todos os povos. E o evangelho pudesse
alcançar o mundo.

Observações
Observações importantes:
1. Escribas - Com a ânsia de aprender a palavra, aparece uma classe de pessoas que foram
os responsáveis por guardar copiar e organizar a Bíblia da época. Estes foram os
Escribas. (Ed 7.11). Eles tinham a responsabilidade de estudar e interpretar a lei e os
profetas, e ensiná-lo ao povo.

2. Fariseus - Quando a cultura e a vida religiosa dos judeus começaram a sofre a influencia
dos gregos, surgiu no meio do povo um grupo de pessoas denominadas Fariseus , que
foram contra tais costumes, procurando preservar a tradição judaica. Eles foram
extremamente legalistas, defendiam a prática de toda a tradição judaica, embora muitas
vezes nem eles fossem capazes de seguir.
Do tempo
tempo de Esdras
Esdras e Neem
Neemiasias até J esus, muita
uita coisa mudou no que
que diz respeito a Lei.
Com o objetivo
objetivo de fazer com que
que cada J udeu fosse
fosse um fiel cumpridor
cumpridor da lei, foi se criando
um código de normas baseado nas interpretações da lei, que foi assumindo maior
importância do que a própria lei. Mt 23.13-14; 23-24; 27-28;

3. Sinagoga - Onde houvesse judeu ali haveria uma, com o objetivo de ensinar a palavra de
Deus – No cativeiro supria a necessidade do estudo da palavra.

4. Sinédrio - Tribunal constituído de 71 pessoas formado por sumo sacerdote, principais


sacerdot
sacerdotes,
es, escribas
escribas e anciões do povo. Sua jurisdição era sobre o povo povo J udeu,
udeu, mesmo
mesmo
aqueles que morass
morassemem fora
fora da J udéia. Atuava
Atuava em questões
questões civis
civis religiosas,
religiosas, principalment
principalmente
e
estas, para não permitir qualquer desvio na prática da religião judaica. Mt 25:57...

5. Diáspora - Nos dias do Novo Testamento, a população judaica encontrava-se dispersa por
vários lugares. Além da própria Palestina, havia inúmeros judeus em Roma, Egito, Ásia
Menor, etc. (Atos 2.9-11; Tiago 1.1; I Pedro 1.1). Tal dispersão, que recebe o nome de
Diáspora, tem razões diversas, começando pelos exílios para a Assíria e Babilônia, e se
completando por interesses comerciais dos judeus, e até mesmo em função das

48
dificuldades que se verificavam em sua terra natal. Esse quadro se apresenta como
cumprimento claro dos avisos divinos acerca da dispersão que viria como conseqüência do
pecado de Israel (Dt.28.64).

Assim, o judaísmo acabou se dividindo em função da distribuição geográfica. Havia o judaísmo


de J erusalém,
erusalém, mais ligado à ortodoxia,
ortodoxia, e o judaísmo da Diáspora, ou seja, se ja, praticado
praticado pelos
jud
judeus resi
resid
dent
entes for
foraa da
da Palest
Palestiina. Estes
Estes últ
últim
imo
os enco
enconntravam
avam-se
-se dist
istant
antes de
de suas
suas or
origens.
ens.
Se até na Palestina, os costumes gregos se impunham, muito mais isso ocorria na vida dos
jud
judeus em outras regi egiões.
ões. Estav
Estavamam profundament ente hele
eleniza
izados,
os, emb
embora
ora não tivesse
essem m
abandonado o judaísmo. Isto fez com que eles se preocupassem com o futuro de suas
tradições e sua religião. Tomaram então providências para que o judaísmo não sucumbisse
diante do helenismo. Uma delas foi a tradução do Velho Testamento do hebraico para o grego,
chamada
chamada Sept
Septuagint
uaginta.
a. J á que este
este idioma
idioma est
estava se tornando
ornando universal, havia o risco
risco de que,
no futuro, as escrituras não pudessem mais ser lidas, devido à possível extinção do hebraico.
Outras obras literárias foram produzidas, incluindo narrativas históricas, propaganda e apologia
jud
judaic
aica, tudo escr
escrito
ito em gregrego e com infl influ
uênci
ências
as grega
egas. Dest
Destac
acar
aram
am-se
-se nessa
essa époc
épocaa os
escritores: Fílon
F ílon de Alexandria
Alexandria e Flávio
Flávio J osefo. Tais
Tais escrit
escritos
os não foram aceitos pela pela
comunidad
comunidade e de J erusalém.
erusalém. Até
Até a tradução
tradução bíblica foi rejeitada, uma
uma vez que, para eles, todatoda
escritura sagrada devia ser produzida necessariamente em hebraico. Essa obra no idioma
grego foi vista pelos ortodoxos como uma descaracterização do judaísmo.
Para muitos judeus conservadores, o judaísmo era propriedade nacional e não devia ser
propagado
propagado entre
entre outros povos. J á os judeus
judeus da Diáspora
Diáspora se
se dedicaram a conquistar gentios
gentios
para a religião judaica. Tal fenômeno recebe o nome de proselitismo. Os novos convertidos
eram chamados prosélitos (Mateus 23.15 Atos 2.9-11; 6.5; 13.43). Essa prática difusora da
religião
religião também
também foi adotada por judeus de J erusalém,
erusalém, mas
mas em
em escala
escala bem menor.
menor.
Os judeus da diáspora cresciam em número e em poder econômico. Isso se tornou incômodo
para muitos cidadãos dos lugares onde residiam. A guarda do sábado e a recusa em participar
do culto ao Imperador tornaram-se também elementos que atraíram a perseguição. Tendo,
muitos deles, fugido da opressão na Palestina, encontraram problemas semelhantes em outras
terras.

49
CONCLUSÃO
O estudo do Antigo Testamento é tanto uma viagem na história da fé quanto uma
reflexão sobre aquilo que nós somos. Compreender que o Antigo Testamento é muito
mais que uma coleção de livros judaicos, mas a revelação proposicional de nosso Deus
é um forte alento e incentivo para nossa leitura e entendimento das Escrituras
Sagradas.
Que o estudo tenha sido enriquecedor. Que ao ler o Antigo Testamento a partir de
agora, muito mais que as histórias dos patriarcas, você possa ver a ação de um Deus
soberano escrevendo a história da salvação.

50
Anex
An exo
o
ORDEM CRONOLÓGICA DOS EVENTOS BÁSICOS DO VELHO TESTAMENTO

Evento Referência Bíblica Data


Criação de todas as coisas Gn. 1:31-2:4; Êxodo 20:8-11 3892 a.C.
Morte de Adão Gn. 5:5 2962 a.C.
Nascimento de Noé Gn. 5:28-29 2836 a.C.
Dilúvio Gn. 6 e 7 2236 a.C.
Arca! Saída 1 ano e 10 dias depois do Gn. 7:11-13; 8:14-18 2235 a.C.
dilúvio
Nascimento de Abraão Gn. 11:10-26 1944 a.C.
Morte de Noé Gn. 9:28, 29 1886 a.C.
Abrão parte de Harã Gn. 12:1-4 1874 a.C.
Nascimento de Isaque Gn. 21:5 1849 a.C.
Nascimento de Jacó Gn. 25:26 1789 a.C.
Jacó vai para o Egito Gn. 47:9 1659 a.C.

Nota: O período de tempo do início da peregrinação de Abrão (Gn. 12:1) até a entrada de Jacó no
Egito (Gn. 46:26-27) é de 215 anos. O tempo de Israel na escravidão egípcia é de 215 anos,
perfazendo o total de 430 anos. Compare Êxodo 12:40-41 a Gálatas 3:16-17.

Evento Referência Bíblica Data


Êxodo de Israel do Egito Êxodo 13:17-22 1444 a.C.
Morte de Moisés Dt. 34:1-12 1404 a.C.
Israel entra na terra prometida com Js. 3:1-17 1404 a.C.
Josué
Morte de Josué e começo do período dos Js. 24:29 1382 a.C.
juízes
O primeiro juiz, Otniel Juízes 3:9 1361 a.C.

O período dos juízes estende-se da morte de Josué à unção de Saul e cobre cerca de 332 anos.

Evento Referência Bíblica Data


Saul ungiu o primeiro rei de Israel I Samuel 10:1 1050 a.C.
A rejeição de Saul proclamada I Samuel 15:22-23 1034 a.C.
Davi ungido por Samuel I Samuel 16:12-13 1018 a.C.
Saul é morto, Davi reina sobre Judá II Samuel 2:5-11 1011 a.C.
Davi começa a reinar sobre Israel II Samuel 5:1-5 1004 a.C.
Salomão começa a reinar I Rs. 2:1-12 971 a.C.

51
Salomão morreu em 931 a.C. e o reino foi dividido em Israel (o Reino do Norte) e Judá (o Reino do
Sul). A seguir, cronologia de Reis, Profetas e eventos principais pertencentes a seus respectivos
reinos.

Nota: O asterisco * significa Reis participando em reinos concomitantes.

Referência Bíblica Reis no Judá Reis no Israel Data


I Reis 11:43 Roboão 931 a.C.
I Reis 11:28 Jeroboão 931 a.C.
I Reis 14:31 Abias 913 a.C.
I Reis 15:8-24 *Asa 911 a.C.
I Reis 15:25 Nadabe 910 a.C.
I Reis 15:16-22 Baasa 909 a.C.
I Reis 16:6 Elá 886 a.C.
I Reis 16:15 Zinri 885 a.C.
I Reis 16:16 Onri 885 a.C.
I Reis 16:29 Acabe 884 a.C.
I Reis 15:24 *Jeosafá 873 a.C.
II Reis 8:16 *Jeorão 853 a.C.
I Reis 22:51 Acazias 853 a.C.
II Reis 1:17 Joroão 852 a.C.
II Reis 8:25 Acazias 841 a.C.
II Reis 11:1 Atalia 841 a.C.
II Reis 10:36 Jeú 841 a.C.
II Reis 11:21 Jeoás 835 a.C.
II Reis 10:35 Jeoacaz 814 a.C.
II Reis 13:10 *Jeoás 798 a.C.
II Reis 14:1 *Amazias 796 a.C.
II Reis 14:23 *Uzias * Jeroboão II 793 a.C.
II Reis 15:5 *Jotã 750 a.C.
II Reis 15:8 Zacarias 753 a.C.
II Reis 15:38 *Acaz 735 a.C.

52
Data Profetas em Profetas em Principais Eventos na História Contemporânea
Judá Israel
931 a.C. Sisaque, rei do Egito, saqueou Jerusalém (I Reis
14:25-26)
931 a.C. Jeroboão corrompe a religião de Moisés, funda um
relicário em Dã e Betel (I Reis 12:26-29)
913 a.C. O reino Aramean de Damasco (Síria) expande-
se.
909 a.C. Ben-Hadade I de Damasco (Síria) faz aliança com
Asa; Baasa resiste (I Rei 15:16-22)
884 a.C. Elias Ben-Hadade I (Síria) conduz três campanhas mal
sucedidas contra Acabe
873 a.C. Assíria levanta-se sob Asurbanipal II (883-859
a.C.)
853 a.C. Salmaneser III da Assíria registra vitórias
sucessivas contra Síria (854-849 a.C.)
853 a.C.
852 a.C. Eliseu Samaria é sitiada por Ben-Hadade I da Síra (II
Reis 6:24-25)
841 a.C. Jeú submete-se ao rei Assírio invasor, Salmaneser
III (841 a.C.)
835 a.C. Jeoás paga tributo a Hazel, rei da Síria, com os
tesouros do Templo (II Reis 12:17-18)
814 a.C. Jeoacaz é derrotado pelo rei Sírio, Ben-Hadade II
(II Reis 13:3)
798 a.C. Jeoás tem três vitórias sucessivas sobre o exército
Sírio (II Reis 13:17)
796 a.C. O Império Assírio começa a declinar
793 a.C. Amós Jeroboão salva o Reino do Norte da opressão síria
(II Reis 13:4; 14:26-27)
753 a.C. Tiglath Pileser III da Assíria conquista a Síria e
a Palestina (745-727 a.C.)
735 a.C. Isaías Acaz obtém ajuda de Tiglath Pileser IIIpara
IIIpara
libertar Judá da Síria invasora; esse ato inicia o
período de tributos pagos para a Assíria.

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Referencia Bíblica Reis no Judá Reis no Israel Data
II Reis 15:13 Salum 752 a.C.
II Reis 15:17 *Menaém 752 a.C.
II Reis 15:23 *Pecaías 742 a.C.
II Reis 15:27 *Peca 740 a.C.
II Reis 17:1 Hoséias 732 a.C.
II Reis 18:9 722 a.C.
II Reis 18:1 *Ezequias 715 a.C.
II Reis 21:1 *Manasses 686 a.C.
II Reis 21:18 Amon 642 a.C.
II Reis 22:1 Josias 640 a.C.
II Reis 23:31 Joacaz 609 a.C.
(Salum)
II Reis 23:34 Jeoiaquim 609 a.C.
(Eliaquim)
II Reis 24:8 Joaquim 597 a.C.
(Conias)
II Reis 24:18 Zedequias 597 a.C.
(Matanias)
II Reis 25:1-21 586 a.C.
Daniel 5:31 539 a.C.
II Crônicas 36:22-23 538 a.C.
Esdras 1:2-3
Esdras 6:3 536 a.C.
Ageu 1:1-15 520 a.C.
516 a.C.
476 a.C.
Neemias 2:1-10 445 a.C.
Malaquias 1:8 ?400 a.C.

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Data Profeta em Judá Profeta em Israel Eventos Principais na História
Contemporânea
752 a.C.
752 a.C. Oséias
742 a.C. Miquéias A Síria captura Trans-Jordania e Galilea
(742-740 a.C.)
740 a.C. Damasco (Síria) cai a Salmaneser V o
rei da Assíria (732 a.C.)
732 a.C.
722 a.C. Sargom II o rei Assírio toma Samaria

******* ************ ************** O FIM DO REINO DO NORTE


715 a.C.
686 a.C. Manassés é tomado cativo por Esar-
Hadom o rei Assírio, solto depois (II
(II
Crônicas 33.11)
642 a.C. Esar-Hadom toma Egito. Influência
Assíria aumenta (681-669 a.C.)
640 a.C. Naum, Sofonias,
Jeremias
609 a.C. Jeremias Período de influência egípcia com Faraó
Neco (II Reis 23.33)
609 a.C. Jerem
Je remias
ias Judá sob tributo de Faraó Neco (II Reis
23.35)
597 a.C. Jeremias Período de influência neo-Babilônia !
batalha de Carquemis (605 a.C.)
597 a.C. Jeremias, Ezequias,
Daniel
586 a.C. Nabocodonosor toma Jerusalém
******* **************
****** ******** ************** O FIM DO REINO DO SUL
539 a.C. Dario o general medo-pérsia toma
Babilônia. O colapso do império
Babilônio
538 a.C. O edito de Ciro, o medo-pérsia, acerca
da restauração dos judeus
536 a.C. O retorno do remanescente e a
reconstrução do Templo
520 a.C. Ageu A reconstrução do Templo retomada
516 a.C. Zacarias O Templo terminado
476 a.C. O livro de Ester
445 a.C. Neemias retorna para reerguer os
muros
400 a.C. Malaquias Jerusalém com governo pérsio
MAIS DO QUE 400 ANOS SILENCIOSOS ATÉ O NASCIMENTO DE CRISTO

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