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Cultura do Norte!

A cultura da região Norte do Brasil é vasta, rica e muito influenciada pelos indígenas, europeus, e
africanos, bem como pelos migrantes.

Por ser uma região com uma população bastante miscigenada, o Norte possui grande diversidade
de manifestações culturais, os seja, de costumes, crenças, festas populares, culinária, danças, e etc.

Importante destacar que a região compreende os estados:

Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Festas da Região Norte


As festividades do norte do Brasil são fortemente influenciadas pela cultura indígena, assim como
a religiosidade cristã.

Veja o que são e como acontecem algumas festas regionais importantes.

Círio de Nazaré

A procissão que tem lugar no estado do Pará é uma homenagem à Nossa Senhora de Nazaré e se
realiza em outubro.

Milhares de fiéis caminham quilômetros em ruas enfeitadas carregando uma imagem de Nossa
Senhora de Nazaré. O percurso é realizado da Catedral de Belém até a Praça Santuário de Nazaré,
onde a imagem fica durante quinze dias.
Em 2004, o Círio de Nazaré passou a constar do registro de Patrimônio Cultural de Natureza
Imaterial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Festival de Parintins

A festa, que é realizada em junho, no Estado do Amazonas, acontece em um local chamado


de Bumbódromo. O festival consiste na disputa de dois bois, o Garantido (representado de
vermelho), e o Caprichoso (representado de azul).

O evento tem duração de três dias e conta com algumas personagens definidas. Há também o
regulamento e julgamento, que tem o objetivo de definir a melhor atuação. No fim, é conhecido o
boi vencedor.

Segundo a lenda, um homem (Pai Francisco), teria matado o melhor boi do patrão a fim de saciar
o desejo da sua mulher (Mãe Catirina), que estava grávida e com vontade de comer a língua do
animal.

Ao descobrir o motivo da morte do seu animal preferido, o patrão chamou um padre e um pajé
para reanimar o boi, que volta a viver. Para comemorar, é feita uma festa.

Outras festividades nortistas

Além das festas acima, a região ainda conta com a Encenação da “Paixão de Cristo”. Esse evento
ocorre em Jerusalém, a segunda maior cidade cenográfica do mundo, que se localiza no estado do
Amazonas.
Outras festas que também são típicas da região do Norte do Brasil são:

 Folia de Reis;
 Festa do Divino;
 Congo ou Congada;
 Cavalhada;
 Festas Juninas.

Danças da Região Norte


Camaleão

Esta dança conta com a participação de homens e mulheres, que dançam ao som do violão, do
cavaquinho e da rabeca. Os dançarinos se vestem a rigor para fazer os passos dessa dança que
recebe o nome de jornadas.

Dança do maçarico

O som da sanfona, viola, violão e rabeca embala os pares nesta dança feita a passos lentos e
ligeiros. Uma dança similar é a umbigada, de origem afro-brasileira.

Outras danças regionais do Norte

O estado é bastante grande em território e conta com diversidade em todos as vertentes culturais,
assim também é na dança da região. Outros tipos de danças nortistas são:

 desfeiteira;
 marambiré;
 lundu marajoara;
 marujada;
 dança do siriá;
 samba do cacete;
 retumbão;
 jacundá;
 carimbó.

Culinária regional do Norte


A cozinha tradicional do norte do Brasil é rica em mandioca e peixe, herança dos costumes
indígenas.
A variedade de frutas existentes na região, por sua vez, se destaca na culinária nacional, bem como
na internacional. São exemplos o guaraná, o açaí, o cupuaçu e a graviola.

Pratos típicos

A maioria dos pratos típicos da região são bastante incomuns no restante do país. Experimentá-los
é, portanto, uma experiência especial.
Veja algumas dessas preparações:

Tucupi

O tucupi é uma receita preparada à base de mandioca e muito comum no estado do Pará.

Maniçoba

Essa é uma receita feita com a folha da mandioca triturada, mas se assemelha a uma feijoada, por
isso ficou conhecida como "feijoada sem feijão".
Tacacá

Tacacá é como é chamado o prato típico nortista feito com caldo de mandioca, camarões e tucupi.

Dentre a vasta culinária nortista, tem destaque também:

 caldeirada;
 gurijuba;
 pirarucu de casaca e camarão seco;
 goma de mandioca;
 jambu;
 pimenta-de-cheiro;
 biju;
 bolo de mandioca;
 castanha do Pará;
 carne de sol.

Artesanato da Região Norte


O artesanato também recebeu intensamente a influência da cultura indígena.

Faz parte do artesanato nortista objetos feitos a partir de barro, cerâmica, couro, madeira, pedra-
sabão e sementes, os quais dão forma a bijuterias, artigos de decoração, entre outros.

A cerâmica marajoara é um exemplo de artesanato importante da região. Iniciada pelos índios da


Ilha de Marajó, foi a primeira arte de cerâmica que surgiu no Brasil. Atualmente ela também é
conhecida no exterior.

Lendas e mitos regionais do Norte


A região possui algumas histórias folclóricas típicas do lugar. Confira algumas:

Lenda do Boto

A lenda do boto conta a história de um boto que durante a noite se transforma em homem.

Ele se veste de branco e usa um chapéu para esconder o seu grande nariz de boto.

Seduz mulheres para um passeio e as engravida. Essa lenda é contada para justificar o fato de
alguma moça solteira aparecer grávida.

Lenda da Vitória-régia

Segundo a lenda da Vitória-Régia, a mesma é uma planta que originalmente teria sido uma índia.

Conta-se que essa índia apaixonou-se pela lua - chamada de Jaci pelos índios. Ao ver o reflexo da
lua nas águas do rio, a índia se inclinou para lhe beijar, o que a fez cair e se afogar. Comovido com
o acontecimento, Jaci transformou a jovem em uma flor - a Vitória-Régia.
Raimunda Putani Yawnawá (1980) - Pajé Yawnawá

Raimunda Putani Yawnawá é uma índia que pertence ao povo Yawnawá e nasceu na Terra
Indígena do Rio Gregório, no Acre.

Junto com sua irmã, Kátia, foi educada na cultura indígena e dos brancos. Ambas falam o
português com facilidade.

Foram as primeiras mulheres da sua tribo a se oferecerem para o duro treinamento de se tornarem
pajés. Tiveram que ficar um ano isoladas, comendo alimentos crus e sem beber água, somente um
líquido à base de milho.

Desta maneira, puderam fazer o juramento à planta Rarê Muká, considerada sagrada nesta cultura
porque abre a mente para o conhecimento e para a cura. As indígenas se tornaram uma espécie
de embaixadoras da cultura Yawnawá.

Raimunda Putani recebeu o reconhecimento do Senado brasileiro ao ser distinguida com o


Diploma Mulher Cidadã Bertha Lutz.

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