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A cultura da região Norte do Brasil é vasta, rica e muito influenciada pelos indígenas, europeus, e
africanos, bem como pelos migrantes.
Por ser uma região com uma população bastante miscigenada, o Norte possui grande diversidade
de manifestações culturais, os seja, de costumes, crenças, festas populares, culinária, danças, e etc.
Círio de Nazaré
A procissão que tem lugar no estado do Pará é uma homenagem à Nossa Senhora de Nazaré e se
realiza em outubro.
Milhares de fiéis caminham quilômetros em ruas enfeitadas carregando uma imagem de Nossa
Senhora de Nazaré. O percurso é realizado da Catedral de Belém até a Praça Santuário de Nazaré,
onde a imagem fica durante quinze dias.
Em 2004, o Círio de Nazaré passou a constar do registro de Patrimônio Cultural de Natureza
Imaterial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Festival de Parintins
O evento tem duração de três dias e conta com algumas personagens definidas. Há também o
regulamento e julgamento, que tem o objetivo de definir a melhor atuação. No fim, é conhecido o
boi vencedor.
Segundo a lenda, um homem (Pai Francisco), teria matado o melhor boi do patrão a fim de saciar
o desejo da sua mulher (Mãe Catirina), que estava grávida e com vontade de comer a língua do
animal.
Ao descobrir o motivo da morte do seu animal preferido, o patrão chamou um padre e um pajé
para reanimar o boi, que volta a viver. Para comemorar, é feita uma festa.
Além das festas acima, a região ainda conta com a Encenação da “Paixão de Cristo”. Esse evento
ocorre em Jerusalém, a segunda maior cidade cenográfica do mundo, que se localiza no estado do
Amazonas.
Outras festas que também são típicas da região do Norte do Brasil são:
Folia de Reis;
Festa do Divino;
Congo ou Congada;
Cavalhada;
Festas Juninas.
Esta dança conta com a participação de homens e mulheres, que dançam ao som do violão, do
cavaquinho e da rabeca. Os dançarinos se vestem a rigor para fazer os passos dessa dança que
recebe o nome de jornadas.
Dança do maçarico
O som da sanfona, viola, violão e rabeca embala os pares nesta dança feita a passos lentos e
ligeiros. Uma dança similar é a umbigada, de origem afro-brasileira.
O estado é bastante grande em território e conta com diversidade em todos as vertentes culturais,
assim também é na dança da região. Outros tipos de danças nortistas são:
desfeiteira;
marambiré;
lundu marajoara;
marujada;
dança do siriá;
samba do cacete;
retumbão;
jacundá;
carimbó.
Pratos típicos
A maioria dos pratos típicos da região são bastante incomuns no restante do país. Experimentá-los
é, portanto, uma experiência especial.
Veja algumas dessas preparações:
Tucupi
O tucupi é uma receita preparada à base de mandioca e muito comum no estado do Pará.
Maniçoba
Essa é uma receita feita com a folha da mandioca triturada, mas se assemelha a uma feijoada, por
isso ficou conhecida como "feijoada sem feijão".
Tacacá
Tacacá é como é chamado o prato típico nortista feito com caldo de mandioca, camarões e tucupi.
caldeirada;
gurijuba;
pirarucu de casaca e camarão seco;
goma de mandioca;
jambu;
pimenta-de-cheiro;
biju;
bolo de mandioca;
castanha do Pará;
carne de sol.
Faz parte do artesanato nortista objetos feitos a partir de barro, cerâmica, couro, madeira, pedra-
sabão e sementes, os quais dão forma a bijuterias, artigos de decoração, entre outros.
Lenda do Boto
A lenda do boto conta a história de um boto que durante a noite se transforma em homem.
Ele se veste de branco e usa um chapéu para esconder o seu grande nariz de boto.
Seduz mulheres para um passeio e as engravida. Essa lenda é contada para justificar o fato de
alguma moça solteira aparecer grávida.
Lenda da Vitória-régia
Segundo a lenda da Vitória-Régia, a mesma é uma planta que originalmente teria sido uma índia.
Conta-se que essa índia apaixonou-se pela lua - chamada de Jaci pelos índios. Ao ver o reflexo da
lua nas águas do rio, a índia se inclinou para lhe beijar, o que a fez cair e se afogar. Comovido com
o acontecimento, Jaci transformou a jovem em uma flor - a Vitória-Régia.
Raimunda Putani Yawnawá (1980) - Pajé Yawnawá
Raimunda Putani Yawnawá é uma índia que pertence ao povo Yawnawá e nasceu na Terra
Indígena do Rio Gregório, no Acre.
Junto com sua irmã, Kátia, foi educada na cultura indígena e dos brancos. Ambas falam o
português com facilidade.
Foram as primeiras mulheres da sua tribo a se oferecerem para o duro treinamento de se tornarem
pajés. Tiveram que ficar um ano isoladas, comendo alimentos crus e sem beber água, somente um
líquido à base de milho.
Desta maneira, puderam fazer o juramento à planta Rarê Muká, considerada sagrada nesta cultura
porque abre a mente para o conhecimento e para a cura. As indígenas se tornaram uma espécie
de embaixadoras da cultura Yawnawá.