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O Art. 270.

Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um


destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu
quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível.

Vejamos as hipóteses, suponhamos que o Thiago seja o devedor de R$ 60 mil


reais, e Pedro e Eduardo sejam credores solidários, Pedro vem a falecer deixando
herdeiros, nesse caso, se houverem dois herdeiros, cada um deles poderá exigir a quota do
crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, ou seja, metade do valor total. Para
simplificar, faremos a divisão entre Pedro, o credor falecido, e Eduardo, se a dívida
corresponde ao valor de R$ 60 mil reais, cada credor solidário tem direito a R$ 30 mil reais.
Ou seja, desse modo, cada herdeiro poderá exigir apenas a metade do valor que
corresponderia ao seu pai, o total de R$ 15 mil reais cada, ocorrendo assim a refração do
crédito, sendo essa a regra.

Entretanto, existem exceções, onde há três hipóteses em que o(os) herdeiro(s)


poderão exigir a dívida por um todo, como se fosse o próprio credor, são elas:

Hipótese 1: quando se tratar somente de um herdeiro, que poderá substituir o pai,


pois não há refração do crédito, podendo exigir os R$ 60 mil reais e quando recebida pelo
mesmo, deverá acertar contas com o outro credor, Eduardo, que não recebeu.

Hipótese 2: se todos os herdeiros se unirem para cobrar a prestação, não cabendo


refração de crédito, visto que, estão substituindo o pai, devendo também prestar contas
com o outro credor solidário, Eduardo,

Hipótese 3: se a prestação for indivisível, por exemplo, tendo como objeto um


animal de raça ou um quadro famoso, desse modo, se a prestação não pode ser dividida,
não é possível que os herdeiros exijam sua quota, fazendo a refração do crédito. Em vista
disso, a mesma só poderá ser exigida por inteira.

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