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O APARTAMENTO

Em 1976, o pai das autoras começou um relacionamento extraconjugal com a primeira Ré,
motivo pelo qual o inventariado, através da procuração que lhe fora outorgada por sua ex
esposa, SIMULOU vender o único bem imóvel do casal para sua tia Amália, de quem era
herdeiro e procurador.
Simulou vender o imóvel por 200.000,00 mas o perito avaliou por 500.000,00.

A história se repetiu quando os pais do inventariado doaram o único bem imóvel que
possuíam, ao seu filho Álvaro Orlando, e o inventariado juntamente com a primeira Ré,
anuíram a essa doação inoficiosa, com o intuito de que, através do Álvaro Orlando, o imóvel
fosse transferido somente aos filhos da segunda união, o que ocorreu.

Caberia ao inventariado anular essa doação mas, por motivos óbvios não o fez.
Na iminência da morte, com câncer em estado avançado de metástase, Álvaro Orlando
assinou um Testamento Particular que lhe foi apresentado pelo segundo e terceiro réus,
beneficiados por esse testamento que, diga-se de passagem, o mesmo sequer poderia testar,
por força de lei.
Na separação, a mãe das autoras venceu o inventariado e sua tia Amalia em ação por
SIMULAÇÃO, e sua tia mudou o testamento, colocando os filhos da segunda união como
herdeiros e o inventariado mais a primeira Ré como usufrutuários vitalícios, excluindo assim,
as filhas do primeiro casamento.

AÇÕES DA BK BÚZIOS

Com o intuito de descaracterizar a origem do dinheiro, a empresa Bk Búzios, fundada em


1979, após o inventariado receber a Rescisão Trabalhista e furtar-se pagar a parte de sua ex
esposa, só foi registrada na JUCERJA em 10/10/1996, com 50% em nome de Carlos Alberto e
os outros 50% (que não foram pagos à sua ex esposa) em nome da primeira Ré, a qual, serviu
de interposta pessoa para transferir ao seu filho Artur, segundo réu, as ações que estavam em
seu nome, evitando assim, a doação direta de pai pra filho já que, conforme o dizer de Silvio
de Salvo Venosa:
" Toda doação feita em vida pelo autor da herança a um de seus filhos presume-se como
adiantamento da herança. Nossa lei impõe aos descendentes sucessíveis o dever de
colacionar".

O CARRO

O carro mitsubishi pagero dakar, de uso exclusivo do inventariado, foi comprado em 2013
em nome da primeira Ré por R$ 200.000,00 não obstante a mesma ter renda inferior a 3,5
salários mínimos.
Atualmente, esse mesmo carro, avaliado em torno de R$ 80.000,00 foi oferecido às autoras
em troca das ações da empresa Bk Búzios.
Os réus pediram às autoras que assinassem uma procuração em nome do advogado deles, o
Dr. Gregorio F. Monteiro para resolver o inventário em ação extrajudicial já que, não havia
nada no nome do inventariado além do imóvel onde reside a mãe das autoras, 1 carro e 50%
das ações da empresa Bk Búzios, já apresentados no inventário.

Após perceberem que a autora Silvia, estava receosa de aceitar tal proposta, ameaçaram
abrir outra empresa.
Atualmente a empresa Bk Búzios tem menos funcionários e muito menos clientes.
OS TERRENOS

Em 13/09/1976, a primeira Ré, iniciou a carreira de professora com salário equivalente hoje
a R$ 2.700,00 e aposentou-se em 25/01/2001 com acréscimo de 50% referente aos triênios.
Em 31/05/1979 o inventariado desempregou-se da empresa CPRM, onde ganhava 10
salários mínimos, recebeu a Rescisão Trabalhista e fundou a empresa Bk Búzios.
Em novembro de 1983, quando foi encontrado, alegou estar desempregado desde 1979 o
que não corresponde à realidade já que...

No período de 1979 a 1983, os imóveis e questão foram adquiridos à vista em nome da


primeira Ré, não obstante nessa época, a mesma ter renda inferior a três salários mínimos,
haver uma casa para sustentar com dois filhos menores impúberes e estar o inventariado
(segundo ele) desempregado.
Quando as autoras descobriram que os bens que a primeira Ré dizia ter sido herança do seu
pai, estavam em seu nome, entraram na justiça com AÇÃO DE NULIDADE DA TITULARIDADE.

Atualmente, a primeira Ré com salário equivalente hoje a R$ 2.700,00, acrescido de 50%


referente aos triênios mais aposentadoria de 1 salário mínimo do inventariado (é dependente
do seu filho Artur, segundo réu, que assumiu o lugar do inventariado na empresa e declarou:
"....não só minha mãe depende de mim agora (ou seja, após a morte do inventariado), lá no
escritório são 12 famílias (ou seja, são 12 funcionários).

O inventariado não declarava imposto de renda, omitindo o seu ganho real, tendo em vista
que se aposentou com um salário mínimo, não obstante possuir uma conta no Banco
Santander, referente aos depósitos feitos pelos 77 clientes de Administração de condomínios
que, conforme informação prestada por funcionários da empresa, pagavam por esta prestação
de serviços, o valor de 1 a 3,5 salários mínimos, fora os clientes de Contabilidade, não
contando também com a prestação de serviços avulsos tais quais: abertura e fechamento de
empresas, declaração de Imposto de Renda, Assembleias Ordinárias e Extraordinárias e outras.
Esta prática vem sendo seguida também pelo segundo réu, ora inventariante.

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