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Diversos doutrinadores criam fontes.

Alguns dizem que eh o enriquecimento ilicito, acordao


do stj sobre esse tema. Basicamente existem 2 formas: Ou da lei, ou do contrato. O
enriquecimento ilicito gera uma obrigacao de restituir, a partir da forma da lei. Se nao
estivesse na lei, nao ia haver essa obrigacao. Enriquecimento sem causa, ilicito.
Ideia principal de obrigacao fala sobre dois polos: passivo e ativo - devedor e credor. A
obrigacao é mais que a prestacao. A prestacao eh o objeto. A obrigacao se da entre dois
sujeitos de direito, de dois sujeitos de patrimonio
A boa fe objetiva abarca varias partes do direito das obrigacoes, e passa a se tornar um
processo. Antes, era estatica: credor so tem direitos e o devedor tem deveres. Porem, no
nosso direito é pautada pela boa fe, em que o credor tem direito da prestacao, mas deve se
portar com lealdade, confiança e prestar informacoes. O devedor tem o dever de pagar a
prestacao, mas tambem tem o direito da confiança, de obter informações, de se descolar do
debito. Ninguem é obrigado a se manter nessa relacao obrigacional.
Pode ocorrer de credores pleitearem seu direito ao credito, mas nao cumprir com as suas
obrigacoes. Excessao do contrato nao cumprido. Se uma parte - credor - nao cumpre,
tambem nao vou cumprir

Ha as modalidades das obrigacoes, mas antes precisamos falar dos tipos


Sao tres tipos de obrigacao
De dar - Entrega de movel ou imovel - foco recai sobre a coisa em si. O foco nao é a
pessoa, comportamento, o foco da pessoa recai sobre o que o devedor deve fazer. A
entrega de coisa movel nao é fazer?
Ao dar, o devedor so deve dar, e nada alem disso. Devo pegar a chave do carro e te
entregar
A de fazer pressupõe um comportamento. Exemplo: Vou te dar um quadro. Porem, antes de
dar o quadro, eu vou pintar o quadro para te entregar. Existe uma acao previa.
De nao fazer - Uma abstencao, como por exemplo, se entrar no direito empresarial, eh
muito recorrente a estipulacao de nao concorrencia. Nao participar de um certo nicho, de se
abster.

Existem outras características que estão voltadas a outros componentes, que sao as
modalidades. Existem duas formas de prestacoes: Obrigacoes alternativa e facultativa
Ambas dao ao devedor amplas possibilidades de cumprimento.
Alternativa - mais de uma possibilidade do cumprimento da obrigacao principal. No vinculo
obrigacional, ha mais de uma prestacao possivel. O devedor vai se exonerar da obrigacao
quando ele presta uma das prestacoes. A escolha cabe ao credor ou ao devedor. Via de
regra, cabe ao credor, mas podem acordar que caiba ao devedor, ou ao terceiro. A
repercussao pratica é de que se o devedor nao cumpre nenhuma das prestacoes, o credor
pode pleitear qualquer uma delas, em um tribunal, por exemplo, ele ganha esse direito.
As facultativas, ou faculdade alternativa: há apenas uma prestacao. O devedor vai cumprir a
prestacao. Porem, o devedor tem a faculdade, o direito, de substituir essa prestacao. Direito
potestativo de escolher substituir a forma de realizar essa prestacao. Duvida: Quais sao as
possibilidades estipuladas de formas alternativas na faculdade. O credor só pode exigir o
cumprimento de prestacao inicial, nenhuma outra - na facultativa.

Classificacao quanto a pluralidade dos sujeitos - solidariedade, divisibilidade e


indivisibilidade
A divisibilidade e a indivisibilidade tem no polo ativo ou passivo, mais de um sujeito
Divisivel - cada sujeito possui uma cota parte de direito em relacao a obrigacao, se estiver
no polo ativo, no polo do credor. Se estiver no polo passivo, do devedor, há cota parte de
responsabilidae. Por exemplo, sendo divisivel, presume-se que cada um dos credores
possui uma cota parte daquela obrigacao. A repercussao pratica eh que cada um dos
credores so pode exigir do devedor a cota parte que lhe é peculiar. Obrigacao de pagar 100
reais a dois irmaos. ela é divisivel, ja que o dinheiro é divisivel. Nao ha solidariedade, pois
decorre da lei ou do contrato. Presume-se que devo a cada um dos irmaos 50 reais, ou
seja, cada irmao so pode pleitear de mim 50 reais, nada além disso.
Na possibilidade de ser indivisivel, há uma impossibilidade juridica e economica, fatica todos
os credores tem a faculdade de pleitear do devedor o cumprimento integral da obrigacao.
Existe uma especie de solidariedade. se eu tenho uma obrigacao de entregar um cavalo a
dois irmaos. Eu tenho a responsabilidade de entregar aos dois irmaos esse cavalo. Assim,
ha uma solidariedade atrelada a natureza. A maior dificuldade da solidariedade, quando na
mesma obrigacao concorre mais de um credor ou mais de um devedor. Entre os credores,
há uma divida comum, ou mais de dois devedores. Ha uma solidariedade com relacao a
obrigacao da divida. No caso dos irmaos, os dois podem pleitear o cavalo de mim.
A diferenca entre a solidariedade comum e da indivisibilidade é que, na indivisivel, por ser
indivisivel em relacao a natureza do cavalo
OBRIGAÇÕES | Jonas Tavares Moreira

FONTE: LEI OU CONTRATO

CREDOR DEVEDOR
SUJEITO ATIVO SUJEITO PASSIVO OBJETO

PRESTAÇÃO

BOA FÉ OBJETIVA: OBRIGAÇÃO COMO UM PROCESSO

CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES

Quanto à
modalidade

DAR

FAZER

NÃO FAZER
Entrega de uma coisa móvel ou imóvel. O foco recai
sobre a coisa

Realização de determinado comportamento. O foco


recai sobre a pessoa

Não realização de determinado comportamento.


Abstenção. Comportamento negativo.
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CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES

Quanto às
prestações

ALTERNATIVA
Há mais de uma possibilidade de cumprimento, exonerando-se o devedor pelo
adimplemento de uma delas. Nesse caso, o devedor pode realmente escolher qualquer uma
das alternativas de prestação para adimplir. Do contrario, o credor pode acionar
judicialmente, e exigir o cumprimento de qualquer uma das alternativas também, mesmo
que seja mais onerosa, ou prejudicial, dentre as previamente estipuladas.

FACULTATIVA
Há uma única prestação, sendo atribuído ao devedor a faculdade de substituí-la. Se o
devedor quiser substituir, pode atribuir outra alternativa.
Quais sao as alternativas de faculdade?

OBRIGAÇÕES | Jonas Tavares Moreira

CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES

Quanto à
pluralidade de
sujeitos

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DIVISÍVEL E INDIVISÍVEL

A divisibilidade se verifica quando há a possibilidade do pagamento em duas partes, sendo


isso possível diante da natureza do objeto do negócio jurídico. Por exemplo, se eu devo 100
reais a dois irmãos, cada um deles pode pleitear, a princípio, 50 reais, nada além disso.

A diferença na indivisibilidade da obrigação é que, em razão da natureza do objeto, ou de


motivo econômico, por exemplo, não é possível dividir, como um cavalo, ou uma fábrica. Se
eu devo um cavalo a dois irmãos, que compartilham solidariamente da posição de credor,
qualquer um dos dois pode pleitear o direito do cavalo, tendo em vista a impossibilidade de
dar metade do cavalo a cada um deles.

A diferença fundamental da solidariedade indivisível para outras formas de solidariedade é


que, nesse caso, se o negócio se torna impossível por uma questão natural, como a morte
do cavalo, a solidariedade se esvai juntamente a indivisibilidade do objeto. Isso ocorre, pois,
diante da morte do cavalo, vai haver uma contraprestação pecuniária a ser feita,
monetariamente. Em outras palavras, por exemplo, o credor do cavalo vai passar a dever
5000 mil reais aos dois irmãos, retornando à posição de divisibilidade.
SOLIDÁRIA
A divisibilidade dá-se quando as prestações são suscetíveis de cumprimento em partes. As
obrigações indivisíveis, por sua vez, incidem quando há uma impossibilidade de divisão,
seja em razão da natureza da obrigação ou de motivo econômico.

“Há solidariedade quando na mesma obrigação concorre mais de um credor ou mais de um


devedor, cada um com direito, ou obrigado, À dívida toda”

TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES

Formas de Transmissão

ATIVA: CESSÃO DE CRÉDITO


Ato pelo qual o credor transmite o seu crédito a outrem, abrindo mão de um direito seu que
se transfere ao novo credor gratuita ou onerosamente. Isso ocorre, com frequência, entre os
bancos, que podem transferir um crédito obtido diante de empréstimo a outro.

PASSIVA: ASSUNÇÃO DE DÍVIDA


Negócio pelo qual um terceiro assume a dívida em lugar do devedor. A diferença principal
entre um e outro é que, na cessão de crédito, o credor tem controle total sobre a ação. Na
assunção de dívida, por mais que o credor não esteja agindo ativamente, continua tendo o
poder de permitir, ou não, que essa assunção seja realizada. Essa escolha se dá como
forma de evitar que alguém de patrimônio inferior assuma, diminuindo, assim, as chances
da dívida ser adimplida.

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ADIMPLEMENTO

Pagamento

PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO - depósito judicial da coisa devida

Depósito judicial da coisa devida. Hipótese em que há dúvida quando à pessoa do credor
ou quando há recusa injusta deste em receber a obrigação. Direito do devedor de ser ver
livre da relação obrigacional. Assim, judicialmente, vai haver um auferimento do que estava
sendo devido.

PAGAMENTO COM SUBROGAÇÃO - Alguém paga a dívida, e passa a ser o credor

Hipótese em que o indivíduo se sub-roga no direito do credor em razão de ter pago a dívida
do devedor. Ex: devedor solidário realiza a prestação em sua totalidade. Nesse caso, vai
haver uma nova relação obrigacional sendo criada, na medida em que o devedor vai passar
apenas a dever pessoa diferente.
—-- Dúvida: Qual a diferença entre isso e a cessão de crédito? Qualquer um pode subrogar
uma dívida? E por que isso não é considerado um novo negócio jurídico?
IMPUTAÇÃO DE PAGAMENTO - Acusar pagamento apenas de uma parte de dívida
vencida e líquida.

Diversas prestações e pagamento de valor que não abrange todas. O devedor possui a
faculdade de imputar o pagamento a uma prestação específica. Em suma, o devedor,
expressamente, imputa estar pagando apenas uma parcela específica do que deve, por
exemplo, 50%. Nesse caso, o credor não poderá cobrar além disso, tendo em vista que foi
imputado pagamento específico a essa quantia.
—-- Dúvida: Por que isso seria útil? A pessoa, se tiver que pagar certa quantia em
determinado prazo, ao imputar, pode pagar apenas uma parte? Sempre se pode fazer isso?
É em caso de dívida vencida e líquida, mas ele já não poderia pagar só uma parte? Isso é
um direito, como se fosse, de parcelar artificialmente, algo?

DAÇÃO EM PAGAMENTO - pagar com algo diferente do inicialmente estipulado

Pagamento por meio da entrega (dar) de outra coisa que não a prestação inicialmente
estipulada. Somente pode ocorrer mediante consentimento do credor. Em caso de perda da
coisa recebida como forma de pagamento, a obrigação voltará ao seu estado primitivo,
ficando sem efeito a quitação dada

Dúvida: Isso não extingue a obrigação?

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OUTRAS FORMAS DE EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES

Extinção

NOVAÇÃO - Substituição da obrigação, do sujeito, ou objeto. Ex: Rec judicial.

Extinção de uma obrigação mediante a constituição de uma obrigação nova que substitui a
anterior. Pode ser objetiva ou subjetiva. Trata-se de negócio jurídico, diferenciando, pois, da
cessão de crédito, que pode ser realizada contra a vontade do devedor. A objetiva se dá,
por exemplo, a partir de um plano de recuperação judicial, em que é feito, judicialmente,
uma lista, que deve ser aprovada pelos credores da dívida, com novos prazos, e quanto
dessa dívida inicial será paga. Nesse caso, há uma nova obrigação com objeto, prazo, etc,
diferentes do inicialmente estipulado.

COMPENSAÇÃO - Extinção decorrida de um abatimento de valor devido pelo credor.

Situação em que as mesmas pessoas, ao mesmo tempo, são credoras e devedoras uma da
outra. Um caso bastante famoso em que isso ocorreu foi o das Lojas Americanas, contra o
BTG pactual. Há uma cláusula de contrato em que se pode adiantar o prazo de vencimento
de uma dívida, se houver notícias de que o prazo inicial não será cumprido. Sendo assim,
quando foi liberado o relatório com rombo de 20B, BTG acionou essa possibilidade
contratual e, como as Americanas possuíam 6B em dívidas com o banco, foi feita uma
compensação, e o BTG quitou a dívida existente por meio do dinheiro depositado na conta.
Se Pedro deve 8 reais à Maria e Maria deve 10 reais, pode haver uma compensação da
dívida, me que Maria vai dever dois a Pedro, e ele será eximido da obrigação de pagar.

CONFUSÃO - O credor e o devedor são o mesmo sujeito

Situação em que o mesmo indivíduo cumula as posições de credor e devedor. Identidade de


sujeitos e de objeto. Ex: herança; M&A. Se meu pai deve dinheiro a mim, e morre, e as
dívidas dele são passadas a mim, eu passo a dever a mim mesmo. Porém, não há lógica
nisso, e nesse sentido, a dívida é extinta. No caso da merger and aquisition, quando uma
empresa faz fusão com a outra, a dinâmica é similar, caso houvesse dívida entre elas.
Sendo assim, como elas se tornam uma coisa só, não vai mais haver inadimplemento.

REMISSÃO DE DÍVIDA - Renúncia ao valor devido pelo credor.

Renúncia do credor ao débito, por motivos diversos

INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES

ABSOLUTO - Verifica-se diante de dois critérios: Possibilidade fática - um cavalo morto não
pode mais ser produto de adimplemento, jurídica - uma lei que proibe negócios jurídicos
envolvendo cavalos, ou interesse útil do credor. Vale ressaltar que esse interesse útil não é
algo subjetivo, que pode ser definido a qualquer momento, da forma que o credor bem
entender. Isso é estipulado, de maneira lógica, com base no que deve ser o interesse inicial
da propositura daquele negócio jurídico.
O exemplo mais clássico é da professora Judite, sobre vestido de casamento. Quando uma
noiva faz a compra de um vestido sob encomenda, estabelece o prazo de entrega para as
vésperas do casamento. No casamento, a noiva não recebe, dá um jeito e se casa. Alguns
dias depois, a loja vai até a noiva entregar o vestido, porém não há mais utilidade, tendo em
vista que o interesse útil do credor do vestido não se verifica mais nessa relação. Diante
disso, há a possibilidade de simplesmente deixar passar, ou de haver uma execução
pecuniária do equivalente por aquele vestido, e possivelmente, pelas perdas e danos
causados.

RELATIVO - Quando ainda há interesse útil, e a possibilidade fática - tempo lugar ou forma-
se esgotaram. Exemplo: Se eu desejo fazer uma troca entre meu piano e um carro, porém o
carro tem um acidente. Eu continuo tendo interesse útil, que era me livrar daquele piano
grande na sala. Porém, o carro não está mais digno dessa troca.

RESOLUÇÃO OU EXECUÇÃO
PELO EQUIVALENTE

EXECUÇÃO
ESPECÍFICA

INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS EM TODAS AS SITUAÇÕES

MORA
Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o
credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a
convenção estabelecer.

OBRIGAÇÕES | Jonas Tavares Moreira


Pode ser

DO CREDOR
DO DEVEDOR
EX RE (relacionada à coisa)
EX PERSONA (relacionada à pessoa)

VIOLAÇÃO POSITIVA DO CONTRATO

DIREITO DAS OBRIGAÇÕES


Jonas Tavares Moreira

OBRIGADO!

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