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Curso: Direito 7º Período Vespertino

Disciplina: Direito Civil VI


Data:14/06/2022______________
Professores: Rosa Tavares
Aluno (a):Francisco Hugo Bezerra Dantas Nota:______________

Atividade Avaliativa de Composição da 3ª Nota

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Texto para as questões de 01 a 02:
Quem paga as dívidas deixadas pelo parente que uma boa estratégia. Primeiro, porque atrasos na
morreu? abertura do inventário geram multas. Segundo,
(Emanuel Gutierrez Steffen) porque, dependendo das circunstâncias, os próprios
credores do falecido, e também os credores dos
Existem assuntos que, por mais desagradáveis que herdeiros, podem requerer a abertura do inventário e a
possam parecer — angustiando o cidadão e partilha dos bens. Esse é, aliás, um aspecto
suscitando mais dúvidas do que oferecendo soluções importante a ser considerado. Mesmo que o falecido
—, fizeram-me ressuscitar o caso de um dos cantores não tenha deixado dívidas, se você as tiver, a parte
mais famosos do showbiz internacional: Michael que lhe cabe da herança terá de ser usada para saldá-
Jackson. Logo após a sua morte, em 2009, às las — mas apenas a parte do herdeiro devedor, e não
especulações relativas às possíveis causas da as dos demais. Renunciar à sua parte da herança a
somaram-se outras, de natureza financeira: qual seria fim de que ela vá para os outros herdeiros, e não para
o valor da herança deixada pelo astro da música? E os credores, é um estratagema que também não
qual seria o valor de suas dívidas? As estimativas funciona. Quando alguém prejudica seus credores ao
giravam em torno de US$ 500 milhões ou menos, em renunciar à herança, eles podem, mediante
resposta à primeira pergunta, e US$ 200 milhões ou autorização judicial, aceitá-la em nome da pessoa que
mais, em resposta à segunda. Isso suscita outra está renunciando.
questão: quem paga as dívidas deixadas pelo
falecido? Às vezes, acontece de os herdeiros serem
surpreendidos pelas dívidas deixadas pelo falecido.
Vamos supor que Michael Jackson tivesse vivido, Certa vez, fui procurada por uma senhora que ficou
enriquecido, se endividado e morrido no Brasil — uma viúva após mais de 30 anos de casada. “Mas,
vez que, examinar a questão à luz de nossa legislação doutora”, disse-me ela, aflita, “eu nem sabia que ele
é, com certeza, um exercício bem mais útil para o tinha dívidas. E agora aparecem credores de tudo
leitor brasileiro prestes a receber um belo e confuso quanto é lado. O que eu faço? Como é que eu vou
pacote de herança e dívidas. Se esse for o seu caso, saber se meu marido devia mesmo o que eles estão
há uma boa e uma má notícia. A má notícia é que as dizendo?”. Calma lá. Para que os credores sejam
dívidas do falecido devem ser pagas por seu espólio, incluídos na partilha dos bens, os herdeiros devem
isto é, pelo total de bens (móveis e imóveis) por ele estar de acordo. Se não estiverem, o assunto terá que
deixado. Os herdeiros dividem entre si o que sobrar, ser resolvido judicialmente. Porém, enquanto isso
se sobrar — lembrando que as despesas com o ocorre, os bens necessários para o pagamento das
inventário e os impostos sobre a herança também dívidas serão separados pelo juiz e ficarão
entram nesse cálculo. indisponíveis até que a questão seja resolvida.

A boa notícia está lá, no artigo 1.792 do Código Civil E, por fim, cabe lembrar que o imóvel que constitui a
de 2002, que diz: “Os herdeiros não respondem por residência da família não pode ser penhorado para o
encargos superiores às forças da herança”. Trocando pagamento de dívidas do falecido nem dos herdeiros
em miúdos, isso significa que os herdeiros não são — e isso inclui os móveis e eletrodomésticos que ele
obrigados a pagar do próprio bolso qualquer quantia contém, desde que quitados. Contudo, esteja atento
que seja superior à herança. Se as dívidas forem às exceções. Se as dívidas forem trabalhistas, fiscais,
maiores do que o valor do espólio, os herdeiros não relativas à pensão alimentícia ou se o imóvel tiver sido
recebem nada, mas também não pagam nada — o usado como garantia de um empréstimo que não foi
que, naturalmente, é uma boa notícia para o herdeiro, pago, então ele pode ser penhorado, mesmo que
e não para o credor que, numa situação como essa, constitua a única residência da família. Outro detalhe:
acaba ficando no prejuízo. se a família possuir mais de um imóvel usado como
residência, será considerado impenhorável o que tiver
Postergar o início do inventário para adiar o o menor valor — exceto se algum dos outros imóveis
pagamento de eventuais dívidas do falecido não é tiver sido registrado no cartório para esse fim.
Fonte: Revista Consultor Jurídico
1 – Qual a sua interpretação sobre o artigo acima? Exponha sua opinião e analise se o mesmo
segue a sistemática jurídica pátria para a resolução dos processos de inventário:

Compreendendo os seguintes aspectos:


I – Coesão e coerência (até 0,25 pts).
II – Indicação de no mínimo dois autores (até 0,25 pts)
III – Domínio de conteúdo (até 0,5 pts)

R: Minha interpretação é que a herança é responsável pelas dívidas do falecido, mas uma vez dividida,
cada herdeiro é responsável por elas de acordo com sua parte da herança, ou seja, para os vivos, suas
propriedades são responsáveis por suas dívidas, igualmente, em caso de pessoas falecidas será o espólio
o responsável por suas dívidas. O mesmo seguimento é utilizado para resolver os processos de inventário.
Caso as dívidas sejam maiores que o valor dos bens, os herdeiros não recebem nada, mas também não
podem ser responsabilizados, caso a herança não seja suficiente para pagar os credores.
Nesse sentido é o texto do artigo 1.792 do Código Civil, que proíbe que os herdeiros respondam por
encargos superiores às forças da herança.

2 – Discorra sobre a ordem de preferência para a nomeação do Inventariante, tendo por base o
Novo Código de Processo Civil.

Compreendendo os seguintes aspectos:


I – Coesão e coerência (até 0,25 pts).
II – Fundamentação Jurídica (até 0,25 pts)
III – Domínio de conteúdo (até 0,5 pts)

R: Com base no artigo 617 do Código Civil a ordem de preferência segue a seguinte ordem:
1º o cônjuge ou companheiro sobrevivente , 2º o herdeiro que se achar na posse e na administração do espólio,
3º qualquer herdeiro, 4º o herdeiro menor, 5º o testamenteiro, 6º o cessionário do herdeiro ou do legatário, 7º  o
inventariante judicial, se houver, 8º pessoa estranha idônea.

3. Analise a informação exposta no quadro abaixo e verifique se a mesma é verdadeira ou falsa.


Justifique a sua escolha.
R: Verdadeira, na ocorrência do falecido não deixar bens a inventariar, o objetivo do ingresso de inventário
negativo é provar esta inexistência de bens. Por se tratar de uma medida facultativa, não tem nenhuma
obrigatoriedade, nem mesmo intenção de transmitir bens nem direitos.

Observe a figura abaixo e responda o que se pede (Questões 04 e 05):

4. O inventário extrajudicial é obrigatório no Brasil? Explique sua resposta.


Compreendendo os seguintes aspectos:
I – Coesão e coerência (até 0,25 pts).
II – Fundamentação Jurídica (até 0,25 pts)
III – Domínio de conteúdo (até 0,5 pts)
R: Não é obrigatório, a lista extrajudicial, vantagem que faltava aos cidadãos, surgiu por meio da Lei
11.441/07 e foi amparada em seu art. pelo novo Código de Processo Civil. 610, mais especificamente nos
parágrafos primeiro e segundo, simplifica o funcionamento do direito sucessório justamente por levar em
conta economia, celeridade e praticidade. Por outro lado, a lista judicial é longa, burocrática e complexa,
envolvendo altos custos judiciais, desde a abertura até o compartilhamento de bens e arquivamento. Pode
levar anos para ser concluído. Por sua vez, se nenhum dos itens acima ocorrer, e todos os herdeiros
concordarem com o procedimento a ser seguido, poderá ocorrer um inventário extrajudicial. Nesse caso,
um advogado também é obrigado a encaminhar o herdeiro e os documentos ao cartório local.

5. Quais as circunstâncias fáticas e jurídicas que não permitem que o inventário seja feito no
Cartório, por escritura pública. Justifique.
R: Normalmente, o inventário extrajudicial não é possível quando o falecido possui testamento ou não
estão reunidos os requisitos necessários para a realização da ação, por exemplo: não pode haver
herdeiros menores ou incapazes, deve haver acordo entre os herdeiros sobre a partilha de bens, não pode
haver testamentos, não pode ser acompanhado por um advogado e não pode ter bens no estrangeiro.
RASCUNHO

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