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INSTITUTO LATINO-AMERICANO DE

TECNOLOGIA, INFRAESTRUTURA E TERRITÓRIO


(ILATIT)

Curso: Engenharia Química - Bacharelado


Disciplina: Laboratório de Engenharia Química I (EQI 0024)
Professor: Daniel José de Oliveira Ferreira

HISTERESE EM UM TERMÔMETRO BIMETÁLICO

Estudante: Alexssandra Marcanssoni Carnaval


Anne Gabriele da Silva Santos
Eduardo Torres Nóbrega Gomes
Luanna Leticia de Oliveira Aquino
1. INTRODUÇÃO
Os termômetros bimetálicos são equipamentos que pertencem a um conjunto de
elementos primários, que por sua vez integram um anel de controle, também conhecido como
analógico. Esse tipo de termômetro é muito utilizado para controlar e proteger a temperatura,
um dos motivos é que seu custo não é tão elevado.
Esses termômetros possuem uma dilatação linear, então conforme aumenta ou
diminui a temperatura do sistema, a dilatação do metal presente vai se expandir ou contrair.
Isso ocorre pois eles são construídos por duas camadas de metais diferentes, por causa disso
seus coeficientes de dilatação por sua vez também são distintos. Essas camadas são soldadas
juntas, e expandem quando aquecidas ou contraem quando resfriadas, mas o metal com maior
coeficiente de dilação irá expandir mais, causando uma curvatura no conjunto (ARRICHE,
2019).
Quando ocorre a dilatação a chapa exerce uma grande força, e assim é possível
conseguir acionar dispositivos ou até mesmo girar um ponteiro (MARQUES, 2017). Eles
podem ser encontrados de duas formas, espiral ou helicoidal. Os problemas mais encontrados
nesses termômetros são a falta de exatidão na medição de temperaturas, e eles apresentam
histereses.
A histerese nesse caso vai ser a maior diferença apresentada pelo instrumento medidor
e a real medida, neste caso a temperatura apresentada no sistema pode ser maior ou menor do
que o termômetro bimetálico nos apresenta, o mesmo valor tem que ser apresentado na ida e
na volta também. Isso pode ocorrer em vários instrumentos do nosso dia a dia, um deles por
exemplo é o velocímetro de uma moto, a velocidade que apresenta no velocímetro às vezes
não é a que estamos na realidade.

2. OBJETIVOS
Determinação do percentual do histerese de um termômetro bimetálico e analisar o
resultado em três procedimentos diferentes: analítico, numérico e por medida de massa.

3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 - Os materiais e equipamentos utilizados:
● Banho maria termostatizado com agitação;
● Termopar tipo K com leitor portátil;
● Termômetro bimetálico;
● água;
● Becker;
3.2 - Procedimento experimental:
O experimento iniciou-se com a montagem dos equipamentos, imergiu-se o
sensor bimetálico e do termopar no banho maria inicialmente preenchido com água.
Após ligar o banho maria, foi registrado a temperatura lida nos dois sensores com
intermitência de cinco graus Fahrenheit, partindo de 70°F até 200°F,
aproximadamente.
Em seguida, foi registrado a temperatura de partida, e com auxílio de um
becker foi retirado a água quente gradativamente enquanto o volume era completado
com água fria. Registrando a temperatura lida nos dois sensores com a intermitência
de cinco graus Fahrenheit, partindo de 200 °F até 70 °F, aproximadamente.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Inicialmente foram colhidos os dados das temperaturas crescentes e decrescentes para
a análise. Esses pontos serão listados na tabela 1.

Tabela de Temperatura (°F)

Crescente Decrescente

Termopar Bimetálico Termopar Bimetálico


100 99 199,5 187
105 102 195 181
110 104 190 176
115 105 185 170
120 116 180 168
125 120 175 164
130 125 170 160
135 130 165 157
140 136 160 154
145 140 155 152
150 143 150 152
155 149 145 139
160 153 140 132
165 158 135 129
170 164 130 124
175 167 125 120
180 171 120 117
185 178 115 112
190 182 110 110
195 185 105 102
199,5 187 100 98
Tabela 1. Dados de temperatura (ºF)
Por meio desses dados uma curva de comparação foi plotada para que seja possível
traçar uma linha de tendência e ver a diferença dos coeficientes de correlação lineares R². O
gráfico se encontra abaixo na figura 1.

Figura 1. Regressão linear dos dados do termopar e do termômetro bimetálico


Analisando a figura 1, é possível notar o comportamento linear das medições, com
alguns pontos fora da reta apenas, em azul a reta correspondente à curva ascendente e em
laranja a curva da medição descendente. Com a análise estatística da reta ascendente e
descendente, se obteve as seguintes propriedades:

Curva ascendente: { 𝑦 = 0,939𝑥 − 2,7021 com 𝑅² = 0,9962}


Curva descendente: { 𝑦 = 0,8653𝑥 +13,369 com 𝑅² = 0,9885}

Como método para avaliar, foi utilizado a Equação 1, juntamente com o método de Simpson
(Equação 2) para que seja possível o cálculo das áreas.

∆𝐴 = |𝐴𝑎𝑠𝑐𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 − 𝐴𝑑𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒| (Equação 1)


Onde: ∆𝐴 : área entre as curvas.
𝐴𝑎𝑠𝑐𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 : área embaixo da curva ascendente.
𝐴𝑑𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒: área embaixo da curva descendente.

n n

∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 ≈ ℎ/3 [𝑓(𝑥1) + 4∑ ❑𝑓( x 2 i) + 2∑ ❑𝑓( x 2 i+1 ) + 𝑓( x 2 n+1 ) ] (Equação 𝟐)


i=1 i=1

Onde o fator h é calculado pela fórmula:

𝑥 1+ 𝑥 2𝑛+1
ℎ= 2𝑛

Com n representando o número de subdivisões das áreas, para a prática escolhida foi
escolhido o parâmetro n = 10. Para que os cálculos pudessem ser realizados de forma mais
prática no Excel, onde foi possível aplicar o método de Simpson. Os valores correspondentes
às áreas das curvas ascendente e descendente, figuram na seguinte Tabela 2.

Curva ascendente 14340 (°𝐹)²

Curva descendente 14285 (°𝐹)²

Tabela 2. Valores das áreas medidas.

Logo foi calculado o erro porcentual, da seguinte maneira:

𝐸𝑟𝑟𝑜 % = ( 14340 − 14285/14340)x100


𝐸𝑟𝑟𝑜 % = 0,3835 %

Um erro considerado baixo, pode se dizer que apesar dos pontos fora da reta que
podem ter sido causados por alguma oscilação rápida na temperatura, ou uma discrepância
alta entre os aparelhos de medição, as medições continuam concisas.
5. CONCLUSÃO
Conclui-se que a histerese presente na temperatura, medido por meio de um
termômetro bimetálico e um termopar de tipo k com leitor portátil não difere, apresentando
um erro baixo,isso pela linearidade apresentado na figura 1 e 2, assim conclui-se que sua
histerese é baixa.
O que representa que mesmo crescendo ou decrescendo o histerese não é baixa, o que
conclui que o termômetro bimetálico é um instrumento muito bom para se medir uma
temperatura.

6. REFERÊNCIAS
ARRICHE L. Histereses em um bimetálico, 2019. Acesso em
<https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-da-integracao-latino-
americana/quimica-geral/histerese-em-um-bimetlico/6183178> . Visto em 31/05/2020.
MARQUES R. P. Temperatura parte-1, 2017. Acesso em
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4072176/mod_resource/content/1/03a%20-
%20Temperatura%20-%20V2017a.pdf> . Visto em 31/05/2022.
FIDÉLIS G. C. O que é histerese ?, setembro de 2006. Acesso em
<http://www.cect.com.br/histerese.pdf> . Visto em 31/05/2022.

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