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Grecia antiga: beleza era qualidade do corpo masculino mais especialmente do homem

rico, másculo e grego. Afinal, naquela sociedade, somente o homem tinha direito à
cidadania, isto é, à vida política. E isso fazia parte da atribuição do
belo.Naquela época, um homem grego de lábios carnudos e queixos protuberantes sabia
duas coisas: que sua beleza era uma dádiva (um presente dos deuses para dizer o
mínimo) e que seu exterior escondia um interior ainda mais perfeito. Para os
gregos, um corpo bonito era uma prova de uma mente brilhante. Homens também
participavam das competições, amarrando fitas nas partes do corpo que queriam
destacar, sobretudo um uma perna bem torneada ou um bíceps musculoso.

Ser um homem bonito era fundamental, mas ser uma mulher bonita, era sinal de
problema. A célebre Helena de Tróia, por exemplo, foi citada na Iliada, (livro 3),
de Homero como “uma deusa entre as mulheres”, possuidora de uma “beleza terrível”
que, para os aqueus era sinal de maldição. A beleza feminina leva os homens à
loucura e submete-os à mulher. Nas artes, o corpo feminino belo era representado
próximo ao padrão masculino, com poucas curvas, braços e pernas fortes, o rosto
sereno ou mesmo inexpressivo. Pouco se sabe como as mulheres gregas viam-se a si
mesmas e se as esculturas femininas lhes serviam de padrão de beleza a ser seguido.
Fechadas em casa, as mulheres gregas se ocupavam das rotinas domésticas e com
rituais diários de embelezamento. A parte da manhã era dedicada aos cuidados com o
cabelo e o corpo. Usavam loções, cosméticos e óleos perfumados. Ter a pele branca e
pálida era sinal de distinção social, da mulher recolhida em casa e distante do
trabalho sob o sol, como as escravas. Helena “de alvo braços” era como Homero se
referia à beleza da rainha espartana.Segundo ele, as mulheres eram perversas porque
eram belas e eram belas porque eram perversas. Ser um homem bonito era fundamental.
Ser uma mulher bonita, no entanto, era sinal de problema.

Atualmente: Na idade contemporânea, o padrão de beleza sofreu um processo de


globalização e massificação, graças à velocidade com que as informações passaram a
circular no mundo. Esse foi um processo bastante lento e que tem muito a ver com a
história também. Afinal, a medida que os países estabeleceram conexões e realizaram
trocas, entramos em contato com diferentes concepções do que é ou não bonito.
Infelizmente, esse processo que deveria tornar o conceito de beleza mais diverso
teve o efeito contrário. Assim, acompanhamos um fenômeno curioso, em que o ideal de
beleza em diferentes países está cada vez mais parecido.
O padrão de beleza é um conjunto de características que define uma pessoa. Na
sociedade, esse padrão define se a pessoa é bonita ou não, porém, precisamos
questionar quem define esse padrão de beleza? Por que essa definição é válida para
considerar uma pessoa feia ou bonita?
A tendência atual é ter um corpo extremamente esculpido, seco, sem excesso de
curvas, levemente malhado, porém considerado “lindo e saudável” segundo a maioria
das pessoas. Essas mensagens estão sendo divulgadas em todos os lugares como o
padrão de beleza ideal.

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