Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
UNIDADE I
O SOLO
1 – HISTÓRICO
O solo é considerado um componente essencial para a grande maioria das
forma de vida em nosso planeta. Existem algumas teorias que chegam inclusive a
postular a interferência da argila no surgimento da vida na terra. Com muita razão o
solo é imprescindível na vida do homem, pois é dele que se retiram alimentos, se
constróem abrigos, se locomovem os animais e o homem, finalmente é nele que a
maioria das formas de vida repousam quando morrem.
A evolução da vida do homem pode ser definida por duas fases bem
demarcadas: antes e depois da descoberta da importância do solo. Antes o
relacionamento do homem com o solo era quase unilateral, o homem extraía dele ou
dos animais que sobre ele viviam tudo que necessitava para sua sobrevivência. Dessa
forma, caçando ou apanhando frutos e raízes silvestres, o homem viveu intensamente
sua fase extrativista na face da terra.
2 – Conceito do Solo
O solo é considerado um sistema trifásico, por ser constituído por: uma fase
sólida (minerais e matéria orgânica), uma fase liquida (solução do solo) e outra fase
gasosa que representa a atmosfera do solo. As três fases do solo têm um papel
importante na produção das culturas. A proporção ideal, dessas três fases, que
proporcionam melhores produtividades, são representadas na Figura 1.2, onde pode-se
observar que aproximadamente 45% do volume do solos é composto pela chamada
porosidade do solo (água + ar) e 55% de sólidos.
ENERGIA
D ÁGUA
E
P
O E
S R
I O
Ç BIOCICLAGEM S
à Ã
O O
TRANSFORMAÇÕES
S
INTEMPERISMO
GEOQUÍMICO LIXIVIAÇÃO
Como pode-se observar esse equilíbrio por ser dinâmico pode ser modificado
pelas intervenções antrópicas podendo, na maioria das vezes, favorecer o sentido das
perdas. Existe uma linha de pesquisadores, na área de solos, que afirmam não existir,
ainda, com os sistemas de exploração do solo existentes, nenhuma forma de uso
econômico do solos que não seja degradante, sendo umas de maior intensidade e
outras de menor.
UNIDADE II
1 – Introdução
Acredita-se que a terra deve ter iniciado sua formação como uma poeira
cósmica, que se matinha em movimento por meio de correntes de convecção internas.
Próximo dos 3.000 0C, certas substâncias começaram a liquefazer-se e concentrar-se,
no centro da terra, sendo que, o início desse processo deve ter começado pelo ferro,
isso por ser ele dos elementos mais pesados, depois vieram o silício e óxidos
metálicos. Dessa forma deram origem ao núcleo e ao manto. Quando a temperatura da
terra diminui, também a irradiação de calor para o espaço foi reduzida, sendo que entre
1.500 e 800 0C, começou a solidificação da crosta. A partir desse momento geológico,
a atmosfera formou-se lentamente, sendo que, no início, estava composta de vapor
d’água, amoníaco e óxido de carbono. Dessa forma, a água dos atuais oceanos estava
concentrada, em parte, na atmosfara e, em parte, no interior das rochas.
Assim, tem-se a terra constituída exclusivamente de rochas ígneas ou
magmáticas, sendo que essas rochas foram e ainda são, nos nossos dias, formadas do
magma, ou seja, derivadas de rochas fundidas a temperaturas oscilando entre 1.500 e
800 0C que sobem à superfície atual desde o interior da crosta, derramando-se sob a
forma de lava (vulcanismo) ou mesmo solidificando-se entre as fraturas pelas quais
subiram (plutonismo).
Uma vez que a crosta se solidificou e a atmosfera continuava resfriando-se,
a seguinte mudança significativa ocorreu aos 374 0C, na crosta terrestre, ou seja à
temperatura crítica da água, quando o vapor d’água atmosférico se condensaria e se
precipitaria em forma de chuva, iniciando pelas regiões mais frias do globo. Acredita-se
que esse deve ter sido o primeiro momento que caiu água sobre a crosta. Essa água,
por sua vez, foi desgastando a crosta (erosão) e os sedimentos foram acumulando-se
nas primeiras depressões, formando assim os primeiros mares.
pela massa rochosa sobreposta. Com isso, eventuais poros podem conter liquídos que
quando comprimidos sofrem as primeiras mudanças. O conjunto desses processos,
resultado de uma compactação cada vez maior dos sedimentos, é denominado de
“diagênese”.
As rochas que sofreram diagênese, como também os sedimentos
inconsolidados podem sofrer, novamente, a ação do intemperismo quando expostos
decorrente dos processos de levantamento que atuam na crosta terrestre, constituindo
assim as elevações. Dessa forma, se fecha o primeiro ciclo exögeno, composto de:
Erosão, transporte e sedimentação.
2 - Conceito
3 - Divisão
4 – Magma
Si 46,42 91,83
O 27,59 0,83 SiO2 59,14
Al 8,08 0,79 Al2O3 13,34
Fe 5,08 0,58 Fe2O3 + FeO 6,88
Ca 3,61 1,50 CaO 5,08
Na 2,83 1,64 Na2O 3,84
K 2,58 2,19 K2O 3,13
Mg 2,09 0,58 MgO 3,49
Fonte: Besoain (1985)
5. ROCHAS MAGMÁTICAS
Critérios de Classificação
i - Grau de cristalização:
I - Totalmente cristalizada ou hocristalina;
II - Parcialmente cristalizada ou hipocristalina;
III - Não criatalizada ou vítrea;
(C) Estrutura
As estruturas são aspectos megascópicos que podem ser observadas em
amostras grandes ou no campo, não tem uma subdivisão sistemática e são mais
conspícuas nas rochas efusivas. As mais comuns sâo:
I - Vesicular e Amidalóide
II - Estrutura em blocos e brechas de fluxo;
III - Estruturas fluídas
IV - Estruturas de fraturação primária
Quartzo - cor clara, é silica livre cristalizada, por isso as rochas com quartzo tendem
a ser ricas em sílica, sendo por consegüinte ácidas;
Feldspatos - cor clara, contém pouca silica em sua composição. Assim as rochas
sem quartzo, mas com felsdspatos são geralmente intermediárias à basicas.
Minerais Ferromagnesianos (Anfibólios e os Piroxênios) - são de coloração
escura, contém pouca sílica, conseqüentemente, quanto maior a sua
proporção em relação aos fedspatos, mais a rocha tende a ser básica. As
rochas ultrabásicas contêm quase que só minerais ferromagnesianos.
Prof. José Frutuoso do Vale Júnior
15
6. ROCHAS SEDIMENTARES
Rocha Preexistente
(Ígnea, Sedimentar ou Metamórfica)
Desintegração Física
Fragmentos de todos os tamanhos (detritos)
Decomposição Química
Soluções de Ca, Mg, Na, k, SiO2, colóides, argilas e óxidos.
Transporte e Distribuição
(vento, gravidade, água, geleiras, organismos, rios, mares, etc.)
Rochas Sedimentares
Esses materiais são então transportados pelas chuvas, rios, ventos etc. que
finalmente os redepositam. Os depósitos formados são denominados de sedimentos
clásticos ou detríticos.
Durante o transporte, esses materiais são separados uns dos outros pelos agentes
de transporte em função do tamanho e da dureza das partículas, de sorte que os
sedimentos por fim formados são constituídos (mais ou menos separadamente) por
argila, areia ou cascalho.
Dessa forma, os dois tipos principais de sedimentos que resultam deste ciclo são
os sedimentos químicos e os sedimentos clásticos.
Uma terceira categoria de sedimentos pode ser adicionada às duas primeiras: os
sedimentos orgânicos, os quais em princípio, também são sedimentos químicos ou
Prof. José Frutuoso do Vale Júnior
17
Fenômenos de Litificação
7. ROCHAS METAMÓRFICAS
Tipos de Metamorfismos:
Exemplos:
8 – MINERAIS
8.1. Conceito
É um elemento ou composto químico resultante de processos
inorgânicos, de composição química definida, estrutura interna ordenada e encontrado
naturalmente na crosta terrestre.
8.1.2. Minerais Secundários - são formados por reações a baixas temperaturas e são
inerentes de rochas sedimentares ou formados em solos
intemperizados. Estes minerais sofreram alterações físicas e químicas
em suas estruturas. Ex.: argilas, óxidos de ferro, óxidos de alumínio,
etc..
Unidade Básica
0,000-0,155 Linear 2
Substituição Isomórfica (SI) : Si4+ Al3+ e do Al3+ Fe2+, Mg2+. Esta depende de:
a) Nesossilicatos (Neso=Ilha)
os tetraedros ocorrem isolados, sem nenhum contato direto uns com os outros;
as ligações tetraedro/tetraedro se fazem através de metais (Fe, Mg, etc)
fórmula básica característica do grupo é o (SiO4)4-
Granada
(R2+, R3+Si3O12) R2+ = Ca, Fe, Mg, Mn R3+= Fe, Al, Ti, Cr
uso em joelheria
aparece na fração areia dos solos devido a sua grande resistência ao
intemperismo.
Zirconita
(ZrSiO4)
uso em joelheria
Topázio
Olivina
(Mg,Fe)2 SiO4
mineral máfico ou ferromagnesiano típico
componente de rochas básicas e ultrabásicas importantes na formação do solo
apresenta fácil decomposição pelo intemperismo liberando elementos nutrientes
para o solo
Benitoíta
Berilo
Turmalina
NaMg3Al6(OH)4(BO)3Si6O18
importância agrícola - fonte de boro
Exemplos
Piroxênios:
Ex.: Augita - Ca(Mg, Fe)SiO6
ii) Inossilicatos de Cadeia Dupla
Anfibólios
. Hornblenda - [(Ca, Na)2 (Mg,Fe)4 (Al, Fe) (Si3AlO11)2(OH)2]
Importância Agrícola
Exemplos
Pirofilita - Al2(OH)2Si4O10
Talco - Mg3(OH)2Si4O10
Importância Agrícola
Micas:
Biotita - K(Mg,Fe)3(OH,F)2Si3AlO10
Quartzo - SiO2
Feldspato -
Albita-Oligoclásio-Andesina-Labradorita-Bitwnita-Anortita
>90% (NaSi3AlO8) <10%
<10% (CaSi2Al2O8) >90%
Fedspatóide - Leucita (KSi2AlO6) e Nefelina (NaSiAlO10)
Carbonatos
Importância
Sulfatos e Sulfetos
Importância
A forma estável do sulfato de cálcio no solo é o gesso. Este é mais solúvel que a
calcita, sendo mais móvel no perfíl e indicado para correção do pH do solo nos
horizontes mais profundos. O gesso além de corrigir o pH é fonte de enxofre para
as plantas.
Fosfatos
a) Apatita - Ca5(PO4)3(OH,F,Cl)
A apatita forma um grupo de minerais originados principalmente de rochas
ígneas, embora também ocorra em rochas metamórficas e sedimentares. As
variedades mais comuns são:
Fluorapatita - Ca5(PO4)3Fl
Cloroapatita - Ca5(PO4)3Cl
Hidróxiapatita - Ca5(PO4)3OH
Óxidos
a) Hematita - Fe2O3
b) Magnetita - Fe3O4
c) Goetita - FeOOH
. Minerais Silicatados:
Lâmina de Octaedro de Al
Lâmina de Tetraedro de Si
Tetraedro de Si
Octaedro de Al
Pontes de Hidrogênio
Tetraedro de Si
Octaedro de Al
Tetraedro de Si
Octaedro de Al
Tetraedro de Si
d (001) Forças de Van der Waals
Tetraedro de Si
Octaedro de Al
Tetraedro de Si
d (001) Forças de Atração Eletrostática
Ca Ca Ca Ca
OBS: Nos minerais 2:1 sem substituição isomórfica a ligação entre as unidades
estruturais é do tipo Forças de Van der Waals. Naqueles com substituição
isomórfica essas ligações são do tipo Forças de Atração Eletrostática, devido a
presença de cátions na entrecamada (K+ , Ca2+ , Mg2+).
Gênese:
Precipitações elevadas, altas temperatura, boa drenagem, intensa perda de
cátions de metais alcalinos e alcalinos terrosos ( desbasificação ) e moderada
Dessilificação sob condições de acidez elevada ( oxidação de sulfetos, CO2 +
H2O e ácidos orgânicos resultantes da decomposição da matéria orgânica ).
Transformação de inúmeros minerais: Mica, Feldspatos e Montmorilonita.
Herança: Ocorre em depósitos lacustres marinhos, fluviais como mineral herdado
( jazidas )
. Possibilidade de Adsorção de Fosfatos: Adsorção “NÃO ESPECÍFICA” ( Cl- e SO4- )
quando há protonação, adsorção “ESPECÍFICA” Perda de H2O e entrada de H2PO4-
ARGILOMINERAIS 1:1
-
0
OH
OH
Si
Si
O
OH + OH-
Al Al
H2O OH
OH
CAULINITA HALOISITA
Fórmula
Al2Si2O5(OH)4 . Al2Si2O5(OH)4. 2H2O
Distância interplanar
d(001) = 0,72 nm . d(001) = 1,00 nm
CTC
3 - 10 cmolc / kg . 5 - 15 cmolc / kg
Morfologia Externa
Laminar ( perfil) . Tubular
Pseudo hexagonal ( cima )
Esmectitas - Montmorilonita
7Principais Características:
. Estrutura 2:1
. Ligações: Unidade Cristalográfica
- Dentro: Lig.Iônica - O ( Tetraedro ) ----- Al ( Octaedro )
- Entre : sem ponte de hidrogenio
Expansível
Densidade de Carga Muito Alta
Superfície Específica = 600 - 800 m2/g
Praticamente com substituição Isomórfica
CTC = 80 - 120 cmolc/Kg ( Dependentes de pH ) - Bordas Quebradas
Argila de Alta Atividade
Alta Plasticidade e Pegajosidade
d( 001) = 0,96 a 1,80 nm
b) Grupo da vermiculita
Mineral 2:1 de expansão limitada Intemperização Micas
Estrutura :
H2O nas entrecamadas são de duas categorias:
H2O coordenada com cátions trocáveis
H2O sob a influência das lâminas de silício
Perda de H2O por desidratação ( aquecimento ) Inicia pela água
associada às lâminas de Si Mg ( ou Ca ) trocável tende à
coordenação com apenas 4 moléculas de H2O desidratação mais
acentuada perda total da H2O das entrecamadas d( 001)
1,43 nm 1,18 nm 0,92 nm ( Fig. )
VERMICULITA X TEMPERATURA
d ( 001 ) = 1,43 nm d (001 ) = 1,18 nm d (001 ) = 0,92 nm
2 H2O 4 H2O
Gênese da Vermiculita
Geralmente aceito: Produto de intemperização das micas
Etapas:
Mg2+ desloca os K+ das entrecamadas das micas, liberando K+
o qual é consequente lixiviação.
Oxidação do Fe2+
Orientação das OH ( afeta o poro ditrigonal )
Contraditório : Solos com vermiculita dioctaedral cujo material
de origem não tinha mica.
Neste Caso:
Vermiculita Produtos síntese de precipitação de gels.
Vermiculita Trioctaedral Flogopita ou Biotita
Vermiculita não se forma em T> 200 - 300 o C
T 200 - 300 o C Formação : Clorita > vermiculita
Poro ditrigonal entre as camadas tem 6 oxigênios ao redor sendo que 3 ficam mais
externos e 3 ficam mais internos. Assim o K+ passa a ser afetado por
3 oxigênios da lâmina de baixo e 3 da lâmina de cima, produzindo
maior fixação do potássio. Portanto amostra tratada com potássio ela
fica com d de 10 Ao(1,0 nm ).
Importância da Fixação : Fertilidade do Solo K não disponível ( Adubação
Potássica ).
.2 a 3% de Vermiculita pode gerar uma CTC maior do que devido a caulinita
c) Esmectita
. Solo Equilíbrio
Montmorilonita Nontronita
Beidelita
Dioctaedral Trioctaedral
. Pirofilita : Si8Al4 O20(OH)4 . Talco: Si8 (Mg, Fe)6O20(OH)4
. Muscovita : K2(Si6 Al2)( Al4) O20(OH)4 . Biotita: K2(Si6 Al2) (Mg, Fe)6O20(OH)4
Gênese :
H H
O
OH 2
H 2O
Al
OH 2
H 2O
O
H H
Dímero
Al
OH
Al Al Al Al
OH
Al Al
Al
Hexâmero Polímeros Hidroxi - Al
Hexâmeros Unem-se uns aos outros formando uma [(rede de Hexâmeros)]15+ que já
é um Polímero Insolúvel constituindo as Ilhas de Polímeros de Alumínio
.
HHHHHHHHH Al 3+
Polímeros de Hidroxi-Al
VHE
e) Cloritas
CLORITA
Lâmina 2 : 1
d(001) = 1,4 nm
Al(OH)3 - Gibbsita
ou Mg(OH)2 - Brucita
Minerais Interestratificados
10.1 - Introdução
10.2.1 - Gibbsita
OH OH
Al ou Al
OH2 H
OH
- Hexagonal ( ABAB...)
- Cúbico ( ABCABC... )
. Fe pode ser substituído por vários outros cátions metálicos principalmente Al
. Menor raio do Al3+ diminui o tamanho da cela unitária com o aumento do grau de
substituição isomórfica.
. Hematita
Estrutura: Oxigênios em empacotamento denso hexagonal ( ABAB)
Íons Fe3+ ocupando 2/3 das posições octaédricas
. Cada octaedro compartilha uma face c/ octaedro subjacente
Estrutura distorcida ( Repulsão dos íons Fe3+ )
Mineral típico de ambientes bem drenados
Alto poder pigmentante cor vermelha característica nos solos
. Goethita
Oxigênio e oxidrilas em empacotamento denso hexagonal (ABAB)
Íons Fe3+ ocupam 1/2 das posições octaedrais com oxigênio de um
lado e oxidrila do outro lado.
Ocatedros ocupados e vazios se alternam em camadas sucessivas
Goethita Óxido de ferro mais freqüente nos solos ocorrendo em
vários tipos de solos e condições climáticas.
Coloração amarelada e bruno-amarelada dos solos
Quando hematita e goethita coexistem num mesmo solo, os cristais de
goethita freqüentemente são menores e portanto este mineral
apresenta maior superfície específica do que a hematita, fato
importante na adsorção de fosfatos.
. Magnetita e Maghemita
. Apresentam alta susceptibilidade magnética - identificação de
Latossolos Roxos com ímã.
. Ocorrência:
Magnetita:
Mineral acessório em rochas ígneas básicas ( herdada)
Fração areia de Latossolos Roxos
Maghemita:
Solos de regiões tropicais e subtropicais
Fração argila de Latossolos Roxos
Gênese: Oxidação da Magnetita ( nos Latossolos )
Lepidocrocita
. Polimorfo da Goethita
. Estrutura:
- O e OH em empacotamento denso cúbico (ABCABC...)
- Íons Fe3+ ocupam 1/2 das posições octaédricas
- Filas duplas formam camadas sucessivas e os octedros partilham
lados ( e não vértices como na Goethita )
. É considerada meta-estável em relação à goethita. Ocorre em solos
hidromórficos e pode ser reconhecida pela coloração alaranjada ( 7,5 YR)
Ferridrita
. 5 Fe2O3 . 9 H2O
.Estrutura :
- empacotamento denso hexagonal (ABAB) de oxigênio, OH e H 2O
com o Fe3+ nas posições octaédricas.
- Semelhante à hematita, porém com moléculas de H2O
substituindo parte dos oxigênios e com alguma posição dos íons Fe 3+ vazios.
. A Ferridrita forma-se em ambiente com Fe2+ que é rapidamente oxidado
na presença de altas concentrações de M.O. ou silicatos.
a) Carga Superficial
Fe Fe O- H
O O + H2O O
Fe Fe O-H
- Adsorção Aniônica
H+ ....... Cl-
O
H+ ........ SO42-
Al
H+
O
H+ ....... NO3-
. Adsorção Específica
OBS - Gera modificações nas características da superfície dos óxidos pela adsorção
específica: alteração do PCZ e aumento da CTC pela adsorção do H2PO4-
- Representação Química
OH
+ 0
O Si--OH
OH2
Al + H3SiO4- Al
OH
OH2 OH2
H2O
+
-
OH OH2
Al + H+ Al
OH OH
-2
OH
+
OH2 O P OH
Al + H2PO4- Al
O
OH OH
H2O
OBS: Se o grupo OH for o ânion ele é primeiro protonado para depois participar da
adsorção aniônica ( vide reação acima ).
11.1 - INTRODUÇÃO
A técnica ou método da difração dos raios - X, também conhecida como
método röentgonográfico ( KIEHL, 1979 ), destina-se à identificação dos minerais de
argila e determinação da composição mineralógica. Esta técnica tem a vantagem de
ser não destrutiva, rápida, precisa e versátil uma vez que permite vários tipos de
preparação e tratamentos da amostra. Como desvantagem podemos citar o fato da
mesma não se aplicar na determinação de minerais não cristalinos ou de cristalinidade
incipiente ( materiais cristalinos com ordenamento menor, as vezes não detectáveis
pelos raios X ).
Cada mineral tem sua estrutura própria e o diagrama de raios X
respectivo mostra o modelo de difração da radiação X nos planos estruturais.
Os raios-X são ondas eletromagnéticas com entre 0,01 - 100 Ao e
como tal podem ser refletidos, refratados, difratados e polarizados , comportando-se
como partícula-onda.
Antes do uso da análise por difração de raios-X , algumas amostras de
solo requerem tratamentos preliminares que permitem melhorar a resolução dos
difractogramas. Entre os principais procedimentos destacam-se: a eliminação da
matéria orgânica com H2 O2 ou com NaClO, remoção dos óxidos de ferro com citrato-
ditionito e a remoção de carbonatos com ácido acético glacial.
Na análise de difração de raios-X ( DRX ) utiliza-se correntemente a
radiação Cu-K monocromatizada por filtro de Ni. Os raios-X são produzidos pela
interação de elétrons sobre a matéria ou por ação de fótons de raios-X sobre a matéria
( absorção fotoelétrica). O processo de produção de raios-X mediante a ação de
elétrons acelerados definem o espectro de raios-X, formado pela chamada radiação
característica e radiação contínua.
A Radiação Contínua: provém da desaceleração dos elétrons pelo
campo magnético do núcleo, enquanto que a Radiação característica: provém da
redistribuição dos elétrons dos orbitais do elemento usado como anticátodo podendo
ser classificada como K e k.
ddp
e- Acelerado Colisão e-
K K L
Colimação ( espelho )
Difractograma
Raios X ( K )
Amostra
Coletor
Rdiação K
K L M
e -1 e -2 e -3
Radiação K
e-1Expulso
i r
. BC+CD = n 2 BC = n
Raio X Útil
O1 = O2
O1 O2
A
o o o o o 1O PLANO
B D 2 O PLANO
C
Amostra
Onde:
= Comprimento de onda
= Ângulo incidente
n = No de ordem do pico ( inteiro ) = ordem de reflexão e
corresponde ao número de comprimentos de onda entre
raios difundidos por planos atômicos
d = Distância interplanar
Quando o raio incide sobre uma superfície para ele entrar em fase e sair
também em fase requer que n será sempre um número inteiro ( n =1, 2, 3, 4, 5 ).
Cu-K = 0,1541nm
Ângulo de Difração
( 2 O )
K - 25
V = Vermiculita
Glicol E = Esmectita
VHE = Vermiculita com Hidroxi Entrecamadas
1,4 EHE = Esmectita com Hidroxi Entrecamadas
C = Clorita
1,4 - 1,6
VHE , EHE C
k - 550
Tratamentos
Mineral Mg Glicerol K-Ta k-550o C
-------------------------------------- d ( 001 ) - nm-------------------------------
-------
Caulinita 0,72 0,72 0,72 1Desaparece
UNIDADE III
GÊNESE DO SOLO
3.1.1 – INTRODUÇÃO.
Essa equação diz que o solos (s) é função do material de origem (MO), do
clima (Cli), do organismos (Org), do relevo (R) e do tempo (T). Assim pode-se observar
Prof. José Frutuoso do Vale Júnior
65
que o solo é o produto da ação conjugada do clima e dos organismos (fatores ativos)
sobre o material de origem (substrato), sob um determinado relevo tendo transcorrido
um tempo (fatores passivos). Na figura 3.1, mostrada a seguir, apresenta-se um
esquema da ação dos fatores de formação do solo e a figura 3.2 mostra a variabilidade
de solos na paisagem influenciada pelo fatores de formação.
CLIMA
+
ORGANISMOS
RELEVO
MATERIAL
DE
ORIGEM
SOLO
TEMPO
Gleissolos; Neossolos
Quartzarênicos Hidromórficos
MATERIAL DE ORIGEM
A geologia, por ser a primeira ciência a estudar os solos, fez com que nas
primeiras classificações os nomes dos solos fossem ligados diretamente aos nomes
das rochas que se acreditavam ser o material original do solo. Assim, durante um longo
período acreditou-se que as rochas eram sempre o material de origem dos solos.
Contudo, a partir dessa primeira concepção de material de origem os estudos
evoluíram e Jenny, em 1941, definiu o material de origem dos solos como:
Essa definição amplia o conceito de material de origem e deixa claro que ele
não fica restrito apenas às rochas mas também se estende às massas alteradas de
rochas ou até mesmo a um outro solo. Não restam dúvidas que, em última análise,
uma rocha alterada ou um solo são provenientes originalmente de rochas, mas o que
se demonstrará é que as suas atuações como substrato para a formação do solo irão
variar de maneira perceptível e consistente conforme cada uma dessas situações.
Manto de rochas alteradas “in situs”: este tipo de material de origem é muito
comum nas regiões tropicais úmidas, em presença de relevo plano e com
formações vegetais protetoras. Esses fatores possibilitaram, em tempos
pretéritos, a formação de espessas camadas de alteração, principalmente, em
rochas menos resistentes. Os solos que se formam nessa situação, em geral,
não tem um relacionamento direto com a rocha originalmente presente no local
mas sim com o manto de material pré-intemperizado.
2. Rochas Sedimentares:
3. Sedimentos Intemperizados:
TRANSFORMAÇÕES FÍSICAS
TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS
CLIMA
O clima pode agir direta ou indiretamente na gênese dos solos. De forma direta
afetando todas as reações desde o começo até o final do intemperismo e de forma
indireta determinando a flora a fauna e todas as interações dos organismos e da
matéria orgânica.
Temperatura
Precipitação
A água das chuvas que chega ao solo (precipitação) é importante sob três
aspectos:
A acidez gerada nessa reação faz com que a água da chuva apresente
naturalmente um pH próximo de 5,7. Outra reação comum nas regiões altamente
industrializadas e que já se tornou um problema de ordem mundial mais conhecido
como chuva ácida pode ser simplificada como:
ORGANISMOS
Horizonte O
Horizonte A
Horizonte A Horizonte E
Horizonte AB Horizonte B
Horizonte B
Horizonte C
Horizonte C
Atuação da Flora
A atuação da flora que cresce sobre o solos pode atuar do modo direto e
indireto. A atuação direta da vegetação sobre a formação do solo se dá através da
penetração das raízes a da absorção/excreção de substâncias no solo. Essa atuação é
então, mecânica produzindo uma quebra das rochas e química pela aceleração do
intemperismo. A absorção de elementos químicos é importante na biociclagem e na
retirada de produtos de reações, desviando o equilíbrio de algumas reações no sentido
de destruição de minerais primários.
Ainda é importante o fenômeno de captura de energia e substâncias pela
fotossintese. O reverso desse processo é a decomposição dos resíduos das plantas
após sua morte, que são responsáveis pela humificação e mineralização, que acabam
interferindo na biociclagem, na capacidade de troca catiônica e formação de partículas
húmicas e complexos argilo-húmicos.
A atuação indireta da vegetação se faz sentir, principalmente, na proteção
do solo. A cobertura vegetal influência no controle dos ventos, no controle da
intensidade e amplitude da temperatura e, no controle da erosão.
Atuação da Fauna
RELEVO
TEMPO
Imaturos: são solos que tem seu desenvolvimento limitado por fatores como
excesso de água, de sais ou de carbonatos. Como exemplo tem-se: Solos
Hidromórficos Solos Salinos e Alcalinos, etc.
a) Adição
As adições são ganhos de materiais diversos pelo solo. Elas podem ser orgânicas
ou mineral e podem vir pela chuva, pelo ar, pela vegetação e podem ainda ser de
natureza sólida, líquida ou gasosa.
b) Remoção.
c) Translocação.
d) Transformação.
Assim a ação conjunta dos fatores e processos faz com que exista a
possibilidade de se formar solos sob diferentes modelos, dando como produto final um
solo que reúne em si as características e propriedades de uma determinada classe. Em
resumo, a noção de tipos de formação dos solos procura relacionar as principais
tendências de atuação dos fatores e processos pedogenéticos nas condições
brasileiras.
a) Latolização
b) Podzolização
Nas regiões climáticas mais quentes e sobre material de origem mais argiloso,
normalmente há a migração mecânica de material argiloso dos horizontes A para os
horizontes B, formando horizontes B com um relativo enriquecimento de argila. Nessas
condições se diz que existe eluviação de argila do horizonte A para o B. A argila de
eluviação tende a depositar-se na superfície dos agregados no horizonte B iluvial
formando uma película lustrosa de argila no seu contorno denominada de cerosidade.
Essa migração de argila pode também provocar o surgimento de um gradiente textrural
do horizonte A para o B, pelo que nessas condições o horizonte B se chama de B
textural (Bt).
solos a remoção não é tão intensa quanto nos Latossolos, mas é suficiente para que a
fração argila dominante seja a caulinita e exista o enriquecimento residual por óxidos
de ferro e alumínio. Podem ocorrer em relevos planos, porém, em geral aparecem em
relevos um pouco mais movimentados, associados aos Latossolos dos relevos mais
planos. Por interferência do material de origem ou do relevo algumas vezes podem ser
solos muito ricos em elementos nutritivos para as plantas.
Outras formas que existem de se formarem os horizontes B texturais (B t), são por
meio da perda seletiva de argila dos horizontes superiores por erosão e por meio da
destruição na parte superior do perfil pela atuação intensa do intemperismo.
c) Halomorfismo
d) Hidromorfismo
A ausência das formas oxidadas de ferro fazem com que desapareça a presença
de suas formas oxidadas e o solo passa a ter uma cor cinzenta característica de locais
alagados.
Orgânico;
Glei Húmico;
Glei pouco Húmico;
Planossolo;
Laterita Hidromorfica; etc.
UNIDADE IV
4.1 - INTRODUÇÃO
Horizonte Ap
Horizonte E
Horizonte Bt1
Horizonte Bt2
AB
BA
Bt1
Bt2
sondagens com trado, sabendo-se que esse recurso não permita uma visão completa
do perfil.
Ap
C1
C2
C3
Cn
i – incipiente desenvolvimento
n – acumulação de sódio(b)
t – acumulação de argila
w – intensa intemperização
3.3.1 – Textura
3.3.2 – Estrutura
expresso pela nitidez da configuração dos agregados como pela sua estabilidade e
suporte ao manuseio. Quanto ao grau de estruturação existem cinco graus de
estruturação os agregados do solo:
Forte: esta é uma condição que reflete uma elevada coesão entre intra-
agregados e uma pequena adesão entre eles. Ao serem manuseadas as
estruturas exibem formas muito bem definidas e individualizadas.
3.3.3 – Cor
Figura 4.5 – Soil Color Charts com matizes representativas dos solos da Amazônia
3.3.4 – Consistência
Seco: pode ser: solta (grãos desunidos); macia (torrões que se quebram sobre
leve pressão com os dedos); ligeiramente dura (pouco resistente à pressão
dos dedos); dura (moderadamente resistente à pressão entre dedos); muito
dura (resistem à pressão entre os dedos polegar e indicador) e extremamente
dura (torrões resistentes à compreensão com as mãos).
Úmido: pode ser: solta (estrutura em grãos simples); muito friável (torrões que
mal suportam o manuseio); friável (torrões que facilmente se desboroam com
pouca pressão); firme (torrões que suportam manuseio); muito firme (é
necessário muita pressão para esboroar os torrões); extremadamente firmes
(torrões só se desfazem sob muita pressão, resistindo ao esmagamento entre
os dedos).
3.3.5 – Cerosidade
Gradual: distância limítrofe entre horizontes com espessura entre 7,5 e 12,5
cm.
Ondulada: limite não muito sinuoso, com desnivelamentos mais largos que
profundos.
Material orgânico
Material mineral
CTC
T = x 100
% Argila
Usado para separar solos com argila de atividade alta (Ta) e argila de
atividade baixa (Tb):
Obs: não se aplica a solos das classes texturais areia e areia franca.
b) EUTROFIA E DISTROFIA
SB = Ca + Mg + K + Na
SB
% V = x 100 CTC = SB + Al + H
CTC
c) CARÁTER ALUMÍNICO
Al3+
% Sat. Al3+ = x 100
SB + Al3+
f) SALINIDADE
Este atributo se refere á presença de sais, mais solúveis do que o gesso (CaSO4)
em água fria, em quantidades suficientemente elevadas para prejudicar o
desenvolvimento de plantas tidas como pouco toleráveis à salinidade (não halófitas). O
solo é descrito como salino quando a condutividade elétrica maior do que 4
mmhos.cm-1 a 25 ºC (dS/m) e menor que 7, no estrato do solo (solo + água). Os
valores superiores a 15 mmhos.cm-1 são praticamente impróprias para o crescimento
de culturas vegetais não tolerantes a taxas de sais solúveis. Quando maior de 7 o
solo é considerado sálico.
g) PLINTITA E PETROPLINTITA
h) CARÁTER PETROPLÍNTICO
SiO2
Kr = Solos cauliníticos: Kr > 0,75
Al2O3 + Fe2O3
Solos Oxídicos: Kr < 0,75
Ki = (SiO2/PM)/(Al2O3/PM)
m) Contato lítico
n) Cárater ebãnico
o) CARÁTER ÁCRICO
p) CARÁTER EPIÁQUICO
q) CARÁTER CRÔMICO
r) CARÁTER PLÁCICO
diagnóstico da classe de solos dos Latossolos. A Figura 4.6 mostra a forma típica
do talude de barrancos onde o perfil possui horizonte B latossólico.
Nos solos com mais de 40% de argila no horizonte A, relação maior que 1,5;
Nos solos com 15 a 40% de argila no horizonte A, relação maior que 1,7;
Nos solos com menos de 15% de argila no horizonte A, relação maior que 1,8.
onde:
UNIDADE V
(EMBRAPA, 1999)
1 - Considerações Gerais
EXEMPLO:
4 – BASES E CRITÉRIOS
ESPOSSOLOS: B espódico
PLANOSSOLO: B plânico
ALISSOLOS
ARGISSOLOS
CAMBISSOLOS
dos casos não satisfaçam os requisitos estabelecidos para serem enquadrados nas
classes Vertissolos, Chernossolos, Plintossolos e Gleissolos.
CHERNOSSOLOS
ESPODOSSOLOS
GLEISSOLOS
Abrangência: solos que foram classificados como Glei Pouco Húmico, Glei
Húmico, parte do Hidromórfico Cinzento, Glei Tiomórfico e Solonchak.
LATOSSOLOS
LUVISSOLOS
NEOSSOLOS
NITOSSOLOS
ORGANOSSOLOS
PLANOSSOLOS
Quando existir o horizonte plíntico, não deve estar acima e nem coincide
com o horizonte B plânico; se existir horizonte glei, coincide com o horizonte B plânico
ou ocorre abaixo do mesmo.
PLINTOSSOLOS
VERTISSOLOS
6 – CORRESPONDËNCIA NA 3ª APROXIMAÇÃO
VERTISSOLO Vertissolos
CAMBISSOLO Cambissolos
LATOSSOLO Latossolos
ESPODOSSOLO Podzóis
PLANOSSOLO Planossolos
PLINTOSSOLO Plitossolos
NEOSSOLOS
VERTISSOLOS
ESPODOSSOLOS
ALISSOLOS
PLANOSSOLOS
GLEISSOLOS
Prof. José Frutuoso do Vale Júnior
131
NITOSSOLOS
LATOSSOLOS
CHERNOSSOLOS
CAMBISSOLOS
40cm, ou
PLINTOSSOLOS
LUVISSOLOS
ARGISSOLOS
1a Etapa:
.. Classificação do Solo
- Com base no tipo de horizonte diagnóstico subsuperficial identificado,
compara-se com as descrições das classes apresentadas (1º nível categórico) nos
itens 5, 6 e 7, o qual contém as características inerentes a cada classe de solo / tipo
de horizonte subsuperficial.
- Procede-se a análise comparativa entre as características observadas
no perfil e aquelas listadas para cada classe, definindo assim o tipo de solo.
4a Etapa
5a Etapa
1 - Considerações Gerais
. OBS. Quando a classe de temperatura do solo tiver o prefixo ISO significa que
tV - tI < 5 oC a uma profundidade de 50 cm ou até contato lítico ou paralítico.
- UDIC
. Este regime é comum para solos de clima úmido com
precipitaçãopluviométrica bem distribuída ou com suficiente chuva no verão para
armazenar umidade de tal modo que a referida umidade mais as chuvas, sejam
aproximadamente iguais ou estas excedam a evapotranspiração.
Prof. José Frutuoso do Vale Júnior
138
- USTIC
. É um regime hídrico intermediário entre o ARIDIC e o UDIC e constitui
um regime que se encontra presente quando as condições são adequadas ao
crescimento das plantas, não sendo aplicado aos solos com regime de temperatura
PERGELIC e CRYIC.
- XERIC
. Este regime de umidade é caracterizado por climas mediterrânicos onde
ocorrem inverno úmido e fresco e verão seco e calorento.
1a Etapa:
3a Etapa
.. Classificação do Solo
- Seleção da(s) possível(is) Ordem (ns) baseada(s) no tipo de epipedon e
horizonte diagnóstico subsuperficial ( Quadro VI ).
- Procede-se a análise comparativa entre as características observadas
no perfil e as das Ordens selecionadas como possíveis e, com auxílio da Chave
Simplificada ( Página 43 ), determina-se qual das Ordens atende com maior precisão
as características do perfil em análise.
. Espessura
10 cm Se contato lítico ( A / R )
Mínima de 18 cm ou 1/3 do Solum ( A + B 75 cm )
25 cm Solum > 75 cm
. Estrutura e Consistência
Suficientemente estruturado
Não pode ser simultaneamente maciço e duro ou muito duro
quando seco.
. Cor
Úmida Valor e Croma 3,5
Seca Valor 5,5
. Saturação de Bases
V 50%
. Carbono Orgânico
C.O. 0,6% ou M.O. > 1,0 %
. P2O5 Solúvel
< 250 mg/ dm3
. Equivale aproximadamente ao A Chernozêmico.
. Horizonte estreito
. Estrutura pouco desenvolvida ( tendendo à maciça ) ou sem estrutura
. Cores claras: Croma elevados 3,5 e Valores > 5,5
. Teor de matéria orgânica e/ou outras características insuficientes para
preencher os requisitos para outro epipedon.
. C.O. 0,6%
. Equivale aproximadamente aos horizontes A Fraco e A Moderado.
HISTIC ( Hístico )
PLAGGEN ( Plágico )
OXIC ( Óxico )
ARGILLIC ( Argílico )
SPODIC ( Espódico )
. Acumulação de matéria orgânica e/ou óxidos de ferro e alumínio
. Teor de Argila 15% ( arenosa ), com grãos de areia cimentados
por alguma combinação de matéria orgânica com ferro e/ou
alumínio.
. Corresponde aos horizontes Bh e Bhir.
NATRIC ( Nátrico )
. Tem características de Argillic, com adição de:
- Estrutura prismática ou colunar
- Sat Na > 15% em algum subhorizonte
AGRIC ( Ágrico )
. Horizonte iluvial de silte, argila e húmus, formado sob cultivo ( lavração )
. Presença de lamelas de argila e húmus, escuras e ocupando no
mínimo 15% do volume do horizonte.
ALBIC ( Álbico )
. Cores claras resultantes da remoção de argila e de óxidos de ferro
livres;
. Apresenta cores com valor 4 ( úmido ) e/ou 5 ( seco );
. Quando o valor 7 seco e 6 ( úmido ), o croma deverá ser 3;
. Corresponde ao horizonte A2 ( E )
SULFURIC ( Sulfúrico )
. Composto de material mineral ou orgânico que tenha simultaneamente
pH < 3,5 ( água 1 : 1 ) e mosqueado com matiz 2,5Y, ou mais
amarelo e croma 6.
SALIC ( Salino )
. Espessura 15 cm
. Enriquecido com sais mais solúveis em água fria do que o CaSO4
. Contém 2% sais solúveis e o produto de sua...
Espessura ( cm ) x % Sal por Peso 60
CALCIC ( Cálcico )
. Horizonte de acumulação de carbonato de cálcio ou de carbonato
de magnésio, normalmente no horizonte C;
. Espessura 15 cm, CaCO3 15 % e um mínimo de 5% de CaCO3
a mais que o horizonte C.
PETROCALCIC ( Petrocálcico )
. Horizonte Cálcico endurecido e cimentado com CaCO3 ;
. Em geral tem espessura > 10 cm;
. Dureza ( Escala Mohs ) 3
GYPSIC ( Gípsico )
PETROGYPSIC ( Petrogípsico )
---------------------------------------------------------
* Surraipa = Crostas Ferruginosas
SOMBRIC
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BESSOAIN, E. Mineralogia das arcillas de suelos. San José, Costa Rica: IICA, 1985.
1216p.
DIXON, J.B., WEED, S.B. Minerals in soils enviroments. Second edition. Soil Sci.
Soc. Of Am, Madison, Wisconsin, USA.1989. 1244p.
LEINZ, V., AMARAL, S.E. Geologia Geral. Companhia Editora Nacional. São Paulo.
1969.487p.
LEMOS, R.C. de & SANTOS, R.D. dos. Manual de descrição e coleta de solo no
campo. 2ª ed. Campinas. SBCS/SNLCS, 45p., 1984.
RESENDE, M. ; CURI, N.; REZENDE, S.B.de; CORRÊA, G.F. Pedologia : base para
distinção de ambientes. NEPUT. Viçosa, 1995. 336p.
SERRÃO, E. A; FALESI, I.C.; VEIGA, J.B. & NETO, J.F. Produtividade de pastagens
cultivadas em solos de baixa fertilidade das áreas de floresta da Amazônia
brasileira. In: P.A. SANCHEZ; L.E. TERGAS & E.A. SERRÃO (eds). Produção de
pastagens em solos ácidos dos trópicos. Editerra Editorial, p. 219-252, 1982.
ÍNDICE
Página
Unidade I
O solo
1
1.1 – Histórico ----------------------------------------------------------------------------------
1.2 – Conceito de Solo ------------------------------------------------------------------------ 3
UNIDADE II
UNIDADE III
Gênese do solo
64
2.1. Fatores de Formação do Solo ------------------------------------------------------
2.1.1. Introdução ----------------------------------------------------------------------------- 64
2.2. Processos pedogenéticos 80
2.3. Tipos de Formação de solos ----------------------------------------------------------
84
UNIDADE III
UNIDADE IV