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Apresentação

Este material educacional tem o objetivo de apresentar um Curso de Astronomia abordando especificamente o
Sistema Sol-Terra-Lua. O título do curso Teatro Cósmico: Modelando o Sistema Sol-Terra-Lua nos leva à ideia de
um teatro onde os três principais personagens são o Sol, a Terra e a Lua.

Para a realização deste Curso de Astronomia serão propostas atividades na tentativa de levá-lo ao entendimento
deste sistema astronômico e, mais especificamente, ao entendimento e compreensão das fases lunares e dos
eclipses solar e lunar.

Espero que você aproveite a oportunidade de estudar o Sistema Sol-Terra-Lua de uma maneira que considero
adequada. Parto da crença de que, ao estudarmos fenômenos da natureza, poderemos nos tornar capazes de
melhor compreender e explicar o mundo ao nosso redor através do olhar da ciência. Dessa forma, baseado nos
princípios da ciência, podemos entender no nosso Sistema Solar os fenômenos a ele associados.

Assim sendo, solicito a cada um de vocês que participem de nosso Teatro Cósmico: Modelando o Sistema Sol-
Terra-Lua desenvolvendo cada uma das atividades propostas e as entregando nas datas fixadas. Dessa forma,
vocês serão os diretores do Teatro Cósmico que cada um de vocês organizarem. A participação ativa de cada um
de vocês os levará à plena compreensão do nosso Sistema Sol-Terra-Lua, seus fenômenos e consequente
compreensão desta pequena parte do Universo onde vivemos.

Após terminarem esse Curso de Astronomia com participação ativa, vocês serão capazes de compartilhar este
conhecimento com amigos e familiares fazendo parte de uma comunidade de pessoas que se interessam e
consideram fascinante este campo de estudo.

É necessário ressaltar a importância da participação ativa de cada um de vocês com a entrega de todas as
atividades propostas nos prazos. Para que o professor possa analisar o desenvolvimento de cada um de vocês
durante a realização das atividades propostas. Com o retorno será possível planejar possíveis intervenções de
modo a esclarecer as dúvidas que porventura tenham durante a sequência de ensino.
SUMÁRIO

Sumário
Parte 1 - MODELOS ASTRONÔMICOS PARA O ESTUDO DO SISTEMA SOL-TERRA-LUA – Apresentação dos Conceitos
Trabalhados na Proposta de Ensino – EXERCICÍO DE APLICAÇÃO 1 4
EXERCÍCIO 01 8
EXERCÍCIO 02 8
EXERCÍCIO 03 9
Parte 2 - CONSTRUINDO UM QUADRANTE 10
MATERIAL: 10
PROCEDIMENTO: 10
Parte 3 -MODELO CONCEITUAL DO HORIZONTE PARA A OBSERVAÇÃO DO CICLO LUNAR 12
Parte 4 - OBSERVAÇÃO DO CICLO LUNAR E ESBOÇO DIÁRIO DA LUA 14
EXPLICANDO O ESBOÇO LUNAR 17
COLETA DE DADOS OBSERVACIONAIS 17
QUESTÕES ABERTAS PARA SEREM RESPONDIDAS 17
Parte 5 - BOLA ILUMINADA SIMULANDO AS FASES LUNARES 18
MATERIAL: 18
PROCEDIMENTO: 18
Parte 6 - CÁLCULO DO ÂNGULO DE ELONGAÇÃO LUNAR A PARTIR DA MEDIDA DA ALTURA UTILIZANDO O QUADRANTE EM
RELAÇÃO AO NASCER E OCASO SOLAR NO MODELO CONCEITUAL DO HORIZONTE 19
PROCEDIMENTO 19
Parte 7 - CONSTRUINDO O CALENDÁRIO LUNAR 20
PROCEDIMENTO 20
MATERIAL DE ESTUDO PRÉVIO 20
MÓDULO 01: 20
MÓDULO 02: 20
MÓDULO 03: 20
MÓDULO 04: 21
MODELOS ASTRONÔMICOS PARA O ESTUDO DO SISTEMA SOL-TERRA-LUA
Para a estruturação da proposta, foi realizado um levantamento de questões da Olimpíada Brasileira de Astronomia –
OBA, no qual foram identificadas representações utilizadas para facilitar o estudo da esfera celeste, indicados na Figura
1. Dentre as representações, numerados de 1 a 5 na Figura 1, podemos mencionar: o horizonte (1), do globo terrestre
(2), simplificações da esfera celeste quando associada ao horizonte do lugar (3), do movimento aparente do Sol e das
estrelas (4) e por fim recortes da carta celeste (5).

Figura 1. Exemplos de modelos e representações encontrados nas questões avaliativas da OBA


ao se abordar a esfera celeste.

A proposta teve como objetivo geral propiciar a compreensão da dinâmica espacial do sistema Sol-Terra-Lua para
estudantes do Ensino Fundamental II. Para atingir esse objetivo foram realizadas algumas atividades, uma delas
foi o registro da observação diária do ciclo lunar, relacionando a representação das fases lunares, dia após dia,
com a posição relativa do Sol e da Lua no céu, utilizando para isso o Modelo Conceitual do Horizonte para
observação do ciclo lunar, como vai ser apresentado ao longo deste material educacional.
Conceitos apresentados na proposta e que são essenciais para que se possa interpretar a produção dos
estudantes.
AS FASES LUNARES

Existem duas interpretações para as fases lunares mais utilizadas, uma é que cada instante temos uma certa
fase lunar, que se caracteriza por um percentual da face visível iluminada, e nesta perspectiva temos infinitas
fases lunares. Outra forma interpretativa é definir, portanto, que existem quatro momentos especiais de
iluminação lunar e são apresentados abaixo:

Figura 2. Na representação conceitual do horizonte da esquerda temos o Sol nascendo


no horizonte leste e no da direita temos o Sol se pondo no horizonte oeste, a menina no centro da representação dirige seu
olhar para o ponto cardeal norte.

Na figura acima temos os quatro momentos especiais lunares, de acordo com a elongação, quando ela é
máxima (próximo aos 180o) temos o momento especial de Lua Cheia (3), quando ela é mínima (próximo aos
0o) temos o momento especial de Lua Nova (1). Quando o Sol está nascendo e a Lua está no meio do céu com
uma elongação próxima de 90 graus e sua face visível metade iluminada temos o momento especial do Quarto
Minguante (4) e quando o Sol está se pondo e vemos a Lua com o ângulo de elongação próximo aos 90 graus
e no meio do céu temos o momento especial de Lua Quarto Crescente (2), definições para observadores do
hemisfério sul, cujo a ordenação das fases segui um movimento orbital no sentido horário.

Levar o aluno a ser capaz de reconhecer e compreender a dinâmica das fases lunares, por meio de uma
proposta de ensino, é um desafio pois constata-se que vários estudantes apresentam ideias preconcebidas
que os impedem de explicar as fases lunares de maneira correta. Concordam com esta afirmação diversos
autores, conforme indicado, por exemplo, no artigo de Langhi (2011) que faz uma revisão bibliográfica acerca
de concepções alternativas em Astronomia.

CONCEITOS TRABALHADOS COM OS ESTUDANTES

Primeiro conceito a ser trabalhado com o aluno é o entendimento de que as fases lunares são o resultado da
iluminação solar, isso parece óbvio, mas, no entanto, uma parcela significativa dos estudantes acredita que
outros fatores estejam por trás das fases lunares. Este conceito se materializa com o estudo da face iluminada,
que é a primeira categoria que apresentamos.
Essa categoria deve ser trabalhada levando-se em consideração alguns elementos que podem ajudar nessa
construção, um deles será discutir o fenômeno do dia e da noite, que vivenciamos tão intensamente por aqui
na Terra, conceituando que o lado não iluminado está de noite e o lado iluminado está de dia, o que parece
evidente, mas requer um exercício de descentração, isto é, visualizar um fenômeno sob outras perspectivas
como por exemplo observá-lo nas fases lunares, integrando-as em prol de uma causalidade abstraída do
espaço e do tempo simultâneo numa operação que se relacione com a imaginação e um esquema de ação,
um conceito piagetiano.
Aspecto relevante, é avaliar a linha divisória do dia e da noite, o terminador, o seu movimento de oeste para
leste na superfície visível, ora com o lado oriental, depois do terminador, todo escuro ou o lado ocidental,
antes do terminador, todo escuro, avançando sobre as crateras e demais acidentes lunares à medida que os
dias passam. E ainda o seu formato, que deriva do fato de a Lua se tratar de uma esfera iluminada e assim ser
necessária a tomada de consciência de que as fases lunares, são o efeito prático das sombras observadas terem
origem na própria lua e não por que outro corpo as provoque, pois o aparato sensorial não é capaz de resolver
a profundidade e assim superar a visão lunar na forma de disco e que portanto a Lua apresenta uma
espacialidade distinta dessa, o que requer um entendimento do espaço euclidiano, o que ainda não está bem
assimilado por parte de alguns estudantes que participaram do estudo.
Para compreender que é sempre a mesma Lua que está no céu, como um objeto permanente é necessário
observar e caracterizar os acidentes lunares que são identificáveis a olho desarmado da esquerda para a direita
na face visível, como o Mare Crisium, Mare Serenitatis, Mare Tranquillitatis, Mare Fecunditatis, Mare Imbrium
e o Oceanus Procellarum, são referenciais da maneira como vemos a face visível lunar sendo iluminada pelo
Sol sob diversos ângulos.
Figura 3. Identificação dos acidentes lunares visíveis a partir do hemisfério sul.

Outro conceito que se considera importante é a maneira como os movimentos orbitais da Lua interferem no
aspecto como vemos as fases lunares, tanto em seu movimento aparente, quanto em sua duração.
Para tanto, é necessário compreender que, da mesma forma que a Terra, a Lua gira ao redor de si mesma. No
caso da Lua, isso acontece de modo síncrono, ou seja, seu período de rotação é o mesmo que o de translação.
Então o dia lunar tem, em termos práticos, a mesma duração da translação lunar ao redor da Terra, que é de
27,3 dias, o que é chamado de período sideral, medido em relação as estrelas. Enquanto o período necessário
para que se repita o momento especial de Lua Nova é de 29,5 dias, que é período sinódico, isso se deve ao
fato que neste período da translação lunar, o planeta Terra também se deslocou no espaço, em sua translação
ao redor do Sol, o que demandará um tempo em que a Lua volte a estar aproximadamente alinhada com a
Terra e o Sol.
Outro movimento observável na face visível da Lua é a libração, que resulta, por exemplo, na maneira como
vemos o Mare Crisium se mover aparentemente para cima e para baixo, se afastando ou se aproximando da
borda lunar. Esse movimento de libração resulta num prolongamento da face visível em aproximadamente
8%, o que permite que possamos ver um pouco mais da face distante.
Outro aspecto orbital que deve ser problematizado é a questão dos eclipses não serem recorrentes. Neste
sentido a proposta do Teatro Cósmico como uma simulação destes movimentos orbitais, é bastante rica,
trabalhando-se com o conceito de eixo de rotação, inclinação orbital e a duração relativa dos movimentos do
Sistema Sol-Terra-Lua
Em relação à evolução das fases lunares, é importante que os alunos compreendam o movimento aparente
lunar dia após dia, numa construção das dimensões do espaço e do tempo envolvidos nesse processo. Neste
ponto o Modelo Conceitual do Horizonte pode colaborar na integração de perspectivas, pois ao definir as
posições relativas do Sol e da Lua e relacionando com a fase lunar apresentada desde que este registro tenha
sido construído adequadamente pode implicar numa tomada de consciência deste conceito.
Esta é uma percepção que uma vez bem trabalhada poderá implicar na construção da causalidade piagetiana
que é representada na última percepção, como uma integração das habilidades anteriores.
O quarto e último conceito se refere à identificação das fases lunares quando observadas por um habitante
do hemisfério sul, a partir de um momento do ciclo lunar.
Importante que o aluno identifique os momentos especiais mesmo quando registrados por uma foto ou vídeo,
sem referência de tempo e espaço.
Mesmo não tendo o horário ou a data em que foi feito o registro da Lua, é possível identificar a fase lunar e
posicioná-la em relação aos momentos especiais, indicando quantos dias aproximadamente se passaram do
último momento especial ou quantos restam para o próximo.
E ainda posicionar como num esboço o Sol e a Lua de acordo com o modelo do horizonte adaptado em função
de sua aparência apenas, isto é, a maneira que se encontra iluminada pelo Sol.
Vamos tomar por exemplo a seguinte situação: a Lua, temos duas imagens lunares em momentos diferentes
do ciclo lunar, todas as duas apresentam o mesmo percentual de iluminação da face visível, ou seja 80 %.
Como devemos proceder na imagem apresentada a seguir, se encontra com aproximadamente 80% de sua
face visível iluminada. Para identificarmos se ela já passou ou ainda vai passar pelo momento especial da Lua
Cheia, temos que analisar e identificar o terminador.
Se estiver à direita, ou melhor, do lado oriental da Lua para observadores do hemisfério sul, de frente para o
norte cardeal, então essa Lua estará crescendo e sua fase estará entre os momentos especiais do Quarto
Crescente e da Lua Cheia.
Se o terminador da fase estiver à esquerda, ou melhor, no lado ocidental da Lua, então a Lua já passou pelo
momento de Lua Cheia e sua fase se encontra entre o momento especial da Lua Cheia e o da Lua Quarto
Minguante.
De outra forma, considerando os acidentes lunares, temos que no momento em questão, se a Lua estiver 80%
iluminada e o Mare Crisium estiver na noite lunar, pois o terminador está adiante, mais a leste do Mare
Crisium, então sua fase está um pouco depois da Lua Cheia. Já se o Oceanus Procellarum estiver próximo ao
terminador, sua fase lunar ainda não passou pela Lua Cheia e, portanto, sua face visível aumentará seu
percentual de iluminação nos próximos dias.

Figura 4. Face visível lunar apresentando as duas situações com a Lua apresentando 80% de sua face visível
iluminada a partir da simulação do software Virtual Moon Atlas 6.0 para os momentos definidos pelos dias e horários:
11/02/2022 às 23h e 08 min e o dia 21/02/2022 às 1h e 59 min. Na perspectiva do observador do hemisfério sul.
Representando do lado esquerdo a Lua com o terminador encobrindo parte do Oceanus Procellarum, e na direita com
após o Mare Crisium não iluminado na noite lunar.

Esses são indicadores para a identificação mesmo quando considerada uma imagem da Lua que não se sabe
quando foi obtida.
Além do cuidado na exposição destes conceitos, muitos aspectos foram observados e aplicados quando
se pediu para que o aluno desenhasse a Lua com riqueza de detalhes, de modo que esses registros
pudessem ser avaliados e utilizados para que os estudantes fossem estimulados em relação à tomada
de consciência quanto aos aspectos apresentados.
EXERCÍCIO 01
O planeta Terra é o mais bem estudado de todos. Abaixo apresentamos o tradicional modelo dele montado num
suporte.

Arquivo pessoal

a) Faça uma seta na figura indicando onde está o Polo Geográfico Norte (PGN) e escreva PGN ao lado da
seta.

b) Faça outra seta na figura indicando onde está o Polo Geográfico Sul (PGS) e escreva PGS ao lado desta
seta. Obs: Se só fizer as setas não vale.

c) Desenhe sobre a figura acima: o eixo de rotação da Terra (faça uma reta contínua) e o Equador
terrestre (faça uma reta pontilhada). Obs: Se desenhar duas retas contínuas ou duas pontilhadas não
vale.

EXERCÍCIO 02
Considere a representação da carta celeste e responda as questões a seguir.

(a) As bolinhas pretas representam o que nesta carta?

(b) O que o tamanho destas bolinhas significa?

(c) O que representam as áreas delimitadas neste trecho de carta celeste?


EXERCÍCIO 03
A carta celeste abaixo representa o céu visto a partir da localidade de Serra ES nesta semana do nosso curso - dia
08/03/2022, às 5h35min, e foi solicitado que os alunos observassem a Lua e o seu entorno. As constelações
mapeiam o caminho percorrido pelos corpos celestes mais próximos que orbitam no sistema solar. As
constelações mais notáveis neste sentido são as constelações zodiacais, constelações que indicam o caminho dos
planetas, do Sol e da Lua no céu. Nesta representação temos presentes no céu seis das constelações zodiacais.
São elas:

a) Com a indicação de suas representações, tente localizá-las na carta celeste abaixo.

b) Indique ainda na carta celeste outros objetos representados na carta que não fazem parte das
constelações localizadas e enumere-as de um em diante, de oeste para leste.
CONSTRUINDO UM QUADRANTE

O quadrante foi um instrumento astronômico e náutico utilizado para medir a altura de estrelas em relação ao
horizonte, obtendo principalmente a latitude do lugar, quando a estrela observada era a polar.

O quadrante, como o nome já diz, trata-se de um quarto de círculo contendo 90º. Os quadrantes eram muito
mais interessantes quando fixos, presos a uma parede, perfeitamente alinhada com a direção norte-sul.

Tycho Brahe, importante astrônomo, no século XVI, tinha um quadrante magnífico, um dos mais precisos na
época. Foi a partir dos dados coletados por ele com este quadrante, ao observar o planeta Marte, que Kepler
conseguiu explicar o movimento dos planetas, com as suas famosas leis.

Na nossa atividade o quadrante será um auxiliar na obtenção do ângulo de elongação lunar.

MATERIAL:

● Pedaço de barbante com 34 cm.


● Uma porca sextavada metálica de qualquer tamanho como contrapeso.
● Cola ou fita adesiva.
● Uma tampa de caixa de sapato ou papel cartão.
● Uma Tesoura.

PROCEDIMENTO DE CONSTRUÇÃO:

1. Recorte e cole o quadrante ‘medir ângulos’ na tampa da caixa de sapato ou pedaço de papel cartão.
2. Depois de bem seco, recorte o quadrante, contornando-o. Depois perfure o ponto indicado perto do
nome medir ângulos.
3. Agora passe o barbante pelo orifício e depois prenda a porca sextavada de modo a dobrar o barbante e
faça um nó prendendo a porca ao quadrante de modo que ele funcione como um prumo, onde a
gravidade te auxiliará a medir os ângulos de elevação.
PROCEDIMENTO DE USO DO QUADRANTE:

1. Volte o 90o para você e alinhe a parte de cima do quadrante com o horizonte, verifique se o prumo esteja
alinhado com a marcação de 0o.
2. Agora alinhe esta mesma parte de cima com a Lua, após verificar se o prumo está convenientemente solto,
segure-o na marcação e anote o ângulo que ele indica. Este ângulo chamaremos de elevação em relação
ao horizonte, usando o conceito de elongação, que se trata do ângulo que separação entre o Sol e a Lua e
a posição do Sol e da Lua, calcularemos a elongação lunar. Se a Lua estiver próximo do Sol no ocaso ou no
amanhecer a leitura da elevação será próximo do valor da elongação lunar. Se a Lua estiver no horizonte
oposto ao Sol, então será necessário calcular a elongação, que neste caso será 180 o - ângulo de elevação
medido no quadrante.
3. Algumas limitações no uso do quadrante para obtenção da elongação:
● As localidades que oferecem melhores resultados para obtenção das elongações lunares medidas
com o quadrante, serão aquelas que tenham latitudes que vão até 25 graus aproximadamente.
● Quando a Lua no seu movimento aparente no céu passar muito próximo do horizonte norte, neste
período, procure estimar este ângulo de elongação usando os braços, de modo a apontar com
uma das mãos na direção do Sol no horizonte, ou no poente ou no nascer e depois alinhe a outra
mão na direção da Lua, agora observe a abertura que realizaste e assim compare com o quadrante
na mesma direção que apontam o Sol e a Lua no céu e então estime este ângulo de separação.
Como a Lua estará muito inclinada em direção ao horizonte norte, o fio de prumo será incapaz de
nos fornecer uma elevação que será útil para o cálculo da elongação. O que será possível medir é
uma elevação que permanecerá praticamente invariável durante o período que a Lua estiver
próximo ao horizonte norte, sendo portanto uma elevação em relação ao horizonte norte, que para
a cidade de Serra no ES, em que foram realizadas essas medidas, a elevação lunar neste período se
mantém próximo aos quarenta graus por quase uma semana o que dificultou bastante entender o
que estava acontecendo com os dados obtidos pelos estudantes que usavam somente o
quadrante.
MODELO CONCEITUAL DO HORIZONTE PARA A OBSERVAÇÃO DO CICLO LUNAR

Você fará uso deste modelo abaixo para esboçar a posição relativa do Sol e da Lua durante a observação do ciclo
lunar. Assim, espero que a representação dia após dia, te dê os elementos necessários para responder a seguinte
pergunta: qual é a influência do ângulo de separação entre o Sol e a Lua na ocorrência das fases lunares?
Para bom uso do modelo conceitual do horizonte, o observador deverá estar a observar na direção do ponto
cardeal norte, de modo que a Lua no seu movimento aparente, deverá se deslocar no sentido de oeste para leste,
com o passar dos dias, o que implica, num sentido horário. É aconselhável realizar as observações sempre bem
próximo ao horário do ocaso solar, o que é por volta das 18:00 h, quando a sua face estiver crescendo em
iluminação. Bem como, realizar as observações mais próximo possível do nascer solar, o que acontece por volta
das 6:00 h, quando sua face estiver decrescendo sua iluminação. É muito importante que tanto o Sol quanto a
Lua estejam representados no modelo conceitual do horizonte de modo que fique fácil de compreender o
movimento aparente da Lua em relação ao Sol e assim se possa realizar intervenções de modo a corrigir
imprecisões, ou interpretações equivocadas do movimento lunar. Neste modelo conceitual do horizonte
adaptado para registro das fases lunares, foram realizadas simplificações de modo a desprezar o movimento
aparente que a Lua realiza no horizonte leste e oeste, nascendo mais ao norte ou mais ao sul, discutimos apenas
a sua elevação em relação ao horizonte oeste dia após dia e a sua aproximação do horizonte leste dia após dia.
OBSERVAÇÃO DO CICLO LUNAR E ESBOÇO DIÁRIO DA LUA

● Tempo de Duração: 30 dias CONTÍNUOS


● Objetivo: Observação da Lua no céu a olho nu.
Caso haja disponibilidade, utilizar um binóculo, luneta ou telescópio. Nesse caso, informar características
técnicas do instrumento.
▪ IMPORTANTE: NUNCA olhe diretamente o Sol com um binóculo ou luneta.
EXPLICANDO O ESBOÇO LUNAR

Desenhar, na planilha para a observação do ciclo lunar, no espaço destinado ao desenho lunar, um esboço
DIÁRIO da Lua, ao longo de 30 dias corridos e sem interrupção, a partir de sua observação.
● O esboço deve ter o maior número de detalhes que conseguir observar:
o formato visível da Lua.
o regiões de luz e sombra.
o manchas & regiões claras-escuras/crateras.
o outros detalhes que considerar importantes ou pertinentes.
COLETA DE DADOS OBSERVACIONAIS
● Anote as seguintes informações em cada observação e esboço feito:
o Dia da Observação (data).
o Horário da Observação (hora, minuto e segundo).
o Observação em direção ao horizonte norte.
o “Ângulo de separação” aproximado da Lua em relação ao Sol em graus, o que será obtido a
partir do uso do quadrante [=> como?...] e consulta ao programa Stellarium para Desktop,
conforme orientações.
o Outros detalhes como halos, estrelas, planetas e outros objetos que por ventura estejam
próximos a Lua. [Qual seria esse campo visual? Para onde o observador estará voltado?...]
durante a observação.

QUESTÕES ABERTAS PARA SEREM RESPONDIDAS


1. Qual a influência da distância angular (elongação) entre o Sol e a Lua na diferenciação das fases lunares?

2. A Lua apresenta a mesma face quando observada daqui da Terra? Se sim ou se não justifique sua
resposta.

3. Ocorrem Eclipses Solares/Lunares a cada 14 dias? Se sim ou se não justifique sua resposta.
BOLA ILUMINADA SIMULANDO AS FASES LUNARES

MATERIAL:
● Um vídeo apresentando uma bola de tênis iluminada pelo Sol imitando as fases lunares.

PROCEDIMENTO:
1. Após assistir ao vídeo, responda as questões a seguir:
a) Anote o instante do vídeo em que temos a imitação da Lua no momento especial da Lua Cheia.

b) Anote o instante do vídeo em que temos a imitação da Lua no momento especial da Lua Quarto
Minguante.

c) Anote o instante do vídeo em que temos a imitação da Lua no momento especial da Lua Nova.

d) Anote o instante do vídeo em que temos a imitação da Lua no momento especial da Lua Quarto
Crescente.
CÁLCULO DO ÂNGULO DE ELONGAÇÃO LUNAR A PARTIR DA MEDIDA DA ALTURA UTILIZANDO O
QUADRANTE EM RELAÇÃO AO NASCER E OCASO SOLAR NO MODELO CONCEITUAL DO
HORIZONTE

PROCEDIMENTO
1. A partir do modelo conceitual do horizonte esboce a posição dos astros de acordo com as informações
a seguir: o Sol no ocaso (no horizonte oeste a 0 grau de elevação) e a Lua no horizonte leste com 30 graus
de elevação. Qual é o ângulo que separa a Lua do Sol? Desenhe a fase lunar em que se encontra a Lua
neste momento.

2. Esboce um modelo conceitual do horizonte com o Sol no nascer (a 0 grau de elevação no horizonte leste)
e a Lua com uma elevação de 80 graus [=> por que não 90 graus?...] no horizonte oeste. Qual é o ângulo
que separa a Lua do Sol? Desenhe a fase lunar em que se encontra a Lua neste momento.

3. Esboce um modelo conceitual do horizonte sabendo que no momento de sua construção são 16h e o
ocaso solar vai ocorrer às 18h30 min e a Lua só vai nascer no horizonte às 20h30 min. Qual é o ângulo
que separa o Sol e a Lua? Desenhe a fase lunar em que se encontra a Lua neste momento. Dado: 1 hora
equivale a 15 graus.
CONSTRUINDO O CALENDÁRIO LUNAR

PROCEDIMENTO
A partir dos registros da observação do ciclo lunar, construa o calendário lunar do mês de agosto completando
o calendário no início do mês, quando ainda não havíamos começado as observações, escurecendo a região da
face visível não iluminada de modo a caracterizar a evolução das fases lunares durante esse mês.

MATERIAL DE ESTUDO PRÉVIO


MÓDULO 01:
Textos de consulta e Vídeos.
https://drive.google.com/file/d/1IyNlpw_R2OJkvCukSCXB61ZfsYPCrgVL/view?usp=sharing Apostila do
Stellarium, de autoria do Observatório Nacional com os comandos básicos.
http://chc.org.br/astronomia-na-oca/ (artigo da revista Ciência hoje das crianças)
http://chc.org.br/a-astronomia-da-bandeira-brasileira/ (artigo da revista Ciência hoje das crianças)
https://youtu.be/YwrPDi_9_2I ( vídeo produzido pelo professor sobre modelos astronômicos)
MÓDULO 02:
Texto de consulta e Vídeos.
http://chc.org.br/artigo/fases-da-lua/ (artigo da revista Ciência hoje das crianças)
https://youtu.be/I8d4HJfKcVY (vídeo produzido pelo professor explorando as fases lunares com o uso de
simulações da NASA e do modelo do horizonte.
https://youtu.be/Qb9R41rfy-k (Simulação em vídeo, produzido pelo professor, da ocorrência das fases
lunares utilizando uma bola de tênis para ser analisado pelos alunos)
https://youtu.be/O6MJXgaojA0 (Vídeo produzido pelo professor que apresenta uma bola de tênis imitando e
apresentando o mesmo percentual de iluminação da Lua, isto é, a mesma fase próxima ao momento especial
do Quarto Crescente, com a bola de tênis e a Lua no mesmo campo visual da câmera que faz o registro)

As questões presentes neste material educacional foram adaptadas a partir do acervo da Olimpíada
Brasileira de Astronomia http://www.oba.org.br/site/?p=conteudo&idcat=9&pag=conteudo&m=s.

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