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INDEPENDÊNCIA E

OBJETIVIDADE
IPPF – Guia Prático
Independência e Objetividade

Índice
Sumário Executivo..............................................................................................................1
Introdução ..........................................................................................................................2
Orientações sobre Independência e Objetividade ..............................................................3
Relação entre Independência e Objetividade.....................................................................4
Independência ...................................................................................................................5
Objetividade .......................................................................................................................7
Considerações para Trabalhos de Avaliação e Consultoria .............................................11
Considerações para Tarefas de Auditoria de Rotação .....................................................11
Estruturas para Avaliar a Independência e a Objetividade .............................................13
Autor, Colaboradores e Revisores ....................................................................................19
Anexo ................................................................................................................................20

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IPPF – Guia Prático
Independência e Objetividade

A independência e objetividade são partes


Sumário Executivo integrantes da orientação obrigatória da Estrutura
Internacional de Práticas Profissionais (IPPF) do
A importância da independência e da objetividade, The Institute of Internal Auditors (IIA). O uso desses
que sempre foram significantes para auditores termos começa com a definição de auditoria interna,
internos, continua crescendo dentre os desafios que declara que “a auditoria interna é uma atividade
encarados pelas atividades de auditoria interna, no independente e objetiva de avaliação e consultoria,
ambiente de negócios em constante mudança. Um desenvolvida para agregar valor e melhorar as
número sempre crescente de partes interessadas, operações de uma organização”. A objetividade
tanto internas quanto externas à organização, também é um dos quatro princípios fundamentais no
continua demandando maior transparência, mais Código de Ética (Código) do IIA, que define as
divulgações, serviços expandidos de auditoria regras de conduta que apoiam esses princípios. O
interna, mais profissionalismo, uma melhor Código é aplicável tanto a organizações quanto a
coordenação entre os auditores internos e externos, indivíduos que conduzem serviços de auditoria
maiores responsabilidades e a maior prestação de interna. As Normas 1100 – Independência e
contas por parte dos profissionais de auditoria Objetividade, 1110 – Independência Organizacional,
interna. Este guia prático foi desenvolvido para 1120 – Objetividade Individual e 1130 – Prejuízo à
abordar essas mudanças e maiores expectativas. Independência ou à Objetividade delineiam os
requisitos específicos para a atividade de auditoria
Há muitos prestadores de avaliação dentro da interna e para profissionais de auditoria interna.
organização, como gerentes e executivos de linha de Todos os praticantes de auditoria interna devem
frente, a equipe de certificação de qualidade, de atualizar, periodicamente, seu entendimento dessa
saúde e segurança, de compliance e de orientação.
gerenciamento de riscos. A auditoria interna
distingue-se de outros prestadores internos de Este guia prático enfatiza as Normas Internacionais
avaliação por conta do requisito de estar em para a Prática Profissional de Auditoria Interna
conformidade com as normas profissionais e o (Normas) da IPPF relacionadas a independência e
código de ética que exigem independência e objetividade, assim como as práticas recomendadas
objetividade. Além disso, a objetividade é um fator de apoio do IIA. Este guia também reconhece a
fundamental para determinar se os auditores confusão frequentemente presente quando se usa os
externos podem confiar no trabalho desenvolvido termos independência e objetividade de forma
pela auditoria interna. Conforme especificado em intercambiável. Embora independência e
The International Standard on Auditing (ISA) 610 – objetividade sejam relacionadas, são atributos
Using the Work of Internal Auditors, publicado pelo distintos e exigem ações e salvaguardas específicas
The International Auditing and Assurance Standards para garantir que os auditores sejam tanto
Board (IAASB) da International Federation of independentes quanto objetivos.
Accountants (IFAC), para determinar áreas de
confiança em potencial, antes de mais nada, é Este guia também enfatiza as atividades que apoiam
necessário que os auditores externos avaliem o grau tanto a independência quanto a objetividade e
de objetividade da atividade de auditoria interna, seu discute diversos fatores que podem afetar a
nível de competência e até que ponto se envolve independência e a objetividade do auditor.
julgamento no planejamento, condução e avaliação Combinações de ameaças, ameaças não resolvidas e
desse trabalho. considerações para serviços de avaliação e
consultoria também serão discutidas.

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IPPF – Guia Prático
Independência e Objetividade

As estruturas para avaliar e gerenciar a  Desafios não resolvidos à objetividade e


independência e a objetividade são apresentadas considerações para trabalhos de avaliação e
como modelos que os auditores internos podem usar consultoria.
para ajudar a garantir que a independência e a
objetividade sejam promovidas e fomentadas em  Um processo de gerenciamento de ameaças
suas próprias organizações. à independência e à objetividade e
estruturas para avaliar a independência e a
As seções principais que fornecem informações objetividade em nível individual, de trabalho,
adicionais com relação a considerações sobre da atividade, da organização e profissional.
independência e objetividade incluem:

 Definições de independência e objetividade, Introdução


assim como orientações relacionadas na
IPPF. Em meio ao impulso global de melhorar a
governança corporativa, os auditores internos
 Fatores que impactam a independência, tais encontram muitos desafios e oportunidades à sua
como o relacionamento de reporte frente, incluindo o uso cada vez mais complexo e
organizacional da atividade de auditoria dominante da tecnologia, uma necessidade de
interna, o acesso a informações, o controle habilidades novas e em constante mudança,
sobre o escopo das atividades de auditoria estruturas organizacionais mais planas, a demanda
interna e sobre o conteúdo das por serviços de maior escopo, além do aumento na
comunicações de auditoria e a supervisão e competitividade e globalização. Os auditores
envolvimento dos órgãos de governança. internos estão desenvolvendo novas estratégias para
enfrentar esses desafios e estão se tornando mais
 Atividades de apoio à independência, tais proativos, fornecendo uma variedade maior de
como a colocação organizacional, um serviços ou mudando o modelo de auditoria interna.
ambiente forte de governança, práticas de Isso, por sua vez, cria mais desafios para o
contratação (incluindo terceirização, gerenciamento da independência e objetividade.
conforme necessário) e um estatuto forte de
auditoria. A gerência emprega os auditores internos, no
entanto esses mesmos auditores internos revisam o
 Fatores que ameaçam a objetividade, tais desempenho da gerência e de outras atividades da
como pressões sociais, interesses organização. Além disso, a gerência geralmente
econômicos, relações pessoais, confia nos auditores internos para serviços de
familiaridade, parcialidade cultural ou de consultoria e incorpora recomendações de auditoria
outra natureza, autorrevisão, além de na reengenharia dos processos de negócio. Em seu
ameaças de intimidação e advocacia. papel de prestadores de avaliação, os auditores
avaliam os processos da gerência. A combinação do
 Gerenciar ameaças à objetividade por meio auditor interno, como funcionário da organização, da
do uso de incentivos, equipes, tarefas de importância crescente das atividades de auditoria
rotação, treinamento, supervisão e revisão, interna e da maior demanda por atividades de
avaliações de qualidade, práticas de consultoria de auditoria interna leva à preocupação
contratação e terceirização. intensificada com a independência e objetividade do
auditor interno. Como auditores internos expandem
seu papel nas atividades de governança e
gerenciamento de riscos, desafios adicionais são

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Independência e Objetividade

apresentados para o gerenciamento da posicionamento. As normas a seguir, que incluem


independência e objetividade. A Declaração de interpretações parafraseadas, tratam da
Posicionamento do IIA sobre o Papel da Auditoria independência e da objetividade.
Interna no Gerenciamento de Riscos Corporativos é
um excelente exemplo dos papéis amplificados da 1100 – Independência e Objetividade (Norma)
auditoria interna, assim como das salvaguardas A atividade de auditoria interna deve ser
necessárias para lidar com quaisquer ameaças à independente e os auditores internos devem ser
independência e à objetividade da auditoria interna. objetivos ao executar seus trabalhos.

Conforme organizações públicas e privadas no Interpretação:


mundo tanto crescem em tamanho e influência, a
sociedade está demandando uma maior prestação de “Independência é a imunidade quanto às condições
contas. Este ímpeto levou a um foco maior nas que ameaçam a capacidade da atividade de auditoria
atividades de auditoria como pedras angulares dos interna de conduzir as responsabilidades de auditoria
sistemas de governança e, em algumas partes do interna de maneira imparcial... A objetividade é uma
mundo, resultou em pedidos por uma atividade de atitude mental imparcial que permite aos auditores
auditoria interna. internos executar os trabalhos de auditoria de maneira
a confiar no resultado de seu trabalho e que não haja
O propósito deste guia prático é: nenhum comprometimento da qualidade...”

 Enfatizar as orientações do IIA acerca da 1110 – Independência Organizacional (Norma)


independência e objetividade.
O diretor executivo de auditoria deve reportar a um
 Discutir aspectos potencialmente confusos nível dentro da organização que permita à atividade
que englobem independência e objetividade. de auditoria interna cumprir suas responsabilidades.
O diretor executivo de auditoria deve confirmar
 Identificar as atividades que apoiam a junto ao conselho, pelo menos anualmente, a
independência e a objetividade. independência organizacional da atividade de
auditoria interna.
 Identificar diversas considerações e desafios
em potencial relacionados à independência e Interpretação:
objetividade.
A independência dentro da organização é alcançada de
 Fornecer estruturas para o gerenciamento da forma eficaz quando o diretor executivo de auditoria
independência e da objetividade. reporta funcionalmente ao conselho. Alguns exemplos
de reporte funcional ao Conselho implicam que este:

Orientações sobre • Aprove o estatuto de auditoria interna;


• Aprove o plano de auditoria com base em
Independência e •
riscos;
Aprove o orçamento de auditoria e o plano de

Objetividade 
recursos;
Receba comunicações do diretor executivo de
auditoria sobre o desempenho do plano de
A IPPF do IIA fornece orientações para
auditoria interna e outros assuntos;
independência e objetividade em diversas normas,
• Aprove as decisões referentes à nomeação e
práticas recomendadas e declarações de
demissão do diretor executivo de auditoria;

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Independência e Objetividade

• Aprove a remuneração do diretor executivo de conflitos de interesses podem ajudar a melhorar a


auditoria; e independência.
• Formule questionamentos adequados à
A objetividade, no entanto, é algo sobre que o
administração e ao diretor executivo de
auditor, individualmente, deve prestação de contas e
auditoria para determinar se existem escopos
retém o controle final. Por exemplo, técnicas de
inadequados ou limitações de recursos.
amostragem estatística podem ser usadas para obter
uma amostra imparcial para testes, mas ainda
1120 – Objetividade Individual (Norma)
depende do auditor exercitar seu profissionalismo e
Os auditores internos devem adotar uma atitude zelo devido na aplicação dos atributos do teste ou
imparcial e isenta e evitar qualquer conflito de procedimentos e interpretar os resultados de forma
interesses. imparcial. A revisão supervisória do trabalho do teste
1130– Prejuízo à Independência ou à Objetividade é uma salvaguarda para ajudar a garantir que os
resultados e conclusões dos testes sejam objetivos.
Caso a independência ou a objetividade sejam
prejudicadas de fato ou na aparência, os detalhes de O Glossário das Normas da IPPF fornece as
tal prejuízo devem ser divulgados às partes seguintes definições para independência e
apropriadas. A natureza da divulgação dependerá do objetividade (conforme revisado em 1º de Jan. de
tipo de prejuízo. 2011):

As diversas normas e práticas recomendadas, Independência: A liberdade de condições que


relacionadas à independência e objetividade, são ameaçam a capacidade da atividade de auditoria
reproduzidas detalhadamente no anexo deste guia interna de cumprir suas responsabilidades de forma
prático. imparcial.
Objetividade: Atitude mental imparcial que permite
Relação entre aos auditores internos executar os trabalhos de
auditoria de maneira a ter confiança no resultado de
Independência e seu trabalho e que não haja nenhum
comprometimento da qualidade. A objetividade

Objetividade requer que os auditores internos não subordinem a


outras pessoas o seu julgamento em assuntos de
auditoria.
Na prática, há uma confusão frequente sobre a
independência e a objetividade e muitas pessoas Conforme citado anteriormente, muitos auditores
usam esses termos de forma intercambiável. têm dificuldades com esses conceitos,
Independência e objetividade não são a mesma frequentemente usando os termos de forma
coisa. Um indivíduo pode ser independente, mas não intercambiável e incorreta. Essa confusão foi criada
objetivo e, por outro lado, um outro indivíduo pode por usar um termo para definir o outro. As
ser objetivo, mas não independente. É importante definições do novo e revisado Glossário das Normas
entender a diferença entre os dois e perceber como devem ajudar a resolver parte dessa confusão.
ameaças e salvaguardas afetam cada um. Embora esses termos sejam certamente
relacionados, são conceitos extremamente
É mais fácil medir ou avaliar a independência e diferentes. Na prática, o conceito de independência
implementar salvaguardas para garanti-la do que é normalmente expressado em questões factuais, tais
garantir a objetividade. Salvaguardas como como colocação organizacional da atividade de
relacionamentos de reporte, segregação de tarefas, auditoria interna, relacionamentos de reporte ao
restrições de responsabilidades, estrutura de conselho, a um comitê de auditoria ou a outro órgão
remuneração e ações ou requisitos que evitem de governança separado da gerência, e autoridades

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Independência e Objetividade

para acesso a informações, pessoas e registros. A maior o nível de reporte, maior o escopo em
objetividade está mais relacionada a um estado de potencial dos trabalhos que podem ser conduzidos
espírito, ao julgamento, à parcialidade, aos pela atividade de auditoria interna, enquanto se
relacionamentos e comportamentos do auditor. mantendo independente da entidade auditada.
A habilidade de alcançar a independência apropriada
Independência e adequada para a atividade de auditoria interna
depende criticamente da colocação ou status
Fatores que Impactam a Independência organizacional apropriado da atividade dentro da
organização. O status organizacional da atividade de
O papel específico das atividades de auditoria auditoria interna deve ser suficiente para permitir
interna varia entre organizações com base em que ela conduza suas atividades conforme definido
fatores, como tamanho da organização, tamanho das por seu papel dentro da organização. Nesse sentido,
operações, estrutura de capital e o ambiente legal e a atividade de auditoria interna deve estar
regulatório. Em algumas empresas, o trabalho dos posicionada de forma a obter a cooperação da
auditores internos é reservado a projetos especiais de entidade sendo auditada e o livre acesso às
avaliação e consultoria para a gerência. Nessas informações necessárias. Citar esse acesso nos
situações, a gerência é o único usuário do trabalho estatutos do departamento de auditoria e do comitê
da auditoria interna e a única parte que tira de auditoria é sempre uma boa prática. Incluir os
benefício direto desse trabalho. Em outras empresas, DEAs como parte da alta administração ou gerência
a atividade de auditoria interna fornece serviços de executiva e como participantes de reuniões críticas
avaliação e consultoria para diversos grupos, dentro e ajuda a demonstrar um comprometimento forte e
fora da organização, tais como órgãos de governança favorável da alta administração com a atividade de
(ex: conselho de administração), reguladores, auditoria interna. Além disso, os relatórios das
auditores externos, clientes e fornecedores. descobertas de auditoria não devem ser sujeitos a
O papel específico da atividade de auditoria interna interferência e supressão em potencial da gerência.
em uma organização determina a estrutura A atividade de auditoria interna deve ser organizada
apropriada das responsabilidades e o nível de para ter um status organizacional maior conforme
reporte, assim como o nível de confiança que deve seu papel se expande e mais partes dentro e fora da
ser dedicada aos serviços de avaliação e consultoria organização tiram proveito de seu trabalho. Por
prestados. Uma atividade de auditoria interna com exemplo, para fornecer avaliações para um órgão de
um papel amplo de avaliação e consultoria deve governança da organização, como o conselho de
reportar diretamente ao conselho de governança da administração ou órgãos similares, o DEA deve ter
organização e, mais especificamente, ao comitê de acesso direto e irrestrito a este órgão. Isso permite
auditoria do conselho ou outro órgão similar. que a atividade seja protegida de possíveis ameaças à
A colocação organizacional e o status da atividade de independência.
auditoria interna representam uma restrição prática Se a atividade de auditoria interna não tem status
ou um limite ao escopo dos serviços de auditoria organizacional e autonomia suficientes, a habilidade
interna que podem ser conduzidos apropriadamente de gerenciar com eficácia a independência de seu
pelos auditores internos. Por exemplo, se a atividade trabalho e relatórios fica sujeita a questionamento.
de auditoria interna reside no departamento da Por exemplo, o risco de comprometimento da
controladoria, com o diretor executivo de auditoria independência pode ser alto em situações em que o
(DEA) reportando diretamente ao controller, é difícil escopo das atividades de auditoria ou o orçamento
– mas não impossível – para o auditor interno avaliar da atividade sejam determinados pela alta
objetivamente o desempenho de seus colegas administração, sem consultar o órgão de governança.
executivos sob o diretor financeiro. No geral, quanto

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Independência e Objetividade

Nessas situações, há um risco de que a gerência Em organizações em que a avaliação é fornecida a


possa afetar inapropriadamente o escopo do trabalho partes que não a gerência, o órgão de governança da
de auditoria, exercer influência ou encobrir organização deverá verificar a autonomia da atividade
descobertas de auditoria. Quando o risco de não de auditoria interna, para garantir sua adequação. Se
conquistar a independência apropriada e adequada é as atividades de auditoria interna fornecem
alto, é difícil determinar quanta confiança pode ser avaliações para consumidores, clientes, auditores
dedicada ao trabalho de auditoria. externos, reguladores e outras partes externas à
organização, tais atividades de avaliação devem ser
Ao avaliar o status organizacional da atividade de
validadas pelo órgão de governança apropriado. Além
auditoria interna, também se deve considerar outras
disso, a autonomia e status organizacional da
partes que se beneficiam do trabalho de avaliação e
atividade devem ser revisados para conformidade
consultoria. Por exemplo, auditores externos podem
com quaisquer requisitos legais ou regulatórios.
ter maior confiança nos controles internos, porque
sabem que uma atividade eficaz de auditoria interna Na revisão e avaliação do status organizacional da
avalia o sistema. Da mesma forma, o órgão de atividade de auditoria interna, o órgão de governança
governança de uma organização pode ter confiança deve considerar fatores que aumentem e melhorem a
no controle geral, por conta do fato de que a independência, tais como:
atividade de auditoria interna conduz avaliações de
 O nível de reporte do DEA dentro da
riscos para determinar as áreas apropriadas a auditar.
organização.
Saber que as avaliações de riscos e monitoramento
estão sendo feitos pode gerar uma segurança  O acesso irrestrito do DEA a informações
implícita em áreas além daquelas explicitamente dentro da organização e do conselho de
examinadas e reportadas pelos auditores internos. governança.
Os auditores internos, cada vez mais, têm a  O envolvimento do conselho de governança
demanda de fornecer avaliações a partes externas à em decisões de contratação ou remoção do
organização. Por exemplo, agências regulatórias DEA e no planejamento e aprovação do
exigem cópias dos relatórios de auditoria interna. estatuto de auditoria interna.
Alguns regulamentos exigem até o estabelecimento
 O papel do conselho de governança em
de uma função de auditoria interna. Além disso, os
influenciar o orçamento e o escopo das
clientes e fornecedores estão começando a solicitar
atividades de auditoria interna e a
avaliações sobre questões como os controles da
remuneração e retenção do DEA.
organização sobre a confidencialidade de
informações compartilhadas, principalmente em  O envolvimento ativo, supervisão, revisão e
casos de comércio eletrônico. Fornecer avaliações acompanhamento, por parte do órgão de
confiáveis para essas partes exige o maior grau de governança, da atividade de auditoria
status organizacional e autonomia da parte da interna.
atividade de auditoria interna.
Esses fatores não devem ser considerados absolutos,
O status organizacional da atividade de auditoria mas sim considerados em relação às partes que
interna está correlacionado ao escopo dos trabalhos esperam obter avaliações por parte das atividades de
que podem ser realizados. Quando há um reporte de auditoria interna. Quando a auditoria interna tem
alto nível, o escopo dos trabalhos em potencial limita status organizacional e autonomia suficientes, as
menos; quando há reporte de nível inferior, o partes tanto internas quanto externas à organização
universo de reporte (isto é, a população de usuários podem ter maior confiança na habilidade da
que se beneficiariam do trabalho de auditoria) se auditoria interna de gerenciar ameaças à
torna mais limitado. independência, com relação ao trabalho que ela

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desenvolve. Portanto, o DEA está livre de ameaças responsabilidades de contratação, avaliação e


significantes que possam afetar a habilidade de compensação, e demissão do DEA podem melhorar
qualquer auditor individual de tomar decisões a independência.
independentes, com relação a trabalhos e relatórios
Práticas de Contratação e Compensação
de auditoria.
Práticas de contratação também podem ser
Atividades de Apoio à Independência salvaguardas para a independência. Por exemplo, a
A lista a seguir não tem como objetivo ser definitiva. filtragem pode garantir que funcionários em
Em vez disso, seu objetivo é ilustrar a variedade de potencial não tenham conflitos de interesses que
fatores mitigantes e salvaguardas que podem reduzir ameacem a independência da auditoria interna. Por
ou eliminar ameaças à independência. exemplo, determinar se os candidatos têm ações da
organização,se são relacionados a pessoas que
Posição e Políticas Organizacionais trabalham, se têm relações de negócios com a
A posição organizacional do auditor e/ou da atividade empresa ou que tenham trabalhado em algum cargo
de auditoria, o estatuto de auditoria interna e as oficial anteriormente ou ainda fornecido serviços
políticas de diversos níveis ligadas às relações significantes para a organização no passado. Práticas
auditor/cliente podem reforçar a posição do auditor de compensação também podem ser estruturadas de
na organização e criar barreiras que impedem forma que o pagamento dos auditores não seja
clientes de auditoria de influenciar ou intimidar os dependente do desempenho das unidades
auditores. Outros documentos que podem ser organizacionais que eles avaliam.
usados para promover o status da auditoria interna Terceirização
na organização são o código de ética da organização,
a declaração de missão da atividade de auditoria, os Quando a estrutura e os mecanismos internos não
relatórios de auditoria e outras comunicações oficiais podem ser usados com eficácia para gerenciar
da atividade de auditoria, um website de auditoria e o ameaças à independência, a terceirização para um
estatuto do comitê de auditoria. prestador externo de serviços pode ajudar a promover
a independência das atividades de auditoria interna.
Ambiente – Um Sistema Forte de Governança
Organizacional
Objetividade
Um ambiente favorável na organização como um
todo encoraja os auditores a auditar e reportar sem Fatores que Ameaçam a Objetividade
restrições e medo de retaliação, por conta de
opiniões negativas ou descobertas críticas. Um Para tomar decisões imparciais de desempenho e
componente significante de um ambiente favorável é reporte, os auditores internos devem ser capazes de
o comitê de auditoria, conselho ou outro órgão de gerenciar ameaças à objetividade. Essa habilidade
governança, que são cruciais para a garantia da também é um sinal importante para órgãos de
independência do auditor. governança, acionistas e partes externas, de que
podem confiar nas atividades de auditoria interna
Estatuto de Auditoria para a prestação de avaliações de controle,
Um órgão de governança forte e um estatuto de conformidade e outras questões relevantes.
auditoria interna que delineie claramente as
Pressão Social
responsabilidades, autoridades e relacionamentos de
reporte da auditoria interna, além do acesso irrestrito Ameaças de pressão social podem ocorrer quando
a informações, pessoas e registros, podem ajudar a um auditor está exposto ou percebe que está exposto
promover a independência. A supervisão eficaz por a pressões de partes externas. Por exemplo, uma
parte do órgão de governança, incluindo percepção de que os auditores externos ou

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reguladores esperam que um certo número de auditor a perder sua objetividade durante uma
descobertas seja fornecido, ou de que a gerência auditoria, fazendo com que o auditor simpatize com
espera que cada trabalho produza grandes o cliente. Por outro lado, a familiaridade pode fazer
descobertas, pode colocar uma pressão indevida com que o auditor tenha um pré-julgamento do
sobre os auditores internos. Essa situação também cliente de auditoria, com base em problemas prévios
pode ocorrer quando o auditor, por exemplo, (ou não-problemas) e assuma uma postura
levantou questões no passado, inadvertidamente ou consistente com o pré-julgamento, em vez de buscar
erroneamente, quando não houve problemas. Além um ponto de vista novo e objetivo.
disso, a pressão por parte de clientes de auditoria
Preconceito Cultural, Racial e de Gênero
pode levar o auditor a fazer vista grossa para itens
suspeitos. Uma outra forma de pressão social pode Esta ameaça pode vir do preconceito cultural, racial
ocorrer quando um membro da equipe de auditoria ou contra um gênero específico. Por exemplo, em
reluta em discordar com a opinião geral da própria uma organização multidivisional, um auditor da sede
equipe de auditoria ou de clientes que indicam que pode ter preconceito ou inclinações contra clientes
“sempre fizemos assim” (um fenômeno denominado de auditoria localizados em certos lugares
de groupthink, “pensamento de grupo”, pela estrangeiros. Ou um auditor pode ser indevidamente
literatura comportamental). crítico em relação a práticas ou costumes diferentes
ou a um cliente de auditoria gerenciado ou composto
Interesse Econômico
por funcionários de uma raça ou sexo específico.
Esta ameaça pode surgir quando o auditor tem um
Inclinações Cognitivas
interesse econômico no desempenho da organização.
Um auditor pode temer que descobertas negativas Esta ameaça pode surgir de uma inclinação
significantes, como a descoberta de atos ilegais, psicológica inconsciente ou não intencional em
possam prejudicar o futuro da entidade e, portanto, interpretar informações, dependendo do papel de
os próprios interesses do auditor como funcionário. uma pessoa em uma situação. Por exemplo, se
Ou um auditor pode ter ações da empresa ou outros alguém toma uma perspectiva de auditoria crítica,
interesses financeiros que possam ser ameaçados por pode deixar passar informações positivas. Da mesma
descobertas negativas de auditoria. Essa ameaça forma, se alguém toma uma posição favorável e
também surge quando o auditor audita o trabalho ou positiva, descontará informações negativas. Além
departamento de um indivíduo que pode, disso, um auditor pode ter certas noções pré-
subsequentemente, tomar decisões que possam concebidas e tender a ver evidências que confirmem
afetar as oportunidades futuras ou o salário do tais noções.
auditor. Autorrevisão
Relacionamento Pessoal Ameaças de autorrevisão podem surgir quando um
Esta ameaça pode surgir quando um auditor é amigo auditor revisa seu próprio trabalho realizado durante
íntimo ou parente do gerente ou de um funcionário um trabalho anterior de auditoria ou consultoria. Por
do cliente de auditoria. O auditor pode se sentir exemplo, um auditor pode auditar um departamento
tentado a deixar passar, suavizar ou atrasar o reporte repetidas vezes ou por anos consecutivos, ou pode
de descobertas negativas de auditoria, para evitar prestar serviços de consultoria ligados à
envergonhar o amigo ou parente. implementação de um sistema que ele deverá
auditar. Ainda, o auditor pode fazer recomendações
Familiaridade
de melhorias operacionais e, subsequentemente,
Esta ameaça pode surgir por conta de um revisar processos que foram modificados de acordo
relacionamento de longo prazo do auditor com o com essas recomendações. Todos esses exemplos
cliente de auditoria. A familiaridade pode levar o representam situações em que o auditor poderia se

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Independência e Objetividade

tornar menos crítico ou atento a erros ou Uso de Equipes


deficiências, por conta de sua dificuldade em manter
Colocar outro membro da equipe em uma auditoria
a objetividade durante a revisão de seu próprio
pode atenuar ou eliminar ameaças em potencial à
trabalho.
objetividade, por trazer uma perspectiva adicional à
Ameaça de Intimidação auditoria. Essa perspectiva adicional pode
contrabalançar ameaças em potencial de
Ameaças de intimidação ocorrem quando um auditor
familiaridade, relações pessoais, autorrevisão ou
é impedido de agir objetivamente por ameaças –
outras ameaças à objetividade por parte de um ou
reais ou percebidas – ou por ser coagido, aberta ou
mais membros da equipe de auditoria. Além disso,
veladamente, por clientes de auditoria ou outras
podem ser feitas designações apropriadas dentro das
partes interessadas.
equipes, para maximizar os efeitos de mitigação da
Ameaça de Advocacia abordagem de equipe.
Ameaças de advocacia surgem quando os auditores Rotação/Redesignação
agem tendenciosamente na promoção ou em uma
Fazer a rotação das posições pode reduzir o grau de
atitude em favor ou contra o cliente de auditoria, até
familiaridade e autorrevisão. Há tipos diferentes de
o ponto em que, subsequentemente, sua
rotação, incluindo a rotação de toda a equipe de uma
objetividade possa ser comprometida.
auditoria para a outra, para que a nova equipe
Gerenciando Ameaças à Objetividade sempre conduza a auditoria; a rotação de parte da
equipe; e manter a equipe na mesma auditoria, mas
A lista a seguir não tem como objetivo ser definitiva.
fazendo a rotação do trabalho desenvolvido pela
Em vez disso, seu objetivo é ilustrar a variedade de
equipe.
fatores mitigantes e salvaguardas que podem reduzir
ou eliminar ameaças à objetividade. Treinamento

Incentivos (Recompensas, Disciplina) O treinamento em métodos e abordagens


apropriadas melhora a objetividade. Além disso, o
Um sistema de recompensas e processos
treinamento também pode ajudar os auditores a
disciplinares, tanto na atividade de auditoria interna
reconhecer ameaças em potencial à objetividade,
quanto em toda a organização, pode reduzir ameaças
para que possam evitar ou gerenciá-las com eficácia
à objetividade. Por exemplo, um ambiente que
de forma oportuna.
recompensa o pensamento crítico e objetivo e
penaliza inclinações ou preconceitos pode encorajar Supervisão/Revisão
a objetividade no evento desses tipos de ameaça. A supervisão rigorosa dos auditores e a revisão
Pagamento de incentivo, folgas adicionais, horários cuidadosa de seu trabalho pode encorajar a equipe a
de trabalho flexíveis e outras recompensas positivas abordar as questões de auditoria objetivamente, já
podem ser usadas para encorajar e recompensar o que são responsáveis por seus julgamentos.
pensamento objetivo. Pesquisas indicam que a prestação de contas é um
Da mesma forma, penalidades que impactam fator importante para a melhoria de julgamentos e
revisões de desempenho, atrasam promoções e para a redução de tendências em uma auditoria.
outros progressos ou que exigem treinamento Avaliação de Qualidade
adicional, podem ser usadas para desencorajar a falta
de objetividade. Naturalmente, a forma como tais Revisões internas e externas da atividade de
programas de recompensa e disciplina são auditoria interna, seus serviços, processos e
estruturados e gerenciados é fundamental e deve ser procedimentos podem ajudar a garantir que ameaças
conduzida de forma profissional e balanceada, para à objetividade sejam eficientemente gerenciadas e
que seja vista como positiva e favorável. que o profissionalismo seja mantido. O

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Independência e Objetividade

monitoramento contínuo e revisões periódicas sinceramente, as fraquezas do sistema. Nesse


podem ajudar a garantir que processos estejam em contexto, um auditor pode se preocupar com o fato
prática e que a equipe de auditoria conduza suas de que exercícios futuros de autoavaliação poderiam
atividades de acordo com as políticas e ser prejudicados por descobertas negativas de
procedimentos designados. auditoria. Além disso, quando um auditor assume o
papel de facilitador, ele pode se envolver muito com
Práticas de Contratação
alguns clientes de auditoria, por desenvolver relações
Práticas de contratação também podem melhorar a pessoais que poderiam dificultar uma atitude crítica
probabilidade de que o pessoal esteja livre de em relação a esses clientes. Ou o auditor pode
tendências e seja capaz de fazer julgamentos desenvolver tendências cognitivas inconscientes, por
objetivos, durante a condução de trabalhos de conta do papel positivo de facilitador adotado no
auditoria interna. Por exemplo, a filtragem pode processo de autoavaliação, interpretando
garantir que funcionários em potencial não tenham informações sobre os clientes de auditoria mais
conflitos de interesses que ameacem sua positivamente do que objetivamente e buscando
objetividade. Além disso, determinar se os informações de confirmação.
candidatos têm parentes que trabalham para a
Embora o auditor possa estar lidando apenas com
organização, têm ações da organização, têm
ameaças individuais em alguns casos, haverá
familiares com relações de negócios com a empresa
ameaças múltiplas, fatores mitigantes e ferramentas
ou que tenham trabalhado em algum cargo oficial
de gestão usadas para lidar com as ameaças residuais
anteriormente ou fornecido serviços significantes
em muitas situações. Portanto, é recomendada uma
para a organização pode ajudar a garantir a
abordagem abrangente e integrada à identificação,
objetividade.
avaliação e gerenciamento das ameaças em
Terceirização potencial.
A terceirização das atividades de auditoria interna Ameaças à Objetividade no Nível da
pode ser apropriada quando houver conflitos de
interesses reais ou percebidos que possam prejudicar Atividade
o julgamento da equipe ou criar tendências em Alguns auditores internos sugeriram que certas
potencial. atividades, tais como serviços de consultoria e
serviços de autoavaliação de controle, conduzidas
Combinações de Ameaças à Objetividade
pela atividade de auditoria interna, podem ameaçar a
Em algumas circunstâncias, é possível que haja objetividade da atividade e resultar em um conflito
diversas categorias de ameaças ao mesmo tempo. de papéis. Por exemplo, se uma atividade presta
Por exemplo, muitos auditores internos prestam serviços de consultoria à gerência frequentemente,
serviços de autoavaliação de controle que envolvem ameaças à objetividade podem surgir na forma de
trabalhar com representantes de clientes de ameaças de autorrevisão e familiaridade no nível da
auditoria e facilitar sua revisão de riscos e controles. unidade. Ameaças de autorrevisão podem surgir
Algumas ameaças podem surgir dessas quando a auditoria interna está envolvida na
circunstâncias, tais como ameaças de autorrevisão, implementação de um sistema de informações de
se o auditor atuar como facilitador e, gestão de toda a organização e, subsequentemente,
subsequentemente, for designado para revisar os está envolvida em revisar este mesmo sistema.
controles sujeitos a esse exercício de avaliação. Além
Prestar serviços de consultoria não necessariamente
disso, ameaças de pressão social podem ocorrer se o
compromete a objetividade, especialmente se o
auditor facilitador se sentir pressionado a não “violar
auditor estiver envolvido principalmente em um
a confiança” depositada no processo de
cargo de aconselhamento (a auditoria interna não
autoavaliação pelos participantes que revelam,

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Independência e Objetividade

deve ser envolvida em um cargo de tomada de Trabalhos de consultoria incluem atividades de


decisões) e não há motivo para presumir que a aconselhamento e serviços relacionados – sua
objetividade do auditor é automaticamente natureza e escopo são acordados junto ao cliente – e
comprometida. Um profissional de auditoria interna têm como objetivo agregar valor e melhorar os
e a atividade de auditoria interna, dentro do contexto processos de governança, gerenciamento de riscos e
da estrutura descrita aqui, devem ser capazes de controle da organização, sem o auditor interno
reconhecer ameaças em potencial à objetividade, em assumir a responsabilidade de gestão. Exemplos
tarefas de auditoria subsequentes, considerar fatores incluem aconselhamento, orientação, facilitação e
mitigantes e tomar as atitudes apropriadas para treinamento.
reduzir ou eliminar ameaças residuais à objetividade.
Conforme mencionado anteriormente, prestar
Ameaças Não Resolvidas à Objetividade serviços de consultoria não necessariamente
compromete a objetividade, principalmente se o
Em algumas circunstâncias, é possível que ameaças auditor estiver envolvido em um cargo de orientação
à objetividade permaneçam não resolvidas, pela falta e não há motivo para presumir que sua objetividade
de mecanismos disponíveis para lidar com as está automaticamente comprometida. Um
ameaças não mitigadas, e que o trabalho não possa profissional de auditoria interna e a atividade de
ser terceirizado. O guia especifica que essas ameaças auditoria interna, dentro do contexto da estrutura
não resolvidas devem ser divulgadas ao comitê de descrita aqui, devem ser capazes de reconhecer
auditoria ou órgãos similares independentes, para ameaças em potencial à objetividade em trabalhos de
que as recomendações do auditor sejam revisadas no auditoria subsequentes relacionados a serviços de
contexto apropriado. Essa divulgação também pode consultoria anteriores, considerar fatores mitigantes
ser incluída no relatório de auditoria conforme e tomar as atitudes apropriadas para reduzir ou
apropriado. Em algumas situações, os membros do eliminar as ameaças residuais à objetividade. Os
comitê de auditoria ou da alta administração podem, auditores internos devem lembrar da Norma
de fato, ser o problema. Portanto, a melhor 1130.A1, que declara: “Os auditores internos devem
alternativa pode ser recusar conduzir a auditoria. Se abster-se de avaliar operações específicas pelas quais
o problema for sistêmico, o auditor interno deve tenham sido responsáveis anteriormente. Presume-
avaliar como o efeito de continuar na organização se que a objetividade fique prejudicada se um
pode impactar seu profissionalismo e seu auditor interno prestar serviços de avaliação de uma
comprometimento implícito com a integridade. atividade pela qual o auditor interno tenha sido
responsável durante ano anterior”.
Considerações para
Considerações para Tarefas
Trabalhos de Avaliação e
de Auditoria de Rotação
Consultoria
Tarefas de auditoria de rotação podem criar desafios
Trabalhos de avaliação incluem os serviços únicos e podem exigir considerações especiais para a
desenvolvidos para fornecer um exame objetivo de avaliação da independência e objetividade. Essas
evidências, com o propósito de fazer uma avaliação considerações especiais variam de acordo com a
independente dos processos de governança, natureza da atividade de rotação. Exemplos de
avaliação de riscos e controle da organização. Podem tarefas de auditoria típicas de rotação são:
ser exemplos disso trabalhos financeiros, de
 Os indivíduos podem ser empregados como
desempenho, de conformidade, de segurança dos
parte de uma equipe de auditoria de forma
sistemas e de diligência devida.

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Independência e Objetividade

temporária e, depois, voltar para outro organização (isto é, aqueles que foram para a
departamento, unidade operacional ou atividade de auditoria interna temporariamente ou
subsidiária da organização. Estas tarefas para uma tarefa de rotação) podem precisar de ações
podem ser usadas em trabalhos muito adicionais para ajudar a assegurar sua independência
curtos, como de duas ou três semanas, até e objetividade. Auditores em rotação podem encarar
períodos maiores de tempo, que podem se desafios ou ameaças à sua independência ou
estender de dois a três anos. objetividade que façam com que temam que suas
chances de retornar à área de onde saíram em
 Estagiários ou trainees de gestão empregados
rotação sejam prejudicadas. Esses desafios ou
pela organização podem ser colocados na
ameaças podem vir de partes externas, com as quais
atividade de auditoria interna como parte de
os auditores lidam durante atividades de auditoria,
seu treinamento e desenvolvimento.
ou as ameaças podem ser auto-impostas.
 O cargo do DEA, em algumas organizações,
A lista a seguir apresenta considerações ou ações
pode estar sujeito a tarefas de rotação. Esse
que podem ser necessárias para os auditores em
tipo de tarefa normalmente dura mais tempo
tarefas de rotação.
– geralmente, pelo menos dois anos – mas
pode se estender até cinco ou mais anos,  Se o DEA, em rotação, entrou na atividade
dependendo das necessidades da de auditoria interna e tem a expectativa de
organização. retornar a uma unidade operacional ou outra
subsidiária da organização, possíveis
Os exemplos descritos geralmente envolvem tarefas
salvaguardas podem ser:
de rotação “dentro” da atividade de auditoria interna.
Novamente, os auditores internos devem lembrar da - Garantir que o DEA esteja ciente das
Norma 1130.A1 que governa avaliando atividades Normas do IIA relacionadas à
pelas quais os auditores tenham sido responsáveis independência e objetividade e ciente do
anteriormente. As tarefas de rotação também podem Código de Ética.
ser estruturadas de modo que os auditores internos - Garantir que o comitê de auditoria esteja
possam “sair” da atividade de auditoria interna por ciente desse acordo, preferencialmente
um período de tempo. Os auditores internos de documentando uma discussão nas
todos os níveis – equipe, gerência ou até mesmo o minutas do comitê de auditoria.
DEA – podem sair da auditoria interna e ser
colocados em outro departamento, unidade de - Encarregar terceiros da supervisão do
negócios ou subsidiária da organização. Geralmente, trabalho de auditoria conduzido na área à
preocupações com a independência e a objetividade qual o DEA retornará.
precisarão ser avaliadas apenas quando o indivíduo - Exigir que o DEA se abstenha das
voltar para a atividade de auditoria interna. questões que sejam um problema e que
Os auditores internos que estiverem buscando delegue todas as atividades necessárias
orientações acerca de situações nas quais o auditor nessa área, inclusive o reporte ao
interno pode ser empregado no trabalho de auditoria conselho, a um vice-DEA ou gerente de
relacionado a áreas pelas quais ele já foi responsável auditoria, quando a função de auditoria
anteriormente devem consultar a Norma 1130 (veja interna for grande o suficiente.
o Anexo). Esta orientação é normalmente - Incluir uma parte independente (ex.,
direcionada a auditores que se uniram ou, em uma outro executivo ou gerente) para observar
tarefa de rotação, “entraram” na atividade de ou participar das reuniões do DEA com a
auditoria interna de forma permanente. Os auditores gerência interina da área à qual o DEA
internos que podem voltar para outras áreas da retornará, em situações que envolvam

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Independência e Objetividade

problemas, questões de auditoria, - Garantir que os auditores estão cientes


questões pessoais ou outras discussões de das Normas do IIA relacionadas à
importância. independência e objetividade e cientes do
Código de Ética.
- Considerar uma revisão especial das
interações (ex., relatórios, reuniões - Garantir que gerentes de auditoria e
importantes, etc.) entre o DEA e a área à supervisores “de carreira” revisem o
qual ele retornará quando uma decisão trabalho dos auditores em rotação.
for tomada, se a área de retorno do DEA
- Evitar encarregar auditores em rotação, se
for desconhecida ou a ser determinada
possível, de áreas às quais eles podem
posteriormente.
retornar.
 Para auditores de equipe e gerentes de - Garantir que as divulgações apropriadas
auditoria que, em rotação, podem ser sejam feitas e que as discussões
colocados na auditoria interna e retornarão adequadas tenham sido conduzidas com
para outra unidade operacional ou o comitê de auditoria e a gerência.
subsidiária, possíveis salvaguardas são:
- Garantir que o auditor que entrou na
atividade de auditoria interna esteja
Estruturas para Avaliar a
ciente das Normas do IIA relacionadas à
independência e objetividade e ciente do
Independência e a
Código de Ética.
- Evitar encarregar funcionários em
Objetividade
rotação, se possível, das áreas de A independência e a objetividade são necessárias
auditoria às quais eles retornarão. Isso é para serviços eficazes de auditoria interna. As duas
mais facilmente alcançado em grandes devem ser gerenciadas com eficácia para que as
setores de auditoria. Setores de auditoria atividades de auditoria interna estejam em
com recursos limitados podem precisar conformidade com a IPPF. Esta seção oferece um
tomar outras precauções. processo e estruturas para o gerenciamento de
- Fazer a supervisão e revisão adicional do ameaças, tanto à independência quanto à
trabalho conduzido pelos auditores que objetividade. Essas estruturas têm foco direto nas
podem estar auditando uma área à qual metas de independência e objetividade nos níveis
eles voltarão mais cedo ou mais tarde. organizacional, de trabalho e pessoal, exigindo que
os auditores internos identifiquem ameaças à sua
- Garantir que as divulgações apropriadas
independência e objetividade. Além disso, os
estejam incluídas nos relatórios de
auditores internos devem avaliar e mitigar essas
auditoria.
ameaças e avaliar se eles podem ser independentes e
- Garantir que as discussões adequadas objetivos, considerando os passos tomados para
tenham sido conduzidas com o comitê de mitigar as ameaças identificadas.
auditoria, gerência e a área a ser auditada.
A estrutura de independência reconhece que a
 Para organizações que têm setores de independência é uma questão principalmente
auditoria “rotacionais”, nos quais se espera organizacional e estrutural. A estrutura de
que parte da equipe de auditoria vá para objetividade reconhece que a objetividade é um
outra área da organização, as seguintes estado de espírito. A avaliação das ameaças à
salvaguardas podem ser consideradas: independência ou objetividade – e sua mitigação ou

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Independência e Objetividade

gerenciamento – é, em grande parte, um processo de ameaças à sua própria independência ou


autoavaliação por parte dos auditores internos. As objetividade.
estruturas dependem do profissionalismo dos DEAs
A tabela a seguir apresenta um diagrama de processo
e auditores individuais. Os auditores internos devem
para o gerenciamento de ameaças à independência
aceitar a responsabilidade de gerenciar e divulgar
ou objetividade.

PROCESSO PARA GERENCIAR AMEAÇAS À INDEPENDÊNCIA OU OBJETIVIDADE

Gerenciar Avaliar a Determinar as


Avaliar a Identificar Avaliar
Identificar a Proativamente Presença de Consequências Revisão e
Importância Fatores Ameaça
Ameaça Ameaças Ameaças não de Reporte e Monitoramento
da Ameaça Mitigantes Residual
Residuais Resolvidas Divulgação
—> —> —> —> —> —> —> —>

Identificar a ameaça. A primeira responsabilidade Identificar fatores mitigantes. Depois de identificar


dos auditores no processo de gerenciamento da e avaliar a importância das ameaças à independência
independência ou objetividade é identificar possíveis e objetividade, os auditores internos devem
ameaças à independência ou objetividade. identificar fatores mitigantes que possam aliviar as
Quaisquer situações ou circunstâncias que possam ameaças. Os fatores mitigantes podem incluir, mas
fazer com que os auditores internos questionem sua não são limitados a, o apoio do comitê de auditoria,
habilidade de agir livremente ou sem tendências questões de segurança no trabalho, capital de
podem ser identificadas como ameaças. Até mesmo reputação e penalidades legais/profissionais. Os
ameaças aparentemente insignificantes à auditores internos devem tomar cuidado para
independência e objetividade devem ser identificar os fatores mitigantes relevantes para
identificadas durante essa etapa. As ameaças podem determinar se a ameaça pode ser mitigada e, se
surgir de, mas não estão limitadas a, questões puder, qual a melhor forma de mitigar o risco da
relacionadas ao reporte ou deficiências independência ou objetividade comprometida.
organizacionais, ou relações pessoais, financeiras ou
Avaliar a ameaça residual. Após identificar os
de tarefa. As ameaças identificadas pelos auditores
fatores mitigantes para ameaças relacionadas à
devem ser transmitidas ao DEA, para que ele possa
independência e objetividade, o auditor interno
gerenciá-las proativamente.
deve, então, determinar se esses fatores amenizaram
Avaliar a importância da ameaça. A segunda etapa suficientemente as ameaças, para permitir que os
do processo exige que os auditores avaliem a auditores desempenhem seu trabalho de auditoria,
importância das ameaças à independência ou de modo que o risco de auditorias ineficazes seja
objetividade identificadas no estágio anterior. Avaliar mínimo. O auditor interno deve ser cuidadoso, para
a importância exige que os encarregados dos serviços evitar presumir que os fatores tenham mitigado
de auditoria interna considerem se as ameaças adequadamente todos os seus riscos de
podem comprometer sua independência ou independência e objetividade e deve fazer essa
objetividade e se as ameaças aparentemente avaliação pela perspectiva das pessoas que contam
insignificantes poderiam se intensificar com o com seus julgamentos. Nos casos em que existirem
tempo. A avaliação da importância das ameaças deve ameaças residuais significantes ou se o auditor
ser considerada tanto no contexto de circunstâncias interno não estiver inteiramente certo de sua própria
imediatas quanto futuras. independência e objetividade, a avaliação deve ser

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Independência e Objetividade

feita ou revisada pelo DEA ou, quando necessário, presença de ameaças materiais e não resolvidas à
pela alta administração e/ou pelo comitê de independência ou objetividade, os auditores devem
auditoria. reportar os detalhes da situação ao nível apropriado
(ex., alta administração, comitê de auditoria ou
Gerenciar proativamente ameaças residuais. As
conselho de administração ou equivalente). Ameaças
ameaças à independência ou à objetividade que não
não resolvidas também devem ser divulgadas em
forem amenizadas suficientemente pelos fatores
relatórios de auditoria. Tal comunicação previne
mitigantes devem ser gerenciadas apropriadamente
usuários de, inadvertidamente, obter uma avaliação
pelos auditores (até onde for possível), para garantir
não garantida de um trabalho que foi realizado na
que as auditorias possam ser desempenhadas sem
presença de uma ameaça significante não resolvida à
interferência e parcialidade. As ferramentas
independência ou objetividade.
sugeridas para gerenciar ameaças residuais à
independência ou à objetividade incluem, mas não Revisar e monitorar. Para todo trabalho de auditoria,
estão limitadas a, estatutos de auditoria fortes, o DEA deve conduzir uma revisão geral da atividade
revisões terceirizadas, separação de deveres de de auditoria e estruturação de equipe relacionada,
auditoria ou contratar trabalhos para outra parte. para determinar se a independência e a objetividade
foram gerenciadas com eficácia. Isso exigiria a
Avaliar a presença de ameaças não resolvidas.
aceitação de trabalhos compatíveis com o papel da
Nessa etapa, os auditores devem revisar quaisquer
atividade de auditoria interna na organização. Além
ameaças remanescentes que não puderam ser
disso, o DEA deve revisar e monitorar o processo de
resolvidas adequadamente, através da identificação
gerenciamento de ameaças à independência ou
de fatores mitigantes ou esforços da gerência. Se o
objetividade para trabalhos individuais de auditoria.
auditor determinar que as ameaças não mitigadas e
Os comitês de auditoria ou outros órgãos similares
não gerenciadas, significantes à independência ou à
também podem fazer parte do processo de
objetividade, ainda existem, ele deve, em conjunto
monitoramento e revisão. Finalmente, a profissão da
com as partes apropriadas, avaliar se é possível ou
auditoria interna exige avaliações da qualidade das
prático realizar o trabalho. Em muitos casos, pode
atividades de auditoria interna. Essas avaliações
ser aconselhado informar os prováveis usuários do
devem incluir o processo para garantir a
serviço sobre as ameaças não resolvidas, antes de
conformidade com as normas de independência e
começar o trabalho de auditoria. Se, após o
objetividade.
aconselhamento e a consultoria, for decidido pela
realização do trabalho, apesar das ameaças não A tabela a seguir apresenta uma estrutura para
resolvidas à independência ou à objetividade, as gerenciar ameaças à independência, em todos os
consequências de reporte devem ser consideradas níveis de envolvimento da auditoria.
cuidadosamente.
Determinar as consequências de reporte e
documentação. Os fatores mitigantes identificados e
os passos tomados para gerenciar as ameaças à
independência ou à objetividade devem ser
documentados adequadamente, para oferecer um
registro preciso dos esforços dos auditores para
alcançar a independência e a objetividade. Esse
registro fornecerá informações valiosas ao órgão
governante da organização e às equipes profissionais
de revisão de certificação de qualidade. Além disso,
se for tomada a decisão de conduzir o trabalho na

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Independência e Objetividade

ESTRUTURA DE INDEPENDÊNCIA GERENCIADA

NÍVEL QUESTÕES

I. Individual  Gerenciamento da independência do auditor


 Relacionamento de reporte do auditor

II. Trabalho  Revisão da independência do auditor


 Acesso à informação
 Liberdade de influências ou controle por parte do cliente de auditoria

III. Atividade de  Garantir que a independência seja gerenciada (incluindo terceirização)


Auditoria Interna
 Colocação organizacional
 Estatutos fortes

IV. Organização  Interesse e apoio da gerência à independência


 Políticas de recursos humanos (ex., contratação, demissão e promoção)

V. Profissão  Definição de normas, educação e aplicação


 Promoção ativa do gerenciamento da independência
 Monitoramento dos resultados no nível da profissão

BASE: NECESSIDADE DE INDEPENDÊNCIA

O Nível I descreve questões no nível do auditor independência seja apropriadamente gerenciada em


interno individual. Um componente chave da trabalhos individuais. O DEA pode querer
independência é a relação de reporte do auditor considerar terceirizar um trabalho, caso a
interno. independência em relação aos clientes de auditoria
não possa ser gerenciada em um nível apropriado.
O Nível II descreve questões no nível de projeto.
Nesse nível, a liberdade de influências indevidas ou O Nível IV descreve questões no nível
controle por parte do cliente de auditoria é organizacional. As políticas devem ser estabelecidas
fundamental. para garantir que os auditores sejam livres para
conduzir auditorias e resultados de relatórios sem
O Nível III descreve questões no nível da atividade
interferência. Por último, o DEA deve estar
de auditoria interna. O DEA é responsável pelo
ativamente envolvido com o comitê de auditoria ou
reporte de quaisquer ameaças residuais não
órgãos similares para garantir o mais alto nível de
mitigadas à independência para o comitê de
independência da atividade de auditoria.
auditoria ou outras partes apropriadas e é
responsável também por garantir que a

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IPPF – Guia Prático
Independência e Objetividade

O Nível V descreve o nível da profissão e engloba as contas podem exigir a revisão de documentos de
atividades realizadas por órgãos profissionais, como o independência, por parte do governo. Em outros
IIA. Esses órgãos profissionais podem garantir que ambientes, o incentivo e apoio regulatórios
normas e orientações – o que aprimorará a geralmente fornecem um reforço adicional na
habilidade do auditor interno de gerenciar a conformidade com requisitos profissionais.
independência e orientar organizações no
A tabela a seguir apresenta uma estrutura para
estabelecimento da independência apropriada e
gerenciar ameaças à objetividade, em todos os níveis
adequada da auditoria interna – sejam promulgadas.
de envolvimento da auditoria.
Em serviços financeiros e algumas outras indústrias
regularizadas, limiares mais altos de prestação de

ESTRUTURA DE OBJETIVIDADE GERENCIADA

NÍVEL QUESTÕES

I. Individual  Gerenciamento da objetividade do auditor


 Gerenciamento do profissionalismo

II. Trabalho  Revisão da objetividade do auditor


 Revisão do profissionalismo do auditor e do processo de auditoria

III. Atividade de  Rotação de funcionários entre cargos


Auditoria Interna
 Garantir que a objetividade seja gerenciada (incluindo terceirização)
 Revisão das práticas de contratação

IV. Organização  Interesse da gerência na objetividade


 Políticas de recursos humanos (contratação, demissão, promoção)
 Revisões de Certificação de Qualidade

V. Profissão  Definição de normas, educação e aplicação


 Promoção ativa do gerenciamento da objetividade
 Monitoramento dos resultados no nível da profissão
 Certificação

BASE: NECESSIDADE DE OBJETIVIDADE

O Nível I descreve questões no nível do auditor competência, integridade e uso do zelo devido) é
interno individual e é o ponto no qual as ameaças à fomentado. Esse profissionalismo, por sua vez,
objetividade são identificadas e proativamente cultiva a objetividade.
gerenciadas. É também nesse nível que o
profissionalismo do auditor interno (ex.,

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IPPF – Guia Prático
Independência e Objetividade

O Nível II descreve questões no nível de projeto. O auditores a identificar e entender as ameaças a


nível de projeto é onde é feita uma revisão da julgamentos objetivos.
objetividade do auditor individual e das ameaças
relacionadas, assim como a revisão padrão de
práticas, procedimentos e julgamentos de auditoria.
A supervisão apropriada da equipe de auditoria e a
revisão do trabalho de auditoria podem ajudar a
encorajar resultados livres de parcialidade.
O Nível III descreve questões no nível da atividade
de auditoria interna. Esse é o ponto no qual o DEA
toma medidas para aprimorar a objetividade, como a
rotação de auditores nos trabalhos. O DEA também
é responsável por reportar quaisquer ameaças
residuais não mitigadas à objetividade para o comitê
de auditoria ou outras partes apropriadas, além de
responsável também por garantir que a objetividade
seja gerenciada apropriadamente em todos os
projetos.
O Nível IV descreve questões no nível
organizacional. A atividade de auditoria interna deve
ter a liberdade de gerenciar apropriadamente as
ameaças à sua objetividade. A gerência também deve
apoiar ativamente a auditoria interna. Devem ser
estabelecidas políticas para garantir que os auditores
não sejam penalizados por trazer problemas à tona e
identificar questões na organização.
O Nível V descreve o nível da profissão e engloba as
atividades realizadas por órgãos profissionais, como o
IIA. Esses órgãos profissionais podem garantir que
normas e orientações – o que aprimorará a
habilidade do auditor interno de gerenciar a
independência e orientar organizações no
estabelecimento da independência apropriada e
adequada da auditoria interna – sejam promulgadas.
Eles também podem ajudar a garantir a qualidade e
os controles dos processos para objetividade, através
de revisões de certificação de qualidade por pares.
Em alguns ambientes, o incentivo e apoio
regulatórios geralmente fornecem um reforço
adicional na conformidade com requisitos
profissionais. Além disso, programas educacionais
podem ser oferecidos para direcionar o foco para o
aprimoramento da objetividade e para ajudar os

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IPPF – Guia Prático
Independência e Objetividade

Autor:
Steven E. Jameson, CIA, CFSA, CCSA, CPA, CBA, CFE

Colaboradores e Revisores:
Douglas J. Anderson, CIA

Jacques R. Lapointe, CIA, CGAP

Sam M. McCall, PhD, CIA, CGAP, CPA, CGFM

Maria E. Mendes, CIA, CCSA

Melinda M. Miguel

Patricia A. MacDonald

James Rose, CIA

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IPPF – Guia Prático
Independência e Objetividade

diretor executivo de auditoria deve confirmar junto


Anexo ao conselho, pelo menos anualmente, a
independência organizacional da atividade de
Orientações da IPPF sobre auditoria interna.
Independência e Objetividade Interpretação:
As Normas Internacionais para a Prática Profissional A independência dentro da organização se alcança de
de Auditoria Interna (Normas) fornecem as forma efetiva quando o diretor executivo de auditoria
seguintes orientações relacionadas à independência reporta funcionalmente ao conselho. Alguns exemplos
e objetividade. de reporte funcional ao Conselho implicam que este:
• Aprove o estatuto de auditoria interna;
• Aprove o plano de auditoria com base em
1100 – Independência e Objetividade (Norma)
riscos;
A atividade de auditoria interna deve ser • Aprove o orçamento de auditoria e o plano de
independente e os auditores internos devem ser recursos;
objetivos ao executar seus trabalhos.  Receba comunicações do diretor executivo de
Interpretação: auditoria sobre o desempenho do plano de
auditoria interna e outros assuntos;
Independência é a imunidade quanto às condições que • Aprove as decisões referentes à nomeação e
ameaçam a capacidade da atividade de auditoria demissão do diretor executivo de auditoria;
interna de conduzir as responsabilidades de auditoria • Aprove a remuneração do diretor executivo de
interna de maneira imparcial. Para atingir o grau de auditoria; e
independência necessário para conduzir eficazmente as • Formule questionamentos adequados à
responsabilidades da atividade de auditoria interna, o administração e ao diretor executivo de
diretor executivo de auditoria tem acesso direto e auditoria para determinar se existem escopos
irrestrito à alta administração e ao conselho. Isto pode inadequados ou limitações de recursos.
ser alcançado através de um relacionamento de duplo – 1110.A1 – A atividade de auditoria interna
reporte. As ameaças à independência devem ser deve estar livre de interferências na
gerenciadas nos níveis do auditor individual, do determinação do escopo da auditoria interna,
trabalho de auditoria, funcional e organizacional. na execução dos trabalhos e na comunicação
A objetividade é uma atitude mental imparcial que de resultados.
permite aos auditores internos executar os trabalhos de
auditoria de maneira a confiar no resultado de seu Prática Recomendada 1110-1:
trabalho e que não haja nenhum comprometimento da Independência Organizacional (1º Jan. 2009)
qualidade. A objetividade requer que os auditores
1. O apoio da alta administração e do conselho ajuda
internos não subordinem a outras pessoas o seu
a atividade de auditoria interna a ganhar a
julgamento em assuntos de auditoria. As ameaças à
cooperação dos clientes do trabalho e a conduzir seu
objetividade devem ser gerenciadas nos níveis do
trabalho sem interferências.
auditor individual, do trabalho de auditoria, funcional
e organizacional. 2. O diretor executivo de auditoria (DEA),
reportando funcionalmente ao conselho e
1110 – Independência Organizacional (Norma)
administrativamente ao diretor executivo da
O diretor chefe de auditoria deve reportar a um nível organização, facilita a independência organizacional.
dentro da organização que permita à atividade de No mínimo, o DEA precisa reportar a um indivíduo
auditoria interna cumprir suas responsabilidades. O na organização com autoridade suficiente para

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IPPF – Guia Prático
Independência e Objetividade

promover a independência e para garantir uma  Comunicação interna e fluxos de


ampla cobertura de auditoria, a consideração informação.
adequada das comunicações de trabalho e a ação
 Administração das políticas e procedimentos
apropriada em relação às recomendações do
da atividade de auditoria interna.
trabalho.
3. O reporte funcional ao conselho normalmente 1120 – Objetividade Individual (Norma)
envolve que o conselho: Os auditores internos devem adotar uma atitude
imparcial e isenta e evitar qualquer conflito de
 Aprove o estatuto geral da atividade de
interesses.
auditoria interna.
Interpretação:
 Aprove a avaliação de riscos de auditoria
interna e o plano de auditoria relacionado. O conflito de interesses é uma situação na qual um
auditor interno, que esteja em uma posição de
 Receba comunicações do DEA sobre os
confiança, tenha um interesse profissional ou pessoal
resultados das atividades de auditoria interna
conflitante. Tais interesses conflitantes podem tornar
ou outras questões que o DEA determine
difícil para ele ou ela executar suas funções com
necessárias, incluindo reuniões particulares
imparcialidade. Um conflito de interesses existe mesmo
com o DEA sem a presença da gerência,
que não resulte em um ato antiético ou impróprio. Um
assim como a confirmação anual da
conflito de interesses pode criar uma aparência de
independência organizacional da atividade
impropriedade que pode abalar a confiança no auditor
de auditoria interna.
interno, na atividade de auditoria interna e na
 Aprove todas as decisões relativas à avaliação profissão. Um conflito de interesses pode prejudicar a
do desempenho, indicação ou remoção do habilidade do indivíduo de executar suas funções e
DEA. responsabilidades objetivamente.
 Aprove a compensação anual e o ajuste Prática Recomendada 1120-1:
salarial do DEA.
Objetividade Individual (1º Jan. 2009)
 Fazer as investigações apropriadas da 1. A objetividade individual significa que os
gerência e do DEA, para determinar se auditores internos executam seus trabalhos de forma
houve limitações do escopo ou orçamento de que confiem sinceramente no produto de seu
auditoria que tenham impedido a habilidade trabalho e que não haja qualquer comprometimento
da atividade de auditoria interna de executar significativo da qualidade. Os auditores internos não
suas responsabilidades. devem ser expostos a situações que possam
4. O reporte administrativo é o relacionamento de prejudicar sua capacidade de fazer julgamentos
reporte dentro da estrutura de gestão da organização profissionais objetivos.
que facilita as operações diárias da atividade de 2. A objetividade individual envolve o diretor
auditoria interna. O reporte administrativo executivo de auditoria (DEA) na organização das
normalmente inclui: designações da equipe que impeçam o conflito de
 Contabilidade orçamentária e gerencial. interesse potencial e real e qualquer parcialidade,
obtendo periodicamente informações da equipe de
 Administração dos recursos humanos, auditoria interna a respeito de conflitos de interesses
incluindo avaliações e compensação do em potencial e tendências e, quando possível,
pessoal. fazendo a rotação da equipe de auditoria interna
periodicamente.

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3. A revisão dos resultados do trabalho de auditoria auditoria tenha responsabilidade devem ser
interna, antes da liberação das comunicações supervisionados por uma parte externa à
relacionadas ao trabalho, auxilia no fornecimento de atividade de auditoria interna.
uma avaliação razoável de que o trabalho foi
– 1130.C1 – Os auditores internos podem
realizado objetivamente.
prestar serviços de consultoria relativos às
4. A objetividade do auditor interno não é operações pelas quais tenham sido responsáveis
adversamente prejudicada quando o auditor anteriormente.
recomenda padrões de controle para sistemas ou
– 1130.C2 – Caso os auditores internos
revisa procedimentos antes que estes sejam
tenham potenciais prejuízos à independência
implementados. A objetividade do auditor é
ou à objetividade com relação aos serviços de
considerada prejudicada se o auditor desenvolve,
consultoria propostos, o cliente do trabalho de
instala, planeja procedimentos para esses sistemas
auditoria deve ser informado antes de o
ou os opera.
trabalho ser aceito.
1130 – Prejuízo à Independência ou à Objetividade
Prática Recomendada 1130-1: Prejuízo à
Caso a independência ou a objetividade sejam Independência ou à Objetividade (1º Jan. 2009)
prejudicadas de fato ou na aparência, os detalhes de
1. Os auditores internos devem reportar ao diretor
tal prejuízo devem ser divulgados às partes
executivo de auditoria (DEA) quaisquer situações
apropriadas. A natureza da divulgação dependerá do
nas quais um prejuízo real ou em potencial à
tipo de prejuízo.
independência ou objetividade possa ocorrer ou se
Interpretação: tiverem dúvidas sobre se a situação constitui um
O prejuízo à independência organizacional e prejuízo à objetividade ou à independência. Se o
objetividade individual pode incluir, mas não se limita DEA determinar que há ou pode haver um prejuízo,
a, a um conflito de interesses pessoal; limitações de ele deve realocar o auditor.
escopo; restrição de acesso aos registros, ao pessoal e às 2. Uma limitação de escopo é uma restrição
propriedades e limitações de recursos, tais como colocada sobre a atividade de auditoria interna que
recursos financeiros. A determinação das partes impede a atividade de alcançar seus objetivos e
apropriadas para as quais os detalhes do prejuízo à planos. Entre outras coisas, uma limitação de escopo
independência ou à objetividade devem ser divulgados pode restringir:
depende das expectativas em relação à atividade de
 O escopo definido no estatuto da auditoria
auditoria interna e das responsabilidades do diretor
interna.
executivo de auditoria junto à alta administração e ao
conselho, conforme esteja descrito no estatuto de  O acesso da atividade de auditoria interna a
auditoria interna, assim como da natureza do prejuízo. registros, pessoal e propriedades físicas
relevantes ao desempenho dos trabalhos.
– 1130.A1 – Os auditores internos devem
abster-se de avaliar operações específicas pelas  O cronograma de trabalho de auditoria
quais tenham sido responsáveis anteriormente. aprovado.
Presume-se que a objetividade fique
 O desempenho dos procedimentos de
prejudicada se um auditor interno prestar
trabalho necessários.
serviços de avaliação de uma atividade pela
qual o auditor interno tenha sido responsável  O plano de estruturação de equipe e o
durante ano anterior. orçamento financeiro aprovados.
– 1130.A2 – Os trabalhos de avaliação de 3. Uma limitação de escopo, junto com seu efeito
funções pelas quais o diretor executivo de potencial, precisa ser comunicado,

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preferencialmente por escrito, ao conselho. O DEA deveres sujeitos a avaliações periódicas de auditoria
precisa considerar se é apropriado informar o interna. Se eles tiverem essa responsabilidade, então
conselho das limitações de escopo que foram não estarão atuando como auditores internos.
comunicadas anteriormente e aceitas pelo conselho.
2. Quando a atividade de auditoria interna, o diretor
Isso pode ser necessário, principalmente, quando
executivo de auditoria (DEA) ou um auditor interno
tenham ocorrido mudanças na organização, no
individual é responsável ou está sendo considerado
conselho, na alta administração ou outras.
pela gerência para ter uma responsabilidade
4. Os auditores internos não devem aceitar operacional que a atividade de auditoria interna pode
gratificações, presentes ou entretenimento da parte vir a auditar, a independência e a objetividade do
de um funcionário, cliente, consumidor, fornecedor auditor interno podem ser prejudicadas. No mínimo,
ou colega de negócio, que possa criar a aparência de o DEA precisa considerar os seguintes fatores na
que a objetividade do auditor tenha sido avaliação do impacto na independência e
comprometida. A aparência de uma objetividade objetividade:
comprometida pode se aplicar a trabalhos atuais ou
 Requisitos do Código de Ética e das
futuros a serem desenvolvidos pelo auditor. O status
Normas.
do trabalho não deve ser considerado como
justificativa para receber gratificações, presentes ou  Expectativas das partes interessadas que
entretenimento. O recebimento de itens possam incluir os acionistas, o conselho de
promocionais (como canetas, calendários ou administração, a gerência, órgãos legislativos,
amostras) disponíveis aos funcionários e público entidades públicas, órgãos regulatórios e
geral e que têm valor mínimo não prejudica os grupos de interesse público.
julgamentos profissionais dos auditores internos. Os
 Auxílios e/ou restrições contidas no estatuto
auditores internos devem reportar imediatamente a
de auditoria interna.
seus supervisores a oferta de toda e qualquer
gratificação ou presente.  Divulgações exigidas pelas Normas.
PA 1130.A1-1: Avaliando as Operações pelas quais  A cobertura de auditoria das atividades ou
os Auditores Internos Foram Responsáveis responsabilidades assumidas pelo auditor
Anteriormente (1º Jan. 2009) interno.
As pessoas tranferidas ou temporariamente  A importância da função operacional para a
envolvidas na atividade de auditoria interna não organização (em termos de receita, despesas,
devem ser encarregadas de auditar as atividades que reputação e influência).
conduziram anteriormente ou pelas quais tenham
 Extensão ou duração da tarefa e escopo da
tido responsabilidade de gestão, até que pelo menos
responsabilidade.
um ano tenha transcorrido. Tais tarefas são
consideradas prejudiciais à objetividade e  Adequação da separação de deveres.
considerações adicionais devem ser feitas na
 Se há algum histórico ou outras evidências
supervisão do trabalho de auditoria e na
de que a objetividade do auditor interno
comunicação dos resultados do trabalho.
possa estar em risco.
PA 1130.A2-1: A Responsabilidade da Auditoria
3. Se o estatuto de auditoria interna contém
Interna por Outras Funções (de Não-Auditoria) (1º
restrições específicas ou linguajar limitante com
Jan. 2009) relação à designação de funções de não-auditoria ao
1. Os auditores internos não devem aceitar a auditor interno, então são necessárias divulgações e
responsabilidade por funções de não-auditoria ou discussões com a gerência sobre tais restrições. Se a

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gerência insistir em tal designação, então são


necessárias divulgações e discussões com o conselho
sobre tal questão. Se o estatuto de auditoria interna
não abordar o assunto, a orientação dada nos pontos
a seguir deve ser considerada. Todos os pontos
descritos a seguir estão subordinados à linguagem do
estatuto de auditoria interna.
4. Quando a atividade de auditoria interna aceita
responsabilidades operacionais e essa operação é
parte do plano de auditoria interna, o DEA precisa:
 Minimizar o prejuízo à objetividade, usando
uma entidade terceira, contratada, ou
auditores externos para completar as
auditorias dessas áreas que reportam ao
DEA.
 Confirmar que os indivíduos com
responsabilidade operacional por essas áreas
que reportam ao DEA não participem das
auditorias internas da operação.
 Garantir que os auditores internos
conduzindo o trabalho de avaliação dessas
áreas que reportam ao DEA sejam
supervisionados pela alta administração e
pelo conselho, reportando os resultados da
avaliação a eles.
 Divulgar as responsabilidades operacionais
do auditor interno pela função, a
importância da operação para a organização
(em termos de receita, despesas e outras
informações pertinentes) e o relacionamento
daqueles que auditaram a função.
5. As responsabilidades operacionais do auditor
precisam ser divulgadas no relatório de auditoria
relacionado dessas áreas que reportam ao DEA e,
também, na comunicação padrão do auditor interno
com o conselho. Os resultados da auditoria interna
também podem ser discutidos com a gerência e/ou
outras partes interessadas apropriadas. A divulgação
de prejuízo não anula o requisito de que os trabalhos
de avaliação das funções pelas quais o DEA tenha
sido responsável anteriormente precisam ser
supervisionados por uma parte externa à atividade de
auditoria interna.

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Sobre o Instituto Isenção de Responsabilidade


Fundado em 1941, The Institute of Internal Auditors O IIA publica este documento para fins informativos
(IIA) é uma associação profissional com sede global e educacionais. Este material de orientação não tem
em Altamonte Springs, Fla., EUA. O IIA é a voz da como objetivo fornecer respostas definitivas a
profissão de auditoria interna em todo o mundo, específicas circunstâncias individuais e, como tal,
autoridade reconhecida, líder valorizado, advogado tem o único propósito de servir de guia. O IIA
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