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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS


FACULDADE DE HISTÓRIA
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
Discente: Francilene do Rosário Castro Reis - 202079240031

O primeiro texto é um capítulo do livro Estado y régimen en Latinoamérica de


James Petras nomeado El proceso de redemocratización, onde ele inicia caracterizando o
processo de redemocratização em países da América Latina, o autor estabelece quatro, o
processo controlado, o por etapas,o segmentado e o preventivo, além de afirmar que esse
processo ocorria em três etapas.
Algo apontado pelo o autor como um ponto chave no processo de
redemocratização foi o projeto econômico adotado pelos regimes ditatoriais nos países da
América Latina, uma vez que são vistos como fracassos, pois agravaram a desigualdade
social, o que abriu espaço para o fortalecimento de movimentos sociais que fizeram frente
do movimento de redemocratização.
Para enfrentamento desses movimentos sociais que surgiram no contexto de crise
econômica, surgem três classificações de militares, os que almejavam a volta da
radicalização da ditadura (terror da fase inicial), um segundo grupo ques estava disposto a
mudar algumas coisas para garantir a continuidade da influência dos militares na política,
e um terceiro grupo que estava aberto para o diálogo com outros setores sociais.
Por fim, posso concluir que a transição para a democracia só é viável quando há
abertura dos militares para isso, como o próprio autor reforça no texto, no entanto, é claro
que nesse processo de negociação alguns benefícios são concedidos aos militares, pelo
menos na maioria dos processos de redemocratização

No artigo escrito por Pablo Martins B. Coelho — As relações civis e militares: o


colapso do regime autoritário e a formação da democracia no Uruguai. Para iniciar a
discussão proposta pelo autor, é iniciado um debate de produções que trabalharam a
questão da transição de regimes ditatoriais para governos democráticos.
O autor cita alguns trabalhos que delimitam fases para esse processo, o de
Dankwart com três fases, a primeira fase de conflito entre os que dominam e os
dominados, a segunda de uma espécie de consenso entre as lideranças dos que antes
estavam em conflito, e a terceira que é um processo de adaptação mútua sob um governo
democrático, ele se baseia para isso em casos europeus, não se utilizando dos processos
que surgem na América Latina.
Cita também O’Donnel e Schmitter que estabeleceram duas fases nesse processo
a partir do que pôde ser observado na América Latina, além de muitos outros estudiosos
que buscavam determinar essas fases através de marcos do processo, até chegar em autores
que buscavam delimitar essas fases para além dos marcos, buscavam as dinâmicas de
poder na sociedade, tomando o exemplo de Uruguai, o momento em civis puderam se opor
politicamente aos militares, ou seja, o momento em que ser militar não era garantia
influência política.
Tendo isso como base ele inicia a discussão da formação da democracia no
Uruguai, citando os fatores externos que causaram o declínio do regime autoritário no
Uruguai como a suspensão de apoio militar dos EUA, além da campanha realizada contra
a ditadura. Isso, além de fatores internos, levou os militares a perceberem sua perda de
influência política e articularem formas para a transição democrática. Sendo assim, foi um
processo controlado entre os militares e a frente democrática do país, o que concedeu
alguns benefícios para os militares como anistia.

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