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RESUMO DA INTRODUÇÃO:
Neste texto, aborda-se a importância das margens de rios e lagos como Áreas de Preservação
Permanente (APPs) para a preservação ambiental, destacando sua riqueza em biodiversidade e seu papel vital
para milhões de pessoas em situação de extrema pobreza. No entanto, a avaliação do valor desses locais é
complexa, considerando fatores culturais, éticos, religiosos, sociais e estéticos.
Inicialmente, o conceito de APP era rígido e proibia qualquer uso humano, o que entrava em conflito
com os usos tradicionais nas áreas urbanas, onde as margens dos corpos d'água sempre foram atrativas. Isso
resultou em um paradoxo entre as funções urbanas e a preservação ambiental.
O texto argumenta que manter as áreas naturais intocadas nas cidades pode não ser apropriado, pois as
áreas urbanas são moldadas por atividades humanas como produção, consumo, comércio, lazer e habitação.
Na Amazônia, a população historicamente se concentrou nas margens dos rios, dependendo deles para
subsistência.
Entretanto, o aumento da migração para centros urbanos levou à ocupação ilegal de áreas de várzea,
classificadas como APPs, com construções precárias em palafitas. A aplicação inflexível das regras das APPs
na Amazônia resultou na ilegalidade de muitos ribeirinhos de baixa renda, gerando debates sobre o uso
irregular das margens de rios nas áreas urbanas.
O artigo analisa a relação entre a ocupação das margens de rios em áreas urbanas da Amazônia e o
enquadramento legal das APPs no Brasil, com foco nas interações sociais entre as comunidades urbanas nas
periferias das capitais da região Norte.
Em resumo, a legislação ambiental no Brasil evoluiu de um enfoque econômico para uma ênfase maior
na proteção do meio ambiente e conscientização sobre sua importância. A delimitação e aplicação das APPs
ainda são temas de debate e preocupação no país.
DESENVOLVIMENTO REESCRITO COM MINHAS PALAVRAS - Áreas de Preservação
Permanente Em Meio Urbano:
As Áreas de Preservação Permanente (APPs) são frequentemente negligenciadas em áreas urbanas,
mas desempenham um papel vital na luta contra a degradação das cidades brasileiras. A conservação da
vegetação nativa nessas áreas não só contribui para o equilíbrio dos ecossistemas, mas também desempenha
um papel crucial no controle das enchentes, proporcionando benefícios significativos às cidades, como a
redução de inundações e a manutenção do abastecimento de água.
Infelizmente, os limites das APPs são frequentemente violados, seja devido a ocupações irregulares ou
à canalização de suas margens. Embora a legislação tenha o potencial de criar extensas áreas verdes nas
cidades brasileiras, na prática, essa oportunidade muitas vezes é perdida. Em algumas áreas urbanas
densamente povoadas, como os municípios centrais da região metropolitana de São Paulo, as margens dos
corpos d'água foram ocupadas de tal maneira que a vegetação ribeirinha foi perdida para sempre.
A primeira regulamentação para o uso das APPs em áreas urbanas foi introduzida no Código Florestal
de 1965, com modificações posteriores pela Medida Provisória (MP) 2.166-67 de 2001. Esta regulamentação
permitia a supressão da vegetação em APPs apenas se fosse comprovada a utilidade pública ou o interesse
social da área. No entanto, essa regulamentação foi criticada por não considerar adequadamente a
"intervenção" em APPs, que poderia ocorrer mesmo quando não havia vegetação.
Para abordar essa polêmica, a Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº
369 de 2006 incluiu o termo "intervenção" juntamente com a "supressão de vegetação" em APPs, permitindo
casos excepcionais de utilidade pública ou interesse social para a supressão de vegetação. Isso abriu caminho
para projetos de parques lineares e a urbanização de assentamentos ilegais nessas áreas.
As leis atuais não fazem distinção entre APPs urbanas e rurais. No contexto urbano, onde o solo é
frequentemente impermeabilizado, a aplicação da legislação é desafiadora, pois as faixas de proteção podem
abranger grandes áreas, inclusive bairros inteiros, tornando-se praticamente impossível de serem
implementadas. Infelizmente, na maioria das cidades, as APPs têm sido amplamente ignoradas.
Um dos desafios fundamentais é a falta de critérios adequados para a recuperação das APPs em áreas
urbanas, muitas vezes devido à falta de estudos apropriados para as bacias hidrográficas ou à complexidade
dos problemas causados pelo crescimento populacional.
Alguns pesquisadores sugerem a criação de parques lineares e o estabelecimento de usos urbanos
menos densos ao longo das margens das APPs como uma estratégia para compatibilizar essas áreas com a vida
urbana. Isso poderia não apenas proteger o meio ambiente, mas também melhorar o ambiente urbano, criando
uma nova relação positiva entre a população e as áreas verdes urbanas.
Em resumo, as APPs desempenham um papel essencial na proteção dos recursos hídricos e no ambiente
urbano, mas enfrentam desafios significativos em termos de aplicação da legislação e adoção de critérios
apropriados para sua recuperação em áreas urbanas.