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ARTIGO - CONFLITOS E POSSIBILIDADES EM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

URBANAS NA AMAZÔNIA - ESTUDO NA LAGOA DOS ÍNDIOS


Reprodução.: Discente Elda Jhulyana
Orientador.: Prof. Rafael Pinho
Referência.: MEDEIROS, José Marcelo Martins et al. Conflitos e possibilidades em áreas de preservação permanente urbanas na
Amazônia: estudo na Lagoa dos Índios. 2018.

INTRODUÇÃO REESCRITA COM MINHAS PALAVRAS:


As margens dos rios e lagos têm um papel fundamental no equilíbrio ambiental, por isso são
consideradas Áreas de Preservação Permanente (APPs) de acordo com o Código Florestal Brasileiro (Lei
12.651/2012). Esses ecossistemas de água doce não só abrigam uma grande diversidade de vida, mas também
fornecem serviços essenciais e são lar para milhões de pessoas em situação de extrema pobreza (TURNER et
al., 2007). No entanto, avaliar o valor desses ambientes é complicado, pois envolve questões culturais, éticas,
religiosas, sociais e estéticas.
Inicialmente, o conceito de APP, segundo Mello (2018), era muito rígido, proibindo qualquer uso ou
ocupação humana. Isso entrava em conflito com usos urbanos tradicionais, incluindo o apelo que as margens
dos rios e lagos sempre tiveram para as pessoas. Assim, a falta de consideração das peculiaridades das áreas
urbanas contribuiu para os conflitos relacionados às APPs nas cidades, criando um paradoxo:
"De um lado, as múltiplas funções urbanas e o poder de atratividade das áreas aquáticas para as
pessoas; de outro, a lei que impede a ocupação formal das margens dos corpos d'água no Brasil, visando à
preservação de suas funções ambientais" (MELLO, 2008, p.26).
Portanto, manter rigidamente a natureza intocada no ambiente urbano parece inadequado. As áreas
urbanas são moldadas pelas ações humanas, incluindo produção, consumo, comércio, serviços, lazer e
habitação. Esses fatores desempenham um papel fundamental na ocupação do território e na determinação de
suas características ambientais (SCAGLIUSI e SANTOS, 2011).
Historicamente, a presença da água influenciou a distribuição da população na Amazônia. As
comunidades tradicionais, conhecidas como ribeirinhos, vivem nas margens de rios e igarapés há séculos e
dependem desses recursos para água, comida, transporte e comércio.
Na Amazônia, a busca por uma melhor qualidade de vida levou muitas pessoas das áreas rurais e
ribeirinhas a se mudarem para os centros urbanos maiores. Isso resultou na ocupação ilegal de áreas de várzea,
que são zonas úmidas ou alagadas e, portanto, APPs. As pessoas com menos recursos construíram casas em
palafitas, estruturas de madeira suspensas sobre a água, enquanto aqueles com melhores condições utilizaram
materiais de construção provenientes de resíduos.
A aplicação rígida das regras das APPs em áreas urbanas na Amazônia levou à ilegalidade de um grande
número de ribeirinhos, em sua maioria pessoas de baixa renda com um modo de vida próprio. Vários autores,
como Borges e Rezende (2011), Ventura Neto e Cardoso (2012), Luz, Avanci e Cruz (2013), Araujo (2012),
Rodrigues, Ferreira e Santos (2014) e Laurindo e Gaio (2014), discutiram as diferentes perspectivas sobre o
uso e ocupação irregular das margens de rios nas áreas urbanas.
Este artigo analisa a relação entre a ocupação das margens dos rios em áreas urbanas da Amazônia e o
quadro legal relacionado às Áreas de Preservação Permanente no Brasil. Especificamente, nosso foco está nas
interações sociais que ocorrem entre as comunidades urbanas localizadas nas periferias das capitais da região
Norte.

RESUMO DA INTRODUÇÃO:
Neste texto, aborda-se a importância das margens de rios e lagos como Áreas de Preservação
Permanente (APPs) para a preservação ambiental, destacando sua riqueza em biodiversidade e seu papel vital
para milhões de pessoas em situação de extrema pobreza. No entanto, a avaliação do valor desses locais é
complexa, considerando fatores culturais, éticos, religiosos, sociais e estéticos.
Inicialmente, o conceito de APP era rígido e proibia qualquer uso humano, o que entrava em conflito
com os usos tradicionais nas áreas urbanas, onde as margens dos corpos d'água sempre foram atrativas. Isso
resultou em um paradoxo entre as funções urbanas e a preservação ambiental.
O texto argumenta que manter as áreas naturais intocadas nas cidades pode não ser apropriado, pois as
áreas urbanas são moldadas por atividades humanas como produção, consumo, comércio, lazer e habitação.
Na Amazônia, a população historicamente se concentrou nas margens dos rios, dependendo deles para
subsistência.
Entretanto, o aumento da migração para centros urbanos levou à ocupação ilegal de áreas de várzea,
classificadas como APPs, com construções precárias em palafitas. A aplicação inflexível das regras das APPs
na Amazônia resultou na ilegalidade de muitos ribeirinhos de baixa renda, gerando debates sobre o uso
irregular das margens de rios nas áreas urbanas.
O artigo analisa a relação entre a ocupação das margens de rios em áreas urbanas da Amazônia e o
enquadramento legal das APPs no Brasil, com foco nas interações sociais entre as comunidades urbanas nas
periferias das capitais da região Norte.

DESENVOLVIMENTO REESCRITO COM MINHAS PALAVRAS - O Novo Código Florestal


e as Áreas de Preservação Permanente:
No início, as leis ambientais no Brasil tinham um foco principalmente econômico. Um exemplo disso
é o Código Criminal de 1830, que punia o corte ilegal de madeira. Ao longo do século XIX e boa parte do
século XX, as leis voltadas para a proteção da fauna e flora tinham principalmente o objetivo de regular
atividades econômicas, sem grande preocupação com o meio ambiente em si. Isso incluiu leis como o Código
de Caça (Lei nº 5.197/65) e o Código de Pesca (Decreto-Lei n.º 221/67).
No entanto, a conscientização sobre questões ambientais começou a crescer a partir da Conferência de
Estocolmo em 1972 e outras conferências internacionais nas quais o Brasil estava envolvido. A Constituição
de 1988 marcou uma mudança significativa, estabelecendo a proteção ambiental como um dever do Estado e
da sociedade para garantir uma melhor qualidade de vida. Esse enfoque ganhou destaque após a conferência
de Estocolmo, marcando uma virada na relação entre o ser humano e o meio ambiente.
A Constituição de 1988 dedicou um capítulo específico ao meio ambiente, estabelecendo que todos
têm o direito a um ambiente equilibrado e que é dever do Poder Público e da sociedade defendê-lo e preservá-
lo para as presentes e futuras gerações.
A legislação também passou a considerar a função ambiental das áreas de vegetação nativa, não apenas
como fontes de recursos madeireiros, mas como elementos fundamentais para a preservação do meio
ambiente. A transformação das Florestas de Preservação Permanente em Áreas de Preservação Permanente
(APPs) foi um marco nessa mudança de perspectiva.
No entanto, a discussão sobre a conservação das áreas de vegetação nativa é contínua no Brasil,
especialmente em relação à pressão da agricultura e pecuária sobre essas áreas. A reforma do Código Florestal
em 2012 gerou debates acalorados, especialmente em relação à delimitação das APPs. O conceito atual de
APP destaca sua função ambiental na preservação dos recursos hídricos, da paisagem, da estabilidade
geológica, da biodiversidade e do bem-estar das populações humanas.
O Código Florestal de 2012 também introduziu o Cadastro Ambiental Rural (CAR) como um registro
nacional obrigatório das propriedades rurais, permitindo ao governo monitorar o uso e ocupação do solo. Além
disso, promoveu a realização de estudos técnicos regionalizados por meio do Zoneamento Econômico
Ecológico. No entanto, existe preocupação de que os estados possam criar regras de acordo com seus próprios
interesses e dos grandes produtores.
Uma questão importante é a largura das faixas de APPs, que ainda carece de embasamento científico
sólido. Ambientalistas argumentam que, se forem realizados estudos adequados, as áreas a serem protegidas
seriam muito maiores do que as definidas na lei. A delimitação das APPs deve considerar fatores como
topografia, tipo de solo, vegetação e clima locais.
Em resumo, a legislação ambiental no Brasil passou por uma evolução significativa, passando de um
foco predominantemente econômico para um maior enfoque na proteção do meio ambiente e na
conscientização sobre a importância da preservação para as gerações presentes e futuras. A delimitação e
aplicação das APPs continuam sendo temas de debate e preocupação no país.

RESUMO DO DESENVOLVIMENTO - O Novo Código Florestal e as Áreas de Preservação


Permanente:
A legislação ambiental no Brasil teve um início voltado principalmente para interesses econômicos,
como o combate ao corte ilegal de madeira no Código Criminal de 1830. Ao longo dos séculos XIX e XX, as
leis ambientais regulavam principalmente atividades econômicas, com pouca consideração pelo meio
ambiente em si, incluindo códigos de caça e pesca.
A conscientização ambiental cresceu a partir da Conferência de Estocolmo em 1972 e culminou na
Constituição de 1988, que estabeleceu a proteção ambiental como um dever do Estado e da sociedade para
garantir uma melhor qualidade de vida. O capítulo dedicado ao meio ambiente na Constituição de 1988 marcou
essa mudança de perspectiva.
A legislação passou a reconhecer a função ambiental das áreas de vegetação nativa, não apenas como
fontes de recursos econômicos, mas também essenciais para a preservação do meio ambiente. A transformação
das Florestas de Preservação Permanente em Áreas de Preservação Permanente (APPs) representou uma
mudança significativa nessa abordagem.
No entanto, a conservação das áreas de vegetação nativa continua sendo um tema de debate,
especialmente diante da pressão da agricultura e pecuária. A reforma do Código Florestal em 2012 gerou
debates intensos, especialmente sobre a delimitação das APPs, destacando sua função ambiental na
preservação dos recursos naturais e do bem-estar das comunidades humanas.
O Código Florestal de 2012 introduziu o Cadastro Ambiental Rural (CAR) como um registro
obrigatório das propriedades rurais para monitorar o uso do solo e promoveu estudos técnicos regionalizados
por meio do Zoneamento Econômico Ecológico. No entanto, ainda há preocupações sobre como os estados
podem criar regras de acordo com seus interesses.
Uma questão importante é a largura das faixas de APPs, que carecem de embasamento científico sólido.
Ambientalistas argumentam que, com estudos adequados, as áreas a serem protegidas seriam maiores do que
definido na lei, levando em consideração fatores locais como topografia, solo, vegetação e clima.

Em resumo, a legislação ambiental no Brasil evoluiu de um enfoque econômico para uma ênfase maior
na proteção do meio ambiente e conscientização sobre sua importância. A delimitação e aplicação das APPs
ainda são temas de debate e preocupação no país.
DESENVOLVIMENTO REESCRITO COM MINHAS PALAVRAS - Áreas de Preservação
Permanente Em Meio Urbano:
As Áreas de Preservação Permanente (APPs) são frequentemente negligenciadas em áreas urbanas,
mas desempenham um papel vital na luta contra a degradação das cidades brasileiras. A conservação da
vegetação nativa nessas áreas não só contribui para o equilíbrio dos ecossistemas, mas também desempenha
um papel crucial no controle das enchentes, proporcionando benefícios significativos às cidades, como a
redução de inundações e a manutenção do abastecimento de água.
Infelizmente, os limites das APPs são frequentemente violados, seja devido a ocupações irregulares ou
à canalização de suas margens. Embora a legislação tenha o potencial de criar extensas áreas verdes nas
cidades brasileiras, na prática, essa oportunidade muitas vezes é perdida. Em algumas áreas urbanas
densamente povoadas, como os municípios centrais da região metropolitana de São Paulo, as margens dos
corpos d'água foram ocupadas de tal maneira que a vegetação ribeirinha foi perdida para sempre.
A primeira regulamentação para o uso das APPs em áreas urbanas foi introduzida no Código Florestal
de 1965, com modificações posteriores pela Medida Provisória (MP) 2.166-67 de 2001. Esta regulamentação
permitia a supressão da vegetação em APPs apenas se fosse comprovada a utilidade pública ou o interesse
social da área. No entanto, essa regulamentação foi criticada por não considerar adequadamente a
"intervenção" em APPs, que poderia ocorrer mesmo quando não havia vegetação.
Para abordar essa polêmica, a Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº
369 de 2006 incluiu o termo "intervenção" juntamente com a "supressão de vegetação" em APPs, permitindo
casos excepcionais de utilidade pública ou interesse social para a supressão de vegetação. Isso abriu caminho
para projetos de parques lineares e a urbanização de assentamentos ilegais nessas áreas.
As leis atuais não fazem distinção entre APPs urbanas e rurais. No contexto urbano, onde o solo é
frequentemente impermeabilizado, a aplicação da legislação é desafiadora, pois as faixas de proteção podem
abranger grandes áreas, inclusive bairros inteiros, tornando-se praticamente impossível de serem
implementadas. Infelizmente, na maioria das cidades, as APPs têm sido amplamente ignoradas.
Um dos desafios fundamentais é a falta de critérios adequados para a recuperação das APPs em áreas
urbanas, muitas vezes devido à falta de estudos apropriados para as bacias hidrográficas ou à complexidade
dos problemas causados pelo crescimento populacional.
Alguns pesquisadores sugerem a criação de parques lineares e o estabelecimento de usos urbanos
menos densos ao longo das margens das APPs como uma estratégia para compatibilizar essas áreas com a vida
urbana. Isso poderia não apenas proteger o meio ambiente, mas também melhorar o ambiente urbano, criando
uma nova relação positiva entre a população e as áreas verdes urbanas.
Em resumo, as APPs desempenham um papel essencial na proteção dos recursos hídricos e no ambiente
urbano, mas enfrentam desafios significativos em termos de aplicação da legislação e adoção de critérios
apropriados para sua recuperação em áreas urbanas.

RESUMO DO DESENVOLVIMENTO - Áreas de Preservação Permanente Em Meio Urbano:


As Áreas de Preservação Permanente (APPs) são fundamentais para a preservação ambiental nas
cidades brasileiras, contribuindo para o equilíbrio dos ecossistemas e o controle de enchentes. No entanto,
muitas vezes são ignoradas ou violadas devido a ocupações irregulares e canalizações. A legislação
inicialmente não considerava adequadamente a intervenção nessas áreas, mas uma resolução posterior
permitiu exceções para utilidade pública e interesse social, abrindo espaço para projetos urbanos e parques
lineares.
A falta de critérios claros para a recuperação das APPs urbanas e a complexidade dos problemas
causados pelo crescimento populacional são desafios importantes. Alguns pesquisadores sugerem a criação de
parques lineares e o uso urbano menos denso ao longo dessas áreas para equilibrar a proteção ambiental e o
desenvolvimento urbano, melhorando assim o ambiente urbano e a relação entre a população e as áreas verdes.
Em resumo, as APPs desempenham um papel crucial na proteção dos recursos hídricos e na qualidade
de vida urbana, mas enfrentam desafios na aplicação da legislação e na definição de critérios para sua
recuperação nas cidades.

DESENVOLVIMENTO REESCRITO COM MINHAS PALAVRAS - Áreas de Preservação


Permanente na Amazônia:
O atual Código Florestal (Lei nº 12.651/12) estabelece que as Áreas de Preservação Permanente
(APPs) devem ser demarcadas a partir do leito regular dos cursos d'água. No entanto, essa abordagem não é
adequada para a região amazônica, onde os níveis dos rios sofrem variações sazonais, com amplitudes de até
20 metros entre as cheias e as vazantes. Anteriormente, o Código Florestal definia a demarcação a partir do
leito mais alto do rio, mas essa mudança na lei, segundo Laurindo e Gaio (2014), resultou em um sério prejuízo
ambiental, reduzindo o tamanho das APPs e indo contra o princípio constitucional de proibição de retrocesso
ambiental estabelecido em 1988.
Essa diminuição das APPs aumenta os riscos para as comunidades urbanas e ribeirinhas, que enfrentam
inundações e erosões nas margens dos rios. Essa decisão não foi respaldada por estudos técnicos ou científicos,
o que levanta questões sobre sua constitucionalidade em relação aos princípios de razoabilidade e
proporcionalidade.
Na Amazônia, as áreas de várzeas e áreas úmidas têm um papel ecológico crucial no equilíbrio dos
ecossistemas e fornecem serviços essenciais para as pessoas. No entanto, essas áreas têm sido ocupadas de
forma desordenada, devido à falta de planejamento urbano e políticas públicas adequadas, além do aumento
da migração de outras partes do Brasil.
As áreas úmidas em cidades como Macapá e Santana estão sofrendo com a pressão urbana, resultando
em degradação ambiental, incluindo a poluição de corpos d'água devido ao lançamento de esgotos não
tratados. Além disso, a remoção da vegetação das margens, erosão e urbanização desordenada estão
prejudicando a qualidade da água na região.
É importante destacar que as ocupações informais em áreas de APP não são causadas apenas pela
população de baixa renda, mas também pela falta de ação do governo e pela busca de lucro por parte de
proprietários de terras e empreendedores imobiliários. Isso resulta na redução das áreas com vegetação nativa,
desequilibrando o meio ambiente e afetando o conforto e a saúde das comunidades urbanas. A expansão urbana
no Brasil muitas vezes ocorre às custas do meio ambiente, ignorando seus impactos negativos.

RESUMO DO DESENVOLVIMENTO - Áreas de Preservação Permanente na Amazônia:


O Código Florestal atual estabelece que as Áreas de Preservação Permanente (APPs) devem ser
demarcadas a partir do leito regular dos rios, mas isso não funciona bem na Amazônia, onde os níveis dos rios
mudam muito sazonalmente. Antes, a demarcação era feita a partir do ponto mais alto do rio, mas essa
mudança prejudicou o meio ambiente e aumentou os riscos de inundações e erosões para as comunidades
urbanas e ribeirinhas.
Na região amazônica, as áreas úmidas desempenham um papel fundamental no equilíbrio ecológico e
oferecem serviços importantes para as pessoas. No entanto, essas áreas estão sendo ocupadas
desordenadamente, devido à falta de planejamento urbano e políticas adequadas, e à migração de outras partes
do Brasil.
Em cidades como Macapá e Santana, a pressão urbana está causando degradação ambiental e poluição
de corpos d'água devido ao lançamento de esgotos não tratados. Além disso, a remoção da vegetação das
margens, erosão e urbanização desordenada estão prejudicando a qualidade da água.
É crucial notar que as ocupações ilegais em APPs não são apenas causadas por pessoas de baixa renda,
mas também devido à falta de ação governamental e ao desejo de lucro por parte de proprietários de terras e
empreendedores imobiliários. Isso leva à perda de vegetação nativa, prejudicando o meio ambiente e afetando
o bem-estar das comunidades urbanas. A expansão urbana no Brasil muitas vezes ocorre às custas do meio
ambiente, ignorando seus impactos negativos.

DESENVOLVIMENTO REESCRITO COM MINHAS PALAVRAS - Estudo na Lagoa Dos


Índios – Macapá:
A região costeira estuarina do Amapá, banhada pelo rio Amazonas, é caracterizada por planícies
alagáveis conhecidas como "ressacas". A ressaca da Lagoa dos Índios é um ecossistema rico em
biodiversidade, influenciado pelas águas doces do Igarapé da Fortaleza e pelas chuvas.
A ocupação dessas áreas em Macapá começou nos anos 1950, mas se intensificou significativamente
na década de 1980. Isso levou a alterações rápidas na estrutura dessas áreas.
A partir de 1999, as ressacas foram protegidas por lei, proibindo atividades poluentes, uso do solo que
causasse erosão e atividades prejudiciais à biodiversidade. O Plano Diretor de Macapá também reconheceu
essas áreas como patrimônio ambiental.
No entanto, ao longo do tempo, as intervenções na Lagoa dos Índios causaram degradação devido à
expansão urbana desordenada nas décadas de 1980 e 1990, resultando em conflitos socioambientais.
Estudos realizados no início dos anos 2000 identificaram as principais atividades que causam impactos
ambientais nas ressacas, incluindo ocupação desordenada, queimadas, descarte inadequado de resíduos,
pastagem para búfalos, extração de argila, caça, pesca, entre outras.
Especificamente na Lagoa dos Índios, o descarte de resíduos domésticos e efluentes líquidos, muitas
vezes devido à falta de saneamento básico e fiscalização, tem contribuído para o assoreamento e alteração da
morfologia do ambiente.

RESUMO DO DESENVOLVIMENTO - Estudo na Lagoa Dos Índios – Macapá:


A região costeira estuarina do Amapá é marcada por áreas alagáveis chamadas "ressacas," com
destaque para a Lagoa dos Índios. A ocupação desordenada dessas áreas, que começou nos anos 1950 e se
intensificou nos anos 1980, resultou em degradação. Em 1999, leis foram implementadas para proteger as
ressacas, mas a expansão urbana desordenada nas décadas de 1980 e 1990 causou conflitos socioambientais.
Atividades prejudiciais incluem ocupação desordenada, queimadas, descarte inadequado de resíduos e falta
de saneamento básico, afetando a biodiversidade e a morfologia do ambiente.

DESENVOLVIMENTO REESCRITO COM MINHAS PALAVRAS - O Degradação das APPs e


suas Implicações na Qualidade Ambiental da Lagoa dos Índios em Macapá:
No período entre 2009 e 2014, ocorreram mudanças significativas na ocupação do solo na área de
ressaca da Lagoa dos Índios, no Amapá. Originalmente prevista como uma área residencial de acordo com o
Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT), essa região não tinha construções em 2009. No entanto, ao
longo do tempo, devido à expansão urbana desordenada, a vegetação nativa foi desmatada, dando lugar ao
que agora é conhecido como "Marabaixo IV," uma expansão do bairro Marabaixo.
A qualidade ambiental na região noroeste da lagoa foi significativamente afetada pela consolidação do
bairro Marabaixo IV. Como resultado, a proposta deste estudo é atualizar o zoneamento, reclassificando a área
como "Zona Sob Pressão da Ocupação Urbana."
Uma inspeção no local revelou que a maioria dos moradores de Marabaixo IV possui baixa renda,
vivendo em casas pequenas e mal planejadas, resultado do processo de ocupação desordenada. A infraestrutura
é precária, com falta de pavimentação, rede de água encanada, rede de esgoto e sistema de endereçamento. A
população perfura poços para obter água, muitas vezes sem licenciamento adequado. Além disso, algumas
áreas são receptores de atividades poluidoras devido ao descarte inadequado de materiais, e a prática de
queimadas para limpeza de terrenos é comum.
É importante notar que as ocupações nas margens das ressacas não devem ser vistas apenas como um
problema ambiental, mas também como resultado da falta de ordenamento e democratização do espaço
urbano, com grupos sociais específicos ocupando o espaço de maneira desigual devido à gestão urbana
inadequada.

RESUMO DO DESENVOLVIMENTO - O Degradação das APPs e suas Implicações na


Qualidade Ambiental da Lagoa dos Índios em Macapá:
Entre 2009 e 2014, houve mudanças significativas na ocupação da área de ressaca da Lagoa dos Índios,
no Amapá, devido à expansão desordenada da cidade. Isso resultou na degradação ambiental e na formação
do bairro Marabaixo IV. A qualidade ambiental da região foi prejudicada, levando à proposta de reclassificar
a área como "Zona Sob Pressão da Ocupação Urbana." Os moradores, em sua maioria de baixa renda, vivem
em condições precárias, com falta de infraestrutura básica. As ocupações irregulares não são apenas um
problema ambiental, mas também refletem a falta de planejamento urbano e desigualdade social na ocupação
do espaço urbano.

CONCLUSÃO REESCRITA COM MINHAS PALAVRAS:


As áreas de preservação permanente são ecossistemas frágeis e ricos em biodiversidade que são muito
suscetíveis a danos causados pela atividade humana. Infelizmente, nas últimas décadas, essas áreas têm
enfrentado um aumento nos impactos negativos devido à falta de um planejamento urbano adequado.
Na região amazônica, com sua vasta rede de rios e áreas alagáveis, juntamente com a vida ribeirinha e
a falta de habitação adequada nas cidades, é quase inevitável que as pessoas ocupem essas áreas de preservação
permanente.
Um exemplo desses conflitos socioambientais pode ser visto no estudo de caso da Lagoa dos Índios,
em Macapá. Isso reflete o que está acontecendo em toda a Amazônia, onde as leis ambientais e urbanas muitas
vezes são desrespeitadas. Além disso, há uma falta de estudos que quantifiquem o impacto da degradação
ambiental e forneçam um diagnóstico claro da situação atual das áreas de preservação permanente na
Amazônia.

RESUMO DA CONCLUSÃO REESCRITA COM MINHAS PALAVRAS


As áreas de preservação permanente são ecossistemas frágeis e biodiversos que sofrem danos
crescentes devido à falta de planejamento urbano. Na Amazônia, a ocupação dessas áreas é comum devido à
vida ribeirinha e à falta de habitação nas cidades. O estudo de caso da Lagoa dos Índios em Macapá ilustra os
conflitos socioambientais que ocorrem na região, refletindo desrespeito às leis ambientais e urbanas. A
escassez de estudos quantitativos sobre a degradação ambiental na Amazônia é uma preocupação adicional.

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