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Relatório 2

Grupo: AMETISTA .
Discentes: Audrey, Gabriela, Luara

Mediador(a):
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Relator(a):
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1) Referência do Material Utilizado

Capítulo 9 - AS DIMENSÕES SOCIAIS E HUMANAS NA ZONA COSTEIRA: UMA


PERSPECTIVA SISTÊMICA SOCIOAMBIENTALISTA, da coletânea Ciências do Mar.
Capítulos 1 e 2 do Livro SOCIOAMBIENTALISMO E NOVOS DIREITOS: proteção
jurídica à diversidade biológica e cultural.
Capítulo 1 do Livro O Mito Moderno da Natureza Intocada.

2) Listagem dos termos desconhecidos (apenas listar).

● Sui generis
● Convenção da Diversidade Biológica
● Infraconstitucional
● Mitigação
● Pecuniários
● Exasperados
● Apregoando
● Explotação
● Propugnar

3) Conhecimento prévio do grupo sobre a temática apresentada no texto, correlação


com experiências ou outras bibliografias já lidas (1 lauda).

Uma forma básica e primitiva do conceito de socioambientalismo foi tratada na


educação infantil, em uma escola que frequentei (escola aldeia betania) - lá tínhamos uma
disciplina chamada AMA (Aldeia Meio Ambiente), onde era ensinado (dentro do limite de
aprendizado de uma criança de educação infantil) o impacto que provocávamos no
ambiente, tínhamos também iniciativas de construção de horta, produção de papel reciclado
e participamos de um projeto de construção de uma casinha feita com caixas de leite e
garrafa PET (a casa foi utilizada depois como parte dos “brinquedos da escola”.
Tínhamos projetos e discussões sobre as reservas brasileiras e a comunidade indígena do
Brasil (principalmente a população do Sul do país).

4) Ideias principais dos/as autores/as. Breve síntese (resumo) da linha de


argumentação do texto. Pode ser apresentado em forma de tópicos (1 lauda).

Somos expostos à uma realidade e uma esfera jurídica da educação ambiental,


onde os interesses e as lutas pelo meio ambiente e a preservação e uso consciente dos
recursos naturais sejam não só fiscalizados, mas respaldados e assegurados por meios
legais.
Nos é também apresentado o conceito/termo, desenvolvimento sustentável e como
isso foi pensado e desenvolvido para sintetizar um problema eminente e gritante da
sociedade, o uso desenfreado dos recursos que o nosso planeta disponibiliza - trazendo a
ideia e o confronto sobre as nossas próprias atitudes e utilização desses recursos ( mesmo
que em escalas menores), já que estamos nessa Terra e gostemos ou não, deixaremos
uma marca e um rastro da nossa vida e comportamento por onde passarmos.
● Socioambientalismo e o paradigma com a ideia do capitalismo - expansionista
O texto traz a clara correlação entre a questão ambiental e a justiça social

Capítulo 9 - AS DIMENSÕES SOCIAIS E HUMANAS NA ZONA COSTEIRA: UMA


PERSPECTIVA SISTÊMICA SOCIOAMBIENTALISTA, da coletânea Ciências do Mar.

O texto aborda as dimensões sociais e humanas na gestão da zona costeira,


adotando uma perspectiva sistêmica socioambientalista. Ele começa discutindo o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) no contexto brasileiro, destacando as
disputas e conflitos envolvendo povos e comunidades tradicionais na criação e
administração dessas áreas protegidas. O autor ressalta que o SNUC, apesar de sua
importância, acabou privilegiando uma visão mais preservacionista em detrimento dos
direitos e modos de vida dessas comunidades.

O texto continua discutindo as diferentes categorias de unidades de conservação,


como as de Proteção Integral e as de Uso Sustentável, e como essas categorias lidam com
os direitos comunitários e os conflitos territoriais. Destaca-se a insuficiência de instrumentos
de gestão e a falta de consideração pelas territorialidades e formas de vida das
comunidades tradicionais em muitas dessas áreas protegidas. Além disso, o texto aborda
questões relacionadas ao licenciamento ambiental de empreendimentos de grande impacto
e às políticas associadas à pesca artesanal. Ele destaca as limitações e injustiças presentes
nessas políticas, especialmente no que diz respeito à exclusão das mulheres e à falta de
reconhecimento da pluriatividade das famílias de pescadores.

Uma contribuição importante do texto é a ênfase na necessidade de reconhecer e


valorizar os conhecimentos e modos de vida das comunidades tradicionais na gestão
ambiental, buscando uma abordagem mais inclusiva e participativa. Ele destaca a
importância de uma transição paradigmática na produção de conhecimento e na formulação
de políticas públicas, que incorpore diferentes disciplinas e modos de conhecer, e
reconhecer as assimetrias de poder existentes nos espaços de tomada de decisão.

O tema central do texto é a necessidade de considerar as dimensões sociais e


humanas na gestão ambiental da zona costeira, buscando uma abordagem que respeite os
direitos, conhecimentos e modos de vida das comunidades tradicionais, e que promova uma
maior inclusão e participação dessas comunidades nos processos decisórios.

Capítulos 1 e 2 do Livro SOCIOAMBIENTALISMO E NOVOS DIREITOS: proteção


jurídica à diversidade biológica e cultural.

O texto discute a interconexão entre questões socioambientais e legais, focando


especialmente na proteção jurídica da diversidade biológica e cultural. Os autores destacam
que o meio ambiente e as culturas indígenas e quilombolas têm sido considerados como
bens de interesse público, com direitos coletivos que prevalecem sobre os direitos de
propriedade individuais. Essa visão está fundamentada na Constituição, que estabelece a
proteção da biodiversidade e da sociodiversidade como valores integrados.
O Capítulo 1 do livro aborda a interseção entre questões agrárias, ambientais e de
direitos étnicos e culturais no contexto brasileiro, especialmente sob o enfoque
constitucional. Destacam-se algumas ideias principais: Incorporação da dimensão ambiental
na reforma agrária, Direitos coletivos sobre bens socioambientais, Proteção constitucional
de terras indígenas e quilombolas, Interseção entre direitos socioambientais e culturais. O
Capítulo 2 do livro aborda o tema da biodiversidade e dos conhecimentos tradicionais
associados, sob uma perspectiva jurídica e socioambiental. Um resumo das principais
ideias discutidas inclui: Contextualização da biodiversidade, Conhecimentos tradicionais
associados à biodiversidade, Reconhecimento jurídico dos conhecimentos tradicionais,
Instrumentos legais de proteção, Desafios e perspectivas.
A função socioambiental da propriedade é ressaltada como um conceito que
redefine o exercício do direito de propriedade, exigindo sua utilização em consonância com
a preservação ambiental. Isso é refletido em normas constitucionais que invalidam títulos de
propriedade incidentes sobre terras indígenas e quilombolas e estabelecem direitos de
posse permanente para os primeiros e direito de propriedade para os segundos. A síntese
socioambiental emerge da leitura integrada dos princípios constitucionais, destacando a
unidade axiológico-normativa presente no texto constitucional. Essa abordagem holística
busca evitar contradições entre as normas e favorecer a integração política, social e
ambiental. Os autores argumentam que essa perspectiva não só protege a biodiversidade,
mas também reconhece a importância das práticas culturais na preservação do meio
ambiente, ressaltando a interação entre patrimônio natural e cultural.
Além disso, os capítulos enfatizam a necessidade de participação social na gestão
ambiental e destacam casos práticos, como o dos remanescentes de quilombos, para
ilustrar a interdependência entre a preservação do patrimônio cultural e natural. A defesa
dessas comunidades é apresentada como um exemplo da importância de abordagens
integradas que consideram tanto os aspectos ambientais quanto culturais na formulação de
políticas públicas e na interpretação jurídica.

Capítulo 1 do Livro O Mito Moderno da Natureza Intocada. - O surgimento do


movimento para a criação de Áreas Naturais Protegidas nos Estados Unidos e suas
bases ideológicas

Esse capítulo fala sobre a criação do primeiro parque nacional do mundo,


Yellowstone, no século XIX, que refletiu ideias preservacionistas que ganhavam destaque
nos Estados Unidos, mas sua origem é anterior. Até o século XVIII, na Inglaterra, prevalecia
a valorização do mundo natural domesticado, o ser humano era considerado superior aos
animais. A domesticação de animais era vista como um marco civilizacional. Contudo, a
partir do século XIX, houve uma mudança nessa perspectiva, impulsionada não só pelo
avanço da História Natural e pelo respeito dos naturalistas por áreas selvagens não
alteradas pelo ser humano, mas também por uma idealização da vida no campo como
resultado de uma vida insalubre nas cidades, causada pela revolução industrial. Os
escritores românticos desempenharam um papel crucial nessa valorização da natureza
selvagem, tornando-a um local de descoberta da alma humana, do paraíso perdido, da
inocência infantil e da beleza sublime. Influenciaram significativamente a criação de áreas
naturais protegidas
No século XIX, a ideia predominante nos Estados Unidos era de que as regiões de
"natureza selvagem" tinham recursos naturais ilimitados, ignorando a ocupação indígena e
considerando as terras como vazias. O Homestead Act de 1862 permitiu aos cidadãos
americanos reivindicar terras devolutas para cultivo, levando a uma rápida colonização e
degradação ambiental. Por volta de 1890, os custos sociais e ambientais dessa expansão
se tornaram evidentes, gerando preocupações crescentes com a proteção ambiental. A
criação de parques nacionais, como Yellowstone em 1872, refletiu essa preocupação, mas
muitos desses parques foram estabelecidos em terras habitadas por povos indígenas.

O capítulo trata também de dois conceitos: Conservacionismo dos Recursos


Naturais e o Preservacionismo, onde o Conservacionismo, baseado nas ideias de Gifford
Pinchot que defendia o uso racional dos recursos naturais em um contexto onde a natureza
estava sendo transformada em mercadoria. Ele acreditava que a natureza poderia ser
gerida de forma eficiente e defendia três princípios básicos: uso dos recursos naturais pela
geração presente, prevenção de desperdício e utilização dos recursos para o benefício da
maioria dos cidadãos. Suas ideias foram precursoras do conceito contemporâneo de
"desenvolvimento sustentável", defendendo a busca pelo bem maior, incluindo as gerações
futuras, através da redução de desperdício e da exploração sustentável dos recursos não
renováveis. Já o Preservacionismo contrasta com a conservação dos recursos ao enfatizar
a reverência pela natureza em termos estéticos e espirituais, buscando protegê-la do
desenvolvimento moderno. o autor mais relevante dessa teoria foi John Muir, que defendeu
uma visão de respeito à natureza como parte de uma comunidade criada, com todos os
seres vivos compartilhando uma conexão espiritual. Seu ativismo resultou na criação de
parques nacionais, como o de Yosemite.Apesar dos conflitos entre os diferentes enfoques,
houve avanços significativos na proteção dos recursos naturais e na conscientização
ambiental durante o século XX nos Estados Unidos.

O modelo de criação de áreas naturais protegidas nos Estados Unidos é


fundamentado na visão do homem como destruidor da natureza. Os preservacionistas
americanos propunham espaços de conservação ambiental, onde a natureza selvagem
pudesse ser apreciada e reverenciada pelos habitantes urbanos. No entanto, essa
abordagem entrou em conflito com a realidade de países tropicais, onde as florestas são
habitadas por populações indígenas e tradicionais. Essas comunidades desenvolveram
sistemas de manejo da fauna e da flora ao longo de séculos, contribuindo para a
diversidade biológica. A imposição de espaços públicos sobre territórios comunitários tem
gerado conflitos graves, muitas vezes resultando na expulsão dos moradores tradicionais e
na restrição de suas atividades de subsistência dentro das áreas protegidas.
5) Dúvidas e Certezas provisórias em forma de perguntas/problematização.
Apresentar as formulações individuais e/ou aquelas decorrentes dos debates nos
grupos.

➡ Mais uma rodada para formular questões/perguntas sobre o texto. Quais são as
DÚVIDAS E CERTEZAS PROVISÓRIAS que o grupo formula com relação ao tema?
Dúvidas Provisórias:
● Como os princípios do socioambientalismo podem ser aplicados de forma eficaz na
gestão costeira?
● Qual é a efetividade das políticas públicas atuais na conciliação entre conservação
ambiental e os direitos das comunidades tradicionais?
● Como podemos garantir uma participação efetiva das comunidades locais na
tomada de decisões sobre a gestão costeira?
● A apropriação indevida dos recursos genéticos por parte de empresas e instituições
científicas é uma prática comum?
● A indústria farmacêutica realmente valoriza e compensa justamente as comunidades
detentoras de conhecimentos tradicionais?
● O Protocolo de Nagoya é eficaz na proteção dos direitos das comunidades locais
sobre seus recursos genéticos?

Certezas provisórias
● Parece haver uma necessidade urgente de revisão e adaptação das políticas
públicas para garantir uma abordagem mais inclusiva e sustentável na gestão das
zonas costeiras.
● A integração de diferentes saberes e perspectivas, incluindo o conhecimento
tradicional das comunidades locais, é essencial para uma gestão eficaz e equitativa
da zona costeira.
● O Brasil parece ainda adotar as ideias preservacionistas dos Estados Unidos do séc
XIX na criação de áreas de preservação, desconsiderando os povos e comunidades
como parte integrante da natureza a ser preservada.
● Os Estados Unidos podem ter sido precursores na criação de áreas de preservação,
mas foram muito mais eficientes em exterminar seus povos originários. O Brasil tem
se esforçado nesse sentido, mas ainda bem que encontra alguma resistência
organizada para preservação na natureza, incluindo os povos e comunidades
tradicionais.
6) Breve auto avaliação do trabalho no grupo. Pontos potenciais e fragilidades da
dinâmica do grupo.

➡ Por fim, uma rodada de AUTO AVALIAÇÃO. Como foi o processo de debate e co-
construção do conhecimento? Quais as dificuldades? O que funcionou?

O grupo, apesar de não de não ter uma rotina que se encaixa para podermos fazer os
encontros e discussões de forma presencial, teve muita coesão na realização do trabalho, a
maioria participou com suas ideias e entendimentos sobre o texto e realizaram
apontamentos muito relevantes para o debate/tema apresentado nos textos.
Tivemos dificuldade de encaixar um horário em comum para escrevermos o relatório, e a
alternativa que foi mais eficaz foi a criação de um arquivo compartilhado no google drive.

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