Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Por fim, o autor define a territorialidade como sendo o esforço coletivo de um grupo
social para ocupar, usar, controlar e se identificar com uma parcela específica de seu
ambiente biofísico, envolvendo-a em seu "território" ou "terra natal".
A temática dos chamados “regimes de propriedade” comum tornou-se uma importante linha
de pesquisa dentro da antropologia; podendo ser analisadas os distintos povos tradicionais do
Brasil, começando pelos povos indígenas. Para eles a noção de propriedade privada da terra
não existe, segundo Ramos, a terra não é e não pode ser objeto de propriedade individual. Um
dos tipos mais comuns de determinar acesso a certas terras é através das formas de
parentesco; na literatura etnográfica é mostrado diferentes maneiras pelas quais unidades de
parentesco funcionam também como unidades territoriais.
Lugar e Memória
Os territórios dos povos tradicionais se fundamentam em décadas, em alguns casos, séculos de
ocupação efetiva. A expressão dessa territorialidade, então, não reside na figura de leis ou
títulos, mas se mantem viva nos bastidores da memória coletiva que incorpora dimensões
simbólicas e indenitárias na relação do grupo com sua área, o que dá profundidade e
consistência temporal ao território. A maneira que cada grupo constrói sua memória coletiva
dependeria em parte da história de migrações que o grupo realizou no passado.
O movimento ambientalista é composto por várias vertentes em relação aos territórios sociais
do Brasil: o preservacionismo e o socioambientalismo, cada uma produzindo impactos
diferenciados e interagindo de formas únicas com os distintos povos tradicionais.
A Razão Instrumental frente aos Direitos dos Povos no início do Século XXI