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Povos e Comunidades Tradicionais: Conflitos Territoriais

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Marina Eduarda Armstrong de Oliveira
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Renato Alves Ribeiro Jr.

Desde a década de 80, tem ocorrido a emergência de manifestações populares cujas


razões de mobilização têm se diferenciado dos movimentos sociais ortodoxos, que se organizavam
como simples respostas às crises econômicas - análises marxistas ortodoxas - ou como meros efeitos
de desvios e marginalidades . Esses Novos Movimentos Sociais têm, como principal razão de
mobilização, o direito ao território e à manutenção da cultura: “o novo sujeito que surge é um coletivo
e difuso em busca de diferenciação, em luta contra as discriminações, crítico do processo de
modernidade hegemônica e em busca do direito à diferença” (SOUZA, 2007).
Neste contexto, se encontram os Povos e Comunidades Tradicionais, que são, de
acordo com o Decreto n.º 6.040/2007

grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas
próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como
condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando
conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição.

Porém, na tentativa de garantir a manutenção do território – aqui entendido como sendo


definido pela relação de poder em primeira instância, sobre quem domina e/ou influencia determinado
espaço, podendo também ser determinado por outras dimensões das relações sociais, como a
econômica e cultural, que se objetivam no território, sua expressão espacial (SOUZA, 2009) –, os
Povos e Comunidades Tradicionais têm se deparado com diversos conflitos, uma vez que, muitas
vezes, oferecem resistência às exigências do capital, da propriedade privada e de legislações
ambientais ideologicamente conservacionistas.
Partiremos, portanto, para os conflitos enfrentados por algumas comunidades, a fim de
exemplificar estas afirmações.

Territorialidade e Lugar: o trunfo do Novos Movimentos Sociais.

O conceito de “lugar” esta diretamente ligado a várias discussões na ciência Geográfica,


geralmente entendido como a relação afetiva que Homem tem com um determinado ponto do espaço,
ou seja o vínculo que o homem estabelece com o lugar onde vive, atribuindo-lhe sentimentos, visto

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Graduanda do 4º ano do curso de Geografia da Universidade Federal do Paraná, vinculada ao Centro de
Estudos de Geografia do Trabalho (CEGET) – Curitiba/PR. E-mail: malyoliveira@yahoo.com.br
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Graduando do 3º ano do curso de Geografia da Universidade Federal do Paraná, vinculado ao Centro de
Estudos de Geografia do Trabalho (CEGET) – Curitiba/PR. E-mail: cherenato@gmail.com
que suas memórias e sua história estão inseridas no contexto sócio-espacial. Da mesma forma,
dentro dos Novos Movimentos Sociais, o lugar concide com o território tradicional, e tem uma
significação pelo fato de essas comunidades nutrirem uma relação afetiva com seu meio, o que
explica todo o arraigo territorial que elas demonstram. Porém, em muitas situações, Comunidades
Tradicionais são obrigados mudar-se para a cidade ou outros lugares para dar espaço a plantações
de pinus, eucalipto, arroz, banana, pastagens e especulação imobiliária. Assim, há agentes, tanto
públicos quanto privados, que os encurralam, rompendo com seus territórios tradicionalmente
ocupados, agem pela lógica do “local” (como veremos a seguir), não possuindo a mesma relação
afetiva e de interdependência com o lugar que essas comunidades possuem. Interessa, portanto, que
diferenciemos os conceitos de local e lugar.
O local, segundo RIBEIRO (2009) é determinado por constituir o lócus de realização de
projetos definidos por atores das outras escalas da realidade social e, para os agentes do local, se
produz um o corte radical com a história, tendo em vista que a própria densidade dos contextos
impede a total abstração de característica do espaço herdado; O lugar, no entanto, opõe-se ao
pensamento único, e também ao politicismo e ao economicismo. Ele é, sobretudo, vida social,
memória coletiva, sociabilidade e ação espontânea. Para os autores do lugar, é o mergulho nas
tradições.
A partir, então, dessa reflexão, os Novos Movimentos Sociais têm uma ligação direta e
íntima com o lugar, o que dá outro significado à defesa do território frente à imposição de infra-
estruturas, plantações de monocultura, implantação de unidades de conservação e avanço de
indústrias por atores de outros contextos sócio-espaciais que desconsideram totalmente a ligação dos
Povos Tradicionais com o lugar. Dessa forma, levam o lugar e as formas de configurar o mundo que
ali existem para a invisibilidade, relevando sua construção cultural.
A lógica geográfica impositiva do capitalismo e do desenvolvimento liberal gera uma
marginalização dos vários movimentos sociais (não apenas no Brasil, mas também em toda a
América Latina), porque neste contexto de globalização o lugar é “periferializado”. No entanto, o
território e o lugar são os grandes trunfos dos novos movimentos sociais que não podem ser
entendidos separadamente do processo de reorganização social do mundo (BRINGEL, 2007).
O território pelo qual os Novos Movimentos Sociais tanto lutam não se trata apenas de
um espaço com limites fixados, mas de um espaço que também está impregnado de significação, de
cultura, de relações. A ocupação do território é vista como algo gerador de raízes e identidade sócio-
cultural inarredavelmente ligadas aos atributos do espaço concreto. É comum estes territórios
romperem com os limites de fronteiras do Estado ou do municípios, pois o território tradicionalmente
ocupado pelas comunidades vão além de limites fronteiriços impostos pela divisão politica e
económica, desta forma o conflito que os Povos e Comunidades Tradicionais enfrentam, se
expandem para outros lugares, não ficando somente localizado em determinadas regiões específica,
mais se estendem para outros segmentos e identidades tradicionais.
Disputas por território

Os Povos e Comunidades Tradicionais possuem um arraigo territorial muito forte, uma


vez que o território não se reduz a uma fonte de recursos naturais, mas, além disso, constitui a
própria identidade dos grupos. SOUZA (2007) defende esta idéia, quanto à composição da identidade
coletiva Faxinalense (também Comunidade Tradicional), por exemplo:

A escolha de critérios diferenciados de composição de identidade coletiva esboça as


fronteiras de um grupo étnico até então da invisibilidade, tal como o critério étnico – mesmo
que a noção de étnico não se atenha a uma língua, laços de sangue ou origem comum –
construído a partir de mobilizações que expressam formas de agrupamento político em
torno de elementos consensuados, como o uso comum da terra; e o critério ecológico, que
se refere à apropriação da natureza, isto é, a um território onde a forma de gestão comum
dos recursos naturais é fundamental para existência comunitária (...)

Além deste vínculo com o território, os Povos e Comunidades Tradicionais possuem uma
relação de interdependência com o meio em que vivem. Dessa forma, a sobreposição de infra-
estruturas, parques nacionais, áreas de proteção ambiental e propriedades privadas ao território
tradicionalmente ocupado implica em uma série de conflitos. Como exemplo, citaremos o caso dos
Pescadores Artesanais de Superagüi/PR, e dos Cipozeiros da Mata Atlântica do Paraná e Santa
Catarina.
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Há séculos os Pescadores Artesanais da Vila de Superagüi, pertencente ao município
de Guaraqueçaba/PR, vinham praticando agricultura com cultivo rotativo, pesca e coleta de materiais
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da floresta (madeira para consumo próprio, plantas decorativas e ervas medicinais) . Isso ocorreu até
o momento em que, no ano de 1989, foi implantado, através do Decreto n.º 97.688, o Parque
Nacional do Superagüi, o que constituiu, desde então, um impedimento à continuidade das práticas
agrícolas e de extrativismo, comprometendo o modo de vida e de reprodução social, econômica e
cultural da Comunidade.
Desta forma, a atividade que antes era complementar à renda, a pesca artesanal,
passou (e até o momento ainda é) a ser principal. Porém, a partir do momento em que foi instituída a
lei de milha (onde há proibição da pesca dentro dos limites da primeira milha náutica (1.852m)) pela
Instrução Normativa n.º 29 do Ministério do Meio Ambiente, em 2004, o território de pesca artesanal
propriamente dito sofreu com a sobreposição da legislação, o que reduziu as possibilidades da
Comunidade também no mar, condenando-a à concorrência desleal com a atividade de pesca
industrial que, ao contrário da pesca artesanal com seus barcos de pequeno porte e apetrechos
rudimentares, dispõe de todo um arsenal tecnológico de ponta, barcos de grande porte e que realiza

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Dados retirados do fascículo nº 16 da Nova Cartografia Social dos Povos e Comunidades Tradicionais do Brasil
– Pescadores Artesanais da Vila de Superagüi.
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Na lei n.º 11.959 de 29 de junho de 2009, classifica-se como pesca artesanal a atividade comercial “quando
praticada diretamente por pescador profissional, de forma autônoma ou em regime de economia familiar, com
meios de produção próprios ou mediante contrato de parceria, desembarcado, podendo utilizar embarcações de
pequeno porte” (Art. 8º §I, a).
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É importante ressaltar que o manejo tradicional dos recursos é realizado de forma a possibilitar a recomposição
dos mesmos. Este manejo, inclusive, é reconhecido e incentivado em Tratados Internacionais assinados pelo
Brasil, como, por exemplo, a Convenção sobre Diversidade Biológica (Art. 8, j).
pesca diuturna, extremamente prejudicial ao meio ambiente e impactante para comunidades como
esta.
Estes dois conflitos revelam a postura conservacionista adotada pelo Estado. Esta
postura tem sido adotada desde o início do século XIX, quando passaram a ser criados, nos Estados
Unidos, espaços de conservação, de “natureza intocada” para conservação da beleza estética e
também como um refúgio para os que vivem em regiões urbanas (DIEGUES, 2001). Então, esta
criação de espaços de conservação foi transposta para outras realidades, como a brasileira. Porém,
isto “entrou em conflito com a realidade dos países tropicais, cujas florestas eram habitadas por
populações indígenas e outros grupos tradicionais que desenvolveram formas de apropriação
comunal dos espaços e recursos naturais” (idem, 2001).
BENATTI (2001) faz considerações a esse respeito, quando afirma que é necessário que
os princípios de criação das unidades de conservação e seus conceitos (anteriores à Constituição, e
que desconsideram o aspecto cultural) em vigor sejam revistos, para que estejam consoantes à
Constituição de 88, que oferece proteção ao patrimônio cultural material e imaterial, pois esta
disparidade constitui um conflito, que tem “de um lado a Constituição que tutela os elementos
naturais, artificiais e culturais, de outro a lei ordinária ambiental que desconsidera o aspecto cultural”
(idem, 2001).
Além do entrave representado por legislações ambientais semelhantes às supracitadas,
é possível encontrar outros também em relação ao surgimento de propriedades privadas em
territórios tradicionalmente ocupados. Neste tipo de situação citaremos como exemplo o caso dos
Cipozeiros da Mata Atlântica do Paraná e Santa Catarina.
Há gerações, os Cipozeiros, autodenominados como Comunidades Tradicionais que
vivem da retirada do cipó imbé e do artesanato[1], vêm praticando a coleta deste produto, que
depende de que o Cipozeiro adentre a Mata Atlântica e retire, então, com o manejo tradicional
adequado, o cipó e, a partir deste processo inicial o cipozeiro irá , confeccione seu artesanato.
Porém, com a especulação imobiliária, atualmente toda a área de uso dos Cipozeiros em
Garuva é propriedade privada, o que cria um impasse, pois,

Alem da „permissão‟ pela lei, o cipozeiro precisa da autorização do dono da terra onde está a
floresta com cipó imbé – toda a área de uso dos Cipozeiros em garuva é propriedade
privada. A maioria são fazendeiros de grandes empresas. Os acordos são diversos, variando
de uma escala que vai da liberação sem restrições, passando pelo pagamento de taxas de
uso, até conflitos armados. (NOVA CARTOGRAFIA SOCIAL, fascículo 9, Cipozeiros de
Garuva).

Isto constitui uma grande tensão entre os proprietários e os Cipozeiros que dependem
deste recurso natural para manter seu modo de vida e reprodução sócio-cultural, pela falta de uma
legislação específica que garanta o acesso destas Comunidades à seu território tradicional. A
expansão da especulação imobiliária, como chácaras e resorts, e a implantação de infra-estruturas
para escoamento de produção, como a estrada de Itapoá, que adentra o território dos cipozeiros,
ocasionam uma redução do território tradicionalmente ocupado, e uma restrição do acesso aos
recursos.
A Cartografia Social como uma oportunidade de reação perante os conflitos territoriais

A Cartografia, um instrumento carregado de um discurso e com teor político,


tradicionalmente vinha sendo utilizada em favor das elites para a defesa, reprodução e disseminação
de seus interesses (LACOSTE, 1997). Uma vez que haja uma difusão e utilização desta ferramenta
por movimentos sociais como os dos Povos e Comunidades Tradicionais, uma oportunidade de
reação frente aos conflitos que enfrentam se lhes apresenta.
A Nova Cartografia Social vem se consolidando desde 2005 no Brasil como uma
alternativa de representação territorial apropriada pelos Povos e Comunidades Tradicionais e como
um instrumento de articulação, resgate de identidade e força motriz de suas ações, em um contexto
de forte pressão sobre seus territórios e sobre os recursos necessários para sua sobrevivência.
Nesse tempo, várias foram as comunidades que resolveram incorporar a cartografia como ferramenta
para se afirmar, se mostrar e se construir como sujeito político.
A Cartografia Social, desta forma, surge como prática inovadora onde há um
protagonismo dos Povos e Comunidades Tradicionais, que, com o auxílio e suporte técnico de
pesquisadores, realizam seu próprio mapeamento, tendo seu conhecimento tradicional acerca de
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suas práticas e de sua comunidade valorizados e materializados num fascículo . São as
Comunidades as realizadoras da Cartografia pelo fato de que são elas que detêm o conhecimento a
respeito de seus membros e das áreas e situações mais importantes a ser cartografadas.
Além disso, este processo proporciona também um espaço de articulação em cada
comunidade, contribuindo, assim, para o fortalecimento da identidade de cada Grupo, momentos de
instrumentalização jurídica, além de espaços de articulação entre várias comunidades, onde ocorre
um apoio mútuo e uma articulação e fortalecimento dos grupos enquanto rede.
A Cartografia Social, da forma e com o objetivo com o qual é realizada, torna-se uma
ferramenta que pode tornar-se um instrumento de saída da invisibilidade perante sociedade e Estado,
e também ter desdobramentos jurídicos na luta pelos direitos dos Povos e Comunidades Tradicionais
e pela defesa do território tradicional.
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Com a articulação dos Pescadores Artesanais, foi realizada uma Cartografia Social , cujo
fascículo passou a ser utilizado em ações do movimento, que tem conquistado visibilidade perante o
Estado e a sociedade, e também agregou mais comunidades que aderiram ao movimento que, então
se estendeu a todo o litoral paranaense.
Com a ampliação do movimento, houve, em conseqüência, o aumento de número e
formas de conflitos territoriais envolvendo a pesca artesanal no litoral, porém com um ponto comum
entre todos, referente ao atropelamento de Povos e Comunidades Tradicionais pelo exigente capital,
e a resistência das mesmas.
Diante desta problemática, compreendemos que há uma relação dialética que se dá entre
a expansão do capital, personificada pela pesca industrial, instalação de infra-estruturas como portos

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Diversos fascículos da Nova Cartografia Social podem ser encontrados no site www.novacartografiasocial.com
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A Nova Cartografia Social, processo no qual há um protagonismo de Povos e Comunidades Tradicionais em
mapear e demarcar seu território tradicional e os conflitos que enfrentam, foi realizada nesta Comunidade
durante o ano de 2009, tendo como produto final um fascículo (dentre outros realizados por outras comunidades,
que podem ser vistos no site www.novacartografiasocial.com.br) que foi lançado no início do ano de 2010.
e também de redes hoteleiras, se houver, e as Comunidades Tradicionais de Pescadores Artesanais
sobre o território tradicionalmente ocupado.

Referências Bibliográficas

BENATTI, José Heder. Presença humana em unidade de conservação: um impasse cientifico,


jurídico, ou político? IN: CAPOBIANCO, João Paulo Ribeiro (orgs.) ET AL. Biodiversidade na
Amazônia brasileira: avaliação e ações prioritárias para a conservação, uso sustentável e repartição
de benefícios. São Paulo: Estação Liberdade: Instituto Socioambiental, 2001, pp. 299-305.

BRINGEL, Breno Marqués. O lugar nos movimentos sociais e o lugar da geografia na teoria dos
movimentos sociais. - Boletim Goiano de Geografia Goiânia - Goiás - Brasil v. 27 n. 2 p. 35-49 jan. /
jun. 2007

DIEGUES, Antonio Carlos Sant'ana . O Mito Moderno da Natureza Intocada. 3. ed. São Paulo:
HUCITEC e NUPAUB, 2001. v. 1.

LACOSTE, Yves. A geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. 4. ed. Campinas:
Papirus, 1997.

NOVA CARTOGRAFIA SOCIAL. Fascículo 9. Cipozeiros de Garuva, Santa Catarina. Florianópolis,


2007.

NOVA CARTOGRAFIA SOCIAL. Fascículo 16. Pescadores Artesanais da Vila de Superagüi, série
Povos e Comunidades Tradicionais do Brasil. Guaraqueçaba/PR, 2010.

RIBEIRO, Ana Clara Torres. Cartografia da ação social, região latino-americana e novo
desenvolvimento urbano. Le Monde diplomatique, Brasil, ano 2, n° 24, julho 2009.
SOUZA, Marcelo Lopes de . "Território" da divergência (e da confusão): Em torno das imprecisas
fronteiras de um conceito fundamental. In: SAQUET, Marcos Aurélio; SPOSITO, Eliseu Savério.
(Org.). Territórios e territorialidades: Teorias, processos e conflitos. 1 ed. São Paulo e Presidente
Prudente: Expressão Popular, 2009, p. 57-72.

SOUZA, Roberto Martins de. Da invisibilidade para a existência coletiva: Redefinindo fronteiras
étnicas e territoriais mediados pela construção da identidade coletiva de Povos Faxinalenses. In:
Seminário Nacional Movimentos Sociais, Participação e Democracia. Florianópolis, UFSC: 2007.

Legislação Consultada

Decreto n.º 97.688 de 25 de abril de 1989, que cria o Parque Nacional do Superagüi.
Decreto n.º 2.519 – Convenção sobre Diversidade Biológica. Publicado no Diário Oficial da Unição em
16 de março de 1998.

Instrução Normativa do Ministério do Meio Ambiente n.º 29 de 06 de dezembro de 2004, que institui a
milha náutica.

Lei n.º 11.959 de 29 de junho de 2009 (art. 8º §I, a).

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