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Lógica e Fundamentos Dos Cálculos e Do Ensino Da Matemática
Lógica e Fundamentos Dos Cálculos e Do Ensino Da Matemática
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Coordenação de
Ensino Instituto IPB
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Sumário
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................... 5
§ 1. PRIMÓRDIOS I.................................................................................................................................... 8
§ 2. PRIMÓRDIOS II................................................................................................................................... 9
§ 1. ORIGENS I ........................................................................................................................................ 13
§ 2. ORIGENS II ....................................................................................................................................... 14
§ 1. REPRESENTAÇÃO DE UM CONCEITO................................................................................................. 24
LEITURAS DE UM ARGUMENTO.................................................................................................................. 51
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4
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INTRODUÇÃO
6
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X = X
X ~ X =
X = Y X Y
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ELEMENTOS HISTÓRICOS I
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§ 1. PRIMÓRDIOS I
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§ 2. PRIMÓRDIOS II
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§ 3. PRIMÓRDIOS III
A expressão todos os pontos, lida como tantos quantos puder imaginar, toma
por evidente que o espaço se define através de infinitos pontos.
Segundo os gregos antigos, desde que o espaço se constitui de infinitos pontos
podem-se imaginar dois ou mais pontos sendo ligados de muitos modos através de
linhas. Linhas são figuras que não tem espessura e largura, mas tem comprimento e
podem se estenderem indefinidamente. Euclides considera e define as linhas retas,
toda linha traçada uniformemente com os pontos sobre si e as superfícies planas, toda
superfície traçada uniformemente com suas retas sobre si como construções
fundamentais para iniciar o processo de construção da geometria..
Desde que o espaço se constitui de infinitos pontos Euclides denominou figura
geométrica ou simplesmente figura a tudo aquilo delimitado por qualquer fronteira ou
fronteiras. Assim toda figura se compreende como um conjunto de infinitos pontos e o
próprio espaço pode ser lido como uma figura geométrica. Na lógica euclidiana se um
triângulo é definido como um polígono de três lados, então polígono deve ser entendido
como uma figura e as figuras como objetos constituídos por linhas. Como linha é uma
construção fundamental, o processo de definição se interrompe aí.
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ELEMENTOS HISTÓRICOS II
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§ 1. ORIGENS I
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§ 2. ORIGENS II
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§ 3. ORIGENS III
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relações e o raciocínio. Estes, por sua vez, representam-se, quaisquer que sejam os
meios, como termo, proposição e argumento. Assim, enquanto a proposição é a
expressão de um juízo, o argumento é a expressão de um raciocínio.
§ 1. DESENVOLVIMENTO DA LÓGICA I
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§ 2. DESENVOLVIMENTO DA LÓGICA II
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§ 4. DESENVOLVIMENTO DA LÓGICA IV
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uma linguagem artificial que dá uma visão universal dos mecanismos lógicos das
teorias matemáticas. Com 3 conceitos primitivos e 5 axiomas ampliam os domínios da
axiomática matemática desenvolvendo a Teoria dos Números Naturais. Completando o
ciclo axiomático fundamental Frege elabora um conjunto de princípios que orientem as
regras da demonstração e caracterize o que é uma demonstração matemática.
Certamente uma proposição está demonstrada se ela decorre de proposições
cuja verdade esta estabelecida. A questão, a saber, é: o que garante a verdade das
premissas? Embora estudantes de Matemática treinem para lidar com este dilema na
geometria e aritmética, este treinamento, como Frege observou, não dá garantias, pois
podemos acreditar ter demonstrado aquilo que não estava terminado.
As idéias de Frege, baseada na simbologia matemática e na análise
formal do discurso, organiza o raciocínio numa espécie de gramática empregada
em diversas linguagens, como a proposicional, que estuda a relação dos juízos
entre si ou a de predicados, que analisa a estrutura das sentenças. Favorecendo
reavaliações no estudo da lógica, a partir daí a lógica aristotélica adquire a
denominação Lógica Clássica.
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§ 1. REPRESENTAÇÃO DE UM CONCEITO
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§ 2. EXTENSÃO OU COMPREENSÃO I
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§ 3. EXTENSÃO OU COMPREENSÃO II
F
P
Q
R
27
27
TR TI
I
P
Diagrama 1 Diagrama 2
28
28
B
A
A
Diagrama 2
Diagrama 1
Na sentença negativa alguns triláteros não são triângulos, veja Diagrama 2,
enquanto o sujeito é tomado em sentido particular, o predicado tem sentido universal,
pois o ser triângulo é negado a todos os triláteros aos quais faz referência.
Do mesmo modo se for dito que nenhum triangulo é trilátero, nega-se a todos os
triângulos a possibilidade de pertencer ao conjunto dos triláteros.
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Aristóteles ensinava que a sentença que expressa um juízo deve ter a forma
sujeito-verbo ser - predicado onde um termo, o sujeito, a idéia da qual se afirma algo, –
liga-se ao outro, o predicado, a idéia que se afirma do sujeito, num nível de
concordância tal que a asserção ou será verdadeira ou será falsa.
Decorre da conceituação aristotélica que se excluem de concordância lógica as
frases exclamativas, interrogativas ou imperativas, pois estas não se classificam em
verdadeiras ou falsas. Também se devem excluir frases com mais de um sentido.
De fato. A frase as rosas são vermelhas é ambígua, pois tanto pode significar
que algumas rosas são vermelhas quanto todas as rosas são vermelhas. Deve se
também evitar dizer frases como as rosas não são vermelhas, pois a ela tanto pode ser
entendida como algumas rosas não são vermelhas quanto nenhuma rosa é vermelha.
Toda proposição enuncia a inclusão ou exclusão do predicado no sujeito: se o
atributo dado ao sujeito faz parte ou não da compreensão deste sujeito. O sujeito e o
predicado são termos que expressam um conceito portador de significado com
determinada realidade. O verbo ser, ou qualquer outro verbo que faz a ligação entre o
sujeito e o predicado, indicando a qualidade atribuída ao sujeito ou, qual comparação
ou, qual relação existe entre eles, é chamado conceito relacionante ou relação.
Nos enunciados: 2 é número par; y = x2 - 3x + 2 ; x + y = 7; Guilherme François
L Hospital escreveu em 1696 Analysis dês Infiniment Petits, o primeiro livro texto de
Cálculo publicado no mundo, cada uma dessas sentenças contém um modo de
relacionamento entre o sujeito e o predicado. Como Júlia e Luciana se relacionam?
São primas. Qual relação existe entre x + y e 7? São iguais.
A idéia de relação ocorre quando elementos de certos conjuntos, que podem ser
números, idéias, pessoas, fatos,... , estão ligados por expressões do tipo... é prima de
.., ... é igual a ..., ...é maior do que ..., ... é autor de ... , ... é elemento de ...
Outras palavras relacionantes são: portanto, assim, ou, então, e, se, entre, nem,
não, todo, há, existe,...
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Para Aristóteles, as sentenças que emitem um juízo devem ser declarativas, pois
em nome da clareza e da precisão devem enunciar sem ambigüidades a inclusão ou a
exclusão do predicado no sujeito.
As sentenças assim entendidas vão se designar como sentenças declarativas,
proposições simples, atômicas ou categóricas.
Proposição (juízo)
5 > 2
Valor lógico verdadeiro
Termo Sujeito Termo Predicado
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Comentário:
Adotaremos a notação L(P) = V para indicar o Valor Lógico Verdadeiro de uma
proposição ou, L(P) = F, para significar sua falsidade. Assim, L(P 1 ) = V, L(P 2 ) = V,
L(P 3 ) = V e L(P4) = F.
Outra notação conveniente é 1 para designar uma proposição verdadeira e 0, se
a proposição é falsa. Assim, L(P 1 ) = 1, L(P 2 ) = 1, L(P 3 ) = 1 e L(P4) = 0.
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3
W 3 : x3 = 5 x2 W 4 : x2 – 3x + 2 0 W 5 : sen x = , W 6 : sen x = 0,866025403
2
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33
Comentário:
Decorre da conceituação aristotélica que se excluem de concordância lógica frases
interrogativas (X 1 ), exclamativas (X 4 e X 6 ), imperativas (X 2 e X 3 ) e ambíguas (X 7 ).
§ 1. SENTENÇAS ABERTAS I
elementos, de D que satisfazem a sentença aberta – isto é, aqueles que a tornam uma
sentença verdadeira - constituem o conjunto Solução, de símbolo S.
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§ 2. SENTENÇAS ABERTAS II
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E3A –
A Sentença 5x - 8 = 4 (2x - 6) - 3x + 7 é falsa para qualquer valor de x.
De fato. De 5x - 8 = 8x - 24 - 3x + 7 decorre 5x - 8 = 5x – 17.
Daí, 5x - 5x = -17 + 8 ou 0 = -11. A equação é chamada Contraditória, pois
nenhum número, qualquer que seja, jamais a verifica.
Em termos do conjunto-solução S diz-se que ele é vazio: S =
E3B-
A sentença 5x - 8 = 4 (2x - 6) - 3x + 16 é verdadeira para qualquer x. De fato.
De 8 = 8x - 24 - 3x + 16 decorre 5x - 8 = 5x – 8. Daí 5x - 5x = 8 – 8 ou 0 = 0.
A equação é chamada uma identidade. Ela sempre se verifica qualquer que seja
o valor de x em qualquer conjunto numérico U: S = U.
E3C–
Verifica-se que nenhum número x do conjunto N = {0, 1, 2, 3,...} satisfaz a
equação x2 - 3x + 1 = 0. De fato.
Através da fórmula de resolução da equação ax2 + bx + c = 0, onde a 0, b e c
b b 2 4ac
são números quaisquer e x , temos a = 1, b = - 3 e c =1. Daí,
2a
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36
37
37
i) x N, x + 2 = 5 ii) x N, x3 = 5x2
vii) x N / x2 = 4 (V)
i) x N, x2 3x + 2 = 0 (F)
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38
39
39
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40
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A partir do quadro geral acima se pode observar como o termo sujeito e o termo
predicado é distribuído para cada tipo de proposição.
A partir do quadro geral abaixo pode-se verificar a distribuição o sujeito e do
predicado para cada tipo de proposição:
1. As proposições do tipo A e E tornam o sujeito universal e as sentenças do tipo
E, O torna o predicado universal;
2. As proposições do tipo I e O não distribuem o sujeito e as proposições do tipo
A e I não distribuem o predicado.
EXTENSÃO EXTENSÃO DO
TIPO EXTENSÃO QUALIDADE
DO SUJEITO PREDICADO
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E6A -
AFIRMAÇÃO
PARTICULAR Alguns astronautas são matemáticos Alguns astronautas não são matemáticos
E6B
AFIRMAÇÃO
UNIVERSAL Toda função é uma equação. Toda função não é uma equação
PARTICULAR Algumas funções são equações Algumas funções não são equações
E6C
AFIRMAÇÃO
E6D
AFIRMAÇÃO
PARTICULAR Existem triângulos que são triláteros Existem triângulos que não são triláteros
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43
Y Y
X Y X Y
X X
Todos os X são Y
44
44
P P U
Ē x
g A
E E A
~E
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pontos que não estão nem no interior do conjunto E e nem no exterior de E? Como
ilustra o diagrama 2 figura acima, existiriam elementos que estão sobre a linha
demarcatória do conjunto E ? Neste caso o que estaria representando um elemento
sobre esta linha?
As especulações podem ser afastadas se a linha da região plana que delimita o
conjunto E for imaginada tão somente como uma demarcação do alcance da idéia que
está enunciando E.
A
A
A M
A M
46
46
M M M
A A A
2. Questionamentos:
M M M
A A A
47
47
Diagrama 4 Diagrama 5
M M
A A
48
48
Ē
Algumas Conclusões:
E
(1) Nem toda equação é uma função
F (2) Existem relações matemáticas que não se
descrevem como equações
R Algumas Conclusões:
P
(1) Nem toda função racional é polinomial
(2) Existem funções que não são racionais
Algumas Conclusões:
A
R (1) Nem toda função algébrica é racional
(2) Existem funções que não são algébricas
49
49
E9D
Se toda função polinomial (P) é racional (R) e toda função racional é algébrica (A),
então toda função polinomial é algébrica.
A
A
R
P
Sejam: F
F : Conjunto das Funções C
D
C: Conjunto das FunçõesCcontínuas.
D: Conjunto das Funções Diferenciáveis.
Algumas conclusões decorrentes:
(1) Se f não for diferenciável então f poderá ser contínua ou não ser contínua.
(2) Se f não for contínua, então f não é diferenciável.
(3) Se f é contínua, a condição f diferenciável não é suficientemente verdadeira.
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50
E 10 B
Se f é uma função contínua num intervalo fechado I = [a, b] (C), então f é
Riemann – Integrável ( R ) em [a,b].
R
Outra leitura é: R
R
Outra leitura é:
Se f é uma função polinomial, então f é P
Riemann - Integrável em qualquer intervalo fechado [a, b].
Essa proposição diz que todos os triângulos estão contidos na classe das figuras que
têm três lados.
Conjuntos Envolvidos: L G
Algumas Conclusões:
51
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LEITURAS DE UM ARGUMENTO
Z
. Dois
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§ 1 – LEITURAS DE UM A ARGUMENTO I
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§ 2 – LEITURAS DE UM A ARGUMENTO II
VERDADEIRO VÁLIDA
VERDADEIRO NÃO-VÁLIDA
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2 2
é um numero inteiro éZ
3 3
2 2
é um numero irracional é Q‟
3 3
FALSO VÁLIDA
Todo A é B
Se e Então Todo A é C
Todo B é C
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Este argumento, que se diz bem construído, pois qualquer que sejam as
proposições A, B e C, a conclusão se articula como conseqüência das
premissas dadas, denomina-se Silogismo. Silogismo significa ligação.
Considerado uma das formas perfeitas do raciocínio dedutivo, o silogismo é
uma argumentação na qual um antecedente que une dois termos a um terceiro deduz
um conseqüente que une esses dois termos.
Uma das regras estabelecidas por Aristóteles para distinguir os
silogismos válidos é aquela: um argumento garante a veracidade da conclusão se ele
se constitui de premissas verdadeiras e é um argumento válido. Ou:
§ 4 – LEITURAS DE UM A ARGUMENTO IV
56
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CONCLUSÃO CONCLUSÃO
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B C B
C
A A
§ 5 – LEITURAS DE UM A ARGUMENTO V
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59
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E 12 A Seja o argumento:
M
H
Premissa Maior: Todos os homens são mortais
Premissa Menor: Pedro é homem
E 12 B Seja o argumento:
Pedro é selenita, pois Pedro é economista e todos os economistas são selenitas.
A proposição singular Pedro é selenita decorre das premissas:
João é radical. S
e
R
Todos os radicais são selenitas.
• Pedro
60
60
E 12 C Seja o argumento:
E 12 D Seja o argumento: B
A B .x
C
Premissas: Todo A é B;
Nenhum C é B;
x é C.
Conclusão: x não é A.
Comentário:
Este exemplo generaliza o exemplo anterior através das substituições: conjunto dos
números inteiros por A, conjunto dos números racionais por B, conjunto dos números
61
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E 13 A - Seja o argumento:
257.896.545 é divisivél por 3, pois a soma dos seus algarismos é divisível por 3
e todo número é divisivél por 3 se a soma dos seus algarismos é divisível por 3.
A conclusão 257.896.545 é divisível por 3 decorre das premissas:
A soma dos algarismos do número 257.896.545 é divisivél por 3 e,
Todo número é divisível por 3 se a soma dos seus algarismos é divisível por 3.
E 13 B - Seja o argumento:
Premissas : Todas as mulheres têm a mesma altura.
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E 13 C Seja o argumento:
5>2 e 2 > 1:
5 > 2
Premissas
2 > 1
Conclusão 5 > 2
Argumento ( Raciocínio )
E 13 D Seja o argumento:
João é artista.
A P
63
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E 14 A Seja o argumento:
T
Premissas: Toda função racional (R) é algébrica (A).
E 14 B Seja o argumento:
I
I. Alguns pesquisadores (P) são pessoas interessantes (I). P
Algumas Conclusões :
64
64
E 14 C Seja o argumento: M
M
E 15 A Seja o argumento:
E 15 B Seja o argumento:
E 15 C
65
65
C C
P
D D P
C C
P D
D P
66
66
67
67
terceira possibilidade entre o valor positivo ser e o valor negativo não-ser. Não significa,
digamos, afirmar que entre quente ou frio existe o morno, mas sim que determinado
objeto está quente ou frio. Isto porque, de acordo com o raciocínio aristotélico, se um
objeto está morno ele não esta nem quente, nem frio: morno é uma outra realidade.
§ 1 – OS CONECTIVOS LÓGICOS I
REPRESENTAÇÃO REPRESENTAÇÃO
LÓGICA
LÓGICA ALGÉBRICA
Sentenças Abertas:
Juízo Proposição
Igualdades ou Desigualdades
68
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Classe X Classe Y X– Y
§ 2 – OS CONECTIVOS LÓGICOS II
Enquanto a solução da equação XX = X é dada pelos números x = 0 ou x = 1,
na Álgebra Booleana esta equação é sempre verdadeira para qualquer X, pois a classe
dos objetos que pertencem à classe X com os objetos que pertencem a classe X é a
própria classe X.
Classe x XX = X
1 0
69
69
Classe X 1 1-X
Infere-se também que o produto X. ( 1 – X ) deve ser igual a 0, pois não haveria
como um objeto ser e não-ser.
1 0
70
70
71
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classe de sentenças cuja estrutura interna, se não se fizer necessário, pode ser
ignorada. As proposições simples vão se denominar atômicas e representadas
por P1, P2, P3, . . . , P, Q, R, . . . , p, q, r, . . . ,a, b, c, . . . ,x, y, z, . . .
§ 4 – OS CONECTIVOS LÓGICOS IV
Proposição Negação da
proposição
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Conjunção e . p q , pq peq
Disjunção ou + pq,p+q p ou q
Portanto uma frase como Acredito que 1 e 1 são 2 é considerada de valor lógico
indeterminado, pois o operador Entendo que, aplicado a sentença 1 e 1 são 2 tanto
pode ser entendido como verdadeiro quanto falso.
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L(q) = V L(q) = V
L(p) = V L(p) = F
L(q) = F L(q) = F
ou
L(q) = 1 L(q) = 1
L(p) = 1 L(p) = 0
L(q) = 0 L(q) = 0
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As seqüências L(p) = {V,V,F, F}, L(q) = {V,F,V,F} ou, L(p) = {1,1,0,0} e L(q) =
{1,0,1,0} organizam-se em tabelas-verdade distribuídos por colunas:
P Q p Q
V V 1 1
V F 1 0
F V 0 1
F F 0 0
§ 1 – A NEGAÇÃO não.
P ~P P ~P
o
V F 1 0
u
F V 0 1
75
75
A barra vertical “ | ” ou “ / “ sem estar sobre um símbolo mas entre símbolos, têm
o significado tal que.
~p : 5 .3 15.
Segundo o Principio da Tricotomia que enuncia: Dados dois números a e b,
apenas uma de três condições se verifica: a > b, a < b ou a = b.
E 16 B Seja p a proposição p : 5 2.
A negação de p é a proposição ~p : 5 = 2.
De fato. Se 5 ≠ 2 então 5 < 2 ou 5 > 2. Negar que 5 2 significa dizer que 5 não
é menor do que 2 ou 5 não é maior do que 2. O que equivale 5 2 ou 5 2. Logo x
só pode ser igual a 2.
~p : 3 . 2 + 1 > 4 ou ~p : 3 . 2 + 1 4.
76
76
E 16 D Seja p a proposição
p : 5 . 4 – 3 < 20.
E 17 A Seja p a proposição p : 5 2 + 32
~p : 5 2 + 32 ou ~p : 5 > 2 + 32.
De fato. Negar que a b eqüivale a dizer que a b ou a < b. Se a não é igual a
b e a não é menor do que b, então a > b.
E 17 B Seja p a proposição p : 3 + 2 22 + 4
A negação de p é a proposição ~p : 3 + 2 < 22 + 4.
Seja: p : N Z .Então
~p : N Z
p B ~p B
A
A
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77
E 18 B
O conjunto ~A, A ou A‟ é o conjunto dos elementos que estão no conjunto universo U
mas não pertencem à A: ~A = U – A ou ~A = { x U e x A }.
Se, digamos, A = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e U = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10}, então
U U
~A = {8, 9, 10}.
~A ~A
A A
1
2 3
4 10
6
5
8
9
E 18 C
Seja A = {1,2,3,5,7,9,11,13} e B = {3,5,7,8}. Então A - B = {1,2,9,11,13} e
B – A = {8}: A-B
1
3 8
2
5
9 B -A
7
11
13
E 18 D
Se A = {1,2,3,4} e B = {1,2,3,4,5,6,7,8} então A - B = e B – A = { 5,6,7,8}
1 3
2
4
8
5
7
6 B–A= B
78
78
E 19 A Se A = {1,2,3,4,5,6} e B = {1,2,3}
1
A 4 B 2 A A
3
5
6
B-A= ø
A-B
A
E 19 B 1 C
B
Sejam os conjuntos: 4
6 7
2 3
A = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, B = {2, 3} e 5
8
C = {6, 7, 8}.
a) U – A = A = {5,6,7,8,9,10} b) U – B = B = {1,3,5,7,9,10} c)
A = U – {5,6,7,8,9,10} = {1,2,3,4} = A. A também se escreve (A‟)‟.
d) B – C = {2,8}. Assim, (B - C)‟ = U - (B - C) = {1,3,5,6,7,9,10}.
79
79
E 19 D
A A A
B B B
B AB B–A
A A A
B B B
BA A AB
Note – se que A B = A B
§ 2 – O CONECTIVO e
ou . , formam a conjunção p q ou p . q.
Através das situações descritas abaixo, o valor lógico da conjunção de p e q
deve-se evidenciar naturalmente.
SITUAÇÃO 1: Sejam as proposições:
p: 2 é um número par e q: 3 é um número ímpar .
A tabela abaixo relaciona as possibilidades de combinações entre p e q:
80
80
81
81
Comentário:
A tabela acima relaciona as possibilidades de combinações entre a conjunção p
e q. A linha 1 contém uma conjunção evidentemente verdadeira. Na linha 2, L(p q)
deve ser falso, pois uma conjunção contém a noção de simultaneamente. Assim
também na linha 3 a conjunção deve ser falsa. A linha 4 contém duas proposições
falsas e, portanto, L(p q) deve ser falsa.
SITUAÇÃO 2
Dois sócios em um empreendimento, chamados A e B, combinaram que toda
ordem de pagamento deve conter a assinatura de cada um deles para ser efetuada.
Designando por 1, que a ordem de pagamento está assinada e por 0 a ausência
de assinatura, tem-se as seguintes possibilidades:
§ 3 – O CONECTIVO e
SITUAÇÃO 2
A B Ordem de pagamento
SITUAÇÃO 3
82
82
SITUAÇÃO 4
Comentário:
Na linha 2, a soma dos algarismos de 81 é 8+1= 9 e 9 é divisível por 3. 273 é
divisível por 3, pois 2+7+3=12 e 12 é tal 1+2=3. Na linha 3 somente x = 3 ou x = - 3
satisfazem a sentença aberta. Na linha 4 a proposição q é falsa e na linha 5, a
proposição x = 4 é a raiz da equação x2 – 9 = 0 é falsa. Portanto, das situações
apresentadas intui-se a regra das conjunções e sua respectiva Tabela - Verdade:
P q Pq p q p.q
V V V 1 1 1
V F F 1 0 0
F V F 0 1 0
F F F 0 0 0
§ 4 – O CONECTIVO ou
83
83
SITUAÇÃO 1
As disjunções das linhas 1,2 e 3 são todas verdadeiras, pois pelo menos uma
das proposições é verdadeira. Na linha 4 as proposições são falsas.
Vale observar que na nossa metalinguagem a palavra ou tem o sentido inclusivo
ou sentido exclusivo. Na afirmação Ana é engenheira ou professora, pode ocorrer pelo
menos uma das proposições atômicas verdadeiras ou ambas verdadeiras. Entretanto
na afirmação Pedro é alto ou baixo, só uma das possibilidades pode ocorrer. Neste
exemplo o ou tem sentido exclusivo..
O símbolo especial , utilizado para o ou exclusivo, denota a proposição p q,
lida como ou p ou q, p ou q, mas não ambas.
SITUAÇÃO 2
84
84
§ 5 – O CONECTIVO ou
SITUAÇÃO 3
A B Ordem (A B)
SITUAÇÃO 4
85
85
ou
1 1 1 1 1 0
1 0 1 1 0 1
0 1 1 0 1 1
0 0 0 0 0 0
EXEMPLO 20 – AS CONEXÕES e, ou
E 20 A
Ao lado de cada proposição abaixo está indicado entre parênteses o seu
valor – verdade.
Conclusões Conclusões
86
86
E 20 D p : {0} = (0)
q : 4 {4} (1)
Conclusões
EXEMPLO 21 – AS CONEXÕES e, ou
E 21 A
Conclusões: Conclusões:
i) L (p q) = F. i) i) L (p q) = 0
i) L (p q) = 0 ii) L (p q) = 0 i) L (p q) = 0 ii) L (p q) = 1
Sejam as proposições
p: A água é aquecida (1) q: A água evapora (1)
r: Os crocodilos voam (0) s: 2 é um número par (1)
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Notações
A água não foi aquecida ~p 0
É falso que a água não foi aquecida ou ~ (~p ( p + q)‟ ~[0 1] = 1 (0+1)‟ = 0
ela evaporou q)
A água foi aquecida, ou não foi aquecida p(~p p+( p .q) 1 (01] = 1+(0.1)= 1
e evaporou q) 1
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88
89
89
AS CONDICIONAIS
SITUAÇÃO 1
No conjunto universo F das figuras seja T o conjunto dos triângulos e o G o
conjunto das figuras triláteras. Assim, se T é um triângulo, ele é trilátero. Se T não for
um triângulo, T poderá ser trilátero ou não. As possibilidades de combinações lógicas
são destacadas na tabela abaixo:
Linha 1 T é um triângulo 1 T é um trilátero 1 Se T é um triângulo então T é 1
trilátero
90
90
conjunto dos triláteros, e se T não um triângulo, então ele poderá ser trilátero ou não. O que
significa que uma das possibilidades se verifica. Analogamente, na Linha 4, se T não é um
triângulo então T não é trilátero é verdadeira.
§ 1 – AS CONDICIONAIS
SITUAÇÃO 2
Comentário:
A Linha 1 contém uma condicional verdadeira. Na Linha 2, o antecedente é
verdadeiro, mas o conseqüente (1 + 2)2 9, equivalente a proposição falsa (1 + 2)2 < 9
ou (1 + 2)2 > 9, apresenta-se como uma dedução (conclusão) falsa do antecedente. Na
Linha 3, do antecedente 1 + 2 3, que equivale à 1 + 2 < 3 ou 1 + 2 > 3, pode-se
deduzir (1 + 2)2 = 9. Basta tomar 1 + 2 = - 3 e assim (1 + 2)2 = (-3)2 = 9. Portanto, de
uma proposição falsa e de uma proposição verdadeira, nesta ordem, pode-se construir
uma condicional verdadeira. Na Linha 4, de duas proposições falsas pode-se construir
uma condicional verdadeira: Se 1 + 2 = 5 então (1 + 2)2 = 52 = 25 9.
SITUAÇÃO 3
Um bom exemplo de uma condicional da matemática é a proposição Se f
é um função diferenciável, então f é contínua.
As proposições atômicas são: f é uma função diferenciável e f é contínua.
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§ 2 – AS CONDICIONAIS II
SITUAÇÃO 4
q1: Se ab = 0 então a = 0 ou b =0 : ab = 0 a = 0 b = 0
q3: Se x = 2 então x2 = 4 : x = 2 x2 = 4
q4: Se x2 = 4 então x = 2 : x2 = 4 x = 2
q5: Se x2 = 4 então x = 2 ou x = -2 : x2 = 4 x = 2 x = -2
Comentário:
Toda sentença declarativa para se classificar exige que o conjunto dos
elementos aos quais ela se refer esteja bem definido. Desde que os objetos a e b da
proposição q1 estejam se referindo aos números reais ela é verdadeira, pois para que o
produto de dois números seja nulo basta que um deles seja nulo ou, que ambos sejam
nulos.
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§ 3 – AS CONDICIONAIS
OUTRAS SITUAÇÕES
1. O silogismo se todos os elementos de um conjunto A têm a propriedade P e
se x é elemento de A então x tem a propriedade P é uma proposição condicional aceita
sem demonstração.
2. Se a Flávia for ao baile eu também irei é um outro interessante modo de uso
das condicionais. Se o antecedente for verdadeiro, o conseqüente também será. O
antecedente, embora de valor desconhecido, acarreta o conseqüente.
.3. Muitas proposições, entretanto, só se estabelecem experimentalmente. Na
proposição: Se a água é aquecida ela evapora, a conexão antecedente e conseqüente
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depende da observação, pois ela será falsa se a água, quando aquecida, não evapora.
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4. Se a experiência mostra que todo objeto solto de certa altura cai, a afirmação
se um objeto é solto ele não cai contradiz a experiência e produz uma condicional falsa.
As proposições atômicas são: um objeto é solto de uma certa altura e ele cai.
5. Questionamentos podem surgir em condicionais verdadeiras como:
1 1 1
1 0 0
0 1 1
0 0 1
§ 4 – AS CONDICIONAIS
95
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96
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Proposições Negação
Conjunção Disjunção Condicional Bicondicional
Atômicas de p
Linha
p q pq pq pq pq ~p
1 V V V V V V F
2 V F F V F F F
3 F V F V V F V
4 F F F F V V V
Proposições Negação
Conjunção Disjunção Condicional Bicondicional
Atômicas de p
Linha
p q pq pq pq pq ~p
1 1 1 1 1 1 1 0
2 1 0 0 1 0 0 0
3 0 1 0 1 1 0 1
4 0 0 0 0 1 1 1
Isto é, p q = ~p q
97
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EXEMPLO 23 – AS CONDICIONAIS I
E 21 A p q
se p então q p Q
3 + 2 = 7 5 + 5 = 55 1 3+2=7 0 5+5 = 55 0
1
1 = -1 2 = -2 1 = -1 0 2 =-2 0
E 23 B ~p q
~p L(~p) ~p q L(~pq)
5+3 8 0 5+3 8 2+4+6 1
23 1 23 22 = 32 1
x0 1 0 x0 1 x.x = x2 1
3+2 7 1 3+2 7 5 + 5 = 55 1
1 -1 1 1 -1 2 = -2 1
EXEMPLO 24 – AS CONDICIONAIS II
Sejam as proposições
A : Se 5 + 3 = 10 então 7 + 2 = 9
B : É falso que 1 + 1 = 3 se, e somente se, 2 + 2 = 5
C : Não é verdade que se Paris está na Suíça, então Nova York está no Amazonas
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Simbolizando:
i) p1 : 5 + 3 = 10, q1 : 7 + 2 = 9.
ii) p2 : 1 + 1 = 3 , q2 : 2 + 2 = 5.
B : ~ (p2 q2). Como L(p2) = 0 e L(q2) = 0 então L(p2 q2) = 1. Assim L(B) = 0.
C : ~ (p3 q3). Como L(p3) = 0 e L(q3) = 0 então L(p3 q3) = 1. Logo L(C) = 0.
D : p4 ~q4.
Admitindo que L(p4) = 1 e L(q4) = 1 então L(~q4) = 0.
Consequentemente, L(D) = 0
E : p5 ~q5.
Admitamos que L(p5) = 1 e L(q5) = 1. Então L(~q5) = 0. Daí L(E) = 0
vi) p6 : Está chovendo” ; q6 : Está frio”
G : ~ (p7 q7).
100
100
101
101
E 25 A L [ ( p ~q) p ]
P q ~q p ~q ( p ~q ) p
1 0 1 1 1
E 25 B L [~ ( p ~q) ( p r )]
1 0 1 0 1 1 1
E 25 C L [ (p q) (r s) ( s p) (q r) ]
1 0 1 0 1 0 1 0 0 1 0
102
102
p Q R s ~p ~r pq r s ~p ~r ~r ~s A ~A B ~A B
1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 o 1 1 1
E 26 A p q ~p
p q p pq ~p q
V V F V V V
V F F F F V
F V V V V V
103
103
F F V V V V
104
104
E 26 B ( p q ) = ( p ~ q )
V V F F V V V
V F V V F F V
F V F F V V V
F F V F V V V
E 27 A p q = ( p q) (q p)
V V V V V V V
V F F V F F V
F V V F F F V
F F V V V V V
105
105
E 27 B [( p q ) ( q r ) ] (p r )
V V V V V V V V
V V F V F F F V
V F V F V V F V
V F F F V F F V
F V V V V V V V
F V F V F V F V
F F V V V V V V
F F F V V V V V
E 27 B p q = ( p q) (q p)
P q pq pq q p ( p q) (q p )
V V V V V V V
F
V F V F F F
F V V V F F F
F F F V F F V
106
106
E 27 C [( p q ) ( q r ) ] ( p r )
p q r pq q r pr ( p q ) ( q r )
V V V V V V V V
V V F V F F F V
V F V F V V F V
V F F F V F F V
F V V V V V V V
F V F V F V F V
F F V V V V V V
F F F V V V V V
107
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REFERÊNCIAS
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