Você está na página 1de 5

8/3/23, 2:43 PM Agência Brasília

6/7/23 às 19:32, Atualizado em 6/7/23 às 20:17

Hip-hop agora é patrimônio


cultural imaterial do Distrito
Federal
Ceilândia é referência em movimento criado nos EUA, potente
agente transformador social
Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger

CULTURA GDF

Facebook Encaminhar

O hip-hop é patrimônio cultural e imaterial do Distrito Federal. É o que determina a


Lei nº 7.274, publicada no Diário Oficial do DF (DODF) desta quinta-feira (6). Ela
estabelece, ainda, a criação da Semana Distrital do movimento. É assegurada,
também, a realização das atividades na segunda semana do mês de novembro,
quando é celebrado o Dia Mundial do Hip-hop (12/11).

https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2023/07/06/hip-hop-agora-e-patrimonio-cultural-imaterial-do-distrito-federal/ 1/6
8/3/23, 2:43 PM Agência Brasília

Agora patrimônio imaterial do DF, o hip-hop agrega expressões urbanas como o


grafite e a dança de rua conhecida como breaking | Foto: André Luis/Secec

“Trata-se de reconhecimento essencial para esse movimento artístico. O hip-hop


encanta pela sua força urbana e discurso social”, festeja o secretário de Cultura e
Economia Criativa, Claudio Abrantes. “Todo caminho para tornar a arte e a cultura
mais acessíveis e democráticas é uma estrada que vale ser trilhada”, defende o
gestor.

Também conhecido como rap, o hip-hop – que agrega expressões urbanas como o
grafite e a dança de rua conhecida como breaking – emergiu nos subúrbios negros
e latinos da cidade de Nova York, nos Estados Unidos, em meados da década de
1970. Não demorou muito para se transformar em importante agente de
transformação social. No Brasil, o berço do movimento artístico é São Paulo, mas
logo se espalhou pelo país, encontrando em Ceilândia, no Distrito Federal, a partir
dos anos 80, uma de suas mais importantes referências.

https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2023/07/06/hip-hop-agora-e-patrimonio-cultural-imaterial-do-distrito-federal/ 2/6
8/3/23, 2:43 PM Agência Brasília

“Se, nos anos 80, Brasília foi a capital do rock, nos anos
90 ela virou a capital do hip-hop”, diz o rapper Marquim |
Foto: Heri/Divulgação

“Fico feliz por esse grande reconhecimento por parte das autoridades; de quem tem
a caneta nas mãos, em relação ao hip-hop do DF. Fiquei muito emocionado com a
notícia desta lei”, comenta o rapper, cineasta e ator, Marquim, artista ceilandense,
um dos pioneiros da arte no quadradinho. “Se, nos anos 80, Brasília foi a capital do
rock, nos anos 90 ela virou a capital do hip-hop – uma arte que resgata a
autoestima, o valor, a história de quem vive na periferia”, discursa o artista.

Membro do Batalha da Escada, coletivo de artistas que promove encontros e


desafios de rap na Universidade de Brasília (UnB), Leo Matheus festeja essa
relevante vitória para o segmento. “O hip-hop ser legalmente reconhecido como
patrimônio cultural e imaterial do DF é uma grande conquista para a cultura urbana,
especialmente periférica, e marca um passo maior na busca por respeito e
valorização dessa arte”, aplaude.

Valorização da Juventude periférica

Leia também

Caixa D´Água de Ceilândia é tombada como patrimônio do DF


https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2023/07/06/hip-hop-agora-e-patrimonio-cultural-imaterial-do-distrito-federal/ 3/6
8/3/23, 2:43 PM Agência Brasília

Centro de
Dança
passará
por
reforma e
ganhará
duas
novas
salas

Em agosto de 2023, o hip-hop completa 50 anos de existência. No DF, por meio das
subsecretarias de Economia Criativa e Difusão e Diversidade Cultural da Secec, a
cultura rap tem sido valorizada por meio de políticas e ações de visibilidade do
movimento, promovendo, rotineiramente, debates com o segmento.

Autor do projeto de lei aprovado na Câmara Legislativa do DF em junho deste ano, o


deputado distrital Max Maciel festeja a sanção validada pelo GDF. “Estamos muito
orgulhosos de poder contribuir para a valorização dessa manifestação cultural e
que salva tantas vidas na quebrada. Eu fui formado nessa escola e quero que ela
seja reconhecida na nossa cidade”, destacou.

https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2023/07/06/hip-hop-agora-e-patrimonio-cultural-imaterial-do-distrito-federal/ 4/6
8/3/23, 2:43 PM Agência Brasília

Confira a lista de outros bens imateriais registrados no DF:

Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro – ARUC (Decreto nº


30.132/2009)

Bumba Meu Boi do Seu Teodoro (Decreto nº 24.797/2004)

Clube do Choro de Brasília (Decreto nº 28.995/2008)

Festa do Divino Espírito Santo de Planaltina (Decreto nº 34.370/2013)

Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (Decreto nº 27.930/2007)

Ideário Pedagógico de Anísio Teixeira (Decreto nº 28.093/2007)

Via Sacra ao vivo de Planaltina (Decreto nº 28.870/2008)

Praça dos Orixás e Festa de Iemanjá (Decreto nº 39.586/2018).

*Com informações da Secult

CULTURA URBANA HIP-HOP PATRIMÔNIO CULTURAL E IMATERIAL

Facebook Encaminhar

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Caixa D´Água de Ceilândia é


tombada como patrimônio
do DF

https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2023/07/06/hip-hop-agora-e-patrimonio-cultural-imaterial-do-distrito-federal/ 5/6

Você também pode gostar