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Por que precisamos de cura interior?

Comunidade Shalom
Ago 01, 2016

Natasha Grigel
Precisamos nos deixar guiar por Deus, e não por nossos traumas, mágoas e feridas

Todo ser humano, uns mais outros menos, tem necessidade de cura interior, isto porque todos
temos feridas internas, muitas vezes ocultas, imperceptíveis, mas que podem influenciar de
modo muito negativo nosso caráter, nosso comportamento, as nossas vidas, impedindo-nos
de:

– Alcançarmos a integridade emocional, ou seja, de vivermos uma vida emocional equilibrada


e relacionamentos sadios;

– Crescermos em santidade.

A nossa mente é como um iceberg. Um iceberg é uma enorme montanha de gelo no mar, que
aparece muito grande, mas na realidade, grande é à parte que não vemos e que está
submersa. Nossa mente tem três níveis, mas é no nível mais profundo, o do inconsciente, que
estão armazenados esse acontecimento de nossa vida que nos traumatizaram. Por não
sabermos lidar com eles nós os “empurramos” para lá como mecanismo de defesa; porém,
mesmo; no inconsciente, eles podem influenciar nossas atitudes, nossas decisões e nossos
relacionamentos (com Deus, com o mundo e conosco). Muitas vezes tentamos controlar essas
lembranças dolorosas, mas nem sempre conseguimos e elas acabam tomando as rédeas da
nossa vontade e as conseqüências são desastrosas. Por isso temos:

– Explosões de humor;

– Crises de depressões;

– Doenças psicossomáticas:

– Comportamentos destrutivos (alcoolismo, drogas, gula, ativismo, problemas na sexualidade,


etc.)

Os efeitos são fáceis de reconhecer, porque são muitas as pessoas que vivem continuamente
na tristeza e na angústia; outras se desesperam por qualquer coisa e até chegam a tentar o
suicídio. Outras ainda são: pessimistas, tímidas, medrosas, inseguras, instáveis, inquietas,
agitadas e insatisfeitas. Enfim, outras há que jamais se libertam dos remorsos de culpas
passadas e já não acreditam que Deus as ama. Consideram antes a Deus como a um inimigo,
pronto para puni-las. Tais pessoas também desconfiam das outras, mantendo-se afastadas de
todos por arrogância e desprezo.

Verificamos essas realidades todos os dias, mesmo em pessoas que se consideram normais e
equilibradas, mas que na verdade, são vítimas de desequilíbrios emocionais, causados por
traumas que, talvez, já existam há anos.

Há as que tomam calmantes. Essas, porém, só afastam a tensão por um pouco de tempo, sem
jamais erradicar a verdadeira causa. Outras afogam suas angústias no álcool, nas drogas ou nos
prazeres da carne. Mas, passando o enlevo momentâneo, os problemas voltam com uma força
maior e o que é pior, ficam dependentes das drogas, no vício. Outras buscam toda sorte de
divertimentos, mas seus males os seguem para onde quer que se dirijam.

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Estamos presos às cadeias do passado e sofremos:

– Pelas nossas imperfeições;

– Pelas imperfeições dos outros;

– E vamos ficando confusos, bloqueados, temos dificuldades de nos relacionar com Deus, com
os outros e de acreditar e se lançar.

Mas o homem foi criado por Deus, para Deus e necessita de Deus para alcançar a felicidade
eterna (seu fim último). Só que todos nós colocamos nossas expectativas nos outros,
esperamos dos outros, confiamos nos outros, queremos ser amados pelos outros, os quais são
tão imperfeitos e limitados quanto nós. Acabamos por nos sentir rejeitados, magoados,
sozinhos e vazios.

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Muitas vezes este processo acontece de modo sutil, que nem percebemos, mas nossos
corações ficam escuros e vazios. Causa uma desordem nos nossos relacionamentos e os
sentimentos de posse vão gerando ciúmes, egoísmo, inveja… E a raiz de tudo está lá nos
primórdios de nossa vida, no berço.

Precisamos nos deixar guiar por Deus e não por nossos traumas, mágoas e feridas. Jesus é que
é o nosso verdadeiro Senhor e Senhor de nossas vidas, nossa justificativa. Só Ele tem poder
para penetrar nas nossas lembranças e transforma-las de trevas em luz(Is 53,4-5)

Mas para que Jesus venha a agir sobre as nossas feridas é preciso querermos. É necessário um
ato de vontade de nossa parte para convidá-lo a purificá-las, libertá-las. Precisamos ser libertos
para nos tornarmos homens novos e mulheres novas, como Jesus nos chama a ser.

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