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1.

Introdução

As chaves fusíveis constituem o equipamento mais simples de proteção contra


correntes de grande intensidade nos circuitos elétricos, tais como:

 Sobrecarga e curto-circuitos.

O seu princípio de funcionamento baseia-se na ruptura do elemento fusível,


quando percorrido por uma corrente superior ao seu valor nominal.
De modo geral, são utilizadas na proteção de alimentadores, transformadores e
derivações. São também utilizadas como BY-PASS de religadores, quando os
mesmos são colocados fora de serviço.

Chave Fusível Tipo ‘C’ - Base de Porcelana

Código Tensão máxima do Dimensões (mm)


NTC
COPEL Equipamento (kV) "L" (máx.)
1234 734734-0 15 650
1235 734735-9 24,2 800

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2. Procedimentos

2.1. Limites de Carga (Demanda) Para Operação de Chaves Fusíveis

2.2.2. Abertura

Poderão ser abertas chaves fusíveis com carga, desde que o trecho a ser
desligado não ultrapasse:

13,8 kV 23,0 kV 34,5 kV


120 kVA 5A 3A 2A

2.2.3. Fechamento

Poderão ser fechadas chaves fusíveis com carga, desde que, na ocasião do
fechamento das chaves fusíveis, a carga do trecho a ser ligado não
ultrapasse:

13,8 kV 23,0 kV 34,5 kV


240 kVA 10 A 6A 4A

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2.2. Sequência de Operação de Chaves Fusíveis

 Para operação de qualquer tipo de chaves é obrigatório o bloqueio do


religamento automático do circuito.

 Durante a operação de chaves fusíveis, no sistema de 13,8 KV, a


possibilidade de formação de arco elétrico de grande intensidade, é maior
quando da abertura da segunda chave. Portanto, deve haver por parte do
eletricista um cuidado maior quando da abertura desta chave.

 Por este motivo é que na determinação da sequência de abertura de chaves


fusíveis, a segunda chave a ser aberta deve ser aquela que se encontra mais
afastada das outras chaves e da estrutura, pois assim procedendo, o risco do
arco elétrico se estender à outra chave ou à estrutura é menor.

 Risco de formação de arco elétrico é menor quando da abertura da última


chave. Assim sendo, deve ser aberta por último, a chave que apresenta o
maior risco de transmitir o arco elétrico à outra chave ou à estrutura.

 Outro aspecto que deve ser levado em consideração, quando da operação


de chaves fusíveis, é que o arco elétrico pode ser “jogado” contra a chave
mais próxima ou à estrutura, pela ação do vento. Portanto, quando da
ocorrência de vento forte, adotar sequência diferente da normal, para
abertura e fechamento de chaves.

 No caso do sistema 34,5 KV, a intensidade do arco elétrico é


semelhante na abertura de qualquer uma das três (03) chaves.

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2.2.1. Sequência de Abertura de Chaves Fusíveis S/Vento
2.2.1.1. Estando as três chaves fechadas.
1º Abrir a chave mais próxima da chave do meio;
2º Abrir a chave mais afastada da chave do meio;
3º Abrir a chave do meio.

2.2.1.2. Estando duas chaves fechadas e uma aberta


Caso 1.
1º Abrir a chave mais próxima da chave do meio;
2º Abrir a chave do meio;

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Caso 2.

1º Abrir a chave mais afastada da chave do meio;


2ºAbrir a chave próxima da chave do meio;

Caso 3.

1º Abrir a chave mais afastada da chave do meio;


2º Abrir a chave do meio;

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2.2.2. Sequência de Fechamento das Chaves Fusíveis.

2.2.2.1. Estando as três chaves abertas.


1º Fechar a chave do meio;
2º Fechar a chave mais afastada da chave do meio;
3º Fechar a chave mais próxima da chave do meio;

2.3. Cuidados no Fechamento de Chaves Fusíveis C/ Carga.

Quando do fechamento de chaves fusíveis, pode ocorrer que o contato


superior do cartucho não se encaixe perfeitamente, tornando necessário o seu
retorno à posição aberta. Em função disto, o fechamento de chaves com carga
torna-se uma operação delicada, motivo pelo qual devem ser tomadas
medidas preventivas contra a possibilidade de ocorrência de arco elétrico. Por
este motivo no sistema 13,8 KV (triângulo), deve ser feito uma verificação da
regulagem das chaves, da seguinte forma:

1º Fechar e abrir a chave fusível lateral mais próxima da chave do meio.


2º Fechar e abrir a chave fusível lateral mais afastada da chave do meio.
3º Fechar a chave do meio. Após proceder fechamento das demais chaves
conforme sequência.

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3. Chave Fusível Religadora de 3 operações – 13,8/34,5 KV

Contatos auxiliar “A” e “B”

Código Tensão máxima do Dimensões (mm)


NTC
COPEL Equipamento (kV) "L" (máx.)
1226 817220-0 15 650
1227 817225-0 24,2 800

Observação: Para atender as necessidades técnico-ecomomica, atualmente está


sendo instalada somente chaves fusíveis repetidoras com isolação de
24,2 kV, nas tensões de 13,8 e 34,5 kV.

3.1 Considerações.

A chave fusível repetidora deverá ser instalada em local que atenda as


seguintes condições:
 Em ramais monofásicos ou trifásicos que apresentem níveis de curto-
circuito assimétrico inferior a capacidade de interrupção da chave.

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 Em ramais com corrente de carga igual ou inferior a 8 A..
 Para um melhor aproveitamento desta chave, recomenda-se que seja
instalada para operar seletivamente, com os religadores instalados à
montante (vanguarda).

4. Princípio de Funcionamento.

Estando os 03 (três) porta-fusíveis fechados o fluxo de energia será somente pela


1a. chave, pois os contatos auxiliares de A e B deverão estar na posição abertos.

Observa-se que os 03 (três) cartuchos estão energizados quando:

 Atuando o 1º elo fusível da chave religadora ocorre subsequentemente o


desarme do porta-fusível e este em seu movimento descendente aciona o
gatilho de disparo do contato auxiliar “A”, fechando-o;

 Estando o 1º porta-fusível desarmado e o contato auxiliar “A” fechado, o


fluxo de energia dar-se-á através do 2º elo fusível.

 Havendo atuação deste 2º elo, processo similar se repete transferindo o fluxo


de energia para o 3º elo fusível.

 Havendo atuação deste 3º elo a continuidade não é mais restabelecida sem a


intervenção do eletricista.

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5. Procedimentos Operacionais para Fechamento.

5.1. Chave Religadora com 1º porta-fusível Desarmado


(Chave na qual está conectado o jumper de saída)

 Substituir o elo fusível queimado por outro de igual capacidade e tipo.


 Fechar o respectivo porta-fusível;

Consequência: O fluxo elétrico passará através da 1a e 2a chave do fusível, ou


seja, estão em paralelo.

 Baixar (abrir) o contato auxiliar “A”;

Consequência: O fluxo elétrico passará somente pela 1a chave fusível, ou seja,


abre o paralelo entre a 1a e 2a chave fusível.

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5.2. Chave Religadora com 1o e 2o Porta-fusível Desarmado

 Substituir os elos fusíveis queimados por outros de igual capacidade e tipo.


 Fechar o 1o porta-fusível (chave na qual está conectado o jumper de saída);
Consequência: O fluxo elétrico passará através da 1a e 3a chave fusível ou
seja, estão em paralelo.
 Fechar o 2o porta-fusível (chave do meio);
Consequência: O fluxo elétrico passará através da 1a, 2a e 3a chave fusível ou
seja, estão todas em paralelo.
 Baixar (abrir)contato auxiliar “A”;
Consequência: O fluxo elétrico passará somente pela 1a chave fusível ou seja,
abre o paralelo.
 Baixar (abrir) contato auxiliar “B”;

Consequência: Abre o paralelo entre a 2a e 3a chave fusível.

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5.3. Chave Religadora com o 1o, 2o e 3 o Porta-fusível desarmado

Certificar-se de que a abertura dos porta-fusíveis tenham ocorrido por


queima dos elos fusíveis e não por manobras de desligamentos.

 Substituir os elos fusíveis queimados por outros de igual capacidade e tipo.

 Certificar-se que o 1o porta-fusível (base na qual está conectado o jumper de


saída), está aberto;

 Permanecer com 1o porta-fusível e o contato auxiliar "A", ambos abertos;

 Fechar o 2 o porta-fusível (o da base do meio da chave). Certificar-se o contato


auxiliar "A" está aberto;

 Fechar o contato auxiliar "A";

Consequência: O fluxo elétrico passará através da 2o porta fusível e o contato


auxiliar "A", energizando circuito, pelo porta fusível do meio;

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Observação: Este procedimento garante ao eletricista maior segurança no
fechamento de chaves fusíveis religadoras com carga,
principalmente na tensão 34,5/ 3 kV, onde o fechamento de chaves
com carga, pode tornar-se uma tarefa de risco, quando da
necessidade de retorná-la a posição anterior, ou seja aberta;

 Fechar o 1o porta-fusível (chave na qual está conectado o jumper de saída);

Consequência: O fluxo elétrico passará através da 1a e 2a chave fusível ou seja,


estão em paralelo;

 Baixar (abrir) contato auxiliar “A”. Abre o paralelo entre os porta fusíveis "A" e
"B";

 Fechar o 3o porta-fusível;

Consequência: Fechar paralelo entre o 2o e o 3o porta fusível, somente com


tensão;

 Baixar (abrir) contato auxiliar “B”;

Consequência: Abre o paralelo entre 2o e 3o porta fusíveis, somente com tensão.

Nota: Para a energização da linha, observar os limites de demanda para o


religamento estabelecido no item 2.1, pág. 2.

6. Recomendações de Segurança.

A possibilidade de ocorrência de arco elétrico é maior com tempo úmido, por


isso, devem ser tomados determinados cuidados, tais como:

 Secar a vara de manobra antes de utilizá-la;


 Usar luvas de A.T seca;
 Não é recomendado o uso de esporas para poste duplo “T”.

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6.1 Atitude a ser tomada em caso de arco elétrico.

Em caso de ocorrência de arco elétrico, o eletricista não deverá precipitar-se ao


descer da escada ou do poste (caso esteja de espora);
É aconselhável que permaneça na mesma posição, com a cabeça abaixada e os
braços encolhidos. Não deverá olhar para o arco elétrico. Caso este se
mantenha e venha ocorrer o energizamento da estrutura, deverá adotar as
seguintes medidas:

6.1.1. Caso esteja na escada

 Descer pela escada até o último degrau;


 Procurar o melhor lugar em que possa saltar;
 Saltar o mais longe possível do poste;
 Tocar no solo com os dois pés juntos;
 Procurar afastar-se do poste em saltos, com os pés juntos ou em um só
pé, podendo, para manter o equilíbrio utilizar um dos elementos da vara
de manobra.

6.1.2. Caso esteja de esporas

 Descer pela poste até o gomo mais próximo do solo;


 Passar o talabarte no poste e descalçar as esporas;
 Procurar o melhor lugar em que possa saltar;
 Soltar o talabarte e saltar o mais longe possível do poste;
 Tocar no solo com os dois pés juntos;
 Procurar afastar-se do poste em saltos, com os pés juntos ou em um só
pé, podendo, para manter o equilíbrio utilizar um dos elementos da vara
de manobra;

Nota: Como opção, o eletricista poderá passar o outro lado do poste descer até o
último gomo, evitando assim que caia sobre ele qualquer objeto oriundo da
fragmentação da chave ou da estrutura, devido ao arco.

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6.1.3. Em todos os casos

 Sentindo formigamento ou contração muscular nas pernas, não tentar


correr mudando passos, pois isto provocará o surgimento de uma maior
diferença de potencial entre seus pés;
 Afastar-se do poste seguindo as instruções anteriores, evitando deslocar-se
em direção à outras estruturas, linhas de distribuição, cercas e estais,
percorrendo sempre uma distância superior a 10 metros;
 Caso o arco elétrico não se extinga, solicitar à CAL CENTER o
desligamento do alimentador.

7. Ferramentas e equipamentos

 Capacete de segurança;
 Cinto de segurança com talabarte;
 Coturno ou meia bota;
 Luva de raspa;
 Luva de AT classe 2;
 Óculos de segurança;
 Cordas e cones para sinalização;
 Placa de sinalização;
 Escada ou espora para poste duplo “T”;
 Vara de manobra;
 Estopa ou pano de algodão.

8. Execução

 Estacionar o veículo a uma distância segura o mais longe possível da


estrutura da chave a ser operada; existindo estais ou cercas que poderão se
energizadas, esta distância será considerada mais ou menos 10 metros;

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 Sinalizar com cordas e cones o local de trabalho;
 Inspecionar o poste verificando as condições de escalada;
 Instalar a escada e amarrá-la corretamente e/ou calçar esporas para poste
duplo “T”;
 Escalar a escada, ou poste, levando a corda de serviço presa ao cinto;
 Fazer inspeção visual da chave e da cruzeta suporte;
 Apoiar a vara de manobra na escada ou na estrutura de maneira segura;
 Calçar luvas de AT classe 2;
 Posicionar a vara de manobra vertical, paralela ao corpo de modo que
nenhum de seus elementos venham a tocar o corpo do operador;
 Engatar o cabeçote da vara de manobra no olhal do porta-fusível de modo
que o cabeçote fique apontando (voltado) para o poste;

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Posicionamento correto da vara de manobra

 Após abrir a primeira chave fusível, aguardar aproximadamente 3 minutos


para abrir as chaves restantes, conforme a sequência de abertura;
 Retirar os porta-fusíveis;
 Colocar (fixar) placa de sinalização.

Observação: Em caso de defeito na rede, em que a proteção não atuar, a abertura


das chaves fusíveis deverá ser feita com a rede desenergizada.

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