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Se não organizássemos a

informação que captamos quando

conhecemos alguém ou vemos


as pessoas que nos rodeiam,

iríamos ficar bem desorientados.

Para que isso não aconteça nós temos tendência


para colocar os outros, rapidamente,

como que em diferentes gavetas,


consoante a informação que recolhemos.

Ou seja, usamos categorias,


tal como fazemos nas

primeiras impressões que


temos sobre os outros…

e vimos isso num vídeo anterior.

As categorias ajudam-nos a organizar


o meio e as pessoas à nossa volta.

Quando essas categorias são


usadas por um grupo e os

elementos desse grupo


partilham essas convicções,

então estamos perante estereótipos.

Estereótipos são conjuntos de crenças,


de opiniões, que adquirimos durante

o nosso processo de socialização, e


que simplificam a nossa realidade,

mas que distorcem e


generalizam caraterísticas,

atributos e comportamentos
de certos grupos, pessoas

ou mesmo objetos.

Essas caraterísticas podem ser negativas,


neutras, mas também positivas.

Há diversos tipos de estereótipos:

uns são relacionados com o género,

que normalmente são


associados às atividades que

os homens e as mulheres
realizam respetivamente
ou a caraterísticas mais
psicológicas associadas ao género;

outros são estereótipos étnicos,


quando se referem a alguma etnia;

estereótipos socioeconómicos, quando mencionam


os aspetos financeiros das pessoas;

religiosos, quando são conceções


acerca de determinadas religiões

e estereótipos profissionais, sobretudo


direcionados a certas profissões.

Aqui vão alguns estereótipos:

os japoneses são educados e reservados;

os jovens são irreverentes;

as louras são burras;

as pessoas mais velhas são conservadoras;

os homens não choram;

o lugar das mulheres é na cozinha;

os judeus são ricos;

os alemães são prepotentes.

Estes são apenas alguns exemplos mas


dão para perceber que os estereótipos

são demasiado rígidos, generalistas


e também bastante simplistas,

sendo mais uma caricatura


pois evidenciam os aspetos

mais salientes, ignorando


as diferenças individuais.

A verdade é que as louras não são burras,

nem todas as pessoas mais velhas são


conservadoras e por aí adiante…

Podemos dizer que os estereótipos


têm duas funções essenciais:

uma mais sociocognitiva, ou seja, tal


como já referimos eles permitem-nos

categorizar a nossa própria


realidade e o mundo à nossa volta,
ajudando-nos por exemplo a
definir o que está bem, o que

está mal, o que é justo e injusto


e o que é certo e errado;

e também uma função socioafetiva,


isto é, os estereótipos

também nos ajudam a criar um


sentimento de identidade social,

de que pertencemos a determinados grupos.


E para nós,

enquanto seres sociais, isso


é realmente importante.

Eles reforçam a identidade de um


grupo, permitindo que este se

defina e, ao mesmo tempo, se distinga


relativamente a outros grupos.

O grande problema dos estereótipos


é que eles limitam as nossas

expetativas e percepções que


temos relativamente aos outros,

fazendo-nos ignorar as
particularidades de cada pessoa.

Eles também tendem a ser duradouros

e fugir aos estereótipos


é realmente difícil.

Contudo, o mais importante é


tentarmos evitar que os nossos

estereótipos moldem completamente


os nossos comportamentos

e também que se transformem


em preconceitos...

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