Você está na página 1de 105

Contabilidade Geral para o ICMS PA

Teoria e exercícios comentados


Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa に Aula 02
AULA 02: ITENS PATRIMONIAIS: CONTEÚDO, CONCEITOS,
ESTRUTURA, FORMAS DE AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS ITENS
PATRIMONIAIS DO ATIVO, DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO;
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS - BALANÇO PATRIMONIAL. NOTAS
EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS - CONTEÚDO, FORMA
DE APRESENTAÇÃO E EXIGÊNCIAS LEGAIS DE INFORMAÇÕES.
AJUSTES, CLASSIFICAÇÕES E AVALIAÇÕES DOS ITENS PATRIMONIAIS
EXIGIDOS PELAS NOVAS PRÁTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS NO
BRASIL TRAZIDAS PELA LEI Nº 11.638/07 E LEI Nº 11.941/09.

SUMÁRIO
1. OLÁ, AMIGOS...........................................................................................................................2
2. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS.............................................................................2
3. BALANÇO PATRIMONIAL............................................................................................................5
3.1 REGRAS SOBRE A ELABORAÇÃO E PUBLICAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS........................5
3.2 ATIVO, PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO: CONCEITOS...............................................................7
3.3. ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL...................................................................................9
4. GRUPOS PATRIMONIAIS............................................................................................................9
4.1 ATIVO................................................................................................................................... 9
4.1.1 ATIVO CIRCULANTE............................................................................................................10
4.1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE.....................................................................................................11
4.1.2.1 ATIVO NÃO CIRCULANTE – REALIZÁVEL A LONGO PRAZO......................................................11
4.1.2.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE - INVESTIMENTOS........................................................................12
4.1.2.2.1 PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO................................................................................12
4.1.2.3 ATIVO NÃO CIRCULANTE IMOBILIZADO..............................................................................14
4.1.2.4 ATIVO NÃO CIRCULANTE - INTANGÍVEL..............................................................................16
4.1.2.5 ATIVO PERMANENTE DIFERIDO..........................................................................................19
5. PASSIVO................................................................................................................................20
5.1 PASSIVO CIRCULANTE E PASSIVO NÃO CIRCULANTE.................................................................20
5.2 RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS E RECEITAS DIFERIDAS..................................................21
6. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O CICLO OPERACIONAL...........................................................21
7. PATRIMÔNIO LÍQUIDO.............................................................................................................22
7.1 CONCEITO E ESTRUTURA.......................................................................................................22
7.2 CAPITAL SOCIAL...................................................................................................................23
7.3 GASTOS NA EMISSÃO DE AÇÕES.............................................................................................24
7.4 RESERVAS DE CAPITAL..........................................................................................................24
7.4.1 RESERVA DE ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES............................................................................26
7.4.2 ALIENAÇÃO DE PARTES BENEFICIÁRIAS E BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO..........................................27
7.4.3 DOAÇÕES E SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTOS GOVERNAMENTAIS.......................................28
7.4.4 PRÊMIO NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES..................................................................................30
7. 5 AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL.....................................................................................31
7.6 AÇÕES EM TESOURARIA.........................................................................................................32
7.7 RESERVAS DE LUCROS..........................................................................................................33
7.7.1 RESERVA LEGAL.................................................................................................................34
7.7.2 RESERVAS ESTATUTÁRIAS...................................................................................................37
7.7.3 RESERVA DE CONTINGÊNCIAS.............................................................................................37
7.7.4 RESERVA DE INCENTIVOS FISCAIS.......................................................................................41
7.7.5 RESERVA DE LUCROS A REALIZAR........................................................................................42
7.7.6 RESERVA ESPECIAL PARA DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS NÃO DISTRIBUÍDOS.............................45
7.8 DIVIDENDOS ADICIONAIS......................................................................................................46
7.9 ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL...........................................................................48
7.10 LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS...................................................................................49
7.11 CUSTO DAS TRANSAÇÕES....................................................................................................49
7.11.1 CONTABILIZAÇÃO DAS CAPTAÇÕES DE RECURSOS PARA O CAPITAL PRÓPRIO..........................50
7.11.2 CONTABILIZAÇÃO DA AQUISIÇÃO DE AÇÕES DE EMISSÃO PRÓPRIA (AÇÕES EM TESOURARIA)...51

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 1 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios comentados
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa に Aula 02
7.11.3 CONTABILIZAÇÃO DA CAPTAÇÃO DE RECURSOS DE TERCEIROS.............................................51
8. QUESTÕES COMENTADAS........................................................................................................55
9. QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA......................................................................................94
10. GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA............................................................105

1. OLÁ, AMIGOS.

Olá, meus amigos. Como estão?!

Satisfação em tê-los aqui, no Estratégia Concursos, para mais uma aula de


Contabilidade Geral para o concurso de Auditor Fiscal da Receita Estadual
e Fiscal da Receita Estadual, integrante do quadro de pessoal da Secretaria
da Fazenda do Estado do Pará.

Esperamos que estejam gostando do curso.

Hoje começaremos a discorrer sobre o balanço patrimonial.

Itens Patrimoniais: conteúdo, conceitos, estrutura, formas de


avaliação e classificação dos itens patrimoniais do ativo, do
passivo e do patrimônio líquido; Demonstrações contábeis -
Balanço patrimonial. Notas explicativas às demonstrações
Aula 2 14/08/2013 contábeis - conteúdo, forma de apresentação e exigências
legais de informações. Ajustes, classificações e avaliações dos
itens patrimoniais exigidos pelas novas práticas contábeis
adotadas no Brasil trazidas pela Lei nº 11.638/07 e Lei nº
11.941/09.

Vamos lá!

Abraços.

Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.

2. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS

Vamos começar a falar agora sobre a principal demonstração contábil (e,


obviamente, a mais explorada em concurso), qual seja, o balanço
patrimonial.

Antes de darmos início ao estudo das principais demonstrações contábeis e suas


finalidades, vamos entender quais são as demonstrações contábeis obrigatórias.
Tal assunto está previsto na Lei das SAs, da seguinte forma:

Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base
na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações
financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da
companhia e as mutações ocorridas no exercício:

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 2 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios comentados
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa に Aula 02

I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos
acumulados; III - demonstração do resultado do
exercício; e
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº
11.638,de 2007)
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela
Lei nº 11.638, de 2007)

§ 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço,


inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à

Pois bem. Desse excerto, muitas questões são cobradas em concursos.

As sociedades por ações podem ser do tipo aberta (quando comercializam


títulos e valor mobiliários no mercado) e fechadas (quando não o fazem).

As demonstrações contábeis são diferentes conforme estejamos frente a um ou


outro tipo societário.

COMPANHIA
DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL ABERTA FECHADA
Balanço Patrimonial X X
Demonstração do Resultado do Exercício X X
Demonstração de Lucros ou Prejuízos
X X
Acumulados
Demonstração dos Fluxos de Caixa X PL > 2 MI
Demonstração do Valor Adicionado X

Alguns aspectos merecem destaque.

1) Nas companhias abertas, a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados


pode estar contida dentro da DMPL.
2) A DMPL não consta como sendo obrigatória pela Lei 6.404/76. Todavia, o
CPC 26 (Apresentação das demonstrações contábeis) arrolou esta
demonstração dentre aquelas que fazem parte do conjunto das demonstrações
contábeis de uma entidade. Tal menção levou o FIPECAFI, no livro Manual de
Contabilidade Societária, a considerar que, a partir da edição do
Pronunciamento Contábil, a DMPL passa a ser obrigatória a todos os tipos
societários. Não sabemos ainda como as bancas cobrarão este assunto.
3) A Demonstração de origens e aplicações de recursos, a DOAR, deixou de ser
obrigatória com as modificações contábeis introduzidas pelas Leis 11.638 e
11.941.

Pois bem, vejam que o balanço patrimonial está arrolado como obrigatório,
quer seja a companhia aberta, quer seja fechada.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 3 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios comentados
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa に Aula 02

Vejamos como isso foi cobrado recentemente pela ESAF:

(FCC/TRT/2ª/2008) A Lei no 11.638/2007, ao modificar a redação de alguns


artigos da Lei no 6.404/1976, introduziu a obrigatoriedade da elaboração de
duas demonstrações contábeis adicionais para as sociedades por ações. São
elas:

(A) Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados e Demonstração do Valor


Adicionado.
(B) Demonstração dos Fluxos de Caixa e Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido.
(C) Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos e Demonstração das
Mutações do Patrimônio Líquido.
(D) Demonstração do Valor Adicionado e Demonstração dos Fluxos de Caixa.
(E) Demonstração do Dividendo Obrigatório e Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido.

Comentários

Com a Lei 11.638/07, a DOAR deixou de ser obrigatória.

O BP, DRE e DLPA já eram obrigatórios antes da edição da Lei. A DMPL é


exigida pela CVM para companhias abertas, apenas. Não há menção à DMPL na
Lei das SAs.

Segundo o artigo 176 da Lei das Sociedades por Ações:

Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na


escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras,
que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as
mutações ocorridas no exercício:

I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício; e
IV demonstração das origens e aplicações de recursos.
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº
11.638,de 2007)
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído
pela Lei nº 11.638,de 2007)

O gabarito, portanto, é a letra D.

Gabarito  D.

Passemos a falar agora sobre o balanço patrimonial em si...

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 4 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios comentados
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa に Aula 02

3. BALANÇO PATRIMONIAL

Balanço Patrimonial é a principal demonstração contábil e se destina a


evidenciar, seja de forma qualitativa, seja de forma quantitativa, a posição
patrimonial e financeira da entidade.

No balanço patrimonial, temos a apresentação dos bens, direitos e obrigações


da empresa. Esta informação é estática, pois funciona tal qual uma fotografia
da entidade em determinado momento.

3.1 REGRAS SOBRE AELABORAÇÃO E PUBLICAÇÃO DAS


DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será


fixada no estatuto (LSA, art. 175). Na constituição da companhia e nos casos
de alteração estatutária o exercício social poderá ter duração diversa (LSA, art.
175, parágrafo único).

Ao término do exercício, as companhias devem fazer com que sejam publicas as


suas demonstrações contábeis (as que citamos acima).

Assim, se a companhia foi constituída regularmente e a data do término foi


fixada em 31 de março, o exercício social terá a duração de 01 de abril a 31 de
março.

Imagine-se que esta sociedade foi instituída em 01 de janeiro de X0. Vejam que
a lei não determinou se o primeiro exercício social deverá durar apenas 3
meses ou se, alternativamente, poderá durar pelo período de 15 meses.

Não há exigência, outrossim, de que o exercício social se inicie em 01 de


janeiro e termine em 31 de dezembro. Todavia, por questões fiscais, é muito
difícil que na prática as sociedades adotem data diversa. Mas, repetimos, para
concursos, o exercício pode começar e terminar em qualquer dia do ano.

Cuidado, igualmente, com questões que dizem ser a duração do exercício social
de 12 meses. Juridicamente falando, 12 meses e 1 ano são termos distintos.

Segundo o artigo 176, parágrafo primeiro, as demonstrações de cada exercício


serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das
demonstrações do exercício anterior.

Assim, as demonstrações contábeis do exercício social de 2011 deverão


demonstrar também os valores de 2010. Tudo isso para atender à finalidade
básica da contabilidade, que sabemos ser o fornecimento de informações
aos diversos usuários.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 5 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios comentados
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa に Aula 02
Ainda, de acordo com o artigo 176:

A§ finalidade
2º Nas demonstrações, as écontas
de tal dispositivo semelhantes
de facilitar poderão das
o entendimento ser agrupadas; os
demonstrações
pequenos evitando
contábeis, saldos poderão ser agregados,
que o excesso desde
de detalhes que indicada
prejudique a sua natureza e
o entendimento.
não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas;
mas émodo,
Deste vedadaseatemos
utilização de designações
as contas aplicação emgenéricas, como
certificado "diversas
bancário contas"
e aplicação
ou "contas-correntes".
em fundo de renda fixa, podemos agrupar tudo em uma única conta chamada
aplicações financeiras.

Vejam que há também a exigência que não se ultrapasse 10% do valor do


respectivo grupo. Portanto, se no exemplo, as aplicações somassem o valor de
R$ 10.000,00 e o ativo circulante montasse a R$ 50.000,00, não poderíamos
agrupar, pois houve quebra do limite estabelecido pela lei.

Ainda com fulcro no artigo 176, § 3º: As demonstrações financeiras registrarão


a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no
pressuposto de sua aprovação pela assembléia-geral.

O que isso quer dizer?! O lucro ou prejuízo obtido no exercício pela entidade é
apurado em uma demonstração conhecida como demonstração do resultado do
exercício (a ser estudada oportunamente).

Ocorre que os lucros obtidos precisam ser destinados e sua destinação é


definida pelo órgão máximo deliberativo dentro da SA: a assembléia-geral.

Quem administra a sociedade, no seu cotidiano, são os administradores. Desta


forma, no término do exercício social, os administradores procedem à
destinação do lucro das formas que estabelecerem, pressupondo-se que a
assembléia-geral (que só ocorre 4 meses após o término do exercício social) irá
aprovar a destinação.

As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros


quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento
da situação patrimonial e dos resultados do exercício (LSA, art. 176, parágrafo
quarto).

As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por


contabilistas legalmente habilitados (LSA, art. 177, §4º). Vejam que este inciso
estabelece que as demonstrações financeiras são assinadas por contabilista
legalmente habilitado (e não contador). A expressão contabilista abrange tanto
o técnico em contabilidade, como o bacharel em ciências contábeis.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 6 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios comentados
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa に Aula 02

3.2 ATIVO, PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO: CONCEITOS

Segundo o CPC 00 – Estrutura conceitual básica da contabilidade, temos as


seguintes definições para os grupos patrimoniais:

DEFINIÇÃO DE A, P e PL DE ACORDO COM O CPC 00:


Expliquemos.
4.4 Os elementos
Costumamos definir diretamente
o ativo comorelacionados
sendo os “benscome adireitos”
mensuração da posição
da empresa. Essa
patrimonial financeira são ativos, passivos e patrimônio
definição é bastante útil para fins de classificação contábil. líquido. Estes são
definidos como segue:
Segundo o CPC 00, ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado
(a) eventos
de Ativo é passados
um recurso e controlado
do qual sepela entidade
espera que como resultado
resultem futurosdebenefícios
eventos
passados e do qual se espera que resultem futuros
econômicos para a entidade. Vamos analisar rapidamente: benefícios econômicos
para a entidade;
(b) RECURSO
1) Passivo é uma obrigação presente
CONTROLADO PELA da entidade, derivada
ENTIDADE: de eventos
o controle, e não jáa
ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos
propriedade jurídica, é determinante para a definição do ativo. Assim, capazeso
de gerar benefícios
arrendamento econômicos;
financeiro, no qual os bens pertencem ao arrendador, mas ficam
(c) Patrimônio Líquido é
sob controle do arrendatário, o valor
devemresidual dos ativos como
ser contabilizados da entidade
ativo. depois de
deduzidos todos os seus passivos.
2) COMO RESULTADO DE EVENTOS PASSADOS: O ativo é resultado de algo
que já ocorreu. Ou seja, a intenção de comprar estoques, ou de vender
estoques com lucro, não atende à definição de ativo.

3) E DO QUAL SE ESPERA QUE RESULTEM FUTUROS BENEFÍCIOS


ECONÔMICOS PARA A ENTIDADE: Essa é a parte mais importante para
caracterizar um item como ativo. Não basta controlar ou construir um bem. Não
basta já ter efetuado alguma ação passada, como a compra de um
equipamento. Para caracterizar um ativo, é necessário que o bem resulte em
futuros benefícios econômicos para a empresa. O teste de recuperabilidade
destina-se a comprovar que os ativos irão gerar benefícios futuros (pelo uso ou

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 7 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios comentados
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa に Aula 02
pela venda) em valor superior ao seu registro contábil. Do contrário, ajusta-se o
valor do ativo.

Exemplo: vamos considerar um ativo contabilizado pelo valor contábil de R$


100.000,00, e que tenha valor de uso de R$ 90.000,00 e valor líquido de
vendas de R$ 80.000,00. Como o benefício futuro que irá gerar é de R$
90.000,00 (devemos considerar o maior entre o valor em uso e o valor líquido
de venda), o valor do ativo deverá ser ajustado para constar na contabilidade
pelo valor apurado (R$ 90.000,00).

D – Despesa com teste de recuperabilidade 10.000


C – Teste de recuperabilidade (retificadora Ativo) 10.000

O Passivo costuma ser definido como “as obrigações da empresa para com
terceiros”. O pronunciamento CPC 00, por seu turno, fornece a seguinte
definição: Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos
já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos
capazes de gerar benefícios econômicos.

1) OBRIGAÇÃO PRESENTE DA ENTIDADE: Gastos previstos e/ou esperados


não constituem passivos. Por exemplo, se uma empresa de aviação tem a
previsão de trocar os motores de uma aeronave dentro de 2 anos, ao custo de
R$200.000,00, isto não constitui um passivo, pois não é obrigação presente.
Dentro de dois anos, a empresa pode vender o avião e não realizar a troca dos
motores.

2) DERIVADA DE EVENTOS JÁ OCORRIDOS: eventos futuros não constituem


passivo. Ainda que o pagamento seja feito em data posterior, o evento que
origina o passivo já deve ter ocorrido.

3) CUJA LIQUIDAÇÃO SE ESPERA QUE RESULTE EM SAÍDA DE


RECURSOS CAPAZES DE GERAR BENEFÍCIOS ECONÔMICOS: O passivo
deverá ser liquidado com recursos capazes de gerar benefícios econômicos.

Lembra da definição de Ativo? Pois é, os recursos capazes de gerar benefícios


econômicos são os Ativos da empresa. Assim, o Passivo será liquidado através
da entrega de Ativos (dinheiro, duplicatas a receber, outros bens ou
mercadorias, etc). A maneira mais comum é através do pagamento do passivo
em dinheiro. Mas também pode ocorrer a liquidação de um passivo com a
entrega de mercadoria, ou de qualquer outro ativo.

O Patrimônio Líquido normalmente é caracterizado como o “dinheiro dos sócios


aplicado na empresa”. Para o pronunciamento CPC 00, “Patrimônio Líquido é o
valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus
passivos.”

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 8 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios comentados
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa に Aula 02
Pois bem, essas definições estão sendo cada vez mais exploradas nos concursos
públicos. Assim, é essencial que as assimilemos.

3.3. ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL


Antes de começarmos a falar efetivamente sobre cada um dos grupos
patrimoniais, é interessante que vocês saibam que assim se divide o balanço
patrimonial:

ATIVO PASSIVO
Circulante Passivo Circulante
Passivo Não Circulante
Não Circulante
Patrimônio Líquido

4. GRUPOS PATRIMONIAIS
Começaremos a discorrer agora sobre os grupos patrimoniais. Deve-se ter em
mente que são duas grandes classes de contas que se apresentam no balanço
patrimonial: o ativo e o passivo.

Quando apresentamos a equação fundamental da contabilidade falamos em


ativo, passivo e patrimônio líquido, e não somente em ativo e passivo. Ocorre
que o PL trata-se das obrigações da sociedade com os sócios, por isso pertence
à classe passivo.

No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio


que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da
situação financeira da companhia (LSA, art. 178).

4.1 ATIVO
No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de
liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

I – ativo circulante; e
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo,
investimentos, imobilizado e intangível.

Assim, vejam que o ativo é disposto em ordem decrescente do grau de liquidez.


A liquidez se refere à expectativa de conversão em dinheiro de um bem ou
direito.

Desta forma, começaremos a expor as conta no ativo pela maior


conversibilidade em dinheiro, ou seja, pela conta caixa, que já representa o
próprio numerário. Em seguida, classificaremos a conta bancos, aplicações
financeiras de liquidez imediata e assim por diante, até a conta terrenos ou
outra que tenha baixíssima liquidez.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 9 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano

A ESAF, por exemplo, abordou este tema da seguinte forma no concurso para
Técnico da Receita Federal de 2003: No ativo, as contas serão dispostas em
ordem crescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, em
grupos especificados na lei.

O item está incorreto, pois, pelo que expusemos acima, as contas são
classificadas em ordem decrescente do grau de liquidez. As bancas tentam fazer
esta confusão de maneira recorrente. Fique atento!

Vejam que o ativo se divide em:

1) Ativo circulante; e
2) Ativo não circulante.

4.1.1 ATIVO CIRCULANTE

Segundo a Lei 6.404:

Art.disponibilidades
As 179. As contas são
serão classificadas
elementos quedo seguinte modo:
representam dinheiro ou nele possam
ser convertidos de forma imediata, como a conta caixa, bancos conta
I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do
movimento.
exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do
exercício
Os seguinte;
direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente podem ser
reais ou pessoais. Os reais representam os bens (estoques de matérias-
primas, produtos acabados, em elaboração). Os pessoais representam os
direitos (clientes, adiantamentos a fornecedores, ICMS e recuperar).

Essa realização dita pela lei se dá pelo consumo ou venda destes bens.

As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte (também


chamadas despesas antecipadas) são despesas que foram pagas pela empresa
com antecedência.

Por exemplo, se a sociedade alfa paga uma despesa de seguro, em 01.12.2010,


que se refere ao exercício de 2011, no valor de R$ 1.200,00, registrará o fato
como despesa antecipada, do seguinte modo:

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 10 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
D – Seguros a vencer 1.200,00 (+ Ativo Circulante)
C – Caixa 1.200,00 (- Ativo Circulante)

Assim, já em 2011, mês a mês, no período a que se referir a parcela do seguro,


iremos lançar:

D – Despesas de seguros 100,00 (- Resultado = Despesa)


C – Seguros a vencer 100,00 (- Ativo)

Mas por que, professor, lança como seguro a vencer e não como despesa?!
Tudo em homenagem ao já estudado princípio da competência.

4.1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE

O ativo não circulante é composto por:

1 – ativo não circulante realizável a longo prazo;


2 – investimentos;
3 – imobilizado;
4 – intangível.

4.1.2.1 ATIVO NÃO CIRCULANTE – REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Segundo a Lei das Sociedades por Ações (6.404/76), o ativo não circulante
realizável a longo prazo é composto por:

a) direitos realizáveis após o término do exercício seguinte;


b) direitos realizáveis derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a
sociedades coligadas ou controladas, diretores (administradores em geral),
acionistas (ou sócios), ou participantes no lucro da companhia, que não
constituírem negócios usuais na exploração do objeto (atividade) da companhia.

Como exemplo do item a.

O balanço é elaborado ao término do exercício social, vamos supor,


31.12.2010. O exercício social seguinte é 2011. Os direitos a receber em 2012
e exercícios posteriores são classificados no ANC – RLP. Esses direitos também
podem ser reais (animais em criação ou bens que exijam longo período de
produção) ou pessoais (duplicatas a receber).

Quanto ao item b, deve-se ficar atento para que os três requisitos sejam
atendidos, a espécie do direito, a operação ser não usual e pessoa ligada
(devedor). Caso não se perfaçam o crédito deve ser classificado conforme o
prazo.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 11 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
CONDIÇÕES
DIREITO DERIVADO DE A NEGÓCIO

Venda Coligadas, controladas

NÃO USUAL
Adiantamento Diretores, administradores, sócios

Empréstimo Acionistas ou participantes do lucro

4.1.2.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE - INVESTIMENTOS

Art. 179. As
Portanto, contas
neste serão classificadas
subgrupo do seguinte
classificam-se modo:
as participações permanentes em
outras sociedades, isto é, aqueles investimentos em sociedades cujo caráter
III -seja
não em o investimentos:
especulatório.asEsses
participações permanentes
investimentos podem serem avaliados
outras sociedades
por dois
e os direitos
métodos de qualquer
(a serem natureza,
estudados não classificáveis
adiante): o método de no custo
ativo circulante,
e o método e que
da
não se destinem à manutenção
equivalência patrimonial. da atividade da companhia ou da empresa;

Ainda, são classificáveis como ativo não circulante investimentos os direitos que
não sejam classificáveis em outros grupos. Os exemplos clássicos a serem
levados para a prova são: obras de arte, casas e edificações mantidas para
aluguel e terrenos.

4.1.2.2.1 PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO

Dentro do subgrupo investimentos, é interessante que conheçamos, ainda, um


novo tema, que vem frequentemente sendo abordado em provas. Trata-se da
propriedade para investimento.

O primeiro aspecto a se salientar é que o tema veio insculpido no


Pronunciamento Técnico n. 28 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis.

- Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício – ou


parte de edifício – ou ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário
em arrendamento financeiro) para auferir aluguel ou para valorização do
capital ou para ambas, e não para:

(a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades


administrativas; ou

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 12 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
(b) venda no curso ordinário do negócio.

Portanto, este é, indubitavelmente, um dos pontos mais importantes para nossa


prova, saber discernir uma propriedade para investimento.

O CPC a define como aquela que é mantida para auferir aluguel ou para
valorização (ou ambas), contanto que não sejam utilizadas para finalidades
administrativas e nem sejam vendidas como curso ordinário do negócio.

Outro aspecto que merece destaque é o fato de que a propriedade para


investimento não necessita ser juridicamente da entidade que está reportando
as demonstrações contábeis. Pode, também, ser de um arrendatário, no caso
de arrendamento mercantil financeiro (cuidado: arrendamento operacional, em
regra, não!). Trata-se, aqui, da primazia da essência sobre a forma, tão
propalada nos estudos da contabilidade.

Caso a propriedade seja mantida para uso na produção ou para fornecimento


de bens ou serviços, ou, ainda, para finalidades administrativas, recebe o nome
de propriedade ocupada pelo proprietário.

O grande diferencial, portanto, entre a propriedade mantida para investimento


e a propriedade ocupada pelo proprietário é a classificação. Enquanto a primeira
é contabilizada dentro do ativo não circulante – investimentos, a segunda é
classificada no ativo não circulante – imobilizado (regendo-se eminentemente
pelo CPC 27). Ademais, aquela gera fluxos de caixas altamente independentes
dos outros ativos da sociedade, por deles não depender. Por seu turno, a
propriedade ocupada pelo proprietário gera fluxos de caixas mais dependentes,
por estarem trabalhando em harmonia dentro da entidade.

Alguns exemplos de propriedade para investimento enunciados pelo CPC são


(item 08):

(a) terrenos mantidos para valorização de capital a longo prazo e não para
venda a curto prazo no curso ordinário dos negócios;
(b) terrenos mantidos para futuro uso correntemente indeterminado (se a
entidade não tiver determinado que usará o terreno como propriedade ocupada
pelo proprietário ou para venda a curto prazo no curso ordinário do negócio, o
terreno é considerado como mantido para valorização do capital);
(c) edifício que seja propriedade da entidade (ou mantido pela entidade em
arrendamento financeiro) e que seja arrendado sob um ou mais arrendamentos
operacionais;
(d) edifício que esteja desocupado, mas mantido para ser arrendado sob um ou
mais arrendamentos operacionais;
(e) propriedade que esteja sendo construída ou desenvolvida para futura
utilização como propriedade para investimento.

Outro trecho importante do Pronunciamento é o destacado a seguir:

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 13 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano

10. Algumas propriedades compreendem uma parte que é mantida para obter
rendimentos ou para valorização de capital e outra parte que é mantida
para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades
administrativas. Se essas partes puderem ser vendidas separadamente (ou
arrendadas separadamente sob arrendamento financeiro), a entidade
contabiliza as partes separadamente. Se as partes não puderem ser vendidas
separadamente, a propriedade só é propriedade para investimento se
uma parte insignificante for mantida para uso na produção ou fornecimento de
bens ou serviços ou para finalidades administrativas.

Em síntese, a propriedade que seja utilizada concomitantemente para


valorização e para uso nas atividades da entidade deverá ser assim analisada:

4.1.2.3 ATIVO NÃO CIRCULANTE IMOBILIZADO

Art. 179.
Assim, As contas serão
classificam-se no classificadas
imobilizado do seguinte
direitos quemodo:
tenham por objeto bens
corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia como, por
IV – no ativo
exemplo, imobilizado:
os terrenos, os direitos máquinas
edificações, que tenham e por objeto bens corpóreos
equipamentos, móveis e
destinados à manutenção
utensílios, veículos. das atividades da companhia ou da empresa ou
exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que
transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação
dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 14 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios comentados
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa に Aula 02
“A Cia ABC contratou o arrendamento de uma máquina construída
especialmente para ser usada nas suas operações” (Arrendamento financeiro –
item “5” acima).

“Um veículo foi arrendado por dois anos, com valor residual segundo a tabela
da Revista 4 Rodas do final do contrato”. Supondo que a tabela da Revista 4
Rodas represente o valor justo do veículo, será arrendamento operacional (Não
atende o item 2).

“Um veículo foi arrendado por dois anos, com valor residual de 500 reais”.
Nesse caso, teremos arrendamento financeiro, pois o valor residual é mais
baixo que o valor justo (nenhum veículo com dois anos de uso custa apenas
500 reais).

E qual a importância de saber isso? Aí está a questão. A depender do tipo de


arrendamento, teremos tratamentos contábeis distintos. E, para sua sorte,
esses tratamentos são cobrados em concurso.

GRAVE-SE!!!! O BEM OBJETO DE LEASING FINANCEIRO DEVE SER


RECONHECIDO NO BALANÇO PATRIMONIAL DO ARRENDATÁRIO COMO
ATIVO!

Exemplo: Arrendamento mercantil de um veículo, com valor justo de 20.000, o


qual será pago em 4 prestações anuais de 6.000, sem valor residual.

Nesse caso, a contabilização inicial seria:

D – Veículos 20.000
D – Juros a transcorrer (Redutora do passivo) 4.000
C – Arrendamento mercantil a pagar (Passivo) 24.000

GRAVE-SE!!! O BEM OBJETO DE LEASING OPERACIONAL NÃO DEVE SER


RECONHECIDO NO BALANÇO PATRIMONIAL DO ARRENDATÁRIO COMO
ATIVO!

Exemplo: Vamos supor que uma empresa faça um arrendamento operacional


de um veículo pelo prazo de dois anos, pagando o valor de 500 reais por mês.
Nesse caso, a contabilização fica assim:

D – Despesa de arrendamento 500


C – Bancos 500

4.1.2.4 ATIVO NÃO CIRCULANTE - INTANGÍVEL

O que são ativos intangíveis? A resposta é simples. Podemos dizer, em linguajar


simples, que os intangíveis são aqueles ativos que não têm existência
física.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 105


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano

Em síntese, é isto o que vocês precisam saber. Um item será intangível quando
atenda esses três requisitos cumulativamente:

 Ser identificável;
 Ser controlável;
 Ser gerador de benefícios futuros.

Nem todos os itens descritos no item anterior (softwares, patentes) se


enquadram na definição de ativo intangível, ou seja, são identificáveis,
controláveis e geradores de benefícios econômicos futuros.

Se um item abrangido pela presente Norma não atenda à definição de ativo


intangível, o gasto incorrido na sua aquisição ou geração interna deve ser
reconhecido como despesa quando incorrido.

No entanto, se o item for adquirido em uma combinação de negócios, passa a


fazer parte do ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill)
reconhecido na data da aquisição.

O ágio por expectativa de rentabilidade futura é o excesso de preço pago pela


compra de um empreendimento ou patrimônio sobre o valor de mercado de
seus ativos líquidos. Vejamos um exemplo. Suponha que uma empresa seja
avaliada pelo valor de mercado em $ 100.000. Todavia, um comprador,
interessado no negócio, examinando a situação da empresa resolve pagar $
120.000. Nesta situação temos um goodwill de $ 20.000. Não podemos
identificar individualmente os itens que compõem este ágio. O ágio, neste caso,
pode ser considerado como o somatório de vários itens não identificáveis como,
por exemplo, capital intelectual, marca, tecnologia, lealdade dos clientes.

AIMPORTANTE
Fundação Carlos Chagas explorou este tema no concurso para Agente Fiscal
de Rendas do Estado de São Paulo, no ano de 2009. Senão vejamos:
Um intangível será reconhecido se, cumulativamente, atender aos
seguintes critérios:
(FCC/Agente
- Atender ao Fiscal de Rendas/ICMS
conceito de intangível, SP/2009) Sãonão
ou seja, ser características
monetário
necessárias
identificável para
sem a identificação
substância de um ativo Intangível
física;
- Ser identificável, controlável e gerar benefícios futuros.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 18 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
apresentar indivisível.
apossibilidade concreta de reconhecimento futuro e ser
permitira mensuração de
utilizaçãodebaseconfiáveldecontrole,mesmoquea seu custo não possa

indivisibilidade patrimonial.
ser identificável, controlado e gerar benefícios econômicos futuros.
ter indivisibilidade patrimonial e financeira e utilização econômica limitada.
ter indivisibilidade patrimonial e não resultar de direitos contratuais.

Ficou fácil inferir que o gabarito da questão é a letra c.

4.1.2.5 ATIVO PERMANENTE DIFERIDO

Segundo a redação anterior da Lei 6.404/76, o diferido era subgrupo do ativo,


nos seguintes termos:

V – no
Eram diferido:
contas as despesas
classificadas pré-operacionais e os gastos de reestruturação
no diferido:
que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um
-exercício
Gasto comsocial e que enão
pesquisa configurem tão-somente
desenvolvimento uma redução de custos ou
de novos produtos;
-acréscimo
Gastos com nareorganização
eficiência operacional;
societária; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de
2007).
- Gastos com reestruturação;
- Gastos pré-operacionais.

Duas eram as condições para que os gastos com reestruturação fizessem parte
do diferido:

1) Contribuir para o aumento do resultado de dois ou mais exercícios; e


2) Não configurar apenas uma redução de custos ou acréscimo na eficiência
operacional.

O diferido foi extinto com as modificações recentes ocorridas na contabilidade


(MP 449 convertida na Lei 11.941/09).

Segundo o CPC 13 – Adoção inicial da Lei 11.638/2007 e 11.941/2009 (item


20), os saldos porventura existentes deste grupo patrimonial devem ser
alocados a outro grupo no balanço patrimonial.

Não havendo essa possibilidade, ficam no ativo diferido até sua completa
amortização ou, alternativamente, podem ser baixados à conta de lucros ou
prejuízos acumulados, do patrimônio líquido.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 19 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Com fulcro na MP 449:

“Art. 299-A. O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido


que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá
permanecer no ativo sob essa classificação até sua completa amortização,
sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o § 3o do art. 183.”

Portanto, caso permaneça no ativo diferido, a conta estará sujeita ao teste de


recuperabilidade.

Segundo a Lei das S.A´s, com sua redação antiga:

OArt. 183. No balanço,


lançamento os elementos
para a amortização é: do ativo serão avaliados segundo os
seguintes critérios:
D – Despesa com amortização (Despesa)
CVI– Amortização
- o ativo diferido, pelo (Redutora
acumulada valor do do
capital
ativoaplicado,
diferido) deduzido do saldo
das contas que registrem a sua amortização.
Caso a opção seja pela baixa com contrapartida na conta lucros acumulados,
faremos:

D – Lucros acumulados (Patrimônio Líquido)


C – Ativo diferido (Ativo)

Ainda, de acordo com o mesmo artigo, parágrafo 3º, os recursos aplicados no


ativo diferido serão amortizados periodicamente, em prazo não superior a 10
(dez) anos, a partir do início da operação normal ou do exercício em que
passem a ser usufruídos os benefícios deles decorrentes, devendo ser
registrada a perda do capital aplicado quando abandonados os
empreendimentos ou atividades a que se destinavam, ou comprovado que
essas atividades não poderão produzir resultados suficientes para amortizá-los.

5. PASSIVO

Dissemos que o passivo representa nada mais do que as obrigações que a


sociedade tem perante terceiros. Estudaremos agora os seus aspectos amiúde.

5.1 PASSIVO CIRCULANTE E PASSIVO NÃO CIRCULANTE

O passivo exigível basicamente pode ser dividido em passivo circulante e não


circulante. Segundo a Lei das Sociedades por Ações:

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 20 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano

Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição


de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante,
quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se
tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único
do art. 179 desta Lei.

Como exemplo de obrigações temos: Impostos a pagar, provisão para


contingências, salários a pagar, ICMS a recolher, provisão para IR, FGTS a
recolher, duplicatas a pagar, fornecedores, entre outros.

5.2 RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS E RECEITAS DIFERIDAS

O grupo resultado de exercícios futuros foi extinto com a edição da MP 449 e Lei
11.941/2009.

Em seu lugar, deve ser usada a conta receitas diferidas. O saldo que
porventura existente no REF deve ser reclassificado para receita diferida.

O exemplo clássico explorado pelas bancas de resultado de exercícios futuros


(agora receita diferida, no passivo não circulante) são os aluguéis recebidos
antecipadamente. São diversas questões da banca que versam sobre este
tema.

6. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O CICLO OPERACIONAL

Segundo o parágrafo único do artigo 179 da Lei das SAs: Na companhia em que
o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a
classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.

Um primeiro aspecto digno de nota é que esta disposição vale tanto para o
ativo como para o passivo.

O ciclo operacional de uma empresa industrial é o prazo que a empresa leva


para comprar matéria-prima, produzir, vender e receber. Para uma empresa
comercial, é o prazo médio entre a aquisição de mercadorias, venda e
recebimento dos clientes.

Vamos explicar esta situação por meio de uma questão abordada em 2009, pela
FCC, para o concurso de Analista Judiciário do TRT 3ª região:

(FCC/Analista Judiciário/TRT 3ª região/2009) A empresa A é uma indústria e produz máqu

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 21 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
informações, as máquinas especiais serão classificadas nas empresas A, B e C,
respectivamente, no

(A) ativo circulante, no ativo circulante e no ativo imobilizado.


(B) ativo circulante, no ativo não-circulante e no ativo realizável a longo prazo.
(C) ativo realizável a longo prazo, no ativo circulante e no ativo imobilizado.
(D) ativo realizável a longo prazo, no ativo realizável a longo prazo e no ativo
imobilizado.
(E) ativo realizável a longo prazo, no ativo imobilizado e no ativo realizável a
longo prazo

Comentários

Empresa A: Demora 400 dias para produzir. Portanto, seu ciclo operacional será
maior que o exercício social, e as máquinas produzidas ficarão no Ativo
Circulante.

Empresa B: Demora 20 dias para comercializar, 40 para receber o valor das


vendas e 30 dias para pagar as máquinas adquiridas. Portanto, tudo ocorre a
custo prazo, nesta empresa. Ativo Circulante.

Empresa C: Utiliza as máquinas em suas operações. Ativo Imobilizado.

O gabarito, portanto, é a letra a.

Em qualquer dessas situações, o exercício social continua a ser de um ano.

Se estamos em 31 de dezembro de 2011 (data de término do exercício social) e


temos uma fábrica de navios, por exemplo, cujo ciclo operacional seja de 2
anos, teremos que todas as obrigações e direitos que vencerem até 31 de
dezembro de 2013 serão consideradas como de curto prazo. A partir deste
momento é que haverá que se falar em longo prazo. Repetimos, porém, que o
exercício social continua a ter a duração de um ano.

7. PATRIMÔNIO LÍQUIDO

7.1 CONCEITO E ESTRUTURA

O patrimônio líquido, como há muito estamos dizendo, é considerado como


sendo o capital dos sócios (capital próprio) empregado nas atividades
empresariais.
De acordo com a Lei 6.404/76:

Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do


patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a
análise da situação financeira da companhia.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 22 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes
de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos
acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

Antes de prosseguirmos, façamos a comparação entre como era e como está


agora o patrimônio líquido:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ANTES LEI 11.638/07 APÓS LEI 11.638/07 E LEI
11.941/09
Capital Social Capital Social
(-) Capital a Realizar (-) Capital a Realizar
Reserva de Lucro Reserva de Lucro
Reserva de Capital Reserva de Capital
Reserva de Reavaliação Ajuste de Avaliação Patrimonial
+ - Lucro ou Prejuízo Acumulado (-) Prejuízo Acumulado
(-) Ações em Tesouraria (-) Ações em Tesouraria

7.2 CAPITAL SOCIAL

É a conta do PL composto pelas ações subscritas na constituição da sociedade


ou com o aumento de capital. É dividido em capital social e capital social a
realizar. A lei das S.A´s dispõe que:

Art. 182. A
EXEMPLO 1: conta do capital social discriminará o montante subscrito e,
por dedução, a parcela ainda não realizada.
Constituição da sociedade X, com R$ 100.000,00 em dinheiro.

Lançamento:

D – Caixa 100.000,00
C – Capital Social 100.000,00

EXEMPLO 2:

A sociedade X é constituída com ações no montante de R$ 100.000,00, sendo


apenas R$ 50.000,00 depositados imediatamente para o início do negócio,
lançaremos:

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 23 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
D – Caixa 50.000,00 (Ativo)
D – Capital Social a Realizar (- PL) 50.000,00
C – Capital Social (PL) 100.000,00

Segundo a Lei 6.404, o capital social poderá ser formado com contribuições em
dinheiro ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro.

A constituição da companhia depende do cumprimento dos seguintes requisitos


preliminares:

I - subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas, de todas as ações em que se


divide o capital social fixado no estatuto;
II - realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de
emissão das ações subscritas em dinheiro;
III - depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro estabelecimento bancário
autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado
em dinheiro.

7.3 GASTOS NA EMISSÃO DE AÇÕES

Os gastos com emissão de ações, a partir de 2008, não mais podem ser
tratados como despesas do período. Passam a figurar como redução do valor
obtido do capital social.

7.4 RESERVAS DE CAPITAL

Reservas são valores que representam elementos patrimoniais sem qualquer


característica de exigibilidade atual ou futura.

As reservas de capital são valores recebidos pela empresa (dos sócios ou de


terceiros) que não se configuram como receita, isto é, não transitam pelo
resultado do exercício, sendo contabilizadas diretamente à conta de Patrimônio
Líquido.

Com espeque no artigo 182 da Lei das S.A´s:

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as


contas que registrarem:
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar
o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações
sem valor nominal que ultrapassar a importância
destinada à formação do capital social, inclusive nos
casos de conversão em ações de debêntures ou partes
beneficiárias;
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e
bônus de subscrição;

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 24 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
O item a corresponde à chamada “Reserva para ágio na emissão de ações”.

Partes beneficiárias são títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao


capital social, criados a qualquer tempo pela sociedade por ação. As partes
beneficiárias conferirão aos seus titulares direito de crédito eventual contra a
companhia, consistente na participação nos lucros anuais – no máximo 10%
(LSA, art. 46, caput, e §1º).

Por seu turno, os bônus de subscrição são títulos de credito emitidos no limite
do capital social autorizado no estatuto e dão aos titulares o direito de
subscrever ações da companhia.

Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser


utilizadas para:
I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros
acumulados e as reservas de lucros (artigo 189,
parágrafo único);
II - resgate, reembolso ou compra de ações;
III - resgate de partes beneficiárias;
IV - incorporação ao capital social;
V - pagamento de dividendo a ações preferenciais,
quando essa vantagem lhes for assegurada (artigo 17, §
5º).
Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da
venda de partes beneficiárias poderá ser destinada ao
resgate desses títulos.

Com as modificações recentes ocorridas na contabilidade (Leis 11.638 e


11.941) as doações e subvenções para investimento e os prêmios na
emissão de debêntures não serão mais classificados como reservas de
capital, devendo ser registrados como receitas do exercício, de acordo com o
Princípio da Competência.

Usualmente, estas questões caem em concursos (questões analisadas sob a


situação atual, independentemente do ano):

O(ESAF/AFC/CGU/2008) Serão
item está incorreto. São classificadas
reservas comoreserva
de capital: reservas
dede capital
ágio as contas
na emissão de
que registrarem o produto da alienação de partes beneficiarias e bônus
ações e produto de alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição. O de
subscrição,
prêmio o prêmio
recebido recebido
na emissão de na emissão edeasdebêntures
debêntures e as
doações e as doações epara
subvenções as
subvenções para
investimento investimento.
não figuram mais como reservas de capital.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 25 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
(ESAF/AFRFB/2002) Deverão ser classificadas como reserva de capital,
agrupadas ou separadamente, entre outras, as doações e subvenções
recebidas, quando destinadas a investimentos, e os prêmios recebidos na
emissão de debêntures.

O item está incorreto.

O(ESAF/AFRFB/2002)
item está correto. Reservas de Capital representam, genericamente,
acréscimo ao Patrimônio Líquido que não transitam pela conta de resultado da
companhia as
Estudemos nem são provenientes
reservas de reavaliação de ativos.
de capital pormenorizadamente:

7.4.1 RESERVA DE ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES

Ágio, em linguajar comum, é o valor cobrado a maior por algo. Nas sociedades
por ações o estatuto social deve definir o valor do capital social, o número de
ações em que o capital se divide e se elas terão ou não valor nominal.

A ação tem um valor pré-definido, o valor do capital social subscrito dividido


pelo número de ações emitidas.

O ágio na emissão de ações é o valor da contribuição do subscritor que


ultrapassar o valor nominal das ações por ele adquiridas. No caso de emissão
de ações sem valor nominal, o ágio na emissão de ações será o valor da
contribuição do subscritor que ultrapassar a importância destinada ao capital
social. Na conta capital social, as ações só podem figurar por seu valor nominal.

O excesso é levado a uma conta de reserva de capital, que recebe essa


denominação.

Suponha-se que a empresa X possua um capital social de R$ 100.000,00,


configurando 100.000,00 ações a R$ 1,00 cada. Mostrando-se uma empresa
extremamente lucrativa, decide expandir o seu negócio oferecendo ao mercado
mais 100.000,00 ações. Todavia, cobra dos novos sócios não mais o aporte de
R$ 1,00, mas, sim, de R$ 1,50. Mesmo assim, as ações foram rapidamente
vendidas e mais R$ 150.000,00 ingressaram aos cofres da empresa. O
lançamento é o seguinte:

D – Caixa 150.000,00 (Ativo)


C – Capital Social 100.000,00 (PL)
C – Reserva de capital – Ágio na emissão de ações 50.000,00 (PL)

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 26 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
7.4.2 ALIENAÇÃO DE PARTES BENEFICIÁRIAS E BÔNUS
DE SUBSCRIÇÃO

Segundo a Lei das S.A´s:

Art. 46. A companhia pode criar, a qualquer tempo,


títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao
capital social, denominados "partes beneficiárias".

§ 1º As partes beneficiárias conferirão aos seus titulares


direito de crédito eventual contra a companhia,
consistente na participação nos lucros anuais (artigo
190).

Vê-se que as partes beneficiárias são estranhas ao capital social. Diferem das
ações, pois não dão direito a uma parte do patrimônio da companhia, nem o de
participação da administração. Não se confundem também com as debêntures,
uma vez que não dá direito creditório contra a companhia para os que as
possuem.

O direito a lucro é eventual. Esta é a palavra chave. A emissão das PB´s é


exclusivo de cias fechadas (LSA, art. 47). Como já dito, a participação nos
lucros deve ser menor do que 10%.

As partes beneficiárias poderão ser alienadas pela companhia, nas condições


determinadas pelo estatuto ou pela assembléia-geral, ou atribuídas a
fundadores, acionistas ou terceiros, como remuneração de serviços prestados à
companhia (LSA, art. 47). Somente a alienação onerosa das partes beneficiárias
gera lançamento contábil.

Assim, se os administradores de uma companhia, que tanto contribuíram para o


seu crescimento, resolvem aposentar, e os novos administradores, como forma
de reconhecimento deste trabalho, alienam partes beneficiárias a esses antigos
administradores, por R$ 100.000,00. O lançamento é o que se segue:

D – Caixa 100.000,00 (Ativo)


C – Reserva de Capital – Produto de alienação de partes beneficiárias
100.000,00 (PL).

A LSA dispõe que:


Art. 200. Parágrafo único. A reserva constituída com o
produto da venda de partes beneficiárias poderá ser
destinada ao resgate desses títulos.

Falamos sobre as partes beneficiárias.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 27 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Veremos agora os bônus de subscrição. Segundo a LSA, art. 75, a companhia
poderá emitir, dentro do limite de aumento de capital autorizado no estatuto
(artigo 168), títulos negociáveis denominados "bônus de subscrição". Os bônus
de subscrição conferirão aos seus titulares, nas condições constantes do
certificado, direito de subscrever ações do capital social, que será exercido
mediante apresentação do título à companhia e pagamento do preço de
emissão das ações. Os antigos acionistas detêm a preferência para aquisição de
novas ações emitidas por uma companhia. Todavia, o bônus de subscrição
retira este direito relativamente a algumas ações. Vejamos:

Art. 172. O estatuto da companhia aberta que contiver


autorização para o aumento do capital pode prever a
emissão, sem direito de preferência para os antigos
acionistas, ou com redução do prazo de que trata o § 4o
do art. 171, de ações e debêntures conversíveis em
ações, ou bônus de subscrição, cuja colocação seja feita
mediante:

I - venda em bolsa de valores ou subscrição pública; ou


II - permuta por ações, em oferta pública de aquisição
de controle, nos termos dos arts. 257 e 263.

Se a empresa X emite R$ 100.000,00 em bônus de subscrição, o lançamento é


o que se segue:

D – Caixa 100.000,00
C – Reserva de Capital – Produto da alienação de bônus de subscrição
100.000,00

7.4.3 DOAÇÕES E SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTOS


GOVERNAMENTAIS

As doações e subvenções para investimentos governamentais (tão-somente,


excluem-se as privadas) eram contabilizadas como reserva de capital. Contudo,
com as alterações da Lei das S/A, são agora consideradas receitas, que
transitam pelo resultado, podendo ser registradas (depois da apuração do
resultado) em uma reserva de lucros (de incentivos fiscais).

No caso de doações em dinheiro, o lançamento é o que se segue:

D – Caixa 10.000,00 (Ativo)


C – Receitas – Doações 10.000,00 (Resultado)

O CFC 1.143/08 que rege o tema dispõe que:

12. Uma subvenção governamental deve ser reconhecida como receita ao longo do períod

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 28 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
sistemática, desde que atendidas às condições desta Norma. A subvenção governamenta

Exemplificando: uma subvenção que transfira a propriedade definitiva de um


terreno pode ter como condição a construção de uma planta industrial e é
apropriada como receita na mesma proporção da depreciação dessa planta.
Poderão existir situações em que essa correlação exija que parcelas da
subvenção sejam reconhecidas segundo critérios diferentes.

Vejamos como contabilizar com uma questão cobrada no concurso para Agente
Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo, em 2009: A Cia. Poente recebe da
prefeitura do município X um terreno avaliado em R$ 1.000.000,00, assumindo
o compromisso de instalar nessa propriedade um parque fabril modular no valor
de R$ 15.000.000,00, com vida útil estimada em 10 anos.

Primeiro passo, quando saberemos se uma subvenção será registrada? São dois
os requisitos estatuídos pelo CPC 07, a saber:

7. Subvenção
Na questão, o governamental,
governo efetuouinclusive
a doação subvenção não monetária
à empresa, a valor
mas com condições. A
justo, não
empresa deve
deve ser reconhecida
instalar um parqueaté que exista segurança de que:
fabril.
(a) a entidade
Como o terreno cumprirá todaspertence
ainda não as condições estabelecidas;
à empresa, e deve instalar um
pois ela
(b) a subvenção
parque fabril, nãoserá recebida.
podemos reconhecer esta subvenção (doação) no resultado.
Se a empresa não instalar o parque fabril, ela deverá devolver o terreno.

O lançamento do REGISTRO INICIAL é o que se segue:

D - Imobilizado - Terreno R$ 1.000.000,00


C - Passivo - Doações e subvenções R$ 1.000.000,00

A16. É fundamental,
receita pelodeve
de subvenção regime de competência,
ser apropriada que vai
conforme a receita de subvenção
ser realizando, e não
governamental seja reconhecida em bases sistemáticas e racionais,
numa única etapa. Na maioria dos casos essa correlação pode ser feita, e aao longo
do períodoénecessário
subvenção e confrontada
reconhecida em confronto com asas
com despesas correspondentes.
despesas correspondentes. Assim,
o reconhecimento da receita de subvenção governamental no momento de seu
recebimento somente é admitido nos casos em que não há base de alocação
da subvenção ao longo dos períodos beneficiados.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 29 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Semelhantemente, subvenção relacionada a ativo depreciável deve ser
reconhecida como receita ao longo do período da vida útil do bem e na mesma
proporção de sua depreciação.

Esse item 17 é importantíssimo para a prova: A subvenção não deve ser


reconhecida de imediato em seu recebimento. A receita deve ser correlacionada
com as despesas correspondentes.

Vamos supor que a empresa tenha instalado o parque fabril (ao custo de
15.000.000, e com vida útil estimada em 10 anos). Após a instalação, a
empresa "ganhou" o terreno (cumpriu a condição necessária).

Assim, deve ser feita a seguinte contabilização:

D - Passivo - Doações e subvenções 1.000.000


C - Receita diferida (PNC) 1.000.000

Após cumprir as condições, o valor da doação passa para receita diferida (já
pertence à empresa). Mas o reconhecimento da receita deve ser realizado por
competência.

Após um ano, a empresa terá reconhecido como despesa de depreciação da


unidade fabril o valor de $ 1.500.000. E deverá reconhecer também a receita
da subvenção (doação do terreno), na mesma proporção.

Portanto:

Pela depreciação da fábrica:

D - Depreciação (resultado) 1.500.000


C - Depreciação acumulada (ANC) 1.500.000

Pelo reconhecimento da receita de subvenção (1/10 do total)

D - Receita diferida (PNC) 100.000


C - Outras receitas (resultado) 100.000

E assim por diante, até reconhecer toda a receita em 10 anos.

7.4.4 PRÊMIO NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES

O Prêmio na emissão de debêntures era classificado como reserva de capital.


Com o advento da Lei n° 11.638 e 11.941, ele passou a ser apropriado ao
resultado como receita, conforme o regime de competência.

As debêntures são títulos exclusivos das sociedades anônimas. É uma forma


alternativa ao lançamento de ações no mercado e aos empréstimos bancários,

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 30 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
para captação de recursos. Não podem ser confundidas com as ações, pois não
são títulos de propriedade. Não se confundem também com os empréstimos,
uma vez que oferecidas ao público, não sendo captados junto a instituições
financeiras.

Quando o preço da debênture supera o seu valor nominal, teríamos, à visão da


legislação antiga, uma reserva de capital a ser registrada, chamada Reserva de
Prêmio na Emissão de Debêntures. Isso ocorre quando as condições como
juros, garantias e outras vantagens forem atraentes para os investidores.

Se uma empresa lançasse debêntures a R$ 1,00, num vulto de 10.000


debêntures, com resgate em 10 anos encontrando investidores que pagassem
R$ 1,50 pelo referido título, lançaríamos:

D – Caixa 15.000 (Ativo)


C – Debêntures a pagar 10.000,00 (PNC)
C – Reserva de capital – prêmio na emissão de debêntures 5.000,00 (PL)

Contudo, essa reserva de capital deixou de existir e a mesma situação é agora


registrada da seguinte forma:

D – Caixa 15.000 (Ativo)


C – Debêntures a resgatar 10.000,00 (PNC)
C – Receitas recebidas antecipadamente - 5.000,00 (PNC – Receitas diferidas)

Assim, exemplificando, se o resgate dessas debêntures se dará em 10 anos,


deveremos apropriar ao resultado (utilizando-se do método linear) R$ 500,00
por ano, através do seguinte lançamento:

D - Receitas recebidas antecipadamente - 500,00 (PNC – Receitas diferidas)


C – Receitas financeiras 500,00 (Resultado)

O valor apropriado ao resultado pode ser destinado à formação de reserva


específica de prêmios de debêntures, para evitar a tributação pelo Imposto de
Renda (Lei 11.941/09).

Ressaltamos que é uma faculdade da empresa. Ela pode ou não constituir tal
reserva. Se não constituir, será tributada pelo IR.

A reserva específica de prêmio de debêntures é reserva de lucro, eis que esse


valor transitou pelo resultado do exercício.

7. 5 AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Antes das alterações da Lei das S.A´s, havia no patrimônio líquido a conta
Reserva de Reavaliação. Esta conta foi suprimida, surgindo então o ajuste de
avaliação patrimonial. Contudo, não se trata de mera alteração de nome.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 31 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano

A reavaliação que se aplicava aos bens tangíveis do ativo permanente e que


poderia ser ou não realizada, a bel-prazer dos acionistas, deixou de existir.

Ademais, o ajuste de avaliação patrimonial serve tanto para aumentar como


para reduzir valores de ativos e de passivos, enquanto que a reavaliação servia
apenas para o aumento de bens do permanente. A nova redação prescreve o
seguinte:

Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de


avaliação patrimonial, enquanto não computadas no
resultado do exercício em obediência ao regime de
competência, as contrapartidas de aumentos ou
diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e
do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor
justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com
base na competência conferida pelo § 3o do art. 177.

Veremos, na próxima aula, os casos em que os aumentos e diminuições de


valor de elementos do ativo são contabilizados na conta Ajuste de Avaliação
Patrimonial.

7.6 AÇÕES EM TESOURARIA

São as ações da empresa adquiridas pela própria empresa e mantidas na


tesouraria. O limite do saldo da conta ações em tesouraria é o saldo de lucros
acumulados e reservas, exceto a reserva legal (estudada a seguir).

A CONTA AÇÕES EM TESOURARIA É REDUTORA DO PL.

Art. 182. § 5º As ações em tesouraria deverão ser


destacadas no balanço como dedução da conta do
patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos
aplicados na sua aquisição.

O CESPE explorou este assunto em prova, da seguinte forma:

O(Cespe) A contabilização
item está da aquisição
correto. O lançamento, pela de ações da
aquisição, é oprópria empresa reduz o
seguinte:
valor do disponível e também do patrimônio líquido. O oposto ocorre quando
Dos– sócios
Ações resolvem aumentar
em tesouraria o capital
(Redutora da empresa em dinheiro.
do PL)
C – Caixa (- Ativo)

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 32 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Pela alienação, lançamos o seguinte:

D – Caixa (Ativo)
C – Ações em tesouraria (PL)

Se a alienação se der com lucro, este lucro deve ser registrado à conta de
RESERVA DE CAPITAL, pelo seguinte lançamento:

D – Caixa 2.000
C – Ações em tesouraria 1.000
C – Reserva de capital – lucro na alienação de ações em tesouraria

Esse é o mais importante para concursos.

7.7 RESERVAS DE LUCROS

As reservas de lucros são retenções de parcelas provenientes de ganhos do


período, com o objetivo de preservar o Patrimônio Líquido de uma sociedade,
com o objetivo de posterior destinação. São, em suma, lucros que a empresa
não entrega aos acionistas, mas guarda para si, seja para investir em projetos,
seja para resguardar o capital social.

Segundo a Lei das S.A´s:

Artigo 182, §4º Serão classificados como reservas de


lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros
da companhia.

Ao final do exercício social as contas de resultado (receitas e despesas) são


zeradas. O saldo, lucro ou prejuízo, é transferido para o PL. No PL, podemos ter
três destinações:

1) Dividendos (para os sócios);


2) Reservas de lucros;
3) Aumento do capital social.

Assim, se a empresa tem receitas de 2.000, despesas de 1.000, terá um lucro


de 1.000 (2.000 – 1.000). Esse lucro pode ser distribuído para os sócios, para
aumento do CS ou pode ir para reserva de lucros (se atendidos os requisitos
legais).

Com a alteração da lei das S.A´s a conta antigamente denominada lucros ou


prejuízos acumulados passa a ser denominada prejuízos acumulados, ou seja,
haverá de existir uma destinação para este lucro, não podendo ficar em conta
específica do PL.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 33 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
As reservas de lucros hoje existentes são as seguintes:

- Reserva Legal;
- Reservas Estatutárias;
- Reservas para Contingências;
- Reserva de Incentivos Fiscais;
- Reserva de Retenção de Lucros;
- Reserva de Lucros a Realizar;
- Reserva Especial de Dividendo Obrigatório Não Distribuído;
- Reserva Específica de Prêmio na Emissão de Debêntures.

Existe um limite máximo para essas reservas, a saber:

Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para


contingências, de incentivos fiscais e de lucros a
realizar, não poderá ultrapassar o capital social.
Atingindo esse limite, a assembléia deliberará sobre
aplicação do excesso na integralização ou no aumento
do capital social ou na distribuição de dividendos.
(Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

A Lei 11.941/2009, art. 19, incluiu, entre as reservas acima, a reserva


específica de prêmio de debêntures.

Assim, gravemos:

RESERVAS DE LUCROS (EXCETO RIF, CONTINGÊNCIAS, LUCROS


Isso equivale a dizer:
A REALIZAR E PRÊMIO DE DEBÊNTURES) < CAPITAL

RESERVA LEGAL + ESTATUTÁRIA + RETENÇÃO DE LUCROS + R.


Na verdade, podemos dizer que é menor ou igual, pois se for igual não há
INVESTIMENTOS + NÃO PAGAMENTO DE DIVIDENDO OBRIGATÓRIO <
ultrapassagem.
CAPITAL SOCIAL.
Falemos agora sobre cada uma dessas reservas:

7.7.1 RESERVA LEGAL

Segundo a lei das S/A´s:

Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por


cento) serão aplicados, antes de qualquer outra

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 34 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
(a) R$ 6.000,00, pois deverá ser constituída com destinação de 5% do lucro
líquido do exercício.
(b) R$ 5.000,00, pois não devera ultrapassar 20% do capital social.
(c) R$ 4.000,00, pois somada as reservas de capital, não deverá ultrapassar
30% do capital social.
(d) R$ 3.000,00, pois somada as outras reservas de lucro e as reservas de
capital, não deverá ultrapassar 30% do capital social.
(e) R$ 0,00, pois a reserva legal não deverá ultrapassar 20% do capital
social realizado.

Vamos lá. Passo a passo:

1) 5% x 120.000 = R$ 6.000,00
2) Agora, analisemos os limites: a) Teto: 20% x CS – Reserva legal
anteriormente constituída
20% x 200.000 – 35.000 = 5.000,00
3) Teto facultativo: 30% CS – Reserva legal anteriormente constituída –
Reserva de capital anteriormente constituída = 30% x 200.000 – 35.000 –
21.000 = 60.000 – 35.000 – 21.000 = 4.000,00.

Analisemos:

(a) R$ 6.000,00, pois deverá ser constituída com destinação de 5% do lucro


líquido do exercício.

Errado. Deverá contabilizar no máximo 5.000 ou, opcionalmente, 4.000.

(b) R$ 5.000,00, pois não devera ultrapassar 20% do capital social.

Correto. Todavia, a questão foi imprecisa, pois poderia ser constituído somente
4.000,00.

(c) R$ 4.000,00, pois somada as reservas de capital, não deverá ultrapassar


30% do capital social.

Errado. Esse montante é opcional. Deveria ser “não poderá ultrapassar...”

(d) R$ 3.000,00, pois somada as outras reservas de lucro e as reservas de


capital, não deverá ultrapassar 30% do capital social.

Errado.

(e) R$ 0,00, pois a reserva legal não deverá ultrapassar 20% do capital
social realizado.

Errado.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 36 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Gabarito  B.

7.7.2 RESERVAS ESTATUTÁRIAS

As reservas estatutárias são reservas constituídas com base no lucro líquido da


companhia. E devem estar previstas no estatuto. Segundo a LSA:

Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que,


para cada uma:

I - indique, de modo preciso e completo, a sua


finalidade;
II - fixe os critérios para determinar a parcela anual dos
lucros líquidos que serão destinados à sua constituição;
III - estabeleça o limite máximo da reserva.

7.7.3 RESERVA DE CONTINGÊNCIAS

A assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar


parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar,
em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada
provável, cujo valor possa ser estimado (LSA, art. 195).

A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda


prevista e justificar, com as razões de prudência que a recomendem, a
constituição da reserva (LSA, art. 195, §1º).

A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que


justificaram a sua constituição ou em que ocorrer a perda (LSA, art. 195, §2º).

O termo contingência, em contabilidade, quando usada sem nenhuma


qualificação (como ativa ou passiva), é usado para se referir a problema
previsto, sobre o qual existe dúvida acerca de sua ocorrência.

As reservas de contingências, especificamente, objetivam salvaguardar o capital


social, de modo que se posteriormente algo acontecer, decorrente de perda
julgada provável cujo valor possa ser estimado, a companhia esteja preparada.

Exemplo extraído do Manual de Contabilidade Societária – FIPECAFI (pág. 350):

Podem ser constituídas reservas de contingências para:

- Geadas ou secas, que podem atingir empresas com plantações, criações ou


estoques nessas áreas, ou ainda as que dependem desses produtos para suas

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 37 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
operações, como no caso de empresas comerciais ou industriais que utilizem
tais produtos como matérias-primas em seu processo produtivo.

- Cheias, inundações e outros fenômenos naturais que podem ocorrer


ciclicamente nas áreas onde se localizam estoques ou instalações da empresa,
gerando prejuízos efetivos por perdas de bens, por paralisação temporária das
operações.

Suponhamos que tal perda provável possa ser estimada em um montante de R$


100.000,00. A empresa, então, lançará:

D – Lucros acumulados 100.000,00


C – Reserva para contingências 100.000,00

Se essa perda vier realmente ocorrer, havendo um prejuízo no exercício


subseqüente no montante de R$ 100.000,00, o patrimônio líquido ficará da
seguinte forma:

Patrimônio Líquido
Capital Social 1.000.000,00
Reserva para contingências 100.000,00
Prejuízos acumulados (100.000,00)
Total 1.000.000,00

Veja que a reserva para contingências realmente salvou o nosso capital social.
Se não tivéssemos constituído a reserva a empresa ficaria com um PL de
900.000,00 (1 milhão – 100.000). Entretanto, como houve a prudente
constituição, o capital social permanecerá intacto.

O lançamento de compensação da reserva com o Prejuízo é:

D – Reversão da Reserva para contingências 100.000,00


C – Lucros/Prejuízos acumulados 100.000,00

Importante distinção é a que devemos fazer entre a reserva para


contingências da provisão para contingências. Vamos explicar por uma
questão...

(Contador/Cia Potiguar de Gás/2006/FGV) Analise as afirmativas a seguir


e assinale com C ou E:

I. A provisão para contingências corresponde a perdas já incorridas, mas


ainda não desembolsadas.
II. A reserva para contingências corresponde a perdas já incorridas, mas
ainda não desembolsadas.
III. Provisão para contingências e reservas para contingências são sinônimos.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 38 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Comentários

Uma excelente explicação sobre a diferença está nesta nota explicativa da CVM:
Diferença entre Reservas para contingências e Provisões para contingências
(nota explicativa CVM)

1. Reservas para Contingências - São constituídas com o objetivo de


compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda com
probabilidade de ocorrer, sendo tal perda passível de ser monetariamente
mensurada (art. 195 da LEI Nº 6.404/76).

A ocorrência de tal perda poderá importar, para a sociedade, uma substancial


redução de seu lucro ou mesmo o ingresso em uma faixa de prejuízo.
Prudentemente, a constituição dessa reserva, prejudicando a distribuição do
dividendo obrigatório, busca evitar uma situação de desequilíbrio financeiro,
que ocorreria caso se distribuíssem os dividendos em um exercício, face à
probabilidade de redução de lucros ou mesmo da ocorrência de prejuízos em
exercício futuro, em virtude de fatos extraordinários previsíveis.

Por configurar uma postergação no pagamento de dividendos, a constituição


dessa reserva deve obedecer o § 1º do artigo 195 da LEI Nº 6.404/76, isto é, a
proposta feita pelos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda e
justificar, com as razões de cautela devidamente fundamentadas, a constituição
dessa reserva.

A utilização dessa reserva é até recomendável no caso de determinados ramos


de negócios, diretamente sujeitos a fenômenos naturais ou cíclicos, tais como:
geadas, secas, inundações. É o caso, também, de empresas que, por outra
razões definidas, operam com períodos fortemente lucrativos, seguidos de
períodos com baixa lucratividade ou mesmo prejuízos, desde que seja previsível
tal situação.

Também pode ser constituída nos casos de suspensão temporária (anormal,


extraordinária) de produção e, conseqüentemente, perdas devido à paralisação
não recorrente, não repetitiva, em virtude de substituições ou reformas de
equipamentos causadas por danos, greves, falta de suprimentos de matérias-
primas, por períodos relativamente extensos.

Há, todavia, casos em que o aplicável é a constituição de provisão para


contingências e não de reserva para contingências.

Com o objetivo de dissipar eventuais dúvidas quanto à aplicabilidade da


constituição de reservas ou de provisão para contingências, estabelecemos a
seguir as características de cada uma. Os principais fundamentos para
constituição da reserva para contingência são:

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 39 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
a) Dar cobertura a perdas ou prejuízos potenciais (extraordinários, não
repetitivos) ainda não incorridos, mediante segregação de parcela de lucros que
seria distribuída como dividendo;
b) Ocorrendo ou não o evento esperado, a parcela constituída será, em
exercício futuro, revertida para lucros acumulados, integrando a base de cálculo
para efeito de pagamento do dividendo e a perda, de fato ocorrendo, é
registrada no resultado do exercício;
c) É uma conta integrante do patrimônio líquido, no grupamento de reserva de
lucros.
d) Representa uma destinação do lucro líquido do exercício, contrapartida da
conta de lucros acumulados, por isso sua constituição não afeta o resultado do
exercício;

2. Quanto à provisão para contingências suas particularidades são:

a) tem por finalidade dar cobertura a perdas ou despesas, cujo fato gerador
já ocorreu, mas não tendo havido, ainda, o correspondente desembolso ou
perda. Em atenção ao regime de competência, entretanto, há necessidade de se
efetuar o registro contábil;
b) representa uma apropriação ao resultado do exercício, contrapartida de
perdas extraordinárias, despesas ou custos e sua constituição normalmente
influencia o resultado do exercício ou os custos de produção;
c) deve ser constituída independentemente de a companhia apresentar, afinal,
lucro ou prejuízo no exercício;
d) visto que o evento que serviu de base à sua constituição já ocorreu, não há,
em princípio, reversão dos valores registrados nessa provisão. A pequena sobra
ou insuficiência é decorrente do cálculo estimativo feito à época da constituição;
e) não está sujeita à atualização monetária patrimonial (art. 185, LEI Nº
6.404/76) e sim à decorrente da natureza do evento que a originou;
f) finalmente, se a probabilidade for difícil de calcular ou se o valor não for
mensurável, há necessidade de uma nota explicativa esclarecendo o fato e
mencionando tais impossibilidades.

São exemplos: devedores duvidosos, indenizações contratuais, contingências


fiscais ou trabalhistas, etc.

Vamos, finalmente, analisar a questão...

OI. item
A provisão
I estápara contingências
correto. corresponde
Na provisão a perdas já incorridas,
para contingências a perda jámas
ocorreu,
ainda não
contudo, desembolsadas.
ainda não houve o pagamento.
II. A reserva para contingências corresponde a perdas já incorridas, mas
ainda não desembolsadas.
III. Provisão para contingências e reservas para contingências são sinônimos.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 40 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
O item II está incorreto. As perdas não ocorreram ainda na reserva para
contingências.

O item III está incorreto, haja vista que reserva e provisão para contingências
não são sinônimos.

7.7.4 RESERVA DE INCENTIVOS FISCAIS

Falemos um pouco sobre esta nova reserva...

Dissemos anteriormente que as doações e subvenções governamentais, antes


do advento das mudanças contábeis, eram registradas à conta de reserva de
capital. Pois bem, agora essas doações são registradas como receita (lembrem-
se de que as receitas são contas de resultado).

Inobstante o valor do lucro líquido recebido com doações e subvenções


governamentais tenha deixado de figurar como reserva de capital, a companhia
poderá deliberar por formar com esse montante uma reserva de lucro, chamada
reserva de incentivos fiscais.

Art. 195-A. A assembléia geral poderá, por proposta


dos órgãos de administração, destinar para a reserva de
incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de
doações ou subvenções governamentais para
investimentos, que poderá ser excluída da base de
cálculo do dividendo obrigatório (inciso I do caput do
art. 202 desta Lei).

Assim, se o poder público faz uma doação de um terreno, no montante de R$


100.000,00, para a empresa Alfa, o lançamento para registro é o seguinte:

D – Terrenos 100.000,00
C - Outras Receitas – Doações do poder público 100.000,00

O resultado (confronto das receitas com as despesas) deve ser encerrado ao


fim do exercício. Como esse controle (das receitas e despesas) é feito em uma
demonstração separada do Balanço Patrimonial, demonstração esta chamada
Demonstração do Resultado do Exercício, devemos transferir o valor do lucro ou
prejuízo para o Balanço Patrimonial, no grupo Patrimônio Líquido.

Supondo que tivemos um lucro de R$ 2.000.000,00. A transferência para o


Balanço Patrimonial se dá do seguinte modo...

D – Lucro Líquido do Exercício 2.000.000,00


C - Lucros/Prejuízos Acumulados 2.000.000,00

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 41 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Ok? A transferência desta parcela para a reserva de incentivos fiscais se dará
do seguinte modo:

D – Lucros/Prejuízos Acumulados 100.000,00


C – Reserva de Incentivos Fiscais 100.000,00.

Vejam que o saldo do lucro no balanço será de 1,9 milhões, valor este que terá
outras destinações. A ESAF abordou este tema na prova da SUSEP, realizada
em 2010, com a seguinte afirmação: (Analista Técnico/SUSEP/2010/ESAF) A
assembléia geral poderá destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela
do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para
investimentos, mas esse valor não poderá ser excluído da base de cálculo do
dividendo obrigatório.

O item está incorreto. Pode, sim, ser excluído da base de cálculo do dividendo
obrigatório.

7.7.5 RESERVA DE LUCROS A REALIZAR

No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos


do estatuto ou do art. 202 da Lei das S/A, ultrapassar a parcela realizada do
lucro líquido do exercício, a assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos
da administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a
realizar.

Desta forma, à opção da companhia, poderá ser constituída a reserva de lucros


a realizar, mediante destinação dos lucros do exercício, cujo objetivo é
evidenciar a parcela de lucros ainda não realizada financeiramente, apesar de
reconhecida contabilmente, pela empresa.

Imagine-se, então, uma empresa que, em 2010, só tenha efetuado vendas para
recebimento em 2012. Seria justo, assim, que procedesse esta empresa ao
pagamento de dividendos (remuneração dos sócios) em 2011? Talvez, não seria
viável financeiramente, pois nada entrará no caixa desta sociedade.

É este o intuito da reserva de lucros a realizar: evitar que a companhia pague


dividendos sobre receitas/lucros que ainda foram realizados, que não entraram
no caixa.
Um aspecto deveras importante é anotar que a constituição desta reserva é
FACULTATIVA.

Assim, vamos exemplificar.

Uma empresa X tem a seguinte situação no exercício de 2010:

- Lucro derivado das vendas de curto prazo (recebimento em 2011): R$


100.000,00

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 42 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
- Lucro derivado das vendas de longo prazo (recebimento em 2012 ou
posteriormente): R$ 200.000,00.
- Dividendos obrigatórios a pagar: R$ 150.000,00.

Neste caso, podemos considerar que os dividendos que teremos de pagar aos
sócios ao termo de 2011 são maiores do que o entrou no meu caixa durante o
exercício. Teríamos R$ 50.000,00 (150.000 – 100.000,00) desacobertados de
recursos para pagamento deste dividendo.

Nesta hipótese, uma alternativa viável é constituir a reserva de lucros chamada


de reserva de lucros a realizar nesse valor (R$ 50.000,00) para pagamento em
2012 ou quando houve o recebimento de lucros posteriores. Temos uma
questão da FCC que exemplifica muito bem este assunto, de modo prático.
Vamos ver?

(FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT 2ª/2008) Considere as informações


abaixo, extraídas da contabilidade da Cia. Carandiru, relativas ao exercício findo
em 31/12/2007.

Lucro líquido do exercício 520.000,00


Resultado positivo na equivalência patrimonial 270.000,00
Acréscimo à reserva legal 26.000,00
Reversão de reservas para contingências 14.000,00
Lucro com realização financeira a ocorrer em 2009 20.000,00

O estatuto da companhia é omisso com relação ao pagamento de dividendos.


De acordo com o disposto nos artigos 197 e 202 da Lei das Sociedades por
Ações, ela poderá constituir, nesse exercício, reserva de lucros a realizar no
valor, em R$, de

(A) 40.000,00.
(B) 36.000,00.
(C) 30.000,00.
(D) 24.000,00.
(E) 18.000,00.

Comentários

No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos


do estatuto ou do art. 202 da Lei das S/A, ultrapassar a parcela realizada do
lucro líquido do exercício, a assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos
da administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a
realizar.

Desta forma, à opção da companhia, poderá ser constituída a reserva de lucros


a realizar, mediante destinação dos lucros do exercício, cujo objetivo é

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 43 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
evidenciar a parcela de lucros ainda não realizada financeiramente, apesar de
reconhecida contabilmente, pela empresa.

Evita-se distribuir dividendo obrigatório sobre essa parcela de lucros que,


apesar de existente, não está realizada financeiramente no caixa da empresa.

Assim, na questão, devemos primeiramente calcular os dividendos. Os


dividendos podem ser fixados livremente pelo estatuto. Caso o estatuto seja
omisso, devemos aplicar um percentual de 50% sobre o lucro líquido ajustado.
No nosso caso, o estatuto é omisso?! SIM! Como o estatuto é omisso, deve-se
aplicar o percentual de 50% de lucro ajustado. E como fazer este ajuste?

BASE DE CÁLCULO DIVIDENDOS = LUCRO LÍQ. DO EXER. – R. LEGAL –


R. CONTINGÊNCIAS + REVERSÃO R. CONTINGÊNCIAS – R. INCENTIVOS
FISCAIS [FACULTATIVO] – RESERVA ESPECÍFICA DE PRÊMIO NA
EMISSÃO DE DEBÊNTURES [FACULTATIVO]

Na questão,

BC dividendos = 520.000 – 26.000 + 14.000 = 508.000

Assim, os dividendos devidos são 50% de 508.000 = 254.000

A Lei das SAs diz que se consideram lucros não realizados OS RESULTADOS
POSITIVOS NA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL (INVESTIMENTOS EM
COLIGADAS/CONTROLADAS/EMPRESAS DO MESMO GRUPO) E
RECEITAS AUFERIDAS PARA RECEBIMENTO A LONGO PRAZO (LSA, art.
197).

Desta forma, o lucro realizado é calculado da seguinte forma:

Lucro Líq. do Exerc. - Resultado positivo na equivalência patrimonial -


Lucro com realização financeira de Longo Prazo
Lucro realizado = 520.000 – 270.000 – 20.000 = 230.000

Portanto, de acordo com a LSA a companhia poderá constituir Reserva de


Lucros a realizar no valor de R$ 24.000 (R$ 254.000 – R$ 230.000)

Gabarito: Letra D.

Por fim, à medida que esses lucros estiverem sendo realizados, entrando em
caixa, deveremos acrescer o lucro agora realizado ao dividendo a pagar. A
reversão deve-se dar no primeiro dividendo declarado após a realização.

As reservas de lucros a realizar só podem ser utilizadas para dois fins:


pagamento de dividendos ou absorção de prejuízos! Gravem.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 44 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
O lançamento para constituição da reserva é o seguinte:

D – Lucros acumulados XXXX


C – Reserva de Lucros a realizar XXXX

A doutrina majoritária (incluindo-se o FIPECAFI) entende que quando da


realização de lucros o lançamento é o seguinte:

D – Reserva de Lucros a realizar XXXX


C – Lucros acumulados XXXX

Sendo o dividendo destinado posteriormente pelo seguinte

lançamento: C – Dividendos a pagar (Passivo) XXXX


D – Lucros acumulados XXXX

7.7.6 RESERVA ESPECIAL PARA DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS


Segundo a Lei das Sociedades por Ações:
NÃO DISTRIBUÍDOS

Art. 202. aOs


Portanto, acionistas
regra têm direito
é a distribuição de de receber ao
dividendos como
finaldividendo obrigatório,
de cada exercício social.
em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto (...)
Contudo, como todo negócio está sujeito a risco, pode acontecer de a empresa
possuir lucro, mas não possuir situação financeira ou patrimonial que permita o
pagamento de dividendos, como, por exemplo, quando a empresa tem um
volume extraordinário de empréstimos a serem quitados, ou quando está em
recuperação judicial ou extrajudicial. Tal situação está prevista na Lei da SAs da
seguinte forma:

ɧ só
4º isso!
O dividendo previstonão
Esse montante neste artigo não
distribuído ficaserá obrigatório
incorporado ao no exercício líquido
patrimônio social
em reserva
em que os órgãossendo
especial, da pago
administração informarem
quando a situação à assembléia-geral
permitir. No nosso
ordinária ser ele incompatível com a situação financeira da companhia. O
conselho fiscal, se em funcionamento, deverá dar parecer sobre essa
informação e, na companhia aberta, seus administradores encaminharão à
Comissão de Valores Mobiliários, dentro de 5 (cinco) dias da realização da
assembléia-geral, exposição justificativa da informação transmitida à
assembléia.
§ 5º Os lucros que deixarem de ser distribuídos nos termos do § 4º serão
registrados como reserva especial e, se não absorvidos por prejuízos em
exercícios subseqüentes, deverão ser pagos como dividendo assim que o

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 45 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
exemplo, com a quitação do empréstimo ou com a extinção da recuperação
judicial ou extrajudicial.

Acabamos de falar, portanto, sobre as reservas de lucros.

Falaremos sobre os dividendos adicionais...

7.8 DIVIDENDOS ADICIONAIS

Os dividendos mínimos obrigatórios devem figurar no passivo, na data do


balanço.

Quanto aos dividendos adicionais, serão contabilizados ou não, dependendo da


data em que forem declarados. Ou seja, se a empresa fechar as demonstrações
contábeis em 31.12.X1, e declarar dividendos adicionais em janeiro ou fevereiro
de X2, tais dividendos não serão contabilizados no balanço de 31.12.X1. Serão
apenas divulgados em Nota Explicativa.

Por outro lado, os dividendos adicionais que forem declarados pela assembleia
geral ou outro órgão competente antes da data base das demonstrações
contábeis, atendem aos requisitos de obrigação presente e, portanto, devem
figurar nas Demonstrações Contábeis da entidade.

A parcela do dividendo mínimo obrigatório, que se caracterize efetivamente


como uma obrigação legal, deve figurar no passivo da entidade. Mas a parcela
da proposta dos órgãos da administração à assembléia de sócios que exceder a
esse mínimo obrigatório deve ser mantida no patrimônio líquido, em conta
específica, do tipo “dividendo adicional proposto”, até a deliberação definitiva
que vier a ser tomada pelos sócios. Afinal, esse dividendo adicional ao mínimo
obrigatório não se caracteriza como obrigação presente na data do balanço, já
que a assembléia dos sócios ou outro órgão competente poderá, não havendo
qualquer restrição estatutária ou contratual, deliberar ou não pelo seu
pagamento ou por pagamento por valor diferente do proposto.

Portanto, a contabilização dos dividendos fica assim:

TRATAMENTO DOS
DIVIDENDOS

1) Dividendos obrigatórios: ficam contabilizados no Passivo, na data do


fechamento das demonstrações contábeis.
2) Dividendos adicionais:
2.1) Declarados após o período contábil: Não são contabilizados, sendo

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 46 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
2.2) Declarados antes do período contábil: ficam no Patrimônio Líquido, até
a aprovação pela Assembléia, quando são transferidos para o Passivo.

Analisemos a seguinte questão:

(Analista Judiciário/TRT 4ª/2011/FCC) Em conformidade com a ICPC-08,


Comentários
os dividendos
(A) declarados, após o período contábil e antes da aprovação pela assembléia
(A) declarados,
dessas após o devem
demonstrações, períodoser
contábil e antes da
reconhecidos no aprovação
passivo comopeladividendos
assembléiaa
dessas
pagar. demonstrações, devem ser reconhecidos no passivo como dividendos a
pagar.
(B) que forem
Alternativa declarados
INCORRETA, ospela assembléia
dividendos geral, ou
adicionais declarados
declarados e pagos,
após de
o período
acordo com as formalidades
contábil não são contabilizados. previstas no estatuto social, quando não pagos
devem figurar no passivo da entidade como uma obrigação.
(C) que
(B) mínimosforemobrigatórios
declaradosdevem ser registrados
pela assembléia como
geral, ou uma obrigação,
declarados na data
e pagos, de
do encerramento do exercício social a que se referem as
acordo com as formalidades previstas no estatuto social, quando não pagosdemonstrações
contábeis.
devem figurar no passivo da entidade como uma obrigação.
(D) adicionais ao mínimo obrigatório devem ser todos contabilizados no
passivo. INCORRETA. Veja esse trecho da Instrução Técnica ICPC 08:
Alternativa
(E) decorrentes de distribuição de resultado, após a data do balanço e antes
da data
Pelos itensda precedentes,
autorização deosemissão dessas
dividendos quedemonstrações,
forem declarados não pela
gerará registro
assembleia
no passivo
geral ou outro da entidade na data do balanço.
órgão competente, ou declarados e pagos, de acordo com as
formalidades previstas no estatuto social ou equivalente, antes da data base
das demonstrações contábeis, atendem aos requisitos de obrigação presente e,
portanto, se não pagos devem figurar no passivo da entidade como uma
obrigação.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 47 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Na alternativa B, faltou a frase “antes da data base”, o que a torna incorreta.

(C) mínimos obrigatórios devem ser registrados como uma obrigação, na data
do encerramento do exercício social a que se referem as demonstrações
contábeis.

Alternativa CORRETA, os dividendos mínimos obrigatórios devem ser


registrados no passivo.

(D) adicionais ao mínimo obrigatório devem ser todos contabilizados no


passivo.
Alternativa INCORRETA, os dividendos adicionais ficam contabilizados no
Patrimônio Líquido até sua aprovação pela Assembléia.

(E) decorrentes de distribuição de resultado, após a data do balanço e antes da


data da autorização de emissão dessas demonstrações, não gerará registro no
passivo da entidade na data do balanço.
Alternativa INCORRETA, os dividendos adicionais declarados após a data do
balanço não são contabilizados, mas os dividendos obrigatório são
contabilizados no passivo.

7.9 ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL

Falaremos do adiantamento para aumento do capital social, que é o recurso


recebido pela empresa de seus sócios/acionistas para ser utilizado no aumento
do capital social.

Suponha que determinada empresa tenha recebido R$ 100.000,00 de


determinado sócio como adiantamento para um futuro ingresso na sociedade.

Nesta hipótese, como fazer a classificação?! O lançamento é o seguinte:

D - Bancos 100.000 (Ativo)


C - Adiantamento para aumento de capital 100.000 (Passivo)

Mas por que passivo? Não é um sócio que está integralizando capital próprio?

Vejam, meus caros, que, na verdade, não está havendo integralização, mas
somente um adiantamento para uma FUTURA entrada do sócio, o que, de fato,
ainda não se concretizou.

Repito, classifica-se no passivo por se tratar de uma OBRIGAÇÃO da empresa


perante terceiros, haja vista que ainda não é integrante do quadro societário.

Quando houver a formalização da entrada do sócio, lançaremos:

D - Adiantamento para aumento de capital 100.000 (reduzindo o passivo)

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 48 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
C - Capital social 100.000 (patrimônio líquido)

É este o lançamento EM REGRA.

Digo em regra, porque esses adiantamentos também poderão ser classificados


no patrimônio líquido, numa única hipótese: quando os recursos forem
recebidos com cláusula de absoluta condição de permanência na sociedade, não
havendo, assim, por que considerá-los como exigíveis. Nesta hipótese, o valor
adiantado deve ser considerado como destacado do capital social total da
empresa.

Portanto, ficamos assim:

ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL


REGRA ----> PASSIVO EXIGÍVEL
EXCEÇÃO ----> QUANDO NÃO HOUVER HIPÓTESE DE RESTITUIÇÃO = PL

7.10 LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS

A conta lucros ou prejuízos acumulados é uma conta do PL.

A conta lucros acumulados não pode mais constar no Balanço Patrimonial,


quando do fechamento da demonstração. Não é mais possível, com as
mudanças recentes advindas na contabilidade, que a empresa retenha lucros
injustificadamente. Alguns autores afirmam, erroneamente, que esta conta
deixou de existir. Tal afirmação está inconsistente, posto que a conta lucros
acumulados pode ser utilizada temporariamente (antes do fechamento do
balanço), sendo que a partir dela distribuímos os lucros do exercício as mais
diversas finalidades. Sendo uma conta de PL, o seu saldo é credor.

Ressalve-se, contudo, que a conta prejuízos acumulados diminui o PL, tendo,


assim, saldo devedor.

7.11 CUSTO DAS TRANSAÇÕES

O CPC 08 regula a contabilização e evidenciação dos custos de transação


incorridos na distribuição pública primária de ações ou bônus de subscrição, na
aquisição e alienação de ações próprias, na captação de recursos por meio da
contratação de empréstimos ou financiamentos ou pela emissão de títulos de
dívida, bem como dos prêmios na emissão de debêntures e outros instrumentos
de dívida ou de patrimônio líquido (frequentemente referidos como títulos e
valores mobiliários – TVM).

Custos de transação são somente aqueles incorridos e diretamente atribuíveis


às atividades necessárias exclusivamente à consecução das transações citadas

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 49 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
acima. São, por natureza, gastos incrementais, já que não existiriam ou teriam
sido evitados se essas transações não ocorressem.

Exemplos de custos de transação são:

i) gastos com elaboração de prospectos e relatórios;


ii) remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, contadores,
auditores, consultores, profissionais de bancos de investimentos, corretores
etc.);
iii) gastos com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de road-
shows);
iv) taxas e comissões;
v) custos de transferência;
vi) custos de registro etc.

Custos de transação não incluem ágios ou deságios na emissão dos títulos e


valores mobiliários, encargos financeiros, custos internos administrativos ou
custos de carregamento.

Segundo o CPC 08:

É importante destacar a diferença entre despesas financeiras e encargos


financeiros.

- Despesas financeiras representam a remuneração direta do recurso tomado


e incluem juros, variação monetária, variação cambial, etc.
- Encargos financeiros são a soma das despesas financeiras com custos de
transação, prêmios, descontos, ágios, deságios e assemelhados. Trata-se,
portanto, de um conceito mais amplo.

7.11.1 CONTABILIZAÇÃO DAS CAPTAÇÕES DE RECURSOS PARA


O registro do montante inicial dos recursos captados por intermédio da emissão
O CAPITAL PRÓPRIO
de títulos patrimoniais deve corresponder aos valores líquidos
disponibilizados para a entidade pela transação, pois essas transações são
efetuadas com sócios já existentes e/ou novos, não devendo seus
custos influenciar o saldo líquido das transações geradoras de resultado da
entidade. Os custos de transação incorridos na captação de recursos por
intermédio da emissão de títulos patrimoniais devem ser contabilizados, de
forma destacada, em conta redutora de patrimônio líquido, deduzidos os
eventuais efeitos fiscais, e os prêmios recebidos devem ser reconhecidos
em conta de reserva de capital.

Nas operações de captação de recursos por intermédio da emissão de títulos


patrimoniais em que exista prêmio (excedente de capital) originado da
subscrição de ações aos quais os custos de transação se referem, deve o

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 50 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
prêmio, até o limite do seu saldo, ser utilizado para absorver os custos
de transação registrados na conta de que trata parágrafo anterior. Nos
demais casos, a conta de que trata o item anterior será apresentada após o
capital social e somente pode ser utilizada para redução do capital
social ou absorção por reservas de capital.

7.11.2 CONTABILIZAÇÃO DA AQUISIÇÃO DE AÇÕES DE


A aquisição de ações de emissão própria e sua alienação são também
EMISSÃO PRÓPRIA (AÇÕES EM TESOURARIA)
transações de capital da entidade com seus sócios e igualmente não devem
afetar o resultado da entidade. Os custos de transação incorridos na
aquisição de ações de emissão da própria entidade devem ser tratados como
acréscimo do custo de aquisição de tais ações. Os custos de transação
incorridos na alienação de ações em tesouraria devem ser tratados como
redução do lucro ou acréscimo do prejuízo dessa transação, resultados esses
contabilizados diretamente no patrimônio líquido, na conta que houver
sido utilizada como suporte à aquisição de tais ações, não afetando o
resultado da entidade.

7.11.3 CONTABILIZAÇÃO DA CAPTAÇÃO DE RECURSOS DE TERCEIROS

11. O expor
Vamos registro do montante
um exemplo inicial
que consta do dos
anexorecursos captados de terceiros,
do Pronunciamento.
classificáveis no passivo exigível, deve corresponder ao seu valor justo
líquido
Uma dos custos
empresa decaptação
efetua a transaçãode $diretamente atribuíveis
1.000.000,00 à emissãoemdo8
para pagamento
passivo financeiro.
prestações anuais e consecutivas de $ 161.035,94. A taxa de juros contratada é
de 6,0 % ao ano. A empresa incorreu em custos de transações no montante de
$ 108.695,18.

Contabilização no momento 0 (captação):

D – Caixa (pela captação líquida) $ 891.304,82


D – Custos a amortizar (redutora do passivo) $ 108.695,18
C – Empréstimos e financiamentos $ 1.000.000,00

Apresentação no Balanço, no Passivo, momento 0:

Empréstimos e Financiamentos: $ 891.304,82

Ou, analiticamente:

Empréstimos e financiamentos $ 1.000.000,00


(-) Custos a amortizar (redutora do passivo) $ 108.695,18

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 51 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano

Os Custos a Amortizar são transferidos para o Resultado por competência,


usando o Método do Custo Amortizado. Veja item 12 abaixo.

12. Os dar
Vamos encargos financeiros
continuidade incorridos
ao exemplo do itemna11,
captação de recursos
para explicar junto aA
esse ponto.
terceiros
empresa devem
captou ser apropriados
1.000.000,00, ao de
com taxa resultado em função
juros nominal de 6,0 da fluência8
% anuais,
do prazo, com base no método do custo amortizado usando
pagamentos anuais e consecutivos de $ 161.035,94 e custos de transação o método de
dos juros
$108.695,18. efetivos. Esse método considera a taxa interna de retorno (tir) da
operação para a apropriação dos encargos financeiros durante a vigência da
Ooperação. A utilização
fluxo de caixa do custo amortizado faz com que os encargos
é o seguinte:
financeiros reflitam o efetivo custo do instrumento financeiro e não
somente a taxa de juros contratual do instrumento, ou seja, incluem-se
Ano de transação
neles os juros e os custos Fluxo líquido Caixa
da captação, bem como prêmios
recebidos, ágios, deságios,0 descontos, atualização
891 monetária e outros. Assim,
a taxa interna de retorno1 considera todos os fluxos de caixa, desde o valor
-161
líquido recebido pela concretização
2 da transação
-161 até os pagamentos todos
feitos ou a serem efetuados3 até a liquidação da transação.
-161
4 -161
5 -161
6 -161
7 -161
8 -161

A Taxa Interna de Retorno (TRI) do fluxo acima é de 9% ao ano. Assim,


embora a taxa nominal seja de 6% a.a., a taxa que será usada para apropriar
os encargos financeiros ao resultado será TIR de 9%.

A planilha de controle fica assim:

Ano Saldo Inicial Efeito na DRE Pagamentos Saldo Final


1 891 80 -161 810
2 810 73 -161 722
3 722 65 -161 626

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 52 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
4 626 56 -161 521
5 521 47 -161 407
6 407 37 -161 283
7 283 25 -161 148
8 148 13 -161 0
TOTAL 397

Muito bem. Os valores que serão apropriados como despesa na DRE somam o
total de 397. Ocorre que, neste total, estão os juros de 6% ao ano (encargos
nominais) e os custos de transações. Para controlar e contabilizar corretamente,
precisamos separar os juros dos custos de transações.

O valor total pode ser separado facilmente, pois sabemos que os custos de
transações são de $ 109. Mas para separar mês a mês, precisamos calcular os
juros, conforme abaixo:

Ano Saldo Inicial Juros 6% Pagamentos Saldo Final


1 1000 60 -161 899
2 899 54 -161 792
3 792 48 -161 678
4 678 41 -161 558
5 558 33 -161 431
6 431 26 -161 295
7 295 18 -161 152
8 152 9 -161 0
TOTAL 288

Partimos do valor nominal da captação e calculamos os juros nominais de 6%.


Assim, temos o valor mensal dos juros. O valor mensal dos custos de transação
sai por diferença:

Ano Efeito na DRE Juros 6% Custos de transações


1 80 60 20
2 73 54 19
3 65 48 17
4 56 41 16
5 47 33 13
6 37 26 11
7 25 18 8
8 13 9 4
TOTAL 397 288 108

No Pronunciamento, a tabela aparece dessa forma, em milhares, e a


contabilização aparece com o valor completo.

Contabilização no final do período 1:

Apropriação dos encargos financeiros:

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 53 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
D– Encargos Financeiros (DRE) $ 80.217,43
Despesas financeira juros $ 60.000,00
Amortização de custos $ 20.217,43

C– Empréstimos e financiamentos $ 60.000,00


C– Custos a amortizar $ 20.217,43

Fim do período 1 – Parcela de pagamento do empréstimo:

D– Empréstimos e financiamentos $ 161.035,94


Pagamento de juros ($ 60.000,00)
Amortização do principal ($ 101.035,94)

C– Caixa $ 161.035,94

Apresentação no Balanço, no Passivo, fim do período 1:

Empréstimos e financiamentos $ 810.486,31

Ou, analiticamente

Empréstimos e financiamentos $ 898.964,06 (1)


(-) Custos a amortizar ($ 88.477,75 (2))

$ 810.486,31 (3)

Destacamos os valores (1) e (3) nas planilhas, acima, em negrito.

E o valor de 88.477,75 é calculado da seguinte forma:

Custo de transação: $108.695,18.


(-) custo amortizado ($ 20.217,43)

(=) Custo a amortizar $ 88.477,75

OBS 1: Não se preocupem com os cálculos da planilha de controle. A questão


deverá fornecê-la ou pedir algo fácil de calcular, como os juros do primeiro ou
do segundo ano. Simplesmente não dá tempo para calcular a tabela de controle
inteira, na mão. O importante é entender a forma de cálculo.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 54 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano

8. QUESTÕES COMENTADAS

1. (UEPA/Sec. de Administração/Téc. em Contabilidade/PA/2011) O


Art. 176 da Lei 6.404/76, com as alterações introduzidas pelas Leis
11.638/2007 e 11.941/2009, determina que ao fim de cada exercício social, a
diretoria deve elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as
seguintes demonstrações financeiras:

a. Balanço patrimonial; Demonstração das mutações do patrimônio líquido;


Demonstração do resultado do exercício; Demonstração dos fluxos de caixa;
e Demonstração do valor adicionado.
b. Balanço patrimonial; Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
Demonstração do resultado do exercício; Demonstração dos fluxos de caixa
(companhia aberta e companhia fechada com patrimônio líquido, na data do
balanço, a partir de dois milhões de reais); e Demonstração do valor
adicionado, quando se tratar de companhia aberta.
c. Balanço patrimonial; Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
Demonstração do resultado do exercício; e Demonstração das origens e
aplicações de recursos.
d. Balanço patrimonial; Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
Demonstração do resultado do exercício; e Demonstração das origens e
aplicações de recursos (companhia aberta e companhia fechada com patrimônio
líquido, na data do balanço, superior a um milhão de reais).
e. Balanço patrimonial; Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; Demonstração do resultado
doexercício; Demonstração das origens e aplicações de recursos;
Demonstração dos Fluxos de Caixa; e Demonstração do Valor Adicionado.

Comentários

Segundo a LSA:

Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base
na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações
financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da
companhia e as mutações ocorridas no exercício:

I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos
acumulados; III - demonstração do resultado do
exercício; e
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº
11.638,de 2007)
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela
Lei nº 11.638, de 2007)

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 55 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
§ 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço,
inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à
elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa.

As sociedades por ações podem ser do tipo aberta (quando comercializam


títulos e valor mobiliários no mercado) e fechadas (quando não o fazem).

As demonstrações contábeis são diferentes conforme estejamos frente a um ou


outro tipo societário.

COMPANHIA
DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL ABERTA FECHADA
Balanço Patrimonial X X
Demonstração do Resultado do Exercício X X
Demonstração de Lucros ou Prejuízos
X X
Acumulados
Demonstração dos Fluxos de Caixa X PL > 2 MI
Demonstração do Valor Adicionado X

Gabarito  B.

2. (UEPA/Sec. de Administração/Téc. em Contabilidade/PA/2011) De


acordo com a Lei 6.404/76 e com as alterações introduzidas pelas Leis
11.638/2007 e 11.941/2009, em relação ao Balanço Patrimonial, julgue os itens
abaixo, como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a
alternativa correta.

I. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do


patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a
análise da situação financeira da companhia.
II. No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de
liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: ativo circulante
e ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo,
investimentos, imobilizado e diferido.
III. No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: passivo
circulante; passivo não circulante; e patrimônio líquido, dividido em capital
social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros,
ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
IV. As contas serão classificadas do seguinte modo: no ativo circulante: as
disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente
e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte; no ativo
realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício
seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos
a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no
lucro da companhia, que constituírem negócios usuais na exploração do objeto
da companhia.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 56 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
V. Serão classificados no intangível: os direitos que tenham por objeto bens
incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa
finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.

A sequência correta é:

a. V, V, V, F, V
b. F, F, V, F, V
c. V, F, V, F, F
d. V, F, V, F, V
e. F, V, F, V, F

Comentários

Comentemos item a item...

I. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do


patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o
conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.

Item correto. Literalidade da LSA. V.

II. No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau


de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
ativo circulante e ativo não circulante, composto por ativo realizável a
longo prazo, investimentos, imobilizado e diferido.

Item incorreto. O diferido foi extinto e faltou citar o intangível. F.

III. No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:


passivo circulante; passivo não circulante; e patrimônio líquido,
dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos
acumulados.

Item correto. V.

IV. As contas serão classificadas do seguinte modo: no ativo circulante:


as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social
subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício
seguinte; no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após
o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas,
adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas,
diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que
constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 57 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Item incorreto. No ativo circulante as vendas, adiantamentos, empréstimos, a
coligadas, controladas, sócios, diretores, etc, deve ser não usual. F.

V. Serão classificados no intangível: os direitos que tenham por objeto


bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos
com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.

Item correto. Literalidade da LSA. V.

Gabarito  D.

3. (FCC/Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ/RO/2010) Sobre os


ativos intangíveis gerados internamente pode-se afirmar que:

a) A entidade pode, durante a fase de desenvolvimento e em alguns casos,


identificar um ativo intangível e demonstrar que o mesmo gerará prováveis
benefícios econômicos futuros.
b) Os gastos da empresa, tanto na fase de pesquisa quanto na fase de
desenvolvimento, devem ser reconhecidos no ativo da entidade.
c) As atividades destinadas à obtenção de novos conhecimentos devem ser
reconhecidas no ativo pelo valor do custo.
d) Os gastos com o projeto devem ser considerados como incorridos apenas na
fase de desenvolvimento, quando a entidade não conseguir diferenciar a fase de
pesquisa da fase de desenvolvimento.
e) Os gastos na fase de desenvolvimento, em qualquer situação, devem ser
reconhecidos no resultado.

Comentários

Antes de começarmos a norma que rege os ativos intangíveis, devemos nos


perguntar: O que são ativos intangíveis? A resposta é simples. Podemos dizer,
em linguajar simples, que os intangíveis são aqueles ativos que não têm
existência física. Como exemplos de intangíveis, temos os direitos de
exploração de serviços públicos mediante concessão ou permissão do Poder
Público, marcas e patentes, fundo de comércio adquirido.

Segundo a lei 6.404.

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos


destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade,
inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638, de

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 58 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Por exemplo, um cursinho está sendo vendido. Junto dele há uma lista de 1.000
alunos que o cursinho considera como clientela fiel. Essa clientela será
considerada intangível? Analisemos. É identificável? Sim! São 1.000 alunos.
Gera benefícios futuros? Sim! Gera receitas para a empresa. É controlável? Não.
Não é controlável. Então não devemos considerar como intangível.

Nem todos os itens descritos no item anterior (softwares, patentes) se


enquadram na definição de ativo intangível, ou seja, são identificáveis,
controláveis e geradores de benefícios econômicos futuros.

Atenção! Caso um item abrangido pelo CPC 04 não atenda à definição de ativo
intangível, o gasto incorrido na sua aquisição ou geração interna deve ser
reconhecido como despesa quando incorrido. No entanto, se o item for
adquirido em uma combinação de negócios, passa a fazer parte do ágio
derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) reconhecido na data
da aquisição.

O ágio por expectativa de rentabilidade futura é o excesso de preço pago pela


compra de um empreendimento ou patrimônio sobre o valor de mercado de
seus ativos líquidos.

Vejamos um exemplo.

Suponha que uma empresa seja avaliada pelo valor de mercado em R$


100.000. Todavia, um comprador, interessado no negócio, examinando a
situação da empresa resolve pagar R$ 120.000. Nesta situação temos um
goodwill de R$ 20.000. Não podemos identificar individualmente os itens que
compõem este ágio. O ágio, neste caso, pode ser considerado como o
somatório de vários itens não identificáveis como, por exemplo, capital
intelectual, marca, tecnologia, lealdade dos clientes.

É esta a diferença entre o intangível e o ágio de expectativa futura: o


intangível pode ser reconhecido individualmente, o ágio não.

IMPORTANTE
Passemos à resolução da questão.
Um intangível
Pesquisa será reconhecido
é a investigação original se, cumulativamente,
e planejada realizada atender aos
com a expectativa de
seguintes critérios:
adquirir novo conhecimento e entendimento científico ou técnico.
- Atender ao conceito de intangível, ou seja, ser não monetário
identificável sem substância física;
- Ser identificável, controlável e gerar benefícios futuros.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 60 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Desenvolvimento é a aplicação dos resultados da pesquisa ou de outros
conhecimentos em um plano ou projeto visando à produção de materiais,
dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços novos ou
substancialmente aprimorados, antes do início da sua produção comercial ou do
seu uso.

O Pronunciamento define ainda a seguinte forma de contabilização:

(a) gastos de pesquisa – como despesa quando incorridos;


(b) gastos de desenvolvimento que não atendem aos critérios de
reconhecimento como ativo intangível, previstos no item 56 – como despesa
quando incorridos; e
(c) gastos de desenvolvimento em conformidade com referidos critérios de
reconhecimento do item 56 – contabilizados no Ativo Intangível.

Portanto, os gastos com Pesquisa vão para despesa quando incorridos. Isso é
reforçado pelo item 53, confira:

FASE DE PESQUISA

53. “reconhecido”
Por Nenhum ativo entenda-se
intangível resultante de pesquisa
“reconhecido (ouintangível,
como ativo da fase de contabilizado
pesquisa de
projeto interno) deve
no ativo, ativado.” ser reconhecido. Os gastos com pesquisa (ou da fase de
pesquisa de projeto interno) devem ser reconhecidos como despesa quando
incorridos.
Quanto aos gastos com desenvolvimento, se atenderem a certas condições,
devem ser reconhecidos. Do contrário, não.

Chegamos assim ao gabarito da questão: a) a entidade pode, durante a fase de


desenvolvimento e em alguns casos, identificar um ativo intangível e
demonstrar que o mesmo gerará prováveis benefícios econômicos futuros.

Os critérios para o reconhecimento dos gastos de desenvolvimento como ativo


intangível são:

FASE DE DESENVOLVIMENTO

56. Um ativo intangível resultante de desenvolvimento (ou da fase de


desenvolvimento de projeto interno) deve ser reconhecido somente se a
entidade puder demonstrar todos os aspectos a seguir enumerados:

(a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja
disponibilizado para uso ou venda;
(b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 61 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
capacidade para usar ou vender o ativo intangível;
forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros. Entre outros a

disponibilidade de recursos técnicos, financeiros adequados para concluir seu desenvolvi


eoutrosrecursos
capacidade de mensurar com segurança os gastos intangívelou durante
vender
seuo desenvolvimen
ativo

atribuíveis ao ativo

Analisemos os erros das outras assertivas:

b) os gastos da empresa, tanto na fase de pesquisa quanto na fase de


desenvolvimento, devem ser reconhecidos no ativo da entidade.

Item incorreto. Gastos com pesquisa vão para despesa quando incorridos. E
gastos com desenvolvimento somente são reconhecidos no ativo se atenderem
às seis condições listadas acima. (item 56)

c) as atividades destinadas à obtenção de novos conhecimentos devem ser


reconhecidas no ativo pelo valor do custo.

Item incorreto. O Pronunciamento define pesquisa como “a investigação original


e planejada realizada com a expectativa de adquirir novo conhecimento e
entendimento científico ou técnico”.

E os gastos com pesquisa vão para despesa, quando incorridos.

d) os gastos com o projeto devem ser considerados como incorridos apenas na


fase de desenvolvimento, quando a entidade não conseguir diferenciar a fase de
pesquisa da fase de desenvolvimento.

Item incorreto. Os gastos devem ser considerados como incorridos conforme o


princípio da competência. E se a empresa não conseguir diferenciar a fase de
pesquisa da fase de desenvolvimento, deve considerar os gastos do projeto
como despesa, pelo princípio da Prudência.

e) os gastos na fase de desenvolvimento, em qualquer situação, devem ser


reconhecidos no resultado.

Item incorreto. Os gastos na fase de desenvolvimento devem ser reconhecidos


no resultado apenas se não atenderem aos critérios do item 56 acima. Do
contrário, serão reconhecidos no ativo Intangível.

Gabarito  A.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 62 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano

4. (FCC/Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ/RO/2010) A Cia.


Exatos, empresa de consultoria contábil iniciou suas atividades em 01.12.x9,
com um capital social de R$ 100.000,00, sendo R$ 60.000,00 integralizados em
dinheiro e R$ 40.000,00 a serem integralizados no mês de janeiro. Durante o
mês de dezembro de X9, ocorreram os seguintes fatos contábeis:

Aquisição, a prazo, de material de consumo R$ 6.000,00


Pagamento de assinatura de jornal em 31/12/X9 R$ 1.000,00
Compra de equipamentos para pagamento em 35 dias sem juros R$ 40.000,00
Pagamento a fornecedores de material de consumo R$ 2.000,00
Recebimento de adiantamento de clientes por serviços contratados a serem
prestados em 40 dias R$ 36.000,00
Reconhecimento da despesa com salários e pró-labore para pagamento em
janeiro de X10 R$ 48.000,00
Aplicação financeira em 31/12/X9 R$ 20.000,00
Serviços prestados a clientes para recebimento em 60 dias R$ 85.000,00
Reconhecimento e pagamento de despesas gerais R$ 5.000,00
Obtenção de empréstimos bancários de longo prazo R$ 28.000,00
Compra à vista de um imóvel R$ 75.000,00

O valor total do Ativo da Cia. Exatos, em 31/12/X9 era, em reais,

(A) 220.000,00
(B) 248.000,00
(C) 269.000,00
(D) 288.000,00
(E) 296.000,00

Comentários

Na constituição da empresa

D – Caixa (+ Ativo) 60.000,00


D – Capital social a integralizar (- PL) 40.000,00
C – Capital Social (+ PL) 100.000,00

Aquisição, a prazo, de material de consumo R$ 6.000,00

D – Estoque de material de consumo (+ Ativo) 6.000,00


C – Fornecedores (+ PC) 6.000,00

Pagamento de assinatura de jornal em 31/12/X9 R$ 1.000,00

D – Despesas antecipadas (+ Ativo) 1.000,00


C – Caixa (- Ativo) 1.000,00

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 63 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano

Compra de equipamentos para pagamento em 35 dias sem juros R$


40.000,00

D – Equipamentos (+ Ativo) 40.000,00


C – Financiamentos a pagar (+ Passivo) 40.000,00

Pagamento a fornecedores de material de consumo R$ 2.000,00

D – Fornecedores (- Passivo) 2.000,00


C – Caixa (- Ativo) 2.000,00

Recebimento de adiantamento de clientes por serviços contratados a


serem prestados em 40 dias - R$
36.000,00

D – Caixa (+ Ativo) 36.000,00


C – Adiantamento de clientes (+ Passivo) 36.000,00

Reconhecimento da despesa com salários e pró-labore para pagamento


em janeiro de X10 R$
48.000,00

D – Despesas com salários (Resultado) 48.000,00


C – Salários a pagar (Passivo) 48.000,00

Aplicação financeira em 31/12/X9 R$ 20.000,00

D – Aplicações financeiras (+ Ativo) 20.000,00


C – Caixa (- Ativo) 20.000,00

Serviços prestados a clientes para recebimento em 60 dias R$


85.000,00

D – Clientes (+ Ativo) 85.000,00


C – Receita de serviços (Resultado) 85.000,00

Reconhecimento e pagamento de despesas gerais R$ 5.000,00

D – Despesas (Resultado) 5.000,00


C – Caixa (- Ativo) 5.000,00

Obtenção de empréstimos bancários de longo prazo R$ 28.000,00

D – Bancos (+ Ativo) 28.000,00


C – Empréstimos a pagar (PNC) 28.000,00

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 64 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Compra à vista de um imóvel R$ 75.000,00

D – Imóvel (+ Ativo) 75.000,00


C – Caixa (- Ativo) 75.000,00

Agora, resta somar o que tem relação com o ativo: 60.000 + 6.000 + 1.000 –
1.000 + 40.000 – 2.000 + 36.000 + 20.000 – 20.000 + 85.000 – 5.000 +
28.000 + 75.000 – 75.000 = R$ 248.000,00.

Gabarito  B.

5. (FCC/Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ/RO/2010) Para


atender às necessidades de informações de usuários da contabilidade, o
Balanço Patrimonial possui uma estrutura própria em que as contas contábeis
são classificadas em grupos e subgrupos. Em relação a este assunto, considere:

I – O terreno onde funciona o estacionamento para os funcionários da empresa


é um Ativo Imobilizado.
II – Os títulos do tesouro nacional com vencimento em oito anos, mas
disponíveis para venda pela empresa, devem ser classificados no Ativo
Circulante.
III – As ações de outras empresas, cuja intenção da administração é vendê-las
em até 3 anos, devem ser classificadas em Investimentos.
IV – O valor do adiantamento a fornecedores de matéria-prima pode ser
classificado como Ativo Circulante.
V – As subvenções governamentais para investimentos são consideradas
Reserva de Capital.

Está correto o que se afirma APENAS em:

a) III e V;
b) I e II;
c) I, II e IV;
d) II, III e IV;
e) II, IV e V.

Comentários

Vejamos o teor da Lei das Sociedades por Ações:

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do


exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do
exercício seguinte;

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 65 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do
exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou
empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores,
acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem
negócios usuais na exploração do objeto da companhia;
III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e
os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que
não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa;
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos
destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou
exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que
transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação
dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos
destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa
finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº

Passemos às assertivas.

I – O terreno onde funciona o estacionamento para os funcionários da


empresa é um Ativo Imobilizado.

A banca considerou que este terreno está sendo utilizado para as atividades de
manutenção da empresa. Item correto.

II – Os títulos do tesouro nacional com vencimento em oito anos, mas


disponíveis para venda pela empresa, devem ser classificados no Ativo
Circulante.

Neste caso se trata de aplicação financeira disponível para venda. O prazo de 8


anos é irrelevante. O que devemos considerar é que a empresa mantém a
aplicação como disponível para venda, devendo avaliá-la a valor justo (LSA, art.
183, a). Item correto.

III – As ações de outras empresas, cuja intenção da administração é


vendê-las em até 3 anos, devem ser classificadas em Investimentos.

Errado. Se houver intenção de venda a longo prazo, a classificação deve ser


feita em Ativo Realizável a Longo Prazo. Para classificarmos como
Investimentos, a intenção deve ser de permanência.

IV – O valor do adiantamento a fornecedores de matéria-prima pode


ser classificado como Ativo Circulante.

O item está correto também segundo o artigo 175, I, classificamos no ativo


circulante as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 66 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício
seguinte (chamadas de despesas antecipadas, que é o caso da nossa questão).

V - As subvenções governamentais para investimentos são


consideradas Reserva de Capital.

Errado. Com as mudanças provenientes das Leis 11.638 e 11.941, passaram a


figurar como conta de resultado. Posteriormente, a empresa poderá constituir
reserva de lucros específica, com o valor da subvenção, para se desonerar do
Imposto de Renda.

O gabarito, portanto, é a letra c.

Gabarito  C.

6. (FCC/Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ/RO/2010) As


empresas de capital aberto são obrigadas a publicar e divulgar o conjunto de
informações contábeis. Sobre este assunto, considere:

I – As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros


quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento
da situação patrimonial e dos resultados do exercício.
II – O relatório anual da administração deve relacionar os investimentos da
companhia em sociedades coligadas e controladas e mencionar as modificações
ocorridas durante o exercício.
III – As notas explicativas devem divulgar as informações exigidas pelas
práticas contábeis adotadas pelo Brasil que não estejam apresentadas em
nenhuma outra parte das demonstrações financeiras.
IV – As notas explicativas devem indicar os ônus reais constituídos sobre
elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras
responsabilidade eventuais ou contingentes.
V – A realização de auditoria das demonstrações contábeis e emissão de
parecer sobre sua adequação quanto às normas e práticas contábeis adotadas
no Brasil é de competência do Conselho Fiscal.

Está correto o que se afirmar APENAS em


a) I, II, III e IV;

b) III e V;
c) II, IV e V;
d) I, III e IV;
e) I, II e IV.

Comentários

Falaremos um pouco sobre as notas explicativas.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 67 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Além das Demonstrações Financeiras (Balanço Patrimonial, DRE, DMPL, DFC,
DVA), são necessárias outras informações complementares para enriquecer os
relatórios e evitar que os mesmos se tornem enganosos.

Essas informações são veiculadas para auxiliar o usuário das Demonstrações


Financeiras a entendê-las melhor. Visam apresentar esclarecimentos aos
usuários externos.

As explicações devem ser relevantes quantitativa e qualitativamente, e podem


estar na forma descritiva, na forma de quadros analíticos suplementares ou em
outras formas.

Normalmente, tais explicações são feitas através das Notas Explicativas, que
acompanham as Demonstrações Financeiras.

A Lei 6404/76 estabelece que:

Artigo 176. § 4º As demonstrações serão complementadas por notas


explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis
necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do
exercício.

§5º As notas explicativas devem: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações


financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para
negócios e eventos significativos; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no
Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das
demonstrações financeiras; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações
financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e
(Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
IV – indicar: (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais,
especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão,
de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para
atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo; (Incluído pela
Lei nº 11.941, de 2009)
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247,
parágrafo único); (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações
(art. 182, § 3o ); (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a
terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; (Incluído pela
Lei nº 11.941, de 2009)

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 68 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a
longo prazo; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
f) o número, espécies e classes das ações do capital social; (Incluído pela Lei nº
11.941, de 2009)
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; (Incluído
pela Lei nº 11.941, de 2009)
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e (Incluído pela Lei nº
11.941, de 2009)
i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham,
ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados
futuros da companhia. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
Portanto, as Notas Explicativas, quando bem elaboradas, constituem informação
essencial para o correto entendimento e utilização das Demonstrações
Financeiras.

Analisemos as assertivas:

I – As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros


quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento
da situação patrimonial e dos resultados do exercício.

Correto. Artigo 176, §4º.

II – O relatório anual da administração deve relacionar os investimentos da


companhia em sociedades coligadas e controladas e mencionar as modificações
ocorridas durante o exercício.

Esse item também está correto. Reproduz a literalidade do artigo 243 da LSA.

III – As notas explicativas devem divulgar as informações exigidas pelas


práticas contábeis adotadas pelo Brasil que não estejam apresentadas em
nenhuma outra parte das demonstrações financeiras.

Correto também. LSA, artigo 176, §5º, II.

IV – As notas explicativas devem indicar os ônus reais constituídos sobre


elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras
responsabilidade eventuais ou contingentes.

Correto também. LSA, artigo 176, §5º, IV, d.

V – A realização de auditoria das demonstrações contábeis e emissão de


parecer sobre sua adequação quanto às normas e práticas contábeis adotadas
no Brasil é de competência do Conselho Fiscal.

Segundo o artigo 177, § 3o, as demonstrações financeiras das companhias


abertas observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 69 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores
independentes nela registrados. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
Item incorreto.

Gabarito  A.

7. (FCC/Contador/ALESP/2011) O valor estabelecido como representativo


da parcela de participação do sócio na empresa, mas ainda não entregue em
dinheiro, é evidenciado na conta

(A) Capital Social.


(B) Capital Social Autorizado.
(C) Capital Social Vinculado.
(D) Capital Social a Integralizar.
(E) Capital Social a Reduzir.

Comentários

O capital social é o grupo do PL composto pelas ações subscritas na constituição


da sociedade ou com o aumento de capital. É dividido em capital social e capital
social a realizar. A lei das S.A´s dispõe que:

AArt.
Lei 182. A conta
das S.A´s do capital
prescreve quesocial discriminará mínima
a integralização o montante
é de subscrito e,
10% do capital
por dedução, a parcela ainda não realizada.
social. As ações podem ser subscritas em dinheiro ou quaisquer bens
suscetíveis de avaliação em dinheiro.

Exemplo. Se a empresa X fosse constituída com um capital social de R$


100.000,00, totalmente integralizado, o lançamento seria:

D – Caixa 100.000,00 (Ativo)


C – Capital Social 100.000,00 (PL)

Todavia, caso apenas metade deste valor fosse integralizado, o lançamento, no


momento da constituição da sociedade seria:

D – Caixa 50.000,00 (Ativo)


D – Capital Social a Realizar 50.000,00 (- PL)
C – Capital Social 100.000,00 (PL)

Com a integralização posterior do restante do capital, o lançamento correto será


o seguinte:

D – Caixa 50.000,00 (Ativo)

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 70 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
C – Capital Social a Realizar 50.000,00 (PL)

Gabarito  D.

8. (FCC/Contador/ALESP/2011) Na evidenciação do patrimônio da entidade,


os Ativos são classificados nos seguintes grupos:

(A) Circulantes, Realizável a Longo Prazo e Permanente.


(B) Circulantes, Não Circulantes, Imobilizados e Diferido.
(C) Circulantes e Não Circulantes.
(D) Circulantes, Não Circulantes, Investimentos e Imobilizados.
(E) Circulantes, Realizável a Longo Prazo, Investimentos e Imobilizados.

Comentários

O ativo registra os bens e direitos da empresa e pode ser dividido hoje


basicamente em circulante e não circulante.

Segundo a lei 6.404/76:

OArt. 178.
nosso No balanço,
gabarito, as contas
portanto, serão
é a letra C. classificadas segundo os elementos do
patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a
análise dasituação
Gabarito C. financeira da companhia.
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de
liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
I – ativo
9. circulante; e (Incluído pela LeiPara
(FCC/Contador/ALESP/2011) nº 11.941, de 2009) de um ativo é
determinação
necessário avaliar a capacidade que este bem ou realizável
II – ativo não circulante, composto por ativo direito tema na
longo prazo,
geração de
investimentos,
benefícios imobilizado
econômicos e intangível.
futuros. (Incluído
Desta forma, pela se
NÃO Lei deve
nº 11.941, de 2009)
considerar para
determinação de um ativo se ele

(A) é usado isoladamente ou em conjunto com outros ativos na produção de


mercadorias e serviços a serem vendidos pela entidade.
(B) pode ser trocado por outros ativos.
(C) pode ser usado para liquidar um passivo.
(D) pode ser distribuído aos proprietários da empresa.
(E) tem substância física e pode ser negociado.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 71 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Comentários

Esta questão foi copiada diretamente do Pronunciamento CPC 00 – Estrutura


Conceitual para a Elaboração e Apresentação de Demonstrações Contábeis,
confira:

4.10. Os benefícios econômicos futuros de um ativo podem fluir para a entidade


de diversas maneiras. Por exemplo, um ativo pode ser:

(a) usado isoladamente ou em conjunto com outros ativos na produção de


mercadorias e serviços a serem vendidos pela entidade;
(b) trocado por outros ativos;
(c) usado para liquidar um passivo; ou
(d) distribuído aos proprietários da entidade.

4.11. Muitos ativos, por exemplo, máquinas e equipamentos industriais, têm


uma substância física. Entretanto, substância física não é essencial à
existência de um ativo; dessa forma, as patentes e direitos autorais, por
exemplo, são ativos, desde que deles sejam esperados benefícios econômicos
futuros para a entidade e que eles sejam por ela controlados.

O erro da alternativa e é a afirmação “tem substância física”, porquanto não é


essencial ele ter substância física. Ativos intangíveis são definidos, por exemplo,
como ativos sem substância física. Exemplifique-se: são intangíveis as marcas,
patentes, concessão de direito de exploração de uma mina.

Gabarito  E.

10. (FCC/Auditor Fiscal/ISS SP/2012) Considere os itens patrimoniais, a


seguir, de uma sociedade anônima de capital aberto:

I. Ações de outras empresas em que não há intenção de vendas.


II. Ações adquiridas de sua própria emissão.
III. Financiamento a ser pago em 15 meses após a data do Balanço Patrimonial.

O itens I, II e III são classificados, respectivamente, como:

(A) ativo realizável a longo prazo, ativo não circulante investimentos e passivo
não circulante.
(B) ativo não circulante - aplicação financeira, ativo não circulante
investimentos e passivo não circulante.
(C) ativo circulante, ativo não circulante aplicação financeira e passivo não
circulante.
(D) ativo não circulante − investimentos, patrimônio líquido e passivo não
circulante.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 72 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
(E) ativo não circulante − investimentos, patrimônio líquido e passivo
circulante.

Comentários

Classifiquemos.

I. Ações de outras empresas em que não há intenção de vendas.

Como se trata de participação permanente em outra sociedade, a classificação


deve se dar como ativo não circulante investimentos.

II. Ações adquiridas de sua própria emissão.

As ações adquiridas de emissão da própria empresa são ações em tesouraria,


conta que retifica o patrimônio líquido.

III. Financiamento a ser pago em 15 meses após a data do Balanço


Patrimonial.

Como este financiamento se dará para pagamento em 15 meses, sua


classificação é no longo prazo, isto é, passivo não circulante.

Gabarito  D.

11. (FCC/Auditor Fiscal/ISS SP/2012) Em 30/12/X1, a empresa Beta,


sociedade anônima de capital aberto, fez uma captação de recursos, via
debêntures, cujo valor de emissão foi R$ 2,2 milhões com taxa de juros anual
contratada de 5,0% e com prazo de 10 anos. Para isso, incorreu em custos de
transação no montante de R$ 100 mil pagos em 30/12/X1. Todavia, dadas as
condições vantajosas em relação ao mercado, houve prêmio na emissão das
debêntures de R$ 200 mil.

Com base nessas informações, a empresa Beta reconheceu, em 30/12/X1,

(A) ativo de R$ 2,1 milhões.


(B) despesa financeira de R$ 100 mil.
(C) passivo de R$ 2,3 milhões.
(D) receita financeira de R$ 200 mil.
(E) reserva de capital de R$ 200 mil.

Comentários

A contabilização dos prêmios na emissão de debêntures foi alterada. Antes das


alterações contábeis, ia direto para o PL, como Reserva de Capital.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 73 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Hodiernamente, os prêmios na emissão de debêntures transitam pelo Resultado
do Exercício. Depois, para que não tenham efeito fiscal (pagamento de IR), a
empresa poderá constituir Reserva Específica de Prêmio de debêntures. Essa é
uma Reserva de Lucro, pois os valores passaram pelo resultado do exercício.

O lançamento pela emissão de debêntures, com ágio, se dá do seguinte modo


(desconsiderando quaisquer outras informações).

D – Caixa (Ativo)
C - Debêntures a pagar (Passivo)
C – Prêmio a amortizar (Passivo)

Pela apropriação do Prêmio ao resultado.

D - Prêmio a amortizar (Passivo)


C – Receita de Prêmio de Debêntures (Resultado)

Portanto, parte da questão será resolvida com os lançamentos acima. Já os


custos das transações, dispõe o CPC 08.

CONTABILIZAÇÃO DA CAPTAÇÃO DE RECURSOS DE TERCEIROS


A contabilização dos custos desta transação pode ser feito pelo intermédio do
11. O registro
seguinte do montante inicial dos recursos captados de terceiros,
lançamento:
classificáveis no passivo exigível, deve corresponder ao seu valor justo líquido
Ddos custosdede
– Custos transação
transação diretamente
a amortizar atribuíveis
(redutora à emissão do passivo
do passivo)
financeiro.
C – Caixa (ativo)

Portanto, na nossa questão, ficamos assim:

Valor recebido pelas debêntures: 2.200.000,00 + 200.000,00.


Valor dos custos na emissão dessas debêntures: 100.000,00.
Valor líquido que entrou em caixa: 2.300.000,00 [2.400.000,00 – 100.000,00].

A contabilização vai ficar, pois, assim:

D – Caixa (ativo) 2.300.000,00


D – Custo da transação a apropriar (retificadora passivo) 100.000,00
C – Debêntures a resgatar (passivo) 2.200.000,00
C – Prêmio na emissão de debêntures (passivo) 200.000,00

Os custos de transação e o prêmio devem ser apropriados ao resultado pró rata


temporis, por competência.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 74 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano

Analisemos agora as assertivas:

(A) ativo de R$ 2,1 milhões.

Errado. O ativo reconhecido foi de R$ 2,3 milhões.

(B) despesa financeira de R$ 100 mil.

Errado. A despesa financeira vai ser reconhecida conforme o regime de


competência, em contrapartida ao custo de transação.

(C) passivo de R$ 2,3 milhões.

Correto. Este é o saldo do passivo a ser reconhecido.

(D) receita financeira de R$ 200 mil.

Errado. O prêmio é reconhecido no passivo, sendo apropriado ao resultado pelo


regime de competência.

(E) reserva de capital de R$ 200 mil.

Errado. O prêmio recebido na emissão de debêntures deixou de ser reserva de


capital.

Gabarito  C.

12. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE/AP/2012) Analise a tabela


abaixo.

Tabela de expectativas processuais

Com base nos dados da tabela, fornecidos pelo advogado da empresa Avante
S.A. e considerando as condições estabelecidas nas normas contábeis vigentes
para constituição das provisões contingenciais, a empresa deve provisionar:

(A) R$ 1.300.000,00.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 75 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
(B) R$ 1.850.000,00.
(C) R$ 800.000,00.
(D) R$ 1.050.000,00.
(E) R$ 300.000,00.

Comentários

De acordo com o Pronunciamento Contábil 25 do CPC: provisão é um passivo


de prazo ou de valor incertos.

Ainda:

14. essas
Se Uma provisão devenão
condições ser reconhecida quando: nenhuma provisão deve ser
forem satisfeitas,
reconhecida.
(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada)
como resultado de evento passado;
23.
Assim,Para
(b) seja que um que
naprovável
questão, passivo
será se
deveremos qualifique
necessária uma
provisionarpara reconhecimento,
osaída de recursos
montante de R$ queé necessário
1.300.000,00,
haver não
a: somente
incorporam
relativos uma
benefícios obrigaçãopara
econômicos presente,
liquidarmas também aeprobabilidade de
a obrigação;
saída de recursos que incorporam benefícios econômicos
(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.para liquidar essa
obrigação.
Processo Para a finalidade
trabalhista desta Norma,
(horas extras) uma saída- de
- R$ 500.000,00 recursos ou
Probabilidade de outro
perda
evento é considerado como provável se o evento for mais provável que
58%
sim do que
Processo não de
tributário ocorrer,
discussão da isto é, se a probabilidade
constitucionalidade do COFINSde- que o evento
R$ 800.000,00
-ocorrerá for de
Probabilidade maior
perdado
85%que a probabilidade de isso não acontecer.
Quando não for provável que exista uma obrigação presente, a
entidade
Os divulga
outros itens um passivo
deverão contingente,
ser divulgados em notas a menos que a possibilidade
explicativas como passivos
de saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja
contingentes.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 76 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Processo trabalhista (assédio moral) - R$ 300.000,00 - Probabilidade de perda
45%
Processo civil (danos corporais) - R$ 250.000,00 - Probabilidade de perda 30%

Gabarito  A.

13. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE/AP/2012) A empresa


Desatualizada S.A., de capital fechado, tem seu Patrimônio composto da
seguinte forma:

Patrimônio Líquido R$ 2.700.000,00

Capital Social R$ 1.000.000,00


Reserva de Lucros − Contingências R$ 200.000,00
Reserva de Lucros − Incentivos Fiscais R$ 150.000,00
Reserva de Lucros − Lucros Acumulativos R$ 1.350.000,00

Fundamentado na lei no 11.638/07, esta empresa:

(A) está com seu Patrimônio Líquido adequado.


(B) deve destinar a totalidade de seus lucros acumulados.
(C) deve destinar o valor de R$ 350.000,00 que ultrapassa o capital social.
(D) deve destinar o valor de R$ 150.000,00, pois os lucros acumulados
ultrapassam o capital social mais as reservas de lucros para contingências.
(E) deve destinar o valor de R$ 200.000,00, pois os lucros acumulados
ultrapassam o capital social.

Comentários

Segundo a Lei 6.404/76, com a nova redação dada pela Lei 11.638/2007:
Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de
incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social.
Atingindo esse limite, a assembléia deliberará sobre aplicação do excesso na
integralização ou no aumento do capital social ou na distribuição de
dividendos. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

Portanto, as reservas de lucros não extrapolam o capital social.

Sobre a conta lucros acumulados, que a Fundação Carlos Chagas teve a


infelicidade de chamar de Lucros Acumulativos, o seu saldo está correto.
Segundo a Orientação Técnica n. 02 do CPC:

Lucros Acumulados

115. A obrigação de essa conta não conter saldo positivo aplica-se unicamente às socied

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 77 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
social terminado a partir de 31 de dezembro de 2008. Assim, saldos nessa conta pr

116. Essa conta continua nos planos de contas, e seu uso continua a ser feito para receb

Portanto, como essa conta continua existindo para dar posterior destinação ao
lucro, não há óbice a sua existência. A banca pecou somente em nominá-la de
Reserva de Lucro – Lucros Acumulativos.

Gabarito  A.

14. (FCC/Agente de Fiscalização Financeira/TCE/SP/2012) Em relação


às alterações promovidas nas Normas de Contabilidade brasileiras pelas Leis no
11.638/2007 e 11.941/2009 e pelos pronunciamentos do Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC), é correto afirmar:

(A) Os arrendamentos (leasings) operacionais foram proibidos, devendo a


entidade escriturar o valor do ativo, mesmo não lhe pertencendo do ponto de
vista jurídico, na contabilidade e depreciá-lo normalmente no decorrer de sua
vida útil estimada.
(B) É permitido à entidade constituída na forma de uma sociedade por ações
reavaliar o valor de seus ativos imobilizados, desde que fundamentado em
laudo de empresa especializada, aprovado pela assembleia geral dos acionistas.
(C) O grupo Ativo Diferido foi extinto, sendo o saldo de suas contas transferido,
no que couber, para os grupos Ativo Imobilizado e para o Ativo Intangível e a
parte remanescente, após a reclassificação, poderá ser mantida pela companhia
até sua completa amortização.
(D) O grupo de Resultado de Exercícios Futuros foi extinto, sendo o saldo de
suas contas encerrado com a contrapartida registrada na conta de Lucros ou
Prejuízos Acumulados.
(E) Os prêmios recebidos na emissão de debêntures são registrados, a partir de
1o de janeiro de 2008, a débito do Ativo e a crédito de uma conta
representativa de reservas de capital.

Comentários

(A) Os arrendamentos (leasings) operacionais foram proibidos,


devendo a entidade escriturar o valor do ativo, mesmo não lhe
pertencendo do ponto de vista jurídico, na contabilidade e depreciá-lo
normalmente no decorrer de sua vida útil estimada.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 78 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Item incorreto. O CPC 06, que trata de arrendamento, não proíbe arrendamento
operacional, e o define como o arrendamento que não transfere
substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade, não
sendo assim "ativados", mas tão-somente contabilizados como despesas, no
arrendatário.

(B) É permitido à entidade constituída na forma de uma sociedade por


ações reavaliar o valor de seus ativos imobilizados, desde que
fundamentado em laudo de empresa especializada, aprovado pela
assembleia geral dos acionistas.

Item incorreto. Antes das alterações da Lei das S.A´s, havia no patrimônio
líquido a conta Reserva de Reavaliação. Esta conta foi suprimida, surgindo
então o ajuste de avaliação patrimonial. Contudo, não se trata de mera
alteração de nome.

A reavaliação que se aplicava aos bens tangíveis do ativo permanente e que


poderia ser ou não realizada, a bel-prazer dos acionistas, deixou de existir.

Ademais, o ajuste de avaliação patrimonial serve tanto para aumentar


como para reduzir valores de ativos e de passivos, enquanto que a
reavaliação servia apenas para o aumento de bens do permanente.

(C) O grupo Ativo Diferido foi extinto, sendo o saldo de suas contas
transferido, no que couber, para os grupos Ativo Imobilizado e para o
Ativo Intangível e a parte remanescente, após a reclassificação, poderá
ser mantida pela companhia até sua completa amortização.

Item correto. Segundo a redação anterior da Lei 6.404/76, o diferido era


subgrupo do ativo, nos seguintes termos:

V – no
Eram diferido:
contas as despesas
classificadas pré-operacionais e os gastos de reestruturação
no diferido:
que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um
-exercício
Gasto comsocial e que enão
pesquisa configurem tão-somente
desenvolvimento uma redução de custos ou
de novos produtos;
-acréscimo
Gastos com nareorganização
eficiência operacional;
societária; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de
2007).
- Gastos com reestruturação;
- Gastos pré-operacionais.

Duas eram as condições para que os gastos com reestruturação fizessem parte
do diferido:

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 79 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
1) Contribuir para o aumento do resultado de dois ou mais exercícios; e
2) Não configurar apenas uma redução de custos ou acréscimo na eficiência
operacional.

O diferido foi extinto com as modificações recentes ocorridas na contabilidade


(MP 449 convertida na Lei 11.941/09).

Segundo o CPC 13 – Adoção inicial da Lei 11.638/2007 e 11.941/2009 (item


20), os saldos porventura existentes deste grupo patrimonial devem ser
alocados a outro grupo no balanço patrimonial.

Não havendo essa possibilidade, ficam no ativo diferido até sua completa
amortização ou, alternativamente, podem ser baixados à conta de lucros ou
prejuízos acumulados, do patrimônio líquido.

Com fulcro na MP 449:

“Art. 299-A.
Portanto, casoOpermaneça
saldo existente em 31
no ativo de dezembro
diferido, a conta de 2008
estará no ativo
sujeita diferido
ao teste de
que, pela sua
recuperabilidade. natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas,
poderá permanecer no ativo sob essa classificação até sua completa
amortização,
(D) O gruposujeito à análise sobre
de Resultado a recuperação
de Exercícios de que
Futuros foitrata o § 3o
extinto, do art.o
sendo
saldo de suas contas encerrado com a contrapartida registrada na
conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados.

Item incorreto. O subgrupo resultado de exercícios futuros deixou de existir.


Segundo a Lei 6.404/76:

Art.Os
(E) 299-B. O saldo
prêmios existente
recebidos no resultado
na emissão de exercíciosão
de debêntures futuro em 31 dea
registrados,
dezembro
partir de de
de 1o 2008 deveráde
janeiro ser2008,
reclassificado
a débitopara
do oAtivo
passivo
e anão circulante
crédito em
de uma
conta representativa de receita diferida.
conta representativa de reservas de capital.

Item incorreto. O Prêmio na emissão de debêntures era classificado como


reserva de capital. Com o advento da Lei n° 11.638 e 11.941, ele passou a ser
apropriado ao resultado como receita, conforme o regime de competência.

Quando o preço da debênture supera o seu valor nominal, teríamos, à visão da


legislação antiga, uma reserva de capital a ser registrada, chamada Reserva de

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 80 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Prêmio na Emissão de Debêntures. Isso ocorre quando as condições como
juros, garantias e outras vantagens forem atraentes para os investidores.

Se uma empresa lançasse debêntures a R$ 1,00, num vulto de 10.000


debêntures, com resgate em 10 anos encontrando investidores que pagassem
R$ 1,50 pelo referido título, lançaríamos:

D – Caixa 15.000 (Ativo)


C – Debêntures a pagar 10.000,00 (PNC)
C – Reserva de capital – prêmio na emissão de debêntures 5.000,00 (PL)

Contudo, essa reserva de capital deixou de existir e a mesma situação é agora


registrada da seguinte forma:

D – Caixa 15.000 (Ativo)


C – Debêntures a resgatar 10.000,00 (PNC)
C – Receitas recebidas antecipadamente - 5.000,00 (PNC – Receitas diferidas)

Assim, exemplificando, se o resgate dessas debêntures se dará em 10 anos,


deveremos apropriar ao resultado (utilizando-se do método linear) R$ 500,00
por ano, através do seguinte lançamento:

D - Receitas recebidas antecipadamente - 500,00 (PNC – Receitas diferidas)


C – Receitas financeiras 500,00 (Resultado)

O valor apropriado ao resultado pode ser destinado à formação de reserva


específica de prêmios de debêntures, para evitar a tributação pelo Imposto de
Renda (Lei 11.941/09).

Ressaltamos que é uma faculdade da empresa. Ela pode ou não constituir tal
reserva. Se não constituir, será tributada pelo IR.

A reserva específica de prêmio de debêntures é reserva de lucro, eis que esse


valor transitou pelo resultado do exercício.

Gabarito  C.

15. (FCC/Agente de Fiscalização Financeira/TCE/SP/2012) E A Cia.


Financia Tudo S.A foi constituída, em 30/06/X10, mediante integralização de
100% de seu Capital Social, no valor de R$ 150.000,00, em dinheiro.

Durante o mês de julho de X10, a Cia. realizou as seguintes operações:

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 81 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano

Após o registro das operações acima, o Passivo da Cia. Financia Tudo S.A., em
31/07/X10, era, em reais,

(A) 137.000.
(B) 137.892.
(C) 137.292.
(D) 152.000.
(E) 152.292.

Comentários

Vamos demonstrar a contabilização das operações acima, destacando aquelas


que afetam o passivo:

--- Compra de estoque no valor de R$ 27.000,00 para ser pago em 30 dias,


sem juros:
D – Estoque (Ativo) 27.000,00
C – Fornecedores (Passivo) 27.000,00

--- Recebimento de R$ 15.000,00 de um cliente, para entrega futura de


mercadorias:
D – Caixa/bancos (Ativo) 15.000.00
C –Adiantamento de clientes (Passivo) 15.000,00

---- Compra de um veículo, por meio de arrendamento mercantil financeiro,


para ser pago em 36 prestações mensais de R$ 2.500,00 cada. Se a Cia.
Adquirisse o veículo à vista pagaria R$ 75.000,00.

D – veículo (Ativo Imobilizado) 75.000,00


D – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora do Passivo) 15.000,00
C – Arrendamento Mercantil a pagar (Passivo) 90.000,00

A contabilização inicial do arrendamento mercantil financeiro deve ser realizado


pelo valor justo OU pelo valor presente das prestações, dos dois o menor. Como
a questão não informa o valor presente das prestações, usamos o valor justo.

---- Emissão de 1.000 debêntures a R$ 20,00 cada, com taxa de juros


compostos de 8% ao ano, com prazo de 10 anos e pagamentos anuais de R$

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 82 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
2.981,00. Os custos de transação incorridos e pagos na emissão foram de R$
600,00. Na emissão desses títulos houve prêmio no valor de R$892,00.

A contabilização fica assim:


Caixa/bancos: $20 x 1.000 = 20.000 + 892 prêmio – 600 custos de transação =
20.292

Passivo: $2.981,00 x 10 = $29.810,00

Juros a transcorrer OU ajuste a valor presente (as duas denominações são aceitáveis):
$ 29.810,00 – R$ 20.000,00 = R$ 9.810,00

Contabilização:

D – Caixa/bancos (ativo) 20.292


D – custos a amortizar (Retificadora passivo 9810 + 600) 10.410
C – Debêntures a pagar (passivo) 29.810
C – prêmios a amortizar (Passivo) 892

Poderíamos também separar as contas de custos de transação e dos juros a


transcorrer (ajuste a valor presente sobre a emissão das debêntures):

D – Caixa/bancos (ativo) 20.292


D – Ajuste a valor presente sobre debêntures (ret. Passivo) 9.810
D – Custos de transação a transcorrer (retificadora passivo) 600
C – Debêntures a pagar (passivo) 29.810
C – prêmios a amortizar (Passivo) 892

Agora, só precisamos somar as contas do Passivo:

Fornecedores 27.000,00
Adiantamento de clientes 15.000,00
Arrendamento mercantil a pagar 90.000,00
(-) Encargos financeiros a transcorrer (15.000,00)
Debêntures a resgatar (2.981,00 x 10) 29.810,00
(-) Ajuste a valor presente sobre a emissão de debêntures (9.810,00)
(-) Custos da transação a amortizar (600,00)
Prêmio na emissão de debêntures 892,00
Total do passivo 137.292,00

Gabarito  C.

(FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2007) O enunciado a seguir se refere às


questões de números 16 a 18.

A empresa BARRACÃO S/A, dedicada ao comércio de tecidos, apurou em seu


balancete de encerramento (31/12/2007) os saldos das contas patrimoniais e

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 83 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
de resultado listados no quadro abaixo. Observe que todos os saldos se referem
a 31/12/2007, com exceção da conta “lucros acumulados”, que se refere a
31/12/2006. Considerando que o estagiário ordenou as contas em ordem
crescente dos respectivos saldos, sugere-se organizá-las conforme a estrutura
do Balanço Patrimonial

Para responder às questões de números 1 a 3 que seguem.

provisão para redução das mercadorias a valor de mercado 746,00


provisão para créditos de liquidação duvidosa (referente aos títulos que vencem em dentro de 12 meses) 1.054,00
provisão para créditos de liquidação duvidosa (referente aos títulos que vencem após os 12 primeiros meses) 1.090,00
despesas antecipadas (prazo: após os 12 primeiros meses) 1.790,00
amortização acumulada (das despesas pré-operacionais) 1.800,00
despesas pré-operacionais 2.000,00
empréstimos concedidos (prazo: após os 12 primeiros meses) 4.500,00
ações em tesouraria 5.000,00
despesas antecipadas (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 5.000,00
provisão para contingências trabalhistas (estimativa de pagamento: em dentro dos 12 primeiros meses) 6.500,00
provisão para contingências trabalhistas (estimativa de pagamento: após os 12 primeiros meses) 8.000,00
caixa 10.000,00
empréstimos concedidos a diretores (transações não-operacionais) 10.000,00
reserva para contingências 12.000,00
descontos comerciais e abatimentos 14.850,00
móveis e utensílios (de uso próprio) 15.000,00
receita de equivalência patrimonial 19.950,00
depósitos judiciais (expectativa de decisão terminativa: após os 12 primeiros meses) 20.000,00
terrenos (de uso próprio) 20.000,00
deságio relativo a participações societárias 20.300,00
vendas canceladas 23.000,00
empréstimos obtidos (prazo: após os 12 primeiros meses) 24.000,00
duplicatas descontadas (títulos que vencem em dentro de 12 meses) 25.000,00
impostos a recolher (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 28.500,00
veículos (de uso próprio) 30.000,00
aplicações financeiras (prazo: após os 12 primeiros meses) 32.000,00
impostos parcelados (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 32.000,00
outras aplicações financeiras (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 39.500,00
despesa com imposto de renda e contribuição social sobre o lucro 40.000,00
salários a pagar (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 42.000,00
impostos parcelados (prazo: após os 12 primeiros meses) 42.500,00
aplicações financeiras de imediata realização 45.000,00
empréstimos obtidos (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 45.000,00
reserva legal 48.000,00
despesas financeiras 50.500,00
lucros acumulados (saldo inicial) 51.000,00
duplicatas a receber de clientes (prazo: após os 12 primeiros meses) 54.500,00
prédios e construções (de uso próprio) 60.000,00
fornecedores a pagar (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 64.000,00
bancos conta corrente 78.000,00
estoque de mercadorias 87.400,00
reserva de capital 89.800,00
duplicatas a receber de clientes (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 105.400,00
receita não-operacional 196.000,00
Participações societárias em controladas e coligadas avaliadas pelo método da equivalência patrimonial 300.700,00
capital social 500.000,00
despesa não-operacional 500.000,00
depreciação acumulada 525.000,00
máquinas e equipamentos (de uso próprio) 800.000,00
despesas de comercialização 860.000,00
despesas administrativas 980.700,00
impostos sobre vendas 1.000.000,00

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 84 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
custo das mercadorias vendidas 1.589.400,00
receita bruta 5.000.000,00

16. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2007) O saldo do Ativo Não Circulante,


em 31/12/2007, é:

(A) 804.480,00.
(B) 121.700,00.
(C) 802.300,00.
(D) 803.390,00.
(E) 680.600,00.

Comentários

A banca sugeriu que as contas acima fossem organizadas conforme a estrutura


do Balanço Patrimonial. Não faça isso. Seria apenas uma enorme perda de
tempo. Podemos responder às questões simplesmente identificando as contas e
somando.

Contas do Ativo Não Circulante:

provisão para créditos de liquidação duvidosa (referente aos títulos que vencem após os 12 primeiros meses) 1.090,00 (-)
despesas antecipadas (prazo: após os 12 primeiros meses) 1.790,00 +
amortização acumulada (das despesas pré-operacionais) 1.800,00 (-)
despesas pré-operacionais 2.000,00 +
empréstimos concedidos (prazo: após os 12 primeiros meses) 4.500,00 +
empréstimos concedidos a diretores (transações não-operacionais) 10.000,00 +
móveis e utensílios (de uso próprio) 15.000,00 +
depósitos judiciais (expectativa de decisão terminativa: após os 12 primeiros meses) 20.000,00 +
terrenos (de uso próprio) 20.000,00 +
deságio relativo a participações societárias 20.300,00 (-)
veículos (de uso próprio) 30.000,00 +
aplicações financeiras (prazo: após os 12 primeiros meses) 32.000,00 +
duplicatas a receber de clientes (prazo: após os 12 primeiros meses) 54.500,00 +
prédios e construções (de uso próprio) 60.000,00 +
Participações societárias em controladas e coligadas avaliadas pelo método da equivalência patrimonial 300.700,00 +
depreciação acumulada 525.000,00 (-)
máquinas e equipamentos (de uso próprio) 800.000,00 +
Total.................................................................................................................................................................................. 802.300,00

Gabarito  C.

17. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2007) O saldo do Patrimônio Líquido, em


31/12/2007, é:

(A) 867.800,00.
(B) 841.300,00.
(C) 853.300,00.
(D) 695.800,00.
(E) 861.300,00.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 85 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Comentários

As contas são as seguintes:

ações em tesouraria (5.000,00)


reserva para contingências 12.000,00
descontos comerciais e abatimentos (14.850,00)
receita de equivalência patrimonial 19.950,00
vendas canceladas (23.000,00)
despesa com imposto de renda e contribuição social sobre o lucro (40.000,00)
reserva legal 48.000,00
despesas financeiras (50.500,00)
lucros acumulados (saldo inicial) 51.000,00
reserva de capital 89.800,00
receita não-operacional 196.000,00
capital social 500.000,00
despesa não-operacional (500.000,00)
despesas de comercialização (860.000,00)
despesas administrativas (980.700,00)
impostos sobre vendas (1.000.000,00)
custo das mercadorias vendidas (1.589.400,00)
receita bruta 5.000.000,00
TOTAL 853.300,00

Gabarito  C.

18. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2007) O saldo do Resultado Operacional,


em 31/12/2007, é:

(A) 552.000,00.
(B) 501.500,00.
(C) 532.050,00.
(D) 1.481.550,00.
(E) 481.550,00.

Comentários

descontos comerciais e abatimentos (14.850,00)


receita de equivalência patrimonial 19.950,00
vendas canceladas (23.000,00)
despesas financeiras (50.500,00)
despesas de comercialização (860.000,00)
despesas administrativas (980.700,00)
impostos sobre vendas (1.000.000,00)
custo das mercadorias vendidas (1.589.400,00)
receita bruta 5.000.000,00
TOTAL 501.500,00

Esta questão, contudo, foi anulada.

receita de equivalência patrimonial 19.950,00

A receita de equivalência patrimonial podia ser operacional ou não-operacional.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 86 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Como a questão não esclareceu a natureza da receita de equivalência
patrimonial, foi anulada.

Atente-se para o fato de que, hoje, as receitas não operacionais e despesas não
operacionais são chamadas de outras receitas e outras despesas,
respectivamente.

Gabarito inicial  B
Gabarito definitivo  ANULADA.

A título de complementação, façamos a classificação das contas.

provisão para redução das mercadorias a valor de mercado AC


provisão para créditos de liquidação duvidosa (referente aos títulos que vencem Antes AC; agora
em dentro de 12 meses) PC.
provisão para créditos de liquidação duvidosa (referente aos títulos que vencem Antes ARLP;
após os 12 primeiros meses) agora PNC.
despesas antecipadas (prazo: após os 12 primeiros meses) .. ARLP
empréstimos concedidos (prazo: após os 12 primeiros meses) ARLP
ações em tesouraria PL
despesas antecipadas (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) AC
provisão para contingências trabalhistas (estimativa de pagamento: em dentro
dos 12 primeiros meses) PC
provisão para contingências trabalhistas (estimativa de pagamento: após os 12
primeiros meses) PNC
caixa AC
empréstimos concedidos a diretores (transações não-operacionais) ARLP
reserva para contingências PL
descontos comerciais e abatimentos RESULTADO
móveis e utensílios (de uso próprio IMOBILIZADO
receita de equivalência patrimonial RESULTADO
depósitos judiciais (expectativa de decisão terminativa: após os 12 primeiros
meses) ARLP
terrenos (de uso próprio) IMOBILIZADO
vendas canceladas RESULTADO
empréstimos obtidos (prazo: após os 12 primeiros meses) PNC
duplicatas descontadas (títulos que vencem em dentro de 12 meses) PC
impostos a recolher (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) PC
veículos (de uso próprio) IMOBILIZADO
aplicações financeiras (prazo: após os 12 primeiros meses) ARLP
impostos parcelados (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) PC
outras aplicações financeiras (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) AC
despesa com imposto de renda e contribuição social sobre o lucro RESULTADO
salários a pagar (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) PC
impostos parcelados (prazo: após os 12 primeiros meses) PNC
aplicações financeiras de imediata realização .. AC
empréstimos obtidos (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) PC
reserva legal PL
despesas financeiras RESULTADO
duplicatas a receber de clientes (prazo: após os 12 primeiros meses) ARLP
prédios e construções (de uso próprio) . IMOBILIZADO
fornecedores a pagar (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) PC

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 87 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
bancos conta corrente AC
e toque de mercadoria AC
reserva de capital .. PL
duplicatas a receber de clientes (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) AC
Participações societárias em controladas e coligadas avaliadas pelo método da
equivalência patrimonial INVESTIMENTOS
capital social . PL
depreciação acumulada IMOBILIZADO
máquinas e equipamentos (de uso próprio) IMOBILIZADO
despesas de comercialização RESULTADO
despesas administrativas RESULTADO
impostos sobre vendas. RESULTADO
cu to da mercadoria vendida RESULTADO
receita bruta RESULTADO
amortização acumulada (das despesas pré-operacionais) Extinto
despesas pré-operacionais Extinto
receita não-operacional . Extinto
despesa não-operacional Extinto

ATENÇÃO:

- Deságio relativo a participações societárias : Atualmente, chamado de


“Compra Vantajosa”. Deve ser reconhecido no resultado no momento de sua
ocorrência.
- Lucros acumulados : esta conta continua existindo, mas não pode aparecer
no balanço. Assim, todo o lucro do ano deve ser atribuído às reservas de lucro
ou distribuído como dividendo.

19. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2009) A Cia. Três Corações abriu seu


capital em 2008, por meio de emissão de títulos patrimoniais, autorizada pela
Comissão de Valores Mobiliários. A empresa incorreu em $ 2.000.000 de custos
de transação diretamente atribuíveis à emissão efetuada.

De acordo com o CPC 08, aprovado pelo CFC, esse valor deve ser reconhecido
como:

(A) Despesa Financeira.


(B) Ativo Intangível.
(C) Ativo Diferido.
(D) Redutor do Patrimônio Líquido.
(E) Despesa Antecipada.

Comentários

O CPC 08 regula a contabilização e evidenciação dos custos de transação


incorridos na distribuição pública primária de ações ou bônus de subscrição, na
aquisição e alienação de ações próprias, na captação de recursos por meio da
contratação de empréstimos ou financiamentos ou pela emissão de títulos de

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 88 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
dívida, bem como dos prêmios na emissão de debêntures e outros instrumentos
de dívida ou de patrimônio líquido (freqüentemente referidos como títulos e
valores mobiliários – TVM).

Custos de transação são somente aqueles incorridos e diretamente atribuíveis


às atividades necessárias exclusivamente à consecução das transações citadas
acima.

São, por natureza, gastos incrementais, já que não existiriam ou teriam sido
evitados se essas transações não ocorressem.

Exemplos de custos de transação são:


i) gastos com elaboração de prospectos e relatórios;
ii) remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, contadores,
auditores, consultores, profissionais de bancos de investimentos, corretores
etc.);
iii) gastos com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de road-
shows);
iv) taxas e comissões;
v) custos de transferência;
vi) custos de registro etc.

Segundo o CPC 08:

4. O registro
Nosso gabarito,do montante
portanto, é ainicial doscustos
letra D, recursos
dascaptados
transaçãoporpor
intermédio
intermédioda
emissão
de emissãode de
títulos patrimoniais
títulos patrimoniais deve corresponder
devem aos valoresem
ser contabilizados líquidos
conta
disponibilizados para a entidade
redutora do patrimônio líquido. pela transação, pois essas transações são
efetuadas com sócios já existentes e/ou novos, não devendo seus custos
influenciaroD.
Gabarito saldo líquido das transações geradoras de resultado da entidade.

5. (FGV/Auditor
20. Os custos de Fiscal/ICMS
transação incorridos
RJ/2009) na captação
O contador da de
Cia.recursos por
Quartzo Rosa
intermédio
incorreu em um daerroemissão de títulos
no reconhecimento patrimoniais
da apropriação devem
da receita ser
de juros
contabilizados, de forma destacada, em conta redutora de patrimônio
sobre o investimento em debêntures, deixando de contabilizar a receita de juros
líquido,
no deduzidos os eventuais efeitos fiscais, e os prêmios recebidos
ano corrente.
devem ser reconhecidos em conta de reserva de capital.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 89 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Antes que qualquer ajuste seja efetuado, esse erro gera o seguinte efeito no
patrimônio da empresa:

(A) subavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido.


(B) subavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido.
(C) superavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido.
(D) superavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido.
(E) subavaliação do ativo e do resultado e superavaliação do patrimônio líquido.

Comentários

O investimento em debêntures é classificado no ativo não-circulante (em


regra), o lucro do exercício e, consequentemente, o patrimônio líquido da
empresa também deveriam ser maior do que consta no balanço. Em suma, está
tudo subavaliado.

Gabarito  A.

21. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2010) A Cia Niterói apresentava apenas


os seguintes saldos nas contas do seu Patrimônio Líquido, em 31.12.2008:

Capital Social R$ 1.000,00


Reserva Legal R$ 180,00
Total do PL R$ 1.180,00

Em 2009, a empresa obteve um lucro líquido de R$1.000,00.

Em seu estatuto social, a empresa determina a distribuição do dividendo


mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido ajustado, de acordo com o artigo
202 da lei 6404.

A empresa somente irá realizar a assembléia para aprovação dos dividendos em


2010.

Considerando que a empresa segue todas as determinações legais e as normas


estabelecidas pelo CPC, aprovadas pelo CFC, assinale a alternativa que indique
o valor total do PL em 31.12.2009.

(A) R$ 1.930,00.
(B) R$ 1.935,00.
(C) R$ 1.943,00.
(D) R$ 2.180,00.
(E) R$ 1.885,00.

Comentários

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 90 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Cálculo da Reserva Legal: Lucro Líquido x 5% => 1.000,00 x 5% = 50,00

Cálculo do limite da Reserva Legal: 20% do Capital Social = 1.000,00 x 20% =


200,00

Como a Reserva Legal apresenta um saldo inicial de R$ 180,00, deve ser


destinado o valor de R$ 20,00 para tal Reserva.

O cálculo do dividendo obrigatório fica assim:

Lucro líquido 1.000


(-) Reserva Legal (20)
(=) Base para dividendos 980
x Percentual dividendos 25%
(=) dividendos obrigatórios 245

Do lucro do exercício de 1.000,00, destinamos 20 para Reserva Legal e 245


para dividendos obrigatórios.

Sobram 735. (1000 – 20 – 245).

A questão pede o valor do PL em 31.12.2009. A contabilização da Reserva Legal


e do dividendo obrigatório é o seguinte:

Constituição da Reserva Legal

D – Lucros Acumulado (PL) 20


C – Reserva Legal (PL) 20 (Esse lançamento não altera o PL)

Dividendos obrigatórios:

D – Lucros acumulados 245


C – Dividendos a distribuir (Passivo) 245

O valor do Dividendo Obrigatório deve ser transferido para o Passivo. Confira a


Interpretação Técnica ICPC 08:

5. A questão que se coloca é se o dividendo mínimo obrigatório a que se


refere o artigo 202 da Lei nº. 6.404/76 atende à condição de obrigação
presente na data das demonstrações contábeis, uma vez que a assembleia dos
sócios irá ainda deliberar sobre ele, posteriormente à data do balanço.

6. O dividendo mínimo obrigatório determinado no estatuto ou contrato social


da entidade, ou se omisso, a prevalência da obrigatoriedade de distribuir
dividendo nos termos do artigo 202 da Lei nº. 6.404/76, representa um
compromisso contratual (estatuto ou contrato social) ou legal (legislação
societária) perante aos sócios.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 91 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano

7. O CPC 25 estabelece que um passivo deve ser reconhecido quando existe


uma obrigação legal que faça com que a entidade não tenha outra alternativa
realista senão liquidar essa obrigação.

8. A assembleia dos sócios é soberana em suas deliberações quanto à


distribuição de dividendos, podendo deliberar pelo pagamento de dividendos
acima ou abaixo dos valores propostos pela administração. Todavia, com
relação ao dividendo mínimo obrigatório, tem limites muito estreitos para
deliberar quanto ao seu não pagamento, sendo essas situações muito raras, em
especial no caso das companhias abertas.

9. Devido a essas características especiais de nossa legislação, considera-se


que o dividendo mínimo obrigatório deva ser consignado como uma obrigação
na data do encerramento do exercício social a que se referem as demonstrações
contábeis. Essa já vem sendo a prática adotada pelas empresas brasileiras que
têm apresentado demonstrações contábeis de acordo com a prática contábil
norte-americana, notadamente as que têm registro na Comissão de Valores
Mobiliários daquela jurisdição (SEC), bem como aquelas empresas brasileiras
que já vêm elaborando e divulgando demonstrações contábeis de acordo com
as normas internacionais emitidas pelo IASB.

Portanto, o dividendo obrigatório deve ser transferido para o Passivo. E os


dividendos adicionais?

A mesma Interpretação Técnica oferece a resposta:

Outra questão a ser avaliada relacionada ao tema é o requerimento da Lei das Sociedades

Visando atender à conceituação de obrigação presente que consta do item 8 desta Interpre

Conforme requerido pelos itens 12 e 13 do Pronunciamento Técnico CPC 24 –


Evento Subsequente, qualquer declaração de dividendo adicional ao mínimo

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 92 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
obrigatório ou outra forma de distribuição de resultado que ocorrer após a data do balanç

Contabilização dos dividendos adicionais propostos:

D – Lucros Acumulados (PL) 735


C - Dividendo adicional proposto (PL) 735

Composição do PL em 31/12/2009:

Capital Social 1.000


Reserva Legal 200
Dividendo adicional proposto 735
Total PL 1.935

Resumindo:

Dividendos obrigatórios propostos: fica contabilizado no Passivo Circulante.


Dividendos adicionais propostos: fica contabilizado no PL, até a aprovação pela
assembléia.

Gabarito  B.

22. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2010) O Balancete de 31.12.2009 da Cia


Volta Redonda, que atua exclusivamente no comércio varejista, apresentava os
seguintes saldos (em R$):

Assinale a alternativa que indique o total do Ativo Circulante a ser evidenciado


no Balanço Patrimonial de 31.12.2009.

(A) R$ 218.000,00.
(B) R$ 221.000,00.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 93 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
(C) R$ 217.200,00.
(D) R$ 222.200,00.
(E) R$ 221.200,00.

Comentários

Ativo Circulante R$
Caixa e equivalentes 20.000,00
Estoques 30.000,00
Clientes (120 dias) 140.000,00
Ajuste a valor presente sobre clientes -1.000,00
PCLD -2.000,00
Provisão para perdas nos estoques -3.000,00
Seguros a serem pagos por dois anos (12/24 x 2.400) 1.200,00
Aplicação financeira 32.000,00
TOTAL 217.200,00

O gabarito, portanto, é a letra C.

Gabarito  C.

9. QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (UEPA/Sec. de Administração/Téc. em Contabilidade/PA/2011) O


Art. 176 da Lei 6.404/76, com as alterações introduzidas pelas Leis
11.638/2007 e 11.941/2009, determina que ao fim de cada exercício social, a
diretoria deve elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as
seguintes demonstrações financeiras:

a. Balanço patrimonial; Demonstração das mutações do patrimônio líquido;


Demonstração do resultado do exercício; Demonstração dos fluxos de caixa;
e Demonstração do valor adicionado.
b. Balanço patrimonial; Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
Demonstração do resultado do exercício; Demonstração dos fluxos de caixa
(companhia aberta e companhia fechada com patrimônio líquido, na data do
balanço, a partir de dois milhões de reais); e Demonstração do valor
adicionado, quando se tratar de companhia aberta.
c. Balanço patrimonial; Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
Demonstração do resultado do exercício; e Demonstração das origens e
aplicações de recursos.
d. Balanço patrimonial; Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
Demonstração do resultado do exercício; e Demonstração das origens e
aplicações de recursos (companhia aberta e companhia fechada com patrimônio
líquido, na data do balanço, superior a um milhão de reais).
e. Balanço patrimonial; Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 94 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; Demonstração do resultado
do exercício; Demonstração das origens e aplicações de recursos;
Demonstração dos Fluxos de Caixa; e Demonstração do Valor Adicionado.

2. (UEPA/Sec. de Administração/Téc. em Contabilidade/PA/2011) De


acordo com a Lei 6.404/76 e com as alterações introduzidas pelas Leis
11.638/2007 e 11.941/2009, em relação ao Balanço Patrimonial, julgue os itens
abaixo, como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a
alternativa correta.

I. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do


patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a
análise da situação financeira da companhia.
II. No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de
liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: ativo circulante
e ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo,
investimentos, imobilizado e diferido.
III. No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: passivo
circulante; passivo não circulante; e patrimônio líquido, dividido em capital
social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros,
ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
IV. As contas serão classificadas do seguinte modo: no ativo circulante: as
disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente
e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte; no ativo
realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício
seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos
a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no
lucro da companhia, que constituírem negócios usuais na exploração do objeto
da companhia.
V. Serão classificados no intangível: os direitos que tenham por objeto bens
incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa
finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.

A sequência correta é:

a. V, V, V, F, V
b. F, F, V, F, V
c. V, F, V, F, F
d. V, F, V, F, V
e. F, V, F, V, F

3. (FCC/Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ/RO/2010) Sobre os


ativos intangíveis gerados internamente pode-se afirmar que:

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 95 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
a) A entidade pode, durante a fase de desenvolvimento e em alguns casos,
identificar um ativo intangível e demonstrar que o mesmo gerará prováveis
benefícios econômicos futuros.
b) Os gastos da empresa, tanto na fase de pesquisa quanto na fase de
desenvolvimento, devem ser reconhecidos no ativo da entidade.
c) As atividades destinadas à obtenção de novos conhecimentos devem ser
reconhecidas no ativo pelo valor do custo.
d) Os gastos com o projeto devem ser considerados como incorridos apenas na
fase de desenvolvimento, quando a entidade não conseguir diferenciar a fase de
pesquisa da fase de desenvolvimento.
e) Os gastos na fase de desenvolvimento, em qualquer situação, devem ser
reconhecidos no resultado.

4. (FCC/Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ/RO/2010) A Cia.


Exatos, empresa de consultoria contábil iniciou suas atividades em 01.12.x9,
com um capital social de R$ 100.000,00, sendo R$ 60.000,00 integralizados em
dinheiro e R$ 40.000,00 a serem integralizados no mês de janeiro. Durante o
mês de dezembro de X9, ocorreram os seguintes fatos contábeis:

Aquisição, a prazo, de material de consumo R$ 6.000,00


Pagamento de assinatura de jornal em 31/12/X9 R$ 1.000,00
Compra de equipamentos para pagamento em 35 dias sem juros R$ 40.000,00
Pagamento a fornecedores de material de consumo R$ 2.000,00
Recebimento de adiantamento de clientes por serviços contratados a serem
prestados em 40 dias R$ 36.000,00
Reconhecimento da despesa com salários e pró-labore para pagamento em
janeiro de X10 R$ 48.000,00
Aplicação financeira em 31/12/X9 R$ 20.000,00
Serviços prestados a clientes para recebimento em 60 dias R$ 85.000,00
Reconhecimento e pagamento de despesas gerais R$ 5.000,00
Obtenção de empréstimos bancários de longo prazo R$ 28.000,00
Compra à vista de um imóvel R$ 75.000,00

O valor total do Ativo da Cia. Exatos, em 31/12/X9 era, em reais,

(A) 220.000,00
(B) 248.000,00
(C) 269.000,00
(D) 288.000,00
(E) 296.000,00

5. (FCC/Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ/RO/2010) Para


atender às necessidades de informações de usuários da contabilidade, o
Balanço Patrimonial possui uma estrutura própria em que as contas contábeis
são classificadas em grupos e subgrupos. Em relação a este assunto, considere:

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 96 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
I – O terreno onde funciona o estacionamento para os funcionários da empresa
é um Ativo Imobilizado.
II – Os títulos do tesouro nacional com vencimento em oito anos, mas
disponíveis para venda pela empresa, devem ser classificados no Ativo
Circulante.
III – As ações de outras empresas, cuja intenção da administração é vendê-las
em até 3 anos, devem ser classificadas em Investimentos.
IV – O valor do adiantamento a fornecedores de matéria-prima pode ser
classificado como Ativo Circulante.
V – As subvenções governamentais para investimentos são consideradas
Reserva de Capital.

Está correto o que se afirma APENAS em:

a) III e V;
b) I e II;
c) I, II e IV;
d) II, III e IV;
e) II, IV e V.

6. (FCC/Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ/RO/2010) As


empresas de capital aberto são obrigadas a publicar e divulgar o conjunto de
informações contábeis. Sobre este assunto, considere:

I – As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros


quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento
da situação patrimonial e dos resultados do exercício.
II – O relatório anual da administração deve relacionar os investimentos da
companhia em sociedades coligadas e controladas e mencionar as modificações
ocorridas durante o exercício.
III – As notas explicativas devem divulgar as informações exigidas pelas
práticas contábeis adotadas pelo Brasil que não estejam apresentadas em
nenhuma outra parte das demonstrações financeiras.
IV – As notas explicativas devem indicar os ônus reais constituídos sobre
elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras
responsabilidade eventuais ou contingentes.
V – A realização de auditoria das demonstrações contábeis e emissão de
parecer sobre sua adequação quanto às normas e práticas contábeis adotadas
no Brasil é de competência do Conselho Fiscal.

Está correto o que se afirmar APENAS em


b) I, II, III e IV;

b) III e V;
c) II, IV e V;
d) I, III e IV;
e) I, II e IV.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 97 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
7. (FCC/Contador/ALESP/2011) O valor estabelecido como representativo
da parcela de participação do sócio na empresa, mas ainda não entregue em
dinheiro, é evidenciado na conta

(A) Capital Social.


(B) Capital Social Autorizado.
(C) Capital Social Vinculado.
(D) Capital Social a Integralizar.
(E) Capital Social a Reduzir.

8. (FCC/Contador/ALESP/2011) Na evidenciação do patrimônio da entidade,


os Ativos são classificados nos seguintes grupos:

(A) Circulantes, Realizável a Longo Prazo e Permanente.


(B) Circulantes, Não Circulantes, Imobilizados e Diferido.
(C) Circulantes e Não Circulantes.
(D) Circulantes, Não Circulantes, Investimentos e Imobilizados.
(E) Circulantes, Realizável a Longo Prazo, Investimentos e Imobilizados.

9. (FCC/Contador/ALESP/2011) Para determinação de um ativo é


necessário avaliar a capacidade que este bem ou direito tem na geração de
benefícios econômicos futuros. Desta forma, NÃO se deve considerar para
determinação de um ativo se ele

(A) é usado isoladamente ou em conjunto com outros ativos na produção de


mercadorias e serviços a serem vendidos pela entidade.
(B) pode ser trocado por outros ativos.
(C) pode ser usado para liquidar um passivo.
(D) pode ser distribuído aos proprietários da empresa.
(E) tem substância física e pode ser negociado.

10. (FCC/Auditor Fiscal/ISS SP/2012) Considere os itens patrimoniais, a


seguir, de uma sociedade anônima de capital aberto:

I. Ações de outras empresas em que não há intenção de vendas.


II. Ações adquiridas de sua própria emissão.
III. Financiamento a ser pago em 15 meses após a data do Balanço Patrimonial.

O itens I, II e III são classificados, respectivamente, como:

(A) ativo realizável a longo prazo, ativo não circulante investimentos e passivo
não circulante.
(B) ativo não circulante - aplicação financeira, ativo não circulante
investimentos e passivo não circulante.
(C) ativo circulante, ativo não circulante aplicação financeira e passivo não
circulante.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 98 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
(D) ativo não circulante − investimentos, patrimônio líquido e passivo não
circulante.
(E) ativo não circulante − investimentos, patrimônio líquido e passivo
circulante.

11. (FCC/Auditor Fiscal/ISS SP/2012) Em 30/12/X1, a empresa Beta,


sociedade anônima de capital aberto, fez uma captação de recursos, via
debêntures, cujo valor de emissão foi R$ 2,2 milhões com taxa de juros anual
contratada de 5,0% e com prazo de 10 anos. Para isso, incorreu em custos de
transação no montante de R$ 100 mil pagos em 30/12/X1. Todavia, dadas as
condições vantajosas em relação ao mercado, houve prêmio na emissão das
debêntures de R$ 200 mil.

Com base nessas informações, a empresa Beta reconheceu, em 30/12/X1,

(A) ativo de R$ 2,1 milhões.


(B) despesa financeira de R$ 100 mil.
(C) passivo de R$ 2,3 milhões.
(D) receita financeira de R$ 200 mil.
(E) reserva de capital de R$ 200 mil.

12. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE/AP/2012) Analise a tabela


abaixo.

Tabela de expectativas processuais

Com base nos dados da tabela, fornecidos pelo advogado da empresa Avante
S.A. e considerando as condições estabelecidas nas normas contábeis vigentes
para constituição das provisões contingenciais, a empresa deve provisionar:

(A) R$ 1.300.000,00.
(B) R$ 1.850.000,00.
(C) R$ 800.000,00.
(D) R$ 1.050.000,00.
(E) R$ 300.000,00.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 99 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
13. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE/AP/2012) A empresa
Desatualizada S.A., de capital fechado, tem seu Patrimônio composto da
seguinte forma:

Patrimônio Líquido R$ 2.700.000,00

Capital Social R$ 1.000.000,00


Reserva de Lucros − Contingências R$ 200.000,00
Reserva de Lucros − Incentivos Fiscais R$ 150.000,00
Reserva de Lucros − Lucros Acumulativos R$ 1.350.000,00

Fundamentado na lei no 11.638/07, esta empresa:

(A) está com seu Patrimônio Líquido adequado.


(B) deve destinar a totalidade de seus lucros acumulados.
(C) deve destinar o valor de R$ 350.000,00 que ultrapassa o capital social.
(D) deve destinar o valor de R$ 150.000,00, pois os lucros acumulados
ultrapassam o capital social mais as reservas de lucros para contingências.
(E) deve destinar o valor de R$ 200.000,00, pois os lucros acumulados
ultrapassam o capital social.

14. (FCC/Agente de Fiscalização Financeira/TCE/SP/2012) Em relação


às alterações promovidas nas Normas de Contabilidade brasileiras pelas Leis no
11.638/2007 e 11.941/2009 e pelos pronunciamentos do Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC), é correto afirmar:

(A) Os arrendamentos (leasings) operacionais foram proibidos, devendo a


entidade escriturar o valor do ativo, mesmo não lhe pertencendo do ponto de
vista jurídico, na contabilidade e depreciá-lo normalmente no decorrer de sua
vida útil estimada.
(B) É permitido à entidade constituída na forma de uma sociedade por ações
reavaliar o valor de seus ativos imobilizados, desde que fundamentado em
laudo de empresa especializada, aprovado pela assembleia geral dos acionistas.
(C) O grupo Ativo Diferido foi extinto, sendo o saldo de suas contas transferido,
no que couber, para os grupos Ativo Imobilizado e para o Ativo Intangível e a
parte remanescente, após a reclassificação, poderá ser mantida pela companhia
até sua completa amortização.
(D) O grupo de Resultado de Exercícios Futuros foi extinto, sendo o saldo de
suas contas encerrado com a contrapartida registrada na conta de Lucros ou
Prejuízos Acumulados.
(E) Os prêmios recebidos na emissão de debêntures são registrados, a partir de
1o de janeiro de 2008, a débito do Ativo e a crédito de uma conta
representativa de reservas de capital.

15. (FCC/Agente de Fiscalização Financeira/TCE/SP/2012) E A Cia.


Financia Tudo S.A foi constituída, em 30/06/X10, mediante integralização de
100% de seu Capital Social, no valor de R$ 150.000,00, em dinheiro.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 100 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano

Durante o mês de julho de X10, a Cia. realizou as seguintes operações:

Após o registro das operações acima, o Passivo da Cia. Financia Tudo S.A., em
31/07/X10, era, em reais,

(A) 137.000.
(B) 137.892.
(C) 137.292.
(D) 152.000.
(E) 152.292.

(FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2007) O enunciado a seguir se refere às


questões de números 16 a 18.

A empresa BARRACÃO S/A, dedicada ao comércio de tecidos, apurou em seu


balancete de encerramento (31/12/2007) os saldos das contas patrimoniais e
de resultado listados no quadro abaixo. Observe que todos os saldos se referem
a 31/12/2007, com exceção da conta “lucros acumulados”, que se refere a
31/12/2006. Considerando que o estagiário ordenou as contas em ordem
crescente dos respectivos saldos, sugere-se organizá-las conforme a estrutura
do Balanço Patrimonial

Para responder às questões de números 1 a 3 que seguem.

provisão para redução das mercadorias a valor de mercado 746,00


provisão para créditos de liquidação duvidosa (referente aos títulos que vencem em dentro de 12 meses) 1.054,00
provisão para créditos de liquidação duvidosa (referente aos títulos que vencem após os 12 primeiros meses) 1.090,00
despesas antecipadas (prazo: após os 12 primeiros meses) 1.790,00
amortização acumulada (das despesas pré-operacionais) 1.800,00
despesas pré-operacionais 2.000,00
empréstimos concedidos (prazo: após os 12 primeiros meses) 4.500,00
ações em tesouraria 5.000,00
despesas antecipadas (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 5.000,00
provisão para contingências trabalhistas (estimativa de pagamento: em dentro dos 12 primeiros meses) 6.500,00
provisão para contingências trabalhistas (estimativa de pagamento: após os 12 primeiros meses) 8.000,00
caixa 10.000,00
empréstimos concedidos a diretores (transações não-operacionais) 10.000,00
reserva para contingências 12.000,00
descontos comerciais e abatimentos 14.850,00
móveis e utensílios (de uso próprio) 15.000,00
receita de equivalência patrimonial 19.950,00
depósitos judiciais (expectativa de decisão terminativa: após os 12 primeiros meses) 20.000,00
terrenos (de uso próprio) 20.000,00
deságio relativo a participações societárias 20.300,00

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 101 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano
vendas canceladas 23.000,00
empréstimos obtidos (prazo: após os 12 primeiros meses) 24.000,00
duplicatas descontadas (títulos que vencem em dentro de 12 meses) 25.000,00
impostos a recolher (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 28.500,00
veículos (de uso próprio) 30.000,00
aplicações financeiras (prazo: após os 12 primeiros meses) 32.000,00
impostos parcelados (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 32.000,00
outras aplicações financeiras (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 39.500,00
despesa com imposto de renda e contribuição social sobre o lucro 40.000,00
salários a pagar (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 42.000,00
impostos parcelados (prazo: após os 12 primeiros meses) 42.500,00
aplicações financeiras de imediata realização 45.000,00
empréstimos obtidos (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 45.000,00
reserva legal 48.000,00
despesas financeiras 50.500,00
lucros acumulados (saldo inicial) 51.000,00
duplicatas a receber de clientes (prazo: após os 12 primeiros meses) 54.500,00
prédios e construções (de uso próprio) 60.000,00
fornecedores a pagar (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 64.000,00
bancos conta corrente 78.000,00
estoque de mercadorias 87.400,00
reserva de capital 89.800,00
duplicatas a receber de clientes (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 105.400,00
receita não-operacional 196.000,00
Participações societárias em controladas e coligadas avaliadas pelo método da equivalência patrimonial 300.700,00
capital social 500.000,00
despesa não-operacional 500.000,00
depreciação acumulada 525.000,00
máquinas e equipamentos (de uso próprio) 800.000,00
despesas de comercialização 860.000,00
despesas administrativas 980.700,00
impostos sobre vendas 1.000.000,00
custo das mercadorias vendidas 1.589.400,00
receita bruta 5.000.000,00

16. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2007) O saldo do Ativo Não Circulante,


em 31/12/2007, é:

(A) 804.480,00.
(B) 121.700,00.
(C) 802.300,00.
(D) 803.390,00.
(E) 680.600,00.

17. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2007) O saldo do Patrimônio Líquido, em


31/12/2007, é:

(A) 867.800,00.
(B) 841.300,00.
(C) 853.300,00.
(D) 695.800,00.
(E) 861.300,00.

18. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2007) O saldo do Resultado Operacional,


em 31/12/2007, é:

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 102 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano

(A) 552.000,00.
(B) 501.500,00.
(C) 532.050,00.
(D) 1.481.550,00.
(E) 481.550,00.

19. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2009) A Cia. Três Corações abriu seu


capital em 2008, por meio de emissão de títulos patrimoniais, autorizada pela
Comissão de Valores Mobiliários. A empresa incorreu em $ 2.000.000 de custos
de transação diretamente atribuíveis à emissão efetuada.

De acordo com o CPC 08, aprovado pelo CFC, esse valor deve ser reconhecido
como:

(A) Despesa Financeira.


(B) Ativo Intangível.
(C) Ativo Diferido.
(D) Redutor do Patrimônio Líquido.
(E) Despesa Antecipada.

20. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2009) O contador da Cia. Quartzo Rosa


incorreu em um erro no reconhecimento da apropriação da receita de juros
sobre o investimento em debêntures, deixando de contabilizar a receita de juros
no ano corrente.

Antes que qualquer ajuste seja efetuado, esse erro gera o seguinte efeito no
patrimônio da empresa:

(A) subavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido.


(B) subavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido.
(C) superavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido.
(D) superavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido.
(E) subavaliação do ativo e do resultado e superavaliação do patrimônio líquido.

21. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2010) A Cia Niterói apresentava apenas


os seguintes saldos nas contas do seu Patrimônio Líquido, em 31.12.2008:

Capital Social R$ 1.000,00


Reserva Legal R$ 180,00
Total do PL R$ 1.180,00

Em 2009, a empresa obteve um lucro líquido de R$1.000,00.

Em seu estatuto social, a empresa determina a distribuição do dividendo


mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido ajustado, de acordo com o artigo
202 da lei 6404.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 103 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano

A empresa somente irá realizar a assembléia para aprovação dos dividendos em


2010.

Considerando que a empresa segue todas as determinações legais e as normas


estabelecidas pelo CPC, aprovadas pelo CFC, assinale a alternativa que indique
o valor total do PL em 31.12.2009.

(A) R$ 1.930,00.
(B) R$ 1.935,00.
(C) R$ 1.943,00.
(D) R$ 2.180,00.
(E) R$ 1.885,00.

22. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2010) O Balancete de 31.12.2009 da Cia


Volta Redonda, que atua exclusivamente no comércio varejista, apresentava os
seguintes saldos (em R$):

Assinale a alternativa que indique o total do Ativo Circulante a ser evidenciado


no Balanço Patrimonial de 31.12.2009.

(A) R$ 218.000,00.
(B) R$ 221.000,00.
(C) R$ 217.200,00.
(D) R$ 222.200,00.
(E) R$ 221.200,00.

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 104 de


Contabilidade Geral para o ICMS PA
Teoria e exercícios
comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano

10. GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

QUESTÃO GABARITO
1 B
2 D
3 A
4 B
5 C
6 A
7 D
8 C
9 E
10 D
11 C
12 A
13 A
14 C
15 C
16 C
17 C
18 ANULADA
19 D
20 A
21 B
22 C

Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa 105 de

Você também pode gostar